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SEMIOLOGIA-ESTÉTICA-3

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 SEMIOLOGIA ESTÉTICA ........................................................................... 4 
3 PELE ........................................................................................................... 5 
3.1 Camadas da pele ................................................................................. 5 
4 EMBRIOLOGIA SUMÁRIA DA PEle ........................................................... 8 
4.1 Epiderme .............................................................................................. 9 
5 ESTRUTURAS DOS ANEXOS CUTÂNEOS ............................................ 18 
5.1 Funções da pele ................................................................................. 30 
6 CONSULTA ESTÉTICA ............................................................................ 33 
6.1 Anamnese .......................................................................................... 36 
6.2 Análise avaliação estética .................................................................. 36 
6.3 Identificação das técnicas e procedimentos ....................................... 38 
7 SEMIOLOGIA CUTÂNEA ......................................................................... 41 
7.1 Anamnese .......................................................................................... 41 
7.2 Tipos de pele ...................................................................................... 43 
7.3 Lesões cutâneas ................................................................................ 44 
7.4 Fotoenvelhecimento ........................................................................... 46 
7.5 Tratamentos estéticos ........................................................................ 48 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 49 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 SEMIOLOGIA ESTÉTICA 
 
Fonte: inspirar.com 
A semiologia, é a area responsável pela averiguação e estudo dos sinais e 
sintomas exibidos pelo paciente. Basicamente é realizada a inspeção, palpação, 
percussão e ausculta, que geralmente respeitam esta ordem de execução e podem 
ser finalizados por tecnologias que aperfeiçoem melhor definição de detalhes. Para 
análise, o examinador deve ter conhecimentos científicos em anatomia, fisiologia, 
fisiopatologia, semiologia entre outras, sem os quais não será capaz de detectar de 
forma completa os problemas identificados que requerem a sua intervenção (VARIZI 
et al, 2021). 
De acordo com Varizi (2021) a semiologia é a base da formulação do 
diagnóstico clínico, é uma análise apoiada pela ciência clínica com o objetivo de dotar 
o profissional de métodos e técnicas de exame do paciente e ao mesmo tempo meios 
e formas de descobrir os sinais e sintomas. Faça-os de forma adequada para avaliar 
com precisão e rapidez o diagnóstico clínico e intervir efetivamente para ajudar na 
recuperação / melhora do paciente. 
 
 
5 
 
3 PELE 
 
Fonte: VARIZI et al, 2021. 
3.1 Camadas da pele 
A pele é o maior órgão do corpo humano, atua como uma barreira física e 
protege o corpo de influências externas como microrganismos e produtos químicos 
além de atuar na termorregulação do corpo. Possui duas camadas: a epiderme 
(externa) de origem ectodérmica e a derme (intermediária) de origem mesodérmica. 
O tecido subcutâneo ou tecido celular subcutâneo (interno) tem a mesma origem que 
a derme, mas serve como suporte e conexão com os órgãos subjacentes sem fazer 
parte da pele (VARIZI et al, 2021). 
A epiderme é composta por um epitélio pavimentoso estratificado 
queratinizado, que quando vista do meio interno para o meio externo, está 
disposta em camadas de células sobrepostas. O critério de classificação das 
regiões é dado de acordo com a morfologia dos queratinócitos, sendo dividida 
em: germinativa ou basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea (NEIVA, 
2015 apud VARIZI et al, 2021). 
A camada germinativa (ou camada basal) é a mais interna e está em contato 
direto com a derme. É composta por diferentes tipos de células, como os 
queratinócitos, que são responsáveis pela produção da queratina, uma proteína 
fibrosa e filamentosa que dá força e garantias. Proteção, permeabilidade e evita a 
 
6 
 
desidratação. Os queratinócitos passam por um processo contínuo de diferenciação 
e maturação em seu caminho desde a camada basocelular até a superfície (VARIZI 
et al, 2021). 
As células-tronco também presentes na camada basal são responsáveis pela 
produção e renovação dos queratinócitos, o que causa a reposição completa da 
epiderme a cada 28 dias, dos quais 14 dias são necessários para atingir o estrato 
córneo e outros 14 dias para a descamação (BOHJANEN, 2017 apud (VARIZI et al, 
2021). 
As células do sistema imune da epiderme são as células de Langerhans, que 
fagocitam microrganismos e partículas estranhas, além de gerar ativação de outras 
vias do sistema imune. Entre a epiderme e a derme existem células de Merkel que se 
ligam às terminações nervosas e agem como receptores de toque (VARIZI et al, 2021). 
Os melanócitos são células originadas da crista neural, e responsáveis pela 
síntese de melanina, pigmento que determina a cor da pele e atua na 
proteção do DNA contra os raios ultravioleta (UV) (MIOT et al., 2009), 
absorvendo e difundindo esses raios (HEXSEL et al., 2013 apud VARIZI et 
al, 2021). 
Localizada acima da camada basal, a camada espinhosa é composta por 
células poliédricas ou ligeiramente achatadas, que continuam aderidas umas às 
outras por estruturas proteicas denominadas desmossomos. A camada granular 
consiste em apenas 2-3 fileiras de células poligonais planas, núcleo central e 
citoplasma carregado com grânulos de ceratoyalina basofílica. Outra característica 
dessa camada é a presença de corpos lamelares, que são formados por bicamadas 
lipídicas, que contêm principalmente ácidos graxos livres, colesterol e ceramidas, que 
são liberados no espaço intercelular e desempenham funções importantes como: 
prevenir as camadas subjacentes da epiderme de secar uma barreira, fornecer 
resistência à absorção percutânea e fixar as células queratinizadas juntas (VARIZI et 
al, 2021). 
A camada lúcida está localizada entre a granulosa e córnea, e é constituída por 
uma fileira clara e homogênea de células anucleadas, presentes apenas em áreas de 
pele espessa, como palma das mãos e plantas dos pés. A camada mais superficial da 
epiderme é denominada camada córnea, formada por células em estágio final de 
diferenciação, os corneócitos, que são células anucleadas e achatadas preenchidas 
por filamentos de queratina. A espessura da camada córnea varia deacordo com a 
 
7 
 
região anatômica, podendo atingir até 1,5mm em regiões de grande atrito. Os 
corneócitos são envoltos por um envelope lipoproteico, que interage com as lamelas 
intercelulares formadas na camada granulosa. Depois do processo de maturação dos 
queratinócitos, a camada córnea vai desidratando, perdendo coesão e descama 
(GERSON et al., 2012 apud (VARIZI et al, 2021). 
A derme, camada presente entre a epiderme e a hipoderme, é um tecido 
conjuntivo irregular que apresenta células como: os fibrócitos, macrófagos, 
linfócitos, plasmócitos, mastócitos e fibroblastos, sendo esses responsáveis 
pela síntese de fibras de colágeno e elastina. A derme proporciona 
sustentação à epiderme e participa dos processos fisiológicos e patológicos 
da pele. A hipoderme é composta de nervos, grandes vasos sanguíneos e 
células de gordura. Têm as funções de proteger dos choques físicos, isolante 
térmico e armazenar reserva energética (TASSINARY, 2019 apud (VARIZI et 
al, 2021). 
Os indivíduos podem ser classificados quanto a cor da pele e o comportamento 
da mesma à exposição solar, segundo a escala de Fitzpatrick, que classifica em: 
fototipo I, caracterizada por tonalidade mais clara, que sempre queima, nunca 
bronzeia e, portanto, é muito sensível ao sol; o fototipo II é caracterizado como pele 
branca, que sempre queima, bronzeia muito pouco e é sensível ao sol. Estes dois 
fototipos são os que oferecem maiores riscos ao desenvolvimento de lesões benignas 
e malignas, devido à baixa quantidade de melanina em caso de exposição prolongada 
ao sol. Outros fatores de risco podem favorecer o surgimento do melanoma como: 
lesões pigmentadas na forma de nevos atípicos ou comuns, efélides, exposição solar 
intermitente, queimaduras solares com ênfase nos casos em que as lesões tenham 
ocorrido durante a infância, melanoma cutâneo prévio e uso de camas de 
bronzeamento, leva-se em conta também histórico prévio familiar (VARIZI et al, 2021). 
 
8 
 
4 EMBRIOLOGIA SUMÁRIA DA PELE 
 
Fonte: editoradoseditores.com 
Embriologicamente, a pele é derivada das válvulas ectodérmicas e 
mesodérmicas. Estruturas epiteliais, epiderme, folículos pilosos, glândulas apócrinas 
e écrinas e unhas vêm do ectoderma. Nervos e melanócitos vêm tanto do 
neuroectoderma quanto do elástico. Colágeno e vasos sanguíneos de fibras de 
colágeno, músculos e tecido adiposo vêm do mesoderma. No embrião de três 
semanas, a epiderme consiste em uma única camada de células morfologicamente 
indiferenciadas e cuja reprodução leva ao aumento do número de camadas e à 
formação de fixações cutâneas. Além disso, as células da crista neural, os 
melanócitos, de onde surge o sistema de pigmentação da pele, penetram nessa 
estrutura (ELDER et al, 2011). 
De acordo com Elder (2011) no início da formação do sistema sebáctico ocorre 
na nona semana de vida embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se, 
primeiramente, nas regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A 
derme e o tecido subcutâneo começam com um material mixomatoso sem fibras, as 
primeiras estruturas fibrilares aparecem do segundo ao quarto mês de vida fetal. 
Os primeiros vasos sanguíneos surgem por volta do 3º mês e as primeiras 
estruturas nervosas a partir da 5ª semana de vida fetal. Já os melanócitos são 
evidentes na epiderme por volta da 11ª semana de desenvolvimento embrionário, 
 
9 
 
tornando-se numerosos entre os dias 12º e 14º. Os precursores dos melanócitos são 
chamados de melanoblastos e têm origem na crista neural. Elementos da matriz 
ungueal são visualizados no dorso de dedos do embrião durante a 10ª semana de 
vida. O conhecimento da estrutura da pele fetal tem grande importância pela utilização 
de biópsias feitas por meio de fetoscopia, para a diagnose pré-natal de doenças 
genéticas em famílias de risco. O período adequado para esses exames é da 18ª à 
21ª semana de vida do feto. A análise dessas estruturas em material biopsiado por 
microscopia eletrônica e imuno-mapeamento possibilita o diagnóstico de diversas 
patologias genéticas (ELDER et al, 2011). 
4.1 Epiderme 
 
Fonte: CESTARI, 2018. 
A epiderme é constituída por queratinócitos, cujo processo de maturação é 
complexo e multifatorial, influenciado por fatores genéticos, sistêmicos e ambientais. 
Composta de filamentos de actina, que participam da motilidade celular; e 
microtúbulos, ligados ao transporte intracelular de organelas. Três subclasses de 
filamentos intermediários são reconhecidas, responsáveis pela resistência mecânica 
das células: vimentina e afins (vimentina presente nas células mesenquimais, desmina 
nos miócitos e proteínas gliais nas células da neuroglia); neurofilamentos 
(encontrados em células neurais); e, por fim, as citoqueratinas (CQ), presentes nos 
 
10 
 
epitélios e em estruturas deles derivadas, como folículos e glândulas capilares. 
Atualmente, as citoqueratinas são divididas em dois grupos: tipo I, ácidos, incluindo 
CQs de 9 a 23; e tipo II, básico, compreendendo QC 1 a 8 (ELDER et al, 2011). 
As CQ têm uma distribuição tecidual específica para cada epitélio e seus 
apêndices. O uso de anticorpos monoclonais, que podem marcar apenas uma CQ, 
permite detectar o desenvolvimento de um tumor por meio de marcadores moleculares 
e não apenas do ponto de vista morfológico. Outro aspecto relevante do CQ foi a 
elucidação da patogênese de algumas genodermatoses em que foram detectadas 
mutações em sua molécula. O conhecimento dessas mutações também pode ser 
usado no diagnóstico pré-natal e aconselhamento genético. Os queratinócitos em 
seus diferentes estágios de diferenciação formam a epiderme, que é, portanto, um 
epitélio estratificado no qual são reconhecidas diferentes camadas de células: 
germinativa ou basal, Malpighi, granular e córnea (ELDER et al, 2011). 
 
Camada germinativa ou basal 
 
A camada germinativa ou basal constitui-se por dois tipos de células, as células 
basais e os melanócitos, constitui da camada mais profunda da epiderme. Possui 
queratinócitos basais com forma cilíndrica e se dispõem com seu maior eixo 
perpendicular à linha formada pela junção epiderme-derme. Contudo, expõem 
citoplasma basófilo e núcleos grandes, alongados, ovais e hipercromáticos. As células 
basais estão unidas entre si e às células espinhosas suprajacentes, que, por sua vez, 
unem-se por meio das chamadas pontes intercelulares (desmossomas) (ELDER et al, 
2011). 
Segundo Elder (2011) na camada basal, tem uma única placa de adesão, que 
liga a membrana plasmática das células basais com a lâmina basal. Essas estruturas 
de conexão, por consistirem em uma única placa adesiva, são chamadas de 
hemidesmossomos. Os desmossomas e hemidesmossomas são estruturas de 
adesão situadas, entre os queratinócitos; e entre as células basais e a membrana 
basal. Os desmossomos possuem uma estrutura amorfa central, a desmogleia, que 
se insere entre as membranas plasmáticas das células vizinhas e, em sua parte 
citoplasmática, o desmossomo é formado por densas placas submembranas. Ao nível 
da camada basal, existe uma única placa de adesão na membrana basal, que conecta 
 
11 
 
a membrana plasmática das células basais com a lâmina basal. Essas estruturas de 
conexão, por consistirem em uma única placa adesiva, são chamadas de 
hemidesmossomos. 
Nos pontos de inserção dos tonofilamentos na placa de adesão existe uma 
proteína, a ceratocalmina, que interrompe a regulação do cálcio, essencial para a 
manutenção dos desmossomos. As placas intracelulares contêm desmoplaquinas I e 
II, placoglobina, envoplaquina e periplaquina, desmoioquina, desmocalmina e o 
polipeptídeo da banda 6. Existem glicoproteínas desmossomais transmembrana, 
caderinas, que têm uma região extracelular, uma parte transmembrana e uma parte 
intracitoplasmática, são glicoproteínas desmossomais transmembrana. As caderinas 
epiteliais dos desmossomas se unem aos filamentos de queratinae são subdivididas 
em duas subfamílias: as desmogleínas e as desmocolinas. As desmogleínas são, 
portanto, proteínas transmembrana - desmogleínas 1, 2, 3 e 4 - que estão localizadas 
na desmogleia segundo Elder (2011): 
 Desmogleína 1 – molécula específica dos desmossomas, de peso molecular 
160 Kd e que representa o antígeno reconhecido pelo autoanticorpo dos 
doentes de pênfigo foliáceo. 
 Desmogleína 2 – glicoproteína humana isolada a partir de desmossomas de 
carcinoma de colo. 
 Desmogleína 3 – polipeptídeo de 130 Kd, própria dos desmossomas das 
camadas suprabasais dos epitélios escamosos estratificados, é o antígeno 
reconhecido pelos autoanticorpos circulantes dos doentes de pênfigo vulgar. 
 Desmogleína 4 – expressa-se na epiderme suprabasal e nos folículos pilosos. 
Mutações no gene dessa desmogleína causam quadros de hipotricose 
localizada autossômica recessiva. 
Juntamente com Dsg1 e Dsg3, representa um autoantígeno nas várias formas 
de pênfigo. As desmocolinas são outro grupo de proteínas transmembrana na 
superfície das caderinas, que são traduzidas principalmente nas camadas 
suprabasais da epiderme. A camada basal é fundamentalmente germinativa, 
determinando as demais camadas da epiderme, por meio de progressiva 
diferenciação celular. Por esta razão, intensa atividade mitótica é sempre observada 
nesta camada. O tempo de maturação de uma célula basal até o estrato córneo é de 
aproximadamente 26 dias (ELDER et al, 2011). 
 
12 
 
Células basais, os tonofilamentos são constituídos, essencialmente, pelas 
citoqueratinas K5 e K14, ainda que se detecte, também, K19. Além das citoqueratinas, 
arrumam o citoesqueleto das células basais microfilamentos de actina, alfa actina e 
miosina. Sob a camada basal, há uma estrutura fina de mucopolissacarídeos neutros 
- a membrana basal, que geralmente não é visível ao microscópio de luz normal, com 
H.E., mas pode ser evidenciada especialmente pela coloração com o ácido periódico 
de Schiff (PAS). A microscopia eletrônica mostra que a junção dermoepidérmica é 
uma estrutura altamente complexa que representa a chamada área da membrana 
basal, com importante envolvimento em várias condições patológicas da pele e sua 
análise anatomopatológica, imunopatológica (utilizando imunofluorescência e 
imunoperoxidase) e mesmo a ultraestrutural às vezes é muito importante para o 
diagnóstico e interpretação da patogênese de certas dermatoses. Quanto à 
ultraestrutura, a zona da membrana basal é formada por quatro componentes bem 
definidos segundo Elder (2011): 
 Membrana plasmática das células basais, as vesículas plasmalêmicas e os 
hemidesmossomas, que são as estruturas de ligação entre as células basais e 
as demais estruturas da zona da membrana basal. 
 Lâmina lúcida ou espaço intermembranoso. 
 Lâmina densa ou lâmina basal. 
 Zona da sublâmina densa. 
A membrana plasmática das células basais é irregular e, além dos 
hemidesmossomos, contém vesículas masculinas do plasma, possíveis elementos de 
síntese e eliminação que estão envolvidos no reparo contínuo da membrana 
plasmática. Os hemidesmossomos são complexos de ligação especializados que 
contribuem para a adesão das células epiteliais à membrana subjacente. A membrana 
basal está presente em epitélios complexos, como pele, córnea, partes do trato 
respiratório e gastrointestinal e o âmnio (ELDER et al, 2011). 
De acordo com Elder (2011) esses complexos multiproteicos determinam a 
coerência do estroma celular e fornecem às células sinais críticos para sua 
polarização, organização espacial e arquitetura de tecidos. Eles atuam em vários 
processos biológicos normais, como a cicatrização de feridas e a morfogênese dos 
tecidos. Há evidências de que vários elementos, como proteínas da matriz extracelular 
e fatores de crescimento, regulam a função dos hemidesmossomos. A integrina a6b4 
 
13 
 
parece atuar como um elemento de sinalização; portanto, o hemidesmossomo não 
apenas representa um complexo de adesão estrutural, mas também tem efeitos 
funcionais no fenótipo celular via a6b4. 
Do ponto de vista ultraestrutural, os hemidesmossomas apresentam-se como 
pequenos domínios eletrodensos (menos de 0,5 milimicra) da membrana basal 
plasmática no polo inferior do queratinócito basal da pele. Seu componente mais 
evidente é uma placa citoplasmática tripartite, à qual ligam-se feixes de filamentos 
intermediários (FI). Os hemidesmossomos estão associados a uma densa placa sub-
basal e conectados por filamentos de ancoragem à lâmina densa, que por sua vez é 
ancorada à derme papilar subjacente por fibrilas de ancoragem. Essas estruturas 
morfológicas, filamentos intermediários, placa hemidesmossomo, filamentos âncora e 
fibrilas âncora, formam uma unidade funcional chamada de complexo de adesão 
hemidesmossomo e garantem a adesão estável dos queratinócitos à membrana basal 
epitelial subjacente (ELDER et al, 2011). 
Ainda de acordo com Elder (2011) a disposição molecular do hemidesmossomo 
é fundamentada em três classes de proteínas: da placa citoplasmática, que agem 
como elementos de adesão ao citoesqueleto; transmembrana, que serve como 
receptor celular e conecta o interior da célula à matriz extracelular; e por fim a 
membrana basal, baseada na matriz extracelular. 
Os membros da placa hemidesmossômica incluem o antígeno bolhoso 
penfigóide 1 (BP230), a plectina e outras proteínas de alto peso molecular que não 
foram completamente caracterizadas. BP230 é um dos antígenos-alvo dos anticorpos 
bolhosos penfigóide. A plectina de aproximadamente 500 Kda é expressa em vários 
epitélios simples e em camadas e funciona como um ligante multifuncional do 
citoesqueleto. Os componentes transmembrana do hemidesmossomo são a integrina 
BP180 e a6b4. A integrina α6β4 liga-se aos filamentos de queratina. A α6β4 é um 
receptor para múltiplas variantes de laminina, mas tem alta afinidade pela laminina, 
uma isoforma de laminina, presente em grande quantidade na membrana basal da 
epiderme e de outros epitélios, com a qual se liga conectando a placa 
hemidesmossômica à lâmina densa. A α6β4 está entrelaçada na transdução de sinais 
da matriz extracelular para o interior da célula, colaborando para a reunião dos 
hemidesmossomas e para a aparelhamento do citoesqueleto, tendo ainda profundo 
choque na proliferação e diferenciação celular. Já a BP180 é uma molécula colágena 
 
14 
 
transmembrânica que se relaciona à a6b4 e é um dos autoantígenos do penfigoide 
bolhoso (ELDER et al, 2011). 
A lâmina lúcida é uma camada elétron-transparente, localizada prontamente 
abaixo da membrana plasmática das células basais. Contém filamentos de ancoragem 
que se originam na membrana plasmática da célula basal, atravessam a lâmina lúcida 
e se inserem na lâmina densa. Esses filamentos existem ao longo de toda a lâmina 
lúcida, concentrando-se, porém, ao nível dos hemidesmossomas. 
Os hemidesmossomos estão associados a uma placa sub-basal densa e 
conectados por filamentos de ancoragem à lâmina densa, que por sua vez é ancorada 
à derme papilar subjacente por fibrilas de ancoragem. Essas estruturas morfológicas, 
filamentos intermediários, placa hemidesmossomo, filamentos âncora e fibrilas 
âncora, formam uma unidade funcional chamada de complexo de adesão 
hemidesmossomo e garantem a adesão estável dos queratinócitos à membrana basal 
epitelial subjacente. A organização molecular do hemidesmossomo é baseada em três 
classes de proteínas: da placa citoplasmática, que atuam como elementos de adesão 
ao citoesqueleto; transmembrana, que agem como receptores celulares e conectam 
o interior da célula à matriz extracelular; e finalmente a membrana basal, baseada na 
matriz extracelular. Os elementos da placa hemidesmossômica compreendem o 
antígeno bolhoso penfigóide 1 (BP230), a plectina e outras proteínas de alto peso 
molecular que não foram inteiramente qualificadas. BP230 é um dos antígenosalvo 
do anticorpo penfigóide bolhoso (ELDER et al, 2011). 
Os feixes de microfibrilas consistem em fibrilas finas perpendiculares ou em 
ângulo com a junção dermoepidérmica, que se inserem diretamente na lâmina densa 
e penetram profundamente na derme. As fibras de colágeno têm uma periodicidade 
típica, são dispostas aleatoriamente e não agrupadas neste nível, como é o caso da 
derme profunda Elder (2011): 
 Aderência dermoepidérmica – toda estrutura da ZMB indica funções de ligação 
dermoepidérmica e, realmente, condições patológicas ou experimentais, 
associadas à dissociação epiderme-derme, mostram alterações na ZMB. 
Na epidermólise bolhosa distrófica displásica ocorrem alterações e até 
ausência de fibrilas de ancoragem. A laminina 5, outro componente molecular 
importante do complexo hemidesmossomo, anteriormente denominado niceina, 
 
15 
 
calinina ou epiligrina, é uma molécula em forma de cruz composta por três cadeias 
não idênticas a3, b3 e g2 (ELDER et al, 2011). 
A laminina ampara as ligações celulares e é ligante para a6b4 e, possivelmente, 
o BP180. Queratinócitos com defeito na laminina 5 têm reduzida adesividade. As 
moléculas de laminina 5 interagem com o colágeno VII, o maior constituinte das fibrilas 
de ancoragem. Portanto, a laminina 5 serve de ponte entre a6b4 e componentes da 
matriz dérmica. Aceita-se que, enquanto a laminina monomérica 5 está concentrada 
abaixo da placa hemidesmossômica ligando a integrina a6b4, e possivelmente o 
BP180, ao colágeno tipo VII, o complexo laminina 5-6/7 está implicado na 
estabilização da membrana basal no espaço interdesmossômico. 
Mutações em genes que codificam moléculas da zona da membrana basal ou 
a produção de anticorpos dirigidos contra essas moléculas levam a diferentes 
condições patológicas da pele. 
Suporte mecânico – essa função se alcança por meio de ação estabilizadora 
da lâmina densa sobre a membrana plasmática das células basais. 
Função barreira – claramente, a ZMB age como barreira à penetração de 
moléculas de peso molecular elevado. O desempenho da barreira do ZMB pode ser 
cumprido sobre as células, o que é de grande interesse para prevenir invasões 
dérmicas por processos proliferativos epidérmicos. Processos inflamatórios ou 
neoplásicos devido à ação da colagenase ou de outras enzimas podem lisar a lâmina 
densa e prejudicar a função da área da membrana basal (ELDER et al, 2011). 
 
Camada malpighiana 
 
Também conhecida como camada espinhosa ou membrana mucosa de 
Malpighi, a camada de Malpighi é formada por células epiteliais escamosas, que têm 
uma configuração poliédrica e se achatam gradualmente em direção à superfície. As 
citoqueratinas K1 e K10 são sintetizadas. Em vez disso, características do padrão de 
diferenciação epitelial que levam à queratinização. As células da camada de Malpighi 
são separadas por espaços entrecruzados por filamentos finos chamados pontes 
intercelulares. A microscopia eletrônica possibilitou um melhor entendimento das 
conexões intercelulares da epiderme, que são processadas pelos chamados 
 
16 
 
desmossomos, que correspondem às pontes intercelulares já descritas da 
microscopia de luz comum (ELDER et al, 2011). 
 
Camada granulosa 
 
A camada granulosa é constituída por células da granulosas, assim 
denominadas por se caracterizarem pela presença de um grande número de grânulos 
de tamanho e forma irregulares. Esses grânulos são constituídos por querato-hialina, 
profilagrina, a proteína que produz a filagrina, e citoqueratinas. O próprio par de 
citoqueratina nesta camada é K2 / K11. Em áreas de queratinização imperfeita, a 
camada granulosa pode estar ausente. (ELDER et al, 2011). 
 
Camada córnea 
 
O estrato córneo é formado por corneócitos, ou seja, células epidérmicas 
enucleadas com membranas celulares espessos, cujo citoplasma corresponde a um 
sistema bifásico de filamentos de queratina que estão encerrados em uma matriz 
amorfa contínua. Nas partes inferiores do estrato córneo, os filamentos de queratina 
estão associados à filagrina, que se desprende da queratina nas partes inferiores por 
ação enzimática e é decomposta em aminoácidos que osmoticamente retêm água no 
estrato córneo (ELDER et al, 2011). 
Nas regiões palmoplantares há outra camada que é composta pela epiderme. 
É a camada transparente que se localiza entre o estrato córneo e a granulosa e é 
composta por duas ou três camadas de células enucleadas, planas, homogêneas e 
transparentes. Os melanócitos presentes na camada basal são células que, quando 
coradas com hematoxilina e eosina, aparecem como células claras com um pequeno 
núcleo hipercromático e um citoplasma transparente levemente basofílico. As 
manchas de prata mostram a natureza dendrítica dos melanócitos com numerosos 
processos longos e ramificados associados às células espinhosas sobrepostas. 
Os melanócitos, em conjunto com os queratinócitos com que funcionalmente 
se relacionam, constituem as unidades epidermomelânicas da pele. O número de 
melanócitos varia dependendo da área considerada, sendo cerca de 2.000 / mm2 na 
pele da cabeça e antebraços e 1.000 / mm2 no restante da pele. O número de 
 
17 
 
melanócitos não varia dependendo da raça; as diferenças de pigmentação, portanto, 
não dependem do número, mas da funcionalidade dos melanócitos, que estão 
localizados próximos à pele no trato ocular, na retina e na úvea; na orelha, na estria 
vascular do ducto coclear; no sistema nervoso central, nas leptomeninges; nas 
membranas mucosas; e na pele (ELDER et al, 2011). 
Os melanócitos contêm organelas especializadas chamadas melanossomas 
em seu citoplasma, onde a síntese e a deposição de melanina ocorrem pelo 
armazenamento da tirosinase sintetizada pelos ribossomos. O elemento inicial desse 
método biossintético é a tirosina, um aminoácido essencial. Na presença de oxigênio 
molecular, oxida a tirosina em dopa (dioxifenilalanina) e está em dopaquinona, que se 
polimeriza para formar melanina. 
Os melanossomos cheios de melanina são injetados através dos processos 
dendríticos dos melanócitos nos queratinócitos da unidade epidermomelânica 
correspondente. O pigmento melanina consiste em dois tipos de melanina, que 
geralmente estão em uma mistura: eumelanina, um polímero marrom; e feomelaninas, 
queratinócitos compostos amarelo-avermelhados afetam a proliferação, o número de 
dendritos e a produção de melanócitos pelos melanócitos. Outros fatores que 
interrompem a atividade dos melanócitos são os hormônios (MSH e hormônios 
sexuais), mediadores inflamatórios e vitamina D3. Além de melanócitos, existem 
outras células dendríticas na epiderme, células de Langerhans. Sem tirosina e, 
portanto, dopanegativa, são células perfeitamente caracterizadas ao microscópio 
eletrônico por corpos peculiares, os grânulos de Birbeck (estruturas em forma de 
raquete de tênis). Agora são consideradas células macrófagos monocíticas de 
camadas epidérmicas com função imunológica que atuam no processamento de MI a 
partir de antígenos exógenos que chegam à pele. Além de sua localização epidérmica, 
as células de Langerhans são encontradas na derme, vasos linfáticos dérmicos, 
linfonodos e glândula timo (ELDER et al, 2011). 
As células de Langerhans originam-se da medula óssea e representam a 2ª a 
8ª população epidérmica, possuem receptores para a fração Fc de IgG e IgE, para 
C3, e também expressam antígenos de histocompatibilidade de classe II. Graças a 
essa estrutura imunológica, a célula de Langerhans pode reconhecer, processar e 
apresentar antígenos aos linfócitos T e, assim, iniciar sua ativação. Eles não estão 
apenas envolvidos nas reações de sensibilização da dermatite de contato, mas 
 
18 
 
também na rejeição de transplantes, na proteção contra infecções virais e também na 
eliminação de clones de células epiteliais neoplásicas. 
Mudanças qualitativas e quantitativas nas células de Langerhans foram 
registradasem várias condições patológicas: vitiligo; lúpus eritematosos; micose 
fungóide; dermatite atópica; pênfigo e penfigóide; além disso, as células com grânulos 
típicos de células de Langerhans representam as células proliferadas na histiocitose 
X. As células de Merkel também são encontradas na epiderme ao nível da camada 
basal, que não são visíveis ao microscópio óptico. 
Por outro lado, a microscopia eletrônica nessas células revela a presença de 
grânulos elétron-densos característicos contendo substâncias neurotransmissoras, 
como a enolase específica do neurônio, que são encontradas principalmente nos 
lábios, dedos, boca e membrana externa. A origem dessas células é debatida, pois 
alguns autores as consideram de origem neuroendócrina, pois formam os chamados 
discos de Merkel, que resultam da união de terminações nervosas mielinizadas com 
seu pólo basal. Embora sejam estruturas suscetíveis às sensações táteis, outros 
autores consideram os queratinócitos modificados, principalmente levando em 
consideração a expressão das citoqueratinas K8, K18 e K19, que podem levar ao 
carcinoma e estão presentes na reticulose pagetoide (ELDER et al, 2011). 
5 ESTRUTURAS DOS ANEXOS CUTÂNEOS 
 
Fonte: clinicamaximus.com 
 
19 
 
O envelhecimento é um processo natural que pode ser acelerado por fatores 
externos como sol excessivo, estresse, tabagismo, que além da dieta, que também é 
um fator muito importante, libera radicais livres que são responsáveis pela quebra do 
colágeno. Uma dieta balanceada à base de frutas, verduras e muito líquido ajuda a 
hidratar a pele, além dos alimentos que possuem fibras, proteínas e vitaminas, que 
ajudam a combater os radicais livres, aceleradores do processo de envelhecimento 
(CARVALHO et al, 2016). 
De acordo com Carvalho (2016) o envelhecimento, os cabelos começam a se 
tornar brancos, em razão da perda de melanócitos no bulbo capilar; o número de 
folículos diminui, e os pelos se tornam mais finos; o número de glândulas écrinas 
também é reduzido, levando à diminuição do suor; e a glândula sebácea diminui sua 
função em virtude da diminuição dos hormônios. Os vasos sanguíneos vão perdendo 
a capacidade de eliminar as toxinas do organismo e também de nutrir e oxigenar as 
células da derme e da epiderme; assim, a renovação celular fica prejudicada. 
 
Glândulas sudoríparas écrinas 
 
 
Fonte: dermatologiacesarbimbi.com 
As glândulas sudoríparas écrinas estão espalhadas por toda a pele, mas em 
maior número nas regiões palmoplantar e axilar são glândulas tubulares que fluem da 
epiderme para a superfície e são compostas por três segmentos: a parte secretora; 
canal de suor intradérmico; e canal de suor intraepidérmico. A parte secretora está 
localizada na junção dermo-hipodérmica ou na parte inferior da derme. A parte 
 
20 
 
secretora das glândulas écrinas consiste em grandes células cilíndricas com um 
citoplasma claro ligeiramente basofílico (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
Segundo Sampaio e Rivitti (2018) nos cortes habituais, essas células estão 
dispostas em ácinos, que apresentam na periferia pequenas células fusiformes - as 
células mioepiteliais - em torno das quais existe uma membrana hialina e que, por sua 
força de contração, expelem o suor de secreção. A parte intradérmica do canal do 
suor consiste em duas camadas de células epiteliais pequenas, cuboides e 
intensamente basofílicas. 
A parte intraepidérmica do canal de suor consiste em uma única camada de 
células de revestimento e uma ou mais camadas de células epiteliais que constituem 
a bainha perductal. Eles são inervados por fibras simpáticas pós-ganglionares 
amielínicas. Fisiologicamente, entretanto, eles são controlados por mediadores 
parassimpáticos, embora sejam menos responsivos aos mediadores 
simpaticomiméticos. Portanto, parassimpaticomiméticos como acetilcolina, 
acetilbetametilcolina e pilocarpina estimulam a sudorese, e parassimpaticomiméticos 
como atropina inibem a sudorese (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 99% de 
água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em concentrações menores, 
especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, proteínas, lipídeos, aminoácidos, 
cálcio, fósforo e ferro. Em condições desfavoráveis de temperatura, a sudorese pode 
atingir uma produção de 10 a 12 litros em 24 horas. 
 
Glândulas apócrinas. 
 
Por meio de sua própria embriogênese, a partir da invaginação que forma o 
folículo piloso, as glândulas apócrinas geralmente fluem para os folículos capilares e 
não diretamente para a superfície epidérmica, no conduto auditivo externo que forma 
as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, que formam glândulas menores; e na 
mama formam as glândulas mamárias. As glândulas apócrinas são tubulares e 
consistem em uma parte secretora e outra ductal. Ele também contém células 
mioepiteliais. A parte ductal consiste em duas camadas de células epiteliais, mas não 
possui cutícula eosinofílica, como é o caso das glândulas sudoríparas écrinas 
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
21 
 
As glândulas apócrinas liberam pequenas quantidades de secreção leitosa em 
grandes intervalos. A secreção apócrina contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos 
graxos e ocasionalmente cromógenos como o indozil, que desta forma podem explicar 
certos casos de cromidrose. Regiões topográficas que são colonizadas por secreções 
de glândulas sebáceas, o que leva a subprodutos de odor intenso. O verdadeiro 
significado funcional da secreção apócrina em humanos é desconhecido e acredita-
se ser um remanescente da função sexual, uma vez que não aparece até a 
puberdade. 
 
Glândulas sebáceas 
 
 
Fonte: dermatologiacesarbimbi.com 
As glândulas sebáceas estão localizadas em toda a pele, com exceção das 
regiões palmoplantares. Eles sempre fluem para o folículo piloso com ou sem cabelo. 
As maiores glândulas sebáceas são encontradas em regiões onde o sistema capilar 
é menos desenvolvido, por exemplo, na testa e no nariz. Excepcionalmente, as 
glândulas sebáceas da membrana mucosa das bochechas e dos lábios são 
heterotópicas e formam os chamados grânulos de Fordyce (SAMPAIO e RIVITTI, 
2018). 
As glândulas sebáceas consistem em vários lóbulos; cada um deles apresenta 
perifericamente uma camada de células basófilas cúbicas, as células germinativas, e 
centralmente células com citoplasma abundante com uma delicada rede de malhas 
cheias de gordura em que predominam os glicerídeos neutros e, portanto, não são 
 
22 
 
birrefringentes para a polaroscopia, a secreção das glândulas sebáceas é do tipo 
holócrino. As glândulas sebáceas são ativadas por andrógenos e não dependem da 
estimulação nervosa de andrógenos maternos transmitidos passivamente. Assim que 
os andrógenos adquiridos passivamente se esgotam, as glândulas sebáceas entram 
em acentuada regressão devido à ação dos andrógenos de origem testicular, ovariana 
e adrenal, que se desenvolve novamente na puberdade. 
 
Pelos 
 
O cabelo é uma estrutura semelhante a um fio, composta por células 
queratinizadas produzidas pelos folículos capilares. Existem dois tipos de cabelo: fetal 
ou lanugo, que é um cabelo fino e claro idêntico ao cabelo adulto não desenvolvido e 
conhecido como cabeludo; e o terminal, que corresponde aos pelos espessos e 
pigmentados, que inclui pelos, barba, pelos púbicos e das axilas. O cabelo consiste 
em uma parte livre, o caule, e uma parte intradérmica, a raiz, o sebo, acima; o músculo 
eretor pila na parte inferior; e em certas partes do corpo o ducto de uma glândula 
apócrina, que se abre no folículo acima da glândula sebácea (SAMPAIO e RIVITTI, 
2018). 
Ainda segundo Sampaio e Rivitti (2018), o folículo piloso é composto pelas 
seguintes partes: o infundíbulo, que se localiza entre o óstio e o ponto de inserção da 
glândula sebácea; acrotrichium, a parte intraepidérmica do folículo; o istmo, entre a 
aberturada glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo eretor de 
pelos; e o segmento inferior, o resto, está abaixo do músculo retificador. Nesta parte 
inferior do folículo piloso há uma extensão, o bulbo capilar, que contém a matriz capilar 
na qual se insere a papila, uma estrutura pequena e ligante, vascularizada e inervada. 
Os melanócitos ativos estão localizados entre as células da matriz. Grande parte da 
atividade mitótica do pelo se dá no meio inferior do bulbo. A bainha radicular interna 
compreende a cutícula da bainha, a camada de Huxley (mais interna) e a camada de 
Henle (mais externa). 
 
 
 
23 
 
 
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018. 
Essas camadas se dissolvem após sua completa ceratinização ao atingir o 
istmo e, neste nível, a bainha externa da raiz começa com sua queratinização. A 
bainha radicular externa distende-se desde a epiderme até as porções laterais do 
bulbo piloso, diminuindo progressivamente de espessura da superfície até a 
profundidade. Externamente a essa bainha, dispõe-se uma membrana delgada 
homogênea e eosinófila, denominada camada vítrea ou basal (SAMPAIO e RIVITTI, 
2018). 
Segundo Sampaio e Rivitti (2018) a própria haste do cabelo consiste na cutícula 
externa, córtex e medula, que no cabelo humano são descontínuos ou mesmo 
ausentes, como no lanugo e no cabelo. A camada cortical é constituída de 
queratinócitos fortemente compactados, enquanto, na medular, os queratinócitos se 
agregam mais frouxamente. As células da cutícula do cabelo estão firmemente 
embutidas na cutícula da bainha interna da raiz, o que leva a uma adesão firme do 
cabelo. O principal componente do cabelo é a queratina, cuja estrutura é composta 
por cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente importantes a cisteína, a 
arginina e a citrulina, encontradas apenas no cabelo humano. 
 
24 
 
Os cabelos são estruturas muito resilientes, flexíveis e elásticas que se 
alongam de 20 a 30% quando secas e até 100% na água, não crescem 
continuamente, com fases alternadas de crescimento e repouso que formam o ciclo 
capilar. A fase de crescimento, denominada anágena, é caracterizada por uma intensa 
atividade mitótica da matriz e na qual o cabelo mostra sua máxima expressão 
estrutural. Sua duração é de 2 a 5 anos no couro cabeludo. Isso é seguido pela fase 
catágena, na qual os folículos retrocedem para 1/3 de seu tamanho anterior. 
Interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar 
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
Ciclo do pelo 
 
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018 
 
As células da parte superior da medula continuam sua diferenciação até a haste 
do cabelo, que só se forma no córtex e na membrana interna da raiz, até que o bulbo 
se reduza a uma coluna desorganizada de células. A ponta do cabelo assume a forma 
de uma clava e forma uma clava que ainda está presa ao saco folicular por manchas 
de queratina. A fase catágena dura cerca de 3 a 4 semanas, seguindo-se à fase 
telógena, de desprendimento do pelo, que, no couro cabeludo, tem cerca de três 
meses de duração. Os folículos ficam completamente inativos, reduzidos à metade ou 
menos de seu tamanho normal, e o descolamento completo ocorre entre a papila 
dérmica e o pelo em eliminação (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
Ao analisar o couro cabeludo, as seguintes proporções são encontradas entre 
os cabelos em suas diferentes fases: 85% na fase anágena; 14% na fase telógena; e 
1% na fase catágena. Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro 
 
25 
 
cabeludo. Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em conta 
que cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias, 
alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo por 
dia. Em termos de crescimento, a média por dia é de 0,4 mm no topo da cabeça e 
0,35 mm nas têmporas, e o cabelo das mulheres cresce mais rápido (SAMPAIO e 
RIVITTI, 2018). 
Os fatores reguladores do ciclo capilar são desconhecidos, o que permite a 
influência das próprias condições do folículo e de fatores sistêmicos, nutricionais, 
emocionais e, em particular, hormonais, em particular os andrógenos. Cavidades orais 
- narinas, conduto auditivo, olhos - e no couro cabeludo atuam como proteção da 
radiação ultravioleta, nas áreas intertriginosas reduzem o atrito e, finalmente, devido 
à sua inervação abundante, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na 
protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula sebácea, 
encontram-se as células-tronco epidérmicas, que também dispõem-se em 
agrupamentos no epitélio interfolicular (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
Unhas 
 
As unhas são lâminas queratinizadas, recobrem a última falange dos dedos. 
Uma unha tem quatro partes: o dorso ou a raiz, que está localizada sob a dobra da 
pele; o lençol aderindo ao leito ungueal em sua parte inferior; as dobras laterais; e a 
borda livre. A raiz ou matriz da unha é uma área em forma de crescente de células 
epiteliais em proliferação que é parcialmente selada pela prega ungueal posterior e 
parcialmente visível em uma área mais clara chamada lúnula. A prega ungueal 
posterior é uma extensão da camada córnea que cobre a parte proximal da unha, a 
cutícula e por baixo do eponíquio que adere à lâmina ungueal. Essas estruturas são 
importantes porque processos inflamatórios podem destacá-las da unha. Para a 
nutrição da matriz ungueal, existe uma rica rede vascular que depende das artérias 
de dois dedos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de cerca de 
0,1 mm por dia nos quirodáctios, sendo mais lento nas dos pododáctilos. A lâmina 
ungueal é formada principalmente pela matriz ungueal, mas o leito ungueal tem papel 
secundário nesse processo, o crescimento ungueal está sujeito a flutuações 
 
26 
 
individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e fatores locais. As deformidades 
ungueais podem representar lesões da matriz ungueal que surgiram até três meses 
antes da troca ungueal (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
Fonte: CESTARI, 2018. 
Estrutura da derme 
 
A derme é composta por um verdadeiro gel rico em mucopolissacarídeos (a 
substância básica) e material fibrilar de três tipos: fibras de colágeno; fibras elásticas; 
e fibras reticulares. A derme varia em espessura em todo o corpo, de 1 a 4 mm, e é 
composta por três partes: a papilar, a perianexial e a reticular segundo Sampaio e 
Rivitti, (2018): 
 Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras colágenas 
finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância 
fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones 
epiteliais da epiderme. 
 Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-se, 
porém, em torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a unidade 
anatômica denominada derme adventicial. 
 Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção mais 
espessa, que se estende até o subcutâneo. Consiste em feixes de colágeno 
mais espessos, que em sua maioria se organizam paralelamente à epiderme, 
 
27 
 
há proporcionalmente menos fibroblastos e substância fundamental em relação 
à derme adventícia. 
A substância básica consiste essencialmente em mucopolissacarídeos, dos 
quais os hialuronidatos e os sulfatos de condroitina são os mais importantes. Esse gel 
viscoso participa na resistência mecânica da pele às compressões e aos estiramentos. 
1. Fibras de colágeno: constituem 95% do tecido conjuntivo da derme. O 
colágeno da derme é composto por diferentes tipos de fibras, do tipo I ao tipo XIII. 
2. Fibras elásticas: são microfibrilas orientadas perpendicularmente à epiderme 
na derme papilar; e na derme reticular eles são mais espessos e dispostos 
paralelamente à epiderme. O grande número de fibras elásticas na pele é peculiar à 
espécie humana. O sistema elásticoda pele inclui os seguintes tipos de fibras 
elásticas segundo Sampaio e Rivitti, (2018): 
 Fibras oxitalânicas – são as mais superficiais e dispõem-se perpendicularmente 
à junção dermoepidérmica, estendendo-se até o limite entre a derme papilar e 
a reticular. 
 Fibras eulaunínicas – ocupam posição intermediária na derme, conectando as 
fibras oxitalânicas da derme superficial com as fibras elásticas da derme 
reticular. 
 Fibras elásticas maduras – contêm cerca de 90% de elastina e ocupam a derme 
reticular. As fibras elásticas mais superficiais intervêm na ligação entre a 
epiderme e a derme e as mais profundas, devido ao seu maior teor de elastina, 
na absorção de choques e cargas que atuam sobre a pele. A derme abriga as 
estruturas conectadas à pele, as glândulas sudoríparas. 
 
Inervação 
 
Os nervos sensoriais, que são sempre mielinizados, formam órgãos terminais 
específicos, corpúsculos de Vater-Pacini, corpúsculos de Meissner, corpúsculos de 
Krause, meniscos de Merkel-Ranvier e corpúsculos de Ruffini em algumas regiões do 
corpo, como palmas das mãos, solas dos pés, lábios e genitais segundo Sampaio e 
Rivitti, (2018): 
 Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas regiões 
palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à pressão. 
 
28 
 
 Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, especialmente 
nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. São específicos para 
a sensibilidade tátil. 
 Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais-
mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e 
mucosas. Portanto, são encontrados na glande, prepúcio, clitóris, lábios 
vulvares e, em menor extensão, no lábio, língua, pálpebras e pele 
perianal. 
 Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de posição 
subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos. 
 Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica, 
permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica. Outra 
estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, uma estrutura em 
forma de disco rica em células de Merkel que está localizada na região 
dermoepidérmica anexa aos folículos pilosos. 
Os fios nervosos responsáveis pelas vibrações e sensações artísticas 
penetram nas raízes posteriores da medula espinhal e formam os fascículos em forma 
de cunha e graciosos do funículo posterior, que terminam nos núcleos delicados e em 
forma de cunha da cebola. Tálamo e destes chegam à zona cortical somestésica. Os 
fios nervosos que conduzem as sensações de tato, dor e temperatura penetram pelas 
raízes dorsais dos nervos espinhais na parte contralateral da medula espinhal e 
formam as vias espinotalâmicas anterolateral e ventral em direção ao tálamo 
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
A pele é inervada pelo sistema nervoso autônomo, cujas fibras adrenérgicas 
fazem com que as células musculares lisas das paredes arteriolares se contraiam 
(vasoconstrição), contraiam o músculo eretor do pelo e ativam as células glômicas e 
mioepiteliais das glândulas apócrinas. É importante salientar que as glândulas écrinas 
são inervadas por fibras simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez 
que, via de regra, as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese 
causada pela pilocarpina, uma droga parassimpaticomimética que estimula 
diretamente os efetores colinérgicos da glândula sudorípara. As glândulas apócrinas 
respondem a estímulos simpáticos e não parassimpáticos porque são inervadas por 
 
29 
 
fibras adrenérgicas controladas por centros simpáticos no sistema nervoso central 
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
Vasos sanguíneos 
 
Apesar das alterações topográficas do sistema vascular da pele, os vasos da 
pele continuamente formam um plexo profundo em conexão com um plexo superficial, 
o plexo profundo está no plano dermohipodérmico e é formado por arteríolas, 
enquanto o superficial na derme é subpapilar e consiste fundamentalmente de 
capilares. Em certas áreas, como sulcos e leitos ungueais, orelhas e centro da face, 
o sistema vascular cutâneo apresenta formações especiais, o glomo, estruturas que 
estão funcionalmente conectadas à termorregulação, anastomoses diretas entre as 
arteríolas e as vênulas. Portanto, eles têm um segmento arterial, que consiste em uma 
parede espessa e um lúmen estreito, e um segmento venoso com uma parede fina e 
um lúmen largo: Células glômicas (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
Vasos linfáticos 
 
Eles são vasos revestidos por uma única camada de células endoteliais 
dispostas em alças ao longo da derme papilar e conectam um plexo linfático 
subpapilar que leva através da derme a um plexo linfático profundo localizado em um 
local dermo-hipodérmico (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
Músculos da pele 
 
Os músculos da pele são principalmente lisos e incluem os músculos eretores 
dos pelos, o escroto e os músculos da aréola. Folículos capilares que são inseridos 
sob as glândulas sebáceas. Localizado na parte inferior do folículo, sua contração cria 
a verticalidade do cabelo, ou seja, a horripilação.) (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
 
Estrutura da hipoderme 
 
 
30 
 
O subcutâneo ou coxim gorduroso é a camada mais profunda da pele, de 
espessura variável, composta exclusivamente por tecido adiposo, ou seja, células 
preenchidas por gordura que formam lobos divididos por feixes vasculares 
conjuntivos. Em sua parte superior, relaciona-se com a derme profunda, que forma a 
junção dermo-hipodérmica, onde geralmente se localizam as partes secretoras das 
glândulas apócrinas ou écrinas e cabelos, vasos e nervos. Com isolamento térmico e 
mecânico, protege o corpo de pressões externas e traumas e facilita a mobilidade da 
pele em relação às estruturas subjacentes (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
5.1 Funções da pele 
Graças à arquitetura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de suas 
diversas estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um órgão que 
pode desempenhar diversas funções segundo Sampaio e Rivitti, (2018): 
 Proteção – constitui a barreira de proteção à penetração de agentes externos 
de qualquer natureza e, ao mesmo tempo, impede perdas de água, eletrólitos 
e outras substâncias do meio interno. 
 Proteção imunológica – a pele, graças à presença de células imunologicamente 
ativas, é um órgão de grande atividade imunológica, onde atuam intensamente 
os componentes da imunidade humoral e celular. 
 Termorregulação – graças à sudorese, constrição e dilatação da rede vascular 
cutânea, a pele processa o controle homeostático da temperatura orgânica. 
 Percepção – por meio da complexa e especializada rede nervosa cutânea, a 
pele é o órgão receptor sensitivo do calor, do frio, da dor e do tato. 
 Secreção – a secreção sebácea é importante para a manutenção eutrófica da 
própria pele, particularmente da camada córnea, evitando a perda de água. 
Contudo, segundo autores o sebo tem características antimicrobianas e contém 
substâncias precursoras da vitamina D. Quanto às glândulas sudoríparas, a 
eliminação de restos metabólicos não tem valor como função excretora. Essas 
funções gerais da pele dependerão do envolvimento de seus vários componentes por 
meio de suas propriedades ainda não completamente compreendidas. O estrato 
córneo é, portanto, de relevante importância para a função protetora da pele, que, 
devido às suas várias propriedades, representa uma interface entre o organismo e o 
 
31 
 
meio ambiente: relativa impermeabilidade à água e eletrólitos, evitando perdas de 
água e eletrólitos, bem como limitação da penetração de substâncias exógenas; 
resistência relativa a agentes corrosivos prejudiciais; alta impedância elétrica, que 
restringe a passagem da corrente elétrica pela pele; superfície relativamente seca, o 
que retarda a reprodução dos microrganismos; quimicamente é uma membranaque 
limita a passagem das moléculas. 
Outro aspecto importante da função protetora da pele é o obstáculo à ação da 
radiação ultravioleta, graças em particular às unidades epidermomelânicas que 
produzem melanina e a distribuem pela epiderme. 
 
Melanina 
 
Sua função é proteger a pele da radiação ultravioleta do sol, absorvendo a 
energia radiante; os melanócitos não só absorvem, mas também difundem a radiação 
ultravioleta. O controle da produção de melanina é exercido por três fatores principais 
segundo Sampaio e Rivitti, (2018): 
1. Genético – explica variações raciais e patológicas, como o albinismo. 
2. Ambiental – interfere por meio da quantidade de energia radiante ambiental 
e das substâncias químicas sobre a pele. 
3. Hormonal – hormônios da hipófise e da epífise. 
O hormônio estimulador dos melanócitos (MSH), também conhecido como 
intermedina (liberado pela "pars intermedia" hipofisária), promove a distribuição dos 
grânulos de melanina no citoplasma, escurece a pele e aumenta a proteção contra a 
luz. É o apagão mais forte conhecido. Sua fórmula química é semelhante à de outro 
hormônio adrenocorticotrófico da glândula pituitária (ACTH). Em contraste com esses 
dois hormônios, a melatonina desaparece porque faz com que os grânulos de 
melanina se agreguem ao redor do núcleo da célula. Na produção de melatonina, a 
estimulação da luz retiniana no ambiente é importante para a termorregulação, é 
basicamente exercido pelos sistemas vascular e sudoríparo da pele (SAMPAIO e 
RIVITTI, 2018). 
Como interface entre o corpo e o meio externo, Sampaio e Rivitti (2018) 
afirmam que a pele desempenha um papel passivo na troca de calorias, mas intervém 
ativamente na regulação do calor por meio das unidades de suor écrino e da rede 
 
32 
 
vascular cutânea. A água, que resfria a superfície do corpo e os vasos sanguíneos 
por meio da evaporação, aumenta ou diminui o fluxo sanguíneo periférico ao expandir 
ou estreitar, e permite maior ou menor dissipação de calor. Um acréscimo de 0,5°C 
na temperatura corpórea motiva impulsos hipotalâmicos que, por meio das fibras 
colinérgicas do sistema nervoso simpático, excitam as glândulas sudoríparas écrinas 
de todo o corpo. 
O aquecimento regional da pele também favorece a sudorese local, que neste 
caso permite a ação térmica direta sobre a glândula sudorípara sem envolver o 
hipotálamo. No que diz respeito às funções secretoras da pele, os produtos 
metabólicos excretados pela transpiração não têm importância como função excretora 
das glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e atividade dependem em grande parte 
de fatores humorais, em particular de andrógenos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
O produto da secreção de sebo, forma a película lipídica da superfície da pele 
com os lipídeos de cornificação. Este complexo lipídico consiste em triglicerídeos, 
diglicerídeos, ácidos graxos, ésteres, esqualeno e esteróis. Não há ácidos graxos 
livres no sebo recém-secretado, que parece intrafolicular devido à ação das lipases 
bacterianas. O verdadeiro significado fisiológico do sebo permanece desconhecido 
em humanos. Devido às suas propriedades odoríferas, tem função de atração sexual. 
Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas ao sebo, 
embora não haja evidências da importância desses mecanismos na homeostase 
humana: barreira protetora; Emulsificação de substâncias; atividade antimicrobiana, 
antibacteriana e antifúngica; precursores da vitamina D (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
As secreções de sebo e suor formam a fase gordurosa e oleosa da emulsão, 
que cobre a superfície da pele. O pH médio normal da pele está entre 5,4 e 5,6, com 
flutuações topográficas. As áreas intertriginosas têm um pH mais alto do que o normal. 
Secreções superficiais da pele, nos recém-nascidos existe o que é conhecido como 
"vérnix da vítima", que é constituído por secreções sebáceas, células epiteliais 
escamosas e lanugo que se desprendeu da superfície corporal. Sua principal função 
é lubrificar a superfície corporal do feto para facilitar sua passagem pelo canal de 
parto, o que explicaria seu desaparecimento após o nascimento, uma vez que a 
função para a qual foi destinado não é mais necessária. Além das suas funções vitais, 
as propriedades físico-químico-biológicas da pele, devido à sua capacidade de 
 
33 
 
absorção, permitem a administração percutânea de medicamentos, processo que se 
realiza por segundo Sampaio e Rivitti, (2018): 
 Orifícios adanexiais – permitem a passagem de substâncias de baixo 
coeficiente de permeabilidade e de moléculas grandes. 
 Espaços intercelulares da camada córnea – via de penetração de água e 
alcoóis de peso molecular baixo. 
 Células corneificadas (diretamente) – quando ocorrem aumento da hidratação 
da pele, aumento da temperatura cutânea e exposição a solventes de lipídeos. 
A forma usual de se obter um melhor efeito tópico com maior penetração do 
fármaco é através do curativo de oclusão, a oclusão causa aumento da sudorese e 
retenção do suor, além de aumento da temperatura local com aumento do fluxo 
sanguíneo. A retenção de suor aumenta o conteúdo de água das células da córnea, o 
que permite um transporte iônico mais forte de moléculas através das células. Quanto 
maior o fluxo sanguíneo para a derme, maior será a reabsorção, fatos esses que 
devem ser levados em consideração na utilização de medicamentos tópicos, 
principalmente em curativos oclusivos, devido aos possíveis efeitos sistêmicos desses 
medicamentos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 
6 CONSULTA ESTÉTICA 
 
Fonte: beautycoestetica.com 
 
34 
 
Antes de efetuar qualquer procedimento, é muito importante conhecer e avaliar 
o paciente, buscando entender sua insatisfação, assim como a veracidade das 
informações presentes na avaliação para que seja oferecido um tratamento seguro e 
um resultado satisfatório aos pacientes. Este conhecimento detalhado é fundamental 
para a correta aplicação e eficácia dos tratamentos faciais, corporais e até capilares 
(ANDRADE, 2018). 
Antes de qualquer tratamento, o primeiro contato em um atendimento ao 
paciente exige profissionalismo e atenção técnica para que dessa forma se 
descubram suas necessidades e informações importantes. As informações devem ser 
registradas no cadastro do cliente, devendo ser consultado em todos os 
procedimentos para a checagem de contraindicações e definição de necessidades. 
Sempre que uma consulta é marcada com um novo paciente, um histórico médico 
completo deve ser obtido antes de cada procedimento. Para obter as informações 
necessárias durante a consulta clínica, siga as etapas abaixo segundo Andrade, 
(2018): 
 Faça perguntas para verificar informações pessoais; 
 Faça uma inspeção visual, prestando muita atenção nas áreas a serem 
processadas e na aparência geral; 
 Examinar manualmente — o toque na pele é fundamental para sentir sua 
textura e elasticidade; 
 Verificar gravações: aplica-se se o cliente visitou as instalações por um período 
de tempo especificado. 
Mesmo que o paciente já frequente o local, no início de cada tratamento 
recomenda-se que seja feita uma revisão dos dados fornecidos anteriormente para 
avaliar se o tratamento é adequado e, dessa forma, elaborar um plano para melhor 
executá-lo. Muitas vezes, pode ser necessário oferecer ao paciente um tratamento 
individual e personalizado para uma condição específica e com garantia de resultados 
(ANDRADE, 2018). 
Para que o aconselhamento possa ser realizado de forma profissional, deve ser 
realizada uma conversa aberta com as questões pertinentes, sendo o paciente ouvido 
com atenção e respeito. A forma como o aconselhamento é dado determina a 
confiança do paciente no trabalho do médico. É importante que o paciente faça 
perguntas e esteja totalmente à vontade para desenvolver um relacionamento próximo 
 
35 
 
com ele e fazer com que se sinta parte do lugar e se sintaseguro no tratamento. Para 
que o paciente se sinta mais confortável, é importante fazer as perguntas de forma 
correta e não invasiva. Não há necessidade de intervir pessoalmente e fazer 
perguntas que resultem em divulgação acidental. Mostrar compreensão e empatia 
para com o paciente, é necessário segundo ANDRADE, (2018): 
 Utilizar questionamentos abertos para captar as informações; 
 Perguntar apenas o que realmente for necessário para obter essas 
informações; 
 Realizar perguntas abertas (o paciente pode dar uma resposta detalhada) e 
fechadas. 
Exemplos de perguntas abertas e fechadas que podem ser usadas durante o 
atendimento são: pergunta aberta: “Você pode me contar sobre a sua rotina de 
cuidados com a saúde diariamente? ”, enquanto que para a pergunta fechada: “Você 
tem uma rotina de cuidados com a saúde? ”. Outra grande e indispensável tática para 
uma consulta de qualidade é a linguagem corporal. Como parte da natureza humana, 
as pessoas acabam ficando com raiva, ambíguas ou inquietas. O importante é saber 
reconhecer esses sinais e saber conduzir. 
O paciente criará expectativas e cabe ao profissional torná-las reais e 
acionáveis. Em alguns casos, pode ocorrer do paciente para esperar por um resultado 
não realista para esperar, que pode ser alcançado, mas depende dos especialistas na 
arte que não é para criar algo que não seja aplicado e estimula nenhum entusiasmo. 
Isso trará uma decepção futura. A obtenção de resultados confiáveis faz parte do 
trabalho do profissional, seja para melhorar o atendimento ao paciente em casa ou 
para mudar sua percepção dos benefícios de um bom cuidado cosmético (ANDRADE, 
2018). 
Se as expectativas não forem alcançadas deve-se oferecer alternativas e 
fornecer o máximo de explicações possíveis. Resultados verdadeiros e realistas são 
o que importa para manter pacientes leais. E de extrema importância trabalhar em 
conjunto para que seja modificado hábitos ruins e sempre deixá-lo motivado e 
informado sobre as melhores alternativas. A avaliação deve incluir um exame visual 
da condição da área a ser tratada, o que permitirá que você selecione os produtos 
adequados para o procedimento. Você também precisará palpar a área da pele para 
 
36 
 
determinar o tamanho, forma, firmeza ou localização de uma mancha, "caroço" ou 
outro problema. 
A avaliação por toque na área a ser tratada permite confirmar hipóteses e 
fornece novas informações, como a textura da pele ou sua temperatura. Talvez seja 
imprescindível apalpar para sentir o tônus muscular ou para avaliar a elasticidade da 
pele. Sempre esteja com as mãos recém-lavadas. É por isso que o cadastro deve ser 
preenchido de maneira completa após cada tratamento e armazenado corretamente 
para consultas futuras (ANDRADE, 2018). 
Qualquer problema, como reações adversas a algum produto, pode ser 
registrado, permitindo que se estabeleça um tratamento apropriado de forma rápida e 
eficaz. Se o paciente recebeu tratamentos em outra estética, será́ mais difícil reunir 
informações além do que for relatado; por isso, sempre que possível deve-se discutir 
sobre a recomendação para o tratamento, usando a habilidade profissional e a 
experiência para garantir que o método esteja de acordo com a necessidade individual 
de cada paciente (ANDRADE, 2018). 
6.1 Anamnese 
A história clínica facial visa compreender melhor o cotidiano do paciente, 
questionando-o sobre os produtos que utiliza na pele, história alérgica, uso de 
medicamentos, história médica, operações, hábitos alimentares, lentes de contato, 
qualidade do sono, entre outros. Tudo para garantir o melhor tratamento e reduzir 
maiores danos, o exame físico é realizado pelo profissional, biótipo, produção de sebo, 
escama, cicatrizes e etc. tudo deve ser analisado e observado de perto para preenchê-
lo da maneira que melhor se adapta ao cliente. Posteriormente, a parte final da 
anamnese é realizada pelo profissional após a finalização do procedimento, onde é 
fornecida a descrição do procedimento para melhor acompanhamento (ANDRADE, 
2018). 
6.2 Análise avaliação estética 
Durante a avaliação estética, o especialista pode contar com alguns 
parâmetros, como: Wood's Lamp: Também conhecido como DermaView, é um 
 
37 
 
aparelho de análise de pele que identifica possíveis áreas problemáticas em seu rosto. 
A triagem é um processo simples e conveniente. Ao usar luz ultravioleta inofensiva, o 
dispositivo detecta áreas oleosas, danificadas pelo sol, secas, desidratadas e outras 
áreas anormais da pele. Após a triagem, o paciente receberá uma análise escrita dos 
resultados e um gráfico que ilustrará qualquer área do seu rosto que possa exigir 
atenção (ANDRADE, 2018). 
Este teste é importante porque os raios ultravioleta do sol podem danificar sua 
pele. Embora não queime, os efeitos do sol podem causar rugas, manchas solares, 
problemas nos olhos e várias formas de câncer de pele. Mais de 1,5 milhão de 
pessoas são diagnosticadas a cada ano e se tornam o câncer mais comum nos 
Estados Unidos, a exemplo da lupa: uma ferramenta fundamental para ampliar o que 
se observa e, no caso do reino estético, é importante no auxílio nos tratamentos 
faciais. Com ele, você pode ver pequenos cravos e poros, o que torna mais fácil para 
você trabalhar no escritório e ajuda a obter resultados consistentes. 
Analisador de oleosidade e hidratação: a hidratação da pele é extremamente 
importante e um dos pilares do seu manejo. A determinação dos níveis de óleo e água 
na pele do paciente é necessária para identificar o desequilíbrio que o aparelho está 
indicando e a necessidade de preparar a pele para técnicas como a esfoliação. Além 
de verificar se a pele precisa ser preparada, a medição do nível de oleosidade e 
hidratação pode ser usada para mostrar, com dados reais, qual o estado da pele no 
momento e no pós-procedimento. Sem dúvidas, este analisador fará diferença no 
consultório e passará credibilidade ao paciente. 
Balanças: É um equipamento necessário na prática, muito utilizado em 
tratamentos corporais e acompanhada de laudos de medição do local do tratamento 
e também do peso do paciente junto com o registro fotográfico. 
Registro fotográfico: é fundamental para acompanhar todos os equipamentos 
utilizados na avaliação. Ele permite que seja feito o registro do paciente para que ao 
final do tratamento juntamente com todos os outros dados adquiridos possa ser 
observada a evolução do tratamento (ANDRADE, 2018). 
 
38 
 
6.3 Identificação das técnicas e procedimentos 
Para realizar uma análise de rosto, cabelo e corpo, são possíveis algumas 
técnicas e procedimentos que darão o melhor resultado possível. 
 
Microdermoabrasão 
 
A dermoabrasão é projetada para melhorar cicatrizes de acne, acidentes ou 
doenças e manchas de varíola. Não é eficaz na terapêutica de deformidades 
congênitas da pele, marcas de nascença pigmentadas ou cicatrizes causadas por 
queimaduras. A microdermoabrasão funciona em todos os tipos e cores de pele. Faz 
mudanças sutis, não causa mudanças na cor da pele ou cicatrizes. Não é eficaz em 
problemas mais profundos, como cicatrizes, estrias, rugas ou cicatrizes profundas de 
acne (ANDRADE, 2018). 
 
Peeling químico 
 
O peeling químico é uma técnica empregada para aprimorar e suavizar a 
textura da pele. A pele facial é principalmente tratada e as cicatrizes podem ser 
melhoradas. Os peelings químicos são projetados para remover as camadas mais 
externas da pele. Para cumprir esta tarefa, a solução esfoliante escolhida induz uma 
lesão controlada na pele. Os processos de cicatrização de feridas resultantes 
começam a regenerar novos tecidos. A pele morta é eventualmente removida e dá 
lugar a uma nova camada. A pele regenerada é geralmente mais lisa e menos 
enrugada do que a velha (ANDRADE, 2018). 
O paciente sai com a solução química do peeling no rosto. O processo de 
descamação ocorre no terceirodia. 
 
Microagulhamento 
 
Este tratamento estético é indicado para eliminar cicatrizes de acne e outras 
cicatrizes, para ocultar imperfeições, rugas ou linhas de expressão da pele, por meio 
de estimulação natural com microagulhas que penetram na derme facial e promovem 
a formação de fibras de colágeno que tornam essa pele sustentável. Este tratamento 
 
39 
 
pode ser efetivado por meio do popular manual das microagulhas, designado 
Dermaroller ou com o aparelho automático que é chamado de Dermapen. Esse 
método apresenta um leve desconforto ao paciente por causa das agulhas, pois 
quanto maior a agulha, maior a dor; no entanto, dá excelentes resultados para a pele 
(ANDRADE, 2018). 
 
Radiofrequência 
 
A radiofrequência é o padrão para tratamentos estéticos em diferentes 
indicações por sua versatilidade, eficácia e segurança. A técnica funciona gerando 
calor no tecido sob a pele, o que induz a produção de novas fibras de colágeno e, com 
isso, melhora a aparência da pele. 30.000 a 40.000 V e com frequência de 1560 a 200 
kHz. As indicações mais comuns para radiofrequência incluem melhorar a flacidez da 
pele, reduzir rugas, tratar a gordura e reduzir a celulite (ANDRADE, 2018). 
 
Carboxiterapia 
 
A carboxiterapia é uma das melhores terapias no combate à celulite, ao 
excesso de gordura corporal, à flacidez e ao envelhecimento corporal e facial. É um 
método não cirúrgico, que consiste no uso terapêutico de dióxido de carbono (CO2) 
administrado por via subcutânea. A origem dessa terapia é encontrada na estação de 
águas termais de Royat- -France, especificamente na década de 1950, quando um 
grupo de cardiologistas usou essa terapia em pacientes com diferentes doenças 
relacionadas à circulação sanguínea ruim e ao acúmulo de gordura. Esta técnica é 
realizada com dispositivos especialmente preparados que controlam a taxa de fluxo, 
o tempo de injeção e a porcentagem da dose administrada. O CO2 funciona na zona 
afetada e é rapidamente eliminado (ANDRADE, 2018). 
 
Criolipólise 
 
Criolipólise é a destruição seletiva e não invasiva do tecido adiposo por meio 
do resfriamento controlado. A metodologia aproveita o fato de que as células ricas em 
lipídios são mais suscetíveis ao crioinjúria do que as contrapartes ricas em água, tais 
 
40 
 
como a pele subjacente. O dispositivo de tratamento usa um aplicador em forma de 
copo que desenha um rolo de pele e gordura subcutânea entre duas placas de 
resfriamento. O tempo de tratamento típico é de uma hora, durante o qual a 
temperatura do rolo de tecido diminui para cerca de 0°C (ANDRADE, 2018). 
A cristalização de lipídios citoplasmáticos em adipócitos desencadeia uma série 
de eventos caracterizados por apoptose de adipócitos, paniculite e eventual perda de 
adipócitos. Clinicamente, isso leva a uma diminuição efetiva da espessura da camada 
de gordura. Remoção de cabelo a laser A remoção de cabelo a laser é uma técnica 
progressiva de remoção de cabelo que é realizada com energia a laser. Os primeiros 
dispositivos de depilação a laser surgiram na década de 1970, mas essa tecnologia 
era inicialmente ineficaz, muito dolorosa e limitada. Em 1983, porém, foi lançado no 
mercado o conceito de fototermólise seletiva (utilizada na depilação a laser), que 
revolucionou o princípio físico do mecanismo do laser e o tornou mais eficaz. 
Diferentes tipos de lasers que podem promover a depilação progressiva. 
Quando o pulso de laser é disparado, os fótons de energia são absorvidos pela 
melanina. O calor absorvido é liberado do bulbo e da haste do cabelo, o que destrói 
termicamente as estruturas do cabelo. A calvície de Mesoterapia Capilar é um 
problema que afeta pessoas de ambos os sexos, homens e mulheres, de todas as 
idades e raças ao redor do mundo. Este tratamento envolve a aplicação de 
substâncias logo abaixo da pele para reduzir a queda de cabelo e estimular o 
crescimento do cabelo. Combinações de enzimas como minoxidil e aplicações de 
agulhas são usadas em todo o couro cabeludo para estimular o crescimento de novos 
cabelos. O tratamento é demorado e requer manutenção de rotina para obtenção de 
resultados satisfatórios (ANDRADE, 2018). 
 
41 
 
7 SEMIOLOGIA CUTÂNEA 
 
Fonte: ladermeunivasf. wordpress 
A semiologia cutânea é a análise da pele do paciente, essa análise é realizada 
pelo profissional para identificar: 
 O tipo de pele; 
 O fototipo cutâneo; 
 Quais lesões elementares o paciente/cliente apresenta, que identificam 
diversos quadros inestético. Dessa forma o profissional pode discernir o que 
ele pode tratar e o que precisa de encaminhamento para o médico 
especialista. 
A partir da aplicação da semiologia durante a anamnese, o especialista 
desenvolve os protocolos de tratamento. 
7.1 Anamnese 
É uma compilação da história médica relatada pelo paciente, essencial antes de 
determinar o tratamento a ser seguido, pois é uma história médica detalhada devido 
à influência dos hábitos diários e dos precursores patológicos, psicológicos e 
hereditários na instalação e desenvolvimento de várias disfunções estéticas. 
Pode ser dividido em tópicos: 
 
42 
 
Identificação: envolve a coleta de dados pessoais (nome, endereço, telefone), 
além de idade, sexo, raça e ocupação, possivelmente com indicação do diagnóstico 
clínico e a principal reclamação do cliente. 
História clínica: É coleta do histórico geral do cliente. Onde devemos questionar 
ao paciente/cliente sobre: 
 Presença de patologias endócrino-metabólicas ou cardíacas (diabetes, 
hipertensão arterial, neoplasias, hipertireoidismo, asma brônquica, alterações 
renais, hemofilia, marcapasso). 
 Presença de ecmoses ou outras afecções cutâneas 
 Alergia a algum componente de uso sistêmico ou tópico 
 Uso de medicamentos 
 Presença de queloides ou distúrbios de cicatrização. 
 Hábitos de consumo (bebidas, cigarro). 
 Sintomas de stress e ansiedade. 
 Qualidade do sono (ruim, regular ou boa). 
 Prática regular de atividade física. 
 Quantidade de líquidos ingerida diariamente. 
 Realização de dieta alimentar restritiva. 
 Uso de hormônios ou contraceptivos orais. 
 No caso de mulheres, questionar sobre possível gravidez. 
Outro ponto importante é o histórico de cuidados gerais com a face. Nele 
questionamos ao paciente/cliente: 
 Hábitos de cuidados gerais com a pele. 
 Tipo de produtos que utiliza para limpeza, higienização, tonificação e 
hidratação da pele. 
 Número de vezes que higieniza a pele por dia se faz uso de filtro solar, 
maquiagem. 
 Tratamentos estéticos anteriores (tipo, duração, objetivos, resultados). 
 Tratamentos anteriores com laser, luz intensa pulsada, peelings químicos ou 
físicos. 
 Tratamentos clareadores anteriores, questionar a respeito: Uso de 
cosmecêuticos clareadores ou despigmentantes com acompanhamento 
médico e qual o período de uso. 
 
43 
 
 Questionar se o paciente utiliza produtos para manutenção domiciliar do 
clareamento (vitamina C, clareador de uso diurno ou noturno, entre outros). 
 Na anamnese também é realizado o exame físico da pele, que é dividido em: 
 Inspeção 
 Palpação 
 Classificação da pele (tipologia/fototipo/fotoenvelhecimento). 
7.2 Tipos de pele 
Os tipos de pele têm quatro classificações diferentes com base na espessura, 
aparência do óstio, tom e quantidade de óleo e água. A avaliação dessas 
características é feita principalmente pela aparência visual e palpação. Os couros 
mais leves e grossos são mais oleosos e mais opacos. As peles têm pouca água e 
uma textura mais áspera, vive o mesmo tipo de pele. 
Pele oleosa ou lipídica: de aparência brilhante, parece estar sempre úmida. 
A epiderme tem uma aparência áspera, pois os óstios (poros) se alargaram devido à 
grande abundância de sebo acumulado em seu interior, especialmente nas regiões 
de testa, nariz e queixo (conhecida como zona T). Uma das principais características

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