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LEISHMANIOSE VISCERAL CONCEITO EPIDEMIOLOGIA CICLO EVOLUTIVO E TRANSMISSÃO Infecção sistêmica causada por protozoário, que acomete principalmente figado e baço Agente etiologico: Leishmaniva donovani chagasi: america latina donovani: indiano infantum: mediterrâneo Doença endêmica Paises tropicais e subtropicais Brasil: 90% de todos casos da America latina; 3.400 novos casos por ano Predomina em regiões periféricas (meio periurbano e rural) DIMORFISMO Amastigota: intracelular obrigatorio, arredondada, aflagelada Promastigota: flagelada, alongada e móvel; infectante Transmissão vetorial: picada de mosquito flebotomíneo Mosquito palha Lutzomyia longipalpis Principal reservátorio: cães Ciclo evolutivo Mosquito palha infectado com formas promastigotas (intestino) Fêmeas inoculam formas promastigotas ao se alimentar no hospedeiro Formas promastigotas são fagocitadas por macrofagos, onde se diferenciam em amastigotas (perdem flagelos) Proliferação intracelular de amastigotas, que rompem as celulas e infectam novos macrofagos na circulação Macrofagos alcançam o sistema reticulo endotelial, repetindo o ciclo Mosquito fêmea se alimenta de hospedor contaminado, ingerindo macrófagos com formas amastigotas Amastigotas evoluem para promastigotas no intestino do mosquito, que passa a ser infectante (5 dias) QUADRO CLINICO FISIOPATOLOGIA FORMAS ASSINTOMATICAS FORMAS SINTOMATICAS Resposta imune eficiente (imunidade celular Th1) resposta imune ineficiente Multiplicação desenfreada no sistema reticuloendotelial Hiperplasia reativa -> hepatoesplenomegalia e ocupação medular (pancitopenia) Resposta humoral exarcebada -> hipergamaglobulinemia policlonal e relação albumina/globulina invertida Oligossintomatico Sintomas inespecificos: febricula, adinamia, tosse seca, diarreia, discreta hepatoesplenomegalia, sudorese Mais comum (áreas endêmicas) Evolução: 60-70% resolução espontanea; restante calazar crôncio Forma aguda (periodo inicial) Sindrome febril (<4 semanas) que cursa com hepatoesplenomegalia e palidez Pancitopenia Forma crônica (periodo de estado) Periodo de incubação: 3 a 6 meses (media); 10 dias a 24 meses Curso prolongado e insidioso Acomete mais crianças <10 e imunodeprimidos Febre irregular e de longa duração, mal estado geral (astenia, diarreia, tosse seca, TGI), perda ponderal Laboratorio Exame fisico: pele pardacente/avermelhada, abdome volumoso (hepatoesplenomegalia); palidez e desnutrição Pancitopenia grau variado VHS elevado Hipoalbuminemia Hiperglobulinemia policlonal discreto aminotranfeases Pancitopenia grave: astenia, dispeia e IC (anemia); infecções bascterianos (neutropenia), hemorragias (plaquetopenia) Imunodeprimidos e HIV: "ativação" de formas sintomáticas DIAGNOSTICO Demonstração do parasita por metodos diretos Esfregaço sangue periferico Aspirado de medula óssea/esplênico/hepático Esplênico: padrão ouro, maior risco Cultura ou esfregaço PCR Sorologia imunoflurescencia indireta (titulos a partir de 1:80) ELISA Testes rapidos Confirmar resultado positivo com pesquisa direta Teste intradérmico "PPD" Vigilângia epidemiologica (não diagnostico) Positivo em infecção assintomática e cura Desequilibrio entre multiplicação no SRE, resposta imune e processo inflamatório subjacente Período final Febre contínua, estado geral muito comprometido, desnutrição, edema de MMII, hemorragias, ictericia, ascite infecções bacterianas e sangramentos (geralmente causa de obito) Clinico-epidemiologico e laboratorial TRATAMENTO 1 - 50 anos, sem comorbidades/sinais de gravidade/contraindicações < 1 ano; > 50 anos, presença de comorbidades, IR ou IH, cardiopatia, HIV e gestantes Hiperssensibilidade / falha terapeutica sem criterios para Anfo B lipossomal / Avaliação pré tto: hemograma, U/C, TGO/TGP, CV (ECG e rx torax) N-metil-Glucamina (Glucantime): EV ou IM- 20mg Sb+5/kg/dia por 20 a 40 dias Anfotericina B (lipossomal): EV - 3 mg/kg/dia/por 7dias ou 4mg/kg/dia por 5 dias Desoxicolato da anfotericina B na dose de 1mg/kg/dia EV por 14 a 20 dias Suporte: reposição hidroeletrolítica, hemoterapia, suporte nutricional, antibioticoprofilaxia/terapia Sinais de alerta: 6 meses - 1 ano / 50 - 65 anos; recidiva; diarreia, comitos; edema localizado; infecção bacteriana; febre ha mais de 60 dias Sinais de gravidade: < 6 meses / > 65 anos; desnutrição grave, comorbidades, icterícia, femonemos hemorragicos (exceto epistaxe); edema generalizado; ma perfusão tecidual; cianose; taquicardia/bradicardia; alterações do ritmo respiratoiro; instabildiade hemodinâmica
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