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For: Henrique Cardoso 2019.1 Shigellinha gênero Família: Enterobacteriaceae Espécies: Shigella dysenteria; S. flexneri; S. boydii; S. sonnei ( cães). Causa disenteria bacilar (shigelose) em primatas humanos e não humanos. Sorotipos Sorogrupo caracterizado de acordo com a sequência das unidades do LPS Características Gerais Bacilo gram negativo Sem cápsula Imóvel Não esporula Intracelular facultativo Fermenta glicose e não fermenta lactose Não produz H2S (ácido sulfidico) Epidemiologia A shigelose pode causar dois tipos de desinteira bacilar: a diarreia aquosa associada com vômito e desidratação (Mais grave) e a diarreia com sangue, muco e dor abdominal (Menos grave). A transmissão ocorre por via oro-fecal e os animais que são mais susceptíveis são primatas e cães. Constatasse shigelose quase que exclusivamente em animais criados em cativeiros e parece estar relacionada com condições de estresse (p. ex., transporte, aglomeração) ou com disfunções imunológicas (p. ex., síndrome da imunodeficiência adquirida dos símios). Fatores de virulência Porta de entrada é a cavidade oral Possuem adesinas e possui o Sistema de Secreção Tipo III( T3SS) IpaB, IpaC e IpaD Invadem as células da mucosa do intestino grosso Invasão da Shigella na mucosa intestinal A primeira amostra de Shigella dysenteriae foi descrita por Kiyoshi Shiga (1898), no Japão durante uma epidemia com 25% de mortalidade For: Henrique Cardoso 2019.1 Patogênese celular de Shigella spp. Shigella atravessa a barreira composta de células epiteliais , por meio de transcitose, nas células M e encontra os macrófagos residentes. A bactéria se livra da degradação pelos macrófagos mediante a indução de morte celular semelhante à apoptose, a qual é acompanhada de sinalização próinflamatória. As bactérias livres invadem a CE do lado basolateral, deslocamse no citoplasma por meio da polimerização vetorial da actina e se disseminam às células adjacentes. A sinalização pró- inflamatória por macrófagos e por células epiteliais ativa, adicionalmente, a resposta imune inata que envolve células NK e atraem as células polimorfonucleares (PMN). O influxo de PMN desintegra o revestimento das células epiteliais, o qual, inicialmente, exacerba a infecção e a destruição tecidual, facilitando a invasão de mais bactérias. Por fim, o PMN fagocita e mata For: Henrique Cardoso 2019.1 Shigella, contribuindo para a eliminação da infecção. Pode ser que não mate. Anotações da aula: A bactéria se desloca usando a actina da célula, chamada de cauda de actina e passa a entrar em outras células apartir da vesículada célula infectada. A toxina da Shigella provoca a inibição da síntese proteica. Método que a Shigella utiliza para “escapar” dos fagossomos For: Henrique Cardoso 2019.1 Estruturas do sistema de secreção tipo III (T3SS). T3SS da Shigella é constituído de quatro partes principais. O corpo basal com sete anéis que envolvem a membrana interna da bactéria, o periplasma e a membrana externa. A estrutura tubular em forma de agulha se liga a uma base e se projeta do corpo basal para a superfície bacteriana. O contato com a membrana do hospedeiro desencadeia a inserção do translocon IpaB IpaC por meio da membrana, guiada por IpaD, na extremidade da “agulha” .As proteínas Ipa são secretadas pelo T3SS e atuam como mediadores de invasão das células M e escapam do fagossomo. O T3SS é completado pelo anel C citoplasmático, o qual contém proteínas que energizam o processo de transporte e atuam como mediadoras do reconhecimento de substratos, da liberação de chaperonas e do desdobramento do substrato. Apoptose (IpaB - caspase 1) Inflamação (IL1β e IL18) – migração PMN – diarreia • Invasão Invasinas - VirG Polimerização da cauda de actina Fatores de virulência • S. dysenteriae Toxina shiga provoca disenteria Subunidade A – ativa (mais grave) Subunidade B – ligação (reconhecimento de entrada) • Enterotoxina, citotoxina (endotelial) e neurotoxina Inibição da síntese proteica Provoca destruição celular - altera o transporte de eletrólitos (acúmulo de fluído no lúmen intestinal) Hemorragia Atividade neurotóxica: convulsões e coma. For: Henrique Cardoso 2019.1