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Apicultura: História e Curiosidades

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N° 54 
Ano 4/2016
1ª Edição 
ATIVIDADES AGRÍCOLAS E AFINS
www.mundodasespecialidades.com.br
Ministério dos Desbravadores
Igreja Adventista do Sétimo Dia 
Apicultura 
O que vem por aí /// por Mundo das Especialidades 
 
ÉSe você já acampou na mata, provavelmente já viu algumas delas próximas a alguma seiva que escorria de uma árvore ou então lá estava ela naquele seu doce preferido, e para aqueles que foram mais além, sentiram “na pele” 
o poder de sua ferroada. O que vale aqui lembrar é que estes insetos compõem 
um mundo fascinante de curiosidades e conhecimentos. Pertencem à super 
família Apoidea, a mesma das vespas.Mesmo que voem 2 quilômetros longe 
da colmeia, a abelha nunca erra o caminho de volta.Elas também realizam em 
torno de 40 voos diários em busca de néctar e pólen, chegando a visitar 40 mil 
flores por dia, colhendo o néctar que é guardado no sistema digestório do inseto 
e misturado a enzimas (invertase e glicose oxidase), transformando-o em mel. 
Portanto… então, o mel nada mais é do que vômito de abelha. Isso tudo foi só 
um gostinho doce deste fascinante mundo. Aproveite! 
EXPEDIENTE
1ª Edição: Disponível em 
www.mundodasespecialidades.com.br 
Direção Geral: 
Khelven Klay de Azevedo Lemos 
Diagramação e Edição: 
Khelven Klay de A. Lemos 
Coord. de Guias das Especialidades: 
Thomé Duarte 
Editoração e Revisão : Aretha Stephanie 
Autor: Pablo Rios e Khelven Klay
Impressão: Servgrafica Editora 
 
SITE MUNDO DAS ESPECIALIDADES 
Telefones:(84)8778-0532 
E-mail:mundodasespecialidades@hotmail.com 
Site: www.mundodasespecialidades.com 
Facebook:Facebook.com/mundodasespecialidades 
 
DIREITOS RESERVADOS: 
A reprodução deste material seja de forma total ou 
parcial de seus textos ou imagens é permitida, des-
de que seja referenciado o Mundo das Especialida-
des e seus autores pela nova autoria ao fim de seu 
material. Todos os direitos reservados para Mundo 
das Especialidades 
 
UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA 
UNIÃO LESTE BRASILEIRA 
 
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA 
MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES 
Natal, RN, Junho de 2016
mundodasespecialidades 
mundodasespecialidades@hotmail.com
mundodasespecialidades
www.mundodasespecialidades.com.br
Bom Estudo!
PABLO RIOS
KHELVEN KLAY
Olá, sou Pablo Rios, Master Avançado de Desbravadores e Jovens. Atu-
almente estou Coordenador da 7ª Região da MBN. 
Curto ler, escrever, acampar e fazer bonecos. Gosto 
muito de mel, mas apesar disso, quero distância de 
nossas amiguinhas abelhas. 
Sou diretor do site Mundo das Especialidades. 
Zootecnista pela Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte. Líder investido e atualmen-
te trabalho com o Clube de Líderes, aqui na 
Missão Nordeste, UNeB. 
QUEM ESCREVE 
Atividades Agrícolas e Afins * Apicultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01www.mundodasespecialidades.com.br
História da Apicultura
 No início, o homem promovia uma verdadeira “caçada ao mel”, 
tendo que procurar e localizar os enxames, que muitas vezes nidifica-
vam em locais de difícil acesso e de grande risco para os coletores. 
Naquela época, o alimento ingerido era uma mistura de mel, pólen, 
crias e cera, pois o homem ainda não sabia como separar os produtos 
do favo. Os enxames, muitas vezes, morriam ou fugiam, obrigando o 
homem a procurar novos ninhos cada vez que necessitasse retirar o 
mel para consumo.
 Há, aproximadamente, 2.400 anos a.C., os egípcios começa-
ram a colocar as abelhas em potes de barro. A retirada do mel ainda 
era muito similar à “caçada” primitiva, entretanto, os enxames podiam 
ser transportados e colocados próximo à residência do produtor.
 Apesar de os egípcios serem considerados os pioneiros na 
criação de abelhas, a palavra colmeia vem do grego, pois os gregos 
colocavam seus enxames em recipientes com forma de sino feitos de 
palha trançada chamada de colmo.
 Na Idade Média, em algumas regiões da Europa, as árvores 
eram propriedade do governo, sendo proibido derrubá-las, pois elas 
poderiam servir de abrigo a um enxame no futuro. Os enxames eram 
registrados em cartório e deixados de herança por escrito, o roubo de 
abelhas era considerado um crime imperdoável, podendo ser punido 
com a morte.
 Nesse período, muitos produtores já não suportavam ter que 
matar suas abelhas para coletar o mel e vários estudos iniciaram-se 
nesse sentido. O uso de recipientes horizontais e com comprimento 
maior que o braço do produtor foi uma das primeiras tentativas. Nessas 
colmeias, para colheita do mel, o apicultor jogava fumaça na entrada 
da caixa, fazendo com que todas as abelhas fossem para o fundo, in-
clusive a rainha, e depois retirava somente os favos da frente, deixando 
uma reserva para as abelhas.
 Alguns anos depois, surgiu a ideia de se trabalhar com reci-
pientes sobrepostos, em que o apicultor removeria a parte superior, 
deixando reserva para as abelhas na caixa inferior. Embora resolvesse 
a questão da colheita do mel, o produtor não tinha acesso à área de 
cria sem destrui-la, o que impossibilitava um manejo mais racional dos 
enxames. Para resolver essa questão, os produtores começaram a co-
locar barras horizontais no topo dos recipientes, separadas por uma 
distância igual à distância dos favos construídos. Assim, as abelhas 
construíam os favos nessas barras, facilitando a inspeção, entretanto, 
as laterais dos favos ainda ficavam presas às paredes da colmeia.
 Em 1851, o Reverendo Lorenzo Lorraine Langstroth verificou 
que as abelhas depositavam própolis em qualquer espaço inferior a 
4,7 mm e construíam favos em espaços superiores a 9,5 mm. A medi-
da entre esses dois espaços Langstroth chamou de “espaço abelha”, 
que é o menor espaço livre existente no interior da colmeia e por onde 
podem passar duas abelhas ao mesmo tempo. Essa descoberta sim-
ples foi uma das chaves para o desenvolvimento da apicultura racional. 
Inspirado no modelo de colmeia usado por Francis Huber, que prendia 
cada favo em quadros presos pelas laterais e os movimentava como as 
páginas de um livro, Langstroth resolveu estender as barras superiores 
já usadas e fechar o quadro nas laterais e abaixo, mantendo sempre o 
espaço abelha entre cada peça da caixa, criando, assim, os quadros >
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ATIVIDADES AGRÍCOLAS E AFINS
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>>> móveis que poderiam ser retirados das colmeias pelo topo e mo-
vidos lateralmente dentro da caixa. A colmeia de quadros móveis per-
mitiu a criação racional de abelhas, favorecendo o avanço tecnológico 
da atividade como a conhecemos hoje.
Surgimento no Brasil
 
 A atividade apícola teve início no país em 1839, quando o pa-
dre Antônio Carneiro trouxe algumas colônias de abelhas da espécie 
Apis Mellifera da região do Porto, em Portugal, para o Rio de Janeiro. 
Outras raças da mesma espécie foram introduzidas posteriormente, 
principalmente nas regiões Sul e Sudeste, por imigrantes europeus.
 Com a introdução da abelha africana (Apis Mellifera Scutellata) 
em 1956, a apicultura brasileira tomou um novo rumo, de forma aci-
dental: essas abelhas escaparam do apiário experimental e passaram 
a se acasalar com as abelhas de raça europeia, formando um híbrido 
natural chamado de abelha africanizada.
 A agressividade dessas abelhas causou, inicialmente, um 
grande problema no manejo dos apiários e muitos apicultores aban-
donaram a atividade. Somente após o desenvolvimento de técnicas 
adequadas, nos anos 70, a apicultura passou a crescer e se expandiu 
para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Principais produtos
 
A apicultura fornece diversos produtos, entre eles podemos citar:
Mel – Utilizado medicinalmente, para cozinhar e principalmente para 
adoçar. Muitas receitas utilizam mel, desde um bolo e até para assar 
carnes.
Cera – Na Antiguidade, a cera de abelha era utilizada como combus-
tível para lamparinas, impermeabilização de recipientes e embalsama-
mento, mas era prioritariamente de uso medicinal na fabricação de un-
guentos e pomadas. Atualmente continua sendo de uso medicinal,mas 
também cosmético, sendo base de fabricação de maquiagens.
Própolis – Essa substância funciona como o antibiótico da colmeia, 
impedindo a proliferação de bactérias. Para o ser humano, o própolis 
tem função: antiviral, antifúngica, anestésica, anti-inflamatória, etc.
Pólen – Além de ser indispensável para a fecundação das árvores 
frutíferas, o pólen tem função cosmética, medicinal e alimentar para o 
ser humano.
Geleia real – Serve de alimento para os embriões das abelhas e para 
a Abelha Rainha durante toda a vida. Para os humanos é alimento e 
usado de forma terapêutica.
02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apicultura * Atividades Agrícolas e Afinswww.mundodasespecialidades.com.br
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 Diferenças entre as abelhas
 
 Em um enxame existem três tipos de indivíduos diferentes: 
rainha, zangão e operária.
Rainha - É a mãe de todos os indivíduos da colônia. Só existe uma 
rainha na colmeia que, para ser fecundada, realiza o voo nupcial. O fato 
acontece no início da sua vida reprodutiva. Neste voo a rainha pode ser 
fecundada por vários zangões. Cinco a seis dias após a fecundação, 
inicia-se a postura, podendo a rainha pôr até 3.000 ovos por dia, em 
condições de grande florada. A rainha pode viver até cinco anos, no 
entanto, nas condições tropicais brasileiras, sua vida útil é de aproxima-
damente dois anos. A rainha consegue manter as abelhas unidas den-
tro da colmeia por meio de um cheiro produzido por ela, o feromônio 
de agregação. Com o passar do tempo, a rainha envelhece diminuindo 
a postura e a produção de feromônio, fazendo com que as abelhas 
operárias a substitua.
Zangão - São os indivíduos machos da comunidade. Não apresentam 
estrutura específica para o trabalho e sua função na colmeia é fecundar 
a rainha. Atingem a maturidade sexual aos 12 dias de vida e, após fe-
cundar a rainha, morrem, por perderem parte dos seus órgãos sexuais, 
os quais ficam presos na genitália da rainha.
Operárias - As abelhas operárias são responsáveis por todas as tare-
fas dentro e fora da colmeia. Suas atividades obedecem a uma escala 
de trabalho que normalmente está associada com a idade do indivíduo 
e ao desenvolvimento de suas glândulas:
Do 1º ao 3º dia de vida: As abelhas são denominadas faxineiras. Elas 
tem a função de limpar a colmeia, os depósitos de mel e as células de 
nascimento das abelhas operárias, rainhas e zangões.
Do 4º ao 14º dia de vida: Nessa idade, elas elaboram a geléia real e 
alimentam a rainha e as larvas (jovens), motivo pelo qual são batizadas 
de abelhas nutrizes. 
Do 14º ao 21º dia de vida: São batizadas de abelhas engenheiras, por 
ser esse o período no qual elas se dedicam à produção da cera e à 
construção dos favos. 
Do 21º ao 38/42º dia de vida: Após os 21 dias de idade, as operárias 
dão início à atividade de coleta de néctar no campo (fonte de açú-
cares), pólen (fonte de proteína, minerais, óleos e vitaminas), resina e 
água. Por isso são chamadas de campeiras.
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Atividades Agrícolas e Afins * Apicultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03www.mundodasespecialidades.com.br
Você sabia?
Abelhas e agricultura
 A relação das abelhas com práticas agrí-
colas sempre teve um caráter complementar, 
com benefícios para todos os envolvidos. 
Enquanto as abelhas conseguem o néctar 
e o pólen necessários para se alimentar, e 
produzir o mel e outros derivados (para as 
espécie que formam grandes colônias), a 
agricultura se beneficia da polinização que 
amplia sua produtividade e garante frutos 
com mais qualidade e, consequentemente, 
maior valor de mercado.
 Para que aconteça, entram em ação os 
polinizadores, que são animais como abe-
lhas, vespas, borboletas, pássaros e morce-
gos responsáveis pela transferência do pó-
len entre as flores masculinas e femininas. 
Em alguns casos, também o vento e a chuva 
exercem este papel.
 Das espécies conhecidas de plantas com 
flores cerca de 88% dependem, em algum 
momento, de animais polinizadores. Mais 
de 3/4 das espécies utilizadas pelo homem 
na produção de alimentos dependem da 
polinização para uma produção de quali-
dade e em quantidade. Veja alguns produ-
tos que precisam de polinização: algodão, 
caju, castanha-do-Brasi(também conheci-
da como castanha-do-Pará), canola, maçã, 
melão, tomate, maracujá, laranja, girassol, 
urucum, pera, cana-de-açúcar, uva, café, 
manga
Rainha Zangão Operária
04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apicultura * Atividades Agrícolas e Afinswww.mundodasespecialidades.com.br
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Materiais que são usados na apicultura
 A caixa Langstroth é a mais utilizada no Brasil devido à pratici-
dade de manejo que vocês veem abaixo no infográfico. A colméia dita 
racional é uma caixa, ou um conjunto de caixas empilháveis, dispostas 
sobre um fundo (ou chão) e cobertas por uma tampa (ou teto). Geral-
mente, é feita de madeira. Dentro das caixas, ficam os quadros (ou 
caixilhos), que são estruturas retangulares, como molduras, destinadas 
a conter os favos feitos pelas abelhas.
Fundo: 
É uma superfície, geralmente de madei-
ra, com pequenas paredes nas laterais 
e atrás, que servem de apoio ao ninho. 
A frente estende-se alguns centímetros 
além do comprimento do ninho, para 
servir de plataforma de pouso e deco-
lagem das abelhas. O espaço formado 
entre a superfície do fundo e o início da 
parede frontal do ninho é a entrada da 
colméia, chamada de alvado.
Tampa: 
É uma superfície, geralmente de madei-
ra, com paredes em duas laterais, que 
ajudam no seu encaixe sobre a última 
caixa da colméia. 
Alvado: 
Abertura localizada na frente da caixa, na parte inferior, para entrada e saída das 
abelhas. O alvado normal tem cerca de 37 cm de largura por 1 ou 2 cm de altura. 
Na prática, geralmente é usado um redutor, um pedaço de madeira que diminui esse 
espaço um pouco nas estações quentes e bastante nas frias (nas estações quentes, às 
vezes não é usado nenhum redutor). Alguns fundos são reversíveis, o que significa 
que as paredes laterais têm alturas diferentes de um lado e de outro. Com isso, o 
apicultor pode variar a altura do alvado pela reversão do fundo.
Ninho
Melgueiras
placas destinadas à produção de 
mel. É lá que são construídos os 
favos. Geralmente ficam na parte 
superior das caixas criatórias.
Tela excluídora
É uma tela larga o suficiente para 
deixar uma operária passar, mas não 
uma rainha, nem os zangões. Com a 
tela posta entre o ninho e as mel-
gueiras, pode-se ter segurança de 
que não haverá quadros de cria nas 
melgueiras.
Você sabia?
Própolis
Essa foi talvez a maior descoberta da api-
cultura moderna, que possibilitou o desen-
volvimento das colméias racionais. Não há 
uma razão conhecida, mas segundo as ob-
servações de Lorenzo Lorraine Langstroth, 
em 1851, as abelhas não fecham espaços 
maiores de 6,4 mm com própolis, nem cons-
troem favos em espaços menores que 9,5 
mm. Isso permitiu definir o espaço-abelha.
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Atividades Agrícolas e Afins * Apicultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05www.mundodasespecialidades.com.br
 No centro de cada quadro, o apicultor coloca uma lâmina de 
cera alveolada(uma cera já pronta), que funciona como um início do 
favo. As abelhas só continuam o que já receberam começado. Quando 
não são induzidas, ou quando sobra algum espaço relativamente gran-
de numa caixa, as abelhas constroem favos fora dos quadros. Quando 
o apicultor esquece quadros sem cera alveolada, elas constroem favos 
atravessados, cada um passando por dentro de vários quadros. Neste 
caso, arrumar a colméia pode dar um trabalho enorme.
 Melgueiras (ou sobrecaixas) são destinadas 
apenas à produçãode mel, para que os seus quadros 
não contenham também crias e pólen. Geralmente 
são mais baixas que os ninhos e formam os andares 
mais altos do “prédio”. Alguns apicultores preferem 
usar apenas ninhos nas colméias, inclusive fazendo o 
papel de melgueiras (os sobreninhos). Esse é o mo-
delo moderno básico, mas inúmeros outros são pos-
síveis. No passado, as colmeias eram cestos de palha 
emborcados. Caixas comuns, sem quadros, também 
foram usados por décadas.
 Ninhos (ou caixas, ou câmaras de criação) 
contêm os quadros que serão usados para a postura 
de ovos e desenvolvimento das crias. Geralmente são 
mais altas e formam o primeiro ou os primeiros anda-
res, se a colmeia for vista como um edifício. Apresen-
tam coloração mais escura que o quadro de mel. 
Favos de ninho
quadro de crias
Favo de mel
Quadro de melgueira
Você sabia?
Espaço - abelha
É exatamente o intervalo de 6,4 a 9,5 mm 
que as abelhas sempre deixam livre. Conhe-
cendo essas medidas, foi possível projetar a 
colmeia racional, de quadros móveis, com 
a certeza de que as abelhas construiriam 
favos apenas nesses quadros, se correta-
mente induzidas, e não iriam colá-los entre 
si e nem às paredes das caixas. Essa é a di-
mensão mais conhecida na apicultura, mas 
há outras também importantes.
06 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apicultura * Atividades Agrícolas e Afinswww.mundodasespecialidades.com.br
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ATIVIDADES AGRÍCOLAS E AFINS
Como as abelhas produzem cera?
 A cera é produzida por seis pares de glândulas cerígenas que 
se localizam no abdomen de abelhas jovens entre 10 a 18 dias de vida. 
Elas ingerem mel e pólen, excretam após 24 horas uma minúscula es-
cama de cera de coloração branca.Essas glândulas ceríferas secretam 
a cera de forma líquida dissolvida em uma substância volátil, que na 
superfície externa do tegumento se evapora, deixando as placas de 
cera. 
 As abelhas que secretam cera fazem uma espécie de “corti-
na”, umas presas às outras pelas patas. Cada uma delas produz flocos 
de cera, que depois são mascados e amolecidos com um pouco de 
saliva. Em seguida, são colados e moldados na estrutura de cera que 
está sendo construída. No caso do favo, a estrutura é um agrupamento 
de alvéolos, ou células, cuja seção transversal é um hexágono. Esses 
alvéolos são dispostos lado a lado, de forma que cada parede é com-
partilhada por duas células (exceto as paredes mais externas, é claro). 
Eles também são dispostos fundo-contra-fundo, desencontrados, de 
maneira que cada favo possui duas camadas de alvéolos, cada cama-
da voltada para um lado.
Qual o tamanho de alvéolo? 
 As européias constroem 857 alvéolos de operária em 100 cm² 
(considerando-se as duas faces). A A.m.scutellata, menor, constrói 
1000 alvéolos no mesmo espaço. Quando é fornecida cera alveolada 
às africanizadas no padrão europeu, elas mantêm as dimensões origi-
nais da lâmina. Alvéolos de zangão são maiores e perfazem cerca de 
520 por 100 cm². Alvéolos usados para cria de operárias e armazena-
gem de pólen geralmente têm as mesmas dimensões. O armazena-
mento de mel pode ser feito em alvéolos de operária ou de zangão.
Formato hexagonal dos favos
 Essa forma otimiza a construção, pois atende da melhor forma 
possível o compromisso entre economia de cera e trabalho versus a 
resistência mecânica final do conjunto. Naturalmente, esta não é uma 
decisão racional das abelhas; uma hipótese é que a seção hexagonal 
seja apenas o resultado final da tentativa de formar vários alvéolos con-
tíguos de seção circular – uma forma muito mais comum na natureza. 
Depende da área útil do quadro (as medidas mais rigorosas são as 
externas), mas pode-se estimar, arredondando, para 7.000 alvéolos de 
operária por quadro de ninho (3.500 por face), e 4.000 alvéolos por 
quadro de melgueira (2.000 por face).
Por que as colméias ficam escuras? 
 Favos recém construídos são brancos, mas vão ficando ama-
relados rapidamente. Os favos de ninho escurecem muito mais que os 
de melgueira, pois cada cria deixa resíduos do seu casulo e dejetos or-
gânicos que as outras operárias não conseguem eliminar inteiramente. 
Um favo de ninho antigo chega a ser quase negro.
Cera Alveolada
Cera colacada 
pelo apicultor para 
que as abelhas 
iniciem o trabalho 
da construção dos 
favos de cria ou 
mel
Alvéolo
Favos
correspondem ao 
conjunto das estru-
turas hexagonais 
(alvéolos) que são 
construídos pelas 
abelhas que podem 
servir para colocar 
mel no caso das 
melgueiras ou lar-
vas de cria no caso 
dos ninhos. 
Favo
conjunto de 
alvéolos
Você sabia?
Por que o mel não cai da colméia? 
A construção do favo é orientada pela gra-
vidade, e ele é perfeitamente vertical. Os 
alvéolos, porém, não são puxados a 90º. 
Eles são feitos com uma inclinação ascen-
dente de 9 a 14º em relação à horizontal. 
Isso evita que o néctar/mel escorra logo 
que começa a ser armazenado no alvéolo, 
e também impede que as larvas caiam da 
célula acidentalmente. Quando o volume de 
néctar/mel armazenado atinge a borda do 
alvéolo, as abelhas iniciam a sua opercu-
lação (fechamento), de forma a impedir o 
escorrimento.
Atividades Agrícolas e Afins * Apicultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07www.mundodasespecialidades.com.br
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Fumegador
 Ferramenta apícola usada desde muito tempo para produzir 
fumaça para acalmar as abelhas e possibilitar o trabalho no apiário. 
A fumaça pode ser produzida com a queima de pedaços de madeira, 
serragem, cascas de eucalipto e esterco seco de vaca. 
 A utilização do fumo interfere na vida do enxame, provocando 
uma reação de alerta. Perante o temor do perigo, as abelhas emitem 
um zumbido prolongado, que pode ser considerado o sinal para dar 
início ao meio apícola. Neste instante há uma redução considerável na 
ação de defesa dos insetos e uma diminuição da velocidade das abe-
lhas sobre os quadros. O que as abelhas fazem é comer e armazenar 
todo o mel em seus corpos, para que o alimento da colmeia inteira não 
se perca durante o considerado incêndio na floresta, que é a impressão 
causada pelo fumegador.
Roupa para a apicultura
 A indumentária é o equipamento de proteção individual (E.P.I.) 
do apicultor. É composta de macacão, máscara, luvas, botas e chapéu 
e deve ser usada completa para proteger o apicultor e diminuir os ris-
cos de ferroadas. A indumentária deve ser confeccionada na cor bran-
ca e mantida sempre limpa. A máscara deve ser de tecido resistente, 
de cor clara, com tela fina e escura no visor, de forma a permitir melhor 
visualização.
Dica!
Se liga!
Odores forte provocam maior defensivida-
de das abelhas, ocasionando ferroada no 
apicultor, evitar uso de perfumes ou deso-
dorantes fortes antes da atividade.
A indumentária é feita de Brim, que é 
um tecido resistente e duro, o que evita 
as possíveis ferroadas devido ao ataque 
das abelhas durante o manejo. 
08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apicultura * Atividades Agrícolas e Afinswww.mundodasespecialidades.com.br
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ATIVIDADES AGRÍCOLAS E AFINS
Escolhendo o local
 O local a ser escolhido para a instalação do apiário deve con-
siderar as normas de segurança para pessoas e animais, a disponibili-
dade de flora apícola e de água. 
1. Observe as fontes de néctar e pólen: O local a ser escolhido 
deverá ter flora apícola abundante que forneça néctar (matéria prima 
para a produção de mel) e pólen (fonte de proteína e vitaminas para 
a alimentação das abelhas). Não esquecendo que o raio de ação das 
abelhas na coleta de néctar e pólen é de aproximadamente 1500m.
2. Observe as fontes de água: A água é essencial para o bom de-
senvolvimento das colônias. Locais com água parada devem ser evita-
dos, pois podem ser focos de doenças. A fonte de água não deve estar 
a uma distância superior a 200 m. Em locaiscom escassez de água, 
deve-se instalar bebedouro. 
3. Considere a facilidade de acesso ao apiário: O acesso deve 
permitir a aproximação de veículos para transportar materiais, colmeias 
e o escoamento da produção. Na instalação do apiário (zona rural) 
devem-se observar as distâncias de segurança: escolas e residências 
rurais - 500 metros; criações de animais domésticos confinados - 300 
metros; estradas e rodovias- 300 metros.
Doenças
 As abelhas, como todos os organismos vivos, são susceptí-
veis a várias doenças, parasitas e predadores, cuja acção pode ter um 
efeito prejudicial no seu normal desenvolvimento, e mais importante 
na sua produtividade. Os apicultores, como criadores de gado, têm a 
responsabilidade de promover o desenvolvimento de colónias fortes e 
saudáveis, em especial nas épocas de maior produção.
 A exploração do material apícola e algumas técnicas de mane-
jo, acompanhadas da intensificação da produção apícola, resultaram 
numa proximidade cada vez maior entre colônias. Este fator, ao que se 
junta às constantes deslocações de colônias, o comércio de abelhas 
(rainhas, núcleos ou pacotes de abelhas) entre apicultores de diferen-
tes regiões do mesmo país, ou mesmo, entre apicultores de diferentes 
países e continentes, contribui de forma marcante para a disseminação 
da maioria das doenças das abelhas. A melhor medida de prevenção 
contra a aparição de infestação da maior parte das doenças repousa 
sobre um bom cuidado da parte do apicultor.No caso de pequenos 
besouros há outras medidas que o apicultor deverá tomar no próximo 
porvir para combater esta doença na sua exploração, tais como:
 
1- Possuir colmeias fortes com favos cobertos de abelhas; evita-se 
assim que os quadros fiquem desocupados e abandonados nas extre-
midades laterais da colmeia;
2- Utilizar colmeias que permitam limpeza dos fundos, evitando assim 
uma acumulação de detritos;
3- Nunca deixar quadros ou restos de favos abandonados no apiário, 
porque o seu cheiro atrai os coleópteros das colmeias;
4- Evitar trocar quadros entre as colmeias atingidas com as sãs;
5- Inspeccionar periodicamente as suas colmeias e, prestar atenção 
especial no caso em que se constatar sintomas parecidos aos da traça.
Você sabia?
Você sabia?
Pólen e nectar
Observe a presença de pólen nas patas das 
abelhas (corbícula) ao visitar a flor, isso é 
um indicativo que a planta é fornecedora 
de pólen.Ao observar a abelha visitando a 
flor sem a presença de pólen em suas patas 
é indicativo de que a planta é fornecedo-
ra de néctar.Existem plantas que fornecem 
tanto pólen como néctar ou somente um 
desses produtos.
Abelha ladra
São espécies de abelhas que invadem e 
“parasitam” colmeias de outras que sa-
íram para coletar néctar das flores. Iden-
tificados em Cabo Verde, um conjunto de 
ilhas na costa da África, os insetos variam 
de tamanho, podendo ter de 3,2 a 5 milí-
metros de comprimento. são pretas com 
listras brancas, com aparência de zebras. 
As abelhas “ladras” ocupam as colmeias 
alheias e colocam ovos enquanto as outras 
estão fora, para que suas larvas possam se 
alimentar dos nutrientes coletados.
Os ovos das invasoras eclodem antes dos 
colocados pelas verdadeiras “donas” da 
colmeia, e as larvas destróem os ovos das 
hospedeiras, aproveitando as reservas de 
néctar para si.
sdsdsd
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ATIVIDADES AGRÍCOLAS E AFINS
Variações Climáticas
 Apesar da capacidade de adaptação das abelhas a diferentes 
ambientes, as colônias desses insetos podem sofrer grandes prejuízos 
com as variações das condições climáticas. Embora as abelhas adul-
tas sejam relativamente tolerantes às variações térmicas, suas crias 
são sensíveis a pequenas variações da temperatura do ninho. Para o 
bom desenvolvimento das formas jovens, a área de cria do ninho deve 
ser mantida a temperaturas entre 30 a 35 °C, já que as temperaturas 
acima desta faixa podem prejudicar o desenvolvimento larval, principal-
mente a metamorfose. Além disso, em temperaturas acima de 40 °C, os 
favos de cera cheios de mel podem amolecer e quebrar. 
 Uma temperatura elevada no interior da colônia pode colocar 
em risco tanto o desenvolvimento populacional como o armazenamen-
to de alimento; com isso, as abelhas tomam uma série de medidas 
para evitar o superaquecimento. Inicialmente, as abelhas adultas se 
dispersam pelo ninho e começam a promover a ventilação, pelo bati-
mento das asas, de forma a criar correntes de ar que favorecem a saída 
do ar quente e entrada de ar fresco. Adicionalmente, as operárias po-
dem promover a evaporação de pequenas gotas de água, espalhadas 
nos favos ou expostas nas suas próprias línguas. 
 Por isso, é grande a importância da manutenção de fontes de 
água nas proximidades da colônia. Também visando a diminuição da 
temperatura, parte das abelhas pode sair da colmeia, formando aglo-
merados do lado de fora para reduzir a produção de calor e facilitar a 
ventilação. Entretanto, tudo isso gera um gasto energético extra para a 
colônia, que emprega tempo e recursos para o controle da temperatu-
ra, deixando de realizar outras atividades como coleta de néctar e pólen 
para o armazenamento de alimento.
 Outros elementos climáticos como umidade relativa do ar, ra-
diação solar, precipitação, velocidade do vento e pressão atmosférica 
tem um efeito determinante em relação ao estabelecimento e desenvol-
vimento de colônias de abelhas. Dessa forma, considera-se importante 
o monitoramento dessas variáveis e a avaliação de sua influência nas 
colônias de abelhas, visando o estudo dos impactos que as mudanças 
climáticas podem provocar sobre esses organismos e possíveis ações 
que possam minimizar esses efeitos.
Você sabia?
Pilhagem
Pilhagem é o roubo de mel praticado por 
abelhas vindas de outras colmeias. Para 
evitar este problema, não abra as colmeias 
em época de pouca florada e não deixe res-
to de mel espalhado no apiário.
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ATIVIDADES AGRÍCOLAS E AFINS
Tipos de colmeias
 Conhecem -se hoje mais de 300 diferentes tipos de colmeia; 
que variam em função de adaptação climática, manejo, etc. Mas todas 
elas apresentam a mesma constituição básica: um fundo, ou assoa-
lho, um ninho que é compartimento reservado ao desenvolvimento da 
família – a melgueira, compartimento onde é armazenado o mel, os 
quadros, nos quais são moldados os favos de mel ou de cria, e uma 
tampa, que reveste toda a colméia 
Lusitânia é um tipo de colmeia que tem uma capacidade de alber-
gação de um maior número de abelhas. Essa colmeia no entanto 
apresenta algumas desvantagens começando logo pelo preço. Dos 3 
modelos mais comuns o que normalmente é comercializado a preços 
mais elevados é a Lusitânia. Outra desvantagem apontada no clima 
específico açoriano é devido às temperaturas amenas que temos, uma 
colmeia dessa dimensão se não estiver bem fortalecida, pode ter imen-
sos problemas com o frio. Outra desvantagem é o arranque do enxame 
numa colmeia de tão grande dimensão. 
Colmeia reversível: Uma das grandes vantagens desta colmeia em 
relação à Lusitânia é no arranque. Uma colmeia reversível (em condi-
ções favoráveis) arranca de tal forma “rápido” que uma distração por 
parte do apicultor pode levar a uma enxameação indesejável. Também, 
no mercado, esta é a colmeia que apresenta os preços mais competi-
tivos. Mantém os quadros em forma quase quadrangular sendo assim 
uma vantagem em relação à Langstroth. O peso é bastante mais leve 
que as restantes colmeias, o que facilita o transporte. Devido as alças 
serem iguais ao ninho esta colmeia também é muito boa na poupança 
de material em comparação à langstroth e lusitânia. 
Langstroth(tradicional do desenho): É o modelo mais utilizado 
em todo o mundo. Na verdade, tanto a colmeia reversível como a Lusi-
tânia foram adaptadas deste modelo. Tem a vantagem de ter material 
disponível em todo o mundo. Até da China se pode encomendar ma-
terial para a langstroth. Tem um ninho suficientemente grande para a 
postura da rainha sem apresentar grandes problemas. 
Quando o mel deve ser colhido? 
 Constantemente o apicultor deve estar atento à sua produção 
e deve sempre verificar os quadros de mel se eles estão cheios de mel 
e operculados. Operculação é o processo pelo qual as abelhas fecham 
os alvéolos (de cria e de mel) com uma fina camada de cera, indicando, 
no caso do mel, a sua maturação, e no caso das crias, o último estágio 
de desenvolvimento. A verificação deve acontecer pelo menos a cada 
15 dias, tempo médio para que um dos quadros esteja completo de 
mel. Caso verifique que a produção está baixa, as medidas de sanida-
de devem ser tomadas. Veja na próxima página os passos para extra-
ção do mel. 
Langstroth
Lusitânia
reversível
sdsdsd
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Preparando Quadros
1. Remova a tampa que cobre 
as melgueiras da colmeia.
Utilize o fumegador para 
acalmar as abelhas a uma 
distância de 20cm da col-
meia.
1. Limpe os quadros com a escova. A limpe-
za é feita para a retirada das sujeiras.
2. Com auxílio do limpador de ranhuras 
retire a cera acumulada nos quadros. Qua-
dros defeituosos ou quebrados devem ser 
descartados
3. O arame deve ser colocado no quadro e 
fixado com pregos, para sustentar as lâmi-
nas de cera alveolada, evitando, assim, que 
o favo se quebre durante a centrifugação e 
as revisões.
4. Passe o fio de arame pelo orifício e
estique-o com o esticador
5. Incruste a cera alveolada no quadro 
aramado. Encaixe a lâmina de cera alve-
olada na ranhura. Apoie a lâmina de cera 
alveolada no arame de forma a encaixá-la 
na ranhura do quadro.
6. Derreta a cera bruta em banho-maria
2. Retire um dos quadros 
de mel. Verifique se o mel 
saudável tem uma coloração 
clara e os opérculos estão 
fechados.
3. Com a ajuda de um garfo 
desoperculador, retire os 
favos de mel da melgueira.
Mão na massa!
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7. Despeje a cera derretida na ranhura.
Para soldar a lâmina de cera alveolada 
na ranhura utilize o caneco soldador ou a 
colher. Deve-se tomar cuidado ao manusear 
a cera quente.
10. Ajuste o quadro com a cera alveolada
sobre a tábua de apoio. O arame deve ficar 
voltado para cima possibilitando a passa-
gem da carretilha.
11. Passe a carretilha aquecida sobre o arame. Ao final da operação, verifique 
se a cera está bem incrustada.
8. Esquente a carretilha 9. Molhe a tábua de apoio com água 
fria. A água evita que a cera se cole 
na tábua.
Alimentando artificialmente as abelhas
As abelhas precisam de dois ti-pos de alimentação artificial: de subsistência e estimulante. 
A alimentação de subsistência é feita 
visando suprir a ausência da alimenta-
ção natural coletada nas flores. 
 A Alimentação estimulante é feita 
com antecedência de aproximadamen-
te dois meses do início da florada prin-
cipal e serve para estimular a postura 
da rainha, aumentando a população 
1. Dissolva o açúcar na água. A proporção 
do açúcar para a água varia de acordo com 
o objetivo da alimentação; se estimulan-
te ou de subsistência. Para a alimentação 
estimulante usam-se duas partes de água 
para uma parte de açúcar. Para a alimen-
tação de subsistência a proporção é de uma 
parte de água para uma parte de açúcar.
4. Coloque o alimentador no alvado. A re-
dução do alvado evita que outras abelhas 
tentem entrar na colmeia para pilhar (rou-
bar o alimento).
3. Coloque o alimento no pote
do alimentador. O alimento não 
deve ser fornecido quente para as 
abelhas. Encaixe o pote no alimen-
tador
2. Aqueça a mistura
Mão na massa!
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1. Lona limpa, indumentária (EPI), fumigador, melguei-
ras contendo quadros com favos construídos ou cera al-
veolada, vassourinha, formão. 2 - Vista a indumentária;
3 - Acenda o fumigador;4 - Retire a tampa da melgueira
6. Retire os quadros com mel maduro. Mel maduro é 
aquele que está no favo operculado (favo recoberto 
por uma fina camada de cera). E apresenta a umidade 
adequada para consumo, no máximo 20%, conforme 
determina a legislação brasileira.
8. Coloque os quadros em uma melgueira vazia7. Remova as abelhas do quadro de mel
5. Aplique a fumaça. Utilize pouca fumaça para evitar 
resíduos no mel, depreciando sua qualidade.
Colheita e beneficiamento do mel
 Sendo o mel um alimento, é necessário que se adote medidas 
higiênicas desde a colheita no apiário. Para colher mel os apicultores 
devem estar em boas condições de saúde e realizar procedimentos de 
higiene pessoal. Os equipamentos, utensílios e a indumentária devem 
estar limpos, com atenção especial para as luvas. As melgueiras não 
podem ser colocadas no chão e devem ser protegidas da contamina-
ção de microorganismos e sujidades durante o manuseio e transporte.
Atenção!
1 - Colha apenas os favos que estiverem totalmente 
operculados;
2 - Não devem ser colhidos quadros de mel que 
apresentem crias;
3 - Não devem ser colhidos quadros de mel com pó-
len.
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3. Coloque os quadros de 
mel na mesa desopercula-
dora
4. Retire os opérculos Para se realizar a 
desoperculação, não usar anéis, relógios, 
pulseiras, brincos e afins, utilize uniforme 
de trabalho e lavar as mãos com água 
potável e detergente que deverá ser neutro 
e biodegradável, para evitar danos ao 
meio ambiente.
1. Higienize o ambiente 2. Higienize os equipamentos e utensílios
9. As melgueiras com os favos de mel devem ser levadas 
para a Unidade de Extração do Mel (UEM), protegidas 
(tampa, lona, veículo coberto, etc.) da poeira, da umida-
de e de outras sujidades para não depreciar a qualidade
do mel. Para minimizar esforços físicos e evitar danos à 
saúde, recomenda-se a utilização de equipamentos ade-
quados para o transporte das melgueiras como padiola, 
carro de mão ou automóvel utilitário, os quais devem 
estar limpos.
 O beneficiamento do mel é feito na UEM cuja construção deve 
ser feita de acordo com as normas predeterminadas pelos órgão com-
petentes. A manipulação de produtos alimentícios deve ser feita de for-
ma higiênica e segura. A higiene pessoal bem como a higienização e 
sanitização da UEM, dos equipamentos e dos utensílios utilizados é 
necessária para garantir um produto com qualidade livre de contami-
nações por microorganismos.Para o beneficiamento do mel são reali-
zadas as seguintes operações: extração, filtração, decantação, envase, 
rotulagem, embalagem e armazenamento.
Fique atento!
Fique atento!
Sanidade na casa do mel
A sanitização consiste no uso solução de 
água potável e produtos químicos saniti-
zantes com ação bactericida e fungicida 
para combater bactérias e fungos. Existem 
vários produtos no mercado sendo o mais 
utilizado o hipoclorito de sódio (água sa-
nitária 3%). Para fazer a diluição deve-se 
colocar 100 ml de água sanitária (3%) em 
10 litros de água.
Coletando a própolis
A colheіtа da própolіs deve ser feita dіre-
tаmente nа colmeіа, com a rаspаgem dаs 
bordаs. Esteé o lugаr onde а própolіs en-
contra-se em seu estado mаіs lіmpo e mаіs 
recentes de produção pelas abelhas.
sdsdsd
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5. Coloque os quadros desoper-
culados na centrífuga
6. A centrifugação deverá ocorrer lentamente no início para não quebrar os 
favos que estão cheios de mel, aumentando-se a sua velocidade progressiva-
mente.
7. O mel deverá passar por peneiras em duas 
ocasiões: após a centrifugação e quando da 
sua colocação no decantador.
8. O processo de decantação é utilizado para 
retirar eventuais partículas que perman ceram 
após a filtragem. O mel ficará em decantação 
por aproximadamente 48 a 72 horas. Duran-
te a decantação a espuma e outras partículas 
sobem formando uma camada na superfície.
9. Após o tempo da decantação deve ser fei-
to o envase. No envase, o mel deve escorrer 
pela parede do vasilhame, evitando-se a for-
mação de espuma. A rotulagem deve seguir as 
especificações dos órgãos oficiais municipal 
(Serviço de Inspeção Municipal - SIM), esta-
dual ou federal (Serviço de Inspeção Federal 
- SIF)
16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apicultura * Atividades Agrícolas e Afinswww.mundodasespecialidades.com.br
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Para refletir
 Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, 
mas o Senhor avalia o espírito. Proverbios 16:2 Definir obje-
tivos e traçar metas é direito e dever de toda pessoa, bem como lutar 
para realizá-los. No entanto, se quisermos ser bem sucedidos deve-
mos pautar nossos planos nos planos de Deus, no que é agradável ao 
Grande Arquiteto das nossas vidas. Encontramos a seguinte citação 
em Pv 16:1 “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta 
certa vem dos lábios do Senhor.” Em Isaías 55 na primeira parte do 
versículo 8 lemos: “Porque os meus pensamentos não são os vossos 
pensamentos”.
 A verdade é que por mais arquitetados que sejam nossos pro-
jetos, eles podem falhar, por melhor que sejam nossos planos eles nem 
se comparam ao que Deus tem planejado para cada um de nós. So-
mos a geração do imediatismo, do aqui e agora, a geração que pensa 
e que acha que com a mesma velocidade que os pensamentos fluem 
assim deve acontecer o que se pensa. Mero engano! Pois nossos pen-
samentos quando pautados no querer de Deus produzem em nós algo 
que vai muito além do que ver nossos projetos realizados, produzem a 
certeza de que aconteça o que acontecer Deus tem o controle de tudo, 
e se tão somente estivermos no centro da Sua vontade, tudo cooperará 
para nosso bem. Para viver os planos de Deus envolve renuncia do eu 
(Mt 16:24); devemos aceitar Seus propósitos (Mt 26:36-39); pois Quan-
do vivenciamos os planos de Deus, somos bem sucedidos. (Hb 5:7-9)
Bibliografia 
RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Mel Manejo de apiário 
para produção de mel: Coleção SENAR. 142. ed. Brasília: Senar, 
2010., 2010. 81 p.
RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem; MAGALHÃES, Ediney de 
Oliveira. Abelhas Apis mellifera Instalação do apiário: Coleção 
SENAR. 141. ed. Brasília: Senar, 2010., 2010. 81 p.
TÉCNICO, Cap – Departamento; MAGALHÃES, Ediney de Oliveira. 
Manual de Sanidade Apícola - Sintomas, profilaxia e contro-
le. Portugal: Artegráfica Brigantina – Bragança, 2007. 36 p. Disponível 
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SILVA, Aline Leite et al. Sanidade Apícola: Gerenciamento em Saúde 
Animal e Saúde Pública / Faculdade de Medicina Veterinária e Zootec-
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Aprenda mais
Manejo de apiário para produ-
ção de mel. Coleção SENAR
ABELHAS Apis mellifera 
Instalação do apiário. Coleção 
SENAR

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