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3 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DO ALUNO LEITOR ROSA, Marquely da¹ RU do aluno: 1393088 AVOZANNI, Ronéia² RESUMO A leitura é um dos meios que mais proporciona conhecimento, tornando o sujeito capaz de emitir opiniões e tomar atitudes a respeito delas. No entanto, na atualidade, são muitos os desafios para a implementação da leitura como hábito, tendo em vista o avanço das tecnologias e a banalização da leitura diante destes meios. Sendo assim, este estudo possui o objetivo de apresentar a importância do professor como incentivador de leitura em sala de aula, bem como falar sobre a importância de criar ambientes agradáveis de leitura, através de estratégias que irão ajudar o leitor a chegar ao encontro da leitura por um caminho prazeroso. Quanto à natureza da pesquisa, a mesma caracteriza-se como pesquisa básica, com abordagem qualitativa, cuja opção metodológica foi a pesquisa bibliográfica. Em relação aos objetivos, a pesquisa é caracterizada como descritiva, Com relação aos procedimentos, a pesquisa é descrita como documental. Os resultados desta pesquisa demonstraram a profunda importância da leitura como recurso de expansão da consciência e dos atos do sujeito. Demonstraram, ainda, a necessidade do incentivo à leitura na escola, desde os primeiros anos de vida da criança, como ato fundamental para sua eficácia na vida do aluno. Neste aspecto, ficou evidenciado o papel fundamental do professor na formação do aluno leitor. Destaca-se, entre as estratégias de leitura abordadas, a leitura deleite como uma das principais, pois promove o hábito da leitura pelo prazer de ler, pelo prazer de vivenciar uma experiência. PALAVRAS CHAVE: Leitura. Aluno leitor. Estratégias. 1 INTRODUÇÃO A leitura permite que o aluno conheça a si mesmo e ao outro, é por meio dela que se permite que o aluno tome posicionamentos, conhecendo os mais variados tipos de opiniões e posicionamentos para que ele seja capaz de refletir e posicionar-se de maneira a formar seus próprios conhecimentos e opiniões. O papel do professor nessa formação é de extrema relevância, visto que a grande maioria das crianças tem o seu primeiro contato com o mundo da leitura já em ambiente escolar, portanto, não se pode negar que é realmente na escola que aconteça e deva desenvolver-se o gosto pela leitura. Também não estamos falando somente do professor de Língua Portuguesa, visto que os professores das mais diversas áreas estão em constante contato com o aluno e fazem uso diariamente da língua materna e suas interpretações: também é necessário que eles sejam incentivadores e praticantes de uma boa leitura. Objetiva-se, então, através deste trabalho, apresentar a importância do professor como incentivador de leitura em sala de aula, bem como falar sobre a importância de criar ambientes agradáveis de leitura, que irão ajudar o leitor a chegar ao encontro da leitura por um caminho prazeroso, e não através de cobranças e imposições. No decorrer da pesquisa, nos deparamos com o seguinte problema: por meio de quais estratégias pode ser estimulada a leitura na escola, para a formação do aluno leitor? A justificativa ao estudo, através da escolha do tema, se deu devido à grande importância da formação de alunos leitores no contexto escolar, pois a mesma contribui de forma significativa para o desenvolvimento do aluno crítico, ampliando a sua leitura e interpretação de mundo e, consequentemente, ajudando-o nas tarefas do dia a dia. Para que isso realmente aconteça, é muito importante criar ambientes favoráveis à sua aquisição e que seja principalmente respeitado o nível sociocultural desse aluno. Quanto à natureza da pesquisa, a mesma caracteriza-se como pesquisa básica. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, cuja opção metodológica foi a pesquisa bibliográfica, que buscou aprofundamento na temática em questão, por meio de leituras, análises e reflexões da produção de autores diversos que discutem o tema. Em relação aos objetivos, a pesquisa é caracterizada como descritiva, tendo como instrumentos de pesquisa obras de autores renomados na área em questão. Com relação aos procedimentos, a pesquisa é descrita como documental, utilizando como método a revisão teórica. Para tanto, foram utilizados como instrumentos da pesquisa obras diversificadas que abordam o tema em questão. A pesquisa está organizada da seguinte maneira: o capítulo 2 apresenta aspectos acerca da importância da leitura. O capítulo 3 apresenta a importância da formação leitora no contexto escolar. No capítulo 4, abordamos o papel do professor na formação leitora. O capítulo 5 discorre acerca das estratégias para o estímulo à leitura, e o capítulo 6 disserta sobre as perspectivas sociais e educacionais a partir da formação de alunos leitores. Ao final, o estudo é encerrado com as considerações finais, seguidas das referências. 2 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA A leitura é a base para o letramento de todo cidadão, o que equivale a dizer que a leitura torna possível a compreensão dos fatos e a interpretação dos mesmos, por meio da associação de signos e significantes. Sendo assim, a leitura possibilita a vivência de forma mais aprofundada, pois o sujeito se apropria mais concretamente das situações a que está exposto. O processo proporcionado pela leitura vai muito além apenas da compreensão do mundo físico, mas permeia outros saberes, para além do tangível, por meio dos quais o aluno avança em sua percepção do meio em que vive e da sociedade no qual está inserido. A leitura é um processo de apreensão e compreensão de um algum tipo de informação e veio para nos levar além, nos torna seres pensantes, críticos, que sabem expressar-se de forma que exponha sua própria opinião, impulsiona-nos a possibilidades de conhecimento a níveis inimagináveis, transforma a nossa consciência perante o mundo que vivemos (SANTOS; MARQUES, 2017, p. 03). A leitura é um ato que transforma e impulsiona para o crescimento, tendo em vista que as informações absorvidas sempre estarão a um nível maior do que aquilo que já foi apreendido pelo sujeito. Assim, o aluno está constantemente envolvido em desenvolver sua capacidade de absorção de conteúdo, ampliando o vocabulário e sua compreensão, e consequentemente, aprendendo novas formas de aplicar os conhecimentos na sua vida cotidiana. No constante jogo de perguntas e respostas que se colocam na vida de cada indivíduo, a leitura é um manancial de oportunidades para desconstruir opiniões pré-formadas, conhecer de forma profunda os assuntos que se apresentam no cotidiano e posicionar-se criticamente em relação aos mesmos. O estímulo à leitura deve ocorrer na infância, durante os primeiros anos de vida, pois sabemos que representa a fase do desenvolvimento infantil, no qual a apropriação dos estímulos acontece de maneira concentrada. Assim, todo hábito que é implementado de forma prazerosa gera memórias positivas para a criança, o que faz com que ela continue praticando este hábito durante o seu crescimento. Arana e Klebis (2015) assim comentam a respeito deste tema: O ato de ler faz com que o indivíduo leitor tenha respostas para o mundo e para o que está acontecendo ao seu redor. Quando uma pessoa lê, ela passa a ter uma nova opinião sobre o tema lido, desde política até assuntos relacionados à culinária. Desta forma, se a criança é estimulada a ler desde pequena ela com certeza será um adulto questionador e crítico, assim, o indivíduo que não lê não terá base literária e experiências para formar opinião sobre qualquer assunto (ARANA; KLEBIS, 2015, p. 02). Quanto mais precoce for o contato da criança com o mundo da leitura, muito maior será sua desenvoltura para a compreensão das linguagens, conteúdos e saberes. Igualmente, muito maior será seu nível de criatividade e expressividade, pois o contato com a leitura abre possibilidades de expressão e formas de comunicar aquilo que se percebe acerca do mundo e da vida. Desta forma, as crianças podem ser incentivadas a ler de formas bastante simplificadas, através de atividades que não envolvem complexidadee que, inclusive, podem ser envolvidas com o aspecto lúdico. Neste contexto, para Marafigo (2012): A criança aprende brincando e os conteúdos podem ser trabalhados através de histórias, brincadeiras e jogos, em atividades lúdicas, pois além de estimular a autoconfiança e a autonomia, proporciona situações de desenvolvimento da linguagem do pensamento e está criando espaços para a construção do seu conhecimento (MARAFIGO, 2012, p. 05). Sendo assim, a leitura compreende uma vastidão de saberes que estão acessíveis aos indivíduos e, para serem acessados, necessitam do interesse do mesmo. Este interesse nasce de um estímulo, de uma associação prazerosa, de uma prática leve e cheia de significado para o leitor, o que precisa ser despertado nos anos iniciais. Em se tratando do contexto escolar, a importância da leitura recebe um destaque ainda maior, pois como mencionado anteriormente, dela depreende-se todo o conhecimento das demais áreas que fazem parte da educação. Neste sentido, passamos a tratar no tópico a seguir acerca da importância da formação do aluno leitor no âmbito escolar. 3 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO LEITORA NO CONTEXTO ESCOLAR Entre tantos outros problemas enfrentados pela educação no contexto atual, podemos citar o desinteresse pela leitura, o qual percebemos ser um problema de grande proporção, que atinge o âmbito nacional. A apatia pela leitura é muitas vezes decorrente da maneira como a leitura é trabalhada em sala de aula, pois, na maior parte dos casos, é apresentada como cobrança, e não como atividade de prática prazerosa. Desta maneira, os alunos passam a ver a leitura como algo obrigatório e consequentemente perdem o interesse pela mesma. Segundo Infante (1998, p. 46), “a leitura é o meio de que dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade”. Vemos então que a leitura pode proporcionar aos alunos uma garantia de sucesso no futuro, pois, através dela o mesmo pode conhecer o mundo que o cerca, e além de tudo tornar-se um cidadão crítico e ativo na sociedade a qual pertence. Por outro lado, ao contrário do pensamento coletivo e apesar de desempenhar um papel de extrema importância, o incentivo à leitura não deve partir somente do ambiente escolar, mas, também da família e da sociedade. Pensando no desenvolvimento das crianças, sabemos que a leitura desenvolve o intelectual e profissional, apura o senso crítico, amplia o conhecimento, promove entretenimento, enriquece a escrita, minimiza dificuldades acadêmicas, contribui para o desenvolvimento integral da criança, entre muitos outros benefícios. São inúmeras as contribuições que a leitura traz para a formação do ser humano. Quanto mais precocemente o hábito da leitura for implantado, mais eficientes serão os benefícios que ele trará para o desenvolvimento da pessoa; sendo assim nunca é cedo demais para incentivar a imaginação e o prazer pelos livros. É importante que esse incentivo já inicie desde os primeiros anos de vida da criança. Com os primeiros balbucios do bebê, os pais já podem lhe contar pequenas histórias e aos poucos desenvolver na criança o amor e o prazer pelos livros, pois as crianças pequenas adoram ouvir histórias. Nessa fase, como elas ainda têm pouca concentração, é necessário contar histórias curtas e que possuam ilustrações para que lhes chame a atenção. Ao interessar-se pelos livros desde pequenas, quando forem jovens ou adultas, continuarão suas leituras com o mesmo nível de entusiasmo. Ao ingressarem na escola, a responsabilidade pelo incentivo ao gosto pela leitura automaticamente recai sobre os professores, os quais têm um papel desafiador e muito importante sobre o mesmo. Em muitos dos casos, a escola será a primeira a promover o contato das crianças com os livros, pois muitas destas crianças infelizmente não têm a oportunidade de conhecê-los em ambiente familiar, seja pela falta de estrutura familiar, falta de incentivo dos pais ou dificuldades financeiras. Cabe então à escola suprir essa falta, oferecendo acesso às bibliotecas e salas de leitura. 4 O PAPEL DO PROFESSOR NA FORMAÇÃO LEITORA Uma grande responsabilidade recai sobre a escola e principalmente sobre os professores quando o assunto é desenvolver gosto pela leitura. Afinal, todo professor é um professor de leitura, e formar o aluno-leitor é responsabilidade de todos os envolvidos no processo educacional, pois todos nós sabemos que a leitura é pré-requisito para aprender em todas as áreas do conhecimento. Portanto, o incentivo à leitura não deve ser responsabilidade somente do professor de Língua Portuguesa e Literatura, mas sim de todos os professores, a fim de que o aluno seja capaz de compreender as diferentes espécies de linguagens e realizar associações que lhe permitam a apropriação do conteúdo. Propor que a literatura se integre ao ensino dos diferentes componentes curriculares não significa reduzir a leitura literária a um mero desencadeador temático de algum conteúdo escolar e sim aproveitar a densidade e a riqueza do acervo literário para agregar conhecimentos e novos olhares sobre o que está sendo estudado (FERREIRA; ROSA; TELES, 2012, p. 17). A leitura é um dos elementos mais essenciais a serem desenvolvidos, e muitas vezes apresenta um nível de carência extrema, pois consiste não só em decifrar signos ou palavras, mas, sim compreender a sua totalidade, o seu sentido no contexto em que se insere, admitindo-se também a diversidade de interpretações. Conforme Koch e Elias (2013, p. 21), a prática de leitura deve "considerar o leitor e seus conhecimentos e que esses conhecimentos são diferentes de um leitor para outro implica aceitar uma pluralidade de leituras e de sentidos em relação a um mesmo texto". A leitura por decodificação, infelizmente, vem tornando-se cada vez mais presente em nossas escolas, tornando assim os nossos alunos cada vez mais incapazes de compreender os enunciados e as mensagens implícitas nos textos. Essa realidade precisa ser repensada e é necessário estudar e compreender técnicas que ajudem os nossos alunos a alcançarem uma leitura de mundo cada vez mais eficaz, o que só irá enriquecer e facilitar a sua vida. A partir da obra Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 42) denota-se que: "A língua é um sistema de signos histórico e cultural que possibilita o homem significar o mundo e a realidade". Vemos, então, que a língua é o que possibilita o homem comunicar-se e entender o mundo em seus aspectos sociais e construir a sua maneira de ver o mundo. Para despertar o gosto pela leitura nos alunos, é essencial que o professor também goste de ler, pois muitos professores incentivam seus alunos a ler, mas nunca foram vistos com um livro embaixo do braço. Portanto, é necessário que o professor provoque a curiosidade dos alunos e demonstre amor pela leitura. No momento atual em que se vive, em que as tecnologias, celulares, computadores e tablets centralizam a atenção, é muito difícil conseguir despertar nos alunos o gosto pelo livro físico, sendo este um dos desafios que os professores enfrentam todos os dias em sala de aula. Assim, vemos a leitura como uma interação entre o autor- leitor- texto, e que é preciso levar em consideração os conhecimentos de mundo que o leitor carrega consigo, pois é através dele que o leitor fará suas interpretações sobre o que está lendo. Nesse sentido, o professor exerce um papel fundamental de mediação pedagógica e ajudando na construção de sentidos, deve elaborar estratégias adequadas de leitura e para isso é essencial que conheça as particularidades e os gostos de seus alunos. Cabe ao professor então, no dia a dia em sala de aula, proporcionar momentos de prazer com a leitura e com atividades que despertem a curiosidade e o interesse dos alunos pelo mundo da leitura. O atual contexto da educação no país requer ainda mais dos professores e precisa de uma mudança na maneira como a leitura é trabalhada, tanto dentro como fora da sala de aula. Para que isso aconteça, é preciso que os envolvidos no processo educacionaldespertem para o efeito que simbolizam na vida dos alunos, pois, muitas vezes, estão preocupados em cumprir metas e vencer conteúdos, deixando de lado esse trabalho com a leitura que é tão ou mais importante. Como sabemos, o professor é um formador de leitores e a escola seja talvez o único lugar que o aluno possa ter contato com livros e com o mundo da leitura, desse modo é essencial que o professor também seja um “professor leitor”, para que através de seus exemplos possa desenvolver em seus alunos o gosto pelo mundo da leitura. Segundo Brodbeck, Costa e Correa (2013, p. 31): “A escola, por meio de suas proposições didáticas para o ensino ainda deixa subentendida a leitura como uma tarefa escolar, e, consequentemente, é encarada como uma obrigação.” Sendo assim, é importante que o professor crie um ambiente no qual o aluno sinta-se envolvido pelo mundo da leitura, sem, contudo, haver uma imposição. É necessário deixar os alunos à vontade para escolherem o que gostam de ler, a partir de seus gostos e preferências, e não impor uma lista de obras e clássicos que deverão ser lidas por eles. Esta mudança metodológica deve priorizar a leitura, pois ela possibilita o entendimento de todo conteúdo ao qual o aluno terá acesso posteriormente. De acordo com os PCNs: O professor deve organizar momentos de leitura livre em que também ele próprio leia, criando um circuito de leitura em que se fala sobre o que se leu, trocam sugestões, aprende-se com a experiência do outro (BRASIL, 1998, p. 71). Para formar aluno leitor, sem dúvida nenhuma, um pré-requisito muito importante é que o professor envolvido também demonstre interesse pela leitura, que goste de ler, conheça vários livros e temas variados, pois, é através de exemplos que o professor atinge seus alunos, e não somente através de conversas. Para atingir esse objetivo, o professor pode trabalhar em sala de aula com leituras compartilhadas e leituras livres. A leitura livre consiste em disponibilizar uma grande variedade de livros e temas, tais como livros de literatura, gibis, revistas, entre outros e incentivar os alunos a escolherem o que querem ler. Neste momento, também é importante que o professor escolha algo para ler. Já a leitura compartilhada consiste em fazer uma leitura para toda a sala de aula. Deve ser feita em voz alta pelo professor ou pelos alunos, para que aqueles que ainda têm dificuldades com a linguagem possam ter mais contato com a mesma. Esta atividade é muito interessante, pois produz um convívio com o ato de ler. Criar momentos de contação de histórias diariamente oportuniza aos alunos perceber que ler é um ato comum do dia a dia, e aos poucos faz com que os mesmos tomem gosto e prazer pela leitura. Pensando então nas competências da escola, para que o professor consiga desenvolver nos seus alunos o amor pela leitura, é muito importante que o professor leia para os seus alunos e com os seus alunos. Esses momentos podem ser de leitura livre. O gostar de ler é construído em um processo que é individual e social ao mesmo tempo, pois ouvir histórias é pra quem sabe e também para aquele que não sabe ler. O professor deve entender e compreender as dificuldades particulares de cada aluno, e deve, ao mesmo tempo, estimulá-lo a produzir e ouvir textos, para que assim ele possa desenvolver suas competências e habilidades, estimulando a leitura como um processo de libertação da criatividade e da reflexão crítica do cidadão (ARANA; KLEBIS, 2015, p. 04). Formar alunos leitores significa formar adultos pensantes e formadores de opiniões próprias, os quais serão capazes de transformar a realidade em que vivem. É necessário, assim, o domínio tanto da linguagem oral como escrita, para a participação efetiva social, pois é através dela que o ser humano se comunica, mantém relações, acessa as informações, se expressa, expõe pontos de vista, e assim produz conhecimentos. É por isso que a leitura se torna tão importante, pois é somente através dela que o ser humano interage com o meio em que o cerca. "Não podemos esquecer também que uma sociedade letrada como esta em que vivemos, a leitura é condição primeira, indispensável para o exercício da cidadania" (FRANTZ, 2007, p. 14). A leitura tem também como finalidade a formação de leitores e consequentemente escritores, pois quem lê bem, consequentemente escreve bem, pois escrever bons textos tem origem também no hábito constante de ler, no qual o aluno produz intertextualidade. Leal e Albuquerque (2010) muito bem descrevem esta situação: O professor precisa realizar atividades constantes, planejadas, em que os estudantes tenham acesso ao texto literário, mas possam também refletir coletivamente sobre tais textos, e que esses possam ser modelos de escrita para outros textos (LEAL; ALBUQUERQUE, 2010, p. 101). Portanto, a leitura não trata somente de decodificação das palavras, mas, sim da compreensão, na interpretação pragmática que lida com a relação entre texto e contexto em que estão inseridas. E esta compreensão permite decodificações que vão muito além do escrito, lido ou falado. 5 ESTRATÉGIAS PARA O ESTÍMULO À LEITURA É necessário superar algumas visões sobre o aprendizado de leitura. A principal delas é a de que ler é simplesmente decodificar letras e sons, pois, é devido a essa concepção equivocada que a escola não consegue obter êxito em sua formação de leitores, pois mesmo sendo capazes de decodificar qualquer texto, os alunos possuem uma enorme dificuldade em compreender as entrelinhas - o que está implícito no texto. Para que o processo de leitura tenha êxito é preciso oferecer aos alunos oportunidades de aprenderem a ler utilizando recursos que bons leitores utilizam, é muito importante que façam inferências através do contexto ou do conhecimento de mundo que carregam consigo, que suponham através de suas suposições, em relação à escrita e ao seu significado. Para que o aluno aprenda a ler, é preciso proporcionar a ele o contato com diferentes tipos de textos que são produzidos, dando a ele oportunidade de escolher o que mais lhe interessa para que ele perceba a leitura como sendo, antes de tudo, prazerosa, e para que construa com os livros uma relação de amor. Neste sentido, a contribuição do professor se torna imperativa para a formação do gosto pela leitura. Através de técnicas específicas, podem-se estimular os alunos a perceber a leitura como uma atividade repleta de possibilidades interpretativas e ludicidade, tornando esta prática recorrente na rotina do aluno, sem que este ato seja considerado obrigatório ou forçoso. Uma interessante iniciativa no âmbito do incentivo à leitura foi a proposição da leitura deleite, através do PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), instituído em 2012, cujo objetivo é a alfabetização das crianças até a faixa etária de oito anos (LOVATO; MACIEL, 2016, p. 75). O PNAIC propõe a “leitura deleite” como atividade permanente a ser realizada tanto pelo professor, como pelo aluno, individual ou coletivamente. [...] Com a palavra leitura podem ser usados vários termos, tais como: leitura em voz alta, expressiva, protocolada, compartilhada, silenciosa, autônoma e coletiva, cada qual com funções diferentes, de acordo com o objetivo que se quer alcançar no processo de ensino e aprendizagem (LOVATO; MACIEL, 2016, p. 76). A leitura deleite prevê vários tipos de leitura, em momentos diferentes, para propiciar o contato diferenciado com esta técnica, permitindo que o aluno tenha diferentes interpretações e percepções nestes momentos. Em uma análise mais aprofundada, propicia-se ao aluno exatamente o que a nomenclatura da técnica pressupõe: o deleite, o prazer, o gozo, a delícia de ler pelo simples ato de ler, sem que seja compreendida apenas como parte obrigatória de um protocolo. Ler para despertar os sentidos, para integrar as emoções, para conhecer o desconhecido e ultrapassar as fronteiras da rotina já absorvida pelos olhos: esta é a função da leitura deleite, que visa aprofundar o contato do aluno com a leitura para além do tangível.Nesta técnica, os momentos de leitura são vivenciados com leveza e liberdade, fazendo com que o aluno se aproprie destes momentos e crie seu próprio significado, favorecendo as interpretações, a criticidade e o desenvolvimento de novos saberes a partir daquilo que é lido. "Trata-se de ler para se divertir, sentir prazer, refletir sobre a vida, sem, no entanto, excluir situações em que se conversa sobre os textos, como fruição e ampliação de saberes" (BRASIL, 2012, p. 29). A capacitação para a interpretação e compreensão proporcionada pela técnica é evidente para Seal e Silva (2012, p. 25), que apontam: "[...] além do deleite, o exercício individual da leitura propicia [...] o aprimoramento de estratégias de compreensão do que está sendo lido". Sendo assim, ampliam-se as formas de perceber os fatos e situações cotidianas, formando indivíduos pensantes e críticos. É importante, ainda, mencionar que os benefícios do incentivo à leitura pelo prazer são vitalícios, ou seja, se estendem por todas as experiências vividas pelo indivíduo, pois modificam sua leitura de mundo, sua percepção da vida, de si mesmo e dos outros: Uma das formas de incentivar as crianças a lerem é apresentá-las a livros que estimulem o hábito de ler pelo prazer. A partir daí elenca-se diversas vantagens, como a de que elas conheçam mundos novos e realidades diferentes para que, desta forma, elas possam construir sua própria linguagem, oralidade, valores, sentimentos e ideias, essas tais, que a criança levará para o resto da vida (ARANA; KLEBIS, 2015, p. 03). Outra estratégia que merece destaque, independente da faixa etária a que se destina, é a prática das rodas de leitura, nas quais são compartilhadas histórias e opiniões acerca das mesmas, com o intuito de exercitar o diálogo, a compreensão e a expressão. Nesta situação, treina-se o ouvir do aluno, para apropriação do conteúdo falado, narrado, possibilitando ainda mais formas de interpretação do contexto que se apresenta, além da familiarização com a linguagem e o despertar para diferentes tipos de leituras. Pelas rodas de leitura e o compartilhamento de histórias, podem propiciar a entrada da criança no universo ficcional, desenvolver sua sensibilização, despertar seu desejo por livros, favorecer a vivência de experiências estéticas com a linguagem e a fruição da arte literária. Podem favorecer, ainda, o conhecimento acerca das especificidades da linguagem escrita, suas convenções e regras, a familiarização com a estruturação dos diferentes gêneros textuais escritos. Segundo Brito (2007), ler com os ouvidos pode permitir à criança experimentar a cultura escrita, inserir-se na interlocução com o discurso típico dos gêneros escritos, que se organizam por uma sintaxe, um léxico e uma prosódia diferentes da linguagem oral cotidiana (VELOSO; LÉLIS; ALMEIDA, 2017, p. 08). Muito além do uso de técnicas de leitura diferenciadas, o professor deve também se apropriar do seu poder de persuasão, para inserir possibilidades não usuais no contexto do estímulo à leitura. Ler o simbólico também faz parte do jogo de significantes e significados que tanto influenciam a percepção e absorção de conteúdos. Neste sentido, o uso de gravuras, símbolos, desenhos diversos permite que o aluno compreenda para além do que é falado ou escrito, o que amplia sua capacidade interpretativa e precursora de novos saberes a serem expandidos conforme suas vivências. Arana e Klebis (2015) discorrem sobre esta funcionalidade simbólica que transmite uma mensagem a ser decodificada e compreendida, como estratégia no processo de letramento dos alunos. É importante ler textos, não somente os escritos, mas também aqueles que estão sujeitos a uma interpretação pessoal, como os símbolos, uma figura, um desenho, e saber o que aquilo está transmitindo. Sabemos que existem vários tipos de textos, que nos deparamos no dia a dia, textos longos e breves, sempre com o objetivo de transmitir uma mensagem, uma ideia. Existem textos que nos deixam desestimulados, pelo conteúdo extenso, e um contexto distante de nossa realidade, como leitores (ARANA; KLEBIS, 2015, p. 04). Neste processo de interpretação do que é simbólico, descortinam-se as amplas possibilidades interpretativas, demonstrando que as percepções de um mesmo cenário podem ser múltiplas, não havendo certo ou errado: apenas aquilo que o indivíduo foi capaz de absorver diante da sua capacidade de absorção. Quanto mais situações vivenciadas nas quais se requer o pensar crítico, mais o aluno treina sua capacidade interpretativa, a qual sempre se amplia diante de um fato novo ou inesperado. Reside, neste âmbito, uma importante contribuição do educador, no sentido de não restringir as atividades ao óbvio, ao usual e comum, ao que é repassado no contexto escolar como recorrente. É necessário buscar constantemente novos estímulos sensoriais, físicos e emocionais, tornando possível a percepção de que a leitura se estende a todos os campos da vida, pois se um aluno é capaz de interpretar as entrelinhas que não se vê, tanto mais será capaz de criar a sua própria forma de expressar-se no mundo, e interpretar aquilo que não é dito. 6 PERSPECTIVAS A PARTIR DA FORMAÇÃO DE ALUNOS LEITORES A formação de alunos leitores impacta de forma substancial no ambiente escolar, uma vez que o aluno leitor é aquele aluno que compreende as entrelinhas, que realiza inferências mais aprofundadas, que amplia as discussões, por muito se apropriar do que é lido, e estender o discurso e a discussão para além daquilo que é proposto. O crescimento do indivíduo é inegável. Este comportamento ativo do aluno pode ser percebido ainda na infância, quando ao interpretar as histórias, suas colocações são mais aprofundadas, e igualmente, a relação do texto com a realidade passa a ter mais sentido para ele. Do mesmo modo, durante o desenvolvimento escolar do aluno, seu desempenho se torna mais apurado, tendo em vista os benefícios da leitura, tais como a agilidade na compreensão, a familiarização com os vocábulos, a capacidade interpretativa. Um dos resultados deste processo é a transformação que a leitura propicia ao aluno, pois, consciente e observador, é capaz de efetuar mudanças no ambiente no qual se encontra. A transformação gerada pela leitura compreende uma mentalidade que não se acomoda diante das circunstâncias, mas que cria oportunidades para a realização das ações que são necessárias. [...] a leitura exerce interferência na formação instrutiva do indivíduo, não se restringindo, apenas, ao processo de alfabetização e letramento, mas consolidando-se como uma prática social que intervém na formação crítica e capacidade interventiva do sujeito em sua realidade. Sendo assim, a leitura deve extravasar as práticas educativas e se manifestar como um ato que viabiliza a transformação pessoal quanto social, a qual garante o exercício da cidadania (SANTA ANNA, 2017, p. 49). As perspectivas geradas pela formação de alunos leitores perpassam o nível educacional e atingem o nível social como um todo. Afinal, o indivíduo que incorpora a leitura no seu sentido mais amplo, realiza a leitura de mundo e alcança a real capacidade de pensar o fazer. Esta capacidade é essencial para a formação da cidadania, pela qual o cidadão toma ciência de seus deveres e aprende a defender seus direitos. Nunca é demais lembrar que a prática da leitura é um princípio de cidadania, ou seja, leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são as suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz. (SILVA, 2003, p. 24). Em caráter mais aprofundado, vale a pena mencionar a independência gerada pelo conhecimento. Esta independência ultrapassa o nível da informação, alcançando o nível emocional, pois um indivíduo consciente é também seguro e capaz de realizar. Em nível cultural, de forma ainda mais assertiva, a leitura provoca o contato com aspectos diferentes daquele que o sujeitojá se apropriou, fazendo com que suas referências culturais sejam ampliadas. A leitura é uma ação fundamental, profilática geradora de independência emocional e cultural. Representa acesso e ascendência a posições na sociedade. Porque quem não sabe ler e escrever, mal sobrevive e capengamente fica à margem ou a mercê da sociedade (MARAFIGO, 2012, p. 15). Diante destes aspectos, resta mencionar que a leitura propõe benefícios inestimáveis, os quais se apresentam por toda a vida do indivíduo. É necessário, então, que este hábito seja incentivado na rotina das crianças o mais cedo possível, desde a tenra idade, para que se familiarizem com os efeitos da leitura e possam perpetuá-lo por toda a sua jornada. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste estudo, foram abordados aspectos relativos à leitura como aspecto fundamental na formação dos alunos, bem como as formas pelas quais o estímulo á leitura ocorre. Tratou-se ainda acerca das estratégias que podem facilitar o contato dos alunos com o mundo da leitura. Foi realizado estudo bibliográfico, e as informações coletadas foram tratadas de forma qualitativa, ou seja, com a finalidade de explicar a situação percebida durante a pesquisa. Os resultados desta pesquisa demonstraram a profunda importância da leitura como recurso de expansão da consciência e dos atos do sujeito. Demonstraram, ainda, a necessidade do incentivo à leitura na escola, desde os primeiros anos de vida da criança, como ato fundamental para sua eficácia na vida do aluno. Ainda, ficou evidenciado o papel fundamental do professor na formação do aluno leitor, bem como as estratégias que podem ser utilizadas para a apreciação da leitura como prática prazerosa e cheia de significados no contexto escolar. Desta maneira, podemos considerar que os objetivos do estudo foram alcançados com êxito, pois foi apresentada a importância do professor como incentivador de leitura em sala de aula, bem como foi amplamente discutido sobre a importância de criar ambientes agradáveis de leitura, proporcionando o contato prazeroso do aluno com o mundo da leitura. O problema da pesquisa: "por meio de quais estratégias pode ser estimulada a leitura na escola, para a formação do aluno leitor?" foi respondido de forma satisfatória, tendo sido apresentadas estratégias capazes de gerar um contato não formal com a leitura, incentivando possibilidades múltiplas de interpretações. Entre estas estratégias, destaca-se a leitura deleite como uma das principais, pois promove o hábito da leitura pelo prazer de ler, pelo prazer de vivenciar uma experiência. Esta prática da leitura pelo prazer é fundamental no desenvolvimento do hábito da leitura, a qual o indivíduo fará durante todo o seu desenvolvimento, culminando em uma formação mais crítica e politizada, mais consciente para realizar interferências sociais. Sugerimos para futuras pesquisas o estudo acerca da influência da leitura deleite nos anos iniciais do ensino fundamental, com o objetivo de perceber o impacto desta estratégia na formação do aluno leitor em seus primeiros anos escolares. 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