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Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula SF III 07/03/2022 Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) Introdução Diretrizes para organização da Atenção Básica na RAS Atenção Básica – conjunto de ações individuais, familiares e coletivas. Contemplam ações de promoção à saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, recuperação, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos Uso das tecnologias leve e leve-dura. É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima das pessoas, com intuito de conhecer o modo de vida daquela população Deve ser o contato preferencial dos usuários, sendo a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS Orienta-se pelo princípio da universalidade, da integralidade da atenção, da equidade, da participação social e também pela acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, responsabilização e humanização Considera o indivíduo em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral Possui um complexo processo de trabalho, com baixa densidade tecnológica PNAB – política que irá nortear o funcionamento da AB e o processo de trabalho neste nível de atenção à saúde. Na base da pirâmide temos a Atenção Básica/Atenção Primária, que resolve 80% dos problemas. Médicos que não são resolutivos ou que não cumprem seu horário tendem a abaixar esse percentual 15% dos pacientes precisam ser encaminhados ao especialista para avaliação na atenção secundária. Municípios que ainda não possuem 100% de cobertura da saúde da família, geralmente possuem dificuldades em achar médicos para atuarem 40h Urgências e emergências podem ser atendidas pela APS, porém, cuida-se do que é mais prevalente/frequente (eventos crônicos, e as vezes uma agudização de um evento desses) na microárea de atuação em questão APS = AB (são termos equivalentes) Atributos da APS Atributos essenciais/Nucleares Acesso de primeiro contato Longitudinalidade Na APS, há uma longa duração da relação médico- paciente e cuidado em saúde É lidar com o crescimento e as mudanças do indivíduo e grupos no decorrer de um tempo (por anos) Fortalece as relações e se passa a conhecer a história dos pacientes Aumenta a resolutividade do cuidado e fortalece os vínculos Resulta em menor número de internações (ICSAP = Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária) Facilita observação à adesão ao tratamento, uso de medicamento, diagnóstico Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula SF III 07/03/2022 Coordenação do cuidado Integralidade (tanto um princípio doutrinário, como atributo da APS) A integralidade consiste em olhar o indivíduo como um todo, porém, no caso da PNAB a integralidade do cuidado é relacionada ao atendimento de todas as demandas que determinado indivíduo necessita Atributos derivados Orientação familiar (prontuário família) – deve-se identificar quando a família é um fator protetor, podendo servir como rede de apoio, e quando a família é um fator de adoecimento do paciente A família deve ser considerada no momento de fechar diagnóstico e fazer um plano terapêutico Orientação comunitária (capital social) – o quanto a comunidade se ajuda e pode servir como fator de apoio para ser considerada no plano terapêutico Competência cultural – envolve o reconhecimento e respeito acerca das necessidades especiais das populações relacionadas a características religiosas, raciais, dentre outras Barreiras ao acesso aos Serviços de Saúde Geográficas – o local da APS deve ser de fácil acesso para todos Econômicas Funcionais – deve ser flexível para que todos consigam acessar Culturais Comunicacionais Peito cheio: problema respiratório (MG) Espinhela caída: cansaço anormal ao submeter-se a esforço físico. (PE) Guenzo: magro (Nordeste) Levou o farelo: morreu (Norte) Atitudinais Arquitetônicas Organização do Acesso e da Agenda Sistema com vagas – nesse sistema, são destinadas algumas vagas para atendimentos de demandas urgentes no dia e o restante para agendamento com antecedência Acesso avançado – deveria ser o sistema usado, porém ainda não é dessa forma no Brasil Nesse sistema, 65% a 75% das vagas de atendimento estão abertas quando o serviço abre suas portas, e o restante fica para consultas previamente marcadas Ele elimina a distinção entre consultas de urgência e de rotina, ofertando atendimento no mesmo dia para todos. O mote desse sistema é “faça o trabalho de hoje, hoje”. A ideia desse sistema é marcar a consulta do paciente para o mesmo dia ou atendê-lo na mesma hora, pois se marcar para dias depois o problema vai se resolver sozinho, o paciente vai esquecer da consulta ou o paciente vai procurar uma unidade de urgência e emergência Tipos de Equipes e Unidades Unidade Básica de Saúde (UBS) – estabelecimento que não possui equipe de Saúde da Família, possui apenas equipe de Atenção Primária (eAP) Composição mínima de uma eAP 1 médico, preferencialmente especialista em MFC (pode trabalhar 20h ou 30h semanais) 1 enfermeiro, preferencialmente especialista em SF Opcional – 1 auxiliar ou técnico de enfermagem, ACE, ESB e ACS Algum desses profissionais terá que trabalhar 40 horas para manter a unidade aberta Unidade de Saúde da Família (USF) – estabelecimento com pelo menos uma equipe de Saúde da Família (eSF) Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula SF III 07/03/2022 Composição mínima de uma eSF 1 médico, preferencialmente especialista em MFC 1 enfermeiro, preferencialmente especialista em SF 1 auxiliar ou técnico de enfermagem Agentes Comunitários de Saúde (obrigatório pelo menos 1) Todos esses profissionais devem trabalhar 40h semanais. Existe a opção de ter uma equipe ampliada, contendo o Equipe de Saúde Bucal (ESB) – pode trabalhar 20h semanais o Agente de Combate a Endemia (ACE) – pode trabalhar 20h semanais Funcionamento da Atenção Básica CH mínima: 40 horas (5 dias por semana) Horários de funcionamento podem ser alternativos Existe um número definido de pessoas que podem fazer uso da AB numa USF, que inclusive tem que morar no território abrangido (número de varia com a classificação de cada município) População Adscrita: população vinculada e previamente cadastrada à unidade Especialidades Básicas – médico ginecologista, médico pediatra e médico clínico geral Podem estar presentes nas UBSs nos dias que o médico generalista possuir outra atividade e o consultório ficar livre, ou então se a unidade for grande e tiver espaço População – Previne Brasil PORTARIA Nº 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019 Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017 Núcleo Ampliado da Saúde da Família e Atenção Básica (NASF- AB) Não é fixa em uma unidade, não é uma unidade independente e não são de "acesso aberto” Fornece suporte técnico e pedagógico, quando são solicitados por algum integrante da UBS. Esse apoio é chamado de Matriciamento / Apoio Matricial. Participam do Plano Terapêutico Simulado (PTS) Não tem espaço físico, não são unidades independentes. Eles vão até a unidade atuar junto com a equipe e também fazem visita domiciliar Atuação conjunta com equipe APS – não atua de forma independente O gestorem saúde tem a liberdade para incluir o profissional que ele quiser para compor a equipe do NASF –médicos especialistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos Papel do Médico na Equipe Multiprofissional Realiza consultas agendadas e de urgência na unidade e no domicílio Supervisiona a equipe que realiza escuta inicial, dando retaguarda através da discussão de casos e de interconsultas Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula SF III 07/03/2022 Presta cuidado aos usuários que ficam em observação até estabilização ou remoção para outro serviço Realiza monitoramento das condições que exigem vigilância A resolutividade da organização do acesso depende de alguns elementos, como por exemplo: do estabelecimento de um trabalho cooperado, a garantia de retaguarda para quem realiza a escuta inicial e a ampliação da prática clínica do enfermeiro através da aprovação de protocolos, diretrizes clínicas claras e da parceria do trabalho do médico e enfermeiro Devem ser privilegiadas as consultas na agenda do médico, enfermeiro e cirurgião-dentista, dividindo atividades não assistenciais com os demais profissionais da equipe Ambiência Espaço físico, entendido como lugar social, profissional e de relações interpessoais Deve proporcionar uma atenção acolhedora e humana para as pessoas Ambiente saudável para o trabalho dos profissionais de saúde Recepção sem grades Identificação visível dos serviços existentes Escala dos profissionais Horários de funcionamento e sinalização de fluxos Conforto térmico e acústico Espaços adaptados para as pessoas com deficiência Toda unidade deve monitorar a satisfação de seus usuários, oferecendo o registro de elogios, críticas ou reclamações, por meio de livros, caixas de sugestões ou canais eletrônicos. Gerente de Atenção Básica Profissional preferencialmente com nível superior Garantir o planejamento em saúde, a organização do processo de trabalho, coordenação e integração das ações Não pode ser profissional integrante das equipes vinculadas à UBS Agente Comunitário de Saúde (ACS) – possibilidade de realização de alguns procedimentos Aferição de PA Medir temperatura axilar Dosagem de glicemia capilar Realizar curativos Orientação administração de medicamento Deverão estar afixados em local visível, próximo à entrada da unidade de saúde: Identificação e horário de atendimento Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe; Identificação do Gerente da Atenção Básica e dos integrantes da equipe; Relação de serviços disponíveis; Escalas de atendimento de cada equipe
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