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Resumo 1 - Proteção Internacional dos Direitos Humanos

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Direitos Humanos 
 
 
 
 
A proteção desses direitos recai 
em 3 sub-ramos do Direito 
Internacional Público: 
1. Direito Internacional dos 
Direitos Humanos (DIDH) 
- Proteção do Ser humano 
em todos os aspectos 
(direitos civis e políticos, 
direitos sociais, econômicos 
e culturais. 
 
2. Direito Internacional 
Humanitário (DIH) - 
Proteção do ser humano na 
situação específica dos 
conflitos armados 
(internacionais e não 
internacionais. 
 
3. Direito Internacional dos 
Refugiados (DIR) - 
Proteção do refugiado 
desde a saída do seu local 
de residência, trânsito de 
um país a outro, concessão 
do refúgio no país de 
acolhimento e seu eventual 
término. 
 
 Entre todos estes há um 
objetivo em comum: a proteção do 
ser humano, mas cada um irá 
tratar desta proteção de forma 
diferenciada. 
 
Relação entre os sub-
ramos 
 
 
O DIH e o DIR são Lex especialis 
em relação ao DIDH, que é Lex 
generalis, e aplicável 
subsidiariamente a todas as 
situações, na ausência de previsão 
específica. 
 Introdução as normas do 
Direito Brasileiro: 
Há leis gerais e leis especiais – as 
leis especiais são aplicadas nas 
situações peculiares. Então tem 
primazia na aplicação do fato 
concreto a lei que diz respeito 
especificamente aquele fato. 
Os três eixos da Proteção 
Internacional dos Direitos 
Humanos 
1. Relação de especialidade 
Por ex: 
 Código do consumidor – 
norma específica 
 Direito Civil – norma geral 
Quando temos uma lei geral, ela 
vai se aplicar também aquelas leis 
especiais naquilo que não 
conflitar, quando conflitar será 
observada a regra da 
especialidade. 
 
Teremos o mesmo raciocínio aqui, 
porém no âmbito internacional. 
 
 
 
Vamos observar que tanto o DH 
vai convergir para o DIDH, como 
vai acontecer também que o DIDH 
vai convergir para o DH. 
 O art. 3º comum às quatro 
Convenções de Genebra sobre DIH 
converge com a proteção de 
direitos humanos básicos (vida e 
integridade física em tempo de 
paz) e há garantias fundamentais 
adotadas nos dois Protocolos 
Adicionais de 1977 às Convenções 
de Genebra (Protocolo I, art. 75, e 
Protocolo II, arts. 4º a 6º). 
 
 DIR possui diversos pontos 
convergentes aos do DIDH. 
Ex.: princípio da proibição da 
devolução (ou proibição do 
rechaço-non-refoulement), que 
consta da Convenção sobre o 
Estatuto dos Refugiados de 1951 
(art. 33) e simultaneamente da 
Convenção das Nações Unidas 
contra a Tortura (art. 3) e da 
Convenção Americana de Direitos 
Humanos (art. 22.8 e 9), sem 
contar o dever dos Estados de 
tratar com dignidade o solicitante 
do refúgio, o que é espelho do 
dever internacional de proteger os 
direitos humanos (previsto na 
Carta da ONU). 
 Estatuto dos Refugiados, 51 
 
 
Tanto o DIH quanto o DIR não 
excluem a aplicação geral das 
normas protetivas do DIDH. 
Ex.: Declaração e Programa de 
Ação da Conferência Mundial de 
Direitos Humanos de Viena (1993) 
defendeu a adoção de medidas 
internacionais efetivas para 
garantir e fiscalizar o 
cumprimento das normas de 
direitos humanos relativamente a 
povos sujeitos a ocupação 
2. Relação de identidade e 
convergência. 
3. Relação de complementaridade 
estrangeira, devendo ser 
garantida uma proteção jurídica 
efetiva contra a violação dos 
Direitos Humanos destes povos, 
em conformidade com as normas 
de Direitos Humanos e com a 
Convenção de Genebra relativa à 
proteção de Civis em Tempo de 
Guerra (Convenção IV, 1949), e 
outras normas aplicáveis de direito 
humanitário. 
 Aqui, vemos que há uma 
proteção específica de uma 
legislação que trata do direito 
humanitário, mas também acolhe a 
proteção dos Direitos Humanos 
como um todo – daqueles povos que 
por ex. são sujeitos a ocupação 
estrangeira, como devem ser 
protegidos os direitos dessas 
pessoas mesmo em tempos de paz 
ou guerra. 
 
DIDH supre eventuais 
insuficiências dos demais, uma 
vez que somente no DIDH é que 
existem sistemas de acesso das 
vítimas a órgãos judiciais e quase 
judiciais internacionais (o que não 
ocorre no DIR ou no DIH). 
 Existem previsões 
específicas de acesso das vítimas 
de violação de direitos a Cortes 
Internacionais – se o Estado é 
signatário de um tratado que 
reconhece a jurisdição de uma 
Corte Internacional. 
 A partir do momento que o 
Estado se submete a essas normas 
internacionais, vai poder sim ser 
apreciado uma questão de violação 
individual perante essas cortes. 
 Mas, tanto nas normas de 
direito dos refugiados 
específicas quanto nas normas de 
direito humanitário específicas, 
não vai haver essa possibilidade 
de acesso de vítimas a órgãos 
internacionais, o que não quer 
dizer que não vai se aplicar. O 
DIDH vai poder se aplicar a 
esses casos específicos por 
relação de complementaridade: 
quando houver insuficiência nas 
leis especiais será possível trazer 
a legislação geral do DIDH, que 
permite que as vítimas tragam 
suas violações a serem apreciadas 
por Órgãos Judiciais 
Internacionais ou Quase Judiciais. 
 
 
Tanto as normas específicas 
influenciam as normas gerais, 
quanto as normas gerais vão 
influenciar as normas específicas. 
DIR-DIDH > O DIR está 
ancorado no direito de todos 
4. Influência recíproca 
(DUDH – 1948), de procurar e 
obter asilo, noutros países, contra 
as perseguições de que sejam alvo, 
bem como o direito de regressar 
ao seu próprio país. 
DIDH e DH - DIR > As violações 
graves dos direitos humanos, 
nomeadamente em casos de 
conflito armado, são um dos 
fatores que conduzem à criação de 
refugiados. 
 
 
O mais antigo desses ramos é o 
DIH, voltado inicialmente à 
disciplina dos meios e métodos 
utilizados na guerra, mas que logo 
foi influenciado pela consolidação 
do DIDH (com a Carta da ONU e 
DUDH). 
O DIR também possui diplomas e 
órgãos anteriores à Carta da ONU, 
mas seu crescimento foi 
sistematizado após a DUDH 
consagrar o direito ao asilo em seu 
artigo XIV. 
 
 
 
 
O Sistema Universal, 
Global ou Onusiano 
(ONU) 
 
 
 
É um conjunto de 3 documentos: 
A Declaração Universal de 
Direitos Humanos (DUDH) de 1948 
foi elaborada pela extinta 
Comissão de Direitos Humanos da 
ONU para ser uma etapa anterior 
à elaboração de um “tratado 
internacional de direitos humanos”. 
 Lembrar força vinculante da 
DUDH 
A Guerra Fria impediu a 
concretização desse objetivo e 
somente em 1966 foram aprovados 
dois Pactos Internacionais, que 
passaram a, junto com a DUDH, 
compor a Carta Internacional dos 
Direitos Humanos (International 
Bill of Rights): 
 Declaração Universal dos 
Direitos Humanos (DUDH) de 
1948; 
 O Pacto Internacional dos 
Direitos Civis e Políticos de 1966; 
 O Pacto Internacional de 
Direitos Sociais, Econômicos e 
Culturais de 1966. 
5. Raízes comuns 
A Carta Internacional dos 
Direitos Humanos 
 
 
Reconhecimento: De que os dois 
Pactos não poderiam ser 
interpretados desconectados da 
DUDH, o que deu sistematicidade 
à proteção dos direitos humanos 
internacionais; 
Reafirmação: Do objetivo da ONU 
de proteger os direitos humanos, 
já previsto na Carta de São 
Francisco, mas frustrado pela 
Guerra Fria e pelo antagonismo 
entre Estados Unidos e União 
Soviética, dois membros 
extremamente influentes daquela 
organização. 
 Desde a adoção dos dois 
Pactos, a ONU tem estimulado a 
adoção de vários tratados de 
direitos humanos em temas 
diversos, formando o chamado 
sistema global de direitos 
humanos. 
 
 
 
Atualmente o sistema global é 
complexo e não se limita à Carta 
Internacional de Direitos 
Humanos, sendo composto por 
diversos tratados multilaterais 
de direitos humanos, como: 
 Convenção Internacional 
sobre a Eliminação de Todas as 
Formas de Discriminação Racial; 
 Convenção sobre a 
Eliminação de todas as Formas de 
Discriminação contra a Mulher; 
 Convenção contra aTortura 
e Outros Tratamentos ou Penas 
Cruéis, Desumanos ou 
Degradantes; 
 Convenção sobre os Direitos 
da Criança, e a; 
 Convenção Internacional 
sobre a Proteção dos Direitos de 
Todos os Trabalhadores Migrantes 
e Membros de suas Famílias. 
 
 
 
Adotado pela XXI Sessão da 
Assembléia Geral das Nações 
Unidas, em 16 de dezembro de 
1966, junto do Pacto 
Internacional sobre Direitos 
Sociais, Econômicos e Culturais. 
 Aprovado em um mesmo 
momento histórico houve 
aprovação de 2 tratados de 
Direitos Humanos com 
temas distintos 
Consequências da Carta 
Alguns tratados do sistema 
global 
Pacto Internacional de Direitos 
Civis e Políticos (PIDCP) 
Entrou em vigor somente em 1976, 
pois exigiu ratificação de 35 
Estados para entrar em vigor (art. 
49, § 1º). Possui, em 2017, 169 
Estados partes. 
 
O Pacto teve por finalidade tornar 
juridicamente vinculantes aos 
Estados vários direitos já contidos 
na DUDH de 1948, detalhando-os 
e criando mecanismos de 
monitoramento internacional de 
sua implementação pelos Estados 
Partes. 
 A DUDH tinha a fragilidade 
de não ser um pacto, então o 
objetivo deste pacto é 
exatamente este, tornar 
vinculante aos Estados partes – e 
não só isso, também houve o 
objetivo de detalhar e criar 
mecanismos de monitoramento. 
No Brasil, o Congresso Nacional 
aprovou o PIDCP por meio do 
Decreto Legislativo n. 226, de 12 
de dezembro de 1991. O Pacto 
entrou em vigor internacional, 
para o Brasil, em 24 de abril de 
1992. Finalmente, o Pacto foi 
promulgado (incorporação interna) 
pelo Decreto n. 592, de 6 de julho 
de 1992. 
 Fases da internalização de 
um documento internacional: 
Assinatura > aprovação do decreto 
legislativo > ratificação no âmbito 
internacional > promulgação 
E só por meio da promulgação – 
pelo decreto do presidente – irá 
entrar em vigor no âmbito 
nacional. 
 
Parte 1 do tratado 
Vem tratar sobre o direito de 
todos os povos de dispor 
livremente de suas riquezas e de 
seus recursos naturais e à 
autodeterminação, bem como o 
dever de todos os demais Estados 
de respeitarem esse direito. 
 Em momento algum este 
tratado quer diminuir a 
soberania do Estado. Há 
toda uma preocupação em se 
resguardar a 
autodeterminação do 
Estado. 
 
Parte 2 do tratado 
A parte 2 do tratado já vai tratar 
dos direitos da pessoa humana, o 
dever do Estado de respeito a 
garantia de todos direitos das 
pessoas que estão em seu 
território sem nenhum tipo de 
discriminação. Esses Estados que 
são signatários desse pacto devem 
cuidar para adotar as medidas de 
efetividade desse tratado em seu 
âmbito – eles tem que implementar 
esses direitos que estão 
protegidos. E tratar também de 
ter um recurso efetivo para a 
proteção desses direitos. 
 Recurso efetivo: uma das 
grandes questões que surge e 
reclama a intervenção do DI e do 
DH no Estado é exatamente a 
questão de um Estado tentar se 
safar de uma situação em que o 
próprio Estado é violador dos DH. 
Ex: chacinas que ocorrem as vezes 
por conta da própria polícia. 
 
 Compromisso em adotar 
medidas legislativas ou de outra 
natureza destinadas a tornar 
efetivos os direitos previstos no 
Pacto (direitos garantidos a todos 
de dispor de um recurso efetivo 
no caso de violação de direitos – 
mesmo perpetrada por agente no 
exercício de funções oficiais – e 
cumprimento da decisão). 
A suspensão das obrigações dele 
decorrentes em situações 
excepcionais que ameacem a 
existência da nação 
 Há previsões específicas em 
que a proteção a esses 
direitos em algum momento 
pode ser suspensa. 
 Precisam ser proclamadas 
oficialmente, desde que as 
medidas não sejam incompatíveis 
com as demais obrigações 
impostas pelo Direito 
Internacional e não acarretem 
discriminação (raça, cor, sexo, 
língua, religião ou origem social) – 
comunicação imediata aos outros 
Estados Partes pelo Secretário-
Geral da ONU. 
 Por ex. no Estado de sítio 
podemos ter alguns direitos 
suspensos durante aquele período. 
Nesse momento excepcional pode 
ser permitido que se restrinjam 
alguns direitos do tratado, mas 
essa restrição não pode alcançar 
todo e qualquer direito. 
Abaixo, seguem as proibições: 
 6º direito à vida; 
 7º direito de não ser 
submetido a tortura, nem a 
penas ou tratamentos cruéis, 
desumanos ou degradantes, ou a 
experiências médicas ou 
científicas; 
 8º §§ 1º e 2º – direito de 
não ser submetido à escravidão 
e à servidão; 
 11 direito de não ser preso 
apenas por não cumprir 
obrigação contratual; 
Este é aquele direito que ensejou a 
alteração na jurisprudência do 
STF quanto à recepção dos pactos 
internacionais de direitos humanos 
anteriores à emenda 45 como 
sendo de estado supralegal. O que 
tornou ilícita a prisão do 
Depositário Infiel com base nesse 
artigo do PIDCP e com base 
também no Pacto Internacioanl da 
Convenção Americana de Direitos 
Humanos (Pacto San José); *mais 
abaixo 
 15 direito de não ser 
condenado por atos ou omissões 
não definidos como crime no 
direito nacional ou internacional, 
de não ser submetido à pena 
mais grave que a aplicável no 
momento da ocorrência do 
delito e de ver aplicada a lei 
penal mais benéfica; 
 16 direito ao 
reconhecimento da 
personalidade jurídica e; 
 18 liberdade de pensamento, 
consciência e religião. 
Não se admitirá 
restrição/suspensão dos direitos 
previstos em leis, convenções, 
regulamentos ou costumes, sob 
pretexto de que o Pacto não os 
reconhece ou os reconhece 
menor grau. 
 Isto está dentro daqueles 
Princípios Interpretativos 
de Direitos Humanos – 
Primazia da norma mais 
favorável. 
 
Parte 3 do tratado 
 Vida (art. 6º), cabível pena 
de morte: nos países em que 
ainda não tenha sido abolida 
Só pode ser legítima decorrência 
de uma sentença transitada em 
julgado e proferida por tribunal 
competente, nos casos de crimes 
mais graves, conforme legislação 
vigente na época em que o crime 
foi cometido e que não esteja em 
conflito com as disposições do 
presente Pacto, nem com a 
Convenção sobre a Prevenção e a 
Punição do Crime de Genocídio. 
Países que já a tenham abolido não 
poderão aplicá-la mais. 
 Direito de não ser 
submetido à tortura, a penas ou 
tratamentos cruéis, nem a 
experiências médicas ou 
científicas sem seu livre 
consentimento (art. 7). 
 Direito a não ser submetido 
à escravidão e à servidão, ficando 
proibidos, em todas as suas 
formas, a escravidão e o tráfico 
de escravos (art. 8). 
 Direito à liberdade e à 
segurança pessoais e ninguém 
poderá ser preso ou encarcerado 
arbitrariamente, nem poderá ser 
privado de liberdade, salvo pelos 
motivos previstos em lei, conforme 
os procedimentos nela 
determinados, além de outras 
garantias relacionadas à prisão 
(art. 9): 
Quem pode ser preso atualmente 
no Brasil? 
- Ninguém pode ser privado de sua 
liberdade salvo em flagrante 
delito ou por ordem fundamentada 
de uma autoridade judiciária. 
 Tratamento humano e digno 
ao preso, separação entre presos 
processados e condenados 
(tratamento distinto). 
 Objetivo principal do 
regime prisional: reabilitação dos 
prisioneiros (jovens ser separados 
dos adultos com tratamento 
condizente com sua idade e 
condição jurídica (art. 10). 
 Ninguém poderá ser preso 
apenas por não poder cumprir com 
uma obrigação contratual (art. 11). 
Obs.: No Brasil, esse dispositivo 
fundou, em conjunto com o art. 7.7 
da Convenção Americana de 
Direitos Humanos, novo 
entendimento do STF, vedando a 
prisão civil do depositário infiel. 
(Súmula Vinculante n. 25, do STF: 
“É Ilícita a prisão civil do 
depositário infiel, qualquer que 
seja a modalidade de depósito”). 
 Direito à livre circulação 
para pessoas que se encontrem no 
território do Estado Parte 
legalmente, bem como o direito de 
sair livremente de qualquerpaís e 
de não ser privado 
arbitrariamente de entrar em seu 
próprio país (art. 12). O 
estrangeiro que se encontre 
legalmente no território de um 
Estado Parte só poderá ser 
expulso mediante decisão 
proferida em conformidade com a 
lei (art. 13). *lei de migração 
 Garantias processuais: 
direito de toda pessoa de ser 
ouvida publicamente por tribunal 
competente, independente e 
imparcial, estabelecido por lei 
*(Garantia ao acesso à justiça); 
A presunção de inocência enquanto 
não for formalmente comprovada a 
culpa; e a publicidade das 
decisões, salvo se o interesse de 
menores exigir o oposto ou se a 
controvérsia disser respeito a 
questões matrimoniais ou a tutela 
de menores (art. 14). 
Obs.: Em certas hipóteses – por 
motivo de (i) moral pública, de (ii) 
ordem pública ou de (iii) segurança 
nacional, ou quando o (iv) interesse 
da vida privada das Partes o exija 
–, quando a publicidade prejudique 
os interesses da justiça, a 
imprensa ou o público poderão ser 
excluídos de parte ou da 
totalidade de um julgamento. 
Garantias mínimas a todos os 
acusados de delito: 
 Direito de ser informado, 
sem demora, da natureza e dos 
motivos da acusação; 
 De dispor de tempo e de 
meios necessários para a 
preparação de sua defesa e de se 
comunicar com o defensor de sua 
escolha; 
 Direito de ser julgado sem 
demora indevida; 
 Direito de estar presente 
no julgamento e defender-se 
pessoalmente ou por intermédio de 
defensor; 
 Caso não possua defensor, 
direito de ser informado do 
direito de ser assistido, bem como 
direito de ter defensor designado 
de ofício gratuitam, caso não 
tenha condições de remunerá-lo; 
 Direito de interrogar as 
testemunhas de acusação e de 
defesa; 
 Direito de ser assistido 
gratuitamente por intérprete, 
caso não compreenda a língua 
empregada no julgamento e, 
finalmente, de não ser obrigado a 
depor contra si mesmo nem a 
confessar-se culpado. *(Direito de 
não produzir prova contra si 
mesmo/ não auto incriminação) 
 Direito a recorrer da 
sentença condenatória e da pena a 
uma instância superior; *Supremo 
não tem entendido isto de forma 
absoluta 
 O direito a indenização da 
pessoa que sofreu pena 
decorrente de condenação por 
sentença posteriormente anulada 
ou que realizou ato para o qual foi 
posteriormente concedido indulto 
pela ocorrência ou descoberta de 
fatos novos que provem 
cabalmente a existência de erro 
judicial; 
 Direito de não ser 
processado ou punido por um delito 
pelo qual já foi absolvido ou 
condenado por sentença com 
trânsito em julgado (proibição do 
bis in idem). 
 Garantias de ordem penal: 
direito de não ser condenado por 
atos ou omissões que não 
constituam delito de acordo com o 
direito nacional ou internacional, 
no momento em que foram 
cometidos (princípio da 
legalidade), a irretroatividade da 
lei penal mais gravosa e a 
retroatividade da lei penal mais 
benéfica ao réu (art. 15). 
 Direito ao reconhecimento 
da personalidade jurídica é 
garantido a toda pessoa, em 
qualquer oportunidade (art. 16). 
 Ninguém poderá ser alvo de 
ingerências arbitrárias ou ilegais 
em sua vida privada, em sua 
família, em seu domicílio ou em sua 
correspondência, nem de ofensas 
ilegais às suas honra e reputação, 
devendo a lei proteger as pessoas 
de tais ingerências e ofensas (art. 
17). 
 Direito à liberdade de 
pensamento, de consciência e de 
religião (liberdade de adotar uma 
religião ou crença de sua escolha e 
de professá-la individual ou 
coletivamente, de forma pública ou 
privada, por meio do culto, da 
celebração de ritos, de práticas e 
do ensino, assegurado aos pais e 
tutores legais o respeito quanto à 
educação religiosa e moral dos 
filhos; com limitações legais e para 
proteger a segurança, a ordem, a 
saúde ou a moral públicas ou ante a 
colisão de direitos. 
 Ninguém poderá ser 
perseguido por suas opiniões 
(liberdade de expressão inclui a 
liberdade de procurar, receber e 
difundir informações e ideias de 
qualquer natureza por qualquer 
meio de sua escolha); sujeito a 
restrições legais para assegurar 
respeito à reputação das demais 
pessoas e para proteger a 
segurança nacional, a ordem, a 
saúde ou a moral públicas (art. 19). 
- Liberdade de expressar as 
opiniões: esse direito não é 
absoluto, encontra limite por ex. 
quando estiver em risco a 
reputação de alguém; a segurança 
nacional; a ordem; a saúde ou a 
moral pública.

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