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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2 SEMIOLOGIA ESTÉTICA ........................................................................... 4 3 PELE ........................................................................................................... 5 3.1 Camadas da pele ................................................................................. 5 4 EMBRIOLOGIA SUMÁRIA DA PEle ........................................................... 8 4.1 Epiderme .............................................................................................. 9 5 ESTRUTURAS DOS ANEXOS CUTÂNEOS ............................................ 18 5.1 Funções da pele ................................................................................. 30 6 CONSULTA ESTÉTICA ............................................................................ 33 6.1 Anamnese .......................................................................................... 36 6.2 Análise avaliação estética .................................................................. 36 6.3 Identificação das técnicas e procedimentos ....................................... 38 7 SEMIOLOGIA CUTÂNEA ......................................................................... 41 7.1 Anamnese .......................................................................................... 41 7.2 Tipos de pele ...................................................................................... 43 7.3 Lesões cutâneas ................................................................................ 44 7.4 Fotoenvelhecimento ........................................................................... 46 7.5 Tratamentos estéticos ........................................................................ 48 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 49 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 SEMIOLOGIA ESTÉTICA Fonte: inspirar.com A semiologia, é a area responsável pela averiguação e estudo dos sinais e sintomas exibidos pelo paciente. Basicamente é realizada a inspeção, palpação, percussão e ausculta, que geralmente respeitam esta ordem de execução e podem ser finalizados por tecnologias que aperfeiçoem melhor definição de detalhes. Para análise, o examinador deve ter conhecimentos científicos em anatomia, fisiologia, fisiopatologia, semiologia entre outras, sem os quais não será capaz de detectar de forma completa os problemas identificados que requerem a sua intervenção (VARIZI et al, 2021). De acordo com Varizi (2021) a semiologia é a base da formulação do diagnóstico clínico, é uma análise apoiada pela ciência clínica com o objetivo de dotar o profissional de métodos e técnicas de exame do paciente e ao mesmo tempo meios e formas de descobrir os sinais e sintomas. Faça-os de forma adequada para avaliar com precisão e rapidez o diagnóstico clínico e intervir efetivamente para ajudar na recuperação / melhora do paciente. 5 3 PELE Fonte: VARIZI et al, 2021. 3.1 Camadas da pele A pele é o maior órgão do corpo humano, atua como uma barreira física e protege o corpo de influências externas como microrganismos e produtos químicos além de atuar na termorregulação do corpo. Possui duas camadas: a epiderme (externa) de origem ectodérmica e a derme (intermediária) de origem mesodérmica. O tecido subcutâneo ou tecido celular subcutâneo (interno) tem a mesma origem que a derme, mas serve como suporte e conexão com os órgãos subjacentes sem fazer parte da pele (VARIZI et al, 2021). A epiderme é composta por um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, que quando vista do meio interno para o meio externo, está disposta em camadas de células sobrepostas. O critério de classificação das regiões é dado de acordo com a morfologia dos queratinócitos, sendo dividida em: germinativa ou basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea (NEIVA, 2015 apud VARIZI et al, 2021). A camada germinativa (ou camada basal) é a mais interna e está em contato direto com a derme. É composta por diferentes tipos de células, como os queratinócitos, que são responsáveis pela produção da queratina, uma proteína fibrosa e filamentosa que dá força e garantias. Proteção, permeabilidade e evita a 6 desidratação. Os queratinócitos passam por um processo contínuo de diferenciação e maturação em seu caminho desde a camada basocelular até a superfície (VARIZI et al, 2021). As células-tronco também presentes na camada basal são responsáveis pela produção e renovação dos queratinócitos, o que causa a reposição completa da epiderme a cada 28 dias, dos quais 14 dias são necessários para atingir o estrato córneo e outros 14 dias para a descamação (BOHJANEN, 2017 apud (VARIZI et al, 2021). As células do sistema imune da epiderme são as células de Langerhans, que fagocitam microrganismos e partículas estranhas, além de gerar ativação de outras vias do sistema imune. Entre a epiderme e a derme existem células de Merkel que se ligam às terminações nervosas e agem como receptores de toque (VARIZI et al, 2021). Os melanócitos são células originadas da crista neural, e responsáveis pela síntese de melanina, pigmento que determina a cor da pele e atua na proteção do DNA contra os raios ultravioleta (UV) (MIOT et al., 2009), absorvendo e difundindo esses raios (HEXSEL et al., 2013 apud VARIZI et al, 2021). Localizada acima da camada basal, a camada espinhosa é composta por células poliédricas ou ligeiramente achatadas, que continuam aderidas umas às outras por estruturas proteicas denominadas desmossomos. A camada granular consiste em apenas 2-3 fileiras de células poligonais planas, núcleo central e citoplasma carregado com grânulos de ceratoyalina basofílica. Outra característica dessa camada é a presença de corpos lamelares, que são formados por bicamadas lipídicas, que contêm principalmente ácidos graxos livres, colesterol e ceramidas, que são liberados no espaço intercelular e desempenham funções importantes como: prevenir as camadas subjacentes da epiderme de secar uma barreira, fornecer resistência à absorção percutânea e fixar as células queratinizadas juntas (VARIZI et al, 2021). A camada lúcida está localizada entre a granulosa e córnea, e é constituída por uma fileira clara e homogênea de células anucleadas, presentes apenas em áreas de pele espessa, como palma das mãos e plantas dos pés. A camada mais superficial da epiderme é denominada camada córnea, formada por células em estágio final de diferenciação, os corneócitos, que são células anucleadas e achatadas preenchidas por filamentos de queratina. A espessura da camada córnea varia deacordo com a 7 região anatômica, podendo atingir até 1,5mm em regiões de grande atrito. Os corneócitos são envoltos por um envelope lipoproteico, que interage com as lamelas intercelulares formadas na camada granulosa. Depois do processo de maturação dos queratinócitos, a camada córnea vai desidratando, perdendo coesão e descama (GERSON et al., 2012 apud (VARIZI et al, 2021). A derme, camada presente entre a epiderme e a hipoderme, é um tecido conjuntivo irregular que apresenta células como: os fibrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos, mastócitos e fibroblastos, sendo esses responsáveis pela síntese de fibras de colágeno e elastina. A derme proporciona sustentação à epiderme e participa dos processos fisiológicos e patológicos da pele. A hipoderme é composta de nervos, grandes vasos sanguíneos e células de gordura. Têm as funções de proteger dos choques físicos, isolante térmico e armazenar reserva energética (TASSINARY, 2019 apud (VARIZI et al, 2021). Os indivíduos podem ser classificados quanto a cor da pele e o comportamento da mesma à exposição solar, segundo a escala de Fitzpatrick, que classifica em: fototipo I, caracterizada por tonalidade mais clara, que sempre queima, nunca bronzeia e, portanto, é muito sensível ao sol; o fototipo II é caracterizado como pele branca, que sempre queima, bronzeia muito pouco e é sensível ao sol. Estes dois fototipos são os que oferecem maiores riscos ao desenvolvimento de lesões benignas e malignas, devido à baixa quantidade de melanina em caso de exposição prolongada ao sol. Outros fatores de risco podem favorecer o surgimento do melanoma como: lesões pigmentadas na forma de nevos atípicos ou comuns, efélides, exposição solar intermitente, queimaduras solares com ênfase nos casos em que as lesões tenham ocorrido durante a infância, melanoma cutâneo prévio e uso de camas de bronzeamento, leva-se em conta também histórico prévio familiar (VARIZI et al, 2021). 8 4 EMBRIOLOGIA SUMÁRIA DA PELE Fonte: editoradoseditores.com Embriologicamente, a pele é derivada das válvulas ectodérmicas e mesodérmicas. Estruturas epiteliais, epiderme, folículos pilosos, glândulas apócrinas e écrinas e unhas vêm do ectoderma. Nervos e melanócitos vêm tanto do neuroectoderma quanto do elástico. Colágeno e vasos sanguíneos de fibras de colágeno, músculos e tecido adiposo vêm do mesoderma. No embrião de três semanas, a epiderme consiste em uma única camada de células morfologicamente indiferenciadas e cuja reprodução leva ao aumento do número de camadas e à formação de fixações cutâneas. Além disso, as células da crista neural, os melanócitos, de onde surge o sistema de pigmentação da pele, penetram nessa estrutura (ELDER et al, 2011). De acordo com Elder (2011) no início da formação do sistema sebáctico ocorre na nona semana de vida embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se, primeiramente, nas regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A derme e o tecido subcutâneo começam com um material mixomatoso sem fibras, as primeiras estruturas fibrilares aparecem do segundo ao quarto mês de vida fetal. Os primeiros vasos sanguíneos surgem por volta do 3º mês e as primeiras estruturas nervosas a partir da 5ª semana de vida fetal. Já os melanócitos são evidentes na epiderme por volta da 11ª semana de desenvolvimento embrionário, 9 tornando-se numerosos entre os dias 12º e 14º. Os precursores dos melanócitos são chamados de melanoblastos e têm origem na crista neural. Elementos da matriz ungueal são visualizados no dorso de dedos do embrião durante a 10ª semana de vida. O conhecimento da estrutura da pele fetal tem grande importância pela utilização de biópsias feitas por meio de fetoscopia, para a diagnose pré-natal de doenças genéticas em famílias de risco. O período adequado para esses exames é da 18ª à 21ª semana de vida do feto. A análise dessas estruturas em material biopsiado por microscopia eletrônica e imuno-mapeamento possibilita o diagnóstico de diversas patologias genéticas (ELDER et al, 2011). 4.1 Epiderme Fonte: CESTARI, 2018. A epiderme é constituída por queratinócitos, cujo processo de maturação é complexo e multifatorial, influenciado por fatores genéticos, sistêmicos e ambientais. Composta de filamentos de actina, que participam da motilidade celular; e microtúbulos, ligados ao transporte intracelular de organelas. Três subclasses de filamentos intermediários são reconhecidas, responsáveis pela resistência mecânica das células: vimentina e afins (vimentina presente nas células mesenquimais, desmina nos miócitos e proteínas gliais nas células da neuroglia); neurofilamentos (encontrados em células neurais); e, por fim, as citoqueratinas (CQ), presentes nos 10 epitélios e em estruturas deles derivadas, como folículos e glândulas capilares. Atualmente, as citoqueratinas são divididas em dois grupos: tipo I, ácidos, incluindo CQs de 9 a 23; e tipo II, básico, compreendendo QC 1 a 8 (ELDER et al, 2011). As CQ têm uma distribuição tecidual específica para cada epitélio e seus apêndices. O uso de anticorpos monoclonais, que podem marcar apenas uma CQ, permite detectar o desenvolvimento de um tumor por meio de marcadores moleculares e não apenas do ponto de vista morfológico. Outro aspecto relevante do CQ foi a elucidação da patogênese de algumas genodermatoses em que foram detectadas mutações em sua molécula. O conhecimento dessas mutações também pode ser usado no diagnóstico pré-natal e aconselhamento genético. Os queratinócitos em seus diferentes estágios de diferenciação formam a epiderme, que é, portanto, um epitélio estratificado no qual são reconhecidas diferentes camadas de células: germinativa ou basal, Malpighi, granular e córnea (ELDER et al, 2011). Camada germinativa ou basal A camada germinativa ou basal constitui-se por dois tipos de células, as células basais e os melanócitos, constitui da camada mais profunda da epiderme. Possui queratinócitos basais com forma cilíndrica e se dispõem com seu maior eixo perpendicular à linha formada pela junção epiderme-derme. Contudo, expõem citoplasma basófilo e núcleos grandes, alongados, ovais e hipercromáticos. As células basais estão unidas entre si e às células espinhosas suprajacentes, que, por sua vez, unem-se por meio das chamadas pontes intercelulares (desmossomas) (ELDER et al, 2011). Segundo Elder (2011) na camada basal, tem uma única placa de adesão, que liga a membrana plasmática das células basais com a lâmina basal. Essas estruturas de conexão, por consistirem em uma única placa adesiva, são chamadas de hemidesmossomos. Os desmossomas e hemidesmossomas são estruturas de adesão situadas, entre os queratinócitos; e entre as células basais e a membrana basal. Os desmossomos possuem uma estrutura amorfa central, a desmogleia, que se insere entre as membranas plasmáticas das células vizinhas e, em sua parte citoplasmática, o desmossomo é formado por densas placas submembranas. Ao nível da camada basal, existe uma única placa de adesão na membrana basal, que conecta 11 a membrana plasmática das células basais com a lâmina basal. Essas estruturas de conexão, por consistirem em uma única placa adesiva, são chamadas de hemidesmossomos. Nos pontos de inserção dos tonofilamentos na placa de adesão existe uma proteína, a ceratocalmina, que interrompe a regulação do cálcio, essencial para a manutenção dos desmossomos. As placas intracelulares contêm desmoplaquinas I e II, placoglobina, envoplaquina e periplaquina, desmoioquina, desmocalmina e o polipeptídeo da banda 6. Existem glicoproteínas desmossomais transmembrana, caderinas, que têm uma região extracelular, uma parte transmembrana e uma parte intracitoplasmática, são glicoproteínas desmossomais transmembrana. As caderinas epiteliais dos desmossomas se unem aos filamentos de queratinae são subdivididas em duas subfamílias: as desmogleínas e as desmocolinas. As desmogleínas são, portanto, proteínas transmembrana - desmogleínas 1, 2, 3 e 4 - que estão localizadas na desmogleia segundo Elder (2011): Desmogleína 1 – molécula específica dos desmossomas, de peso molecular 160 Kd e que representa o antígeno reconhecido pelo autoanticorpo dos doentes de pênfigo foliáceo. Desmogleína 2 – glicoproteína humana isolada a partir de desmossomas de carcinoma de colo. Desmogleína 3 – polipeptídeo de 130 Kd, própria dos desmossomas das camadas suprabasais dos epitélios escamosos estratificados, é o antígeno reconhecido pelos autoanticorpos circulantes dos doentes de pênfigo vulgar. Desmogleína 4 – expressa-se na epiderme suprabasal e nos folículos pilosos. Mutações no gene dessa desmogleína causam quadros de hipotricose localizada autossômica recessiva. Juntamente com Dsg1 e Dsg3, representa um autoantígeno nas várias formas de pênfigo. As desmocolinas são outro grupo de proteínas transmembrana na superfície das caderinas, que são traduzidas principalmente nas camadas suprabasais da epiderme. A camada basal é fundamentalmente germinativa, determinando as demais camadas da epiderme, por meio de progressiva diferenciação celular. Por esta razão, intensa atividade mitótica é sempre observada nesta camada. O tempo de maturação de uma célula basal até o estrato córneo é de aproximadamente 26 dias (ELDER et al, 2011). 12 Células basais, os tonofilamentos são constituídos, essencialmente, pelas citoqueratinas K5 e K14, ainda que se detecte, também, K19. Além das citoqueratinas, arrumam o citoesqueleto das células basais microfilamentos de actina, alfa actina e miosina. Sob a camada basal, há uma estrutura fina de mucopolissacarídeos neutros - a membrana basal, que geralmente não é visível ao microscópio de luz normal, com H.E., mas pode ser evidenciada especialmente pela coloração com o ácido periódico de Schiff (PAS). A microscopia eletrônica mostra que a junção dermoepidérmica é uma estrutura altamente complexa que representa a chamada área da membrana basal, com importante envolvimento em várias condições patológicas da pele e sua análise anatomopatológica, imunopatológica (utilizando imunofluorescência e imunoperoxidase) e mesmo a ultraestrutural às vezes é muito importante para o diagnóstico e interpretação da patogênese de certas dermatoses. Quanto à ultraestrutura, a zona da membrana basal é formada por quatro componentes bem definidos segundo Elder (2011): Membrana plasmática das células basais, as vesículas plasmalêmicas e os hemidesmossomas, que são as estruturas de ligação entre as células basais e as demais estruturas da zona da membrana basal. Lâmina lúcida ou espaço intermembranoso. Lâmina densa ou lâmina basal. Zona da sublâmina densa. A membrana plasmática das células basais é irregular e, além dos hemidesmossomos, contém vesículas masculinas do plasma, possíveis elementos de síntese e eliminação que estão envolvidos no reparo contínuo da membrana plasmática. Os hemidesmossomos são complexos de ligação especializados que contribuem para a adesão das células epiteliais à membrana subjacente. A membrana basal está presente em epitélios complexos, como pele, córnea, partes do trato respiratório e gastrointestinal e o âmnio (ELDER et al, 2011). De acordo com Elder (2011) esses complexos multiproteicos determinam a coerência do estroma celular e fornecem às células sinais críticos para sua polarização, organização espacial e arquitetura de tecidos. Eles atuam em vários processos biológicos normais, como a cicatrização de feridas e a morfogênese dos tecidos. Há evidências de que vários elementos, como proteínas da matriz extracelular e fatores de crescimento, regulam a função dos hemidesmossomos. A integrina a6b4 13 parece atuar como um elemento de sinalização; portanto, o hemidesmossomo não apenas representa um complexo de adesão estrutural, mas também tem efeitos funcionais no fenótipo celular via a6b4. Do ponto de vista ultraestrutural, os hemidesmossomas apresentam-se como pequenos domínios eletrodensos (menos de 0,5 milimicra) da membrana basal plasmática no polo inferior do queratinócito basal da pele. Seu componente mais evidente é uma placa citoplasmática tripartite, à qual ligam-se feixes de filamentos intermediários (FI). Os hemidesmossomos estão associados a uma densa placa sub- basal e conectados por filamentos de ancoragem à lâmina densa, que por sua vez é ancorada à derme papilar subjacente por fibrilas de ancoragem. Essas estruturas morfológicas, filamentos intermediários, placa hemidesmossomo, filamentos âncora e fibrilas âncora, formam uma unidade funcional chamada de complexo de adesão hemidesmossomo e garantem a adesão estável dos queratinócitos à membrana basal epitelial subjacente (ELDER et al, 2011). Ainda de acordo com Elder (2011) a disposição molecular do hemidesmossomo é fundamentada em três classes de proteínas: da placa citoplasmática, que agem como elementos de adesão ao citoesqueleto; transmembrana, que serve como receptor celular e conecta o interior da célula à matriz extracelular; e por fim a membrana basal, baseada na matriz extracelular. Os membros da placa hemidesmossômica incluem o antígeno bolhoso penfigóide 1 (BP230), a plectina e outras proteínas de alto peso molecular que não foram completamente caracterizadas. BP230 é um dos antígenos-alvo dos anticorpos bolhosos penfigóide. A plectina de aproximadamente 500 Kda é expressa em vários epitélios simples e em camadas e funciona como um ligante multifuncional do citoesqueleto. Os componentes transmembrana do hemidesmossomo são a integrina BP180 e a6b4. A integrina α6β4 liga-se aos filamentos de queratina. A α6β4 é um receptor para múltiplas variantes de laminina, mas tem alta afinidade pela laminina, uma isoforma de laminina, presente em grande quantidade na membrana basal da epiderme e de outros epitélios, com a qual se liga conectando a placa hemidesmossômica à lâmina densa. A α6β4 está entrelaçada na transdução de sinais da matriz extracelular para o interior da célula, colaborando para a reunião dos hemidesmossomas e para a aparelhamento do citoesqueleto, tendo ainda profundo choque na proliferação e diferenciação celular. Já a BP180 é uma molécula colágena 14 transmembrânica que se relaciona à a6b4 e é um dos autoantígenos do penfigoide bolhoso (ELDER et al, 2011). A lâmina lúcida é uma camada elétron-transparente, localizada prontamente abaixo da membrana plasmática das células basais. Contém filamentos de ancoragem que se originam na membrana plasmática da célula basal, atravessam a lâmina lúcida e se inserem na lâmina densa. Esses filamentos existem ao longo de toda a lâmina lúcida, concentrando-se, porém, ao nível dos hemidesmossomas. Os hemidesmossomos estão associados a uma placa sub-basal densa e conectados por filamentos de ancoragem à lâmina densa, que por sua vez é ancorada à derme papilar subjacente por fibrilas de ancoragem. Essas estruturas morfológicas, filamentos intermediários, placa hemidesmossomo, filamentos âncora e fibrilas âncora, formam uma unidade funcional chamada de complexo de adesão hemidesmossomo e garantem a adesão estável dos queratinócitos à membrana basal epitelial subjacente. A organização molecular do hemidesmossomo é baseada em três classes de proteínas: da placa citoplasmática, que atuam como elementos de adesão ao citoesqueleto; transmembrana, que agem como receptores celulares e conectam o interior da célula à matriz extracelular; e finalmente a membrana basal, baseada na matriz extracelular. Os elementos da placa hemidesmossômica compreendem o antígeno bolhoso penfigóide 1 (BP230), a plectina e outras proteínas de alto peso molecular que não foram inteiramente qualificadas. BP230 é um dos antígenosalvo do anticorpo penfigóide bolhoso (ELDER et al, 2011). Os feixes de microfibrilas consistem em fibrilas finas perpendiculares ou em ângulo com a junção dermoepidérmica, que se inserem diretamente na lâmina densa e penetram profundamente na derme. As fibras de colágeno têm uma periodicidade típica, são dispostas aleatoriamente e não agrupadas neste nível, como é o caso da derme profunda Elder (2011): Aderência dermoepidérmica – toda estrutura da ZMB indica funções de ligação dermoepidérmica e, realmente, condições patológicas ou experimentais, associadas à dissociação epiderme-derme, mostram alterações na ZMB. Na epidermólise bolhosa distrófica displásica ocorrem alterações e até ausência de fibrilas de ancoragem. A laminina 5, outro componente molecular importante do complexo hemidesmossomo, anteriormente denominado niceina, 15 calinina ou epiligrina, é uma molécula em forma de cruz composta por três cadeias não idênticas a3, b3 e g2 (ELDER et al, 2011). A laminina ampara as ligações celulares e é ligante para a6b4 e, possivelmente, o BP180. Queratinócitos com defeito na laminina 5 têm reduzida adesividade. As moléculas de laminina 5 interagem com o colágeno VII, o maior constituinte das fibrilas de ancoragem. Portanto, a laminina 5 serve de ponte entre a6b4 e componentes da matriz dérmica. Aceita-se que, enquanto a laminina monomérica 5 está concentrada abaixo da placa hemidesmossômica ligando a integrina a6b4, e possivelmente o BP180, ao colágeno tipo VII, o complexo laminina 5-6/7 está implicado na estabilização da membrana basal no espaço interdesmossômico. Mutações em genes que codificam moléculas da zona da membrana basal ou a produção de anticorpos dirigidos contra essas moléculas levam a diferentes condições patológicas da pele. Suporte mecânico – essa função se alcança por meio de ação estabilizadora da lâmina densa sobre a membrana plasmática das células basais. Função barreira – claramente, a ZMB age como barreira à penetração de moléculas de peso molecular elevado. O desempenho da barreira do ZMB pode ser cumprido sobre as células, o que é de grande interesse para prevenir invasões dérmicas por processos proliferativos epidérmicos. Processos inflamatórios ou neoplásicos devido à ação da colagenase ou de outras enzimas podem lisar a lâmina densa e prejudicar a função da área da membrana basal (ELDER et al, 2011). Camada malpighiana Também conhecida como camada espinhosa ou membrana mucosa de Malpighi, a camada de Malpighi é formada por células epiteliais escamosas, que têm uma configuração poliédrica e se achatam gradualmente em direção à superfície. As citoqueratinas K1 e K10 são sintetizadas. Em vez disso, características do padrão de diferenciação epitelial que levam à queratinização. As células da camada de Malpighi são separadas por espaços entrecruzados por filamentos finos chamados pontes intercelulares. A microscopia eletrônica possibilitou um melhor entendimento das conexões intercelulares da epiderme, que são processadas pelos chamados 16 desmossomos, que correspondem às pontes intercelulares já descritas da microscopia de luz comum (ELDER et al, 2011). Camada granulosa A camada granulosa é constituída por células da granulosas, assim denominadas por se caracterizarem pela presença de um grande número de grânulos de tamanho e forma irregulares. Esses grânulos são constituídos por querato-hialina, profilagrina, a proteína que produz a filagrina, e citoqueratinas. O próprio par de citoqueratina nesta camada é K2 / K11. Em áreas de queratinização imperfeita, a camada granulosa pode estar ausente. (ELDER et al, 2011). Camada córnea O estrato córneo é formado por corneócitos, ou seja, células epidérmicas enucleadas com membranas celulares espessos, cujo citoplasma corresponde a um sistema bifásico de filamentos de queratina que estão encerrados em uma matriz amorfa contínua. Nas partes inferiores do estrato córneo, os filamentos de queratina estão associados à filagrina, que se desprende da queratina nas partes inferiores por ação enzimática e é decomposta em aminoácidos que osmoticamente retêm água no estrato córneo (ELDER et al, 2011). Nas regiões palmoplantares há outra camada que é composta pela epiderme. É a camada transparente que se localiza entre o estrato córneo e a granulosa e é composta por duas ou três camadas de células enucleadas, planas, homogêneas e transparentes. Os melanócitos presentes na camada basal são células que, quando coradas com hematoxilina e eosina, aparecem como células claras com um pequeno núcleo hipercromático e um citoplasma transparente levemente basofílico. As manchas de prata mostram a natureza dendrítica dos melanócitos com numerosos processos longos e ramificados associados às células espinhosas sobrepostas. Os melanócitos, em conjunto com os queratinócitos com que funcionalmente se relacionam, constituem as unidades epidermomelânicas da pele. O número de melanócitos varia dependendo da área considerada, sendo cerca de 2.000 / mm2 na pele da cabeça e antebraços e 1.000 / mm2 no restante da pele. O número de 17 melanócitos não varia dependendo da raça; as diferenças de pigmentação, portanto, não dependem do número, mas da funcionalidade dos melanócitos, que estão localizados próximos à pele no trato ocular, na retina e na úvea; na orelha, na estria vascular do ducto coclear; no sistema nervoso central, nas leptomeninges; nas membranas mucosas; e na pele (ELDER et al, 2011). Os melanócitos contêm organelas especializadas chamadas melanossomas em seu citoplasma, onde a síntese e a deposição de melanina ocorrem pelo armazenamento da tirosinase sintetizada pelos ribossomos. O elemento inicial desse método biossintético é a tirosina, um aminoácido essencial. Na presença de oxigênio molecular, oxida a tirosina em dopa (dioxifenilalanina) e está em dopaquinona, que se polimeriza para formar melanina. Os melanossomos cheios de melanina são injetados através dos processos dendríticos dos melanócitos nos queratinócitos da unidade epidermomelânica correspondente. O pigmento melanina consiste em dois tipos de melanina, que geralmente estão em uma mistura: eumelanina, um polímero marrom; e feomelaninas, queratinócitos compostos amarelo-avermelhados afetam a proliferação, o número de dendritos e a produção de melanócitos pelos melanócitos. Outros fatores que interrompem a atividade dos melanócitos são os hormônios (MSH e hormônios sexuais), mediadores inflamatórios e vitamina D3. Além de melanócitos, existem outras células dendríticas na epiderme, células de Langerhans. Sem tirosina e, portanto, dopanegativa, são células perfeitamente caracterizadas ao microscópio eletrônico por corpos peculiares, os grânulos de Birbeck (estruturas em forma de raquete de tênis). Agora são consideradas células macrófagos monocíticas de camadas epidérmicas com função imunológica que atuam no processamento de MI a partir de antígenos exógenos que chegam à pele. Além de sua localização epidérmica, as células de Langerhans são encontradas na derme, vasos linfáticos dérmicos, linfonodos e glândula timo (ELDER et al, 2011). As células de Langerhans originam-se da medula óssea e representam a 2ª a 8ª população epidérmica, possuem receptores para a fração Fc de IgG e IgE, para C3, e também expressam antígenos de histocompatibilidade de classe II. Graças a essa estrutura imunológica, a célula de Langerhans pode reconhecer, processar e apresentar antígenos aos linfócitos T e, assim, iniciar sua ativação. Eles não estão apenas envolvidos nas reações de sensibilização da dermatite de contato, mas 18 também na rejeição de transplantes, na proteção contra infecções virais e também na eliminação de clones de células epiteliais neoplásicas. Mudanças qualitativas e quantitativas nas células de Langerhans foram registradasem várias condições patológicas: vitiligo; lúpus eritematosos; micose fungóide; dermatite atópica; pênfigo e penfigóide; além disso, as células com grânulos típicos de células de Langerhans representam as células proliferadas na histiocitose X. As células de Merkel também são encontradas na epiderme ao nível da camada basal, que não são visíveis ao microscópio óptico. Por outro lado, a microscopia eletrônica nessas células revela a presença de grânulos elétron-densos característicos contendo substâncias neurotransmissoras, como a enolase específica do neurônio, que são encontradas principalmente nos lábios, dedos, boca e membrana externa. A origem dessas células é debatida, pois alguns autores as consideram de origem neuroendócrina, pois formam os chamados discos de Merkel, que resultam da união de terminações nervosas mielinizadas com seu pólo basal. Embora sejam estruturas suscetíveis às sensações táteis, outros autores consideram os queratinócitos modificados, principalmente levando em consideração a expressão das citoqueratinas K8, K18 e K19, que podem levar ao carcinoma e estão presentes na reticulose pagetoide (ELDER et al, 2011). 5 ESTRUTURAS DOS ANEXOS CUTÂNEOS Fonte: clinicamaximus.com 19 O envelhecimento é um processo natural que pode ser acelerado por fatores externos como sol excessivo, estresse, tabagismo, que além da dieta, que também é um fator muito importante, libera radicais livres que são responsáveis pela quebra do colágeno. Uma dieta balanceada à base de frutas, verduras e muito líquido ajuda a hidratar a pele, além dos alimentos que possuem fibras, proteínas e vitaminas, que ajudam a combater os radicais livres, aceleradores do processo de envelhecimento (CARVALHO et al, 2016). De acordo com Carvalho (2016) o envelhecimento, os cabelos começam a se tornar brancos, em razão da perda de melanócitos no bulbo capilar; o número de folículos diminui, e os pelos se tornam mais finos; o número de glândulas écrinas também é reduzido, levando à diminuição do suor; e a glândula sebácea diminui sua função em virtude da diminuição dos hormônios. Os vasos sanguíneos vão perdendo a capacidade de eliminar as toxinas do organismo e também de nutrir e oxigenar as células da derme e da epiderme; assim, a renovação celular fica prejudicada. Glândulas sudoríparas écrinas Fonte: dermatologiacesarbimbi.com As glândulas sudoríparas écrinas estão espalhadas por toda a pele, mas em maior número nas regiões palmoplantar e axilar são glândulas tubulares que fluem da epiderme para a superfície e são compostas por três segmentos: a parte secretora; canal de suor intradérmico; e canal de suor intraepidérmico. A parte secretora está localizada na junção dermo-hipodérmica ou na parte inferior da derme. A parte 20 secretora das glândulas écrinas consiste em grandes células cilíndricas com um citoplasma claro ligeiramente basofílico (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Segundo Sampaio e Rivitti (2018) nos cortes habituais, essas células estão dispostas em ácinos, que apresentam na periferia pequenas células fusiformes - as células mioepiteliais - em torno das quais existe uma membrana hialina e que, por sua força de contração, expelem o suor de secreção. A parte intradérmica do canal do suor consiste em duas camadas de células epiteliais pequenas, cuboides e intensamente basofílicas. A parte intraepidérmica do canal de suor consiste em uma única camada de células de revestimento e uma ou mais camadas de células epiteliais que constituem a bainha perductal. Eles são inervados por fibras simpáticas pós-ganglionares amielínicas. Fisiologicamente, entretanto, eles são controlados por mediadores parassimpáticos, embora sejam menos responsivos aos mediadores simpaticomiméticos. Portanto, parassimpaticomiméticos como acetilcolina, acetilbetametilcolina e pilocarpina estimulam a sudorese, e parassimpaticomiméticos como atropina inibem a sudorese (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 99% de água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em concentrações menores, especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, proteínas, lipídeos, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições desfavoráveis de temperatura, a sudorese pode atingir uma produção de 10 a 12 litros em 24 horas. Glândulas apócrinas. Por meio de sua própria embriogênese, a partir da invaginação que forma o folículo piloso, as glândulas apócrinas geralmente fluem para os folículos capilares e não diretamente para a superfície epidérmica, no conduto auditivo externo que forma as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, que formam glândulas menores; e na mama formam as glândulas mamárias. As glândulas apócrinas são tubulares e consistem em uma parte secretora e outra ductal. Ele também contém células mioepiteliais. A parte ductal consiste em duas camadas de células epiteliais, mas não possui cutícula eosinofílica, como é o caso das glândulas sudoríparas écrinas (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 21 As glândulas apócrinas liberam pequenas quantidades de secreção leitosa em grandes intervalos. A secreção apócrina contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos graxos e ocasionalmente cromógenos como o indozil, que desta forma podem explicar certos casos de cromidrose. Regiões topográficas que são colonizadas por secreções de glândulas sebáceas, o que leva a subprodutos de odor intenso. O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina em humanos é desconhecido e acredita- se ser um remanescente da função sexual, uma vez que não aparece até a puberdade. Glândulas sebáceas Fonte: dermatologiacesarbimbi.com As glândulas sebáceas estão localizadas em toda a pele, com exceção das regiões palmoplantares. Eles sempre fluem para o folículo piloso com ou sem cabelo. As maiores glândulas sebáceas são encontradas em regiões onde o sistema capilar é menos desenvolvido, por exemplo, na testa e no nariz. Excepcionalmente, as glândulas sebáceas da membrana mucosa das bochechas e dos lábios são heterotópicas e formam os chamados grânulos de Fordyce (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). As glândulas sebáceas consistem em vários lóbulos; cada um deles apresenta perifericamente uma camada de células basófilas cúbicas, as células germinativas, e centralmente células com citoplasma abundante com uma delicada rede de malhas cheias de gordura em que predominam os glicerídeos neutros e, portanto, não são 22 birrefringentes para a polaroscopia, a secreção das glândulas sebáceas é do tipo holócrino. As glândulas sebáceas são ativadas por andrógenos e não dependem da estimulação nervosa de andrógenos maternos transmitidos passivamente. Assim que os andrógenos adquiridos passivamente se esgotam, as glândulas sebáceas entram em acentuada regressão devido à ação dos andrógenos de origem testicular, ovariana e adrenal, que se desenvolve novamente na puberdade. Pelos O cabelo é uma estrutura semelhante a um fio, composta por células queratinizadas produzidas pelos folículos capilares. Existem dois tipos de cabelo: fetal ou lanugo, que é um cabelo fino e claro idêntico ao cabelo adulto não desenvolvido e conhecido como cabeludo; e o terminal, que corresponde aos pelos espessos e pigmentados, que inclui pelos, barba, pelos púbicos e das axilas. O cabelo consiste em uma parte livre, o caule, e uma parte intradérmica, a raiz, o sebo, acima; o músculo eretor pila na parte inferior; e em certas partes do corpo o ducto de uma glândula apócrina, que se abre no folículo acima da glândula sebácea (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Ainda segundo Sampaio e Rivitti (2018), o folículo piloso é composto pelas seguintes partes: o infundíbulo, que se localiza entre o óstio e o ponto de inserção da glândula sebácea; acrotrichium, a parte intraepidérmica do folículo; o istmo, entre a aberturada glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo eretor de pelos; e o segmento inferior, o resto, está abaixo do músculo retificador. Nesta parte inferior do folículo piloso há uma extensão, o bulbo capilar, que contém a matriz capilar na qual se insere a papila, uma estrutura pequena e ligante, vascularizada e inervada. Os melanócitos ativos estão localizados entre as células da matriz. Grande parte da atividade mitótica do pelo se dá no meio inferior do bulbo. A bainha radicular interna compreende a cutícula da bainha, a camada de Huxley (mais interna) e a camada de Henle (mais externa). 23 Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018. Essas camadas se dissolvem após sua completa ceratinização ao atingir o istmo e, neste nível, a bainha externa da raiz começa com sua queratinização. A bainha radicular externa distende-se desde a epiderme até as porções laterais do bulbo piloso, diminuindo progressivamente de espessura da superfície até a profundidade. Externamente a essa bainha, dispõe-se uma membrana delgada homogênea e eosinófila, denominada camada vítrea ou basal (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Segundo Sampaio e Rivitti (2018) a própria haste do cabelo consiste na cutícula externa, córtex e medula, que no cabelo humano são descontínuos ou mesmo ausentes, como no lanugo e no cabelo. A camada cortical é constituída de queratinócitos fortemente compactados, enquanto, na medular, os queratinócitos se agregam mais frouxamente. As células da cutícula do cabelo estão firmemente embutidas na cutícula da bainha interna da raiz, o que leva a uma adesão firme do cabelo. O principal componente do cabelo é a queratina, cuja estrutura é composta por cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente importantes a cisteína, a arginina e a citrulina, encontradas apenas no cabelo humano. 24 Os cabelos são estruturas muito resilientes, flexíveis e elásticas que se alongam de 20 a 30% quando secas e até 100% na água, não crescem continuamente, com fases alternadas de crescimento e repouso que formam o ciclo capilar. A fase de crescimento, denominada anágena, é caracterizada por uma intensa atividade mitótica da matriz e na qual o cabelo mostra sua máxima expressão estrutural. Sua duração é de 2 a 5 anos no couro cabeludo. Isso é seguido pela fase catágena, na qual os folículos retrocedem para 1/3 de seu tamanho anterior. Interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Ciclo do pelo Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018 As células da parte superior da medula continuam sua diferenciação até a haste do cabelo, que só se forma no córtex e na membrana interna da raiz, até que o bulbo se reduza a uma coluna desorganizada de células. A ponta do cabelo assume a forma de uma clava e forma uma clava que ainda está presa ao saco folicular por manchas de queratina. A fase catágena dura cerca de 3 a 4 semanas, seguindo-se à fase telógena, de desprendimento do pelo, que, no couro cabeludo, tem cerca de três meses de duração. Os folículos ficam completamente inativos, reduzidos à metade ou menos de seu tamanho normal, e o descolamento completo ocorre entre a papila dérmica e o pelo em eliminação (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Ao analisar o couro cabeludo, as seguintes proporções são encontradas entre os cabelos em suas diferentes fases: 85% na fase anágena; 14% na fase telógena; e 1% na fase catágena. Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro 25 cabeludo. Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em conta que cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias, alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo por dia. Em termos de crescimento, a média por dia é de 0,4 mm no topo da cabeça e 0,35 mm nas têmporas, e o cabelo das mulheres cresce mais rápido (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Os fatores reguladores do ciclo capilar são desconhecidos, o que permite a influência das próprias condições do folículo e de fatores sistêmicos, nutricionais, emocionais e, em particular, hormonais, em particular os andrógenos. Cavidades orais - narinas, conduto auditivo, olhos - e no couro cabeludo atuam como proteção da radiação ultravioleta, nas áreas intertriginosas reduzem o atrito e, finalmente, devido à sua inervação abundante, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula sebácea, encontram-se as células-tronco epidérmicas, que também dispõem-se em agrupamentos no epitélio interfolicular (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Unhas As unhas são lâminas queratinizadas, recobrem a última falange dos dedos. Uma unha tem quatro partes: o dorso ou a raiz, que está localizada sob a dobra da pele; o lençol aderindo ao leito ungueal em sua parte inferior; as dobras laterais; e a borda livre. A raiz ou matriz da unha é uma área em forma de crescente de células epiteliais em proliferação que é parcialmente selada pela prega ungueal posterior e parcialmente visível em uma área mais clara chamada lúnula. A prega ungueal posterior é uma extensão da camada córnea que cobre a parte proximal da unha, a cutícula e por baixo do eponíquio que adere à lâmina ungueal. Essas estruturas são importantes porque processos inflamatórios podem destacá-las da unha. Para a nutrição da matriz ungueal, existe uma rica rede vascular que depende das artérias de dois dedos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de cerca de 0,1 mm por dia nos quirodáctios, sendo mais lento nas dos pododáctilos. A lâmina ungueal é formada principalmente pela matriz ungueal, mas o leito ungueal tem papel secundário nesse processo, o crescimento ungueal está sujeito a flutuações 26 individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e fatores locais. As deformidades ungueais podem representar lesões da matriz ungueal que surgiram até três meses antes da troca ungueal (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Fonte: CESTARI, 2018. Estrutura da derme A derme é composta por um verdadeiro gel rico em mucopolissacarídeos (a substância básica) e material fibrilar de três tipos: fibras de colágeno; fibras elásticas; e fibras reticulares. A derme varia em espessura em todo o corpo, de 1 a 4 mm, e é composta por três partes: a papilar, a perianexial e a reticular segundo Sampaio e Rivitti, (2018): Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras colágenas finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones epiteliais da epiderme. Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-se, porém, em torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a unidade anatômica denominada derme adventicial. Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção mais espessa, que se estende até o subcutâneo. Consiste em feixes de colágeno mais espessos, que em sua maioria se organizam paralelamente à epiderme, 27 há proporcionalmente menos fibroblastos e substância fundamental em relação à derme adventícia. A substância básica consiste essencialmente em mucopolissacarídeos, dos quais os hialuronidatos e os sulfatos de condroitina são os mais importantes. Esse gel viscoso participa na resistência mecânica da pele às compressões e aos estiramentos. 1. Fibras de colágeno: constituem 95% do tecido conjuntivo da derme. O colágeno da derme é composto por diferentes tipos de fibras, do tipo I ao tipo XIII. 2. Fibras elásticas: são microfibrilas orientadas perpendicularmente à epiderme na derme papilar; e na derme reticular eles são mais espessos e dispostos paralelamente à epiderme. O grande número de fibras elásticas na pele é peculiar à espécie humana. O sistema elásticoda pele inclui os seguintes tipos de fibras elásticas segundo Sampaio e Rivitti, (2018): Fibras oxitalânicas – são as mais superficiais e dispõem-se perpendicularmente à junção dermoepidérmica, estendendo-se até o limite entre a derme papilar e a reticular. Fibras eulaunínicas – ocupam posição intermediária na derme, conectando as fibras oxitalânicas da derme superficial com as fibras elásticas da derme reticular. Fibras elásticas maduras – contêm cerca de 90% de elastina e ocupam a derme reticular. As fibras elásticas mais superficiais intervêm na ligação entre a epiderme e a derme e as mais profundas, devido ao seu maior teor de elastina, na absorção de choques e cargas que atuam sobre a pele. A derme abriga as estruturas conectadas à pele, as glândulas sudoríparas. Inervação Os nervos sensoriais, que são sempre mielinizados, formam órgãos terminais específicos, corpúsculos de Vater-Pacini, corpúsculos de Meissner, corpúsculos de Krause, meniscos de Merkel-Ranvier e corpúsculos de Ruffini em algumas regiões do corpo, como palmas das mãos, solas dos pés, lábios e genitais segundo Sampaio e Rivitti, (2018): Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas regiões palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à pressão. 28 Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, especialmente nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. São específicos para a sensibilidade tátil. Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais- mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e mucosas. Portanto, são encontrados na glande, prepúcio, clitóris, lábios vulvares e, em menor extensão, no lábio, língua, pálpebras e pele perianal. Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de posição subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos. Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica, permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica. Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, uma estrutura em forma de disco rica em células de Merkel que está localizada na região dermoepidérmica anexa aos folículos pilosos. Os fios nervosos responsáveis pelas vibrações e sensações artísticas penetram nas raízes posteriores da medula espinhal e formam os fascículos em forma de cunha e graciosos do funículo posterior, que terminam nos núcleos delicados e em forma de cunha da cebola. Tálamo e destes chegam à zona cortical somestésica. Os fios nervosos que conduzem as sensações de tato, dor e temperatura penetram pelas raízes dorsais dos nervos espinhais na parte contralateral da medula espinhal e formam as vias espinotalâmicas anterolateral e ventral em direção ao tálamo (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). A pele é inervada pelo sistema nervoso autônomo, cujas fibras adrenérgicas fazem com que as células musculares lisas das paredes arteriolares se contraiam (vasoconstrição), contraiam o músculo eretor do pelo e ativam as células glômicas e mioepiteliais das glândulas apócrinas. É importante salientar que as glândulas écrinas são inervadas por fibras simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez que, via de regra, as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese causada pela pilocarpina, uma droga parassimpaticomimética que estimula diretamente os efetores colinérgicos da glândula sudorípara. As glândulas apócrinas respondem a estímulos simpáticos e não parassimpáticos porque são inervadas por 29 fibras adrenérgicas controladas por centros simpáticos no sistema nervoso central (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Vasos sanguíneos Apesar das alterações topográficas do sistema vascular da pele, os vasos da pele continuamente formam um plexo profundo em conexão com um plexo superficial, o plexo profundo está no plano dermohipodérmico e é formado por arteríolas, enquanto o superficial na derme é subpapilar e consiste fundamentalmente de capilares. Em certas áreas, como sulcos e leitos ungueais, orelhas e centro da face, o sistema vascular cutâneo apresenta formações especiais, o glomo, estruturas que estão funcionalmente conectadas à termorregulação, anastomoses diretas entre as arteríolas e as vênulas. Portanto, eles têm um segmento arterial, que consiste em uma parede espessa e um lúmen estreito, e um segmento venoso com uma parede fina e um lúmen largo: Células glômicas (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Vasos linfáticos Eles são vasos revestidos por uma única camada de células endoteliais dispostas em alças ao longo da derme papilar e conectam um plexo linfático subpapilar que leva através da derme a um plexo linfático profundo localizado em um local dermo-hipodérmico (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Músculos da pele Os músculos da pele são principalmente lisos e incluem os músculos eretores dos pelos, o escroto e os músculos da aréola. Folículos capilares que são inseridos sob as glândulas sebáceas. Localizado na parte inferior do folículo, sua contração cria a verticalidade do cabelo, ou seja, a horripilação.) (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Estrutura da hipoderme 30 O subcutâneo ou coxim gorduroso é a camada mais profunda da pele, de espessura variável, composta exclusivamente por tecido adiposo, ou seja, células preenchidas por gordura que formam lobos divididos por feixes vasculares conjuntivos. Em sua parte superior, relaciona-se com a derme profunda, que forma a junção dermo-hipodérmica, onde geralmente se localizam as partes secretoras das glândulas apócrinas ou écrinas e cabelos, vasos e nervos. Com isolamento térmico e mecânico, protege o corpo de pressões externas e traumas e facilita a mobilidade da pele em relação às estruturas subjacentes (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 5.1 Funções da pele Graças à arquitetura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de suas diversas estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um órgão que pode desempenhar diversas funções segundo Sampaio e Rivitti, (2018): Proteção – constitui a barreira de proteção à penetração de agentes externos de qualquer natureza e, ao mesmo tempo, impede perdas de água, eletrólitos e outras substâncias do meio interno. Proteção imunológica – a pele, graças à presença de células imunologicamente ativas, é um órgão de grande atividade imunológica, onde atuam intensamente os componentes da imunidade humoral e celular. Termorregulação – graças à sudorese, constrição e dilatação da rede vascular cutânea, a pele processa o controle homeostático da temperatura orgânica. Percepção – por meio da complexa e especializada rede nervosa cutânea, a pele é o órgão receptor sensitivo do calor, do frio, da dor e do tato. Secreção – a secreção sebácea é importante para a manutenção eutrófica da própria pele, particularmente da camada córnea, evitando a perda de água. Contudo, segundo autores o sebo tem características antimicrobianas e contém substâncias precursoras da vitamina D. Quanto às glândulas sudoríparas, a eliminação de restos metabólicos não tem valor como função excretora. Essas funções gerais da pele dependerão do envolvimento de seus vários componentes por meio de suas propriedades ainda não completamente compreendidas. O estrato córneo é, portanto, de relevante importância para a função protetora da pele, que, devido às suas várias propriedades, representa uma interface entre o organismo e o 31 meio ambiente: relativa impermeabilidade à água e eletrólitos, evitando perdas de água e eletrólitos, bem como limitação da penetração de substâncias exógenas; resistência relativa a agentes corrosivos prejudiciais; alta impedância elétrica, que restringe a passagem da corrente elétrica pela pele; superfície relativamente seca, o que retarda a reprodução dos microrganismos; quimicamente é uma membranaque limita a passagem das moléculas. Outro aspecto importante da função protetora da pele é o obstáculo à ação da radiação ultravioleta, graças em particular às unidades epidermomelânicas que produzem melanina e a distribuem pela epiderme. Melanina Sua função é proteger a pele da radiação ultravioleta do sol, absorvendo a energia radiante; os melanócitos não só absorvem, mas também difundem a radiação ultravioleta. O controle da produção de melanina é exercido por três fatores principais segundo Sampaio e Rivitti, (2018): 1. Genético – explica variações raciais e patológicas, como o albinismo. 2. Ambiental – interfere por meio da quantidade de energia radiante ambiental e das substâncias químicas sobre a pele. 3. Hormonal – hormônios da hipófise e da epífise. O hormônio estimulador dos melanócitos (MSH), também conhecido como intermedina (liberado pela "pars intermedia" hipofisária), promove a distribuição dos grânulos de melanina no citoplasma, escurece a pele e aumenta a proteção contra a luz. É o apagão mais forte conhecido. Sua fórmula química é semelhante à de outro hormônio adrenocorticotrófico da glândula pituitária (ACTH). Em contraste com esses dois hormônios, a melatonina desaparece porque faz com que os grânulos de melanina se agreguem ao redor do núcleo da célula. Na produção de melatonina, a estimulação da luz retiniana no ambiente é importante para a termorregulação, é basicamente exercido pelos sistemas vascular e sudoríparo da pele (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). Como interface entre o corpo e o meio externo, Sampaio e Rivitti (2018) afirmam que a pele desempenha um papel passivo na troca de calorias, mas intervém ativamente na regulação do calor por meio das unidades de suor écrino e da rede 32 vascular cutânea. A água, que resfria a superfície do corpo e os vasos sanguíneos por meio da evaporação, aumenta ou diminui o fluxo sanguíneo periférico ao expandir ou estreitar, e permite maior ou menor dissipação de calor. Um acréscimo de 0,5°C na temperatura corpórea motiva impulsos hipotalâmicos que, por meio das fibras colinérgicas do sistema nervoso simpático, excitam as glândulas sudoríparas écrinas de todo o corpo. O aquecimento regional da pele também favorece a sudorese local, que neste caso permite a ação térmica direta sobre a glândula sudorípara sem envolver o hipotálamo. No que diz respeito às funções secretoras da pele, os produtos metabólicos excretados pela transpiração não têm importância como função excretora das glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e atividade dependem em grande parte de fatores humorais, em particular de andrógenos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). O produto da secreção de sebo, forma a película lipídica da superfície da pele com os lipídeos de cornificação. Este complexo lipídico consiste em triglicerídeos, diglicerídeos, ácidos graxos, ésteres, esqualeno e esteróis. Não há ácidos graxos livres no sebo recém-secretado, que parece intrafolicular devido à ação das lipases bacterianas. O verdadeiro significado fisiológico do sebo permanece desconhecido em humanos. Devido às suas propriedades odoríferas, tem função de atração sexual. Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas ao sebo, embora não haja evidências da importância desses mecanismos na homeostase humana: barreira protetora; Emulsificação de substâncias; atividade antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica; precursores da vitamina D (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). As secreções de sebo e suor formam a fase gordurosa e oleosa da emulsão, que cobre a superfície da pele. O pH médio normal da pele está entre 5,4 e 5,6, com flutuações topográficas. As áreas intertriginosas têm um pH mais alto do que o normal. Secreções superficiais da pele, nos recém-nascidos existe o que é conhecido como "vérnix da vítima", que é constituído por secreções sebáceas, células epiteliais escamosas e lanugo que se desprendeu da superfície corporal. Sua principal função é lubrificar a superfície corporal do feto para facilitar sua passagem pelo canal de parto, o que explicaria seu desaparecimento após o nascimento, uma vez que a função para a qual foi destinado não é mais necessária. Além das suas funções vitais, as propriedades físico-químico-biológicas da pele, devido à sua capacidade de 33 absorção, permitem a administração percutânea de medicamentos, processo que se realiza por segundo Sampaio e Rivitti, (2018): Orifícios adanexiais – permitem a passagem de substâncias de baixo coeficiente de permeabilidade e de moléculas grandes. Espaços intercelulares da camada córnea – via de penetração de água e alcoóis de peso molecular baixo. Células corneificadas (diretamente) – quando ocorrem aumento da hidratação da pele, aumento da temperatura cutânea e exposição a solventes de lipídeos. A forma usual de se obter um melhor efeito tópico com maior penetração do fármaco é através do curativo de oclusão, a oclusão causa aumento da sudorese e retenção do suor, além de aumento da temperatura local com aumento do fluxo sanguíneo. A retenção de suor aumenta o conteúdo de água das células da córnea, o que permite um transporte iônico mais forte de moléculas através das células. Quanto maior o fluxo sanguíneo para a derme, maior será a reabsorção, fatos esses que devem ser levados em consideração na utilização de medicamentos tópicos, principalmente em curativos oclusivos, devido aos possíveis efeitos sistêmicos desses medicamentos (SAMPAIO e RIVITTI, 2018). 6 CONSULTA ESTÉTICA Fonte: beautycoestetica.com 34 Antes de efetuar qualquer procedimento, é muito importante conhecer e avaliar o paciente, buscando entender sua insatisfação, assim como a veracidade das informações presentes na avaliação para que seja oferecido um tratamento seguro e um resultado satisfatório aos pacientes. Este conhecimento detalhado é fundamental para a correta aplicação e eficácia dos tratamentos faciais, corporais e até capilares (ANDRADE, 2018). Antes de qualquer tratamento, o primeiro contato em um atendimento ao paciente exige profissionalismo e atenção técnica para que dessa forma se descubram suas necessidades e informações importantes. As informações devem ser registradas no cadastro do cliente, devendo ser consultado em todos os procedimentos para a checagem de contraindicações e definição de necessidades. Sempre que uma consulta é marcada com um novo paciente, um histórico médico completo deve ser obtido antes de cada procedimento. Para obter as informações necessárias durante a consulta clínica, siga as etapas abaixo segundo Andrade, (2018): Faça perguntas para verificar informações pessoais; Faça uma inspeção visual, prestando muita atenção nas áreas a serem processadas e na aparência geral; Examinar manualmente — o toque na pele é fundamental para sentir sua textura e elasticidade; Verificar gravações: aplica-se se o cliente visitou as instalações por um período de tempo especificado. Mesmo que o paciente já frequente o local, no início de cada tratamento recomenda-se que seja feita uma revisão dos dados fornecidos anteriormente para avaliar se o tratamento é adequado e, dessa forma, elaborar um plano para melhor executá-lo. Muitas vezes, pode ser necessário oferecer ao paciente um tratamento individual e personalizado para uma condição específica e com garantia de resultados (ANDRADE, 2018). Para que o aconselhamento possa ser realizado de forma profissional, deve ser realizada uma conversa aberta com as questões pertinentes, sendo o paciente ouvido com atenção e respeito. A forma como o aconselhamento é dado determina a confiança do paciente no trabalho do médico. É importante que o paciente faça perguntas e esteja totalmente à vontade para desenvolver um relacionamento próximo 35 com ele e fazer com que se sinta parte do lugar e se sintaseguro no tratamento. Para que o paciente se sinta mais confortável, é importante fazer as perguntas de forma correta e não invasiva. Não há necessidade de intervir pessoalmente e fazer perguntas que resultem em divulgação acidental. Mostrar compreensão e empatia para com o paciente, é necessário segundo ANDRADE, (2018): Utilizar questionamentos abertos para captar as informações; Perguntar apenas o que realmente for necessário para obter essas informações; Realizar perguntas abertas (o paciente pode dar uma resposta detalhada) e fechadas. Exemplos de perguntas abertas e fechadas que podem ser usadas durante o atendimento são: pergunta aberta: “Você pode me contar sobre a sua rotina de cuidados com a saúde diariamente? ”, enquanto que para a pergunta fechada: “Você tem uma rotina de cuidados com a saúde? ”. Outra grande e indispensável tática para uma consulta de qualidade é a linguagem corporal. Como parte da natureza humana, as pessoas acabam ficando com raiva, ambíguas ou inquietas. O importante é saber reconhecer esses sinais e saber conduzir. O paciente criará expectativas e cabe ao profissional torná-las reais e acionáveis. Em alguns casos, pode ocorrer do paciente para esperar por um resultado não realista para esperar, que pode ser alcançado, mas depende dos especialistas na arte que não é para criar algo que não seja aplicado e estimula nenhum entusiasmo. Isso trará uma decepção futura. A obtenção de resultados confiáveis faz parte do trabalho do profissional, seja para melhorar o atendimento ao paciente em casa ou para mudar sua percepção dos benefícios de um bom cuidado cosmético (ANDRADE, 2018). Se as expectativas não forem alcançadas deve-se oferecer alternativas e fornecer o máximo de explicações possíveis. Resultados verdadeiros e realistas são o que importa para manter pacientes leais. E de extrema importância trabalhar em conjunto para que seja modificado hábitos ruins e sempre deixá-lo motivado e informado sobre as melhores alternativas. A avaliação deve incluir um exame visual da condição da área a ser tratada, o que permitirá que você selecione os produtos adequados para o procedimento. Você também precisará palpar a área da pele para 36 determinar o tamanho, forma, firmeza ou localização de uma mancha, "caroço" ou outro problema. A avaliação por toque na área a ser tratada permite confirmar hipóteses e fornece novas informações, como a textura da pele ou sua temperatura. Talvez seja imprescindível apalpar para sentir o tônus muscular ou para avaliar a elasticidade da pele. Sempre esteja com as mãos recém-lavadas. É por isso que o cadastro deve ser preenchido de maneira completa após cada tratamento e armazenado corretamente para consultas futuras (ANDRADE, 2018). Qualquer problema, como reações adversas a algum produto, pode ser registrado, permitindo que se estabeleça um tratamento apropriado de forma rápida e eficaz. Se o paciente recebeu tratamentos em outra estética, será́ mais difícil reunir informações além do que for relatado; por isso, sempre que possível deve-se discutir sobre a recomendação para o tratamento, usando a habilidade profissional e a experiência para garantir que o método esteja de acordo com a necessidade individual de cada paciente (ANDRADE, 2018). 6.1 Anamnese A história clínica facial visa compreender melhor o cotidiano do paciente, questionando-o sobre os produtos que utiliza na pele, história alérgica, uso de medicamentos, história médica, operações, hábitos alimentares, lentes de contato, qualidade do sono, entre outros. Tudo para garantir o melhor tratamento e reduzir maiores danos, o exame físico é realizado pelo profissional, biótipo, produção de sebo, escama, cicatrizes e etc. tudo deve ser analisado e observado de perto para preenchê- lo da maneira que melhor se adapta ao cliente. Posteriormente, a parte final da anamnese é realizada pelo profissional após a finalização do procedimento, onde é fornecida a descrição do procedimento para melhor acompanhamento (ANDRADE, 2018). 6.2 Análise avaliação estética Durante a avaliação estética, o especialista pode contar com alguns parâmetros, como: Wood's Lamp: Também conhecido como DermaView, é um 37 aparelho de análise de pele que identifica possíveis áreas problemáticas em seu rosto. A triagem é um processo simples e conveniente. Ao usar luz ultravioleta inofensiva, o dispositivo detecta áreas oleosas, danificadas pelo sol, secas, desidratadas e outras áreas anormais da pele. Após a triagem, o paciente receberá uma análise escrita dos resultados e um gráfico que ilustrará qualquer área do seu rosto que possa exigir atenção (ANDRADE, 2018). Este teste é importante porque os raios ultravioleta do sol podem danificar sua pele. Embora não queime, os efeitos do sol podem causar rugas, manchas solares, problemas nos olhos e várias formas de câncer de pele. Mais de 1,5 milhão de pessoas são diagnosticadas a cada ano e se tornam o câncer mais comum nos Estados Unidos, a exemplo da lupa: uma ferramenta fundamental para ampliar o que se observa e, no caso do reino estético, é importante no auxílio nos tratamentos faciais. Com ele, você pode ver pequenos cravos e poros, o que torna mais fácil para você trabalhar no escritório e ajuda a obter resultados consistentes. Analisador de oleosidade e hidratação: a hidratação da pele é extremamente importante e um dos pilares do seu manejo. A determinação dos níveis de óleo e água na pele do paciente é necessária para identificar o desequilíbrio que o aparelho está indicando e a necessidade de preparar a pele para técnicas como a esfoliação. Além de verificar se a pele precisa ser preparada, a medição do nível de oleosidade e hidratação pode ser usada para mostrar, com dados reais, qual o estado da pele no momento e no pós-procedimento. Sem dúvidas, este analisador fará diferença no consultório e passará credibilidade ao paciente. Balanças: É um equipamento necessário na prática, muito utilizado em tratamentos corporais e acompanhada de laudos de medição do local do tratamento e também do peso do paciente junto com o registro fotográfico. Registro fotográfico: é fundamental para acompanhar todos os equipamentos utilizados na avaliação. Ele permite que seja feito o registro do paciente para que ao final do tratamento juntamente com todos os outros dados adquiridos possa ser observada a evolução do tratamento (ANDRADE, 2018). 38 6.3 Identificação das técnicas e procedimentos Para realizar uma análise de rosto, cabelo e corpo, são possíveis algumas técnicas e procedimentos que darão o melhor resultado possível. Microdermoabrasão A dermoabrasão é projetada para melhorar cicatrizes de acne, acidentes ou doenças e manchas de varíola. Não é eficaz na terapêutica de deformidades congênitas da pele, marcas de nascença pigmentadas ou cicatrizes causadas por queimaduras. A microdermoabrasão funciona em todos os tipos e cores de pele. Faz mudanças sutis, não causa mudanças na cor da pele ou cicatrizes. Não é eficaz em problemas mais profundos, como cicatrizes, estrias, rugas ou cicatrizes profundas de acne (ANDRADE, 2018). Peeling químico O peeling químico é uma técnica empregada para aprimorar e suavizar a textura da pele. A pele facial é principalmente tratada e as cicatrizes podem ser melhoradas. Os peelings químicos são projetados para remover as camadas mais externas da pele. Para cumprir esta tarefa, a solução esfoliante escolhida induz uma lesão controlada na pele. Os processos de cicatrização de feridas resultantes começam a regenerar novos tecidos. A pele morta é eventualmente removida e dá lugar a uma nova camada. A pele regenerada é geralmente mais lisa e menos enrugada do que a velha (ANDRADE, 2018). O paciente sai com a solução química do peeling no rosto. O processo de descamação ocorre no terceirodia. Microagulhamento Este tratamento estético é indicado para eliminar cicatrizes de acne e outras cicatrizes, para ocultar imperfeições, rugas ou linhas de expressão da pele, por meio de estimulação natural com microagulhas que penetram na derme facial e promovem a formação de fibras de colágeno que tornam essa pele sustentável. Este tratamento 39 pode ser efetivado por meio do popular manual das microagulhas, designado Dermaroller ou com o aparelho automático que é chamado de Dermapen. Esse método apresenta um leve desconforto ao paciente por causa das agulhas, pois quanto maior a agulha, maior a dor; no entanto, dá excelentes resultados para a pele (ANDRADE, 2018). Radiofrequência A radiofrequência é o padrão para tratamentos estéticos em diferentes indicações por sua versatilidade, eficácia e segurança. A técnica funciona gerando calor no tecido sob a pele, o que induz a produção de novas fibras de colágeno e, com isso, melhora a aparência da pele. 30.000 a 40.000 V e com frequência de 1560 a 200 kHz. As indicações mais comuns para radiofrequência incluem melhorar a flacidez da pele, reduzir rugas, tratar a gordura e reduzir a celulite (ANDRADE, 2018). Carboxiterapia A carboxiterapia é uma das melhores terapias no combate à celulite, ao excesso de gordura corporal, à flacidez e ao envelhecimento corporal e facial. É um método não cirúrgico, que consiste no uso terapêutico de dióxido de carbono (CO2) administrado por via subcutânea. A origem dessa terapia é encontrada na estação de águas termais de Royat- -France, especificamente na década de 1950, quando um grupo de cardiologistas usou essa terapia em pacientes com diferentes doenças relacionadas à circulação sanguínea ruim e ao acúmulo de gordura. Esta técnica é realizada com dispositivos especialmente preparados que controlam a taxa de fluxo, o tempo de injeção e a porcentagem da dose administrada. O CO2 funciona na zona afetada e é rapidamente eliminado (ANDRADE, 2018). Criolipólise Criolipólise é a destruição seletiva e não invasiva do tecido adiposo por meio do resfriamento controlado. A metodologia aproveita o fato de que as células ricas em lipídios são mais suscetíveis ao crioinjúria do que as contrapartes ricas em água, tais 40 como a pele subjacente. O dispositivo de tratamento usa um aplicador em forma de copo que desenha um rolo de pele e gordura subcutânea entre duas placas de resfriamento. O tempo de tratamento típico é de uma hora, durante o qual a temperatura do rolo de tecido diminui para cerca de 0°C (ANDRADE, 2018). A cristalização de lipídios citoplasmáticos em adipócitos desencadeia uma série de eventos caracterizados por apoptose de adipócitos, paniculite e eventual perda de adipócitos. Clinicamente, isso leva a uma diminuição efetiva da espessura da camada de gordura. Remoção de cabelo a laser A remoção de cabelo a laser é uma técnica progressiva de remoção de cabelo que é realizada com energia a laser. Os primeiros dispositivos de depilação a laser surgiram na década de 1970, mas essa tecnologia era inicialmente ineficaz, muito dolorosa e limitada. Em 1983, porém, foi lançado no mercado o conceito de fototermólise seletiva (utilizada na depilação a laser), que revolucionou o princípio físico do mecanismo do laser e o tornou mais eficaz. Diferentes tipos de lasers que podem promover a depilação progressiva. Quando o pulso de laser é disparado, os fótons de energia são absorvidos pela melanina. O calor absorvido é liberado do bulbo e da haste do cabelo, o que destrói termicamente as estruturas do cabelo. A calvície de Mesoterapia Capilar é um problema que afeta pessoas de ambos os sexos, homens e mulheres, de todas as idades e raças ao redor do mundo. Este tratamento envolve a aplicação de substâncias logo abaixo da pele para reduzir a queda de cabelo e estimular o crescimento do cabelo. Combinações de enzimas como minoxidil e aplicações de agulhas são usadas em todo o couro cabeludo para estimular o crescimento de novos cabelos. O tratamento é demorado e requer manutenção de rotina para obtenção de resultados satisfatórios (ANDRADE, 2018). 41 7 SEMIOLOGIA CUTÂNEA Fonte: ladermeunivasf. wordpress A semiologia cutânea é a análise da pele do paciente, essa análise é realizada pelo profissional para identificar: O tipo de pele; O fototipo cutâneo; Quais lesões elementares o paciente/cliente apresenta, que identificam diversos quadros inestético. Dessa forma o profissional pode discernir o que ele pode tratar e o que precisa de encaminhamento para o médico especialista. A partir da aplicação da semiologia durante a anamnese, o especialista desenvolve os protocolos de tratamento. 7.1 Anamnese É uma compilação da história médica relatada pelo paciente, essencial antes de determinar o tratamento a ser seguido, pois é uma história médica detalhada devido à influência dos hábitos diários e dos precursores patológicos, psicológicos e hereditários na instalação e desenvolvimento de várias disfunções estéticas. Pode ser dividido em tópicos: 42 Identificação: envolve a coleta de dados pessoais (nome, endereço, telefone), além de idade, sexo, raça e ocupação, possivelmente com indicação do diagnóstico clínico e a principal reclamação do cliente. História clínica: É coleta do histórico geral do cliente. Onde devemos questionar ao paciente/cliente sobre: Presença de patologias endócrino-metabólicas ou cardíacas (diabetes, hipertensão arterial, neoplasias, hipertireoidismo, asma brônquica, alterações renais, hemofilia, marcapasso). Presença de ecmoses ou outras afecções cutâneas Alergia a algum componente de uso sistêmico ou tópico Uso de medicamentos Presença de queloides ou distúrbios de cicatrização. Hábitos de consumo (bebidas, cigarro). Sintomas de stress e ansiedade. Qualidade do sono (ruim, regular ou boa). Prática regular de atividade física. Quantidade de líquidos ingerida diariamente. Realização de dieta alimentar restritiva. Uso de hormônios ou contraceptivos orais. No caso de mulheres, questionar sobre possível gravidez. Outro ponto importante é o histórico de cuidados gerais com a face. Nele questionamos ao paciente/cliente: Hábitos de cuidados gerais com a pele. Tipo de produtos que utiliza para limpeza, higienização, tonificação e hidratação da pele. Número de vezes que higieniza a pele por dia se faz uso de filtro solar, maquiagem. Tratamentos estéticos anteriores (tipo, duração, objetivos, resultados). Tratamentos anteriores com laser, luz intensa pulsada, peelings químicos ou físicos. Tratamentos clareadores anteriores, questionar a respeito: Uso de cosmecêuticos clareadores ou despigmentantes com acompanhamento médico e qual o período de uso. 43 Questionar se o paciente utiliza produtos para manutenção domiciliar do clareamento (vitamina C, clareador de uso diurno ou noturno, entre outros). Na anamnese também é realizado o exame físico da pele, que é dividido em: Inspeção Palpação Classificação da pele (tipologia/fototipo/fotoenvelhecimento). 7.2 Tipos de pele Os tipos de pele têm quatro classificações diferentes com base na espessura, aparência do óstio, tom e quantidade de óleo e água. A avaliação dessas características é feita principalmente pela aparência visual e palpação. Os couros mais leves e grossos são mais oleosos e mais opacos. As peles têm pouca água e uma textura mais áspera, vive o mesmo tipo de pele. Pele oleosa ou lipídica: de aparência brilhante, parece estar sempre úmida. A epiderme tem uma aparência áspera, pois os óstios (poros) se alargaram devido à grande abundância de sebo acumulado em seu interior, especialmente nas regiões de testa, nariz e queixo (conhecida como zona T). Uma das principais características
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