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Resumo Princípios de Cirurgia e Reparação Tecidual 
• Os tecidos humanos possuem propriedades geneticamente determinadas 
que tornam suas respostas à lesão geralmente previsíveis. Devido a essa 
previsibilidade os princípios da cirurgia, que ajudam a aperfeiçoar o meio 
de cicatrização do corte, foram desenvolvidos através de pesquisa básica 
e clínica. 
• A maior parte das decisões importantes para realização dos 
procedimentos transoperatórios compete a reflexão das várias etapas do 
diagnóstico; 
• A identificação de vários fatores na história médica do paciente 
levantando os vários sinais e sintomas estabelecem o ponto inicial da 
avaliação pré-cirúrgica. 
• Durante o processo de coleta de informações através de entrevista com 
paciente, exames físicos, de imagem, laboratoriais que somados a ficha 
de anamnese registrados em formulários, permite a formação de 
hipóteses diagnósticas e possíveis doenças assim também como eliminar 
aquelas incompatíveis com os dados apresentados. 
• Existem uma pequena diferença entre necessidades básicas para 
realização da cirurgia e ações necessárias requeridas para a realização da 
mesma; 
• Os dois requerimentos principais são: (1) Visibilidade adequada e (2) 
Assessoramento. (1) depende de três fatores: a) Acesso adequado que 
consiste no afastamento dos tecidos sem lacerá-los evitando maiores 
danos, abertura de boca do paciente, como o acesso criado 
cirurgicamente; b) Luz adequada evitando a obstrução da luz por parte do 
operador, ou a utilização de fotóforos acoplados a cabeça do cirurgião. 
c)campo cirúrgico livre de excesso de sangue, isso implica na utilização 
correta do sugador de alta potência, assim como, o assistente seja capaz 
de antecipar o auxilio dos procedimentos transoperatórios; 
• (2) Assessoramento implica na utilização daquela frase: “Um bom auxiliar 
é um bom cirurgião em potencial”; 
• As técnicas assépticas ou assepsia cirúrgica consiste na tentativa de 
impedir que os micróbios acessem a ferida criada cirurgicamente; 
• Muitos procedimentos cirúrgicos orais e maxilofaciais precisam de 
incisões, o planejamento adequado das mesmas consiste desde da 
seleção adequada da lâmina a empunhadura correta do instrumental 
como também a dificuldade de acesso da região a ser incisada, além de 
2 
na prevenir situações de necrose, deiscência e dilaceração, são baseados 
em cinco princípios; 
• Primeiro princípio: lâmina afiada e de tamanho adequado; O 
embotamento da lâmina depende da resistência dos tecidos excisados 
(osso, ligamentos, gengiva) a proporção na qual a lâmina embota há 
necessidade de substituição mesmo durante o procedimento 
transoperatório; 
• Segundo princípio: golpe firme e contínuo em ângulo de 90 graus com 
movimento apenas do punho sem uso do antebraço proporciona secção 
quadrada do corte facilitando a coaptaçõa das bordas da ferida; 
• Terceiro princípio: evitar o corte de estruturas vitais tais como: vasos de 
maior calibre, nervos, respeitando a microanatomia de cada região 
principalmente na utilização de bisturi e fresas na proximidade de 
estruturas tais como: lábios e mucosas; 
• Quarto princípio: incisões em superfícies epiteliais, onde a reaproximação 
dos tecidos dependem de incisões em superfícies epiteliais com lâmina 
em posição perpendicular a superfície, diminuindo a suscetibilidade de 
necrose das bordas; 
• Quinto princípio as incisões devem ser realizadas em gengivas inseridas e 
osso saudável ou seja distante do osso ou tecido danificado oferencendo 
melhor suporte para cicatrização do corte, incisões aplicadas próxima do 
dente a ser extraído devem ser feitas dentro do sulco gengival; 
• Manipulação dos tecidos são feitos para conseguir acesso cirúrgico ou 
mesmo mover tecidos de um local para o outro, havendo a necessidade 
de um correto desenho do retalho devendo seguir algumas regras; 
• (1) O cume (ponta) do retalho não deve nunca ser maior que a base, a 
não ser que a artéria principal esteja presente na base. 
• (2) Geralmente, o comprimento de um retalho deve ter não mais que duas 
vezes a largura da base. Preferencialmente, a largura da base deve ser 
maior que o comprimento do retalho; 
• (3) Quando possível, um fornecimento de sangue axial deve ser incluído 
na base do retalho; 
• (4) A base dos retalhos não deve ser excessivamente torcida, esticada ou 
apertada com qualquer coisa que possa danificar os vasos; 
• Prevenção de Deiscência do retalho: A deiscência (separação) da margem 
do retalho é prevenida pela aproximação das bordas do retalho sobre o 
osso saudável, ao manusear gentilmente as bordas do retalho, e não 
colocando o retalho sobre pressão; 
• Prevenção da Dilaceração do retalho: é uma complicação comum 
consequente de um retalho que ofereceu acesso insuficiente, devendo 
evitar o rompimento forçado para estender a incisão; 
3 
• Manipulação dos tecidos é a diferença entre um resultado cirúrgico 
excelente consiste em como o CD manuseia os tecidos, uso de incisão 
apropriada e técnicas de confecção de retalho, manuseio de forma 
cuiudadosa, os tecidos não devem serem retraídos agressivamente para 
ganhar maior acesso cirúrgico isso caracterizaria falha no planejamento 
da incisão; 
• Cortes abertos sempre devem ser umedecidos com solução salina ou 
frequentemente cobertos com gaze úmida; 
• A hemostasia do corte pode ser obtido através de quatro meios: 
o O primeiro é auxiliando mecanismos hemostáticos naturais. 
Geralmente realizado utilizando uma esponja de tecido para 
colocar pressão nos vasos que estão sangrando ou colocando um 
hemostático em um vaso; 
o Um segundo meio de obter hemostasia é pelo uso do calor para 
fundir a ponta dos vasos cortados (coagulação térmica). 
§ (1) O paciente deve estar aterrado para permitir que a 
corrente entre em seu corpo; 
§ (2) a ponta do cautério e qualquer instrumento de metal que 
a ponta do cautério tocar não pode tocar o paciente em 
nenhum ponto que não seja o local do sangramento do vaso; 
§ (3) a terceira necessidade para a coagulação térmica é a 
remoção de qualquer sangue ou fluido que tenha acumulado 
em torno do vaso a ser cauterizado. 
o O terceiro meio de ministrar hemostase cirúrgica é através de 
ligadura. Se um vaso de tamanho considerável for cortado, cada 
ponta é segurada com um hemostato. 
o O quarto meio para ministrar hemostase é colocar no corte 
substâncias de vasoconstrição, tais como, epinefrina, ou aplicar 
pró-coagulantes; 
• Manejo do espaço morto - Espaço morto em um corte é qualquer área 
que permanece desprovida de tecido após o fechamento do corte. 
Geralmente. preenche com sangue, o que cria um hematoma com grande 
potencial para infecção. Pode ser eliminado de quatro formas: 
o (1) A primeira é suturar os planos; 
o (2) A segunda forma é colocar um curativo compressivo sobre o 
corte reparado. 
o (3) A terceira forma de eliminar espaço morto é colocar uma 
vedação no vácuo até que o sangramento pare e então remover a 
vedação. 
o (4) A quarta forma de evitar espaço morto é o uso de drenagem, 
por eles mesmos, ou com adição de curativos compressivos. Drenos 
4 
de sucção removem continuamente todo o sangue acumulado em 
um corte até que o sangramento pare e os tecidos se unam, 
eliminando qualquer espaço morto; 
• Para entendermos a descontaminação e o debridamento das feridas 
precisa-se ter em mente que as bactérias invariavelmente contaminam 
todos os cortes abertos em um ambiente externo ou oral. Devido o risco 
de infecção estar relacionado com aumento do tamanho de uma 
inoculação, uma maneira de diminuir é irrigar repetidamente o corte 
durante a cirurgia e o fechamento do corte. 
• A irrigação particularmente feita sob pressão com solução salina desaloja 
inúmeras bactérias e outros materiais externos os enxaguando para fora 
do corte. Não são descartadas para irrigação soluções contendo 
antibióticos, mas a maioria dos cirurgiões utilizam o soro fisiológico 
esterilizado ou água destilada esterilizada. 
• Debridamento docorte é a remoção cuidadosa dos tecidos severamente 
esquemicos e necrosados, pois todo material externo lesado impedirá o 
corte de cicatrizar. Em geral é utilizado durante cortes ocorridos 
traumaticamente ou dano severo por condição patológica. 
• Controle de edema – edema é o acumulo de fluídos no espaço intersticial 
devido a trasudação de vasos danificados e obstrução linfática pela 
fibrina; 
• Duas variáveis ajudam a determinar o edema pós cirúrgico: 
o (1) Quanto maior a quantidade de lesão tecidual maior a 
quantidade de edema; 
o (2) quanto mais solto o tecido conjuntivo contido na região 
lesionada, maior o edema; 
• Para minimizar tais processos o CD pode controlar a quantidade de 
tecidos lesados de modo a não comprometer a visualização adequada; 
• Alguns acreditam que a aplicação de gelo em uma área recém ferida 
diminui a transudação e o edema, no entanto, nenhum estudo controlado 
verificou a eficácia desta prática. 
• A manutenção do paciente com a cabeça mais elevada que os pés 
também é utilizada para controle do edema; 
• A curto prazo altas doses de corticosteroides sistêmicos é extremamente 
efetiva quando administrada inicialmente antes que o tecido seja lesado; 
• Estado geral da saúde cicatrização de feridas do paciente depende da 
capacidade do paciente resistir a infecções, o corpo precisa fornecer 
matéria prima para execução dos processos celulares reparadores; 
• Inúmeras condições médicas prejudicam a capacidade do paciente a 
resistir a infecção e ou cicatrizar cortes entre elas: 
5 
o Condições que estabelecem um estado catabólico de metabolismo 
que impedem a entrega de oxigênio ou nutrientes aos tecidos ou 
que requerem a administração de alguma droga que interferem 
com células imunológicas ou cicatrização de cortes; 
o A diabetes Tipo I mal controlada, doenças hepáticas ou renais em 
estágio final, DPOC ( Doença pulmonar obstrutiva crônica) grave, 
insuficiência cardíaca congestiva (ICC)descompensada e o 
alcoolismo, terapias com corticosteroides por longo prazo podem 
contribuir pra indução de um estado de catabolismo; 
• O CD pode ajudar a aumentar as chances de ter uma cicatrização normal 
observando anteriormente o estado de saúde geral antes do 
procedimento cirúrgico, melhorando o estado nutricional dando a ele um 
equilíbrio positivo de nitrogênio e estado metabólico anabólico. 
• A lesão tecidual pode ser causada por condições patológicas ou eventos 
traumáticos. É Possível controle sobreo dano tecidual patológico tal como 
a possibilidade de infecção da ferida; 
Reparo de Feridas 
 
A lesão tecidual pode ser causada por condições patológicas ou eventos 
traumáticos. O cirurgião-dentista tem certo controle sobre o dano tecidual 
patológico como a possibilidade de uma infecção da ferida. 
O que será discutido será maneiras em que a lesão tecidual perioperatória 
ocorre e os eventos normalmente presentes durante a cicatrização dos 
tecidos moles e duros. 
As lesões traumáticas podem ser a causadas por danos físicos e químicos, 
o quadro abaixo sintetiza as principais causas de danos nos tecidos: 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
Epitelização e o reparo de feridas 
 
O epitélio ferido tem uma capacidade regenerativa geneticamente 
programada, restabelecendo sua integridade através da proliferação, 
migração e de um processo conhecido por INIBIÇÃO POR CONTATO. 
Se o epitélio de ambas as paredes do seio e a mucosa oral ficarem 
lesionados, ele começa a se proliferar em ambas as áreas. 
Neste caso, a primeira margem epitelial livre do seio do epitélio que pode 
entrar em contato é a mucosa oral, criando assim uma fístula oroantral (um 
trajeto entre o epitélio da cavidade oral e do seio maxilar). 
Células malignas perderam seu recurso de inibição por contato o que 
mostra a importância deste processo. 
Etapas da cicatrização de feridas 
 Etapas inflamatória – processo inflamatório dura em torno de 3 a 5 
dias. A fase inflamatória apresenta duas fases: (1) Fase Vascular e (2) 
Celular. 
(1) Vascular – ocorre vasoconstrição inicial ( vasos interrompidos) em 
seguida a coagulação e diminuição do fluxo de sangue no local da 
ferida, a histamina e prostaglandina E1 e E2 considerados 
mediadores químicos produzidas pelos glóbulos brancos promove 
vasodilatação endotelial favorecendo a migração de plasma e 
leucócitos para o interstício, o plasmas transudado rico em fibrina 
provoca obstrução dos vasos linfáticos o aumento do plasma 
transudado dilui os agentes contaminantes, chamamos esta coleção 
de fluídos de EDEMA. Observa-se os principais sinais da inflamação: 
eritema, Inchaço (edema) com dor, calor e perda de função. A dor e 
perda de função tem causas específicas: calor e eritema causados 
pela vasodilatação, o inchaço: transudação do flúido e a dor e perda 
de função: substâncias liberadas pelos leucócitos tais como: 
histaminas, cininas e prostaglandinas aumentam a pressão do 
edema. 
7 
(2) Celular: desencadeia-se pela ativação do complemento sérico por 
trauma dos tecidos. Os resultados da divisão do complemento C3a e 
C5a atuam como fatores quimiotáticos acionando os leucócitos 
polimorfonucleares ( neutrófilos) para ficar ao lado das veias 
sanguíneas (marginação), que após migrarem dos vasos por 
diapdese. Uma vez em contato com materiais estranhos os 
neutrófilos liberam o conteúdo de seu lisossomo as proteinases 
enzimas específicas destruindo bactérias e outros agentes estranhos 
e para digerir tecido necrosado. A remoção de detritos também é 
auxiliada pelos monócitos. 
Na fase inflamatória o principal material que mantem a ferida colabada é 
a fibrina, pela pouca quantidade de colágeno, deste modo, a ferida nesta 
fase apresenta pouca resistência a tração. 
 
Na etapa fibroblástica – os fios de fibrina da coagulação formam uma 
trama de em que os fibroblastos começam a estabelecer as substâncias 
basilares e tropocolágeno. Esta é a fase fibroplástica desta fase. 
- Substância basilares compostas por por vários mucopolissacarídeos, que 
vão atuar para compactar as fibras de colágeno. Os fibroblastos 
transformam células mesenquimais indiferenciadas locais e circulantes 
que começam a produção de colágeno no terceiro e quarto dia após a lesão 
do tecido. Os fibroblastos também secretam fibronectina (apresenta várias 
funções) que ajuda a estabilizar a fibrina, ajuda no reconhecimento do 
material estranho, atua como fator quimiotático para os fibroblastos e 
ajuda a guiar os macrófagos ao longo da cadeia de fibrina para eventual 
fagocitose se fibrina pelos macrófagos. A rede de fibrina também é 
utilizada por novos capilares que brotam de vasos existentes conforme a 
fibroplasia continua, ocorre a fibrinólise, que é causada pela plasmina 
trazida pelos novos capilares removendo as cadeias de fibrina que se 
tornaram inúteis. 
Apesar da má organização do colágeno os fibroblastos depositam 
tropocolágeno de maneira a ocorrer a produção de colágeno em grande 
quantidade e fixado de forma aleatória. Durante a etapa de fibroplasia em 
média de 2 a 3 semanas a ferida aumenta drasticamente sua resistência. 
8 
Clinicamente no fim da etapa de fibroplasia será rígida pela quantidade de 
colágeno, eritematosa pela grande quantidade de novos vasos e capaz de 
suportar de 70 a 80% tanto a tensão quanto o tecido não lesionado. 
 
Etapa de remodelação 
Na fase final do reparo de ferida como é conhecida esta fase para alguns 
são chamadas de maturação da ferida, anteriormente composta por 
muitas fibras colágenas desorganizadas dão espaço a substituição de novas 
fibras para melhor resistir as forças de tensão gradualmente por conta da 
orientação mais eficiente das fibras de colágeno, de maneira que um 
número menor delas é necessário, o que permite que a cicatriz amoleça, a 
vascularização é diminuída por conta da diminuição do metabolismo e 
eritema a perda de flexibilidade no local da cicatriz é resultado da não 
substituição da elastina durante a cicatrização. O último processo, que 
começapróximo ao final da fibroplasia e continua durante a parte inicial 
da remodelação é a contração da ferida. 
 
Significância cirúrgica da cicatrização de feridas 
O objetivo do cirurgião-dentista em relação à cicatriz não é preveni-la, mas, ao 
contrário, produzir uma cicatriz que minimize a perda de função e que tenha 
uma aparência tão discreta quanto possível. 
 
Fatores que prejudicam a cicatrização 
Corpo estranho – causam três problemas básicos: bactérias podem 
proliferar e causar uma infecção por liberar proteínas bacterianas 
destruindo o tecido do hospedeiro. Em segundo lugar objetos estranhos 
atuam como paraiso para bactérias, protegendo-as de defesas do 
hospedeiro, promovendo assim a infecção. Em terceiro o corpo estranho é 
antigênico e pode estimular uma reação inflamatória crônica. 
 
Tecido necrosado - O primeiro é que sua presença serve como uma 
barreira para o crescimento interno de células reparadoras. A fase 
inflamatória é então prolongada, enquanto os glóbulos brancos do sangue 
9 
trabalham para remover os restos necrosados pelos processos de lise 
enzimática e fagocitose. O segundo problema é que, semelhante ao 
material estranho, o tecido necrosado serve como um nicho protegido 
para as bactérias. O tecido necrosado frequentemente inclui sangue 
recolhido na ferida (hematoma), no qual pode servir como uma excelente 
fonte de nutriente para as bactérias. 
 
Isquemia - A isquemia da ferida diminui o fornecimento de oxigênio e de 
nutrientes necessários para uma boa cicatrização. Pode ser causada por vários 
aspectos, incluindo suturas apertadas ou localizadas incorretamente, retalhos 
projetados inadequadamente, excessiva pressão externa na ferida, a pressão 
interna na ferida (vista, p. ex., em hematomas), hipotensão sistêmica, doença 
vascular periférica e anemia. 
 
Tensão - Se as suturas são deixadas por muito tempo na tentativa de 
ultrapassar a tensão da ferida, ela ainda tenderá a abrir totalmente durante a 
etapa de remodelação na cura, e o tratamento dentro do epitélio através do 
funcionamento das suturas irá epitalizar, deixando marcas permanentes e 
desfigurantes. 
 
Cicatrização por Intenções Primárias, Secundárias e Terciárias. 
 
Primária - as margens de uma ferida em que não há perda de tecido são 
colocadas e estabilizadas essencialmente na mesma posição anatômica que 
tinham antes da lesão, permitindo curar-se. 
 
Secundária - implica que seja deixado um intervalo entre as margens de uma 
incisão ou dilaceração, ou entre o osso ou extremidades nervosas após a 
reparação, ou implica que ocorra a perda de tecido numa ferida para prevenir a 
aproximação das extremidades da ferida. Essas situações exigem uma grande 
quantidade de migração epitelial, deposição de colágeno, contração e 
remodelação durante a cicatrização. A cura é lenta e produz mais cicatrizes que 
no caso com a cura por intenção primária. Exemplos de feridas que curaram 
através da intenção secundária incluem cavidades de extração, fraturas mal 
reduzidas, úlceras profundas e grandes lesões por avulsão em qualquer tecido 
mole. 
 
Terciária – termo designado a cura de feridas através da utilização de enxertos 
de tecidos para cobrir grandes feridas e diminuir a distância entre as margens. 
 
10 
Cicatrização alvéolos Pós-extração – após a remoção o alvéolo enche-se de 
sangue, que coagula e veda o ambiente oral. A fase inflamatória ocorre durante 
a primeira semana com crescimento de fibroblastos e vasos, o epitélio migra por 
toda a parede do alvéolo até atingir um nível em que entre em contato com com 
epitélio do outro lado do alvéolo. A segunda semana é marcada pela grande 
quantidade de tecido de granulação que preenche o alvéolo a deposição de 
osteóide começou ao longo do osso alveolar que reveste o alvéolo. 
 
Os processos iniciados durante a terceira e quarta semanas de cicatrização, com 
epitelização na maioria dos alvéolos completa neste momento. O osso cortical 
continua a ser reabsorvido da crista e das paredes do alvéolo, e um novo osso 
trabecular é fixado através do alvéolo. Somente de 4 a 6 meses após a extração 
é que o osso cortical reveste o alvéolo, em geral, totalmente reabsorvido; isto é 
reconhecido radiograficamente por uma perda distinta de lâminas duras. Como 
o osso preenche o alvéolo, o epitélio move-se em direção à crista e, 
eventualmente, encontra-se em nível com a gengiva da crista adjacente. O único 
vestígio visível do alvéolo depois de 1 ano é o aro das fibras (cicatrizes) teciduais 
que permanecem desdentados na crista alveolar. 
 
Cicatrização óssea - Os eventos que ocorrem durante a cicatrização normal de 
feridas em lesões de tecidos moles (p. ex., inflamação, fibroplastia e 
remodelação) também ocorrem durante o reparo de um osso lesionado. No 
entanto, ao contrário dos tecidos moles, osteoblastos e osteoclastos também 
estão envolvidos na reconstrução e remodelação do tecido ósseo danificado. 
Células osteogênicas (osteoblastos) importantes para a cicatrização óssea são 
derivadas das três fontes a seguir: (1) periósteo, (2) endósteo e (3) da circulação 
de células mesenquimais pluripotentes. Os osteoclastos, derivados de células 
monócitas precursoras, têm a função de reabsorver um osso necrosado e um 
osso que precisa ser remodelado. Os osteoblastos, em seguida a osteoide, se 
imobilizados durante a cicatrização, geralmente vão para calcificar. 
 
Os termos intenção primária e secundária são apropriados para descrições de 
reparação óssea. Se um osso é fraturado* e suas extremidades livres são mais 
ou menos 1 milímetro (mm) afastadas, o osso cicatriza por intenção secundária, 
isto é, durante a etapa de cicatrização da fibroplasia, uma grande quantidade de 
colágeno necessariamente se fixará como ponte para a fenda no osso (Fig. 4-6). 
Os fibroblastos e os osteoblastos atualmente produzem tanta matriz fibrosa que 
a cicatrização do tecido estende-se circunferencialmente para além das 
extremidades livres do osso e forma o que é chamado de calo (Fig. 4-7). Sob 
condições normais, o tecido fibroso, incluindo o calo, ossifica. Durante a fase de 
remodelação, o osso que estava casualmente produzido é reabsorvido pelos 
11 
osteoclastos, e os osteoblastos fixam um novo osso direcionado a resistir às 
tensões de baixo grau colocadas no osso (Fig. 4-8). 
 
A cicatrização do osso pela intenção primária ocorre quando o osso é fraturado 
de forma incompleta de modo que as extremidades fraturadas não se separam 
uma das outras fraturas em galho verde ou quando um cirurgião-dentista 
reaproxima cuidadosamente e estabiliza de forma rigorosa as extremidades 
fraturadas de um osso (redução anatômica da fratura). Em ambas as situações, 
há pouca produção de tecido fibroso, e a reossificação do tecido no interior da 
área da fratura ocorre rapidamente, com uma formação mínima de calos. 
 
Dois fatores são importantes para a cicatrização óssea adequada: (1) a 
vascularização e (2) a imobilização. O tecido conjuntivo fibroso que se forma 
numa fratura óssea local requer um elevado grau de vascularização (que 
transporta o sangue com um teor normal de oxigênio) para eventual ossificação. 
Se o fornecimento de vascularização ou oxigênio forem comprometidos, há a 
formação de cartilagem em vez de osso. Além disso, se o fornecimento da 
vascularização ou do oxigênio forem pobres, o tecido fibroso não ossifica. 
 
Ósseointegração do Implante - A descoberta da osseointegração na década de 
1960 forçou uma reavaliação dos conceitos tradicionais de cicatrização de 
feridas. Antes da aceitação dessas descobertas pensava-se que o organismo 
poderia eventualmente expelir qualquer material estranho colocado através de 
uma superfície epitelial. A cicatrização de feridas em torno dos implantes 
dentários envolve os dois fatores 
fundamentais: (1) de cicatrização do osso para o implante e (2) de cicatrização 
do tecido 
mole alveolar para o implante. Os implantes dentários feitos de titânio puro são 
usados nos 
debates de cicatrização em torno dos implantesdentários; uma cicatrização 
semelhante 
ocorre em torno de implantes colocados adequadamente feitos de outros 
materiais inertes. A cicatrização do osso sobre a superfície de um implante tem 
de ocorrer antes que qualquer tecido mole se forme entre as superfícies óssea 
e do implante. Para se maximizar a probabilidade de que o tecido ósseo vença 
essa corrida contra o tecido mole a fim de recobrir o implante, os quatro fatores 
seguintes são requeridos: 
(1) a uma curta distância entre o osso e o implante, 
(2) ossos viáveis na, ou próximo da, superfície do osso ao longo do implante, (3) 
nenhum movimento do implante enquanto o osso é anexado à sua superfície, e 
(4) uma superfície de implante razoavelmente livre de contaminação por 
12 
materiais orgânicos ou inorgânicos. A curta distância entre o osso e o implante 
depende da preparação de um sítio ósseo no qual o implante se encaixa 
precisamente. A minimização do dano do osso durante a preparação do local 
preserva a viabilidade de osso perto da superfície do implante. Grande parte dos 
danos causados pela preparação do local de implante é o resultado do calor de 
atrito durante o processo de corte. 
 
A cicatrização de feridas em torno dos implantes dentários envolve os dois 
fatores fundamentais: (1) de cicatrização do osso para o implante e (2) de 
cicatrização do tecido mole alveolar para o implante. Os implantes dentários 
feitos de titânio puro são usados nos debates de cicatrização em torno dos 
implantes dentários; uma cicatrização semelhante ocorre em torno de 
implantes colocados adequadamente feitos de outros materiais inertes. A 
cicatrização do osso sobre a superfície de um implante tem de ocorrer antes que 
qualquer tecido mole se forme entre as superfícies óssea e do implante. Para se 
maximizar a probabilidade de que o tecido ósseo vença essa corrida contra o 
tecido mole a fim de recobrir o implante, os quatro fatores seguintes são 
requeridos: (1) a uma curta distância entre o osso e o implante, (2) ossos viáveis 
na, ou próximo da, superfície do osso ao longo do implante, (3) nenhum 
movimento do implante enquanto o osso é anexado à sua superfície, e (4) uma 
superfície de implante razoavelmente livre de contaminação por materiais 
orgânicos ou inorgânicos. 
 
A curta distância entre o osso e o implante depende da preparação de um sítio 
ósseo no qual o implante se encaixa precisamente. A minimização do dano do 
osso durante a preparação do local preserva a viabilidade de osso perto da 
superfície do implante. Grande parte dos danos causados pela preparação do 
local de implante é o resultado do calor de atrito durante o processo de corte. 
 
Classificação - Os três tipos de lesões nervosas são (1) neuropraxia, (2) 
axonotmese, e (3) neurotmese. Embora a determinação de qual o tipo de lesão 
ocorrida no nervo normalmente seja feita retrospectivamente, o conhecimento 
da fisiopatologia de cada tipo é importante para ganhar uma valorização da 
cicatrização do nervo.

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