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CS 2022 - Direitos Humanos

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DIREITOS 
HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição 
2022.1 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 8 
TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS ................................................................................ 9 
1. CONCEITO .............................................................................................................................. 9 
2. TERMINOLOGIA ..................................................................................................................... 9 
2.1. DIREITOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................ 9 
2.2. DIREITOS DO HOMEM .................................................................................................. 10 
2.3. LIBERDADES PÚBLICAS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS ....................................... 10 
2.4. DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS ....................................................................... 10 
3. FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS ...................................................................... 10 
3.1. NEGACIONISTA ............................................................................................................. 10 
3.2. JUSNATURALISTA ........................................................................................................ 11 
3.3. POSITIVISTA.................................................................................................................. 11 
4. FONTES ................................................................................................................................ 11 
4.1. CONVENÇÕES INTERNACIONAIS ............................................................................... 12 
4.2. COSTUME INTERNACIONAL ........................................................................................ 12 
4.3. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO ............................................................................... 13 
4.4. DECISÕES JUDICIAIS E DOUTRINA ............................................................................ 13 
4.5. OUTRAS FONTES ......................................................................................................... 13 
5. CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................................. 14 
5.1. CLASSIFICAÇÃO CLÁSSICA – GERAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS ...................... 14 
5.1.1. 1ª Geração/Dimensão .............................................................................................. 14 
5.1.2. 2ª Geração/Dimensão .............................................................................................. 14 
5.1.3. 3ª Geração/Dimensão .............................................................................................. 15 
5.2. CLASSIFICAÇÃO CONFORME O DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS 
HUMANOS ................................................................................................................................ 15 
5.2.1. Direitos Civis ............................................................................................................ 15 
5.2.2. Direitos Políticos ...................................................................................................... 19 
5.2.3. Direitos Econômicos ................................................................................................ 20 
5.2.4. Direitos sociais ......................................................................................................... 21 
5.2.5. Direitos Culturais ..................................................................................................... 23 
5.3. DIREITOS HUMANOS GLOBAIS ................................................................................... 23 
6. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO ..................................................................................... 23 
6.1. PRINCÍPIO PRO HOMINE OU PRO PERSONA............................................................. 24 
6.2. PRINCÍPIO DA EFICÁCIA DIRETA OU DA AUTOEXECUTORIEDADE ......................... 24 
6.3. PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO AUTÔNOMA ........................................................... 25 
6.4. PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO EVOLUTIVA OU DINÂMICA ................................... 25 
6.5. TEORIA DA MARGEM DE APRECIAÇÃO ...................................................................... 25 
7. CARACTERÍSTICAS ............................................................................................................. 25 
7.1. INERÊNCIA .................................................................................................................... 26 
7.2. UNIVERSALIDADE ........................................................................................................ 26 
7.3. INDIVISIBILIDADE E INTERDEPENDÊNCIA ................................................................. 27 
7.4. TRANSNACIONALIDADE............................................................................................... 27 
7.5. PROIBIÇÃO DO REGRESSO OU VEDAÇÃO DO RETROCESSO ................................ 28 
7.6. IMPRESCRITIBILIDADE ................................................................................................ 28 
7.7. INALIENABILIDADE ....................................................................................................... 28 
7.8. IRRENUNCIABILIDADE ................................................................................................. 28 
7.9. EFETIVIDADE ................................................................................................................ 28 
 
. 
7.10. HISTORICIDADE ............................................................................................................ 28 
7.11. LIMITABILIDADE RELATIVIDADE ................................................................................. 28 
7.12. ABERTURA, NÃO TIPICIDADE OU INEXAURIBILIDADE .............................................. 29 
8. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ....................................................................................................... 29 
8.1. FASE PRÉ-ESTADO CONSTITUCIONAL ...................................................................... 29 
8.1.1. A Antiguidade Oriental e o esboço da construção de direitos ................................... 29 
8.1.2. A visão grega e a democracia ateniense.................................................................. 29 
8.1.3. A República Romana ............................................................................................... 29 
8.1.4. O Antigo e o Novo Testamento e as influências do cristianismo e da Idade Média .. 30 
8.1.5. Resumo da ideia dos direitos humanos na Antiguidade: a liberdade dos antigos e a 
liberdade dos modernos ......................................................................................................... 30 
8.2. CRISE DA IDADE MÉDIA, INÍCIO DA IDADE MODERNA E PRIMEIROS DIPLOMAS DE 
DIREITOS HUMANOS .............................................................................................................. 30 
8.3. DEBATE DAS IDEIAS DE HOBBERS, GRÓCIO, LOCKE, ROUSSEAU E OS 
ILUMINISTAS ............................................................................................................................ 30 
8.4. FASE DO CONSTITUCIONALISMO LIBERAL E DAS DECLARAÇÕES DE DIREITOS.31 
8.5. FASE DO SOCIALISMO E DO CONSTITUCIONALISMO SOCIAL ................................ 31 
8.6. INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ................................................ 31 
9. PRECEDENTES HISTÓRICOS DO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 
31 
9.1. DIREITO HUMANITÁRIO ............................................................................................... 31 
9.2. LIGA DAS NAÇÕES .......................................................................................................32 
9.3. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO...................................................... 32 
10. EIXOS DE PROTEÇÃO ..................................................................................................... 32 
10.1. DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS .............................................. 32 
10.2. DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO .................................................................. 33 
10.3. DIREITO INTERNACIONAL DOS REFUGIADOS ........................................................... 33 
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS 
HUMANOS ................................................................................................................................... 34 
1. ELEMENTOS CARACTERIZADORES .................................................................................. 34 
1.1. NORMAS ........................................................................................................................ 34 
1.2. ÓRGÃOS ........................................................................................................................ 34 
1.3. MECANISMOS DE PROTEÇÃO ..................................................................................... 34 
2. ESPÉCIES DE SISTEMA INTERNACIONAL ......................................................................... 35 
3. PRINCÍPIOS .......................................................................................................................... 35 
3.1. PRINCÍPIO DA COEXISTÊNCIA .................................................................................... 35 
3.2. PRINCÍPIO DA LIVRE ESCOLHA .................................................................................. 35 
3.3. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE OU DA COMPLEMENTARIEDADE ....................... 35 
3.4. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO ..................................................................................... 36 
SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ............................................... 37 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ....................................................................................................... 37 
1.1. CARTA DE SÃO FRANCISCO ....................................................................................... 37 
1.2. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS ................................................ 37 
1.3. PACTOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS ................................................ 37 
1.4. MECANISMOS DE PROTEÇÃO ..................................................................................... 39 
2. ARQUITETURA NORMATIVA DO SISTEMA GLOBAL.......................................................... 39 
3. ESTRUTURA DA ONU .......................................................................................................... 40 
4. MECANISMOS DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS ............................................... 41 
4.1. CONCEITO ..................................................................................................................... 41 
 
. 
4.2. MECANISMOS CONVENCIONAIS x MECANISMOS EXTRACONVENCIONAIS ........... 41 
4.3. MECANISMOS CONVENCIONAIS ................................................................................. 42 
4.3.1. Mecanismos convencionais não contenciosos ......................................................... 43 
4.3.2. Mecanismos convencionais quase-contenciosos ..................................................... 44 
4.3.3. Mecanismos convencional contencioso ................................................................... 44 
4.4. MECANISMOS EXTRACONVENCIONAIS ..................................................................... 45 
4.4.1. Procedimentos especiais ......................................................................................... 45 
4.4.2. Procedimento de queixa .......................................................................................... 45 
4.4.3. Revisão periódica universal ..................................................................................... 46 
5. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (DUDH) ....................................... 47 
6. PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS ..................................... 50 
6.1. PROTOCOLOS FACULTATIVOS ................................................................................... 57 
6.2. MECANISMO DE PROTEÇÃO: COMITÊ DE DIREITOS HUMANOS ............................. 57 
6.3. CASO LULA ................................................................................................................... 61 
7. PACTO INTERNACIONAL DE DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS 
(PIDESC) ...................................................................................................................................... 62 
7.1. MECANISMO DE PROTEÇÃO: COMITÊ DE DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS .............................................................................................................................. 65 
7.1.1. Comunicações individuais (queixas ou petições) ..................................................... 65 
7.1.2. Comunicações interestatais ..................................................................................... 66 
7.1.3. Procedimento de investigação ................................................................................. 66 
8. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE 
DISCRIMINAÇÃO RACIAL ........................................................................................................... 66 
8.1. COMITÊ PARA A ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL .................................... 68 
9. CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO 
CONTRA A MULHER ................................................................................................................... 69 
9.1. PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS 
FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER ............................................................. 71 
9.2. COMITÊ SOBRE A ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER ............ 71 
10. CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS, 
DESUMANOS OU DEGRADANTES ............................................................................................. 73 
10.1. PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS 
TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES ........................... 77 
10.2. COMITÊ .......................................................................................................................... 78 
10.3. SUBCOMITÊ PARA PREVENÇÃO DA TORTURA ......................................................... 82 
11. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA ........................... 82 
11.1. PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS 
DIREITOS DAS CRIANÇAS, RELATIVO À VENDA DE CRIANÇAS, PROSTITUIÇÃO INFANTIL 
E PORNOGRAFIA INFANTIL .................................................................................................... 86 
11.2. PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS 
DIREITOS DA CRIANÇA, RELATIVO À PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS EM CONFLITOS 
ARMADOS ................................................................................................................................ 86 
11.3. COMITÊ SOBRE OS DIREITOS DAS CRIANÇAS ......................................................... 86 
12. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA ............................................................................................................................... 88 
12.1. PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA 
COM DEFICIÊNCIA .................................................................................................................. 91 
12.2. COMITÊ DOS DIREITOS DAS PESSOASCOM DEFICIÊNCIAS ................................... 91 
13. CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E PUNIÇÃO AO CRIME DE GENOCÍDIO .............. 92 
 
. 
14. CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PROTEÇÃO DE TODAS AS PESSOAS 
CONTRA OS DESAPARECIMENTOS FORÇADOS ..................................................................... 93 
14.1. COMITÊ CONTRA DESAPARECIMENTOS FORÇADOS .............................................. 94 
15. CONVENÇÃO PARA A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE TODOS OS TRABALHADORES 
MIGRANTES E MEMBROS DAS SUAS FAMÍLIAS ...................................................................... 96 
15.1. COMITÊ .......................................................................................................................... 97 
SISTEMA INTERAMERICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ............................. 98 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ....................................................................................................... 98 
1.1. 1ª ETAPA: ANTECEDENTES DA CRIAÇÃO .................................................................. 98 
1.2. 2ª ETAPA: INAUGURAÇÃO E FORMAÇÃO DO SISTEMA ............................................ 99 
1.3. 3ª ETAPA: INÍCIO DO PERÍODO DE MONITORAMENTO ........................................... 102 
1.4. 4ª ETAPA: INSTITUCIONALIZAÇÃO CONVENCIONAL DO SISTEMA ........................ 102 
1.5. 5ª ETAPA: CONSOLIDAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DO SISTEMA ......................... 102 
2. DIVISÃO DO SISTEMA INTERAMERICANO ....................................................................... 103 
3. COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS ............................................... 103 
3.1. CONCEITO ................................................................................................................... 103 
3.2. ORIGEM ....................................................................................................................... 103 
3.3. REGIME JURÍDICO ...................................................................................................... 104 
3.4. FUNÇÕES .................................................................................................................... 104 
3.5. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................. 107 
3.5.1. Membros................................................................................................................ 107 
3.5.2. Processo de escolha dos membros ....................................................................... 107 
3.5.3. Mandato ................................................................................................................ 109 
3.5.4. Regime de incompatibilidades ............................................................................... 109 
3.5.5. Impedimentos ........................................................................................................ 110 
3.6. FUNCIONAMENTO ...................................................................................................... 110 
3.6.1. Organização interna............................................................................................... 111 
3.6.2. Período de sessões ............................................................................................... 112 
3.6.3. Relatorias e grupos de trabalho ............................................................................. 112 
3.6.4. Quórum de votação ............................................................................................... 114 
3.7. IDIOMAS DE TRABALHO ............................................................................................. 114 
4. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS ..................................................... 114 
4.1. CONCEITO ................................................................................................................... 114 
4.2. ORIGEM ....................................................................................................................... 116 
4.3. REGIME JURÍDICO ...................................................................................................... 116 
4.4. COMPOSIÇÃO ............................................................................................................. 116 
4.4.1. Membros................................................................................................................ 117 
4.4.2. Requisitos para o cargo ......................................................................................... 117 
4.4.3. Eleição ................................................................................................................... 118 
4.4.4. Mandato ................................................................................................................ 119 
4.4.5. Juiz ad hoc ............................................................................................................ 119 
4.5. JURISDIÇÃO CONSULTIVA DA CORTE ..................................................................... 120 
4.5.1. Previsão normativa ................................................................................................ 120 
4.5.2. Finalidade .............................................................................................................. 120 
4.5.3. Alcance .................................................................................................................. 121 
4.5.4. Características do procedimento consultivo ........................................................... 121 
4.5.5. Objeto da consulta ................................................................................................. 121 
4.5.6. Procedimento de emissão de opinião consultiva .................................................... 123 
4.5.7. Efeitos jurídicos das opiniões consultivas .............................................................. 123 
 
. 
4.5.8. Opiniões consultivas emitidas pela Corte ............................................................... 124 
4.6. JURISDIÇÃO CONTENCIOSA DA CORTE INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 
151 
4.6.1. Conceito ................................................................................................................ 151 
4.6.2. (Im) possibilidade de “retirar” a aceitação da competência contenciosa .................... 152 
4.6.3. Competência em razão da pessoa (ratione personae) ........................................... 152 
4.6.1. Competência em razão da matéria (ratione materiae) ............................................ 152 
4.6.2. Competência ratione temporis ............................................................................... 153 
4.6.3. Competência ratione loci ....................................................................................... 153 
4.6.4. Casos julgados pela Corte ..................................................................................... 153 
5. APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO ........................... 153 
5.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 153 
5.2. PROCEDIMENTO PERANTE A COMISSÃO ................................................................ 154 
5.2.1. Tramitação inicial ................................................................................................... 154 
5.2.2. Procedimento de admissibilidade ........................................................................... 154 
5.2.3. Procedimento sobre o mérito ................................................................................. 156 
5.2.4. Relatório preliminar ................................................................................................ 157 
5.2.5. Relatório definitivo ................................................................................................. 157 
5.2.6. Acompanhamento.................................................................................................. 158 
5.3. PROCEDIMENTO PERANTE A CORTE ...................................................................... 158 
5.3.1. Submissão do caso pela CIDH e exame preliminar pela Presidência ..................... 158 
5.3.2. Notificação do caso ................................................................................................ 159 
5.3.3. Apresentação por escrito de petições .................................................................... 159 
5.3.4. Contestação do Estado .......................................................................................... 159 
5.3.5. Outros atos e procedimentos por escrito ................................................................ 160 
5.3.6. Apresentação de amicus curiae ............................................................................. 160 
5.3.7. Procedimento oral .................................................................................................. 160 
5.3.8. Procedimento final escrito ...................................................................................... 160 
5.3.9. Espaços de desistência e consenso ...................................................................... 161 
5.3.10. Sentença ............................................................................................................... 161 
6. MEDIDAS DE URGÊNCIA NO SISTEMA INTERAMERICANO ........................................... 161 
6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 161 
6.2. MEDIDAS CAUTELARES DA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS 
HUMANOS .............................................................................................................................. 162 
6 3. MEDIDAS PROVISÓRIAS DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITO HUMANOS 163 
7. SISTEMA INTERAMERICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS .................... 165 
7.1. DIREITOS HUMANOS E ACESSO À JUSTIÇA ............................................................ 165 
7.2. 100 REGRAS DE BRASÍLIA ......................................................................................... 166 
7.2.1. Finalidade .............................................................................................................. 166 
7.2.2. Natureza jurídica .................................................................................................... 166 
7.2.3. Conceitos relevantes ............................................................................................. 166 
7.3. A DEFENSORIA PÚBLICA E A OEA ............................................................................ 166 
7.4. DEFENSORIA PÚBLICA INTERAMERICANA .............................................................. 167 
7.4.1. Considerações iniciais ........................................................................................... 167 
7.4.2. Conceito ................................................................................................................ 167 
7.4.3. Modelos de oferecimento de assistência jurídica gratuita no âmbito de tribunais 
internacionais ....................................................................................................................... 167 
SISTEMA EUROPEU DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS .......................................... 169 
 
. 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 169 
2. CONSELHO DA EUROPA ................................................................................................... 169 
2.1. ESTRUTURA ................................................................................................................ 169 
2.1.1. Secretário-geral ..................................................................................................... 169 
2.1.2. Comitê de Ministros ............................................................................................... 169 
2.1.3. Assembleia Parlamentar ........................................................................................ 169 
2.1.4. Congresso dos Poderes Locais e Regionais .......................................................... 169 
2.1.5. Tribunal Europeu de Direitos Humanos ................................................................. 169 
2.1.6. Comissário para os Direitos Humanos ................................................................... 170 
2.1.7. Conferência de ONGIs ........................................................................................... 170 
2.1.8. Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura e Outros Tratamentos ou Penas 
Cruéis 170 
2.1.9. Comitê Europeu dos Direitos Sociais ..................................................................... 170 
3. CONVENÇÃO EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS (CEDH) ........................................... 170 
4. ÓRGÃOS DE MONITORAMENTO ...................................................................................... 171 
5. TRIBUNAL EUROPEU DE DIREITOS HUMANOS (TEDH) ................................................. 171 
SISTEMA AFRICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ......................................... 172 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 172 
2. COMISSÃO AFRICANA DE DIREITOS HUMANOS E DOS POVOS ................................... 172 
3. CORTE AFRICANA DE DH E DOS POVOS ........................................................................ 172 
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ........................................................................................ 173 
1. DIREITO INTERNACIONAL PENAL .................................................................................... 173 
2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ...................... 173 
2.1. 1º ANTECEDENTE – TRATADO DE VERSAILLES, 1919 ............................................ 173 
2 2. 2º ANTECEDENTE – TRIBUNAL INTERNACIONAL MILITAR DE NUREMBERG, 1945 
174 
2.3. 3º ANTECEDENTE – TRIBUNAL MILITAR INTERNACIONAL PARA O EXTREMO- 
ORIENTE (Tribunal de Tóquio), 1946 ...................................................................................... 174 
2.4. 4º ANTECEDENTE – PRINCÍPIOS DE NUREMBERG, 1946 ...................................... 174 
2.5. 5º ANTECEDENTE – CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E A PUNIÇÃO DO CRIME 
DE GENOCÍDIO, 1948 ............................................................................................................ 174 
2.6. 6º ANTECEDENTE – RESOLUÇÕES Nº 827/1993 E 955/1994 DO CONSELHO DE 
SEGURANÇA DA ONU ........................................................................................................... 174 
2.7. 7º ANTECEDENTE – ADOÇÃO DO ESTATUTO DO TP, 1998 ................................... 175 
3. GERAÇÕES DE TRIBUNAIS PENAIS INTERNACIONAIS .................................................. 175 
4. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO TPI ....................................................................... 175 
5. COMPOSIÇÃO, CANDIDATURA E ELEIÇÃO DOS JUÍZES ................................................ 176 
6. CRIMES DE COMPETÊNCIA DO TPI ................................................................................. 177 
7. CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA PELO TPI ................................... 182 
8. DISPOSIÇÕES PENAIS APLICÁVEIS AO JULGAMENTO PELO TPI ................................. 183 
8.1. NULLUM CRIMEN SINE LEGE .................................................................................... 183 
8.2. NULLA POENA SINE LEGE ......................................................................................... 184 
8.3. NÃO RETROATIVIDADE .............................................................................................. 184 
8.4. RESPONSABILIDADE CRIMINAL INDIVIDUAL ...........................................................184 
8.5. EXCLUSÃO DA JURISDIÇÃO RELATIVAMENTE A MENORES DE 18 ANOS ............ 185 
8.6. IRRELEVÂNCIA DA QUALIDADE OFICIAL .................................................................. 185 
8.7. RESPONSABILIDADE DOS CHEFES MILITARES E OUTROS SUPERIORES 
HIERÁRQUICOS ..................................................................................................................... 185 
8.8. IMPRESCRITIBILIDADE .............................................................................................. 186 
8.9. ELEMENTOS PSICOLÓGICOS .................................................................................... 186 
 
. 
8.10. CAUSAS DE EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE CRIMINAL ................................. 186 
8.11. ERRO DE FATO OU ERRO DE DIREITO .................................................................... 187 
8.12. DECISÃO HIERÁRQUICA E DISPOSIÇÕES LEGAIS .................................................. 187 
9. PENAS APLICADAS ............................................................................................................ 187 
10. PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO, INSTRUÇÃO, JULGAMENTO E EXECUÇÃO DA 
PENA 188 
11. A RELAÇÃO DO BRASIL COM O TPI.............................................................................. 188 
12. DECISÕES DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL .................................................... 189 
12.1. CASO THOMAS LUBANGA DYILO .............................................................................. 189 
12.2. CASO MATHIEU NGUDJOLO CHUI ............................................................................ 189 
12.3. CASO GERMAIN KATANGA ........................................................................................ 190 
12.4. CASO JEAN PIERRE BEMBA ...................................................................................... 190 
12.5. CASO AHAMAD AL-FAQI AL-MAHDI ........................................................................... 190 
12.6. CASO OMAR AL BASHIR “CASO DARFUR” ........................................................................ 190 
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE .................................................................................. 191 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 191 
2. CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................ 191 
3. OBJETIVOS......................................................................................................................... 191 
4. DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO E DO ALCANCE DO CONTROLE DE 
CONVENCIONALIDADE ............................................................................................................ 192 
4.1. PRIMEIRA ETAPA ........................................................................................................ 192 
4.2. SEGUNDA ETAPA ....................................................................................................... 192 
4.3. TERCEIRA ETAPA ....................................................................................................... 192 
5. ELEMENTOS OU CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE 
CONFORME A JURISPRUDÊNCIA DA CORTE IDH ................................................................. 192 
5.1. DEVE SER EXERCIDO DE OFÍCIO E NO MARCO DE COMPETÊNCIAS E 
REGULAÇÕES PROCESSUAIS CORRESPONDENTES ....................................................... 192 
5.2. O CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE É UMA OBRIGAÇÃO DE TODA 
AUTORIDADE PÚBLICA ......................................................................................................... 193 
5.3. PARÂMETRO DO CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE ...................................... 193 
5.4. OBJETO DO CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE ............................................... 193 
5.5. PRINCÍPIO DA ATIPICIDADE DOS MEIOS DO CONTROLE DE 
CONVENCIONALIDADE ......................................................................................................... 193 
SISTEMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS....................................................................... 195 
1. INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA .................................................... 195 
1.1. PREVISÃO E CONSIDERAÇÕES ................................................................................ 195 
1.2. REQUISITOS................................................................................................................ 195 
1.3. LEGITIMIDADE ............................................................................................................ 195 
1.4. COMPETÊNCIA ........................................................................................................... 195 
1.5. JULGAMENTOS ........................................................................................................... 196 
2. PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS 
HUMANOS ................................................................................................................................. 198 
2.1. PODERES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DO TRATADO NA 
ORDEM JURÍDICA INTERNA ................................................................................................. 198 
2.2. FASES DO PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE 
DIREITOS HUMANOS ............................................................................................................ 199 
2.2.1. Fase de assinatura ................................................................................................ 199 
2.2.2. Fase de apreciação legislativa ou fase congressual ............................................... 199 
2.2.3. Fase de ratificação ................................................................................................ 199 
2.2.4. Fase de promulgação ............................................................................................ 199 
 
. 
3. HIERARQUIA DOS TRATADOS .......................................................................................... 200 
DIREITOS HUMANOS DOS GRUPOS VULNERÁVEIS ............................................................. 202 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 202 
2. MULHERES ......................................................................................................................... 202 
3. PESSOAS NEGRAS ............................................................................................................ 203 
4. CRIANÇA E ADOLESCENTE .............................................................................................. 204 
5. PESSOAS IDOSAS ............................................................................................................. 207 
6. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ........................................................................................... 207 
7. PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA .................................................................................... 209 
8. POVOS INDÍGENAS ........................................................................................................... 209 
9. LGBTQI+ ............................................................................................................................. 210 
10. QUILOMBOLAS ............................................................................................................... 211 
11. REFUGIADOS ................................................................................................................. 211 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 8 
 
 
. 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Olá! 
 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fontede 
estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. 
O Caderno Sistematizado de Direitos Humanos possui como base as aulas da Prof. Valério 
Mazzuoli e do Prof. Caio Paiva. Além disso, utilizamos as seguintes obras: Curso de Direitos 
Humanos, André de Carvalho Ramos; Curso de Direitos Humanos, Valério Mazzuoli; Jurisprudência 
Internacional de Direitos Humanos, Caio Paiva e Thimotie Heemann. 
Ademais, no Caderno constam os principais artigos dos tratados, mas, ressaltamos, que é 
necessária leitura conjunta do seu Vade Mecum, muitas questões são retiradas da legislação. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você 
faça uma boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 9 
 
 
 
 
 
 
. 
TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
1. CONCEITO 
 
 
Inicialmente, destaca-se que, a partir do estudo da Teoria Geral dos Direitos Humanos, há 
duas maneiras/técnicas de conceituar Direitos Humanos, quais sejam: generalista e específica. 
a) Generalista 
 
Não há diferença entre direitos humanos e direitos fundamentais. Portanto, direitos humanos 
seriam um conjunto de direito essenciais para a consecução de uma vida digna para todos os seres 
humanos, independentemente de previsão na Constituição ou em tratados internacionais. 
b) Específica 
 
É preciso diferenciar direitos fundamentais de direitos humanos, seja porque os mecanismos 
de proteção são distintos seja porque o Direito Internacional dos Direitos Humanos é ramo 
autônomo quando comparado ao Direito Constitucional. 
Assim, entendem que Direitos Humanos são aqueles necessários para a consecução de 
uma vida digna, previstos em instrumentos internacionais de proteção. 
Observe o conceito adotado por Caio Paiva, seguindo a técnica específica: “direitos 
humanos são o conjunto de direitos previstos em instrumentos internacionais1 que proporcionam a 
todos os seres, independentemente de qualquer condição2, a base essencial3 para que tenham uma 
vida digna e para que se protejam contra violações praticadas ou toleradas pelo Estado4” 
1) Os direitos humanos estão previstos apenas nos instrumentos internacionais. 
Obviamente, que alguns também estarão previstos nas Constituições; 
2) Não dependem de raça, etnia, gênero. Todos possuem direito a ter direitos; 
 
3) Nem todo direito que é essencial para a pessoa é um direito humano, mas apenas a sua 
base essencial (mínimo); 
4) As violações de direitos humanos são praticadas pelo Estado ou toleradas por ele. Por 
exemplo, quando “A” mata “B” não há uma violação de direitos humanos, mas quando 
um Policial mata um civil o direito estará violado. O mesmo ocorre quando o Estado não 
investiga o crime praticado por “A”. 
 
 
2. TERMINOLOGIA 
 
 
Importante, ainda, diferenciar as diversas terminologias que, algumas vezes, são 
confundidas com direitos humanos. 
 
2.1. DIREITOS FUNDAMENTAIS 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 10 
 
Disponibilizado exclusivamente para 
 
 
 
 
. 
A expressão “direitos fundamentais” surgiu no contexto da proteção nacional dos direitos 
humanos (proteção internacional). 
 
2.2. DIREITOS DO HOMEM 
 
Tal expressão é utilizada na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (França, 
1789), na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (Bogotá, 1948) e na Convenção 
Europeia dos Direitos do Homem (Roma, 1950). 
Contudo, após a Declaração Universal de Direitos Humanos passou a ser evitada, uma vez 
que possui caráter sexista, excluindo as mulheres. 
 
2.3. LIBERDADES PÚBLICAS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS 
 
Maior incidência na doutrina francesa, prioriza os direitos de primeira geração. 
 
2.4. DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS 
 
Segue a técnica generalista, não fazendo distinção entre direitos fundamentais e direitos 
humanos. 
 
 
 
3. FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS 
 
 
Estão relacionados à razão justificadora dos direitos humanos. Há uma série de teorias que 
visam justificar os direitos humanos, algumas até com sub-ramos, abordaremos as três principais: 
negacionista, jusnaturalista e positivistas. 
 
3.1. NEGACIONISTA 
 
Norberto Bobbio é seu maior defensor. 
 
Nega qualquer possibilidade de encontrar um fundamento único ou absoluto para os direitos 
humanos, uma vez que há a expressão “direitos humanos” é muito vaga (não há consenso), 
 
 
 
 
1 Caso queira aprofundar, recomenda-se a leitura do texto de Ingo Sarlet, publicado do site Conjur em 23 de 
janeiro de 2015 (https://www.conjur.com.br/2015-jan-23/direitos-fundamentais-aproximacoes-tensoes- 
existentes-entre-direitos-humanos-fundamentais) 
QP (oral): Qual a proteção mais ampla a dos direitos humanos ou a dos direitos fundamentais1? 
Pela via territorial, a proteção dos direitos humanos é mais ampla que a dos direitos fundamentais, 
tendo em vista que a proteção extravasa as fronteiras dos países. Contudo, sob o aspecto material, 
a proteção dos direitos fundamentais é mais ampla, especialmente no Brasil em que há uma 
Constituição Prolixa, em que se protege o FGTS, o 13º salário que não estão previstos em tratados 
internacionais. 
https://www.conjur.com.br/2015-jan-23/direitos-fundamentais-aproximacoes-tensoes-existentes-entre-direitos-humanos-fundamentais
https://www.conjur.com.br/2015-jan-23/direitos-fundamentais-aproximacoes-tensoes-existentes-entre-direitos-humanos-fundamentais
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 11 
 
 
 
 
 
 
. 
ademais o conteúdo é muito variado (direitos políticos, civis, econômicos, sociais, culturais) e, por 
fim, são dotados de heterogeneidade (cada região possui seu bloco de direitos humanos). 
 
3.2. JUSNATURALISTA 
 
Sustenta que o ser humano possui direitos naturais anteriores e superiores ao Estado. 
Divide-se em: 
 
a) Escola de Direito Natural de Razão Divina – os direitos humanos são advindos de Deus. 
 
b) Escola de Direito Natural Moderno – os direitos humanos são inerentes à condição de 
ser humano. A Declaração Universal de Direitos Humanos possui inspiração 
jusnaturalista. 
Há alguns pontos frágeis na Teoria Jusnaturalistas: 
 
• Impossibilidade de comprovação empírica das escolas vistas acima; 
 
• Dificuldade em explicar a imutabilidade dos direitos naturais em razão da constante 
alteração do conteúdo de direitos essenciais ao indivíduo ao longo dos séculos 
 
3.3. POSITIVISTA 
 
A fundamentação dos direitos humanos somente pode ser encontrada no ordenamento 
jurídico internacional, a exemplo de tratados, convenções. 
É criticada, tendo em vista que possui dificuldade de promover a observância aos direitos 
humanos em Estados que tenham se recusado a assinar, ratificar e incorporar na ordem jurídica 
interna os tratados que os preveem. 
 
 
4. FONTES 
 
 
O tema “fontes de direitos humanos” está relacionado à origem do instituto, é tema reservado 
mais ao Direito Internacional Público, tanto que é encontrado no art. 38 do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça, são as mesmas fontes do Direito Internacional. 
 
Artigo 38 
1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as 
controvérsias que sejam submetidas, deverão aplicar; 
2. As convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que 
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 
3. O costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita 
como direito; 
4. Os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; 
5. As decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência 
das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de 
direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59. 
CS – DIREITOSHUMANOS 2022 12 
 
 
 
 
 
 
. 
 
Segundo André de Carvalho Ramos, são fontes do Direito Internacional, apesar de não 
mencionadas no artigo 38, os atos unilaterais e as resoluções vinculantes das organizações 
internacionais. 
Importante ressaltar que não existe hierarquia entre as fontes principais. Embora seja mais 
fácil e prático aplicar um tratado internacional, pois está escrito, do que um costume internacional, 
algo “invisível”. 
 
4.1. CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 
 
Tradados são acordos juridicamente obrigatórios e vinculantes, firmados entre sujeitos de 
Direito Internacional, também chamados de Convenções, Pactos, Protocolo (documento adicional, 
tratado anexo a um tratado). Não se confundem com as declarações (DUDH e a Declaração 
Americana dos Direitos e Deveres do Homem, por exemplo) que, por não gerarem efeitos jurídicos 
(direitos e obrigações), não podem ser entendidas como tratados, constituindo categoria diversa. 
A Convenção de Viena, em ser art. 2.1 traz o seguinte conceito de tratado: 
 
 
Entende-se por regime objetivo dos tratados internacionais de direitos humanos, a 
ausência de caráter sinalagmático presente nos tratados ordinários do direito internacional. Ou seja, 
não há acordo de vontades entre os Estados Contratantes, o Estado ao aderir o tratado internacional 
de direitos humanos contrai obrigações, não há nenhum benefício subjetivo, por isso é considerado 
um regime objetivo. 
Nesse sentido, a Opinião Consultiva nº 2 da Corte Interamericana de Direitos Humanos: 
 
“29. A Corte deve enfatizar, porém, que os tratados modernos sobre direitos 
humanos, em geral, e, em particular, a Convenção Americana, não são 
tratados multilaterais do tipo tradicional, concluídos em função de um 
intercâmbio recíproco de direitos, para o benefício mútuo dos Estados 
contratantes. Seu objeto e fim são a proteção dos direitos fundamentais dos 
seres humanos, independentemente de sua nacionalidade, tanto frente a seu 
próprio Estado como frente aos outros Estados contratantes. Ao aprovar 
esses tratados sobre direitos humanos, os Estados se submetem a uma 
ordem geral dentro da qual eles, pelo bem comum, assumem várias 
obrigações, não em relação aos outros Estados, mas sim em relação aos 
indivíduos sob a sua jurisdição”. 
 
4.2. COSTUME INTERNACIONAL 
 
O costume internacional resulta da prática geral e consistente dos Estados de reconhecer 
como válida e juridicamente exigível determinada obrigação. 
6. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um 
litígio ex aequo et bono, se convier às partes 
Art. 2.1 - tratado significa um acordo internacional concluído por escrito entre 
Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento 
único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua 
denominação específica 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 13 
 
 
 
 
 
 
. 
Os costumes aplicam-se a todos os Estados, até àqueles que deliberadamente recusaram- 
se a ratificação de um tratado internacional de direitos humanos, ou que tentaram liberar-se de uma 
das suas disposições por meio de reservas. 
O costume internacional é formado por dois elementos, quais sejam: 
 
a) Elemento objetivo: é a prática geral, ou seja, a conduta oficial de órgãos estatais; referem- 
se aos fatos interestaduais, e, por isso, podem ter relevância para a formação do novo Direito 
Internacional Público. 
b) Elemento subjetivo: é a opinião jurídica dos Estados. Determina que os atos praticados 
pelos Estados sejam uma obrigação jurídica, por isso surgem novos direitos. 
A Corte Internacional de Justiça decidiu expressamente pelo caráter de norma costumeira 
da Declaração Universal de Direitos Humanos, considerada como elemento de interpretação do 
conceito de direitos fundamentais insculpido na Carta da ONU. 
Por fim, salienta-se que um Estado somente pode deixar de cumprir um costume 
internacional quando tiver se comportado como um objetor persistente, que deve ocorrer durante o 
processo de formação do costume internacional, mediante manifestações permanentes e 
inequívocas de sua objeção a serem obrigados pelo respectivo costume. Tal figura não se aplica às 
normas de jus cogens, também conhecidas como normas imperativas ou cogentes, a exemplo do 
acesso à justiça. 
 
4.3. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
 
Prevalece a posição de que os princípios gerais de direito internacional são aqueles aceitos 
por (quase) todos os ordenamentos jurídicos, a exemplo da boa-fé, do respeito à coisa julgada, do 
direito adquirido e do pacta sunt servanda. 
 
4.4. DECISÕES JUDICIAIS E DOUTRINA 
 
São consideradas fontes auxiliares do Direito Internacional dos Direitos Humanos. 
 
a) Decisões judiciais: são as chamadas jurisprudências internacionais. São reiteradas 
decisões no mesmo sentido. Nota-se que é chamada de fonte auxiliar, pois não criam 
novos direitos, mas sim determinam o modo como devem ser interpretados. 
b) Doutrina: refere-se aos autores de renome. Além disso, inclui-se aqui a Comissão de 
Direito Internacional da ONU, criada pelas Nações Unidas para “incentivar o 
desenvolvimento progressivo do direito internacional e a sua codificação”. 
 
4.5. OUTRAS FONTES 
 
Conforme mencionado, embora não constem no rol do art. 38 do Estatuto da CIJ, são 
considerados como fonte de DIDH: 
a) Atos unilaterais dos Estados: são atos que não possuem normatividade. Contudo, criam 
obrigações aos Estados que os proclamam. Assim, quando assumir unilateralmente um 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 14 
 
 
 
 
 
 
. 
compromisso publicamente, mesmo quando não efetuado no contexto das negociações 
internacionais, o Estado deverá cumpri-lo obrigatoriamente, em respeito à boa-fé. 
b) Decisões de organizações internacionais: a partir do momento que um Estado é parte em 
uma organização internacional, ele assume obrigações para com ela, dentre as quais a de cumprir 
aquilo que vier a ser decidido em suas assembleias ou órgãos deliberativos. 
c) Analogia e equidade: são soluções eficientes para enfrentar o problema da falta de norma 
jurídica regulamentadora a determinado caso concreto, ou ainda para suprir a inutilidade da norma 
existente, a fim de que se possa solucionar, com um mínimo de justiça, o conflito de interesses. 
 
 
5. CLASSIFICAÇÃO 
 
 
5.1. CLASSIFICAÇÃO CLÁSSICA – GERAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS 
 
Primeiramente, destaca-se que a doutrina moderna prefere a expressão “dimensões” e não 
“gerações”, pois esta traz a ideia de sucessão, contrariando o caráter complementar dos direitos 
humanos. Assim, com o surgimento de uma nova dimensão a anterior não deixa de existir. 
Bonavides afirma que a melhor expressão é “dimensão”, que se justifica tanto pelo fato de 
não existir realmente uma sucessão ou desaparecimento de uma geração por outra, mas também 
quando novo direito é reconhecido, os anteriores assumem uma nova dimensão, de modo a melhor 
interpretá-los e realizá-los. 
 
5.1.1. 1ª Geração/Dimensão 
 
Surgiu com as revoluções burguesas dos séculos XVI e XIX. Englobam os direitos de 
liberdade, chamados de prestações negativas, nas quais o Estado deve proteger a esfera de 
autonomia do indivíduo. Assim, o Estado não poderia interferir na orbita individual, salvo para 
garantir a prevalência do máximo de liberdade possível para todos. 
Exemplos: direito à liberdade, igualdade perante a lei, propriedade, intimidade e segurança, 
traduzindo o valor de liberdade. 
 
 
5.1.2. 2ª Geração/Dimensão 
 
Surgiu em decorrência da deplorável situação da população pobre das cidades 
industrializadas. Englobam os chamados direitos de igualdade. Impõe aos Estados obrigações 
positivas, defendendo a intervenção estatal, como forma de reparar a iniquidade vigente. 
Exemplos: direito à saúde, educação, previdência social, habitação. 
Obs.: Na concepção contemporânea dos Direitos Humanos, os direitos de 1ª Geração não 
envolvem apenas condutas negativas do Estado. Por exemplo,o direito de não ser torturado envolve 
uma conduta negativa do Estado (não torturar), mas quando o Estado deixa de fornecer condições 
dignas aos presos (água potável, ambiente adequado) também está torturando. Portanto, perceba 
que este direito demanda sim prestações positivas dos Estados. 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 15 
 
 
 
 
 
 
. 
5.1.3. 3ª Geração/Dimensão 
 
Englobam os chamados direitos de solidariedade. 
 
Exemplos: direito ao desenvolvimento, direito à paz (5ª Geração para Bonavides), direito à 
autodeterminação e, em especial, o direito ao meio ambiente equilibrado. 
Além disso, segundo Paulo Bonavides, há os direitos de quarta geração, decorrentes do 
desenvolvimento da globalização política, correspondente à derradeira fase de institucionalização 
do Estado Social. Exemplos: direito à democracia, direito à informação. 
 
5.2. CLASSIFICAÇÃO CONFORME O DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
 
5.2.1. Direitos Civis 
 
São os direitos de autonomia do indivíduo contra interferências indevidas do Estado ou de 
terceiros. Assim, o conteúdo de tais direitos é relativo à proteção dos atributos da personalidade e 
dignidade da pessoa humana. Liberdade-autonomia. 
O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos prevê, expressamente, os seguintes 
direitos civis: 
a) Direito à vida (art. 6º), estabelecendo restrições à prática da pena de morte; 
 
 
b) Direito à integridade física, abolindo os tratamentos cruéis, degradantes e desumanos 
(art. 7º); 
Art. 6º 
1. O direito à vida é inerente à pessoa humana. Este direito deverá ser 
protegido pela lei. Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida. 
2. nos Países em que a pena de morte não tenha sido abolida, esta poderá 
ser imposta apenas nos casos de crimes mais graves, em conformidade com 
legislação vigente na época em que o crime foi cometido e que não esteja em 
conflito com as disposições do presente pacto, nem com a Convenção sobre 
a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio. Poder-se-á aplicar essa 
pena apenas em decorrência de uma sentença transitada em julgado e 
proferida por tribunal competente. 
3. Quando a privação da vida constituir um crime de genocídio, entende-se 
que nenhuma disposição do presente artigo autorizará qualquer Estado Parte 
do presente pacto a eximir-se, de modo algum, do cumprimento de quaisquer 
das obrigações que tenham assumido em virtude das disposições da 
Convenção sobre a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio. 
4. Qualquer condenado à morte terá o direito de pedir indulto ou comutação 
da pena. A anistia, o indulto ou a comutação de pena poderão ser concedidos 
em todos os casos. 
5. A pena de morte não deverá ser imposta em casos de crimes cometidos 
por pessoas menores de 18 anos, nem aplicada a mulheres em estado de 
gravidez. O Pacto de San José da Costa Rica inclui o maior de 70 anos. 
6. Não se poderá invocar disposição alguma do presente artigo para retardar 
ou impedir a abolição da pena de morte por um Estado Parte do presente 
pacto. 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 16 
 
 
 
 
 
 
. 
 Art. 7º ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamentos 
 cruéis, desumanos ou degradantes. Será proibido, sobretudo, submeter uma 
 pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências médicas ou científicas. 
 
c) Direito à liberdade (art. 11), admitindo-se os trabalhos forçados como pena, mas 
proibindo-se expressamente a prisão por descumprimento de obrigação contratual; 
 
 
d) Direito ao devido processo legal (art. 9º); 
 
 
e) Direito de locomoção e direito de intimidade (art. 12); 
 
 
f) Direito à igualdade perante a lei (art. 26); 
 
 Art. 26 Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem 
 discriminação alguma, a igual proteção da lei. A este respeito, a lei deverá 
 proibir qualquer forma de discriminação e garantir a todas as pessoas 
Art. 11 Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma 
obrigação contratual. 
Art. 9º 
1. Toda pessoa tem à liberdade e a segurança pessoais. Ninguém poderá 
ser preso ou encarcerado arbitrariamente. Ninguém poderá ser privado de 
sua liberdade, salvo pelos motivos previstos em lei e em conformidade com 
os procedimentos. 
2. Qualquer pessoa, ao ser presa, deverá ser informada das razões da prisão 
e notificada, sem demora, das acusações formuladas contra ela. 
3. Qualquer pessoa presa ou encerrada em virtude de infração penal deverá 
ser conduzida, sem demora, à presença do juiz ou de outra autoridade 
habilitada por lei a exercer funções e terá o direito de ser julgada em prazo 
razoável ou de ser posta em liberdade. A prisão preventiva de pessoas que 
aguardam julgamento não deverá constituir a regra geral, mas a soltura 
poderá estar condicionada a garantias que assegurem o comparecimento da 
pessoa em questão à audiência, a todos os atos do processo e, se necessário 
for, para a execução da sentença. 
4. Qualquer pessoa que seja privada de sua liberdade por prisão ou 
encarceramento terá de recorrer a um tribunal para que este decida sobre a 
legalidade de seu encarceramento e ordene sua soltura, caso a prisão tenha 
sido ilegal. 
5. Qualquer pessoa vítima de prisão ou encarceramento ilegais terá direito à 
reparação. 
Art. 12 
1. Toda pessoa que se ache legalmente no território de um Estado terá o 
direito de nele livremente circular e escolher sua residência. 
2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive 
de seu próprio país. 
3. Os direitos supracitados não poderão constituir objeto de restrição, a 
menos que estejam previstas em lei e no intuito de proteger a segurança 
nacional e a ordem, a saúde ou a moral pública, bem como os direitos e 
liberdades das demais pessoas, e que sejam compatíveis com os outros 
direitos reconhecidos no presente pacto. 
4. Ninguém poderá ser privado do direito de entrar em seu próprio país. 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 17 
 
 
 
 
 
 
. 
 
g) Garantias de um julgamento justo, o que inclui o direito ao duplo grau de jurisdição (art. 
14); 
 
Art. 14 
1. Todas as pessoas são iguais perante os tribunais e as cortes de justiça. 
Toda pessoa terá o direito de ser ouvida publicamente e com as devidas 
garantias por um tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido 
por lei, na apuração de qualquer acusação de caráter penal formulada contra 
ela ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil. A 
imprensa e o público poderão ser excluídos de parte ou da totalidade de um 
julgamento, que por motivo de moral pública, de ordem pública ou de 
segurança nacional em uma sociedade democrática, quer quando o interesse 
da vida privada das partes o exija, quer na medida em que isso seja 
estritamente necessário na opinião da justiça, em circunstâncias específicas, 
nas quais a publicidade venha a prejudicar os interesses da justiça; 
entretanto, qualquer sentença proferida em matéria penal ou civil deverá 
tornar-se pública, a menos que o interesse de menores exija procedimento 
oposto, ou o processo diga respeito à controvérsia matrimoniais ou a tutela 
de menores. 
2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito a que se presuma sua 
inocência enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. 
3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualdade, a, 
pelo menos, as seguintes garantias: 
a) de ser informado, sem demora, numa língua que compreenda e de forma 
minuciosa, da natureza e dos motivos da acusação contra ela formulada; 
b) de dispor do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa 
e a comunicar-se com defensor de sua escolha; 
c) de ser julgado sem dilações indevidas; 
d) de estar presente no julgamento e de defender-se pessoalmente ou por 
intermédio de defender de sua escolha; de ser informado, caso não tenha 
defensor, do direito que lhe assiste de tê-lo e, sempre que o interesse da 
justiça assim exija, de ter um defensordesignado "ex officio" gratuitamente, 
se não tiver meios para remunerá-lo; 
e) de interrogar ou fazer interrogar as testemunhas da acusação e de obter o 
comparecimento e o interrogatório das testemunhas de defesa nas mesmas 
condições de que dispõe as de acusação; 
f) de ser assistida gratuitamente por um intérprete, caso não compreenda ou 
não fale a língua empregada durante o julgamento; 
g) de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada. 
4. O processo aplicável a jovens que não sejam maiores nos termos da 
legislação penal levará em conta a idade dos menores e a importância de 
promover sua reintegração social. 
5. Toda pessoa declarada culpada por um delito terá o direito de recorrer da 
sentença condenatória e da pena a uma instância, em conformidade com a 
lei. 
6. Se uma sentença condenatória passada em julgado for posteriormente 
anulada ou se indulto for concedido, pela ocorrência ou descoberta de fatos 
novos que provem cabalmente a existência de erro judicial, a pessoa que 
proteção igual e eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, 
sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional 
ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer outra situação. 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 18 
 
 
 
 
 
 
. 
 
h) Direito à liberdade religiosa e seus consectários (art. 18); 
 
 
i) Direito à liberdade de expressão (art. 19 e 20); 
 
 
l) Direito à associação (art. 22); 
 
sofreu a pena decorrente dessa condenação deverá ser indenizada, de 
acordo com a lei, a menos que fique provado que se lhe pode imputar, total 
ou parcialmente, não-revelação dos fatos desconhecidos em tempo útil. 
7. Ninguém poderá ser processado ou punido por um delito pelo qual já foi 
absolvido ou condenado por sentença passada em julgado, em conformidade 
com a lei e os procedimentos penais de cada país. 
Art. 18 
1. Toda pessoa terá direito à liberdade de pensamento, de consciência e de 
religião. Esse direito implicará a liberdade de ter ou adotar uma religião ou 
uma crença de sua escolha e a liberdade de professar sua religião ou crença, 
individual ou coletivamente, tanto pública como privadamente, por meio do 
culto, da celebração de ritos, de práticas e do ensino. 
2. Ninguém poderá ser submetido a medidas coercitivas que possam 
restringir sua liberdade de ter ou de adotar uma religião ou crença de sua 
escolha. 
3. A liberdade de manifestar a própria religião ou crença estará sujeita 
apenas a limitações previstas em lei e que se façam necessárias para 
proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral pública ou os direitos e 
as liberdades das demais pessoas. 
4. Os Estados partes do presente Pacto comprometem-se a respeitar a 
liberdade dos pais - e, quando for o caso, dos tutores legais - de assegurar a 
educação religiosa e moral dos filhos que esteja de acordo com suas próprias 
convicções. 
Art. 19 
1. Ninguém poderá ser molestado por suas opiniões. 
2. Toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a 
liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer 
natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente 
ou por escrito, em forma impressa ou artística, ou qualquer outro meio de sua 
escolha. 
3. O exercício do direito previsto no § 2º do presente artigo implicará deveres 
e responsabilidades especiais. 
Consequentemente, poderá estar sujeito a certas restrições, que devem, 
entretanto, ser expressamente previstas em lei e que se façam necessárias 
para: 
a) assegurar o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas; 
b) proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde ou a moral pública. 
Art. 20 
1. Será proibida por lei qualquer propaganda em favor de guerra. 
2. Será proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional, radical, racial ou 
religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade ou à 
violência. 
Art. 22 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 19 
 
 
 
 
 
 
. 
 
m) Direito a constituir família (art. 23); 
 
 
n) Direito da criança a medidas de proteção por parte da sociedade e do Estado (art. 24). 
 
 
5.2.2. Direitos Políticos 
 
São direitos de participação, ativa ou passiva, na elaboração das decisões políticas e na 
gestão da coisa pública. Liberdade-participação. 
Estão previstos no art. 25 do PIDCP, garantem o direito de participar na condução dos 
assuntos públicos, bem como de votar e ser votado. 
 
1. Toda pessoa terá o direito de associar-se livremente a outras, inclusive o 
direito de construir sindicatos e de a eles filiar-se, para a proteção de seus 
interesses. 
2. O exercício desse direito estará sujeito apenas às restrições previstas em 
lei e que se façam necessárias, em uma sociedade democrática, no interesse 
da segurança nacional, da segurança e da ordem públicas, ou para proteger 
a saúde ou a moral pública ou os direitos a liberdades das demais pessoas. 
O presente artigo não impedirá que se submeta a restrições legais o exercício 
desse direito por membros das forças armadas e da polícia. 
3. Nenhuma das disposições do presente artigo permitirá que Estados Partes 
da Convenção de 1948 da Organização do Trabalho, relativa à liberdade 
sindical e à proteção do direito sindical, venham a adotar medidas legislativas 
que restrinjam - ou aplicar a lei de maneira a restringir - as garantias previstas 
na referida Convenção. 
Art. 23 
1. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e terá o direito 
de ser protegida pela sociedade e pelo Estado. 
2. Será reconhecido o direito do homem e da mulher de, em idade núbil, 
contrair casamento e construir família. 
3. Casamento algum será sem o consentimento livre e pleno dos futuros 
esposos. 
4. Os Estados Partes do presente Pacto deverão adotar as medidas 
apropriadas para assegurar a igualdade de direitos e responsabilidades dos 
esposos quanto ao casamento, durante o mesmo e o por ocasião de sua 
dissolução. Em caso de dissolução, deverão adotar-se disposições que 
assegurem a proteção necessária para os filhos. 
Art. 24 
1. Toda criança, terá direito, sem discriminação alguma por motivo de cor, 
sexo, religião, origem nacional ou social, situação econômica ou nascimento, 
às medidas de proteção que a sua condição de menor requerer por parte de 
sua família, da sociedade e do Estado. 
2. Toda criança deverá ser registrada imediatamente após seu nascimento e 
deverá receber um nome. 
3. Toda criança terá o direito de adquirir uma nacionalidade. 
Art. 25 
Todo cidadão terá o direito e a possibilidade, sem qualquer das formas de 
discriminação mencionadas no artigo 2° e sem restrições infundadas: 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 20 
 
 
 
 
 
 
. 
 
5.2.3. Direitos Econômicos 
 
Possuem uma dimensão institucional, baseada no poder estatal de regulamentar o mercado, 
em vista do interesse público. 
Estão previstos expressamente no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais (PIDESC), são eles: 
• Direito à associação sindical (art. 8º); 
 
 
• Direito a gozar de condições justas e dignas de trabalho (art. 7º) 
 
a) de participar da condução dos assuntos públicos, diretamente ou por meio 
de representantes livremente escolhidos; 
b) de votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por 
sufrágio universal e igualitário e por voto secreto, que garantam a 
manifestação da vontade dos eleitores; 
c) de ter acesso em condições gerais de igualdade, às funções públicas de 
seu país. 
Art. 8º 
1. Os Estados Partes do presente pacto comprometem-se a garantir: 
a) o direito de toda pessoa de fundar com outros sindicatos e de filiar-se ao 
sindicato de sua escolha, sujeitando-se unicamente a organização 
interessada, com o objetivo de promover e de proteger seus interesses 
econômicos e sociais. O exercício desse direito só poderá ser objeto das 
restrições previstas em lei e que sejamnecessárias, em uma sociedade 
democrática, no interesse da segurança nacional ou da ordem pública, ou 
para proteger os direitos e as liberdades alheias; 
b) o direito dos sindicatos de formar federações ou confederações nacionais 
e o direito desta de formar organizações sindicais internacionais ou de filiar- 
se às mesmas; 
c) o direito dos sindicatos de exercer livremente suas atividades, sem 
quaisquer limitações além daquelas previstas em lei e que sejam necessárias, 
em uma sociedade democrática, no interesse da segurança nacional ou da 
ordem pública, ou para proteger os direitos e as liberdades das demais 
pessoas; 
d) o direito de greve, exercido de conformidade com as leis de cada país. 
2. O presente artigo não impedirá que se submeta a restrições legais o 
exercício desses direitos pelos membros das forças armadas, da política ou 
da administração pública. 
3. Nenhuma das disposições do presente artigo permitirá que os Estados 
Partes da Convenção de 1948 da Organização Internacional do Trabalho, 
relativa à liberdade sindical e à proteção do direito sindical, venha a adotar 
medidas legislativas que restrinjam - ou a aplicar a lei de maneira a restringir 
- as garantias previstas na referida Convenção. 
Art. 7º 
Os Estados Partes do presente pacto o reconhecem o direito de toda pessoa 
de gozar de condições de trabalho justas e favoráveis, que assegurem 
especialmente: 
a) uma remuneração que proporcione, no mínimo, a todos os trabalhadores: 
CS – DIREITOS HUMANOS 2022 21 
 
 
 
 
 
 
. 
 
5.2.4. Direitos sociais 
 
São prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, que 
possibilitam melhores condições de vida dos mais fracos, direitos que tendem a realizar a 
igualização de situações sociais desiguais. 
De acordo com o PIDESC, compreendem: 
 
• Direito à vida digna (art. 11) 
 
 
• Direito à saúde (art. 12) 
 
i) um salário equitativo e uma remuneração igual por um trabalho de igual 
valor, sem qualquer distinção; em particular, as mulheres deverão ter a 
garantia de condições de trabalho não inferiores às dos homens e receber a 
mesma remuneração que ele por trabalho igual; 
ii) uma existência decente para eles e suas famílias, em conformidade com 
as disposições do presente Pacto. 
b) a segurança e a higiene no trabalho; 
c) igual oportunidade para todos de serem promovidos, em seu trabalho, a 
categoria superior que lhes corresponda, sem outras considerações que as 
de tempo de trabalho e capacidade; 
d) o descanso, o lazer, a limitação razoável das horas de trabalho e férias 
periódicas remuneradas. 
Art. 11 
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa 
a um nível vida adequado para si próprio e sua família, inclusive à 
alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim como a uma melhoria 
contínua de suas condições de vida. Os Estados Partes tomarão medidas 
apropriadas para assegurar a consecução desse direito, reconhecendo, 
nesse sentido, a importância essencial da cooperação internacional fundada 
no livre consentimento. 
2. Os Estados Partes do presente pacto, reconhecendo o direito fundamental 
de toda pessoa de estar protegida contra a fome, adotarão, individualmente 
e mediante cooperação internacional, as medidas, inclusive programas 
concretos, que se façam necessárias para: 
a) melhorar os métodos de produção, conservação e distribuição de gêneros 
alimentícios pela plena utilização dos conhecimentos técnicos e científicos, 
pela difusão de princípios de educação nutricional e pelo aperfeiçoamento ou 
reforma dos regimes agrários, de maneira que se assegurem a exploração e 
a utilização mais eficazes dos recursos naturais; 
b) assegurar uma repartição equitativa dos recursos alimentícios mundiais 
em relação às necessidades, levando-se em conta os problemas tanto dos 
países importadores quanto dos exportadores de gêneros alimentícios. 
Art. 12 
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa 
desfrutar o mais elevado nível possível de saúde física e mental. 
2. As medidas que os Estados partes do presente Pacto deverão adotar com 
o fim de assegurar o pleno exercício desse direito incluirão as medidas que 
se façam necessárias para assegurar: 
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. 
 
• Direito à educação (art. 13) 
 
Art. 13 
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa 
à educação. Concordam em que a educação deverá visar o pleno 
desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de sua dignidade e 
fortalecer o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais. 
Concordam ainda em que a educação deverá capacitar todas as pessoas a 
participar efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a compreensão, a 
tolerância e a amizade entre todas as nações e entre todos os grupos raciais, 
étnicos ou religiosos e promover as atividades das Nações Unidas em prol da 
manutenção da paz. 
2. Os Estados partes do Presente Pacto reconhecem que, com o objetivo de 
assegurar o pleno exercício desse direito: 
a) a educação primária deverá ser obrigatória e acessível gratuitamente a 
todos; 
b) a educação secundária em suas diferentes formas, inclusive a educação 
secundária técnica e profissional, deverá ser generalizada e tornar-se 
acessível a todos, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela 
implementação progressiva do ensino gratuito; 
c) a educação de nível superior deverá igualmente tronar-se acessível a 
todos, com base na capacidade de cada um, por todos os meios apropriados 
e, principalmente, pela implementação progressiva do ensino gratuito; 
d) dever-se-á fomentar e intensificar, na medida do possível, a educação de 
base para aquelas que não receberam educação primária ou não concluíram 
o ciclo completo de educação primária; 
e) será preciso prosseguir ativamente o desenvolvimento de uma rede 
escolar em todos os níveis de ensino, implementar-se um sistema de bolsas 
estudo e melhorar continuamente as condições materiais do corpo docente. 
2. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a respeitar a 
liberdade dos pais - e, quando for o caso, dos tutores legais - de escolher 
para seus filhos escolas distintas daquelas criadas pelas autoridades 
públicas, sempre que atendam aos padrões mínimos de ensino prescritos ou 
aprovados pelo Estado, e de fazer com que seus filhos venham a receber 
educação religiosa ou moral que seja de acordo com suas próprias 
convicções. 
3. Nenhuma das disposições do presente artigo poderá ser interpretada no 
sentido de restringir a liberdade de indivíduos e de entidades de criar e dirigir 
instituições de ensino, desde que respeitados os princípios enunciados no § 
1° do presente artigo e que essas instituições observem os padrões mínimos 
prescritos pelo Estado. 
a) a diminuição da mortalidade infantil, bem como o desenvolvimento das 
crianças; 
b) a melhoria de todos os aspectos de higiene do trabalho e do meio 
ambiente; 
c) a prevenção e tratamento das doenças epidêmicas, endêmicas, 
profissionais e outras, bem como a luta contra essas doenças; 
d) a criação de condições que assegurem a todos assistência médica e 
serviços médicos em caso de enfermidade. 
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5.2.5. Direitos Culturais 
 
Relacionados à participação do indivíduo na vida cultural de uma comunidade, bem como a 
manutenção do patrimônio histórico-cultural, que concretiza sua identidade e a memória. 
Segundo o art. 15 do PIDESC, são os direitos de participar da vida cultural e de conhecer 
os avanços científicos. 
 
 
5.3. DIREITOS HUMANOS GLOBAIS 
 
Tais direitos adquirem sua especificidade, em relação aos demais, diante da titularidade 
coletiva ou difusa, pertencendo aos grupos sociais determinados, a um povo, ou mesmo, à 
Humanidade inteira. Esta titularidade decorre do fato de que esses direitos objetivam proteger os

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