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SISTEMA DIGESTORIO - PEDIATRIA

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Maria Julia Mota 
APARELHO DIGESTORIO 
DIVISÕES DO ABDOME 
 
SEMIOLOGIA DO ABDOME 
>Inspeção em neoatos e lactentes: abdome 
globoso, musculatura mais flácida (diastese 
dos músculos retos), algumas veias mais 
visíveis podem ser normais. Deve-se analisar 
a presença de hérnia inguinal e umbilical. 
Quando a diminuição das ondas peristálticas 
pensa-se em obstrução intestinal e em 
lactentes pensa-se em estenose hipertrófica 
de piloro. 
>Inspeção em criança maior: abdome mais 
plano e musculatura mais fortalecida 
>Inspeção abdominal logo ao nascer: hérnia 
diafragmática. Lado esquerdo em 85% dos 
casos, passagem da parte do conteúdo 
abdominal para cavidade torácica. 
Estomago, alças intestinais e até fígado e 
baço podem se projetar através da hérnia. 
Hérnia grande – hipoplasia de pulmão 
ipsilateral. 50% associados a defeitos 
cardíacos, renais ou distúrbios de 
cromossomos sendo um defeito congênito. A 
inspeção ocorro ao nascer. Crianças com 
abdome escavado. 
>ausculta: identificias motilidade intestinal – 
RHA um a cada dez a trinta segundos, de 
cinco a trinta e cinco por minuto. Auscultar 
os 4 quadrantes em busca de sopros arteriais 
(aorta, renais, ilíacas e femorais). 
>palpação: QSD -> QSE -> QIE -> QID -> 
região periumbilical. Se dor, alterar a ordem 
e deixar a região dolorosa por ultimo. 
Sinal de Blumberg – apendicite aguda e 
peritonite. Dor ou piora da dor a compressão 
e descompressão brusca do ponto de 
McBurney. 
Palpação do fígado – palpação em garras – 
Mathieu e palpação hepática bimanual – 
processo de Lemos Torres. Características do 
fígado a serem descritas: tamanho, borda, 
superfície, consistência, sensibilidade. 
 
PALPAÇÃO DO FIGADO 
Superfície lisa ou não, presença de massas 
ou nódulos, consistência elástica, 
endurecida ou pétrea, borda fina ou romba. 
- bimanual: lemos torres 
- em garra: mathieu 
Percussão do fígado: inicio da percussão em 
direção ascendente – linha medioclavicular 
– área timpânica – direção ascendente som 
maciço na borda inferior do fígado; inicio da 
percussão em direção descendente desde 
os pulmões som claro pulmonar – até 
alcançar macicez hepática – borda superior 
do fígado. 
Tamanho do fígado: hepatimetria 
- 6 meses : 5 cm 
- 3 anos : 7 cm 
- 10 anos : 8 a 10 cm 
- adolescente: 12 cm 
Timpanismos no lugar de macicez no fígado 
– sinal de Jobert encontrando 
pneumoperitoneo. Presença de timpanismo 
na região da linha hemiclavicular direita 
onde normalmente se encontra macicez 
hepática. Ar no peritônio – 
pneumoperitoneo. 
PALPAÇÃO DO BAÇO 
Maria Julia Mota 
O baço cresce em direção a região 
umbilical. Em decúbito dorsal na inspiração 
(manobra bimanual). Posição de Shuster 
(decúbito lateral D com MIE flexionado). 
Recém nascidos e lactentes -> baço pode 
ser palpável a 1-2 cm na margem costal 
esquerda. 
Percussão do baço: espaço de Traube – 
timpânico. 
PESQUISA DE ASCITE 
Semicírculo de skoda (concavidade para 
cima/ timpânico no centro e maciço ao 
redor) 
Macicez móvel 
Teste da onda liquida 
Piparote (peteleco) – teste da onda liquido 
 
INTOSSUSCEPÇÃO – invaginação instestinal – 
obstrução intestinal 
Invaginação do instestino proximal para 
dentro da luz intestinal distal 
Porção invaginado = intussuscepto 
Intestino que recebe = intussuscepiente 
Compressão vascular do mesentério 
90% ileocolica 
Fatores implicados na etiologia: anatômico, 
infeccioso, hiperperistalse e hiperplasia 
linfoide no íleo terminal – rotavirus 
Causa mais comum de obstrução intestinal 
aguda em lactentes e crianças jovens na 
maioria no primeiro ano de vida. Pico de 
incidência entre 4 e 9 meses, mais comum 
no sexo masculino. 
Quadro clinico de dor abdominal aguda em 
cólica, períodos de calma – vômitos e muco 
com sangue. 
Tríade clássica: dor abdominal. Massa 
palpável 85% no QSD e muco com sangue 
em geleia de framboesa. 
Diagnostico= clinico + imagem. RX simples 
de abdome, RX contrastado de abdome e 
USG abdominal. 
Tratamento: redução hidrostática guiada por 
USG, enema baritado ou cirúrgico. 
EXAME REGIAO PERIANAL 
Inspeção de nadegas, sulco intergluteo e 
anus 
Toque retal se necessário = sangramento 
gastrointestinal e suspeita de obstrução 
intestinal. 
REFLUXO GASTROESOFAGICO FISIOLOGICO 
Retorno do conteúdo gástrico para o 
esôfago, com ou sem regurgitação e vomito. 
Pode atingir faringe, boca e vias aéreas 
superiores 
Processo fisiológico transitório e dependente 
da imaturidade funcional do aparelho 
digestivo no primeiro ano de vida. 
Episódios de curta duração < 3 minutos, no 
período pos prandial e ocasionam poucos 
ou nenhum sintoma. 
Frequente nos lactentes – regurgitações e 
golfadas. 
Não tem associação com redução no 
ganho de peso e outras manifestações 
clinicas. 
Inicia-se antes da 8 semana de vida 
90% dos casos se resolvem até 1 ano de vida. 
Fisiopatologia: barreira antirefluxo; asofago 
abdominal, pilar direito do diafragma, 
ligamento frenoesofagico, roseta gástrica, 
ângulo de his, esfíncter esofágico inferior 
falha = RGE. 
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFAGICO – 
DRGE 
Gravidade variável com ou sem 
complicações, como a esofagite 
Deficit de ganho ponderal 
Maria Julia Mota 
Choro, irritabilidade, recusa alimentar 
Alteração na posição cervical – síndrome de 
Sandifer 
Resolução espontânea até o final do 
primeiro ano de vida 
Evitar exposição passiva ao fumo – nicotina 
diminui a pressão do EEI e facilita a 
ocorrência de maior numero de episódios de 
refluxo gastroesofagico. 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 
Ocorrência de qualquer uma das seguintes 
manifestações, independente do intervalo 
de tempo entre as evacuações: fezes duras, 
cibalhos ou cilíndricas com rachaduras, dor 
ou dificuldade para evacuar, eliminação 
esporádica de fezes muito calibrosas que 
entopem o vaso sanitário, frequência de 
evacuações inferior a 3x na semana. 
Crônica: pode ser caracterizada pela 
presença isolada de suas complicações 
como escape fecl, dor abdominal recorrente 
e infecções do trato urinário de causa 
estrutural. 
 
Sinais de alarme na constipação: iliminação 
de mecônio após 48h de vida, constipação 
que se iniciou no primeiro mês de vida, 
historia familiar de doença de hires-rung, 
fezes em fita, fezes com sangue na ausência 
de fissura, vômitos biliosos, distenção 
abdominal intensa, anormalidades da 
tireoide, posição anormal do anus, ausência 
de reflexo anal ou cremasterico, diminuição 
tonico das extremidades inferiores, 
ondulação sacral, tudo de pelos na coluna 
vertebral, desvio da fenda glútea e cicatriz 
anal. 
DOENÇA DE HIRSCHPRUNG OU MEGACOLON 
CONGENITO 
Malformação congênita do sistema nervoso 
entérico caracterizado pela ausência das 
celulas do plexo submucoso e no plexo 
meissener e mioentericos. 
Atraso na eliminiação do mecônio nas 
primeiras 24h de vida, uma das coisas de 
constipação. 
DOR ABDOMINAL 
Dor crônica: maior que 3 meses 
Orgânica: associada a uma causa 
anatômica, inflamatória ou dano tecidual 
Funcional: na ausência de uma causa 
DIARREIA 
Fezes liquidas ou semilíquidas pelo menos 3x 
em menos de 24h 
Volume, frequência, consistência, presença 
de muco, sangue ou gordura, sintomas 
associados com vomito e febre 
Diarreia crônica – continua ou intermitente – 
habito intestinal anterior, inicio abrupto ou 
gradual, evolução, sintomas associados com 
dor abdominal, emagrecimento, febre e 
vômitos. 
Osmótico – distenção abdominal, cólica, 
aumento do peristaltismo, fezes acidas e 
explosivas 
Secretora – perdas hidroeletrolíticas intensas 
– desidratação grave 
Disenteria – pequenos volumes com muco e 
sangue.

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