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i PLANO DE MANEJO DE FAUNA SILVESTRE – LEVANTAMENTO, AFUGENTAMENTO E RESGATE ATHOS CONSTRUÇÕES LTDA CNPJ: 08.237.585/0001-70 Abril de 2020 ii Sumário 01. DADOS GERAIS ....................................................................................... 3 02. ÁREA DE ESTUDO ................................................................................... 4 03. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 6 04. OBJETIVO ............................................................................................... 7 05. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO .................................................................... 7 06. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ................................................................... 13 07. ESPÉCIES OCORRENTES NO TRECHO 02, 03 E 05 .................................... 19 08. MEDIDAS MITIGADORAS ......................................................................... 29 09. AFUGENTAMENTO ................................................................................. 31 10. CONCLUSÃO .......................................................................................... 31 11. DOCUMENTOS A SEREM ANEXADOS ....................................................... 31 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 31 13. EQUIPE TÉCNICA................................................................................... 37 14. REGISTRO FOTOGRÁFICO ...................................................................... 38 15. ANEXOS ................................................................................................. 42 3 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 01. DADOS GERAIS 1.1 DADOS DO EMPREENDEDOR Razão Social ATHOS CONSTRUÇÕES LTDA Nome Fantasia ATHOS CONSTRUÇÕES CNPJ 08.237.585/0001-70 Telefone (85) 3289-3612 Endereço RUA FRANCISCO NOGUEIRA DA SILVA Bairro BOA VISTA CEP 60.867-670 Município FORTALEZA Estado CEARÁ Atividade CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 1.2 LOCALIZAÇÃO DA OBRA Endereço PARQUE RAQUEL DE QUEIROZ Município FORTALEZA Estado CEARÁ Bairro MONTE CASTELO Telefone (85) 3424-2627 1.3 RESPONSÁVEL TÉCNICO Nome MARCELO SANTOS OLIVEIRA CRBIO 93.929/05-D E-mail tecnico@gurgelchem.com.br CPF 082.278.216-26 1.4 EMPRESA RESPONSÁVEL Razão Social GURGEL CHEM SOLUÕES AMBIENTAIS CNPJ 08.996.339/0001-00 Endereço AV. 13 DE MAIO 1116, SALA 907 – FÁTIMA – FORTALEZA CE 4 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 02. ÁREA DE ESTUDO A área de estudo localiza-se no Parque Raquel de Queiroz e compreende o trecho 01, 02, 05 das obras de construção e requalificação de espaços públicos do município de Fortaleza. Trecho 01: conhecido como Praça do Açude João Lopes, fica localizado no bairro Monte Castelo, entre as ruas Gonçalo de Lagos e Rua Pedro Kubi. Trecho 02: compreende a Rua Catarina Laboure. Trecho 05: do Riacho Alagadiço, é composto por três trechos distintos: o primeiro, associado ao Motel Chalex, entre as ruas Olavo Bilac e Margarida Maria; o segundo, incorporado e coberto pelo North Shopping, entre as ruas Margarida Maria e Braz de Francesco; e o terceiro, aberto, ao lado da Praça Jonas Gomes de Freitas. Neste trecho encontra-se a Praça Jonas Gomes de Freitas. FIGURA 01: Localização da obra trecho 01. Fonte: Google maps./Autor da imagem. 5 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 02: Localização da obra trecho 02. Fonte: Google maps./Autor da imagem. FIGURA 03: Localização da obra trecho 05. Fonte: Google maps./Autor da imagem. 6 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 ACESSO Por tratar de três trechos de obra iremos usar o endereço de forma geral. Para ter acesso ao local, para quem parte de Fortaleza, pega-se a Av. Jovita Feitosa ate atingir, à direita, a Av. Humberto Monte por onde percorre-se até ter acesso a Av. Governador. Parsifal Barroso CE, conforme imagem abaixo: FIGURA 04: Mapa de acesso à obra. Fonte: Google maps./Autor da imagem. 03. INTRODUÇÃO Os espécimes foram descritos de forma regional e local, pois se sabe que o fluxo de espécies da fauna avaliada dá-se de forma contínua. As características locais do município de Fortaleza permitem uma impressionante ocorrência de espécies nativas, assim como algumas aves migratórias. 7 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 Dessa forma esse estudo abordará três grupos faunísticos, mastofauna, avifauna e herpetofauna. Os levantamentos feitos in loco abordaram dados primários, que foram obtidos através da busca ativa por espécies em transectos pré-definidos. Já os dados secundários foram obtidos através de consultas a estudos desenvolvidos no município e região. 04. OBJETIVO O objetivo deste estudo é o levantamento da fauna residente na área de interesse da obra, indicar a metodologia a ser utilizada no levantamento e no afugentamento a fim de diminuir o impacto causado pela requalificação de um trecho do Parque Rachel de Queiroz, tendo como princípio a conservação do meio ambiente e a preservação da qualidade de vida da comunidade faunística local. 05. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO RECURSOS HÍDRICOS - Água Subterrânea No município de Fortaleza apresenta três domínios hidrogeológicos distintos: Cristalino, Barreiras e Aluvionar. Domínio Cristalino, também denominado comumente de “aquífero fissural”, basicamente não possue uma porosidade primária nesse tipo de rocha, a ocorrência da água subterrânea é condicionada por uma porosidade secundária representada por fraturas e fendas, o que se traduz por reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão; Domínio Barreiras são representados pelos sedimentos da Formação Barreiras que caracteriza-se por uma expressiva variação faciológica, com níveis permeáveis e impermeáveis, o que lhe confere parâmetros hidrogeológico invariáveis de acordo com o contexto local. Sua porosidade é do tipo primária; 8 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 Domínio Aluvionar são representado por sedimentos areno-argilosos recentes, que ocorrem margeando as calhas dos principais rios que drenam a região, e apresentam, em geral, uma boa alternativa como manancial, tendo uma importância relativa alta do ponto de vista hidrogeológico. Sua porosidade é do tipo primária. FIGURA 05: Mapa de locação de poços cadastrados no sistema SIAGAS (Fonte: CPRM). 9 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 06: Mapa de domínios hidrogeológicos de Fortaleza e locação de poços cadastrados no sistema SIAGAS (Fonte: CPRM). - Águas Superficiais O município de Fortaleza está inserido na bacia hidrográfica Metropolitana e apresenta como principais drenagens o Rio Ceará, Cocó, Pacoti e Precabura. O empreendimento encontra-se entre as drenagens do Rio Maranguapinho e Rio Cocó. Dentro dos domínios do trecho podemos observar dois cursos hídricos não canalizados. O primeiro, em sentido latitudinal, com menor vazão, encontra-se a oeste do terreno. O segundo, em sentido longitudinal, com maior vazão, encontra-se na porção sul do mesmo. Nestes recursos é visível a existência de lançamento direto de esgoto, dada a coloração e odores característicos observados na visita in loco. 10 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 07: Localização do município de Fortalezaem relação às bacias hidrográficas. (Fonte: COGERH/IPECE). FLORA De acordo com o IPECE o município de Fortaleza esta inserido dentro dos limites geoambientais do Complexo Vegetacional da Zona Litorânea, que por sua vez, apresenta basicamente três tipos de vegetação, são elas: 11 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 08: Unidades fitoecologicas do estado do Ceará. Fonte: Ipece). Vegetação Pioneira Psamófila Vegetação encontrada por todo litoral do Ceará, característica de áreas pós- praia incluindo algumas dunas fixas e móveis. Apresenta plantas herbáceas e gramíneas altamente adaptadas aos solos arenosos e hipersalinos. Esse tipo 12 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 de vegetação é de suma importância, pois além favorecer a formação de solos, através da deposição de matéria orgânica, ainda favorece o repovoamento de espécies secundárias. Vegetação Subperenifólia de Dunas Vegetação encontrada, particularmente, em dunas fixas antigas e estabilizadas, que anteriormente vinham sendo habitadas pela vegetação pioneira. Apresenta espécies caracteristicamente arbustivas de caráter subperenifólio. A fixação desse tipo de vegetação favorece o solo com a deposição de matéria orgânica e a estabilização do relevo. Permite ainda, uma maior absorção de água pelo lençol freático. Vegetação Subcaducifólia de Tabuleiro Vegetação encontrada ao longo de todo tabuleiro pré-litorâneo. Apresenta espécies predominantemente arbóreas, podendo apresentar estratos arbustivos e herbáceos. Mostram algumas espécies em comum ao Cerrado e a Caatinga. Por se apresentar em terrenos planos e solos propícios a agricultura, teve grande parte de sua vegetação dizimada pela ocupação humana. Percebe-se na área de influência direta do empreendimento forte pressão antrópica. Por tratar-se de áreas e praças urbanas muito próximas a comunidade de forma geral, foi constatado o lançamento de lixos residenciais e alguns trechos até moveis e materiais de construção. A vegetação local também fora alvo de análises criteriosas, onde observa-se que a flora recorrente desta área apresenta-se totalmente descaracterizada da unidade fitoecológica apresentada anteriormente. Observaram-se, ainda, indivíduos florestais isolados de forma geral, onde os mesmos não apresentam ligação contínua entre as copas, dificultando o fluxo da fauna e limitando a diversidade dos grupos estudados. 13 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 06. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO RECURSOS HÍDRICOS - Água Subterrânea No município de Fortaleza apresenta três domínios hidrogeológicos distintos: Cristalino, Barreiras e Aluvionar. Domínio Cristalino, também denominado comumente de “aquífero fissural”, basicamente não possue uma porosidade primária nesse tipo de rocha, a ocorrência da água subterrânea é condicionada por uma porosidade secundária representada por fraturas e fendas, o que se traduz por reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão; Domínio Barreiras é representados pelos sedimentos da Formação Barreiras que caracteriza-se por uma expressiva variação faciológica, com níveis permeáveis e impermeáveis, o que lhe confere parâmetros hidrogeológico invariáveis de acordo com o contexto local. Sua porosidade é do tipo primária; Domínio Aluvionar é representados por sedimentos areno-argilosos recentes, que ocorrem margeando as calhas dos principais rios que drenam a região, e apresentam, em geral, uma boa alternativa como manancial, tendo uma importância relativa alta do ponto de vista hidrogeológico. Sua porosidade é do tipo primária. 14 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 09: Mapa de locação de poços cadastrados no sistema SIAGAS (Fonte: CPRM). 15 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 10: Mapa de domínios hidrogeológicos de Fortaleza e locação de poços cadastrados no sistema SIAGAS (Fonte: CPRM). - Águas Superficiais O município de Fortaleza está inserido na bacia hidrográfica Metropolitana e apresenta como principais drenagens o Rio Ceará, Cocó, Pacoti e Precabura. O empreendimento encontra-se entre as drenagens do Rio Maranguapinho e Rio Cocó. Dentro dos domínios do trecho podemos observar, ao lado do Motel Chalex, um curso hídrico não canalizado e outro reservatório d’água conhecido como Açude João Lopes. Nestes recursos é visível a existência de lançamento direto de esgoto, dada a coloração e odores característicos observados na visita in loco. 16 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 11: Localização do município de Fortaleza em relação às bacias hidrográficas. (Fonte: COGERH/IPECE). FLORA De acordo com o IPECE o município de Fortaleza esta inserido dentro dos limites geoambientais do Complexo Vegetacional da Zona Litorânea, que por sua vez, apresenta basicamente três tipos de vegetação, são elas: 17 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 FIGURA 12: Unidades fitoecologicas do estado do Ceará. Vegetação Pioneira Psamófila Vegetação encontrada por todo litoral do Ceará, característica de áreas pós- praia incluindo algumas dunas fixas e móveis. Apresenta plantas herbáceas e gramíneas altamente adaptadas aos solos arenosos e hipersalinos. Esse tipo 18 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 de vegetação é de suma importância, pois além favorecer a formação de solos, através da deposição de matéria orgânica, ainda favorece o repovoamento de espécies secundárias. Vegetação Subperenifólia de Dunas Vegetação encontrada, particularmente, em dunas fixas antigas e estabilizadas, que anteriormente vinham sendo habitadas pela vegetação pioneira. Apresenta espécies caracteristicamente arbustivas de caráter subperenifólio. A fixação desse tipo de vegetação favorece o solo com a deposição de matéria orgânica e a estabilização do relevo. Permite ainda, uma maior absorção de água pelo lençol freático. Vegetação Subcaducifólia de Tabuleiro Vegetação encontrada ao longo de todo tabuleiro pré-litorâneo. Apresenta espécies predominantemente arbóreas, podendo apresentar estratos arbustivos e herbáceos. Mostram algumas espécies em comum ao Cerrado e a Caatinga. Por se apresentar em terrenos planos e solos propícios a agricultura, teve grande parte de sua vegetação dizimada pela ocupação humana. Percebe-se na área de influência direta do empreendimento forte pressão antrópica. Por tratar-se de uma área urbana muito próxima a comunidades carentes, foi constatado o lançamento de lixos residenciais diversos, assim como parte da área vem, ou vinha, sendo utilizada como bota fora irregular de resíduos da construção civil. A vegetação local também fora alvo de análises criteriosas, onde observa-se que a flora recorrente desta área apresenta-se totalmente descaracterizada da unidade fitoecológica apresentada anteriormente. Observaram-se, ainda, indivíduos florestais utilizados em arborização urbana isolados de forma geral, onde os mesmos não apresentam ligação contínua entre as copas, dificultando o fluxo da fauna e limitando a diversidade dos grupos estudados. Diante disso, observa-se que para os trechos em destaque que não haverá 19 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 necessidade de resgate, coleta nem tão pouco transporte de fauna, visto que a área não apresenta características florestais mínimas para a necessidade da aplicaçãode tais técnicas. ANIMAIS ERRANTES Foi observado, em um dos trechos, a ocorrência significativa de animais errantes como gatos abandonados, foi observado ainda, uma construção em alvenaria sob as coordenadas 9587230/547995, próxima a Avenida Governador Parsifal Barroso a qual vem abrigado diversos animais jovens e adultos confinados de forma aglomerada. Dessa forma buscou-se contato para uma articulação conjunta entre CPA e a COEPA – Coordenadoria especial de Proteção e Bem Estar animal para resolução definitiva do problema. Até o momento dessa, ainda não havia respostas para tais questionamentos. 07. ESPÉCIES OCORRENTES NO TRECHO 02, 03 E 05 O levantamento para reconhecimento de campo e possível confecção desse Plano de Fauna foi realizado no dia 11 de março de 2020 na área destinada à obra em questão e contou com dois caminhamentos em horários diversos com utilização dos seguintes equipamentos: GPS GARMIN ETREX 10; CÂMERA SAMSUNG SEMIPROFISSIONAL WB150F; EPI’s DIVERSOS. RECONHECIMENTO DE CAMPO E LEVANTAMENTO DE POSSÍVEIS ESPÉCIES OCORRENTES NO TERRENO 20 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 MÉTODO DE AMOSTRAGEM LEVANTAMENTO DE DADOS PRIMÁRIOS O método de amostragem e levantamento de dados primários para todos os grupos se deu através do caminhamento em transectos pré-definidos por percurso. Essa metodologia parte do princípio em que um observador guia o censo durante um percurso pré-estabelecido, procurando e registrando todos os animais de interesse, tanto visualmente quanto auditivamente (Ralph, 1981; Bibby et al., 1998). O processo de coleta de dados nos transectos foi realizado por profissional experiente nos grupos estudados e em dois horários, pela manhã, das 06:00 as 11:00 horas e pela tarde, das 15:00 as 18:00 horas, copreendendo um periodo amostral de oito horas e não houve contenção de animais por armadilhas. LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS O levantamento de dados secundários foram realizados através da consulta a trabalhos desenvolvidos no municipio e região, como por exemplo: Mastofauna: DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS EM ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO DA CAATINGA e o pelo livro ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA CAATINGA. Avifauna: Fonte, Livro AVES DO CEARÁ, pelo GUIA EDUCATIVO PARA O ENSINO DE ORNITOLOGIA COM AS AVES DO PARQUE BOTÂNICO DO CEARÁ. Herpetofauna: pelo livro e o pelo livro ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA CAATINGA e pelo plano de manejo ASSOCIAÇÃO CAATINGA. PLANO DE MANEJO: PRIMEIRA ITERAÇÃO. FORTALEZA: ASSOCIAÇÃO CAATINGA / TNC, 2001. 21 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 AVERIGUAÇÃO DE MASTOFAUNA TABELA 01: Relação mamíferos. (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR P S Didelphis albiventris Cassaco X Dasypus novemcinctus Tatu X Euphractus sexcinctus Peba X Callithrix jacchus Soim X X Galea spixii Preá X Kerodon rupestris Mocó X Cerdocyon thous Raposa X Desmodus rotundus Morcego-vampiro X Procyon cancrivorus Guaxinim X Mazama gouazoubira Veado-catingueiro X Procyon cancrivorus Mão pelada X Caluromys philander Cuíca X Gracilinanus agilis Cuíca X 22 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR P S Marmosa murina Cuíca X Micoureus demerarae Cuíca X Monodelphis americana Cuíca X Monodelphis domestica Rato de orelha curta X RESULTADOS Considerando a amostragem foram indicados um total de 17 espécies na averiguação de mastofauna. AVERIGUAÇÃO DE AVIFAUNA As aves, presentes em todos ambientes e ocupando todas as latitudes e longitudes, apresentam características únicas que as tornam excelentes bioindicadores. Pequenas alterações em seus habitats podem interferir na sobrevivência de espécies, pois estão intimamente relacionados aos mais variados nichos ecológicos, logo podem servir como indicador do estado de conservação de determinadas áreas. Possuem o táxon com maior número de representantes na Caatinga: estima-se que haja 510 espécies, das quais 15 são endêmicas e 10 estão ameaçadas de extinção. TABELA 02: Relação avifauna. (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. NOME CIENTÍFICO NOME COMUM P S Nothura boraquira codorna-do-nordeste X 23 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. NOME CIENTÍFICO NOME COMUM P S Anas bahamensis marreca-toicinho X Fregata magnificens tesourão X Nannopterum brasilianus biguá X Butorides striata socozinho X Bubulcus ibis garça-vaqueira X X Ardea cocoi garça-moura X Ardea alba garça-branca X X Egretta thula garça-branca-pequena X Egretta caerulea garça-azul Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha X Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro X Heterospizias meridionalis gavião-caboclo X Rupornis magnirostris gavião-carijó Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco X Aramus guarauna carão X Vanellus chilensis quero-quero X X Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta X Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando X Charadrius wilsonia batuíra-bicuda X Charadrius collaris batuíra-de-coleira X Haematopus palliatus piru-piru X Himantopus mexicanus pernilongo-de-costas- negras X Limnodromus griseus maçarico-de-costas- brancas X Numenius hudsonicus maçarico-de-bico-torto X Actitis macularius maçarico-pintado X Tringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna- amarela X 24 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. NOME CIENTÍFICO NOME COMUM P S Tringa semipalmata maçarico-de-asa-branca X Tringa semipalmata maçarico-de-perna-amarela X Arenaria interpres vira-pedras X Calidris canutus maçarico-de-papo-vermelho X Calidris alba maçarico-branco X Calidris pusilla maçarico-rasteirinho X Calidris minutilla maçariquinho X Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco X Chroicocephalus cirrocephalus gaivota-de-cabeça-cinza X Leucophaeus atricilla gaivota-alegre X Sternula antillarum trinta-réis-miúdo X Gelochelidon nilotica trinta-réis-de-bico-preto X Sterna hirundo trinta-réis-boreal X Sterna dougallii trinta-réis-róseo X Thalasseus acuflavidus trinta-réis-de-bando X Rynchops niger talha-mar X Columbina passerina rolinha-cinzenta X X Columbina talpacoti rolinha X X Columbina squammata fogo-apagou X Columbina picui rolinha-picuí X Leptotila verreauxi juriti-pupu X Piaya cayana alma-de-gato X Coccyzus melacoryphus papa-lagarta X Crotophaga ani anu-preto X X Guira guira anu-branco X X Tapera naevia saci X X Athene cunicularia coruja-buraqueira X Eupetomena macroura beija-flor-tesoura X 25 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. NOME CIENTÍFICO NOME COMUM P S Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico- vermelho X Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde X Nystalus maculatus rapazinho-dos-velhos X Picumnus limae picapauzinho-da-caatinga X Melanerpes candidus pica-pau-branco X Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado X Cariama cristata seriema X Caracara plancus carcará X X Falco sparverius quiriquiri X Eupsittula cactorum periquito-da-caatinga X Formicivora melanogaster formigueiro-de-barriga-preta X Herpsilochmus atricapillus chorozinho-de-chapéu-preto X Thamnophilus capistratus choca-barrada-do-nordeste X Taraba major choró-boi X Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lamaX Certhiaxis cinnamomeus curutié X Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio X Hemitriccus margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro X Camptostoma obsoletum risadinha X Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga- amarela X Myiarchus ferox maria-cavaleira X Pitangus sulphuratus bem-te-vi X X Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro X Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho- vermelho X Tyrannus melancholicus suiriri X 26 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. NOME CIENTÍFICO NOME COMUM P S Empidonomus varius peitica X Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada X X Cyclarhis gujanensis pitiguari X Cyanocorax cyanopogon cancão X Progne chalybea andorinha-grande X Tachycineta albiventer andorinha-do-rio X Troglodytes musculus corruíra X Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande X Polioptila plumbea balança-rabo-de-chapéu- preto X Turdus leucomelas sabiá-branco X Mimus gilvus sabiá-da-praia X Mimus saturninus sabiá-do-campo X Anthus lutescens caminheiro-zumbidor X Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo X Icterus pyrrhopterus encontro X Icterus jamacaii corrupião X Gnorimopsar chopi pássaro-preto X Molothrus bonariensis chupim X Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul X Paroaria dominicana cardeal-do-nordeste X Sicalis flaveola canário-da-terra X Volatinia jacarina tiziu X X Coryphospingus pileatus tico-tico-rei-cinza X Coereba flaveola cambacica X Sporophila lineola bigodinho X Euphonia chlorotica fim-fim X 27 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 RESULTADOS Considerando todos os métodos de amostragem foi identificado um total de 106 espécies, distribuídas em dezoito famílias na área em questão, conforme observado na tabela 2: AVERIGUAÇÃO DE HERPETOFAUNA Tabela 03: Relação herpetofauna. (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. ORDEM NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR P S Anfíbios Rhinella diptycha Cururu X Rhinella granulosa Cururuzinho X Leptodactylus marmoratus - X Corythomantis greeningi. Perereca X Hyla crepitans Perereca X Hyla microcephala Perereca X Hyla nana Perereca X Leptodactylus labyrinthicus Perereca X Leptodactylus ocellatus Perereca X Leptodactylus troglodytes Perereca X Physalaemus albifrons Perereca X Physalaemus centralis Perereca X Proceratophrys cristiceps Perereca X Serpentes Boa constrictor Jibói X Boiruna sertaneja Cobra preta boiruna sertaneja Cobra preta X Leptodeira annulata Serpente-olho-de- gato-anelada X 28 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. ORDEM NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR P S Liophis dilepis Cobra lisa X Liophis viridis Cobra cipó X Philodryas nattereri Cobra cipó X Leptophis ahaetulla Cobra cipó X Oxyrhopus trigeminus Falsa Coral X Micrurus sp. Coral Verdadeira X Bothrops erythromelas Jararaca X Crotalus durissus Cascavel X Lagartos Ameiva ameiva Tijubina X Iguana iguana Iguana X Tupinambis merianae Tejo X Tropidurus hispidus Calango X Amphisbaena alba Cobra cega X Amphisbaena arenaria Cobra cega X Amphisbaena hastata Cobra cega X Amphisbaena ignatiana Cobra cega X Amphisbaena frontalis Cobra cega X Amphisbaena vermicularis Cobra cega X Diploglossus lessonae - X Micrablepharus maximiliani - X Vanzosaura rubricauda - X Mabuya heathi - X Briba brasiliana - X Gymnodactylus geckoides - X Hemidactylus mabouia - X 29 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 (P) levantamento primário; (S) levantamento secundário. ORDEM NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR P S Polychrus acutirostris Calango cego X RESULTADOS Considerando a amostragem foram indicados um total de 44 espécies distribuídas nas ordens serpentes e lagartos e anfíbios. 08. MEDIDAS MITIGADORAS Como forma de mitigação dos impactos sobre a fauna deverá ser adotado uma das formas de supressão a seguir: A supressão vegetal ocorrerá de forma racional, minimizando os impactos ambientais do processo. As definições dos métodos de desmatamento e dos tipos de equipamentos a serem utilizados nas áreas da obra deverão seguir ao que determinar este estudo. Como consequência da remoção da vegetação nativa da propriedade, algumas finalidades ambientalmente corretas devem ser adotadas com esse material, o procedimento básico adotado em grande parte das propriedades percorre uma ordem simples que envolve o corte, o empilhado e a destinação final que pode ser como fonte de energia, estacas para cercamento ou triturado e utilizado como matéria orgânica para áreas que sofreram com processos de degradação ambiental e estão em fase de recuperação. A proteção da fauna silvestre local é fator a ser respeitado e valorizado, portanto a retirada da vegetação se dará de duas formas que são estas: seletivas, de forma manual utilizando equipamentos simples como foices e motosserras; e mecânicas, com trator de lâmina frontal e retroescavadeira para retirada dos troncos das árvores de porte grande. A avaliação de todas as variáveis possíveis de ocorrência na microrregião da 30 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 obra é determinante na classificação das diferentes tipologias que podem ser vegetal ou florestal, permitindo o planejamento da utilização de maquinas e mão-de-obra manual, de forma a melhorar a eficiência da supressão vegetal, reduzindo custos e acidentes de trabalho. Em toda de a área de extração vegetal a forma de desmatamento adota será o corte raso com foice e motosserra, como forma de favorecer o aproveitamento o que poderá ser utilizado de forma comercial da vegetação explorada na fase inicial e corte mecanizado para proceder à limpeza total da propriedade. Corte Raso Nesta prática cortam-se todas as árvores e arbustos independentemente do tamanho e espécie. Tem como vantagens facilitar a retirada dos produtos e maximiza o volume extraído por área, também permite a retirada de produtos como estacas mourões e varas que possuem valor agregado mais elevado. Esta etapa se inicia pelo processo de identificação das espécies de maior porte e em seguida se processa o corte por meio de corte seletivo com uso do motosserra e da foice. Os restolhos vegetais serão estocados em locais adequados para serem aproveitados como matéria orgânica na recuperação de áreas degradadas ou no processo de reposição florestal, devendo, portanto ser estocado em pátio escolhido pelo empreendedor. Os trabalhos de supressão vegetal deverão ser acompanhados sempre por profissional habilitado, tais como biólogos. Corte Mecanizado Este processo se procederá diretamente com a utilização de trator com lâmina frontal, favorecendo com isso o arrastamento e arranque dos troncos profundos. Como forma de aproveitar a madeira existente na propriedade para possível uso comercial, o processo de corte mecanizado será realizado após o 31 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 corte seletivo. Evitando possíveis acidentes durante o processo de exploração vegetal, cuidados especiais devem ser adotados com a presença de animais peçonhentos, portanto os trabalhadores de campo deverão utilizar equipamento de proteção individual como botas de cano alto, luvas, óculos de proteção e roupas apropriadas. 09. AFUGENTAMENTO Poderá ocorrer o afugentamento natural de alguns animais que eventualmente possam estar presentes na área, sendo assim, antes do cortedos indivíduos florestais, deverá ser feita a vistoria por parte do responsável técnico nas copas das árvores e ao redor das mesmas. Deverão ser utilizadas, ainda, buzinas ou sirenes com intuito de promover o afugentamento natural dos espécimes e, dessa forma, efetuar o corte de maneira segura para a fauna residente. 10. CONCLUSÃO O biólogo responsável técnico pelo presente plano de manejo de fauna silvestre conclui que a ocorrência de animais nesses trechos se mostra bastante restrita, visto que a formação florestal dessas áreas não apresenta dossel contínuo que permita o fluxo dos animais, nem tão pouco ligação com áreas verdes significativas. Sendo assim, não será necessária a aplicação de resgate. 11. DOCUMENTOS A SEREM ANEXADOS CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL; PLANTAS DOS TRECHOS; ART. 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anjos, L. dos; Holt, R.D.; Robinson, S. 2009. Position in the distributional range and sensitivity to forest fragmentation in birds: a case of history from the Atlantic 32 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 forest, Brazil. 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Registro Fotográfico 04: Reconhecimento de campo. Fonte: Autor (Data da imagem 11/03/20). 40 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 Registro Fotográfico 05: Local de abrigo de animais errantes (gatos). Fonte: Autor (Data da imagem 11/03/20). Registro Fotográfico 06: Local de abrigo de animais errantes (gatos). Fonte: Autor (Data da imagem 11/03/20). 41 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 Registro Fotográfico 07: Açude João Lopes. Fonte: Autor (Data da imagem 11/03/20). Registro Fotográfico 08: Açude João Lopes. Fonte: Autor (Data da imagem 11/03/20). 42 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 15. ANEXOS 42 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 43 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 44 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359 45 Avenida 13 de Maio, 1116, Sala 907, Bairro de Fátima gurgelchem@ibest.com.br 85 | 3104.5359
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