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LISTERIOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISEP
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
JULIANA CRESCENCIO
LISTERIOSE NERVOSA EM PEQUENOS RUMINANTES 
REVISÃO DE LITERATURA 
DOIS VIZINHOS-pr
28
2
2022
JULIANA CRESCENCIO 
LISTERIOSE NERVOSA EM PEQUENOS RUMINANTES
REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho apresentado à disciplina de Clínica de ruminantes, do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UNISEP, como requisito parcial para aprovação na referida disciplina.
Orientador: Prof. Me. Angélica Link Polasso.
dois vizinhos - PR
2022
RESUMO
CRESCENCIO, Juliana. Listeriose nervosa em pequenos ruminantes – revisão de literatura. Trabalho solicitado pela disciplina de Clinica de Ruminantes (Bacharelado em Medicina Veterinária), Centro Universitário UNISEP, Dois vizinhos-PR, 2022.
A listeriose é a doença causada pela infecção da bactéria gram positiva Listeria sp, amplamente distribuída no ambiente. Podem acometer diversos animais e dentre eles, os ruminantes são os mais susceptíveis. Os principais danos causados são: abortos, septicemia e doenças neurológicas. Geralmente está associado à ingestão de silagens mal armazenadas, ambiente no qual favorece a proliferação dessas bactérias. O diagnóstico pode ser realizado através de cultura do liquido cefalorraquidiano ou pelo teste conhecido como PCR, e quando realizado na fase inicial da doença, o tratamento pode ter sucesso. O objetivo desse trabalho foi rever o que a literatura propõe a nos dizer sobre essa doença. 
Palavras-chave: Listeriose. Pequenos ruminantes. Listeria spp.
Sumário
1 INTRODUÇÃO	5
2.1 ETIOLOGIA	6
2.2 EPIDEMIOLOGIA	7
2.3 PATOGENIA	8
2.4 SINAIS CLÍNICOS	9
2.5 DIAGNÓSTICO	10
2.6 TRATAMENTO	11
2.7 PREVENÇÃO E CONTROLE	12
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
1 INTRODUÇÃO
	A listeriose é uma enfermidade de caráter infeccioso com ampla distribuição, ocorrendo principalmente em países de climas temperados e acometendo várias espécies de animais, sendo os ruminantes os mais comuns. Entre os ruminantes, os mais afetados são os ovinos, que apresentam septicemia causada pela Listeria monocytogeneses. A infecção pela bactéria é causa de aborto e meningoencefalite em ovinos, caprinos e bovinos (SCHNEIDER, 1994; SUMMERS et al. 1995; GEORGE, 2002). A doença ocorre com mais frequência entre o inverno e primavera e tem sido associada à ingestão de silagem de má qualidade onde favorece o crescimento da bactéria, que inclusive se encontra no solo, em alimentos contaminados e fezes ou leite de animais portadores (SCHNEIDER, 1994). 
	A listeriose pode levar a um impacto econômico significativo na produção devido a morte dos animais, diminuição da produção e gastos com tratamentos. Pelo envolvimento com produtos de origem animal industrializados, o dano social e econômico desta doença é um dos maiores entre as infecções alimentares ocorridas em humanos (WHO, 2018). A infecção pode ocorrer na hora do parto, pelo contato direto com o animal infectado, entretanto é rara (WESLEY, 1999).
	O propósito deste trabalho é abordar de forma ampla e direta sobre todos os aspectos que envolvem a doença, como a epidemiologia, etiologia, patologia e patogenia, manifestações clinicas, diagnóstico, controle e tratamento nos pequenos ruminantes, evidenciando os aspectos mais importantes. 
2 REVISAO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 ETIOLOGIA
A listeriose ocorre em várias espécies de animais, contudo, os ruminantes tendem a ser os mais suscetíveis. Causada pela Listeria monocytogenes, amplamente distribuída na natureza. A bactéria pode ser isolada de secreções nasais e fezes de ruminantes saudáveis (RIET CORREA et al., 2007).
A Listeria spp. é um bacilo gram positivo de 1-2 µm de comprimento e 0,5 µm de espessura, com crescimento em temperatura ideal de 37° e capaz de sobreviver e se multiplicar em situações extremas como períodos longos de seca, ampla faixa de pH ou de temperatura e sucessivos a congelamento e descongelamento e altas concentrações salinas (RADOSTITS et al., 2007). Essas bactérias estão distribuídas no ambiente natural e tem afinidade por pastagens e vegetais deteriorados além da superfície do solo. O seu habitat natural é principalmente matéria vegetal em decomposição, onde vivem e se alimentam (FARBER & PETERKIN, 1991; BERCHE et al., 2000; LE MONNIER & LECLERCQ, 2008). Por ter uma grande capacidade de sobrevivência, pode ser encontrada em equipamentos e instalações utilizadas na produção de alimentos (CAMARGO et al., 2017).
Atualmente existem dezessete espécies de Listeria descritas no gênero: L. monocytogenes, L. ivanovii, L. seeligeri, L. innocua, L. welshimeri, L. grayi, L. marthii, L. rocourtiae, L. fleischmannii, L. weihenstephanensis (LIU, 2013), L. floridensis, L. aquatica, L. cornellensis, L. riparia, L. grandensis (DEN BAKKER et al., 2014), L. booriae, L. newyorkensis (WELLER et al., 2015). Contudo, somente L. monocytogenes e L. ivanovii são consideradas agentes importantes de listeriose devido à virulência na invasão, estabelecimento e disseminação da infecção no hospedeiro (LOW & DONACHIE, 1997; VÁZQUEZ-BOLAND et al., 2001; BUCHRIESER et al., 2011).
A grande diversidade de gêneros da Listeria spp. se dá pelo grande numero de hospedeiros animais nos quais tem afinidade de se multiplicar (JAY, 2005). A L. monocytogenes é um patógeno intracelular facultativo, pode crescer em macrófagos, células epiteliais e fibroblastos cultivados (MURRAY et al., 2000). Os ovinos são os ruminantes mais acometidos pela doença, seguido por caprinos e bovinos (LOW & DONACHIE, 1997).
2.2 EPIDEMIOLOGIA
	No Brasil, a doença foi relatada pela primeira vez no Rio Grande do Sul, em 1971 por Fernandes et al., posteriormente em 1992 no Paraná por Basile et al., e em 1994 no Rio de Janeiro. 
No Nordeste, a listeriose representa mais de 6% das doenças nervosas ocorridas em ovinos e caprinos (GUEDES et al., 2007). Os dados epidemiológicos no país são imprecisos e escassos, além disso, o diagnóstico de listeriose como causa de aborto em bovinos é limitado (SILVA, et al., 2009).
Apresenta sazonalidade de acordo com a alimentação dos animais que comumente consomem silagem entre dezembro e maio (RADOSTITS, 2007). A Listeria se multiplica em silagens mal conservadas, com exposição ao solo e geralmente quando atingem pH de 5,0-5,5 (GITTER et al., 1986). A transmissão da listeriose ocorre também pelo do consumo de pastagens de qualidade nutricional inferior ou de vegetação danificada (KUMAR et al., 2007).
Os materiais considerados como fonte de infecção são aqueles onde o agente está presente, como as fezes, urina, fetos abortados, descarga uterina e leite de animais doentes (BRUGÈRE-PICOUX, 2008), além da contaminação de camas, água e alimentos no cocho que são mais importantes para a ocorrência da infecção (WILESMITH e GITTER, 1986).
Animais com diminuição da resistência e imunidade, podem ter aumento de infecção pela bactéria. Dentre os fatores de risco, os mais citados são o mau estado nutricional, as alterações climáticas súbitas, o estresse no terço final da gestação e parto, e períodos longos de inundação com pouco acesso à pastagens (RADOSTITS et al., 2007). 
Ainda que pouco diagnosticada, há relatos de casos humanos no país, em gestantes com histórico de aborto crônico e parto pré maturo, bebês, pacientes com transplantes renais, adolescentes e idosos com doenças já existentes. Em outros países foram observadas lesões cutâneas menores causada pela bactéria em pessoas que tiveram contato com bovinos durante abortos e partos (MCLAUCHLIN & LOW, 1994).
 Ainda que rara, tem alta taxa de letalidade em determinados grupos de pessoas, sendo uma questão relevante para a saúde pública (WHO, 2018). Já houve relatos da presença da bactéria em amostras de leite cru em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e no Brasil onde foi detectada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Paraíba, Ceará e Bahia. Um resultado negativo nem sempre significa a ausência da bactéria nos testes, uma vez que namaioria dos estudos, a amostragem é realizada de forma reduzida (BARANCELLI et al., 2020). 
2.3 PATOGENIA
	Na maioria dos animais, a porta de entrada se dá pela ingestão de alimentos contaminados que atravessam a barreira intestinal, invadindo e colonizando os tecidos do hospedeiro (RADOSTITS, 2007).
	A forma encefálica da listeriose ocorre sob a forma de inflamação aguda do tronco encefálico, onde a bactéria entra pelas terminações nervosas presentes na cavidade oral após alguma lesão ocasionada por alimentos grosseiros, abrasões dentárias ou pela perda de dentes decíduos (SMITH, 1994).
	Por muito tempo, havia a hipótese em que a via de infecção da encefalite era hematógena e ela foi excluída pela a ausência habitual do envolvimento sistêmico em casos naturais de encefalites por L. monocytogenes em ovinos (VÁZQUEZ-BOLAND, 2001).
Os microrganismos tem tropismo pelo sistema nervoso nos ruminantes e fazem a migração dos nervos para o tronco cerebral onde estimulam uma resposta inflamatória localizada, sob a forma de micro abcessos compostas por neutrófilos, são frequentemente localizados na medula, podem levar à destruição de núcleos dos nervos cranianos (SMITH, 2004). 
As manifestações clinicas mais evidentes envolvem o andar em círculos, consequentes da infecção do tronco cerebral associada a meningite basilar (LOW & DONACHIE, 1997; POSFAY-BARBE & WALD, 2009). Possivelmente podem ocorrer casos de meningite generalizada, além da doença focal (SMITH, 2004). 
A ocorrência de encefalite causada pela listeriose, é mais vista em ovinos do que em caprinos (WILESMITH & GITTER, 1986) e tem maior taxa de mortalidade quando comparado com bovinos (LIPPMAN, 1969).
Independente da espécie infectada, a listeriose pode ocorrer em forma de surtos onde os animais podem apresentar sintomas ou desenvolver a encefalite seguida de aborto no terço final da gestação, septicemia em recém-nascidos, mastite, ceratoconjuntivite e uveíte (WALLAND et al., 2015). 
2.4 SINAIS CLÍNICOS
	A manifestação clínica da doença depende da dose ingerida, da patogenicidade e virulência da L. monocytogenes e os fatores de risco do hospedeiro, sendo o status imunológico fator determinante para a infecção (VÁZQUEZ-BOLAND et al., 2001). 
	Segundo alguns estudos, na fase inicial os animais se afastam do rebanho e apresentam o pescoço ligeiramente desviado. Conforme a doença progride, a torção do pescoço aumenta e os animais começam se mover em círculos. Pôde ser observada a opacidade de córnea, perda de reflexos que evoluía para cegueira, paralisia facial ipsilateral à lesão lateral e paralisia da língua. Quanto mais a doença avançava, os animais apresentavam movimentos de pedalagem e convulsões. Na fase terminal da doença, permaneciam em decúbito com posição de auto escuta e anoréxicos (KUMAR et al., 2007).
	Rissi et al., (2006) relatou em estudos, sinais de desvio de cabeça, torção de pescoço, andar instável e quedas. No início da doença, os animais permaneciam em decúbito lateral, realizavam movimentos de pedalagem e apresentavam membros rígidos. Nightingale et al., (2004) evidenciou a paralisia facial unilateral, salivação excessiva, contração da pálpebra, nistagmo, dificuldade de deglutição, febre, cegueira e pressão craniana.
Em outros casos, a infecção uterina pode resultar em aborto no terceiro trimestre de gestação (POULSEN & CZUPRYNSKI, 2013; GANGULY & MUKHOPADHAYAY, 2014), sendo descrito por Ganguly & Mukhopadhayay (2014), a partir do quarto mês de gestação com uma semana após a exposição bacteriana. Animais infectados também podem apresentar febre, depressão ou endometrite com corrimento vaginal e manchas de sangue (DROST et al., 2002).
A infecção pode ocorrer na glândula mamária, mas raramente causa mastite clínica. Os animais geralmente desenvolvem apenas uma atrofia das glândulas afetadas (WINTER et al., 2004).
As manifestações clinicas na forma gastrintestinal varia de uma diarreia e mal-estar para a posição de decúbito ou morte súbita. Essa forma pode ser observada com aborto e encefalite na mesma proriedade (CLARK et al., 2004; OTTER et al., 2004).
Nessa enfermidade não é comum conter lesões macroscópicas, mas pode ser observada hiperemia das leptomeninges e turvamento do liquido cefalorraquidiano. É observado focos de malacia castanho-amarelados em cortes transversais do tronco encefálico (SUMMERS et al., 1995). 
2.5 DIAGNÓSTICO
Para a confirmação do diagnóstico da listeriose, pode ser feita a detecção da bactéria pelo método de coloração de Gram na imunofluorescência e imuno-histoquímica, e também pela técnica de PCR (MARCO et al., 1988). 
Os testes sorológicos não são usados, pois vários formatos foram testados e todos considerados pouco confiáveis, sem sensibilidade e especificidade. Os achados pós morte e a histopatologia dependem da apresentação clínica. Na forma encefálica, o liquido cefalorraquidiano pode estar turvo e os vasos meníngeos congestionados. As lesões macroscópicas são geralmente sutis e caracterizadas por congestão vascular e leve descoloração bronzeada do tronco encefálico. A medula apresenta áreas de malácia e abscesso. As alterações histopatológicas consistem em focos de microabscessos no tronco encefálico com manguitos mononucleares perivasculares adjacentes (OIE, 2021).
Na forma septicêmica podem ser observados múltiplos focos de necrose no fígado e no baço com menos frequência (LOW, 1997).
É necessário fazer diagnostico diferencial de outras doenças que acometem o sistema nervoso, como toxemia da prenhez, doença de Aujeszky, polioencefalomalacia, raiva, doença do ouvido médio, intoxicação por chumbo, além de outras que causem manifestações clinicas semelhantes (OTTER et al., 2004; BRUGÈRE-PICOUX, 2008). 
2.6 TRATAMENTO
	Se o tratamento for administrado no começo do aparecimento dos sinais clínicos, a taxa de recuperação é grande, porém no curso mais grave da doença, raramente é bem sucedido. Os antibióticos devem ser aplicados durante um período de tempo maior, podendo levar um mês até a recuperação (GEORGE, 2002).
	Os antibióticos em geral têm bons resultados contra a Listeria spp., com exceção das cefalosporinas, o tratamento de eleição são a ampicilina e a gentamicina (LOW & DONACHIE, 1997).
	Outro recurso terapêutico adotado é a correção da desidratação e da acidose, com a administração intravenosa de fluidos e bicarbonato. A administração de vitamina B1 também é indicada, pela atonia do rúmen que leva a redução da produção dessa vitamina pelos microrganismos ruminais. (BRAUN et al., 2002).
	O uso de corticoides pode impedir a formação de microabscessos, inibindo a infiltração por células mononucleares (DENNIS, 1993).
	Como forma de prevenção da dos sinais clínicos neurológicos, podem ser utilizados em ruminantes antibióticos da classe das sulfonamidas, penicilina e tetraciclina (RADOSTITS et al., 2007). 
	Em surtos de septicemia, a administração de ampicilina ou amoxicilina parenteral foi relevada eficaz (LOW, 1997). A taxa de recuperação vai depender do tempo decorrido entre o início do tratamento e o aparecimento dos sinais clínicos, que quanto mais evidentes, maior taxa de mortalidade apesar do tratamento (RADOSTITS et al., 2007). 
2.7 PREVENÇÃO E CONTROLE
	Em propriedades que utilizam silagem como alimentação, deve-se adotar medidas de controle e prevenção da doença, que se dá pela boa conservação destas, mantendo o ambiente anaeróbio e limpo ao redor do silo, além de fazer a eliminação de silagens expostas ao ambiente, impedindo a presença da Listeria nesse local. A adoção de detecção da bactéria em amostras do alimento, seria uma maneira pratica de prevenção (OLIVEIRA et al., 2008).
	Para produção de boa qualidade, a forragem precisa ser cortada precocemente, seguida de uma compactação eficaz, bem como do encerramento hermético do silo e uso de aditivos para melhorar a fermentação. A introdução de microrganismos do solo ou materiais orgânicos deve ser evitado (LOW, 1997).
	Tem se mostrado difícil o desenvolvimento de imunização eficaz. Vacinas com bactérias inativadas ou atenuadastem sido utilizada para proteção dos animais, podendo reduzir a incidência da doença, porém não demonstram grande eficácia (BRUGÈRE-PICOUX, 2008). Como o agente é intracelular anaeróbio facultativo, necessita de células T efetoras para resposta imune efetiva (OIE, 2021). O uso de vacinas mortas não revela eficiência, devido à localização intracelular do agente e a importância que a imunidade mediada apresenta (LOW, 1997).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A intenção deste trabalho foi fazer uma revisão breve sobre os aspectos da listeriose e sua importância na manutenção da sanidade em produção animal, visando destacar informações importantes, visto que a doença tem caráter zoonótico. 
	Por ser uma enfermidade de distribuição mundial, é importante o estudo e aprofundamento sobre os sinais clínicos, diagnóstico e tratamento, além da adoção de medidas profiláticas. 
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