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4 Apostila Extinção do Crédito Tributário

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Aula 08 – Extinção do Crédito Tributário – art. 156, CTN
 O artigo 141, CTN aponta pela taxatividade da lista. Em alguns casos institutos do direito
civil (confusão e novação) são trazidos para cá, conforme entendeu o STJ, mas a lista e taxativa.
Obs: Para o STF – lei local pode estipular novas formas de extinção. ADI 2405-MC/RS 2006.
I) Pagamento (157 e seguintes) – Forma natural de extinção da obrigação. 
Obs: Local e prazo de pagamento: arts. 159 e 160 – regras supletivas, quando a lei não falar.
Obs²: art 160, p. ú.: Inconstitucional o desconto já que deveria ser precedido de lei expressa.
Obs³: Mora no Dir. Tributário. – os efeitos da mora são automáticos (mora ex re), credor não
precisa “constituir em mora” o devedor. Correção monetária e juros – Taxa Selic na esfera
federal.
 Forma de Pagamento – art. 162.
 Imputação em Pagamento – art. 163: I – Prioriza os débitos enquanto contribuinte, depois
como responsável tributário; II – O mais retributivo para o menos retributivo; III – Privilegia o
credito com prazo de prescrição mais curto; IV – valores do crédito (mais elevado para o menos
elevado).
 Pagamento Indevido – art. 165, Tributos Indiretos – 166 (sumula 546, STF), Prazo
prescricional (ar. 168) – 5 anos (judicial ou administrativo), cai para 2 nos casos do artigo 169.
II) Compensação – Quando duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da
outra (art. 368, Código Civil). Previsto no artigo 170, CTN. Deve haver expressa previsão legal
no que se refere a condições e garantias, ou delegue a autoridade administrativa o encargo de
fazê-lo. Caso o particular queira compensar credito não vencido, deve-se calcular o montante
menos 1% ao mês, entre a compensação e o vencimento. Sumulas 212, 461 e 464, STJ. Obs: STJ
– Contribuinte escolhe quais débitos deseja liquidar. Decreto 2.138/97. Art. 15.
III)Transação – As partes, mediante concessões mutuas, extinguem obrigações (art. 840,
Código Civil). Artigo 171, CTN.
IV) Remissão – Dispensa gratuita da dívida, feita pelo credor em beneficio do devedor.
Somente pode ser concedida com fundamento em lei específica (art. 150, §6º, CF). Critérios no
artigo 172, CTN. Aplica-se sobre tributos e multas. Obs: Anistia x Remissão. Forma de exclusão
do crédito, impede o lançamento, referente a multa. Remissão extingue o credito tributário,
depois do lançamento, multa ou tributo.
V) Decadência – Prazo Decadencial – promova o lançamento; Prazo Prescricional – tempo
para ajuizamento da ação fiscal. Verificada a decadência, não pode mais lançar, verificada a
prescrição, não pode manejar ação de execução fiscal. Ambas extinguem o Credito Tributario.
Cabe a restituição se houver pagamento. Prazo decadencial para lançamento - 5 anos a contar do
primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
 STJ lançamento por homologação: 1) tributo não declarado e não pago –
termo inicial do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte ao que o lançamento
poderia ter sido efetuado (art. 173, I – Sumula 555 STJ); 2) Tributo declarado e pago – prazo de
5 anos para homologar o pagamento ou formalizar eventual lançamento suplementar de oficio,
caso contrário há homologação tácita, extinguindo o credito (150, §4º); 3) tributo declarado e
não pago – não há decadência, o Crédito Tributário estará constituído pela declaração de debito
do contribuinte, inscrevendo em divida ativa e ajuizando ação de execução fiscal (atenção voltada
para o prazo prescricional) – Sumula 436, STJ. Obs: Prazo decadencial e contribuições da
seguridade social – prazo anterior 10 anos (45 Lei 8.212/91)  Súmula Vinculante 8  STJ
entende que aplica o prazo do art. 173, 5 anos.
VI) Prescrição – So pode ocorrer quando já houver o lançamento. O prazo
prescricional é de 5 anos para ajuizar ação de cobrança do crédito, contados da sua
constituição definitiva (lançamento + notificação). Causas de interrupção (art. 174, p. ú.).
Obs: Sumula 106, STJ – não e possível declarar a prescrição por força por lentidão da justiça.
Obs²: Única que pode ocorrer extrajudicialmente e que pode se verificar por iniciativa do
devedor. Obs³: Causas de suspensão da prescrição: art. 155, p.ú.; 151 (suspensão da
exigibilidade do Crédito Tributário); inscrição em divida ativa (suspende por 180 dias – art. 2,
§3º Lei 6.830/80); art. 40, Lei de Execução Fiscal – suspensão da execução por não
localização do devedor ou bens que possa recair a penhora (sumula 314, STJ).
 Prescrição Intercorrente: processo permanecer no arquivo, por inercia da Fazenda, por
prazo superior a 5 anos (art. 40, §4º LEF). Processo pode ficar suspenso por um ano  juiz
abre vista para Fazenda  negativa sobre bens à penhora arquiva podendo ser reaberto se
achar bens  se ficar parado mais de 5 anos, decreta prescrição intercorrente.
VII) Depósito do montante integral  Posteriormente converte-se em renda para Fazenda.
VIII) Pagamento Antecipado  art. 150, §1º; 
IX) Consignação em pagamento  Artigo 164, CTN; 
X) Decisão Administrativa Irreformável; 
XI) Decisão Judicial Passada em julgado; 
XII) Dação em pagamento em bens imóveis: Lei 13.259/16 (art. 4º).
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