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04 - Lei n 9394-1996 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Parte III)

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Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 03 
 
1 de 101| www.direcaoconcursos.com.br 
Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Aula 03 – Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação (parte 3) 
 
Legislação Educacional e Conhecimentos 
Pedagógicos (Curso Regular) 
 
Prof. Hélcio Cardoso 
Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 03 
 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Sumário 
 
SUMÁRIO 2 
APRESENTAÇÃO 3 
NÍVEIS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO 4 
EDUCAÇÃO SUPERIOR 4 
Finalidades da Educação Superior 4 
Organização da Educação Superior 5 
Regulação da Educação Superior 10 
Universidades 11 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 21 
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 26 
ESPÉCIES DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 26 
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 27 
VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 30 
RECURSOS FINANCEIROS 34 
ESPÉCIES DE RECURSOS DESTINADOS À EDUCAÇÃO 34 
REGRAS SOBRE APLICAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS DESTINADOS À EDUCAÇÃO 34 
DESPESAS COM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO (MDE) 36 
CUSTO ALUNO-QUALIDADE 37 
AÇÃO SUPLETIVA E REDISTRIBUTIVA DA UNIÃO E DOS ESTADOS 38 
DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS À ESCOLAS (PÚBLICAS E PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS) 38 
DISPOSIÇÕES GERAIS 41 
EDUCAÇÃO INTERCULTURAL INDÍGENA 42 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 43 
QUESTÕES COMENTADAS PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 45 
QUESTÕES ANALISADAS NA AULA (SEM COMENTÁRIOS) 78 
QUESTÕES PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO (SEM COMENTÁRIOS) 84 
GABARITO DAS QUESTÕES ANALISADAS NA AULA TEÓRICA 96 
GABARITO DAS QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 97 
RESUMO DIRECIONADO 98 
 
 
 
 
 
Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 03 
 
3 de 101| www.direcaoconcursos.com.br 
Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
APRESENTAÇÃO 
Salve, galera! Nesta aula finalizaremos a esquematização da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB). 😊 Continuemos com a pegada forte, pois o seu concorrente não dorme, hein! 😅 Vamos em frente! #TMJ 
💪 
Finalizando os estudos sobre a LDB, chegaremos nesta aula até o Título VIII, sendo a abordagem básica de 
conteúdo do nosso material a seguinte: 
 TÍTULO V – Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino 
 CAPÍTULO IV – Da Educação Superior 
 CAPÍTULO V – Da Educação Especial 
 TÍTULO VI – Dos Profissionais da Educação 
 TÍTULO VII – Dos Recursos Financeiros 
 TÍTULO VIII – Das Disposições Gerais 
Obs.: Reforço que não necessariamente seguiremos os dispositivos da LDB na mesma sequência que consta na 
Lei, pois há temas encontrados em partes distintas que, se aproximados, facilitarão a aprendizagem. 
Nossa aula vem organizada no seguinte formato: 
 Parte teórica esquematizada recheada com “questões para análise”, que visam preparar @ 
concurseir@ não só para a fixação do conteúdo, mas também a analisar de forma crítica como as bancas 
trabalham com aquele assunto em forma de questões. 
 Questões comentadas das principais bancas de Concurso Público, “para fixação do conteúdo” 
estudado na aula de teoria esquematizada. 
 Lista de “questões para análise”, sem comentários, para exercitar e revisar. 
 Lista de “questões para fixação do conteúdo”, sem comentários, para exercitar e revisar. 
 Gabarito das “questões para análise” e das “questões para fixação do conteúdo”. 
 Resumo Direcionado, que servirá de apoio para a revisão dos principais pontos da aula. 
Não esqueça de seguir-me nas redes sociais! 😉 
 https://instagram.com/prof.helciocardoso?igshid=1bgv6agjil2m 
 
 https://www.youtube.com/channel/UCDWJUWTxEvZmpLTZnlTZGeA 
 
 https://www.facebook.com/helcio.cardoso.146 
 
Feitas as considerações iniciais, vamos ao que mais interessa. Aos estudos! 🤓📖 
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Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 03 
 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
NÍVEIS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO 
Educação Superior 
Dando continuidade no estudo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, falaremos nesta seção 
sobre educação superior. Vamos juntos! 
Finalidades da Educação Superior 
Nos termos do art. 43, são finalidades da educação superior: (FASE PEPI) 
 Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais 
e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; 
 Atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a 
capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de 
extensão que aproximem os dois níveis escolares; 
 Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente 
concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual 
sistematizadora do conhecimento de cada geração; 
 Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; 
 Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da 
humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; 
 Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, 
prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; 
 Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios 
resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição; 
 Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da 
tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do 
meio em que vive. 
Galera, para facilitar, fiz uma reorganização das finalidades previstas no art. 43, de modo que, para guiar sua 
memorização, criei o acrônimo FASE PEPI. Além disso, realizei uma série de marcações em palavras estratégicas, 
pois as bancas costumam cobrar essas informações de forma literal. Diante disso, sugiro que primeiramente 
tentem se familiarizar com as palavras em negrito e, em seguida, na medida do possível, tentem memorizar as 
finalidades. 
Além de saber que essas informações são cobradas de forma literal, é importante ter em mente que as 
bancas costumam misturar as finalidades da educação superior com as do ensino médio, bem como com os 
objetivos do ensino fundamental e também com as atribuições das universidades. 
Ainda na aula de hoje, farei quadros comparativos para que você se familiarize com tais diferenças. 
Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 03 
 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Organização da Educação Superior 
Em se tratando da organização da educação superior, a LDB estabelece uma série de regras, as quais 
passaremos a conhecer a partir de agora, a começar pelos tipos de cursos e programas. 
Cursos e Programas de Educação Superior 
Conforme art. 44, a educação superior abrange os seguintes cursos e programas: 
 CURSOS SEQUENCIAIS POR CAMPO DE SABER: 
 de diferentes níveis de abrangência; 
 abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino; 
 desde que tenham concluído o ensino médio ou equivalente. 
Cabe aqui deixar claro, que os cursos sequenciais por campo de saber fornecem uma formação em nível 
superior, emitindo inclusive certificados e diplomas de formação, os quais possibilitam ao concluinte, inclusive, a 
realização de concursos públicos que exijam formação em nível superior; vale dizer, se o concurso traz como 
requisito no edital “formação em nível superior, emqualquer área”, um candidato que possua um curso sequencial 
estará habilitado a concorrer à vaga. Frise-se, entretanto, que tais cursos não equivalem a uma graduação. 
Para efeito de prova, precisamos ter em mente que os cursos sequenciais por campo de saber serão ofertados 
a candidatos que já tenham concluído o ensino médio e que atendam aos requisitos definidos pela instituição. 
Estas são as informações que as bancas costumam modificar para induzir @ concurseir@ ao erro, portanto, 
cuidado! 
 CURSOS DE GRADUAÇÃO: 
 abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; 
 e tenham sido classificados em processo seletivo. 
Sobre os cursos de graduação, cabe destacar que os candidatos precisam possuir o ensino médio completo 
e submeterem-se a processo de seleção, o qual considerará as competências e as habilidades definidas na base 
nacional comum (art. 44, § 3.º). Atualmente o processo seletivo para acesso aos cursos de graduação é feito, na 
maioria das instituições, por meio da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). 
O § 1.º do art. 44 prevê que o resultado do processo seletivo será tornado público pela instituição de ensino 
superior, sendo obrigatórios 1a divulgação da relação nominal dos classificados, 2a respectiva ordem de 
classificação e 3o cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para preenchimento das 
vagas constantes do edital. 
O mesmo dispositivo ainda expressa que será assegurado o direito do candidato, classificado ou não, a ter 
acesso a suas notas ou indicadores de desempenho em provas, exames e demais atividades da seleção e a sua 
posição na ordem de classificação de todos os candidatos. 
No caso de empate no processo seletivo, as instituições públicas de ensino superior darão prioridade de 
matrícula ao candidato que comprove ter renda familiar inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda 
familiar, quando mais de um candidato preencher o critério inicial (art. 44, § 2.º). 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
 PÓS-GRADUAÇÃO: 
 abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições 
de ensino; 
 compreendendo programas de: 
 mestrado; 
 doutorado; 
 cursos de: 
 especialização; 
 aperfeiçoamento e outros. 
Quanto ao cursos e programas de pós-graduação, o mais importante a destacar é que para fazer tal formação 
é necessário já possuir uma graduação, ou seja, já possuir diploma de curso de graduação. Além disso, é 
necessário atender às exigências da instituição. 
A LDB também especifica quais são os tipos de formação em pós-graduação, dividindo-0s em dois grupos: 
os cursos (de especialização e aperfeiçoament0) e programas (de mestrado e doutorado). Cabe destacar que as 
especializações e aperfeiçoamentos são formações lato sensu, ou seja, em sentido amplo. Já os mestrados e 
doutorados são formações stricto sensu, isto é, em sentido restrito. Associe esses termos (lato sensu e stricto 
sensu) ao respectivo tipo de formação, pois as bancas às vezes cobram. 
 EXTENSÃO: 
 abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de 
ensino. 
Os cursos de extensão, normalmente de curta duração, são oferecidos pelas universidades à comunidade em 
geral, desde que os candidatos atendam aos requisitos estabelecidos por cada instituição. Não se confundem 
com os cursos sequenciais, com os de graduação e nem com os de pós-graduação; por isso possuem referência 
específica na LDB. 
Ano Letivo Regular e Regras sobre Publicação de Informações 
Assim como ocorre na educação básica, a educação superior será ministrada em instituições de ensino, 
públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização (art. 45), sendo o ano letivo regular, 
independente do ano civil, de, no mínimo, 200 (duzentos) dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo 
reservado aos exames finais, quando houver (art. 47, caput). 
Para facilitar a memorização, veja o esquema a seguir: 
 
 
 
 
 
 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Essas informações são muito cobradas em prova. Portanto, memorize-as! 
O § 1.º do art. 47, em se tratando de oferta, estabelece que as instituições informarão aos interessados, antes 
de cada período letivo (as bancas costumam colocar “durante” ou “depois”): 1os programas dos cursos e demais 
componentes curriculares, 2sua duração, 3requisitos, 4qualificação dos professores, 5recursos disponíveis e 
6critérios de avaliação; obrigando-se a cumprir as respectivas condições. 
Nos termos dos incisos I ao V do mesmo dispositivo, a publicação das informações supramencionadas deve 
ser feita, sendo as 3 (três) primeiras formas concomitantemente: 
 Em página específica na internet no sítio eletrônico oficial da instituição de ensino superior, obedecido o 
seguinte: (1.ª forma) 
 toda publicação deve ter como título “Grade e Corpo Docente”; 
 a página principal da instituição de ensino superior, bem como a página da oferta de seus cursos aos 
ingressantes sob a forma de vestibulares, processo seletivo e outras com a mesma finalidade, deve 
conter a ligação desta com a página específica; (ou seja, a página geral deve conter um link para a 
específica) 
 caso a instituição de ensino superior não possua sítio eletrônico, deve criar página específica para 
divulgação das informações; 
 a página específica deve conter a data completa de sua última atualização. 
 Em toda propaganda eletrônica da instituição de ensino superior, por meio de ligação para a página 
específica. (2.ª forma) 
 Em local visível da instituição de ensino superior e de fácil acesso ao público. (3.ª forma) 
 Deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de acordo com a duração das disciplinas de cada 
curso oferecido, observando o seguinte: (4.ª forma) 
 caso o curso mantenha disciplinas com duração diferenciada, a publicação deve ser semestral; 
 a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início das aulas; 
 caso haja mudança na grade do curso ou no corpo docente até o início das aulas, os alunos devem ser 
comunicados sobre as alterações. 
 Deve conter as seguintes informações: (5.ª forma) 
 a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de ensino superior; 
 a lista das disciplinas que compõem a grade curricular de cada curso e as respectivas cargas horárias; 
 a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em cada curso, as disciplinas que efetivamente 
ministrará naquele curso ou cursos, sua titulação, abrangendo a qualificação profissional do docente e 
o tempo de casa do docente, de forma total, contínua ou intermitente. 
Cobrar as informações contidas nesse quadro não é uma preferência das bancas, porém vale a pena ler, 
entender e tentar familiarizar-se com tais dispositivos. Vai que por obra do acaso isso aparece na sua prova! Não 
podemos dar mole para o azar. 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Admissão na Educação Superior 
A respeito da admissão de estudantes, a LDB traz algumas regras específicas. Vejamos: 
 As transferências ex officio dar-se-ão na forma da lei (art. 49, parágrafo único). 
 As instituições de educação superior aceitarão a transferência de alunos regulares, para cursos afins, na 
hipótese de existência de vagas, e mediante processo seletivo (art. 49). 
 As instituições de educação superior, quando da ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de 
seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, mediante 
processo seletivo prévio (art. 50). 
 As instituições de educaçãosuperior credenciadas como universidades, ao deliberar sobre critérios e 
normas de seleção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos desses critérios sobre a 
orientação do ensino médio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino (art. 51). 
A transferência ex officio poderá ocorrer nas hipóteses trazidas pela Lei 9.536/1997. Trata-se de uma regra 
bem específica. Vejamos: 
Art. 1.º A transferência ex officio a que se refere o parágrafo único do art. 49 da Lei n.º 
9.394, de 20 de dezembro de 1996, será efetivada, entre instituições vinculadas a 
qualquer sistema de ensino, em qualquer época do ano e independente da existência de 
vaga, quando se tratar de servidor público federal civil ou militar estudante, ou seu 
dependente estudante, se requerida em razão de comprovada remoção ou 
transferência de ofício, que acarrete mudança de domicílio para o município onde se 
situe a instituição recebedora, ou para localidade mais próxima desta. 
Parágrafo único. A regra do caput não se aplica quando o interessado na transferência 
se deslocar para assumir cargo efetivo em razão de concurso público, cargo 
comissionado ou função de confiança. 
Embora seja importante você conhecer a base legal da transferência de ofício (ex officio), saiba que este 
ponto costuma ser cobrado em cima da literalidade da LDB. 
O processo seletivo previsto no art. 49 refere-se ao que conhecemos popularmente como vestibulinho, que 
visa ao preenchimento das vagas ociosas por meio de um processo menos complexo do que o “vestibular” (ou do 
que a prova do ENEM, como ocorre na maior parte dos casos atualmente). Dessa forma, caso existam vagas e 
mediante processo seletivo, poderá haver transferência de alunos regulares de um curso para outro ou mesmo 
de uma instituição para outra. 
O art. 50 prevê a possibilidade de matricular alunos não regulares em disciplinas de cursos regulares. Vamos 
exemplificar! Imagine uma pessoa formada em Matemática que queira cursar, em um curso de Direito, a disciplina 
de Direito Tributário. Será possível autorizar a matrícula? A resposta pode ser positiva em caso de: 1existirem vagas 
disponíveis na disciplina pleiteada, bem como que seja 2aferida a capacidade deste candidato por meio de 
processo seletivo (que pode ser um processo simplificado). 
Prof. Hélcio Cardoso 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Você pode estar se perguntando agora, “qual a finalidade de cursar uma disciplina avulsa?”. Bom... não 
haveria apenas uma finalidade, mas vou apresentar uma. Se a pessoa que cursou Direito Tributário vier a fazer um 
curso de Direito regular, ela poderá creditar/aproveitar a disciplina já cursada. Entendido? Espero que sim. 😅 
Frise-se ainda, à luz do art. 51, que as universidades estabelecerão critérios e normas de seleção e admissão 
de estudantes; entretanto, tais critérios deverão levar em consideração a orientação do ensino médio. Essa é uma 
lógica fácil de entender. Imagine uma prova para admissão de alunos (“vestibular”), em uma universidade, que 
cobre temas que nada tenham a ver com os conteúdos vistos durante o ensino médio dos candidatos. Seria 
razoável uma situação dessa? Certamente não! 
Oferta Noturna, Frequência, Aproveitamento Extraordinário e Diplomas de Educação Superior 
A LDB também estabelece, em seu art. 47, § 4.º, que as instituições de educação superior oferecerão, no 
período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo 
obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária. Além disso, 
frise-se que é obrigatória a frequência de alunos e professores, salvo nos programas de educação a distância 
(art. 47, § 3.º). 
Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e 
outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada 
a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino (art. 47, § 2.º). 
Imagine, por exemplo, um aluno que tenha concluído um curso técnico em contabilidade e que já atue 
profissionalmente no ramo. Este mesmo aluno resolveu fazer um curso superior em contabilidade, no qual domina 
algumas disciplinas específicas da matriz curricular. Nesse caso, para não precisar cursar as disciplinas do curso 
superior, que já domina, ele pode requerer aproveitamento de disciplina do curso técnico mais a consideração da 
experiência profissional que ele já possui, para abreviar a duração de seu curso. Todavia, para isso, ele deverá ser 
submetido a uma avaliação aplicada por uma banca designada especificamente para esse fim. 
Acerca dos diplomas de cursos superiores reconhecidos1, para que estes possuam validade em todo 
território nacional, como prova da formação recebida por seu titular, eles precisam ser registrados (art. 48, caput). 
O registro de diplomas expedidos por universidades será por elas próprias realizado, já os conferidos por 
instituições não-universitárias2 serão registrados por universidades indicadas pelo Conselho Nacional de 
Educação (art. 48, § 1.º). 
Sobre os diplomas expedidos por universidades estrangeiras, temos que observar duas regras importantes 
(art. 48, §§ 2.º e 3.º): 
 Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades 
públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos 
internacionais de reciprocidade ou equiparação. 
 
1 O reconhecimento do(s) curso(s) é requisito necessário para que uma instituição possa emitir diplomas. 
2 Há três classificações básicas de instituição de educação superior: universidades, centros universitários e faculdades. 
Para fins de emissão de diplomas, os centros universitários e as faculdades são consideradas instituições não-universitárias. 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
 Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades estrangeiras só poderão ser 
reconhecidos por universidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na 
mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior. 
Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras, para terem validade no Brasil, 
precisam ser revalidados. 
A revalidação de diploma é um ato que visa verificar se o curso realizado (já diplomado) preenche os 
requisitos básicos de formação para exercício profissional no Brasil. Assim, nos termos da LDB, apenas 
universidades públicas, que possuam curso do mesmo nível e área ou equivalente, poderão revalidar diplomas 
expedidos por universidades estrangeiras. 
Além disso, as universidades responsáveis pela revalidação de diploma estrangeiro precisam levar em 
consideração os acordos internacionais de equiparação e reciprocidade que por ventura existam e de que o Brasil 
faça parte. 
Nesse contexto, para efeito didático, entenda que acordo de equiparação é um ajuste firmado entre países, 
o qual estabelece uma base comum entre as formações em nível superior, equiparando-as. Já o acordo de 
reciprocidade estabelece que, para o Brasil reconhecer um diploma de outro país, este outro país deverá 
reconhecer os diplomas brasileiros, obviamente, caso preenchidos todos os requisitos legais. 
No caso dos diplomas de cursos de mestrado e doutorado expedidos por universidades estrangeiras, o termo 
utilizado pela LDB não é “revalidados”, mas sim “reconhecidos”. Portanto, para a sua prova, o termo adequado 
de se considerar é o termo especificamente trazido pela Lei. 
Ademais, atente que os mencionados diplomas só poderão ser reconhecidos por universidades que 
possuam cursos de pós-graduaçãoreconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível 
equivalente ou superior. Por exemplo, se uma pessoa solicita a uma universidade brasileira o reconhecimento de 
um diploma de mestrado em robótica expedido por uma universidade holandesa, poderá – a referida instituição 
brasileira – reconhecer este diploma, mesmo que não possua um mestrado em robótica, porém possua doutorado 
(nível superior ao mestrado) nesta área. 
Regulação da Educação Superior 
O art. 46. prevê que a autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de 
instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo 
regular de avaliação. 
A regulação da educação superior nada mais é do que a concessão, por parte do Poder Público, de atos 
autorizativos às instituições de educação superior. Nesse sentido, ocorrem o credenciamento e recredenciamento 
de instituições; e a autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de cursos. Estes atos 
autorizativos são concedidos a partir de avalições periódicas e terão período de validade, vale dizer, prazos 
limitados. 
Acerca da avaliação para a concessão de atos autorizativos, devemos saber que o resultado da avaliação 
poderá ser positivo ou não. Se a instituição ou curso forem bem avaliadas o ato autorizativo será concedido, caso 
contrário, a instituição será submetida a um período para saneamento de deficiências. 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
O saneamento de deficiências é um compromisso firmado entre a instituição de educação superior e o 
Ministério da Educação para que as deficiências detectadas na avaliação sejam sanadas. 
No caso de instituição pública, o Poder Executivo responsável por sua manutenção acompanhará o 
processo de saneamento e fornecerá recursos adicionais, se necessários, para a superação das deficiências (art. 
46, § 2.º). 
O art. 46, § 1º, estabelece que após um prazo para saneamento de deficiências eventualmente identificadas 
pela avaliação, haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o caso: 
 em desativação de cursos e habilitações; 
 em intervenção na instituição; 
 em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia; 
 em descredenciamento. 
Para efeito de resolução de questões de prova, vocês precisam saber que, em caso de reavaliação 
insatisfatória, poderá ocorrer as sanções expostas no quadro acima, a depender da natureza do ato autorizativo 
pleiteado. 
No caso de instituição privada, além das sanções supramencionadas, o processo de reavaliação poderá 
resultar em 1redução de vagas autorizadas e em 2suspensão temporária (cuidado com a mudança do termo 
“temporária” pelas bancas) de novos ingressos e de oferta de cursos (art. 46, § 3.º). 
É facultado ao Ministério da Educação, mediante procedimento específico e com aquiescência da 
instituição de ensino, com vistas a resguardar os interesses dos estudantes, comutar3 as penalidades acima 
expostas (tanto para instituições públicas quanto privadas) por outras medidas, desde que adequadas para 
superação das deficiências e irregularidades constatadas (art. 46, § 4.º). 
Por fim, cabe ressaltar que, em se tratando de regulação, os estados e o Distrito Federal deverão adotar os 
critérios definidos pela União para autorização de funcionamento de curso de graduação em Medicina (art. 46, § 
5.º). 
Universidades 
As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, 
de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano (art. 52, caput). 
Características das Universidades 
O art. 52, I ao III, prevê características das universidades. Vejamos: 
 Produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais 
relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional; 
 1/3 (um terço) do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; 
 1/3 (um terço) do corpo docente em regime de tempo integral. 
 
3 Fazer uma alteração ou substituição 
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 É facultada a criação de universidades especializadas por campo do saber. (art. 52, parágrafo único) 
A produção intelectual realizada pelas universidades priorizará temas e questões relevantes sob os pontos 
de vista: 
 
 
 
Pelo menos 1/3 dos docentes (professores) das universidades precisam possuir titulação em nível de pós-
graduação stricto sensu, ou seja, mestrado ou doutorado. Perceba que não há previsão de quantos precisam ser 
doutores e quantos deverão ser mestres. Com efeito, o que a LDB estabelece é que 1/3 dos docentes possua 
titulação stricto sensu. Por isso, cuidado com as questões que afirmem, por exemplo, que as universidades deverão 
ter obrigatoriamente, no mínimo, 1/3 de doutores. Da mesma forma peço atenção às questões que utilizem outras 
frações, como: 1/4, 1/5, 2/3, 3/5, etc. 
Além disso, é também regra característica das universidades que 1/3 dos docentes possua regime de 
trabalho em tempo integral. O referido regime possui sua definição estabelecida na Lei 4.345/1964. Vejamos: 
Art. 12. Considera-se regime de tempo integral o exercício da atividade funcional sob 
dedicação exclusiva, ficando o funcionário proibido de exercer cumulativamente outro 
cargo, função ou atividade particular de caráter empregatício profissional ou pública de 
qualquer natureza. 
Na prática, o professor universitário que trabalhe em regime de tempo integral, terá vínculo de dedicação 
exclusiva, vale dizer, só poderá trabalhar na instituição à qual é vinculado, não podendo exercer outra atividade 
remunerada no setor público e nem no privado. 
Outra característica das universidades é a possiblidade de poder atuar de forma especializada por campo de 
saber. Identificamos isso quando lembrados, por exemplo, de universidades voltadas às ciências da saúde, às 
engenharias (universidades tecnológicas), entre outras. 
Atribuições Gerais das Universidades 
Entraremos agora em um ponto que as bancas adoram cobrar e misturar com outras informações para 
induzir candidatos ao erro. Refiro-me às atribuições das universidades! 
O art. 53 da LDB estabelece que, no exercício da autonomia garantida na Constituição Federal, são 
asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, algumas atribuições gerais. Para facilitar as coisas, 
apresentarei a seguir um quadro comparativo entre: 1atribuições das universidades; 2finalidades da educação 
superior; 3finalidades do ensino médio; e 4objetivos do ensino fundamental. 
ATRIBUIÇÕES DAS 
UNIVERSIDADES 
FINALIDADES DA 
EDUCAÇÃO SUPERIOR 
FINALIDADES DO ENSINO 
MÉDIO 
OBJETIVOS DO ENSINO 
FUNDAMENTAL 
 Criar, organizar e extinguir, 
em sua sede, cursos e 
programas de educação 
 Formar diplomados nas 
diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a 
 A consolidação e o 
aprofundamento dos 
conhecimentos adquiridos 
 O desenvolvimento da 
capacidade de aprender, 
tendo como meios básicos o 
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superior previstos na LDB, 
obedecendo às normas 
gerais da União e, quando for 
o caso, do respectivo sistema 
de ensino; (inciso I) 
inserção em setores 
profissionais e para a 
participação no 
desenvolvimento da 
sociedade brasileira, e 
colaborar na sua formação 
contínua; 
no ensino fundamental, 
possibilitando o 
prosseguimento de estudos; 
pleno domínio da leitura, da 
escrita e do cálculo; 
 Aprovar e executar planos, 
programas e projetos de 
investimentos referentes a 
obras,serviços e aquisições 
em geral, bem como 
administrar rendimentos 
conforme dispositivos 
institucionais; (inciso VIII) 
 Atuar em favor da 
universalização e do 
aprimoramento da 
educação básica, mediante a 
formação e a capacitação de 
profissionais, a realização de 
pesquisas pedagógicas e o 
desenvolvimento de 
atividades de extensão que 
aproximem os dois níveis 
escolares; 
 A preparação básica para o 
trabalho e a cidadania do 
educando, para continuar 
aprendendo, de modo a ser 
capaz de se adaptar com 
flexibilidade a novas 
condições de ocupação ou 
aperfeiçoamento 
posteriores; 
 A compreensão do ambiente 
natural e social, do sistema 
político, da tecnologia, das 
artes e dos valores em que se 
fundamenta a sociedade; 
 Fixar os currículos dos seus 
cursos e programas, 
observadas as diretrizes 
gerais pertinentes; (inciso II) 
 Suscitar o desejo 
permanente de 
aperfeiçoamento cultural e 
profissional e possibilitar a 
correspondente 
concretização, integrando os 
conhecimentos que vão 
sendo adquiridos numa 
estrutura intelectual 
sistematizadora do 
conhecimento de cada 
geração; 
 O aprimoramento do 
educando como pessoa 
humana, incluindo a 
formação ética e o 
desenvolvimento da 
autonomia intelectual e do 
pensamento crítico; 
 O desenvolvimento da 
capacidade de 
aprendizagem, tendo em 
vista a aquisição de 
conhecimentos e 
habilidades e a formação de 
atitudes e valores; 
 Estabelecer planos, 
programas e projetos de 
pesquisa científica, 
produção artística e 
atividades de extensão; 
(inciso III) 
 Estimular a criação cultural 
e o desenvolvimento do 
espírito científico e do 
pensamento reflexivo; 
 A compreensão dos 
fundamentos científico-
tecnológicos dos processos 
produtivos, relacionando a 
teoria com a prática, no 
ensino de cada disciplina. 
 O fortalecimento dos 
vínculos de família, dos laços 
de solidariedade humana e 
de tolerância recíproca em 
que se assenta a vida social. 
 Conferir graus, diplomas e 
outros títulos; (inciso VI) 
 Promover a divulgação de 
conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da 
humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de 
publicações ou de outras 
formas de comunicação; 
- - 
 Administrar os rendimentos 
e deles dispor na forma 
 Estimular o conhecimento 
dos problemas do mundo 
- - 
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prevista no ato de 
constituição, nas leis e nos 
respectivos estatutos; (inciso 
IX) 
presente, em particular os 
nacionais e regionais, 
prestar serviços 
especializados à 
comunidade e estabelecer 
com esta uma relação de 
reciprocidade; 
 Fixar o número de vagas de 
acordo com a capacidade 
institucional e as exigências 
do seu meio; (inciso IV) 
 Promover a extensão, 
aberta à participação da 
população, visando à difusão 
das conquistas e benefícios 
resultantes da criação 
cultural e da pesquisa 
científica e tecnológica 
geradas na instituição; 
- - 
 Elaborar e reformar os seus 
estatutos e regimentos em 
consonância com as normas 
gerais atinentes; (inciso V) 
 Incentivar o trabalho de 
pesquisa e investigação 
científica, visando o 
desenvolvimento da ciência 
e da tecnologia e da criação 
e difusão da cultura, e, desse 
modo, desenvolver o 
entendimento do homem e 
do meio em que vive. 
- - 
 Firmar contratos, acordos e 
convênios; (inciso VII) 
- - - 
 Receber subvenções, 
doações, heranças, legados 
e cooperação financeira 
resultante de convênios com 
entidades públicas e 
privadas. (inciso X) 
- - - 
Não hesite em recorrer a este quadro sempre que precisar! 
Acerca do recebimento de doações, heranças, legados ou cooperação financeira, precisamos saber que as 
doações, inclusive monetárias, podem ser dirigidas a setores ou projetos específicos, conforme acordo entre 
doadores e universidades (art. 53, § 2.º). No caso das universidades públicas, os recursos das doações devem ser 
dirigidos ao caixa único da instituição, com destinação garantida às unidades a serem beneficiadas (art. 53, § 3.º). 
No mais, sobre as informações do quadro-comparativo, não há muito o que acrescentar, pois elas são 
cobradas em sua literalidade. Mesmo assim, além da comparação proposta; quanto às atribuições das 
universidades, fiz alguns destaques para ajudar vocês a focarem nas palavras mais importantes. Ademais, também 
reorganizei as referidas atribuições para facilitar o estudo. Perceba que as letras iniciais (das atribuições das 
universidades) formaram o acrônimo CAFE CAFE FR. (Pensem em um duplo café francês. Rsrs.) 
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Atribuições Específicas das Universidades Públicas 
Nos termos do art. 53, § 1º, I ao VII, a respeito do exercício da autonomia universitária, além das atribuições 
gerais já citadas no quadro acima, as universidades públicas possuem atribuições específicas relativas à condição 
de entidade pública. Vejamos (acrônimo, PERAE AE): 
 Propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e 
salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis; 
 Elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concernentes; 
 Realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do Poder competente, para aquisição 
de bens imóveis, instalações e equipamentos; 
 Aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e 
aquisições em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor; 
 Elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; 
 Adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de organização e funcionamento; 
 Efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem orçamentária, financeira e 
patrimonial necessárias ao seu bom desempenho. 
As questões de concurso sobre as informações do quadro supramencionado são cobradas em cima da 
literalidade da Lei. Portanto, é importante ler os dispositivos e buscar familiarizar-se com eles. 
Ademais, como materialização de sua autonomia, as universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, 
na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua 1estrutura, 2organização e 
3financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus 4planos de carreira e do 5regime jurídico do seu pessoal 
(art. 54, caput). 
O estatuto (ou regime) jurídico especial das universidades trata-se de uma prerrogativa relativa à autonomia, 
que permite que tais instituições elaborem e aprovem seus regimentos internos com maior grau de liberdade do 
que outras entidades; evidentemente, respeitando os limites legais estabelecidos. 
Acrescente-se que as atribuições de autonomia universitária – nesse caso, tanto para estabelecimentos de 
educação superior públicos quanto privados – poderão ser estendidas a instituições (não-universitárias) que 
comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliação realizada pelo Poder 
Público (art. 54, § 2.º). 
Atribuições dos Colegiados de Ensino e Pesquisa 
Ainda no sentido de garantir a autonomia didático-científica das universidades, caberá aos seus colegiados 
de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre (art. 54, § 1.º, I ao VI): 
 Criação, expansão, modificação e extinção de cursos; 
 Ampliação e diminuição de vagas; 
 Elaboração da programação dos cursos; 
 Programação das pesquisas e das atividades de extensão; 
 Contratação e dispensa de professores; 
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 Planos de carreira docente. 
Perceba que as atribuições dos colegiados de ensino e pesquisa, nesse caso, são verdadeiros 
desdobramentos das atribuições (gerais e específicas) das universidades, vistas anteriormente. Por isso, você 
precisará fixar que aqui estamos tratando de competências dos colegiados, e não das universidades de forma 
ampla. Essa diferença é importante, pois as bancas cobram a literalidade da Lei. 
Outras Disposições sobre as Universidades 
Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e 
desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas (art. 55). 
As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegurada 
a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos da comunidade institucional, 
local e regional (art. 56). 
Lembrem-se que o princípio da gestão democrática prega a participação da comunidade nas tomadas de 
decisões das instituições de ensino. Na educação superior não é diferente, porém há algumas peculiaridades. A 
participação ocorrerá nos órgãos colegiados de tomada de decisões, vale dizer, órgãos deliberativos; como por 
exemplo, os conselhos superiores universitários. Participarão destes órgãos: gestores, professores, técnico-
administrativos e estudantes (comunidade institucional); bem como representes do governo municipal ou 
estadual (comunidade local) e integrantes de instituições de abrangência regional, como conselhos regionais de 
representação profissional (comunidade regional). 
Embora a LDB estabeleça que a gestão democrática seja aplicável à educação superior, a própria Lei ressalva 
que, em qualquer caso, os docentes ocuparão 70% (setenta por cento) dos assentos em cada órgão colegiado e 
comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da 
escolha de dirigentes (art. 56, parágrafo único). 
Guarde bem essa informação! Apesar de haver gestão democrática nas instituições de educação superior, 
vale dizer, com a participação da comunidade; apenas 30% das vagas nos órgãos deliberativos serão destinadas 
aos segmentos de técnicos, estudantes e representantes da comunidade local e regional; os demais assentos, 70%, 
serão ocupados por docentes/professores. 
Ademais, é necessário saber que, nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará 
obrigado ao mínimo de 8 (oito) horas semanais de aulas. 
 
 
 
 
 
 
Para finalizar este importante tópico, destacarei dois artigos constantes nas disposições gerais da LDB. 
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O primeiro estabelece que as instituições de educação superior constituídas como universidades integrar-
se-ão, também, na sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, nos 
termos da legislação específica (art. 86). 
O segundo, nos termos do art. 84, informa que os discentes da educação superior poderão ser aproveitados 
em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo com: 
1seu rendimento e 2seu plano de estudos (art. 84). 
Vistas as disposições da LDB sobre educação superior, vamos analisar algumas questões! 💪🤓 
QUESTÕES PARA ANÁLISE 
I. (UFGD - 2019 - UFGD - Técnico em Assuntos Educacionais) 
Documentos legais como a Lei n° 9.394/1996 e obras como Educação superior conceitos, definições e 
classificações, de Cavalcante (2000), definem as finalidades da Educação Superior. Assinale a alternativa que 
apresenta essas finalidades. 
A) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito cívico e religioso; formar diplomados nas 
diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais. 
B) Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação cientifica, visando ao desenvolvimento de ideologias sem o 
amparo da ciência e da tecnologia; promover a divulgação de conhecimentos culturais, saberes empíricos e 
técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou 
de outras formas de comunicação. 
C) Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais; prestar 
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade. 
D) Promover o aperfeiçoamento cultural e profissional, fazendo com que o estudante perceba que esta é a etapa 
final dos seus estudos e que não é necessário aprofundamento posterior. 
E) Promover a extensão, aberta apenas à participação da comunidade acadêmica, visando à difusão das 
conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa cientifica e tecnológica geradas na 
instituição. 
COMENTÁRIO: 
Essa questão cobra conhecimentos literais da LDB, mais especificamente, da parte que trata de finalidades da 
educação superior. Nela precisamos identificar a alternativa correta. Vamos à análise de cada alternativa. 
A) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito cívico e religioso; formar diplomados nas 
diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais. 
Errada! O correto seria “desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo”. (Art. 43, I e II) 
B) Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação cientifica, visando ao desenvolvimento de ideologias sem o 
amparo da ciência e da tecnologia; promover a divulgação de conhecimentos culturais, saberes empíricos e 
técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou 
de outras formas de comunicação. 
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Errada! O correto seria “desenvolvimento da ciência e da tecnologia” (art. 43, III) e “divulgação de conhecimentos 
culturais, científicos e técnicos” (art. 43, IV). 
C) Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais; prestar 
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade. 
Certa, nos termos literais do art. 43, VI. 
D) Promover o aperfeiçoamento cultural e profissional, fazendo com que o estudante perceba que esta é a etapa 
final dos seus estudos e que não é necessário aprofundamento posterior. 
Errada! O correto seria “suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a 
correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura 
intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração”. (Art. 43, V) 
E) Promover a extensão, aberta apenas à participação da comunidade acadêmica, visando à difusão das 
conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa cientifica e tecnológica geradas na 
instituição. 
Errada! A extensão não será aberta “apenas” à participação da comunidade acadêmica, mas sim, de toda a 
população. (Art. 43, VII) 
GABARITO: alternativa “C” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
II. (IDECAN - 2019 - UNIVASF - Técnico em Assuntos Educacionais) 
No que diz respeito à educação superior, a LDB (Lei nº 9.394/1996) estabelece que a educação superior 
abrangerá os seguintes cursos e programas: 
A) cursos de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham 
sido classificados em processo seletivo. 
B) cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que 
atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, não sendo necessária a conclusão do ensino 
médio ou equivalente. 
C) cursosde pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, 
aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio. 
D) atividades de extensão, abertas a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam aos 
requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. 
E) cursos de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino fundamental ou equivalente e 
tenham sido classificados em processo seletivo. 
COMENTÁRIO: 
Essa é uma questão literal que pede que identifiquemos a alternativa correta sobre os cursos e programas de 
educação superior previstos na LDB. Vamos à análise pontual! 
A) cursos de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham 
sido classificados em processo seletivo. 
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Correta, nos termos literais do art. 44, II. 
B) cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que 
atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, não sendo necessária a conclusão do ensino 
médio ou equivalente. 
Errada! O correto seria “desde que tenham concluído o ensino médio ou equivalente”. (Art. 44, I) 
C) cursos de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, 
aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio. 
Errada! O certo seria “abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências 
das instituições de ensino”. (Art. 44, III) 
D) atividades de extensão, abertas a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam aos 
requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. 
Errada! Aqui a banca mistura as informações. Não é necessário ser diplomado em curso de graduação, mas 
apenas que os candidatos atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. (Art. 44, 
IV) 
E) cursos de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino fundamental ou equivalente e 
tenham sido classificados em processo seletivo. 
Errada! O correto seria “que tenham concluído o ensino médio ou equivalente”. (Art. 44, II) 
GABARITO: alternativa “A” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
III. (COSEAC - 2014 - UFF - Técnico em Assuntos Educacionais) 
Segundo o artigo 52 da LDB, conforme citado por Leite (2005), as universidades são instituições 
pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de 
domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: 
I produção intelectual institucionalizada, mediante o estudo quantitativo dos problemas da educação. 
II um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado e doutorado. 
III um terço do corpo docente em regime de tempo integral. 
Dentre os itens acima: 
A) somente I e II estão corretos. 
B) somente II e III estão corretos. 
C) somente I e III estão corretos. 
D) somente I está correto. 
E) todos estão corretos. 
COMENTÁRIO: 
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Essa questão cobra características das universidades, solicitando que analisemos os itens e identifiquemos, 
dentre eles, os corretos. Vamos analisar um a um! 
I - produção intelectual institucionalizada, mediante o estudo quantitativo dos problemas da educação. 
Errada! O correto seria “mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto 
de vista científico e cultural, quanto regional e nacional”. (Art. 52, I) 
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado e doutorado. 
Certa, nos termos literais do art. 52, II. 
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral. 
Certa, nos termos literais do art. 52, III. 
GABARITO: alternativa “B” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
IV. (AOCP - 2018 - UNIR - Pedagogo) 
A Lei de 9.394/96 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Em relação à Educação Superior, julgue 
o item a seguir. 
Na educação superior, os diplomas expedidos pelas universidades e por instituições não universitárias serão por 
elas próprias registrados. 
COMENTÁRIO: 
Sobre expedição de diplomas, nos é pedido para julgar a afirmativa como certa ou errada. A questão em análise 
está errada! Vejamos: 
Na educação superior, os diplomas expedidos pelas universidades e por instituições não universitárias serão por 
elas próprias registrados. 
Nos termos do art. 48, § 1.º, os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e 
aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo 
Conselho Nacional de Educação. 
GABARITO: questão “errada” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
V. (AOCP - 2018 - UNIR - Pedagogo) 
A Lei de 9.394/96 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Em relação à Educação Superior, julgue 
o item a seguir. 
A educação superior abrange, entre outros, cursos ou programas de extensão, abertos a candidatos que 
atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. 
COMENTÁRIO: 
Sobre cursos e programas de educação superior, nos é pedido para julgar a afirmativa como certa ou errada. A 
questão em análise está correta! Vejamos o fundamento dela na LDB: 
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Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: 
[...] 
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos 
em cada caso pelas instituições de ensino. 
GABARITO: questão “certa” 
Educação Especial 
A educação especial, que inicia na educação infantil e estende-se ao longo da vida (art. 58, § 3.º), é definida 
pela LDB, em seu art. 58, caput, como a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede 
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação. 
Precisamos ter sempre muito cuidado com os termos que destaquei nos dispositivos supramencionados, 
pois as bancas adoram alterá-los. Fiquem espert@s! 
Vejamos um esquema para ajudar na memorização. 
 
 
 
 
 
 
 
Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às 
peculiaridades da clientela de educação especial (art. 58, § 1.º). Em outras palavras, a escola regular contará com 
atendimento educacional especializado (AEE). 
Sempre que o atendimento educacional – em função das condições específicas alunos – não conseguir 
promover a integração destes nas classes comuns de ensino regular, será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados (art. 58, § 2.º). 
No contexto da educação especial, a LDB, em seu o art. 59, I ao V, estabelece que os sistemas de ensino 
assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação: 
 para atender às suas necessidades: 
 1currículos, 2métodos, 3técnicas, 4recursos educativos e 5organização específicos. 
 terminalidade específica: 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
 para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusãodo ensino fundamental, em 
virtude de suas deficiências. 
 aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar: 
 para os superdotados. 
 professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado. 
 professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; 
 educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade: 
 inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho 
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins: 
 bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou 
psicomotora; 
 Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível 
do ensino regular. 
Reorganizei as informações do quadro acima para facilitar a sua assimilação. Portanto, estude-o com 
bastante atenção, pois as questões cobradas costuma ser literais. 
A respeito dos alunos com altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na 
educação superior, é importante frisar que o poder público deverá instituir cadastro nacional, a fim de fomentar 
a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado (art. 59-
A, caput). 
Nesse sentido, serão definidos em regulamento (art. 59-A, parágrafo único): 
 a identificação precoce de alunos com altas habilidades ou superdotação; 
 os critérios e procedimentos para inclusão no cadastro; 
 as entidades responsáveis pelo cadastramento; 
 os mecanismos de acesso aos dados do cadastro; 
 as políticas de desenvolvimento das potencialidades do alunado. 
Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das 1instituições 
privadas sem fins lucrativos, 2especializadas e com 3atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio 
técnico e financeiro pelo Poder Público (art. 60, caput). 
De acordo com o art. 60, parágrafo único, o poder público adotará, como alternativa preferencial, a 
ampliação do atendimento aos educandos da educação especial na própria rede pública regular de ensino, 
independentemente do apoio às instituições citadas no parágrafo anterior, vele dizer, instituições privadas sem 
fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial. 
Vencido o tema “educação especial” na LDB, vamos analisar mais algumas questões. “Simbora”! 😉 
 
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QUESTÕES PARA ANÁLISE 
VI. (ACAPLAM - 2010 - Prefeitura de Aroeiras/PB - Professor - Ciências) 
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB nº 9394/96) apresenta uma dimensão progressista buscando um novo sentido 
para a educação. Assim no seu artigo 58 explicita o conceito de educação especial, como sendo uma modalidade 
de educação escolar, oferecida: 
A) Por meio de serviços de apoio especializado, em escolas que possuam salas para o atendimento especial. 
B) A partir dos seis anos de idade em escolas e serviços especializados. 
C) Na escola regular apenas quando os professores aderirem as propostas das Secretarias de Educação. 
D) Preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. 
E) Apenas em salas que possuam recursos humanos especializados, em escolas regulares. 
COMENTÁRIO: 
Essa questão exige que identifiquemos o conceito de educação especial presente na LDB. Encontraremos a 
resposta no art. 58, caput: 
Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de 
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para 
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação. 
Perceba que a banca trouxe o termo “portadores de necessidades especiais”, o qual está diferente do texto 
vigente da Lei. Isso ocorre devido a questão em tela ser de 2010 e ao fato de que, em 2013, o referido dispositivo 
da LDB foi alterado para o texto acima apresentado. 
Atualmente, se a banca cobrar, “nos termos da LDB”, você deve considerar o texto vigente. 
GABARITO: alternativa “D” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
VII. (PaqTcPB - 2010 - Prefeitura de Patos/PB - Orientador Educacional) 
De acordo com a LDB os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: 
I – Terminalidade específica para aqueles que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino 
fundamental. 
II – Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado. 
III – Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis. 
IV – Professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns. 
Estão corretas as afirmativas 
A) II e III. 
B) I e IV. 
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C) III e IV. 
D) I e II. 
E) I, II, III e IV. 
COMENTÁRIO: 
Essa questão pede que analisemos os itens e identifiquemos os corretos. Vamos à análise um a um! 
I – Terminalidade específica para aqueles que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino 
fundamental. 
Certo, nos termos da literalidade do art. 59, II: 
Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para 
a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para 
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados. 
II – Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado. 
Certo, nos termos da literalidade do art. 59, III: 
Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para 
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para 
a integração desses educandos nas classes comuns. 
III – Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis. 
Certo, nos termos da literalidade do art. 59, V: 
Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis 
para o respectivo nível do ensino regular. 
IV – Professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns. 
Certo, nos termos da literalidade do art. 59, III: 
Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento 
especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração 
desses educandos nas classes comuns. 
GABARITO: alternativa “E” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
VIII. (IF-ES - 2019 - IF/ES - Pedagogo) 
Leia o texto abaixo que trata da Educação Especial na Lei 9.596/1996 – LDB: 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar 
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
A lei, neste artigo, em seu § 3º, prevê que a oferta da educação especial: 
A) Tem início na Educação infantil e estende-se até o ensino fundamental. 
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B) Tem início na Educação infantil e estende-se até o ensino médio. 
C) Tem início na Educação infantil e estende-se ao longo da vida. 
D) Tem início na Educação infantil e estende-se até o ensino profissional. 
E) Tem início na Educação infantil e estende-se até início do ensino superior. 
COMENTÁRIO:Questão tranquila de se resolver! Além de estar cobrando a literalidade da LDB, ela ainda nos dá a 
fundamentação no comando. Portanto, nos termos da literalidade do art. 58, § 3º: [...] tem início na Educação 
infantil e estende-se ao longo da vida. 
GABARITO: alternativa “C” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
IX. (CESPE - 2018 - IPHAN - Técnico I - Área 11) 
Com relação aos fundamentos da educação especial na perspectiva inclusiva, julgue o item a seguir. 
A LDB estabelece que, sempre que necessário, haverá na escola regular serviços de apoio especializado para 
atender às necessidades peculiares dos alunos com necessidades especiais. 
COMENTÁRIO: 
Essa questão cobra o art. 58, § 1.º: 
Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para 
atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
Embora o texto não esteja exatamente igual, a essência é a mesma. Portanto, não há erro na afirmativa. 
GABARITO: questão “certa” 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
X. (CESPE - 2016 - DPU - Assistente Social) 
A lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB) inclui a educação especial, modalidade de 
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. A respeito da educação especial, 
julgue o item a seguir. 
A oferta de educação especial deve ser assegurada a partir dos dois anos de idade, preferencialmente em 
escolas ou classes especiais. 
COMENTÁRIO: 
Conseguiremos resolver essa questão tomando como base o art. 58, caput e § 3.º. Vejamos: 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de 
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para 
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação. 
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§ 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem início na 
educação infantil e estende-se ao longo da vida [...] 
Verificamos pelos dispositivos da LDB que a educação especial inicia na educação infantil. Lembre-se que a 
educação infantil vai de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade, em creches e pré-escolas. Além disso, a educação 
especial será oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, e não em escolas ou classes especiais. 
GABARITO: questão “errada” 
 
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 
Espécies de Profissionais da Educação 
Desde que em efetivo exercício na educação básica e que tenham sido formados em cursos reconhecidos, 
são profissionais da educação escolar básica (art. 61, caput): 
 Professores habilitados em: 
 nível médio ou superior: 
 para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio. 
 Trabalhadores em educação: 
 portadores de diploma de pedagogia: 
 com habilitação em 1administração, 2planejamento, 3supervisão, 4inspeção e 5orientação 
educacional; 
 com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; 
 portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. 
 Profissionais com notório saber: 
 reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino; 
 atestados por titulação específica ou prática de ensino em unidades educacionais da rede pública ou 
privada ou das corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente em formação técnica e 
profissional: 
 para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional. 
 Profissionais graduados que tenham feito complementação pedagógica, conforme disposto pelo 
Conselho Nacional de Educação. 
Embora seja bastante óbvio, ressalto aqui, que precisamos ter clareza de que o professor não é o único a ser 
considerado profissional da educação escolar básica pela LDB. Existem outras espécies de profissionais, como 
podemos constatar no quadro acima. Peço que tomem cuidado com isso na hora de resolver questões. 
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Formação dos Profissionais da Educação 
Nos termos do art. 61, parágrafo único, I ao III, a formação dos profissionais da educação visa atender às 
1especificidades do exercício de suas atividades e aos 2objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação 
básica. Nesse sentido, terá como fundamentos: 
 a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais 
de suas competências de trabalho; 
 a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço; 
 o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras 
atividades. 
Nesse ponto, apenas peço atenção aos termos em destaque, pois são eles que costumam ser cobrados nas 
questões. 
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á (art. 62, caput): 
 em nível superior, em curso de licenciatura plena. 
 admitida a oferecida em nível médio, na modalidade normal: 
 como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos 
do ensino fundamental. 
Cabe destacar aqui que a formação em nível médio, na modalidade normal, é um curso que possui natureza 
profissional, habilitando quem o possuir a atuar na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. 
Em outras palavras, é uma formação técnico-profissional para o magistério. 
O art. 62, §§ 1.º, 4.º e 5.º, estabelece que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios: 
 deverão promover, em regime de colaboração, a formação inicial, a continuada e a capacitação dos 
profissionais de magistério. 
 adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de docentes em nível 
superior para atuar na educação básica pública. 
 incentivarão a formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública: 
 mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos 
de 1licenciatura, de 2graduação plena, nas instituições de educação superior. 
A formação inicial de profissionais de magistério ocorrerá preferencialmente por meio do ensino 
presencial, podendo subsidiariamente (ou seja, de forma “complementar”) ser feita por meio do uso de recursos 
e tecnologias de educação a distância (art. 62, § 3.º), os quais também poderão ser utilizados na formação 
continuada e a capacitação dos profissionais de magistério (art. 62, § 2.º). 
Importa também mencionar que o Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame 
nacional aplicado aos concluintes do ensino médio (nota do ENEM) como pré-requisito para o ingresso em 
cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educação (art. 62, § 6.º). 
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Outrossim, frise-se que os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência a Base Nacional 
Comum Curricular (art. 62, § 8.º). 
A formação dos profissionais classificados como trabalhadores em educação portadores de diploma de curso 
técnico ou superior em área pedagógica ou afim, far-se-á (art. 62-A, caput): 
 por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo habilitações 
tecnológicas; 
 Ademais, será garantida a esses profissionais a formação continuada no local de trabalho ou em 
instituições de educação básica e superior,incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de 
graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação (art. 62-A, parágrafo único). 
No que tange aos professores das redes públicas de educação básica, seu acesso a cursos superiores de 
pedagogia e licenciatura será efetivado por meio de processo seletivo diferenciado (art. 62-B). Nesse sentido, 
os parágrafos 1.º, 2.º e 3.º, do mesmo artigo, trazem as seguintes regras: 
 Terão direito de pleitear os cursos de pedagogia e outras licenciaturas por processo diferenciado, os 
professores das redes públicas municipais, estaduais e federal que: 
 ingressaram por concurso público; 
 tenham pelo menos 3 (três) anos de exercício da profissão; 
 não sejam portadores de diploma de graduação. 
 As instituições de ensino responsáveis pela oferta de cursos de pedagogia e outras licenciaturas definirão 
critérios adicionais de seleção sempre que acorrerem4 aos certames interessados em número superior ao 
de vagas disponíveis para os respectivos cursos. 
 Sem prejuízo dos concursos seletivos a serem definidos em regulamento pelas universidades, terão 
prioridade de ingresso os professores que optarem por cursos de licenciatura: 
 em língua portuguesa; 
 em matemática; 
 em biologia; 
 em química; 
 em física. 
As informações constantes no quadro acima, quando cobradas em questões de prova, focam nos pontos que 
destaquei. Por isso, cuidado com eles! Por exemplo, quanto às licenciaturas prioritárias, já vi questões colocarem 
o curso de artes, o qual sabemos que não consta no rol de prioridades para formação de professores, conforme o 
dispositivo que acabamos de estudar. 
Sobre as instituições responsáveis por ofertar formação de professores, a LDB faz referência aos institutos 
superiores de educação, os quais manterão (art. 63, caput, I ao III): 
 Cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, destinado à 
formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental; 
 
4 Oriundo do verbo acorrer, que significa: vir apressadamente, acudir, sair ao encontro. 
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 Programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram se 
dedicar à educação básica; 
 programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis. 
Galera, curso normal superior é um curso de licenciatura que habilita para a atuação, como professor, na 
educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental (1.º ao 5.º). Essa formação traz a mesma proposta 
da do curso normal em nível médio. O que as diferencia é o nível de formação, vale dizer, um é médio e o outro é 
superior. Para vocês perceberem uma diferença prática entre as duas formações, imagine um concurso público 
que exija qualquer curso superior para investidura no cargo. Nesse caso, podemos constatar facilmente que quem 
possui apenas o curso normal em nível médio não preencherá os requisitos para ocupar o cargo. 
É importante comentar também que a formação pedagógica trazida na LDB é a conhecida 
complementação pedagógica, a qual visa possibilitar diplomados em nível superior, que não sejam habilitados a 
atuar na docência (não-licenciados), a poderem exercer o magistério na educação básica. Imagine um bacharel em 
engenharia civil que tenha o sonho de atuar como professor no ensino médio. Notemos que, a princípio, ele não 
possui formação adequada, considerando seu curso superior (ele é engenheiro civil), para a atuar no magistério da 
educação básica. Dessa feita, ele poderá fazer uma complementação pedagógica e habilitar-se para ministrar, por 
exemplo, as disciplinas de matemática ou física. 
Sobre os programas de educação continuada, para não restar dúvidas, estes caracterizam-se como 
continuidade na formação profissional. Pense, por exemplo, em um professor de língua portuguesa que não tenha 
formação e nem experiência com alunos deficientes. E agora? A resposta é: este professor deverá buscar aprimorar 
seus conhecimentos para aprender a lidar com a referida demanda. Eis aí a importância dos programas de 
formação continuada. 
À luz do art. 64, temos que a formação de profissionais de educação para 1administração, 2planejamento, 
3inspeção, 4supervisão e 5orientação educacional para a educação básica, será feita: 
 em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação: 
 a critério da instituição de ensino; 
 garantida, nesta formação, a base comum nacional. 
Frise-se, ademais, sobre a formação docente, que esta incluirá prática de ensino de, no mínimo, 300 
(trezentas) horas, exceto para a educação superior (art. 65). Muito cuidado com a ressalva feita à educação 
superior e ao quantitativo de horas que a Lei traz! Não esqueça que as bancas usam essas informações para fazer 
pegadinhas. 
A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente 
em programas de mestrado e doutorado (art. 66, caput). Porém, ressalte-se que o notório saber, reconhecido 
por universidade com curso de doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico (art. 66, 
parágrafo único). 
Peço atenção redobrada às seguintes informações: a formação para o magistério superior faz-se em nível de 
pós-graduação, PRIORITARIAMENTE mestrado e doutorado; dispensa-se a pós-graduação nos casos de notório 
saber reconhecido por universidade com DOUTORADO em área afim. 
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Valorização dos Profissionais da Educação 
A valorização dos profissionais da educação deverá ser promovida pelos sistemas de ensino, os quais deverão 
assegurar, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público (art. 67, caput, I ao 
VI): 
 Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; 
 Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse 
fim; 
 Piso salarial profissional; 
 Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; 
 Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho; 
 Condições adequadas de trabalho. 
Nesse quadro, foque nos destaques e cuidado com as palavras que são matéria prima para pegadinhas, 
como: “exclusivamente”, “incluído”. 
Para efeito de aposentadoria especial, vale dizer, redução de 5 (cinco) anos nas idades para adquirir o direito 
de aposentadoria, nos termos da Constituição Federal, aos professores que comprovem tempo de efetivo 
exercício das funções de magistério na educação básica, são consideradas funções de magistério (art. 67, § 2.º): 
 as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas: 
 quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades; 
 incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e 
assessoramento pedagógico. 
Ressalte-se que a experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer outras 
funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino (art. 67, § 1.º); e que a União prestará 
assistência técnica aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios na elaboração de concursos públicos para 
provimento de cargos dos profissionais da educação (art. 67, § 3.º). 
Fechando a presente seção, é importante citar que qualquer cidadão habilitado com a titulação própria 
poderá exigir a abertura de concurso público de provas e títulos para cargo de docente de instituição pública de 
ensino que estiver

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