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Características: Uno: não é divisível, não tem diferenças hierárquicas. Há um conjunto de competências – são estruturas organizadas de maneira a trazer diferentes competências a cada uma delas Inerte: o Judiciário só se manifesta mediante provocação. O Juízo é inerte, ele aguarda o nosso movimento. Provoca o efeito da imparcialidade. Imparcialidade: Analisa a demanda de maneira distante da realidade das partes. Função típica: julgar Função atípica: legislador, executivo, fiscal. (art. 96, CF) Art. 92 São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. É a estrutura de poder competente, capaz, adequada, dentro da formação do Estado, para poder dizer o direito. Estrutura do Poder Judiciário Funções Regra: todo processo judicial começa no juiz de 1º grau, na 1º instância. Exceção: foro por prerrogativa de função. O que é Instância? É o grau de julgamento de uma determinada ação de acordo com a competência do juízo ou do tribunal podendo ser elevado a instâncias superiores. Instâncias superiores: STF, STJ, TST, TSE, STN – “tribunais do S”. Qual é a diferença entre os órgãos de base e o restante? Os de cima: órgão colegiado Colegiado: órgão em que o julgamento não ocorrerá isoladamente por um único juiz dentro do tribunal. Os da base: juízo monocrático. O juiz representa a estrutura do poder judiciário dentro daquele juízo, dentro daquela área de competência. Diferença entre Instância e Entrância Entrância: classificação; especialização É a classificação determinada as comarcas de uma instância que são capazes de identificar a especialização viabilizando a promoção de magistrados em sua estrutura Instância: grau de julgamento; É o grau de julgamento que um processo atingirá dentro da estrutura do poder judiciário de acordo com a viabilidade processual e o interesse na demanda Entrância Está diretamente associada à classificação de determinada instância (a base). Está diretamente ligado a promoção dos magistrados. Existem dois requisitos de promoção Merecimento Antiguidade Instância De acordo com que o processo vai avançando nas etapas de análise, de acordo com o nosso interesse e condição de re- análise ele pode subir para outras instâncias. Processo constitucional ocorre exatamente quando a gente eleva o sistema de julgamento e ele pode vir a chegar até o STF. As entrâncias serão tratadas de acordo com a quantidade de processos que aquela determinada comarca possui. De acordo com essa quantidade de processos a entrância será classificada. O Codjerj tem três classificações de entrâncias: Primeira (comarca de vara única): comarca menor, na maioria das vezes exige menos do juiz – absorve todo tipo de demanda Segunda: certa classificação por especialização – por área Especial: último grau. O grau de especialização é tão intenso que o juiz fica totalmente absorvido dentro da estrutura de determinada área. A entrância serve para duas coisas: 1. Para entender como as comarcas serão organizadas; 2. Para dar ao juiz a condição de ser promovido. Art. 93 Lei complementar, de iniciativa do STF, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observado os seguintes princípios: I – acesso ao cargo de juiz: através do concurso público de provas e títulos. Necessidade do tempo de experiência. II- Promoção: o juiz é promovido de entrância para entrância, alternadamente por antiguidade e merecimento. Antiguidade: tempo de casa; Merecimento: quesito de produtividade e capacitação. Emenda 45 – aprimoramento Quanto maior a comarca, quanto maior a entrância mais especialização existe dentro dela. Quanto menor a comarca, quanto menor a entrância, o grau de especialização diminui. . a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; O juiz não precisa ser obrigatoriamente promovido, é obrigatório que o tribunal entregue a ele a opção de se promover. O próprio tribunal faz a lista de merecimento. O juiz que o tribunal não quer promover poderá fazer uma defesa e dar suas justificativas. Temos dois tipos de promoção: 1. Entrância para entrância: quando chega na ultima entrância, pode ir para o outro tipo de promoção – para outra instância 2. Instância: . e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; VIIIA a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; X asdecisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição Art. 94 – Quinto Constitucional 1/5 dos lugares dos TRFs, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do MP, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando- a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Já vimos a questão da promoção, que para ser promovido terão de subir de entrância para entrância, mas em alguns casos, há quem pule essas etapas: é o caso do quinto constitucional Dos 130 desembargadores, 104 vão subir por promoção e 26 pelo quinto. Para subir pelo quinto há duas alternativas 1. Concurso MP; 2. Ser advogado. Então, os órgãos de representação das classes dos advogados ou do MP elaboram lista sêxtupla, ou seja, indicam 6 nomes que preencham os requisitos citados no referido artigo. Recebidas as indicações, o tribunal para o qual foram indicados forma lista tríplice. Nos 20 dias subsequemtes o Chefe do Executivo escolherá 1 dos 3 para nomeação. Lista dos 6 nomes que preencham os requisitos constitucionais escolhidos pelo órgão de classe, formação de lista tríplice pelo tribunal, e dentre os 3, escolha de 1 pelo Executivo para nomeação. Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. Conceito: a vitaliciedade é uma garantia que possibilita ao magistrado a condição de atuar com autonomia e independência, pois ele terá a segurança de não ser retirado da função após sua atuação, a não ser que ocorra procedimento judicial com sentença transitada em julgado Conceito: a inamovibilidade decorre da impossibilidade do magistrado ser retirado da comarca em que atua compulsoriamente por interesses externos, isto ocasiona total independência na tomada de decisões. A impossibilidade de remoção, sem consentimento, de um local para outro, de uma comarca para outra, ou até sede, cargo, tribunal, câmara, grau de jurisdição, garante a autonomia de decisão e a imparcialidade do magistrado. Essa regra não é absoluta (art. 93, VIII – interesse público) Conceito: a irredutibilidade de subsídios trará estabilidade financeira ao magistrado no sentido que não poderá ser atribuída punição ou qualquer outra medida restritiva através da redução de seus subsídios. Entende-se que a irredutibilidade é numérica, o prejuízo econômico deste valor, qualquer cidadão terá que suportar. Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Quarentena da magistratura Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; Está escrito que compete privativamente, mas em momento nenhum autorizou delegação. Sua natureza é exclusiva. Funções atípicas; nenhum poder é independente do outro se ele não tiver condição de se autogerir – então fica evidente que o poder judiciário tem independência, autonomia e pode organizar sua estrutura da maneira que achar mais conveniente II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; Funções atípicas; está diretamente ligado ao sistema legislativo. O tribunal terá que propor ao poder legislativo para ele criar uma lei para fazer o que ta querendo aqui. III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Função típica de julgamento. Prerrogativa de função Foro pro prerrogativa de função: é uma prerrogativa estabelecida em relação ao exercício da função decorrente de um determinado cargo público que terá estabelecido no texto constitucional o tribunal específico para o julgamento de determinados atos praticados durante o exercício da função pública ou em casos de crimes comuns saindo do juízo comum ou do juízo natural a competência para este julgamento. Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos porjuízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; O art. 98 é ordem constitucional. Juiz togado: com formação jurídica obrigatória, ocupante do cargo em caráter vitalício. Juiz leigo: não fez concurso público de provas e títulos, tem que necessariamente ser bacharel em direito, só pode atuar nas causas de pequena complexidade que estão dentro do juizado. Não tem garantias constitucionais nem regras claras. No juizado quando você recorre você vai para turma recursal. Terá direito ao duplo grau de jurisdição. Duplo grau de jurisdição: vamos ter em todo processo judicial a possibilidade de ter a decisão re- analisada por outro juiz, ou seja, finalidade de garantir a realização de um novo julgamento, por parte dos órgãos superiores, daquelas decisões proferidas em primeira instância. 1º grau de jurisdição II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Tribunal, executivo, legislativo, terá que concatenar idéias para poder fechar um orçamento. § 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. Cada qual terá sua distribuição orçamentária no âmbito da entidade da qual está conectada. § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. O poder judiciário tem prazo, tem limite para aplicar essas regras orçamentárias, e se ele não fizer dentro desse limites legais e constitucionais, o executivo como punição fará e irá ajustar de acordo com as regras anteriores. (?) Os poderes têm autonomia financeira e administrativa? Resposta: Sim, dentro dos limites da lei. Pois estamos tratando de um Estado de Direito, que traz limites de legalidade. Art. 100 Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. O precatório é uma divida fundada numa sentença judicial contra uma fazenda pública. Uma dívida contra órgão público federal, estadual, distrital e municipal. (?) Qualquer valor vira precatório? Resposta: Não. Cada um desses entes federado vão poder criar um limite mínimo de precatório. O precatório é um problema, difícil de receber em alguns entes. O precatório é uma ordem de pagamento estabelecida a partir de uma decisão judicial que terá como devedor a Fazenda Pública de um ente federativo que estabelecerá um valor mínimo para sua existência devendo ser apresentada a partir de decisão do Presidente do Tribunal de Justiça respectivo, que apresenta essa lista em ordem cronológica, de acordo com as exceções provenientes da regra constitucional, devendo ser estabelecido na lei orçamentária valor a ser pago no exercício financeiro seguinte. Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. O poder judiciário é um poder técnico. O indivíduo não entra no STF por méritos políticos, mas por méritos de capacidade. Ironicamente, o STF que é o tribunal mais importante no sentido da guarda, um poder que é o ápice de julgamento, que trabalha com elementos absolutamente técnicos, há uma composição política Art. 12, § III, CF – ampla soberania, substituto natural do PR. Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Como um Senador que não é capaz tecnicamente vai dizer que um Ministro do STF tem notável saber jurídico. Há uma motivação política para isso já que quem vai julgar o PR e os senadores são os ministros. O cargo do STF é de indicação, e os senadores e o PR querem alguém La dentro que dialogue com eles. Se é um individuo escolhido em caráter político ele traz a bagagem de imparcialidade necessária? Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: Originária e Recursal. 1. A competência originária vai tratar de situações que tiveram origem dentro daquele tribunal. Conceito: é a competência destinada a um determinado juízo ou tribunal onde a ação, de acordo com a sua natureza, terá início ou fonte de origem em um determinado juízo não passando em nenhum outro órgão antes de sua análise. Que tipo de ação que nasce no STF? Ações decorrentes de foro por prerrogativa de função; constitucionalidade; remédios constitucionais. Remédios Constitucionais: Garantias estabelecidas dentro da própria constituição para que direitos fundamentais sejam recuperados ou não sejam ameaçados. 2. A competência recursal vai tratar de recursos. Conceito: é proveniente da análise feita por um determinado tribunal, atendendo ao duplo grau de jurisdição, de forma que estará re-analisando a decisão tomada por outro juiz ou tribunal. Há quatro recursos constitucionais Extraordinário: constitucionais III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Ordinário: Remédios constitucionais e crime político Competência Art. 103-B O CNJ faz parte do poder judiciário, é um órgãodo poder judiciário, composto por membros do poder judiciário em sua maioria, mas não é um órgão judicante: não julga. Controle interno: Controladoria: órgãos de auto fiscalização. (?) Se todos os tribunais têm um controle, o que é o CNJ? Resposta: A maior parte da doutrina entende que o CNJ é um controle interno. Órgão de auto fiscalização de todos os tribunais – só não tem incidência sobre o STF. Composição O CNJ possui 15 conselheiros, dentre eles, 9 são do poder judiciário (maioria qualificada); dentre os outros 6, 2 são advogados; 2 são MP e; os outros 2 são cidadãos. (art. 103, B, incisos) O ministro presidente do STF sempre será o ministro presidente do CNJ. A grande diferença do CNJ é que ele é um órgão que faz parte do poder judiciário, mas sua função típica não é a mesma que a dos outros órgãos do poder judiciário. Ele não é órgão julgador, mas por origem é órgão fiscalizador, de controle. Art. 103, B, §4º Competências Corregedor: Ministro do STJ § 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro- Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; Atos fiscalizadores. III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. Se o art. 103, B fosse declarado inconstitucional ele seria uma norma constitucional inconstitucional. CNJ é um órgão que faz parte do poder judiciário, mas ele não compõe diretamente nenhum tribunal, e não tem função judicante. CNJ não julga, não recebe recurso, não tem ação originária. Ele é órgão fiscalizador, de controle, correicional. NÃO É ÓRGÃO DE JULGAMENTO, NÃO TEM FUNÇÃO TÍPICA DO PODER JUDICIÁRIO. É um órgão de movimentação de sua composição. Veio para trazer controle ao poder judiciário. Moralizar o poder judiciário. CNJ é órgão correicional, de controle, que atuará dentro do Poder Judiciário, mas não terá função típica julgadora. Ele foi criado pela emenda 45 para atuar junto aos tribunais identificando a devida aplicação de suas funções e atribuições no exercício de atividades típicas e atípicas na esfera dos Tribunais do Poder Judiciário. Composição mista: Mínimo: 33 ministros 1/3 – 11 provenientes do Tribunal Regional Federal que irão subir através de promoção. 1/3 – desembargadores de justiça, também poderão ser promovidos 1/3 – (quinto constitucional) Diferença está na quantidade de vagas. No quinto constitucional, 1/5 das vagas são destinadas aos representantes da advocacia e MP. No STJ esse numero de vagas é maior, 1/5. Mas a escolha é semelhante. Para ser ministro do STJ precisa ter mais de 35 e menos de 65 anos. Também tem competências originárias e recursais. Originária: remédios constitucionais, foro por prerrogativa de função, legalidade, internacional Análise comparativa: STF x STJ O STF tem os remédios constitucionais; constitucionalidade; foro por prerrogativa de função e o STJ também. O que vai diversificar é quem entra com a demanda e contra quem. Art. 105, I, F c/c art. 102, I, L A garantia da competência e da autoridade é das decisões do STJ. A justificativa para a competência originária do STJ em decorrência no inciso I, do art. 105 alínea a, b, c, h é proveniente de prerrogativas estabelecidas a partir da função, atividade ou órgão que estará requerendo ou sofrendo determinada demanda, assim sendo, o foro por prerrogativa de função justifica competência originária dos tribunais superiores. Recursal Ordinário: vai tratar de remédios constitucionais, conflito internacional Especial: Legalidade, #extraordinário Legalidade é conflito entre lei Constitucionalidade é conflito da constituição com a lei RECURSO ORDINÁRIO STJ – remédios constitucionais e internacional; STF – remédios constitucionais e crime político.
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