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A Importância do Aconselhamento Pastoral

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2
FAVENI 
Pamella Nayara 
A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL ENTRE METAS E DESAFIOS
RIO CLARO
2022
A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL ENTRE METAS E DESAFIOS
Pamella Nayara 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO 
O presente artigo traz para o leitor a importância do aconselhamento pastoral obtendo o objetivo de apresentar seus desafios e suas metas, portanto justifica-se necessário definir a palavra aconselhamento, tendo como referência a Psicologia, e recuperar o sentido desse termo no contexto eclesiástico. O ministério pastoral é um privilégio único na vida de quem o recebe, pois são chamados povo de Deus para servir na terra como representantes da palavra. Portanto sua missão é guiar os fiéis no caminho da salvação eterna, ensinar-lhes a Palavra de Deus, aconselhar, orientar, aprimorar sermões, visitas, finalmente, dar-lhes apoio físico, emocional e espiritual. Quando é mencionado a palavra o aconselhamento, fazem-se algumas associações com termos, como: conselho, informação, orientação. Portanto um dos principais objetivos, será discutida a necessidade de aprimoramento do processo de aconselhamento, metodologias e técnicas de abordagens, na busca de uma prática organizada e competente, tendo em vista, perder a orientação Bíblica, que afirma ser a assistência ao próximo não uma questão de opção, mas de amor e responsabilidade de todos os indivíduos. O trabalho é de cunho bibliográfico sendo na base qualitativa trazendo ao leitor o melhor entendimento sobre o tema. 
Palavra Chave: Aconselhamento pastoral. Metas Desafios. Conceito. 
1. INTRODUÇÃO 
Para entendemos melhor o Aconselhamento que são encontrados em toda a bíblia, assim sendo conduzida por padres, pastores e outros líderes religiosos, é geralmente considerado representantes da palavra de Deus, onde contribui o alto nível de confiabilidade. Portanto aconselhar de maneira organizada sendo competente não é algo fácil, temos que ter a complexidade de uma sociedade exigente. 
Dizer sobre Aconselhamento Pastoral justifica-se pela relevância do impacto que tem na vida de inúmeras pessoas que se beneficiam deste trabalho. É um processo que contribui diretamente para a redução de problemas para a sociedade pois uma pessoa assistida por um conselheiro eficaz tem grandes possibilidades de adoptar comportamentos positivos e se tornar um cidadão menos agressivo.
O Aconselhamento pastoral pode se desenvolver como formas de cuidado com pessoas em situação de depressão. Para tanto, averigua as principais implicações, influências e características da depressão e dos estados de depressividade na vida humana, e o faz especialmente através de contribuições das áreas da Psiquiatria e da Psicologia, estabelecendo, assim, um diálogo interdisciplinar de ambas com a Teologia, na construção e no aperfeiçoamento daquilo que envolve a tarefa do saber cuidar. A presente dissertação está ligada especialmente à área da Teologia Prática, mais especificamente ao cuidado, à poligênica e ao aconselhamento pastoral com pessoas fragilizadas pelas mais diversas formas de depressões.
O Aconselhamento pastoral deve ter em vista que o estímulo e a orientação advindos desse processo contribuam para o desenvolvimento sadio para o indivíduo, sendo assim proporcionando aos aconselhados melhores condições para enfrentarem os conflitos da vida e trazendo a motivações para um relacionamento com Deus, através do evangelho livrando-se dos efeitos incapacitantes do pecado e da culpa.
 Todavia vale ressaltar que proporciona condições para o alcance da satisfação pessoal, o que na linguagem cristã denomina-se a paz desejada ao próximo, sendo assim o conselheiro conseguir ajudar o aconselhado a aproximar-se mais de Cristo, podendo chamar essa prática de Aconselhamento Cristão. Para ser considerado Aconselhamento cristão o processo precisa atender a pelo menos três objetivos, tais eles como: Abordar o problema atual do indivíduo, mostrar a importância do evangelho e ajudar pessoas a crescerem à semelhança de Cristo.
2. ACONSELHAMENTO PASTORAL E SEU CONCEITO
O Aconselhamento pastoral, é uma das expressões do cuidado pastoral ou poligênica, sendo assim o aconselhamento e o relacionamento entre pessoas durante as crises e os efeitos que podem se proporcionar, sendo assim o aconselhamento pastoral se manifesta em diversos papeis tais como apoiador, orientador e reconciliador, tendo em vista a integralidade, sendo levada a pessoa a descobrir seus potenciais e atentar para os seus aspectos da vida humana. 
Daniel Schipani (2003) restringe os objetivos listados por Clinebell a duas áreas: inteligência espiritual e inteligência moral. Para ele, o aconselhamento deve possibilitar às pessoas fazer escolhas sábias diante dos desafios e dificuldades da vida. Schipani aponta seis características dessa prática de aconselhamento Tal aconselhamento é visto, praticado e ensinado pastoralmente; contextualizado eclesiologicamente; centrado em Jesus Cristo como a sabedoria de Deus; solidamente ancorado nas Escrituras; visto, praticado e ensinado como forma singular do processo recriador guiado pelo Espírito; e orientado para o reino de Deus.
Portanto o a conselheiro pastoral atua como companheiro e guia que se dispõe e, estar com ele, sendo assim essa jornada está presente as seguintes dimensões como testemunho, a proteção, o acompanhamento, a crítica, envolvimento e a presença, além disso nos momentos de análise cuidadosa dos fatos e intervenção. Sendo assim ao contrário de outras abordagens de aconselhamento, por sua vez, não tem exposição do conselheiro, no entanto aconselhamento pastoral, o Aconselheiro e aconselhando caminham juntos na mesma jornada. 
Vale ressaltar que o Aconselhamento pastoral tem o alicerce nas escrituras e tem como elemento base o conselheiro, a Bíblia e a orientação do Espirito Santo, sendo assim o conselheiro é um atendimento mais rápido, onde é relevante ao mesmo tempo profundo, os movimentos de cura interior é como uma possibilidade de exercício da arte da escuta, no entanto, pouco afetiva por desprezarem o cuidado e a palavra ao aconselhamento pastoral. Portanto cabe a igreja manter elementos de tradição em disciplinas espirituais e atender todos os que necessitam de ajuda. 
Para Collins (1984) afirma que para ser eficaz, o conselheiro precisa ter habilidade na aplicação de técnicas, que atinjam alvos específicos: 
Há alguns anos, em estudo realizado, verificou-se que de cada quatro conselheiros, três não trabalham e são prejudiciais, desperdiçando energia, dedicação e cuidado. No entanto, existem conselheiros bem-sucedidos cujo aconselhamento funciona muito bem. Essas pessoas são caracterizadas por uma personalidade que exala compreensão, sinceridade e a capacidade de encarar uns aos outros de forma construtiva. Esses conselheiros também são habilidosos no uso de técnicas que incentivam os conselheiros a avançar em direção a metas de tratamento específicas. Esses objetivos são: auto compreensão, comunicação, aprendizado e mudança de comportamento, auto realização, apoio. (COLLINS 1984 p. 19-20)
Collins (1984) observa que o aconselhamento tem pelo menos quatro elementos importantes: levar a pessoa a acreditar que pode obter ajuda; corrigir equívocos sobre o mundo; desenvolver habilidades de vida social; e levar o mentor a perceber seu valor como indivíduo.Esses processos estão diretamente relacionados às características pessoais que um conselheiro cristão deve cultivar, tendo em vista que fará um trabalho que exige sensibilidade e amor ao próximo. Também é importante observar que um conselheiro eficaz precisa ouvir com atenção e paciência, além de considerar se deve ajudar ou encaminhar o conselheiro para outro profissional.
O objetivo do aconselhamento pastoral é “tratar das tensões interiores e dos diferentes complexos que interferem na qualidade de vida”. Desse modo, o aconselhamento pastoral utiliza os recursos da Palavra de Deus, que devem permanecer “básicos e preponderantes, como diretrizes”, e os recursos das outras ciências, como “complementares e auxílios instrumentais do aconselhamento” (MARQUES, 2018, p. 01).
 O modelo sagrado e terapia destaca-se por ser: “uma abordagem talvez não tão conhecida no Brasil, mas que tem seu valor pela busca de uma relação entre a terapia e o sagrado segundo o autor em sua obra: O Lugar do Sagrado na Terapia ele delineia sua busca por uma síntese entre a psicologia e a religião, ou o sagrado” (LANE, 2007, p. 13). 
Dessa forma o aconselhamento pastoral sagrado e “terapia” entende que o ser humano encerra duas realidades, a do corpo e do espírito, a primeira trata de problema lógico-causal e a segunda o mistério constituído do símbolo e do mito. “De acordo com essa abordagem, há uma realidade material que pode ser quantificada, mas também uma realidade misteriosa, sagrada e espiritual que não se pode quantificar ou tocar” (LANE, 2017, p. 14).
Por fim, um dos principais objetivos do aconselhamento pastoral é amparar pessoas em situação de conflito, crise e sofrimento “para que possam viver a relação com Deus, consigo mesmas e com o próximo de uma maneira consciente e adulta”, bem como, incentivá-las a assumirem sua responsabilidade perante a sociedade, corroborando dessa forma para a “melhora das condições de vida numa sociedade livre, democrática e justa” (MARQUES, 2018, p. 01).
Segundo o autor Fisher (1999), fala que o chamado para o ministério pastoral, para ser ainda mais específico, com sua vocação para o ministério cristão possa levar em um nível maior dentro da igreja, não sustentará o pastor através das ásperas realidades da vida na igreja. Sendo assim o chamado ao ministério precisa ter conteúdo pastoral específico para se levar adiante. Portanto, a vocação é um elemento importante que acompanha o chamado de Deus, sendo especifico no trabalho pastoral e nas demandas que são elevadas e requer que a pessoa seja dotada de habilidades concedidas por Deus, além disso desenvolve a capacitação buscada, que é decidido a obedecer à voz divina.
Para Filho (2001), as definições para o pastor tem por objetivo de conduzir, cuidar, alimentar, sendo assim, a palavra divina se aplica muito bem ao contexto evangélico, sendo assim o pastor está com uma grande responsabilidade de não só de conduzir só para os fiéis, e sim pelo verdadeiro caminho que leva a Cristo, tendo o cuidando para que as inúmeras pessoas sejam como alimentá-lo com as Escrituras Sagradas, ou seja, para que possam permanecer firmes no Senhor.
O aconselhamento pastoral é definido por Clinebell (1987, p.24) como um relacionamento de “indivíduo para indivíduo ou de pequeno grupo para possibilitar a ocorrência de potencialização curativa e crescimento dentro de indivíduos e de seus relacionamentos”. O foco do aconselhamento é patrocinar auxílio através de um relacionamento calcado no cuidado onde se procura exortar, estimular, compreender. É um encontro entre conselheiro e aconselhado com o fim de compartilhar, promover ajuda que venha propiciar a cura, restauração, renovação de esperança daquele que se encontra alquebrado por lutas e crises que não consegue vencer.
Na visão de Clinebell o aconselhamento pastoral é:
 “...uma dimensão da poimênica, onde se utiliza uma variedade de métodos de cura (terapêuticos) para ajudar as pessoas a liarem com problemas e crises de uma forma conducente ao crescimento e, assim, experimentarem a cura de seu quebrantamento”. (CLINEBELL 1987, p.25).
Vale ressaltar que o foco do aconselhamento principal é proporcionar auxílio, renovando a esperança daquele que está sofrendo ou passando por problemas em casa ou como depressão entre outros problemas na vida do indivíduo, as causas não são claras e para isso os conselheiros estão à disposição. Na depressão é a mente que se adoece alterando por completo a vida da pessoa não dando espaço para recuperação em si só do indivíduo e sim precisando de ajuda.
Portanto o aconselhamento pastoral é basicamente é uma conversa que permite àqueles que sofrem aliviar sua alma através de expressões de sua dor aliviando o indivíduo e ajudando a não causar doenças como depressão, ou seja, culpa, desespero, etc., na presença de um conselheiro pastoral. (MALDONADO, 1993, p. 27).
 Sendo assim para entender estas conversas podemos crer que através de um encontro em grupo ou individualmente, ou seja por meio da interação entre conselheiro e aconselhados se busca a orientação o apoio de encorajar o acometido pela depressão a encontrar força para vencer as crises e obter a cura e ótimos resultados satisfatórios.
3. DESAFIOS E METAS NO ACONSELHAMENTO PASTORAL
A função de um ministro religioso vai além de pregar a palavra de Deus nos cultos semanais ou nos estudos bíblicos além de ter metas a serem cumpridas e um grande desafio com jovens e adultos.
Tendo como desafio a atividade na qual, primeiramente, quem abraça tem total vocação, não só para estudar as Escrituras Sagradas, mas também de lidar com o ser humano, complexo em essência e que ao longo da vida vai desenvolvendo desafios nas diversas áreas: familiar, profissional, financeira, relacionamentos e outras.
Diante dessas questões, pode ser formulada a hipótese de que o aconselhamento pastoral, na perspectiva do cuidado, pode contribuir e ser instrumento para intervenções no processo de recomposição pessoal do ser humano, em casos de depressão. Essas são algumas questões que motivam a pesquisa e que perpassam o texto.
Para Lima (1986), afirma que Deus criou a família como algo perfeito para o indivíduo e toda a humanidade, o ser humano em sua origem não seria capaz de criar tal criação, não poderia estabelecer limites e regras de convivência. Portanto, esta obra maravilhosa, criada pela mão do Criador, torna-se berço de amor, compreensão e afeto e, segundo a Bíblia, deve consistir de pai, mãe e filho, e mulher, submissa ao marido, como está certo no Senhor, e os maridos, amem suas esposas e não fiquem bravos com elas e os filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agrada ao Senhor.
No início, o Aconselhamento Cristão foca em Cristo de forma consciente e completa, enfatizando – a maior importância – no que Cristo é; pelo que ele fez por nós em sua vida, sua morte, sua ressurreição e o envio do Espírito Santo; o que ele faz por nós agora em sua súplica à destra do Pai, e o que ele fará por nós no futuro.
Ao formar uma família, Deus a criou para algum propósito. Quando ele terminou de moldar o homem, ele disse que não era bom sozinho. Então ele declarou: Não é bom que um homem esteja só; eu lhe farei um assistente que fique como ele. Aqui vemos o propósito primordial de Deus para criar a família, a necessidade humana de companheirismo, relacionamento e abrigo. O estado de estar só desaparece com a criação de uma mulher porque Deus o visita no final de cada dia, porém, um homem precisa de alguém que esteja sempre ao seu lado sendo assim ser um "ajudante" de um homem é para que sua esposa foi criada. (KÖSTENBERGER, 2015, p. 31).
Kolenda (2011), fala que o ministério bem-sucedido de um pastor é sempre resultado do companheirismo de uma mulher dedicada e temente a Deus. Portanto o pastor e sua esposa estão inteiramente engajados na vontade de Deus e fazendo o seu propósito, tendo em vista o tanto no ministério como na família, com priorizando ambos, serão como uma fortaleza que ajudará a conter e fortalecer cada vez mais, diante isso as preocupaçõese ameaças que virão, trazendo, com isso, proteção à família.
Buhr (2013) comenta que há um problema ainda maior, quando o próprio pastor se sente como um super-herói ou um super pastor. Diante isso o líder esquece da dependência de Deus e, considerando consequentemente, não percebe a situação perigosa gerada por tais atitudes, atitudes essas que, não raras vezes, quem absorve os malefícios delas é a sua família.
Kemp (2006) se expõe que a situação veio à tona da seguinte forma: "Estou preocupado com o que aconteceu com os líderes evangélicos brasileiros e suas famílias. Posso dizer com confiança que 50% dos pastores têm sérios problemas em seus relacionamentos familiares. dificuldade". Essas dificuldades levantadas pelo pastor podem estar relacionadas a diversos fatores, como: viver uma vida de aparência; pressão sobre a família do pastor e sobre ele, falta de tempo com a família, etc. Dentre as possibilidades, optamos por apontar alguns aspectos que requerem consideração e reflexão.
Ministério pastoral é algo que suga todo o tempo daquele que se dedica inteiramente à função, provocando um desconforto naqueles que convivem com o pastor. Estes enxergam uma falta de tempo e de energia para lidar com os problemas e as alegrias do lar. Em muitos casos, familiares começam a desconfiar e a transformar o ministério em um concorrente das suas atividades, colocando pastor em uma situação complicada. Administrar a casa, o tempo e as atividades do ministério pastoral se tornam um fardo ao invés da satisfação de realizar algo a qual fora chamado a realizar. (SÁ, 2006, p.13).
Kemp (2006) fala que o Creio que posso dizer, sem receio de errar, que 50% dos lares de líderes evangélicos estão enfrentando terríveis problemas, e 25% desses 50%, se deparam com dificuldades extremas que muito possivelmente os encaminhará ao divórcio. Portanto essa possibilidade de divórcio é decorrente aos sofrimentos emocionais tão grandes na vida dos filhos, Kolenda apresenta um quadro ainda mais terrível:
Infelizmente, há relatos de que pastores em nome do ativismo ministerial estão finalmente esquecendo suas obrigações como pais. A consequência dessa negligência é que um grande número de crianças foi traumatizado pela igreja devido ao abandono da infância e memórias descuidadas. Muitos filhos de pastor hoje estão no submundo do crime e das drogas que não fazem a coisa certa por causa do mau testemunho de seus pais e acabam expulsando seus filhos da igreja. (KOLENDA, 2011, p.53).
Vale ressaltar que os caminhos que levam à prática pastoral sejam sempre pensados a fim de que a família ou o indivíduo seja concebida como a prioridade na vida pastoral obtendo a ajuda oferecida, ou seja a igreja terá o seu líder, o modelo a ser seguido, sendo assim os ensinamentos de Cristo passados adiante. Portanto a inversão para toda uma vida se não souber administrar a cada passo de sua jornada. Sendo assim as dificuldades apresentadas levam ao questionamento como solução para tamanhas dificuldades, podendo ser levantado o efeito de sempre existe uma saída, sendo assim o reconhecimento com dificuldades e o desejo de mudança, ainda que seja uma situação complexa e que necessite de paciência e comprometimento do indivíduo.
É possível alterar a qualidade da família do pastor. É possível conseguir um relacionamento de qualidade com o seu cônjuge, mesmo que já tinha acontecido um distanciamento emocional. Você ainda pode desenvolver uma amizade verdadeira com seu filho adolescente. No entanto, como tudo há um preço a ser pago. É preciso disposição para modificar o apressado estilo de vida em que vivemos. É necessário haver uma reavaliação de nossas agendas, bem como alguns cortes para encaixar em nossa programação é a própria família. (KEMP, 2006, p. 28).
Lopes (2008), afirma que os pastores precisam resgatar urgentemente a prioridade de cuidar da família dando a prioridade para eles, diante disso o ministério pastoral é um chamado que requer muita dedicação e trabalho e também apoio, ambos devem estar em harmonia e equilíbrio, trazendo o melhor caminho é que toda a família pode ter e o ministério trabalhe muito mais unido e coesa no sentido de apoiar o ministério pastoral sendo significativo em seus objetivos.
É possível desenvolver a técnica, mas o ministro que vai orientar precisa aprimorar algumas habilidades que vão além do que se pode ver e ouvir: acolhimento, empatia, escutar mais do que falar, não censurar e interesse em entender o aconselhado. Ser sempre otimista, positivo e transmitir fé e esperança são atitudes que complementam o perfil.
Ouvir está relacionado aos sentidos da audição, mas, nem sempre quem ouve está escutando e interpretando o que é comunicado. É preciso estar atento ao que o aconselhado diz, entender do que se trata e assim, ajudá-lo a encontrar o caminho para a solução que busca.
O aconselhamento pastoral não tem objetivo de fazer uma sessão de psicoterapia com quem procura ajuda. Cabe ao psicólogo graduado e habilitado descobrir traumas da infância, da família e destrinchar estes acontecimentos do passado para que a médio e longo prazo se encontre uma solução para o que acontece no momento atual. O aconselhamento pastoral busca escutar ativamente e com empatia situações pontuais e oferecer orientações de acordo com a Bíblia.
METEDOLOGIA 
Metodologia do trabalho foi de cunho qualitativo com base na pesquisa bibliográfica, trazendo informações relevantes ao leitor, o presente artigo demonstra à importância do aconselhamento pastoral entre metas e desafios, sendo assim o processo de aprendizagem sobre o assunto, foi alcançado todos os objetivos de um ensino de qualidade com profissionais da área e mostrando os autores significativos para o leitor referente ao tema. 
CONCLUSÃO 
O presente artigo procurou apresentar a importância do Aconselhamento pastoral entre metas e desafios examinar que o aconselhamento pastoral pode constituir um meio eficiente no auxílio e promoção da saúde da pessoa com depressão. Nele foi identificado o papel do/a pastor/a como conselheiro/a e a importância de inter-relacionar o aconselhamento.
O aconselhamento cristão é uma pratica onde requer ainda mais amor e responsabilidade a onde a complexidade da sociedade atual exigente e imediatista, portanto um dos desafios maiores e os conflitos que ha dentro da necessidade de aprimoramento do processo e técnicas de afetividade por meio da igreja a humanidade.
A pratica do aconselhamento cristão é metódico e habilidoso você precisa do treinamento de conselheiros cristãos, usando novas técnicas, para que o processo possa ser eficaz, atender às necessidades da realidade atual. Portanto, é necessário compreender o conceito de aconselhamento cristão, discutir suas abordagens teóricas e métodos de aconselhamento existentes. Tudo sociedade pode se beneficiar do apetrechamento das igrejas, com base nessa a implementação, manutenção ou renovação de modelos de aconselhamento eficazes, sob responsabilidade das instituições dedicadas a esta ideia.
Cabe ainda perguntar como a Igreja faz uso de seus recursos litúrgicos, dos seus ritos, da meditação, dos cultos, da oração, da benção e imposição de mãos, da unção, dos Sacramentos, da Palavra, da absolvição, etc. como espaços terapêuticos de cuidado junto ao ser humano fragilizado. Como a igreja tem trabalhado e conjugado as dimensões da razão e do intelecto com a dos sentidos, das emoções, do toque e dos afetos em âmbito eclesial? A pergunta é válida, pois momentos assim ajudam o ser humano a se reaproximar e a sentir a sua humanidade, a sua temporalidade natural, a sua corporeidade através do afeto, da razão, do toque e do cuidado de Deus que insiste em fluir terapeuticamente em sua direção, ajudando-o a organizar o caos de uma vida sem forma e vazia.
 Concluímos, assim, que o cuidado integral do ser humano fragilizado não pode seguir por via unilateral. Precisa estar atento a questões sociais, estruturais, existenciais, psíquicas, físicas, políticas, ecológicas, espirituais que afetam o ser humano. Paradesenvolver tamanha tarefa, a Teologia não pode se isolar como um saber e uma ciência a parte do mundo. Precisa dialogar e interagir com outros saberes e dar a sua contribuição no processo de enfrentamento, prevenção e recomposição do ser humano em estado de profundo sofrimento e angústias, como ocorre em casos de depressão.
O Conselheiro deve manter o foco, assumir a responsabilidade pelo caminho que não busca apenas a mediação, mas a reconciliação como um todo, não basta fixar ou mediar, é preciso restaurar e restaurar a vida do Conselheiro no caminho e, a partir daí , para poder caminhar por conta própria e saber o caminho a seguir diante de novos desafios ou encruzilhadas de caminhos que possam confundir seus sentimentos e interferir em seus objetivos em um futuro próximo.
Diante desta situação, este artigo observou que o líder da igreja deve tomar cuidado a família, antes de cuidar da igreja, ou seja, colocar limites nas relações e agir, de forma harmoniosa, para alcançar o sucesso em todas as áreas de sua vida, sem sacrificar a família por outros motivos, mesmo os da igreja. Além disso, é importante que as igrejas desenvolvam treinamento pastoral para ajudar os pastores na execução de seus serviços. 
Os cristãos, embora tímidos, já cultivaram esse tipo de apoio, porém, a maioria deles, não tem esse trabalho e apoio. Conferências, palestras e eventos relacionados com as práticas pastorais podem ser de grande ajuda para os escolhidos de Deus.
REFERÊNCIA 
ADAMS, J. E. O Manual do Conselheiro Cristão. Editora Fiel, São Paulo, SP: 1982.
BUHR, João Rainer. Pastores Também Sofrem. Via Teológica, v. 14, n. 27 p. 105- 130, jun. 2013.
COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão. 1ª edição. São Paulo.1984. 
COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão: edição século 21. São Paulo, SP; Vida Nova, 2004.
FISHER, David. O Pastor do Século 21. Tradução de Yolanda Mostra Kríevin. São Paulo: Vida, 1999. 
GONÇALVES, Josué. Família Indestrutível. 1. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2017. 
KEMP, Jaime. Pastores em Perigo. São Paulo: Hagnos, 2006.
KESSLER, Nemuel. Ética Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. 
KOLENDA, João. Ética Pastoral: conselhos de uma jornada ministerial. Pindamonhangaba: IBAD, 2011.
 KÖSTENBERGER, Andreas J.. Deus, Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. Tradução de Susana Klassen. 2. ed. São Paulo: Vida, 2015.
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 LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã nos Dias Atuais. Rio de Janeiro: CPAD, 1986.
 LIMA, Quemuel. Teologia Pastoral. Pindamonhangaba: IBAD, 2008.
 LOPES, Hernandes Dias, De Pastor a Pastor: princípios para ser um pastor segundo o coração de Deus. São Paulo: Hagnos, 2008.
MALDONADO, Jorge E. Crises e perdas na família; consolando os que sofrem. Viçosa, MG, Ultimato, 2005. 
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SÁ, Elthom Wagner Leão de. Os Limites do Ministério Pastoral: entre o ritual religioso e a devoção espiritual, entre o amor institucional e o familiar. Monografia. Rio de Janeiro, 2006. 51 f. Tese (Bacharelado em Teologia) – Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, 2006.
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