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FICHAMENTO - A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO


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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PÓLO UNIVERSITÁRIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E CIÊNCIAS DA SOCIEDADE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DE CAMPOS
Primeiro Período - 2020.1
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CURSO: CIÊNCIAS SOCIAIS
ALUNO: GABRIEL CARDOSO DOS SANTOS
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Die Protestantische Ethik Und Der Geits des Kapitalismus”. In: Archiv für Sozialwissenschaft und Sozialpolitik. – Tübinger, 1904/5. Vols.: XX e XXI. 2ª edição revista.
I - FILIAÇÃO RELIGIOSA E ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
O autor inicia o texto apontando para o fato de que homens de negócio e donos do capital são predominantemente protestantes.
Observamos a mesma coisa onde se fez levantamentos de filiação religiosa, por onde quer que o capitalismo, na época de sua grande expansão, pôde alterar a distribuição social conforme suas necessidades e determinar a estrutura ocupacional (p. 12).
O autor aponta para as circunstâncias históricas para compreender que a filiação religiosa pode ser o resultado da condição econômica. No século XVI a maioria das cidades mais ricas aderiram ao protestantismo. Isso é resultado de uma mudança no controle da igreja, que penetrou cada vez mais em todos os setores da vida pública e privada. E a queixa dos reformadores, nestas regiões de grande desenvolvimento econômico, não era o excesso de controle da vida por parte da Igreja, mas a sua falta.
A explicação desses casos é, sem dúvidas, que as peculiaridades mentais e espirituais adquiridas do meio ambiente, especialmente do tipo de educação favorecido pela atmosfera religiosa da família e do lar, determinaram a escolha da ocupação e, por isso, da carreira (p. 14).
Seria possível explicar as posições ocupadas por protestantes em termos de sua herança, entretanto, Weber aponta para a diferença no número de católicos e protestantes em formações voltadas para empresas capitalistas. Além disso, os protestantes são mais atraídos pelos empregos em fábricas, ocupando posições administrativas. Além disso, há uma tendência maior entre os protestantes em desenvolver o racionalismo econômico, isso pode ser explicado pelas suas crenças religiosas. 
II - O ESPÍRITO DO CAPITALISMO
O “racionalismo” é um conceito histórico que encerra um mundo de contradições, e teremos ocasião de investigar de que espírito nasceu essa forma concreta de pensamento e de vida “racionais” da qual resultaram a ideia de “vocação profissional” e aquela dedicação de si ao trabalho profissional tão irracional, como vimos, do ângulo dos interesses pessoais puramente eudemonistas — , que foi e continua a ser um dos elementos mais característicos de nossa cultura capitalista. A nós, o que interessa aqui é exatamente a origem desse elemento irracional que habita nesse como em todo conceito de “vocação” (p. 33).
Os agentes dessa transformação, do estabelecimento desse espírito são homens completamente devotados à causa. Ideia de que o trabalho é indispensável à vida: Esta última é de fato a única motivação pertinente, e ela expressa ao mesmo tempo [do ponto de vista da felicidade pessoal] o quanto há de [tão] irracional numa conduta de vida em que o ser humano existe para o seu negócio e não o contrário.
A ordem econômica capitalista precisa dessa entrega de si à “vocação” de ganhar dinheiro. O autor coloca a questão de, como em uma sociedade em que esses valores eram considerados quase amorais, emergiu esse espírito e conduta de vida pelo dever.
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