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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 ANATOMIA ESQUELÉTICA ....................................................................... 5 2.1 Crânio ................................................................................................... 5 3 O APARELHO LOCOMOTOR .................................................................. 23 4 FISIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR .......................................... 31 5 A ESTRUTURA LOCOMOTORA COMO REGULADORA DO MOVIMENTO E DA POSTURA CORPORAL ................................................................................... 34 5.1 Membro superior ................................................................................ 36 5.2 Membro Inferior .................................................................................. 37 5.3 Coluna vertebral e Tórax .................................................................... 38 6 SISTEMA MUSCULAR ............................................................................. 39 6.1 Membro superior ................................................................................ 40 6.2 Membro inferior .................................................................................. 41 6.3 Dorso .................................................................................................. 42 7 POSTURA ................................................................................................. 44 7.1 Estabilidade corporal .......................................................................... 45 8 ANAMNESE E AVALIAÇÃO INICIAL ........................................................ 46 8.1 Componentes da Anamnese .............................................................. 46 9 AVALIAÇÃO POSTURAL ......................................................................... 48 9.1 Tipos de avaliação postural ................................................................ 49 9.2 Avaliação estática .............................................................................. 51 9.3 Tabela de Grau de Eficiência Muscular .............................................. 52 9.4 Prova de Função Muscular ................................................................. 53 9.5 Trofismo Muscular .............................................................................. 59 3 9.6 Tônus Muscular .................................................................................. 59 9.7 Problemas posturais ........................................................................... 61 10 AVALIAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES ....................................... 62 11 DESVIOS PATOLÓGICOS DA COLUNA .............................................. 63 12 RECURSOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO POSTURAL ..................... 65 12.1 Biofotogrametria .............................................................................. 65 12.2 Fotogrametria .................................................................................. 65 12.3 Software para Avalição Postural- SAPO ......................................... 66 12.4 Outros instrumentos utilizados na avaliação postural ..................... 67 13 AVALIAÇÃO DA MARCHA E EQUILÍBRIO ........................................... 67 13.1 Conceitos em Cinemática ............................................................... 68 13.2 Ciclos/ Fases da Marcha ................................................................. 68 13.3 Marchas anormais ........................................................................... 69 13.4 Equilíbrio ......................................................................................... 70 13.5 Escala de equilíbrio de BERG ......................................................... 72 13.6 Escala de Tinetti .............................................................................. 73 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 76 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 ANATOMIA ESQUELÉTICA . Fonte: br.pinterest.com 2.1 Crânio Dos 22 ossos que compõem o nosso crânio, oito formam a caixa craniana, protegendo nosso cérebro e demais estruturas de grande importância. Outros catorze ossos estão associados à nossa face. O crânio humano é dividido em duas partes: viscerocrânio e neurocrânio, que envolve e protege o encéfalo e é composto pelos ossos que serão apresentados ao longo deste capítulo. Esses ossos cranianos compõem a cavidade do crânio, uma forma de câmara que é preenchida por líquido cerebrospinal (LCS), que amortece e sustenta o encéfalo. Também presentes no neurocrânio estão as suturas e as fontanelas cranianas, responsáveis por alguns movimentos vitais ao nosso desenvolvimento e crescimento (HAUBERT, 2018). 6 Esqueleto axial: neurocrânio Para concentrar-se nos estudos sobre o neurocrânio, é importante considerar o crânio (Figuras 1, 2 e 3), parte do corpo humano em que ocorrem processos como, por exemplo, mastigação, ingestão, inspiração e expiração. Crânio, face, escalpo, dentes, encéfalo, nervos cranianos, meninges, órgãos dos sentidos especiais, vasos sanguíneos, linfáticos e gordura compõem, em conjunto, a cabeça, cujos ossos são divididos em duas partes, o neurocrânio e o viscerocrâneo (esqueleto da face). O teto do crânio é chamado de calvaria e tem formato de uma abóboda. A base, ou assoalho, do crânio é composta pelo osso esfenoide e por porções do osso occipital e do osso temporal (HAUBERT, 2018). Fonte: HAUBERT, 2018. 7 Fonte: HAUBERT, 2018. 8 Fonte: HAUBERT, 2018. Neurocrânio As meninges, o encéfalo, as partes proximais dos nervos cranianos e também os vasos sanguíneos são protegidos pelo neurocrânio, que fornece um invólucro para eles. O neurocrânio é formado por oito ossos planos e irregulares ligeiramente ligados entre si por suturas, formando a cavidade onde fica abrigado o encéfalo. Desses oito ossos, dois são pares e quatro são ímpares: ossos temporais (2), ossos parietais (2), 9 osso frontal (1), osso occipital (1), osso esfenoide (1) e osso etmoide (1) (HAUBERT, 2018). Frontal O osso frontal é reconhecido por sua forma larga ou chata, situa-se para frente e para cima do crânio e se divide em duas partes: uma vertical, chamada de escama, e uma horizontal, chamada de tectos das cavidades orbitais e nasais. Escama Sua face externa é convexa e nela se localizam as seguintes estruturas (HAUBERT, 2018).: borda supraorbital; túber frontal: 3 cm acima da bordasupraorbital; arcos superciliares: saliências que se estendem lateralmente à glabela; glabela: entre os dois arcos superciliares; sutura metópica: encontrada em alguns casos raros, localiza-se logo acima da glabela, estendendo-se até o bregma pela linha sagital mediana. Na infância, essa sutura segmenta o osso em duas partes e pode tornar-se fixa; incisura ou forame supraorbital: possibilita a passagem de vasos e nervos supraorbitais; 10 incisura nasal: intervalo áspero e irregular; espinha nasal: situada no centro e anteriormente à incisura nasal. Em sua face interna se encontram as seguintes estruturas: crista frontal; forame cego: localizado na terminação da crista frontal, é onde a dura- -máter se insere. Tectos das cavidades orbitais e nasais Essas estruturas constituem o teto da órbita, a incisura etmoidal, que divide as duas lâminas orbitais, e os óstios do seio frontal, localizados anteriormente à incisura etmoidal. O osso frontal (Figuras 4 e 5) se articula com os seguintes doze ossos: um esfenoide, um etmoide, dois parietais, dois nasais, dois maxilares, dois lacrimais e dois zigomáticos. Fonte: HAUBERT, 2018. 11 Occipital É um osso perfurado pelo forame magno, uma abertura grande e oval. É por meio dele que a cavidade craniana se comunica com o canal vertebral. Divide-se em duas partes: a escamosa e a basilar. O occipital (Figuras 5[a] e [b]) se articula com seis ossos: dois parietais, dois temporais, esfenoide e atlas. Porção escamosa É uma lâmina encurvada que se expande posteriormente ao forame occipital e é composta por face externa, posterior e convexa e formada pelas seguintes estruturas (HAUBERT, 2018): protuberância occipital externa: fica entre o ápice do osso e o forame magno; crista occipital externa; linha occipital (nucal) suprema: é onde a gálea aponeurótica se insere; situa- se lateralmente à protuberância occipital externa; linha occipital (nucal) superior: fica abaixo da linha nucal suprema; linha occipital (nucal) inferior: situa-se logo abaixo da linha nucal superior. Já sua face interna se apresenta anteriormente ao forame occipital. É formada pelas seguintes estruturas: eminência cruciforme: segmenta a face interna em quatro fossas; protuberância occipital interna: região de intersecção das quatro divisões; sulco sagital: abriga a parte posterior do seio sagital superior; crista occipital interna: parte inferior da eminência cruciforme; sulco do seio transverso: encontra-se lateralmente à protuberância occipital interna; fossas occipitais superiores (cerebrais); fossas occipitais inferiores (cerebelares). Porção basilar Situa-se anteriormente ao forame occipital e apresenta forma espessa. Abriga o forame magno, uma abertura oval grande que permite o acesso à medula oblonga 12 (tronco encefálico e bulbo) e às meninges, ao liquor, aos nervos, às artérias, às veias e aos ligamentos. Sua face lateral abrange as seguintes estruturas (HAUBERT, 2018): Côndilos occipitais: apresentam forma oval e se articulam com a 1ª vértebra cervical; Canal do hipoglosso: pequena cavidade na base do côndilo occipital que permite que o nervo do hipoglosso (12º par craniano) saia e que um ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente entre; Canal candilar: ao lado do forame magno, permite a passagem das veias; Processo jugular: situa-se lateralmente ao côndilo occipital. 13 Fonte: HAUBERT, 2018. Esfenoide Osso ímpar e irregular, situado anteriormente aos temporais e à porção basilar do osso occipital, na base do crânio. Ele é dividido em corpo, duas asas menores, duas asas maiores e dois processos pterigoideos (Figura 7). Corpo Face superior (HAUBERT, 2018).: ■ fossa hipofisária; ■ processos clinoides médios e posteriores; 14 ■ espinha etmoidal: articula-se com a lâmina crivosa do osso etmoide; ■ sela túrcica: aloja a hipófise; ■ clivo: serve como apoio da porção superior da ponte. Face anterior: ■ crista esfenoidal: é parte do septo do nariz; ■ seio esfenoidal: cavidades cheias de ar (osso pneumático) cuja função é deixar o crânio mais leve e que raramente apresentam simetria. Face inferior: ■ rostro esfenoidal: espinha triangular na linha mediana; ■ processo vaginal: um de cada lado do rostro esfenoidal. Face lateral: ■ sulco carotídeo: sulco em forma de “S”; ■ língula: crista óssea no ângulo entre o corpo e a asa maior. Asas menores Canal óptico: passagem do nervo óptico (2º par craniano) e da artéria oftálmica; Processo clinoide anterior. Asas maiores Forame redondo: local de passagem do nervo maxilar (5º par craniano – nervo trigêmeo); Forame oval: local de passagem do nervo mandibular (5º par craniano – nervo trigêmeo) e da artéria meníngea acessória; Forame espinhoso: local de passagem de vasos meníngeos médios e de um ramo do nervo mandibular; Espinha esfenoidal Face temporal; Face orbital. Processos pterigoideos Lâmina pterigoidea medial; Lâmina pterigoidea lateral; Fossa pterigoidea; Incisura pterigoidea: localizada entre as duas lâminas. Entre as asas menores e maiores Fissura orbitária superior ou fenda esfenoidal: local de acesso do nervo oculomotor (3º par craniano), nervo troclear (4º par craniano), ramo oftálmico do nervo trigêmeo (5º par craniano) e nervo abducente (6º par craniano). 15 Fonte: HAUBERT, 2018. Etmoide O etmoide (Figuras 7[a] e [b]) é um osso que se caracteriza por ser ímpar, irregular, esponjoso, leve e que se encontra na parte anterior do crânio. Articula- -se com treze ossos: o frontal, o esfenoide, dois nasais, dois lacrimais, dois maxilares, dois palatinos, duas conchas nasais inferiores e o vômer. Apresenta quatro partes: uma lâmina horizontal (crivosa), uma lâmina perpendicular e duas massas laterais (labirintos). Lâmina horizontal (crivosa) Crista galli: processo triangular na linha mediana; Forames olfatórios: localiza-se ao lado da crista galli e dá passagem aos nervos olfatórios. Lâmina perpendicular 16 Lâmina achatada que forma a parede mediana do septo nasal. Massas laterais (labirinto) Processo uncinado; Concha nasal superior; Concha nasal média. Fonte: HAUBERT, 2018. Temporal 17 O osso temporal (Figura 8) é um osso par, extremamente complexo e importante porque o aparelho auditivo se situa no seu interior. Vincula-se a cinco ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenoide e mandíbula. Divide-se em 3 partes: escamosa, timpânica e petrosa. Parte escamosa Processo zigomático: longo arco que se projeta da parte inferior da escama; Fossa mandibular: vincula-se ao côndilo da mandíbula. Parte timpânica Meato acústico externo. Parte petrosa (pirâmide) Processo estiloide: espinha aguda localizada na face inferior do osso temporal; Processo mastoide: projeção crônica que pode variar de tamanho e forma; Meato acústico interno: local que dá passagem aos nervos facial, acústico e intermediário e ao ramo auditivo interno da artéria basilar; Forame estilomastoideo: localiza-se entre o processo mastoide e o processo estiloide; Canal carótico: local que dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo nervoso carotídeo; Fossa jugular: local que aloja o bulbo da veia jugular interna (HAUBERT, 2018). 18 Fonte: HAUBERT, 2018. Parietal O osso parietal (Figura 9) constitui o tecto, ou teto, do crânio. É um osso par, de forma achatada, que apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos (HAUBERT, 2018). Faces Face externa: é convexa, lisae lateral; Face interna: é côncava e medial e tem sulcos anteriores que correspondem aos ramos da artéria meníngea média. 19 Bordas Borda superior, sagital e parietal; Borda anterior, frontal e coronal; Borda posterior, occipital e lambdóidea; Borda inferior, escamosa e temporal. Ângulos Ângulo frontal; Ângulo esfenoidal; Ângulo mastóideo; Ângulo occipital. Fonte: HAUBERT, 2018. Fontanelas e suturas cranianas Fontanelas 20 Os ossos do crânio se consolidam na idade adulta, formando a completa proteção para o encéfalo. Esses processos de articulações ou uniões do crânio são chamados de suturas e fazem parte da classe das articulações chamadas de articulações fibrosas, que são imóveis no adulto e denominadas sinartrodiais. Quando uma criança nasce, a ossificação da caixa craniana está incompleta e as suturas são espaços cobertos por membranas que se preenchem logo após o nascimento. Algumas regiões sofrem mais lentamente esse processo, formando as fontanelas. Em geral, as suturas cranianas não se fecham por completo antes do 12º ou 13º ano, e algumas podem não se fechar completamente até a idade adulta. Porém, deve-se ter em mente que isso não representa um critério real de idade (HAUBERT, 2018). A seguir, são apresentadas as denominações das fontanelas na criança e suas respectivas denominações na vida adulta: fontanela anterior: bregma; fontanela posterior: lambda; fontanelas laterais: ptérios; fontanela mastoidea: astério. Fontanelas são chamadas comumente de “moleiras”. Primeiramente, temos as fontanelas; na idade adulta, formam-se as suturas, pois as fontanelas já se fecharam e, do encontro dos ossos, sugiram as suturas. Suturas cranianas As suturas cranianas (Figuras 10 e 11) ficam na parte superior do crânio, denominada cúpula do crânio ou calvaria. São articulações que permitem uma mínima mobilidade aos ossos cranianos e são denominadas (HAUBERT, 2018).: Sutura coronal ou bregmática: localizada entre os ossos frontal e parietais; Sutura sagital: localizada entre os dois ossos parietais (linha sagital mediana); Sutura lambdoide: localizada entre os parietais e o occipital; Sutura escamosa: localizada entre o parietal e o temporal. 21 Fonte: HAUBERT, 2018. Exemplos de pontos antropométricos do crânio (HAUBERT, 2018).: Bregma: ponto de união das suturas sagital e coronal; Lambda: ponto de união das suturas sagital e lambdoide; Vértex: porção mais alta do crânio; Gônio: ângulo da mandíbula; Ptério: ponto de união dos ossos parietal, frontal, esfenoide e temporal. 22 Fonte: HAUBERT, 2018. 23 3 O APARELHO LOCOMOTOR Fonte: br.pinterest.com O corpo humano é um conjunto completo de diferentes estruturas – ossos, músculos, tendões (ANDRADE FILHO; PEREIRA, 2015) – que formam um mecanismo no qual há uma sinergia perfeita, pois todas as partes estão de alguma forma conectadas e permitem movimentos como dançar, sentar, andando e escrevendo (BIEDRZYCKI, 2021). Esses movimentos são executados principalmente pelos braços e pernas, entendidos como membros superiores e membros inferiores, respectivamente. Esses segmentos corporais possuem uma gama de movimentos em todos os eixos e planos, permitindo os mais diferentes tipos de deslocamentos, alcances e manipulações de objetos, graças às inúmeras estruturas subjacentes. Todos os ossos do corpo humano estão ligados para constituir o esqueleto e também para garantir movimentos corporais harmônicos. 24 Andrade Filho e Pereira (2015, p. 89) afirmam que “o Sistema Articular é formado por articulações ou junturas que estão diretamente responsáveis por realizar diversos movimentos de vários segmentos do nosso corpo”. Inicialmente, é necessário compreender as articulações existentes nos membros superiores e inferiores, sendo elas as sinartroses, anfiartroses e sinoviais (ANDRADE FILHO; PEREIRA, 2015). Sinartroses (ou articulação fibrosa): conhecidas como articulações sólidas, sendo uma junção de dois ossos ligados por um tecido conjuntivo. Esse tipo de articulação é bastante comum nos ossos do crânio. Outra ocorrência desse tipo de articulação é chamada de sindesmose e pode ser encontrada na estrutura tibiofibular (perna) e na radioulnar (antebraço). Nesse caso, existe uma membrana interóssea que permite a interligação de ambas estruturas ósseas. Anfiartroses (ou articulações cartilaginosas): há um tecido cartilaginoso entre os ossos, que permite um pequeno movimento entre as estruturas ósseas, além de absorver o impacto da articulação, sendo articulações de movimento limitado. Essas articulações são encontradas nos ossos que compõe o quadril. Sinovial: Neste tipo de articulação, que compõe a maioria das articulações do corpo humano, a estrutura óssea é recoberta por cartilagem e conectada por ligamentos, que são um tipo de cabo que liga uma estrutura óssea a outra Além de dessas estruturas articulares, também é importante ressaltar que todos os movimentos corporais se baseiam na contração e relaxamento dos músculos do corpo humano, existindo um músculo para cada pequeno movimento. Para melhor compreensão, passamos a classificar os principais músculos dos segmentos corporais por região divididos em extremidades superiores e inferiores (ANDRADE FILHO; PEREIRA, 2015). Membros Superiores Ombro Trapézio ■ Origem: linha nucal superior, protuberância occipital externa, margem medial do ligamento nucal, processo espinhoso de C7 a T12 e ligamentos supraespinhais relacionados. ■ Inserção: margem superior da crista da espinha da escápula, acrômio e margem posterior do terço lateral da clavícula. 25 ■ Função: elevação, rotação e abdução da escápula. Músculo deltoide ■ Origem: crista da espinha da escápula, margem lateral do acrômio e margem anterior do terço lateral da clavícula. ■ Inserção: tuberosidade para o músculo deltoide no úmero. ■ Função: abduzir de ombro e auxiliar na flexão e extensão do cotovelo. Músculo levantador da escápula ■ Origem: processos transversos das vértebras C1 e C2 e tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C3 e C4. ■ Inserção: face posterior da margem medial da escápula na raiz da espinha da escápula. ■ Função: elevação da escápula. Músculo romboide maior ■ Origem: processos espinhosos das vértebras de T2 a T5 e ligamentos supraespinhais intervenientes. ■ Inserção: face posterior da margem medial da escápula a partir da raiz da espinha da escápula para o ângulo inferior. ■ Função: elevação e retração da escápula. Músculo romboide menor ■ Origem: parte mais inferior do ligamento nucal e processos espinhosos das vértebras de C7 e T4. (BIEDRZYCKI, 2021). ■ Inserção: face posterior da margem medial da escápula na raiz da espinha da escápula. ■ Função: elevação e retração da escápula. Região escapular Músculo supraespinal ■ Origem: dois terços mediais da fossa supraespinal da escápula e fáscia profunda que reveste o músculo. ■ Inserção: tubérculo maior do úmero. ■ Função: abdução o braço com discreta rotação lateral. Músculo infraespinal ■ Origem: dois terços mediais da fossa infraespinal da escápula e fáscia profunda que reveste o músculo. ■ Inserção: faceta média na face posterior do tubérculo do úmero. ■ Função: rotação lateral do braço e auxiliar na abdução do braço. 26 Músculo redondo menor ■ Origem: dois terços superiores da face posterior da escápula imediatamente adjacente à margem lateral da escápula. ■ Inserção: faceta inferior na face posterior do tubérculo maior do úmero. ■ Função: rotação lateral do braço e auxiliar na adução do braço. Músculo redondo maior ■ Origem: área ovale alongada na face posterior do ângulo inferior da escápula. ■ Inserção: crista medial do sulco intertubercular na face anterior do úmero. ■ Função: adução e rotação medial do braço. Músculo cabeça longa do tríceps braquial ■ Origem: tubérculo infraglenoidal na escápula. ■ Inserção: tendão comum de inserção com as cabeças medial e lateral no olecrano da ulna. ■ Função: extensão do antebraço e auxiliar na adução e extensão do ombro. Músculo peitoral maior ■ Origem: metade medial da clavícula e superfície anterior do esterno, primeiras sete cartilagens costais e aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. ■ Inserção: crista do tubérculo maior do úmero. ■ Função: adução, rotação medial e flexão de ombro. Músculo subclávio ■ Origem: face externa da primeira costela. ■ Inserção: face anterior da porção lateral da clavícula. ■ Função: estabilizar e baixar o cíngulo peitoral. Músculo serrátil anterior ■ Origem: face externa das primeiras nove costelas. ■ Inserção: face ventral da margem medial da escápula. ■ Função: estabilizar e baixar o cíngulo peitoral. Músculo subescapular ■ Origem: dois terços mediais da fossa subescapular. ■ Inserção: tubérculo menor do úmero. ■ Função: rotação média do braço. 27 Músculo latíssimo do dorso ■ Origem: processos espinhosos das seis últimas vértebras e ligamentos interespinhais relacionados, via fáscia toracolombar para os processos espinhosos das vértebras lombares, ligamentos interespinhais relacionados, crista ilíaca e últimas quatro costelas. ■ Inserção: assoalho do sulco intertubercular. ■ Função: adução, rotação medial e extensão do braço. Braço, antebraço e mão Músculo bíceps braquial ■ Origem: a cabeça longa se origina no tubérculo supraglenoidal da escápula e a cabeça curta origina-se no ápice do processo coracoide. ■ Inserção: tuberosidade do rádio. ■ Função: flexão de cotovelo e supinador do antebraço e auxiliar nas flexões de ombro. Músculo coracobraquial ■ Origem: ápice do processo coracoide. ■ Inserção: rugosidade linear na metade do corpo do úmero na face medial. ■ Função: flexão de cotovelo e auxiliar na adução do braço. Músculo braquial ■ Origem: região anterior do úmero e septo intermuscular adjacente. ■ Inserção tuberosidade da ulna. ■ Função: flexão de cotovelo. (BIEDRZYCKI, 2021). Músculo tríceps braquial ■ Origem: a cabeça longa se origina no tubérculo infraglenoidal da escápula, a cabeça média na face posterior do úmero e a cabeça lateral na face posterior do úmero. ■ Inserção: olecrano. ■ Função: extensão de cotovelo, adução de ombro. Músculo braquiorradial ■ Origem: crista supracondilar lateral do úmero. ■ Inserção: processo estiloide do rádio. ■ Função: flexão de cotovelo Músculo ancôneo ■ Origem: epicôndilo lateral do úmero. 28 ■ Inserção: face lateral do olecrano. ■ Função: extensão de cotovelo. Músculo pronador quadrado ■ Origem: crista linear na face anterior distal da ulna. ■ Inserção: face anterior distal do osso rádio. ■ Função: pronação do braço. Membros inferiores Quadril Músculo glúteo máximo ■ Origem: linha glútea posterior do ílio e face posterior do sacro e do cóccix. ■ Inserção: tuberosidade glútea do fêmur, trato iliotibial do sacro e do cóccix. ■ Função: extensão e rotação lateral de quadril. Músculo glúteo médio ■ Origem: face externa do ílio, entre as linhas glúteas anteriores e posteriores. ■ Inserção: face lateral do trocânter maior do fêmur. ■ Função: abdução e rotação medial da coxa. Músculo glúteo mínimo ■ Origem: face externa do ílio, entre as linhas glúteas anteriores e inferior. ■ Inserção: face anterior do trocânter maior do fêmur. ■ Função: abdução e rotação medialmente a coxa. (BIEDRZYCKI, 2021). Músculo gêmeo superior ■ Origem: espinha isquiática. ■ Inserção: trocânter maior do fêmur. ■ Função: rotação lateral da coxa. Músculo obturador externo ■ Origem: face externa da membrana obturatória e margens ósseas do forame obturador. ■ Inserção: fossa trocantérica do fêmur. ■ Função: rotação lateral da coxa. Músculo quadrado femoral ■ Origem: tuberosidade isquiática. ■ Inserção: lateralmente na crista intertrocantérica. ■ Função: : rotação lateral e adução da coxa. Coxa Músculo tensor da fáscia lata 29 ■ Origem: porção anterior da crista ilíaca e espinha ilíaca anterossuperior. ■ Inserção: trato iliotibial da fáscia lata. ■ Função: tracionar a fáscia lata. Auxiliar na flexão, abdução e rotação medial da coxa. Músculo sartório ■ Origem: espinha ilíaca anterossuperior. ■ Inserção: face proximal medial da tíbia, logo abaixo da tuberosidade. ■ Função: flexão e rotação lateral do quadril. Músculo quadríceps femoral ■ Origem: formado por quatro fortes músculos. Reto anterior — espinha ilíaca anteroinferior e logo abaixo do acetábulo do osso do quadril. Vasto lateral — trocânter maior e lábio lateral da linha áspera do fêmur. Vasto medial — lábio medial da linha áspera do fêmur. Vasto intermédio — face anterior da diáfise do fêmur. ■ Inserção: esses quatro músculos inserem-se na tuberosidade da tíbia, pela patela e ligamento da patela. ■ Função: extensão de joelho. Músculo bíceps femoral ■ Origem: possui duas origens. Cabeça longa — tuberosidade isquiática. Cabeça curta — lábio lateral da linha áspera. ■ Inserção: face lateral da cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia. ■ Função: flexão de joelho; a cabeça longa faz a extensão do joelho. Músculo semitendíneo ■ Origem: tuberosidade isquiática. ■ Inserção: face medial da epífise proximal da tíbia. ■ Função: flexão de joelho e extensão de quadril. Músculo semimembranáceo ■ Origem: tuberosidade isquiática. ■ Inserção: face medial da epífise proximal da tíbia. ■ Função: flexão de joelho e extensão de quadril. Músculo grácil ■ Origem: sínfise púbica e arco púbico. 30 ■ Inserção: face medial da tíbia logo abaixo do côndilo. ■ Função: adução e flexão de quadril. Músculo pectíneo ■ Origem: linha pectínea do púbis. ■ Inserção: proximalmente na eminência iliopectínea, tubérculo púbico e ramo superior do púbis e distalmente na linha pectínea do fêmur. ■ Função: adução e flexão de quadril. Músculo adutor longo ■ Origem: corpo do púbis. ■ Inserção: superfície anterior do púbis e sínfise púbica e linha áspera. ■ Função: adução e rotação lateral de quadril. Adutor curto ■ Origem: ramo inferior do púbis (porção adutora) e tuberosidade isquiática (porção extensora). ■ Inserção: ramo inferior do púbis e distalmente na linha áspera. ■ Função: adução e rotação lateral de quadril. Adutor magno ■ Origem: ramo inferior do púbis (porção adutora) e tuberosidade isquiática (porção extensora). ■ Inserção: tuberosidade isquiática e ramo do púbis e do ísquio. ■ Função: adução e rotação lateral de quadril. Músculo tibial anterior ■ Origem: côndilo lateral e dois terços proximais da diáfise da tíbia e membrana interóssea. ■ Inserção: face medial do 1º cuneiforme e 1º metatarsal. ■ Função: dorsiflexão e inversão do pé. Após conhecer as principais estruturas que compõem os membros superiores e inferiores, é interessante compreender como todos os músculos, ossos e articulações atuam para gerar o movimento corporal. (BIEDRZYCKI, 2021). 31 4 FISIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Fonte: fisiocale.com Todo movimento do corpo é causado por uma contração muscular. Essa contração começa com um estímulo, seja ele visual, tátil, olfativo ou auditivo. Esse estímulo chega ao cérebro, que envia um sinal ao neurônio motor avisando que um determinado músculo precisa ser contraído para realizar um determinado movimento. Essa informação percorre a medula espinhal e os nervosaté atingir os músculos, que precisam se contrair (WILMORE; COSTILL; KENNEY, 2010). Embora esse processo pareça demorado e tome muitos caminhos, não leva mais do que uma fração de segundo. É importante notar que o controle do sistema nervoso sobre uma resposta a um estímulo varia dependendo do movimento requerido. Quando o movimento é voluntário, o processo costuma ser mais complexo e mais lento, acionando o cérebro para depois distribuir as informações pela medula espinhal. Movimentos involuntários ou reflexos geralmente têm um processo subjacente mais simples e recrutam menos músculos para realizar o movimento. Para agilizar esse processo e também por conveniência, as informações saem do cérebro diretamente para a medula espinhal (WILMORE; COSTILL; KENNEY, 2010). A riqueza harmoniosa das estruturas contidas no corpo humano permite as mais diversas posições, sejam elas estéticas ou dinâmicas (VIEIRA, 2012). Mudanças 32 na posição corporal podem alterar o comportamento fisiológico e hemodinâmico do corpo humano, tais como: B. frequência cardíaca, pressão arterial e volume sistólico e, consequentemente, débito cardíaco, que modifica a pressão arterial e a frequência cardíaca (OLIVEIRA ; BRANDÃO; BORGES, 2016). (BIEDRZYCKI, 2021). A distribuição do sangue aos tecidos do corpo depende da demanda de oxigênio de cada local. Quando o corpo está em movimento, os músculos recrutadores recebem até 25% mais volume sanguíneo do que quando em repouso (WILMORE; COSTILL; KENNEY, 2010). Desta forma, o trabalho de alta intensidade estimula o fluxo sanguíneo e aumenta a frequência cardíaca. Se pensarmos em um trabalhador do que passa todo o dia de trabalho em pé estático, podemos imaginar imediatamente o que ele pode estar sentindo: inchaço nas pernas e pés, dor na parte inferior das costas, pernas e solas dos pés. Isso acontece porque os músculos devem manter uma contração contínua para permanecer em qualquer posição estática, não diferente da posição em pé, levando à fadiga muscular (IIDA; GIMARÃES, 2016). Soma-se a isso o estresse gravitacional, no qual uma força compressiva atua constantemente sobre a estrutura corporal e também afeta a homeostase circulatória (OLIVEIRA; BRANDÃO; BORGES, 2016). Nessa posição, é comum que o mecanismo da válvula nos vasos sanguíneos, que permite que o sangue volte da parte inferior do corpo para o músculo cardíaco, tenha dificuldade em contrariar a gravidade. Além disso, a contração muscular necessária para a manutenção da postura também representa um risco para a circulação sanguínea e linfática adequada, pois comprime ainda mais os vasos, o que pode levar a pequenos rasgos nos capilares muito finos e delicados, varizes e edema nos membros inferiores. É importante ressaltar que essas consequências vão além da estética e podem causar dificuldades na mobilidade dos membros inferiores (LUZ, 2006). Além disso, é possível que a posição prolongada em pé possa desencadear outros problemas de saúde, como inchaço, aumento do cansaço e fadiga física, dor, cãibras e peso nos membros inferiores (todos os sintomas de problemas circulatórios 2006). Almeida e Rosas (2018) concluíram em seus estudos que entre os funcionários públicos de um hospital, 62% queixavam-se de dores no ombro e 58% nas pernas. Quando os participantes foram questionados sobre quais partes do corpo 33 apresentavam dores que impediam e limitavam suas horas de trabalho, eles relataram dores nos cotovelos (58%), pulsos (54%) e pernas (50%). No contexto de longas jornadas de trabalho sem sentar, também é importante cuidar adequadamente dos pés, importante estrutura biomecânica do sistema musculoesquelético humano, complexa e única, em contato direto com uma superfície, proporcionando uma base de apoio estável e equilíbrio no apoio e estabilidade para o processo de marcha (MONTEIRO et al., 2010). Em geral, as ações ergonômicas projetadas para as estruturas do sistema musculoesquelético são fundamentais para evitar que sejam comprometidas por trabalhos repetitivos ou situações de esforço desnecessário. Segundo Corrêa (2014, p. 11) é preciso conhecer detalhadamente os princípios básicos do corpo humano e como ele se move no espaço e gera movimentos harmônicos, o que: [...] significa compreender e realizar a sequência correta de transferências de velocidade entre os diversos segmentos corporais para uma habilidade básica (por exemplo, arremessar) com um gasto menor de energia mecânica, utilizando uma postura específica que estabeleça o equilíbrio corporal e leve a um número menor de lesões. Quando entendemos que as estruturas do corpo em movimento estão conectadas através do tórax e que os membros inferiores fornecem a estrutura de sustentação de todo o corpo humano, que mantém seu apoio total nos pés, surgem questionamentos sobre as possíveis influências que os movimentos em movimento podem ter sobre o corpo. Postura, seja protetora ou como risco à saúde postural. (BIEDRZYCKI, 2021). (BIEDRZYCKI, 2021). 34 5 A ESTRUTURA LOCOMOTORA COMO REGULADORA DO MOVIMENTO E DA POSTURA CORPORAL Fonte: docplayer.com A postura pode ser entendida como um arranjo complexo de diferentes partes do corpo humano, englobando tanto posturas estáticas quanto dinâmicas, e tem a função de manter o corpo equilibrado em suas bases de sustentação. Para manter a postura e, consequentemente, o equilíbrio postural, é importante que o indivíduo seja capaz de adaptar suas respostas motoras à tarefa, ao ambiente e ao próprio peso corporal (CARRASCO, 2010). Os pés são a base principal do corpo humano e, portanto, são compostos por muitos receptores sensoriais que informam ao sistema nervoso central o peso e a pressão da superfície de apoio, e parece haver uma relação entre as adaptações posturais feitas pelos pés e postura homeostática (CARRASCO, 2010) É importante lembrar que, além do pé, outra estrutura importante é o tornozelo, uma articulação sinovial que permite uma ampla variedade de movimentos proprioceptivos necessários para evitar lesões – como lesões no tornozelo. Além da própria articulação, outras estruturas relacionadas como os ligamentos tibiais anteriores e os músculos são de suma importância (DUTRA et al., 2018). Embora os ligamentos do tornozelo sejam fortes, eles possuem uma propriedade inelástica, o que 35 significa que movimentos bruscos de inversão e eversão do pé levam à ruptura dessas estruturas (Figura 4) (BIEDRZYCKI, 2021). Todas essas estruturas são parcialmente responsáveis por um fenômeno crucial em nosso equilíbrio e postura: a propriocepção. A propriocepção ocorre involuntariamente, graças a mecanismos mecanorreceptores nas articulações, ligamentos, músculos, pele e tendões que enviam uma mensagem ao sistema nervoso central para fazer com que os músculos se adaptem para manter o equilíbrio corporal. Essas estruturas incluem os fusos musculares, que são mecanismos sensoriais proprioceptivos compostos por pequenas fibras que detectam mudanças no comprimento do músculo que indicam movimento. Existem também os órgãos tendinosos de Golgi, estruturas nos tendões musculares que detectam as mudanças de comprimento das fibras musculares e adaptam o corpo a qualquer tipo de movimento (ANDRADE FILHO; PEREIRA, 2015. (BIEDRZYCKI, 2021). Outra característica importante da postura é o centro de gravidade do corpo, que é completamente independente da velocidade da pessoa no espaço. Quando ocorre movimento corporal, principalmente do tronco, o centro de gravidade do corpo pode mudar e todos os seus músculos devem se ajustar, assim como a transmissão de informações sensoriais para manter o equilíbrio. Alguns fatores podem afetar a manutenção da postura, como levantar e/ou carregar cargas que colocam peso externo sobre o corpo e até mesmo o uso de determinados calçados (saltoalto, tamanho insuficiente, deformidades na sola, escorregadio) . ), ativando as estruturas proprioceptivas para manter o centro de gravidade. Nesse sentido, os saltos altos, amplamente usados pelas mulheres, implicam não só uma mudança na posição do pé, tornozelo, joelho, quadril e coluna, mas também uma pressão na sola do pé diferente daquela sentida contra a .terra. , visto que a maior parte do peso corporal repousa sobre os dedos dos pés, levando a distúrbios da marcha e equilíbrio e até o risco de queda (SANTOS, 2006). 36 Com cargas externas, pesos, caixas, bolsas e mochilas podem causar assimetrias posturais que levam a ajustes físicos e morfológicos e até mesmo a deformidades crônicas.Além disso, a marcha é prejudicada quando o corpo está carregado o que, aliado a cargas excessivas e longos períodos de exposição, podem levar a alterações incorrigíveis na capacidade funcional e na qualidade de vida (CARRASCO, 2010). Pode-se observar que as variáveis do sistema musculoesquelético, que são compostas por diversos fatores internos e externos, estão relacionadas à manutenção da postura. Fatores de sobrecarga, como muitas horas na mesma posição, transporte inadequado de cargas, bolsas e mochilas e calçados que não possuem as propriedades ergonômicas recomendadas podem levar a uma mudança na postura ideal. Dessa forma, as práticas de trabalho devem ser condizentes com os valores, técnicas e conceitos da ergonomia, criando mecanismos que visem preservar não só a saúde do sistema musculoesquelético, mas também o bem-estar do trabalhador (BIEDRZYCKI, 2021). 5.1 Membro superior O membro superior articula-se com o tronco através da cintura escapular (cintura escapular), que consiste nos ossos da clavícula e da escápula. Clavícula e Ossos do Membro Superior: A clavícula articula-se com o manúbrio do esterno através da articulação esternoclavicular, que é a única articulação do membro superior com o esqueleto axial, e também articula-se com a escápula através da articulação acromioclavicular. Os ossos da extremidade superior incluem: úmero (braço), rádio e ulna (antebraço), ossos do carpo (punho), metacarpos e falanges (dedos). Úmero: O úmero é um osso proximal do membro superior e sua extremidade proximal articula-se com a escápula através da articulação glenoumeral (articulação do ombro), enquanto sua extremidade distal articula-se com o rádio e a ulna através das articulações úmero-radial e úmeroulnar em formação até o articulação do cotovelo. 37 Punho: O punho consiste em oito ossos do carpo agrupados em duas fileiras, com a fileira distal articulando-se com os ossos metacarpais da mão.Os metacarpos articulam-se com as falanges proximais para formar o esqueleto da mão. O polegar tem apenas as falanges proximal e distal, e os outros dedos têm três falanges: as falanges proximal, média e distal. A anatomia humana é uma disciplina de extrema importância para todos os estudantes ingressantes na área da saúde. Nela, os alunos aprendem a forma e a localização das estruturas do corpo humano, correlacionando-as com suas funções (LINS et al., 2012, apud FABBRIS, 2018). 5.2 Membro Inferior O membro inferior está conectado ao esqueleto axial pela cintura escapular, que é formada pelos ossos do quadril (pélvicos). Cada osso do quadril é formado pela fusão de três ossos: o ílio, o ísquio e o púbis, que se separam no nascimento. Fêmur: O fêmur se articula com o osso do quadril através do acetábulo. A pélvis é uma estrutura formada para trás pelos ossos do quadril, sacro e cóccix. A abertura inferior da pelve é fechada pelos músculos do assoalho pélvico, que sustentam os órgãos intrapélvicos durante a vida. O membro inferior é composto pelo fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarso, metatarso e falanges. O fêmur é considerado o osso mais longo e pesado do corpo e se articula distalmente com a tíbia na articulação do joelho. Patela: A patela é um osso sesamoide formado dentro do tendão do quadríceps e tem a função de proteger a parte anterior da articulação do joelho. Tíbia e fíbula: A tíbia situa-se medialmente à perna e articula-se proximalmente com os côndilos femorais através dos côndilos lateral e medial. Distalmente, a tíbia articula- se com o tálus no tornozelo. Além disso, a tíbia se articula lateralmente com a fíbula, o osso lateral da perna. Embora a fíbula não esteja envolvida na articulação do joelho, ela serve como local de fixação muscular e estabilidade no tornozelo. Pés: O pé consiste nos ossos do tarso, metatarso e dedo do pé. Os ossos do tarso são: tálus, calcâneo, cubóide, navicular e cuneiformes medial, intermediário e lateral. Os ossos cubóide e cuneiforme articulam-se distalmente com os ossos metatarsais. Os ossos metatarsais articulam-se com os ossos das falanges proximais. O dedão do 38 pé tem apenas as falanges proximal e distal, enquanto os outros dedos têm três falanges. 5.3 Coluna vertebral e Tórax A coluna do adulto é composta por 26 ossos e 33 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 1 sacro (composto por 5 vértebras fundidas) e 1 cóccix (composto por 4 vértebras fundidas). Redemoinho). De todas as vértebras, apenas duas (sacro e cóccix) não se movem, as restantes (cervicais, torácicas e lombares) são móveis. Além disso, a coluna vertebral abriga a medula espinhal, que permite a passagem dos nervos espinhais que mantêm a postura e o movimento do tronco e da cabeça. A coluna também tem quatro curvas: duas curvas primárias e duas curvas secundárias. Curvas primárias: curvas torácicas (cifose torácica) e sacrais (cifose sacral). Estes são formados durante o desenvolvimento fetal. Curvaturas secundárias: curvaturas da coluna cervical (lordose cervical) e da coluna lombar (lordose lombar). Eles aparecem alguns meses após o nascimento, suportam o peso corporal e se intensificam quando a criança começa a andar. O esqueleto do tórax consiste nas costelas que formam a parte anterolateral, o esterno correndo ao longo da linha média do tórax e as vértebras torácicas atrás. As vértebras torácicas articulam-se atrás do esqueleto torácico através das articulações costovertebrais. Existem 12 pares de costelas (I a XII), os sete primeiros são classificados como costelas verdadeiras porque se articulam diretamente com o esterno através de cartilagens individuais (cartilagens costais). As costelas VIII, IX e X são classificadas como falsas porque estão conectadas indiretamente ao esterno através da cartilagem costal da VII costela. As costelas XI e XII são classificadas como flutuantes porque não estão conectadas ao esterno. As partes de uma costela típica são: cabeça, pescoço, tubérculo e corpo da costela. O ângulo da costela indica onde o corpo começa sua curva em direção ao esterno. 39 O esterno é um osso plano composto por três partes: o manúbrio, que se articula com a clavícula e as cartilagens costais do primeiro par de costelas; o corpo, que representa a maior parte e possui os entalhes das costelas do II a VII par de costelas; e o processo xifóide, que é a parte mais baixa e menor e serve para fixar o diafragma e o reto abdominal. 6 SISTEMA MUSCULAR Fonte: conhecimentocientifico.com Os músculos da cabeça e do pescoço incluem os músculos da face, os músculos extraoculares, os músculos da mastigação e os músculos da garganta. Os músculos faciais estão envolvidos na expressão facial e estão ligados à superfície do crânio, enquanto os músculos extraoculares são responsáveis pela posição e movimento do globo ocular. Os músculos da mastigação são responsáveis pelo movimento da mandíbula e da articulação temporomandibular. Os músculos da língua são responsáveis pelos movimentos da língua ao engolir e falar, enquanto os 40 músculos da faringe desempenham um papel na deglutição. Existem váriosmúsculos na frente da garganta que são responsáveis por controlar a posição da laringe e abrir a boca, além de fornecer suporte para os músculos da língua e da garganta.Esses músculos do pescoço também podem ser classificados de acordo com sua localização em relação ao osso hióide, dividindo-os em supra-hióideos e infra-hióideos. 6.1 Membro superior Os músculos do membro superior são divididos em músculos que posicionam a cintura escapular, músculos que movem o braço, músculos que movem o antebraço e mão e músculos que movem as mãos e dedos. Os músculos que posicionam o cíngulo superior são: levantador da escápula, peitoral menor, rombóides, serrátil anterior, subclávio e trapézio. Estes trabalham em conjunto com os músculos que movem o braço e são formados pelos músculos: coracobraquial, deltoide, supraespinhal, infraespinhal, subescapular, redondo maior, redondo menor, grande dorsal e peitoral maior. Os tendões supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor se ligam à cápsula articular do ombro e formam o manguito rotador, que fortalece e sustenta a articulação. Os músculos que movimentam o antebraço e a mão geralmente se originam no úmero e são formados pelos seguintes músculos: braquial, braquiorradial, bíceps braquial, tríceps braquial, ancôneo, flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo, palmar longo, pronador quadrado, pronador redondo, supinador, extensor ulnar do carpo, extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do carpo. Em geral, a musculatura extensora está localizada na superfície posterior e lateral do antebraço, enquanto que a musculatura flexora está localizada nas porções anterior e medial do antebraço. Os músculos que movimentam a mão e os dedos são divididos em músculos intrínsecos e extrínsecos da mão. Os músculos extrínsecos que movimentam os dedos estão localizados no antebraço: abdutor longo do polegar, extensor dos dedos, extensor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor do indicador, extensor do dedo mínimo, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos e flexor longo 41 do polegar. A musculatura intrínseca é formada pelos músculos da mão: adutor do polegar, oponente do polegar, palmar curto, abdutor do dedo mínimo, abdutor curto do polegar, flexor curto do dedo mínimo, flexor curto do polegar, oponente do dedo mínimo, lumbricais, interósseos dorsais e interósseos palmares. 6.2 Membro inferior Os músculos do membro inferior podem ser divididos em músculos que movem a coxa, músculos que movem a perna e músculos que movem os pés e dedos dos pés. Os músculos que movimentam a coxa têm origem na pelve, a saber: glúteos (máximo, médio e mínimo), tensor da fáscia lata, piriforme, obturadores (interno e externo), gêmeos (superior e inferior), quadrado femoral, adutor magno, adutor curto, adutor longo, pectíneo, grácil e iliopsoas. Os músculos que movimentam a perna são separados em dois grupos: os extensores da perna, localizados na parte anterior da coxa e os músculos flexores da perna, localizados na parte posterior da coxa. Os músculos extensores da perna são: reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio e os músculos flexores são: bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo, sartório e poplíteo. Os músculos que movimentam o pé e os dedos são divididos em músculos extrínsecos do pé e dos dedos e músculos intrínsecos. Os músculos extrínsecos estão localizados sob a tíbia e a fíbula: tibial anterior, gastrocnêmio medial e gastrocnêmio lateral, fibular curto, fibular longo, plantar, sóleo, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor do hálux, extensor longo dos dedos e extensor longo do hálux. Os músculos extensores e dorsiflexores estão localizados na parte anterior da tíbia e da fíbula e os músculos flexores estão localizados na face posterior da tíbia e da fíbula. Finalmente, os músculos intrínsecos do pé, e que movimentam os dedos, possuem suas inserções nos ossos do tarso, metatarsos e falanges: músculos interósseos dorsais e plantares, músculo flexor curto do hálux, músculo adutor do hálux, músculo abdutor do hálux, músculo flexor curto dos dedos, músculo quadrado 42 plantar, músculos lumbricais, músculo flexor curto do dedo mínimo e músculo extensor curto dos dedos. 6.3 Dorso Os músculos do dorso estão dispostos em grupos anterior e posterior. Os músculos do grupo anterior, pré-vertebrais, incluem músculos do pescoço e da parede posterior do abdome. Os do grupo posterior, pós-vertebrais, compreendem vários músculos dispostos: Mais superficialmente estão o trapézio e o grande dorsal. Em posição média estão o levantador da escápula, os romboides e os serráteis posteriores. Mais profundamente situam-se os músculos do dorso propriamente dito ou pós-vertebrais profundos, inervados pelos ramos dorsais dos nervos espinhais. Eles atuam sobretudo na coluna vertebral. Os músculos serráteis posteriores são dois músculos delgados, parcialmente membranosos e de pouca significação. O serrátil póstero-superior, coberto pelo músculo rombóide, estende-se do ligamento da nuca e dos processos espinhosos da 7ª vértebra cervical e de várias vértebras torácicas superiores até as costelas (2ª a 5ª). O músculo serrátil póstero-inferior, coberto pelo grande dorsal, estende-se dos processos espinhosos das vértebras torácicas inferiores para as quatro costelas inferiores. Os músculos pós-vertebrais situados mais profundamente constituem duas grandes massas em relevo nos lados da coluna vertebral, facilmente palpáveis. A massa muscular longitudinal, de cada lado, compõe-se de três camadas de músculos pós-vertebrais. Camada profunda: Constituída por músculos interespinhais. Unem os processos espinhosos das regiões cervical e lombar. Músculos intertransversais: Unem os processos transversos adjacentes. Os músculos que se originam nos processos transversos e se dirigem medial e superiormente para se fixarem na lâmina da vértebra suprajacente são rotadores curtos. Os músculos levantadores das costelas têm origem nos processos transversos e prendem-se nas costelas subjacentes e só existem na região torácica. Os músculos 43 suboccipitais, que movem a cabeça, pertencem também ao grupo de músculos pós- vertebrais profundos. Camada média: Os músculos da camada média cobrem os profundos e têm disposição bastante complicada, com maior grau de fusão e alguns feixes saltando vários segmentos, o que lhes valeu o nome de complexo transverso-espinhal. Seus componentes são: o músculo multífido, o músculo semiespinhal do tórax, o músculo semiespinhal do pescoço, o músculo semiespinhal da cabeça. Camada superficial: Os músculos da camada superficial são denominados em conjunto, eretor da espinha ou complexo sacro-espinhal. A porção mais inferior origina-se no ílio, em vértebras lombares e em espessa aponeurose estendida neste intervalo, de onde ascende lateralmente até a última costela. Entre os músculos da camada superficial deve ser incluído o músculo esplênio que cobre os outros músculos pós-vertebrais nas regiões torácicas alta e cervical. Coluna lateral: denominada músculo iliocostal, formada pelos músculos iliocostal lombar, iliocostal torácico e iliocostal cervical. Coluna intermédia: denominada músculo dorsal longo, sendo subdividida nos músculos longuíssimo do tórax, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça. Coluna medial: denominada músculo espinhal, são os músculos espinhal do tórax, espinhal do pescoço e espinhal da cabeça. 44 7 POSTURA Fonte: metrojornal.com.br A postura pode ser definida como: “Estado de equilíbrio entre músculos e ossos, com capacidade de proteger as demais estruturas do corpo humano dos traumatismos, seja na posição em pé, sentado ou deitado” (BRACCIALLI, 2000, apud NEVES, 2016). Para realizar uma boa avaliação postural, temosque ter em mente o que é postura e qual é a postura correta. Postura é a posição na qual você mantém seu corpo contra a gravidade enquanto está em pé, sentado ou deitado. A boa postura implica em treinar o corpo para ficar na posição de pé, deambular, sentar e deitar em posições que gerem menor tensão possível nos músculos de suporte e nos ligamentos, seja durante o movimento ou nas atividades de suporte de peso. Inclui também manter os ossos e articulações no alinhamento postural ideal, fazendo com que os músculos sejam utilizados de forma apropriada, evitando alinhamentos anormais da coluna vertebral. Existem fatores que influenciam a postura, como: Condições Hereditárias; Posturas que assumimos durante o trabalho ou durante movimentos repetitivos; Fatores Patológicos; Trauma (resultando em danos nos tecidos e/ou ossos); Equilíbrio https://blogpilates.com.br/postura-e-o-metodo-pilates/ https://blogpilates.com.br/a-rotacao-correta-da-coluna-vertebral/ 45 Muscular alterado, ou seja, mudanças na interação entre músculos ou grupos musculares diferentes; fraqueza muscular. Até o modo que dormimos pode influenciar na postura. A posição mais recomendada para dormir é de lado ou de barriga para cima, tentando sempre manter a coluna alinhada. Para o controle da postura é necessário a intervenção e interação de alguns sistemas, tais como: Sistema visual: Baseado nas informações sobre o ambiente, localização, direção e velocidade do movimento. Possui como função, de maneira geral, orientar o posicionamento e o movimento da cabeça em relação ao meio externo. Possui um importante papel no planejamento de reação antecipatória. Sistema somatossensorial: Baseado nas informações de contato e posição do corpo, possui receptores pelo corpo, que respondem a estímulos de tato, temperatura, dor e propriocepção. Estes receptores proprioceptivos enviam as informações da posição do corpo para o Sistema Nervoso Central. Sistema vestibular: Baseado nas forças gravitacionais, é responsável pelo envio sobre o posicionamento da cabeça em relação as mudanças temporais das velocidades angular e linear. O mecanismo de controle postural se dá através de um processo executado pelo Sistema Nervoso Central em que padrões de atividades musculares são produzidos para que ocorra uma relação entre o centro de massa e a base de sustentação. 7.1 Estabilidade corporal Teixeira (2010) afirma que, como o controle postural utiliza informações de vários sistemas (sistema visual, sistema vestibular, sistema somatossensorial), a sua estabilidade é garantida mesmo que haja problema em algum deles. Essa estabilidade irá depender da noção da posição e movimento do corpo em relação ao campo gravitacional e do Ambiente em que esse corpo se encontra. 46 O sistema de controle postural é integrante do sistema de controle motor e alguns autores consideram que os ajustes posturais necessários para manter o corpo em posição ereta irão depender de certo feedback sensorial. Vindo ele do sistema sensorial, proprioceptivo, visual e cutâneo e estratégias associadas aos movimentos voluntários. Os Músculos Eretores da Coluna, em conjunto com os músculos do Core (Transverso do Abdome, Reto Abdominal, Oblíquo) sustentam a Coluna Vertebral. A grande importância é a manutenção destes músculos através do fortalecimento dos mesmos. Magee (2002) relata que qualquer posição que aumente o estresse sobre as articulações, pode ser vista como uma postura inadequada. 8 ANAMNESE E AVALIAÇÃO INICIAL A Anamnese reconstrói os fatos do paciente que incitaram as causas da doença para que dessa forma o diagnóstico seja seguro. É importante conversar com o paciente sobre o vestuário do mesmo durante a avaliação. Para se obter uma boa avaliação (conseguir visualizar todas as áreas que serão avaliadas) o mesmo deverá usar roupas confortáveis, como por exemplo roupas de banho: biquíni para as mulheres e sunga para os homens. Também é possível utilizar top ou bermudas acima dos joelhos. 8.1 Componentes da Anamnese FICHA DE ANAMNESE Nome: Sexo: Idade: Endereço: Telefone de contato: Data da Avaliação: Profissão Encaminhamento: Diagnóstico Médico: IMC (Peso/Altura²): https://blogpilates.com.br/fraqueza-do-core/ https://blogpilates.com.br/fraqueza-do-core/ 47 Queixa Principal: História de Doenças Familiares: História da Doença Atual (HDA): História da Doença Pregressa: Outras Patologias: AVALIAÇÃO POSTURAL VISTA ANTERIOR CABEÇA: ( ) Alinhada ( ) Rodada à D ( ) Rodada à E ( ) Inclinada à E ( ) Inclinada à D. ALTURA DOS OMBROS: ( ) Nivelados ( ) Esquerdo mais elevado ( ) Direito mais elevado CLAVÍCULA: ( ) Simétricas ( ) Oblíquas para baixo LINHA ALBA: ( ) Retilínea ( ) Desvio à E ( ) Desvio à D TRIÂNGULO DE TALLES: () Simétricos ( ) Maior à D ( ) Maior à E TESTE DE ADAMS: () Sem giba () Gibosidade à E ( ) Gibosidade à D ALTURA DAS MÃOS: () Simétricos () D mais alta ( ) E mais alta CRISTA ILÍACA: () Simétricas () D mais alta ( ) E mais alta ESPINHA ILÍACA ANTERO-SUPERIOR (EIAS:) ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta JOELHOS: () Valgo ( ) Varo ( ) Normal PATELAS: () Convergentes ( ) Divergentes ( ) Normais PÉS: ( ) Planos ( ) Cavos ( ) Normais HÁLUX: ( ) Hálux Valgo ( ) Alinhado VISTA LATERAL CABEÇA: ( ) Anteriorizada ( ) Posteriorizada ( ) Normal CERVICAL: ( ) Hiperlordose ( ) Retificada ( ) Normal OMBRO: ( ) Protusos ( ) Anteriorizado ( ) Posteriorizados ( ) Normais MÃOS: ( ) Anterior à Coxa ( ) Posterior à Coxa ( ) Alinhadas DORSO: ( ) Curvo ( ) Plano ( ) Normal ABDOMEN: ( ) Protuso ( ) Ptose ( ) Normal LOMBAR: ( ) Hiperlordose ( ) Retificada ( ) Normal PELVE: ( ) Anteversão ( ) Retroversão ( ) Normal TRONCO: ( ) Antepulsão ( ) Retropulsão ( ) Normal JOELHOS: ( ) Recurvatum ( ) Fletidos ( ) Normal VISTA POSTERIOR CABEÇA: ( ) Alinhada ( ) Rodada à D ( ) Rodada à E ( ) Inclinada à E ( ) Inclinada à D. ALTURA DOS OMBROS: ( ) Nivelados ( ) Esquerdo mais elevado ( ) Direito mais elevado ESCÁPULAS: ( ) D mais alta ( ) E mais alta ( ) Rotação Superior à D ( ) Rotação Superior à E ( ) Rotação Inferior à D () Rotação Inferior à E ( ) Escápulas Abduzidas ( ) Escápulas Aduzidas () Escápula Alada à D () Escápula Alada à E () Simétricas. TESTE DE ADAMS: () Convexidade à D ( ) Convexidade à E Local: () LOMBAR () TORÁCICA () CERVICAL () EM “s” 48 PREGA GLÚTEA: ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta LINHA POPLÍTEA: ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta CALCÂNEO: ( ) Simétricos ( ) Valgo ( ) Varo Testes específicos: Palpação Perimetria Goniometria Tipo de marcha: OBSERVAÇÕES: 9 AVALIAÇÃO POSTURAL Fonte: cienciadotreinamento.com Segundo Kisner (1985), o alinhamento postural ideal é definido, a partir de uma vista lateral, como uma linha reta na vertical, que passa pelo lobo da orelha, dos corpos das vértebras cervicais, da ponta do ombro, na linha média do tórax, através dos corpos das vértebras lombares, ligeiramente posterior à articulação do quadril, discretamente anterior ao eixo da articulação do joelho e imediatamente ao maléolo lateral. Neste tipo de alinhamento postural, espera-se que toda a estrutura corpórea, com seus músculos e articulações, encontre-se em equilíbrio, tendo o mínimo de esforço e sobrecarga, proporcionando assim uma ótima eficiência do aparelho locomotor. 49 Mesmo existindo um consenso em relação à boa postura e suas implicações, a postura corporal é um fenômeno complexo e de difícil mensuração. Porém há tempos a avaliação da postura corporal na posição ortostática, tem sido amplamente utilizadacomo um instrumento de diagnóstico, planejamento e acompanhamento de tratamentos. O ideal é realizarmos uma avaliação que aborde tanto a parte estática da postura, quanto a parte dinâmica, para podermos traçar os objetivos corretos e garantir que o Método tenha o efeito desejado de acordo com a necessidade de cada indivíduo. A avaliação puramente observacional não permite verificar pequenas alterações, dando margem a erros e variações entre examinadores. Desta forma a utilização da fotogrametria pode facilitar a quantificação das variáveis morfológicas relacionadas à postura, trazendo dados mais confiáveis. Fato este, torna-se importante para a credibilidade da fisioterapia clínica. (IUNES, 2005, apud CARDOZO, 2012). Segundo Balduino (2012), para se ter um tratamento eficiente e que atinja os objetivos propostos, é necessária uma avaliação bem-feita de forma a permitir um diagnóstico cinético-funcional bem elaborado. Sendo assim, uma boa Avaliação Postural Estática irá permitir um bom tratamento. Para se entender uma Avaliação Postural Estática, é preciso conhecermos as definições descritas de posturas. Segundo Kendall (1987), a postura corporal é um conjunto das posições de todas as articulações do corpo dado em qualquer momento. O controle postural será a habilidade em que o corpo possui de manter o centro de massa corporal dentro de uma base de apoio tanto em uma postura estática quanto em uma postura dinâmica (SALVE 2003, MELO 2009). 9.1 Tipos de avaliação postural Estática: Indica desequilíbrios musculares ou alterações no comprimento do músculo (longo, fraco, curto ou tenso). A postura estática irá indicar áreas de desequilíbrios, dando assim, a possibilidade de alterar a qualidade do movimento e a habilidade de realizar o exercício. https://blogpilates.com.br/pilates-na-hipercifose-toracica/ https://blogpilates.com.br/importancia-da-postura-corporal/ 50 Fonte: aulasdefisioterapia.com Dinâmica: É avaliada durante o movimento em atividades específicas, exercícios dinâmicos irão demonstrar qualquer padrão incorreto de movimento. Na avaliação dinâmica incluímos movimentos assistidos e realizados pelo paciente. O objetivo é identificar os esquemas adaptativos realizados pelo corpo para proteger suas estruturas. O corpo sempre estará buscando posturas de readaptabilidade para respeitar as três leis biomecânicas: Lei do Equilíbrio: o corpo prioriza sempre o equilíbrio corporal; Lei do Conforto: o funcionamento do corpo deve sempre ser confortável, caso não esteja ele realizará compensações para alcançar esse estado; Lei da Economia: o corpo sempre busca a economia energética, mesmo que isso signifique compensações e perda de mobilidade. Segundo Kendall (1987), se faz necessário ter um conhecimento também dos princípios básicos relacionados ao alinhamento, articulações e músculos, que segundo ele são: O alinhamento anormal é consequência de estresses indevidos nos ossos, articulações, ligamentos e músculos; O posicionamento das articulações aponta quais musculaturas podem estar alongadas ou encurtadas; Relação entre os testes musculares e o alinhamento, se a postura for habitual; A musculatura encurtada provoca a aproximação entre sua origem e inserção; https://www.janainacintas.com.br/leis-das-cadeias-musculares/ https://blogpilates.com.br/musculos-eretores-da-coluna/ 51 Relação entre o encurtamento adaptativo e a permanência da musculatura encurtada; A musculatura fraca provoca a separação entre origem e inserção; A musculatura fraca associada com o alongamento pode ocorrer em músculos que já permanecem alongados. Os desvios posturais que se manifestam na população são denominados de três formas: hiperlordose lombar, hipercifose dorsal e escoliose. A hiperlordose lombar é o aumento exagerado da curvatura lombar, hipercifose dorsal é o aumento da região dorsal, e escoliose avalia a curvatura lateral da coluna. (CESAR, 2004, apud NEVES, 2016). 9.2 Avaliação estática Fonte: scielo.br Imagem mostra Análise postural estática com o programa SAPO (a) vista anterior, (b) vista posterior, (c) vista lateral direita, (d) vista lateral esquerda. Na posição em pé o avaliador, irá examinar a vista anterior, a posterior e as laterais. Em todas as posições analisadas o avaliador tomará como referência a linha vertical da gravidade. Todos os seguimentos que, de acordo com os critérios do avaliador, não estiverem compatíveis com este eixo perpendicular ao solo, podem ser considerados em desequilíbrio 52 Vista anterior: Observar na vista anterior o avaliador se o alinhamento da cabeça em relação aos ombros; se tem rotação interna de ombros; se as clavículas encontram-se niveladas e são iguais; o ângulo de correção em cada cotovelo é igual; os joelhos são retos; as cabeças das fíbulas encontram-se niveladas; os pés apresentam uma angulação lateral igual; entre outras características. Vista lateral: Observar o paciente de lado, procurando verificar se o lóbulo da orelha está alinhado à ponta do ombro e o ponto alto da crista ilíaca; se cada segmento da coluna vertebral apresenta uma curva normal; o ângulo pélvico é normal; os joelhos estão discretamente flexionados; Vista posterior: Observar se os ombros encontram-se nivelados e a cabeça encontra-se na linha média; as espinhas e os ângulos inferiores das escápulas encontram-se nivelados; a coluna vertebral esta reta ou possui curvaturas; os ângulos da cintura encontram-se nivelados; as espinhas ilíacas póstero superiores encontram- se niveladas; as articulações dos joelhos encontram-se niveladas; entre outras características. 9.3 Tabela de Grau de Eficiência Muscular GRADUAÇÃO MUSCULAR DESCRIÇÃO GRAU V Normal Movimentação completa contra a gravidade e com resistência total GRAU IV Bom Movimentação completa contra a gravidade e com alguma resistência GRAU III Mediano Movimentação completa contra a gravidade GRAU II Sofrível Movimentação completa eliminada a gravidade GRAU I Difícil Evidência de pouca contratilidade, não havendo mobilidade articular GRAU 0 Não há evidência de contratilidade 53 9.4 Prova de Função Muscular Testes de Função Muscular do Ombro Exame Muscular: O exame da musculatura do ombro inclui a avaliação de nove movimentos: flexão, extensão, abdução, adução, rotação externa, rotação interna, elevação da escápula (shrug), retração da escápula (posição de “atenção”) e extensão do ombro (alcance). Dada a dimensão dessa discussão, esses esportes foram divididos em diferentes categorias. No entanto, para que o exame seja mais tranquilo, adquira o hábito de passar de um exame para o outro sem interrupção. Por exemplo, sabe-se que o arco descrito pelo movimento de flexão é contínuo com o arco de extensão, como o teste de extensão após a flexão. Durante o exame neurológico, o paciente pode ficar em pé ou sentado, dependendo do que for mais confortável. Os músculos da cintura escapular foram examinados pela equipe funcional. A avaliação postural clássica, ou seja, aprendida no ensino de graduação e, normalmente, realizada pelos fisioterapeutas, baseia-se inicialmente na análise visual por meio da observação qualitativa das curvaturas da coluna vertebral e por assimetrias corporais no plano sagital e frontal anterior e posterior. (DUNK, 2004, apud IUNES, 2009). Flexão Flexores primários: nervo deltoide axilar anterior, C5; Coracobraquial musculocutâneo, C5C6. Flexores secundários: peitoral maior (cabeça da clavícula); Bíceps; parte anterior do músculo deltoide. De pé atrás do paciente, coloque a palma da mão para baixo no acrômio para estabilizar a escápula e palpar o deltóide anterior. Com a mão livre perto do cotovelo, envolva a frente do braço e do bíceps. Quando o cotovelo estiver flexionado a 90 graus, peça ao paciente para começar a flexionaro ombro. Uma vez que este movimento tenha começado, aumente gradualmente a resistência até encontrar a resistência máxima de que ela pode superar. Examine o ombro oposto para um ponto de referência e avalie a descoberta de acordo com a força do músculo. 54 Extensão Extensores primários: nervo toracodorsal grande dorsal, C6, C7, C8; nervo circular subescapular, C5, C6; nervo axilar deltóide posterior, C5 e C6. Extensores menores: redondo menor; tríceps (parte longa). Permaneça em pé atrás do paciente com a mão firme no acrômio. Coloque o polegar atrás do ombro para que a tensão no deltoide posterior possa ser avaliada durante a extensão ativa; segure a mão que fornece resistência atrás do cotovelo com a eminência tenar e a palma voltada para a parte posterior do úmero. Palpe o bíceps com o polegar ao examinar os músculos responsáveis pelo alongamento. Para que a transição do teste de flexão para o teste de extensão não seja abrupta, basta mover a mão que aplica a resistência (anteriormente na posição frontal) para a posição atrás do braço Peça ao paciente para dobrar o cotovelo e estender lentamente o braço para trás. À medida que o ombro se move em extensão, aumente gradualmente a pressão para determinar a resistência máxima que você pode superar. Abdução Fonte: actafisiatrica.org.br Abdutores primários: nervo axilar deltoide médio, C5 e C6; nervo supraescapular, C5, C6. Abdutores secundários: Deltóide anterior e posterior; serrátil anterior (atua diretamente na escápula). Fique de costas para o paciente. Continue a estabilizar o acrômio, porém, ele desliza a mão lateralmente para que também possa palpar o meio do deltóide enquanto segura a cintura escapular. Aproxime a outra mão 55 do cotovelo, mas mova-a em direção ao lado posterolateral do úmero para obter resistência máxima. Sua palma deve agora ser pressionada contra o epicôndilo lateral do úmero e na linha do côndilo, mantendo os dedos em volta da frente do braço. Peça ao paciente para abduzir o braço e aumentar gradualmente a pressão à medida que o movimento começa para determinar a resistência máxima que ele pode superar. Adução Adutores primários: nervos torácicos medial e anterolateral do peitoral maior, C5, C6, C7, C8, T1; nervos torácicos dorsais do músculo grande dorsal C6, C7, C8. Adutores secundários: redondo maior; deltóide anterior. Permanecendo atrás do paciente, use uma mão para prender a alça do ombro ao acrômio enquanto a outra mão fornece resistência perto do cotovelo. Como o peitoral maior é o músculo adutor primário, mova a mão que estabiliza a cintura escapular anterior e inferior ao acrômio para palpar o peitoral maior durante o exame dos adutores. Oriente o paciente de modo que seu braço seja aduzido em vários graus e coloque a mão de resistência em uma posição que permita que o polegar repouse no plano médio do úmero. Faça com que o paciente comece a adução enquanto aumenta gradualmente a resistência até ver o que o paciente pode superar. A escoliose é uma alteração tridimensional das vértebras, caracterizada por uma curvatura lateral da coluna vertebral. Ocorre extensão, inclinação lateral e rotação das vértebras da região acometida. A rotação acontece em direção à convexidade da curva e, na coluna torácica, as costelas acompanham o movimento, gerando uma caixa torácica mais estreita desse lado (HALL, 2007, apud DOS SANTOS 2012). Rotação externa Rotadores externos primários: nervo supraescapular infraespinal, C5, C6; ramos menores do nervo axilar, C5. Rotadores Externos Menores: Deltóide posterior. Posicione-se ao lado do paciente e peça para ele dobrar o cotovelo 90º, mantendo o antebraço em posição neutra. Estabilize os membros mantendo os cotovelos dobrados contra a cintura. Essa manobra evitará que o paciente substitua a rotação externa pela adução. Desloque a mão resistente para o punho de modo que a eminência tenar fique no lado dorsal do punho do paciente para resistência máxima. Dada a necessidade de aplicar resistência e manter a estabilidade longe das saliências dos músculos que constituem a rotação externa, esses músculos não 56 podem ser palpados durante o teste de mobilidade. Esses músculos são profundos e, portanto, não podem ser palpados de forma alguma. Instrua o paciente a girar o braço para fora. Enquanto ele faz a rotação externa, gradativamente aumente a resistência até determinar o máximo que pode ser vencido. Rotação interna e rotação externa Fonte: actafisiatrica.org.br Rotação interna Rotadores internos primários: nervos subescapulares superior e inferior, C5, C6; nervo peitoral maior medial e peitoral anterolateral, C5, C6, C7, C8, T1; nervo toracodorsal grande dorsal, C6, C7, C8; nervo subescapular inferior redondo, C5, C6. Rotadores internos secundários: parte anterior do deltoide. Permanecendo ao lado do paciente, guie-o para que ele mantenha o cotovelo flexionado a 90º enquanto o braço permanece fixo e o cotovelo pressionado contra a cintura. A fixação do cotovelo evita que o paciente substitua a rotação interna pela abdução. Mantendo a mão estabilizadora próxima ao pulso, mova os dedos de forma que eles envolvam a palma do pulso, com a palma da mão no processo estilóide radial. Peça ao paciente para girar gradualmente o braço na frente do corpo e aumentar gradualmente a resistência à medida que o paciente realiza esse movimento. Elevação da escápula: (encolhimento dos Ombros). 57 Fonte: Efdeportes.com Elevadores primários: N. trapézio acessório da coluna; Levantador da escápula C3, C4 e muitas vezes ramos do nervo escapular dorsal, C5. Elevadores secundários: rombóide maior; diamante pequeno. Posicione-se de costas do paciente e coloque as duas mãos em um dos acrômios. A posição lateral da mão permite o movimento livre do trapézio e promove uma base de apoio firme. Cada mão, ao mesmo tempo em que resiste ao movimento da axila, promove o equilíbrio do outro lado. Coloque o polegar atrás do lado lateral do músculo trapézio para que o músculo possa ser sentido durante o teste de mobilidade. O levantador da escápula surge no ângulo superomedial da escápula, bem abaixo do trapézio e, portanto, não é acessível à palpação. Instrua o paciente a encolher os ombros e pressionar lentamente as mãos para baixo para avaliar quanta resistência o paciente pode superar. Normalmente, o elevador da escápula pode manter a escápula elevada apesar da resistência. Eles devem ser testados bilateralmente e quaisquer diferenças entre as pesquisas devem ser anotadas. Retração da escápula: (“Posição de Atenção”). 58 Fonte: Scapular Dyskinesis and Its Relation to Shoulder Injury- Kibler, et al. 2012 Retratores primários: rombóide maior nervo escapular dorsal, C5; rombóide menor nervo escapular dorsal, C5. Retrator secundário: trapézio. Fique de frente para o paciente e coloque as mãos nos ombros do paciente, palmas voltadas para o acrômio e dedos na parte de trás do ombro. Os dedos do examinador devem permanecer atrás do ombro para que ele possa avaliar a força do movimento enquanto o paciente tenta pressionar ou flexionar os ombros em torno do ponto pivô que formará o polegar. Peça ao paciente para mover os membros de volta para uma posição de atenção (retração máxima) e, em seguida, faça com que seus dedos apliquem pressão lentamente para arquear os ombros em direção ao polegar. Tenha cuidado para não afundar os dedos nos músculos do paciente. Extensão da escápula: (Alcance ou teste de Apley). Fonte: cbosteopatia.com.br 59 Extensores primários da escápula: serrátil anterior nervo torácico longo, C5, C6, C7. A extensão escapular refere-se ao movimento da escápula na frente do tórax com o objetivo de alcançar os últimos graus de alongamento e alcance. Para preparar o paciente,
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