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Conteúdos Para a Prova Final de Forragicultura e Pastagens Nativas Manejo e Melhoramento de Pastagens Nativas Pastagens nativas: são áreas impróprias para a agricultura intensiva, mas que são utilizadas para apascentamento de rebanhos, produção de madeira, de água, de recreação, preservação ambiental e de outros bens e serviços demandados pela sociedade humana (Araújo Filho, 2013). As pastagens nativas são ecossistemas marginais e frágeis, em que um ou mais fatores ambientais são limitados, o que impõe a necessidade de um manejo calçado nos princípios de conservação dos recursos naturais renováveis. Manejo de Pastagem Nativa É a ciência e arte de se planejar e dirigir o uso da vegetação nativa para a obtenção e manutenção do benefício ótimo a longo prazo, consoante com a conservação dos recursos naturais (Stoddart, Smith & Box (1975). - Fisiologia vegetal; - Ecologia das pastagens nativas; - Avaliação de pastagens nativas; Objetivos do Manejo de Pastagens Nativas 1. Manutenção das espécies forrageiras mais importantes; 2. Conservação da biodiversidade da pastagem; 3. Uso eficiente da forragem produzida; 4. Produção ótima sustentada dos rebanhos domésticos; 5. Conservação da fauna nativa; 6. Controle do fluxo das correntes d’água, evitando-se as enxurradas; 7. Controle da erosão; Princípios Básicos do Manejo de Pastagem Nativa 1. Tipo de animal: animal ou combinação animal que melhor utilize a vegetação da pastagem nativa e apresente as maiores produções. Considerar: - composição florística da área; - hábitos de pastejo dos animais; - composição da dieta dos animais 2. Número adequado de animais na pastagem: visa regular a intensidade de pastejo 3. Distribuição adequada do rebanho na pastagem: tem o objetivo de uniformizar a utilização da pastagem e a pressão de pastejo 4. Época adequada de pastejo: Considerar a sobrevivência e perpetuação das espécies perenes (repouso e produção de sementes) e anuais (produção de sementes) Melhoramento de Pastagens Nativas Conjunto de técnicas, práticas e estruturas destinadas: - recuperação de pastagens degradadas; - aumentar sua produtividade; - melhorar sua utilização; Objetivos do Melhoramento - aumentar a produção de forragem; - melhorar a qualidade da forragem; - aumentar a produtividade do rebanho; - facilitar o manejo do rebanho; - diminuir as perdas do rebanho; - conservar os recursos naturais; Qual método usar no melhoramento de pastagens nativas? A escolha do método deve observar: - eficiência técnica comprovada; - viabilidade econômica; - disponibilidade de mão-de-obra; - disponibilidade de insumos e equipamentos; - disponibilidade de linha de crédito; - potencial do ecossistema; Tecnologias de manipulação da vegetação da caatinga A manipulação da vegetação consiste em toda e qualquer modificação induzida pelo homem na cobertura florística de uma área, visando adequá-la aos objetivos da exploração desejada, seja ela agrícola, pastoril ou madeireira. Categorias das Técnicas e Métodos de Melhoramento das Pastagens Nativas 1.Práticas destinadas a recuperar pastagens degradadas (aumento de espécies indesejáveis e o desaparecimento de espécies desejáveis, pelo super pastejo): Através de métodos físicos, químicos, biológicos e combinados ( controle de espécies lenhosas) 2. Práticas destinadas ao aumento da produtividade: fertilização; irrigação 3- Práticas destinadas a melhorar a utilização das pastagens: cercas, aguadas, saleiros e abrigos ou sombras; Métodos de Controle de Espécies Lenhosas 1. Métodos Físicos Manuais: - Broca (tem baixa eficiência e corte no período seco) - Destocamento: a eficiência depende das características anatômicas da planta, época (corte no período chuvoso) e solo; Mecânicos: máquinas agrícolas (tratores) - Destocamento Pírico: uso do fogo (controle e remoção da macega) 2. Método Químico: uso de arbusticida - Aplicação foliar: rebrota e planta adulta /1ª metade do período chuvoso) - Aplicação no caule: injeção no caule (base da planta ou toco) - Aplicação no solo: qualquer época do ano, melhor é o verão 3.Métodos Biológicos: uso de caprinos (pastejo combinado de bovinos e caprino ou ovinos e caprinos), promove estabilização da vegetação pelo ramoneio dos caprinos) 4. Métodos Combinados Benefícios da Manipulação da Vegetação Lenhosa Para Fins Pastoris 1. Aumento da produção e melhoria da qualidade da forragem; 2. Incremento da produção animal; 3. Facilidade de manejo do rebanho; 4. Prevenção de perdas pelo consumo de plantas tóxicas; Critérios Para Obtenção dos Benefícios 1. Utilização de métodos adequados em função dos objetivos da exploração; 2. Potencial do sítio ecológico; 3. Respostas da cobertura florística; 4. Confiabilidade técnica dos métodos; 5. Disponibilidade de mão-de-obra especializada; 6. Insumos e equipamentos adequados; 7. Respostas econômicas; 8. Linhas de crédito ajustadas às reais condições da atividade pastoril; Conceitos básicos utilizados na identificação da intensidade de combate à invasão da pastagem por plantas indesejáveis Prevenção: consiste na adoção de práticas que visem evitar a infestação do pasto pelas plantas invasoras. Isto inclui o ajuste da carga animal em função da produção de forragem das espécies chaves, adoção de sistema de pastorieio que permita a produção abundante de semente pelas espécies forrageiras mais importantes e manutenção de uma cobertura florística adequada. Controle: consta da utilização de técnicas e métodos destinados a manter as espécies indesejáveis em densidade e cobertura que não interfiram na produção de forragem das espécies forrageiras. O controle é, pois, o objetivo do melhoramento da pastagem nativa. Erradicação: envolve a remoção total de todas as espécies prejudiciais, incluindo propágulos de multiplicação vegetativa ou sexuada. Esta prática só se justifica se a espécie vegetal for realmente probIemática, ou quando a invasão não for generalizada, mas localizada. Fisiologia de Plantas Forrageiras A fisiologia vegetal estuda os fenômenos vitais que acontecem nas plantas. Estes fenômenos podem referir-se ao metabolismo vegetal; ao desenvolvimento vegetal; ao movimento vegetal ou a reprodução vegetal. Práticas de manejo e as respostas fisiológicas das plantas Efeitos do Pastejo - Remoção da parte aérea (folhas, ramos herbáceos, flores e frutos); - Compactação do solo pelo pisoteio (efeitos): distribuição de água; desenvolvimento do sistema radicular; germinação; emergência das plântulas; - Interfere diretamente na produção e reprodução das plantas forrageiras, com efeitos sobre a morfologia; A morfologia e fisiologia das plantas forrageiras sofrem alterações devido ao corte ou pastejo, sendo como principais: - Diminuição na taxa de absorção de água e nutrientes; - Paralisação temporária no crescimento das raízes; - Diminuição da taxa fotossintética; Sobrevivência das plantas depende: 1. Síntese e armazenamento de alimentos (Fotossíntese) 2. Estruturas das formas vegetativas; 3. Manutenção da saúde do sistema radicular; 4. Produção de órgãos vegetativos; Efeito da Utilização sobre a Fisiologia de Plantas Forrageiras 1. Intensidade de uso: representa o percentual de fitomassa que foi removido pela ação do pastejo ou corte da parte aérea. 2. Frequência de uso: diz respeito ao número de vezes que a planta é utilizada em um determinado período. 3. Época de uso: relaciona-se com o aprestamento fisiológico da forrageira para a utilização - nível máximo de reposição das reservas (antes da floração) - Forrageiras Perenes: a persistência da forrageira na pastagem esta relacionada com a sobrevivência de plantas adultas; - Forrageiras Anuais: a persistência da planta depende da produçãode sementes viáveis (estádio fenológico de produção de sementes) 4. Seletividade: resulta da preferência do animal por determinadas partes da planta e relaciona-se com a intensidade de pastejo. Aspectos da Seletividade : - Espécie de planta: características organolépticas e dieta do animal; - Parte da planta: folhas novas, inflorescência e frutos; - Local de ocorrência da planta: os bovinos são mais seletivos (locais próximos aos pontos de água, saleiros; Caprinos e ovinos apresentam melhor cobertura da pastagem; Caprinos são mais dispersos e os ovinos pastejam em grupos mais compactos. - Época do ano: diz respeito às características organolépticas que certas plantas apresentam ao longo do ano. (ex.: sabiá e catingueira) Intensidade de uso e Frequência de uso são auto- influenciáveis 1. Alta Intensidade e Alta Frequência: Superpastejo - Exaustão das reservas; - Morte da planta 2. Baixa Intensidade e Baixa Frequência: Subpastejo - Perda de forragem; - Acúmulo de macega; - Máxima seletividade; - Pressão de pastejo desuniforme; 3. Alta Frequência e Baixa Intensidade - Curto período de repouso da pastagem; - Alta seletividade por parte dos animais; - Indicado para animais de alta produção; - Repasse da vegetação com animais de mantença; 4. Baixa Frequência e Alta Intensidade -Longo período de repouso da pastagem; - Reduz a seletividade; - Uniformiza a pressão de pastejo; - Adotado para pastagem nativa com elevado número de espécies forrageiras;
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