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2015.2 Civil I aula 1 O Código Civil (1)

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DIREITO CIVIL I - PARTE GERAL
Aula 1 – O Código Civil
Prof. Lucy Figueiredo
Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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Unidade I - O Código Civil Brasileiro.
O Direito Civil como ramo do Direito Privado.
O fenômeno da codificação. A codificação civil brasileira. O Código Civil de 2002: estrutura, princípios norteadores e campo de incidência. Direito Civil e a Constituição da República de 1988. 
Conteúdo Programático desta aula
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Objetivos desta aula
Discorrer sobre a importância da disciplina Direito Civil I para os objetivos do curso e empregabilidade do aluno.
Apresentar as competências e habilidades desenvolvidas, em articulação com outras disciplinas do curso.
Discorrer sobre a metodologia de ensino centrada na resolução de casos concretos.
Apresentar a bibliografia básica e complementar.
Apresentar o Plano de Ensino e o Mapa Conceitual da Disciplina.
Orientar a utilização do material didático.
Contextualizar o Direito Civil como principal ramo do Direito Privado.
Fornecer ao aluno o campo estrutural do Código Civil Brasileiro e sua base principiológica.
Discorrer sobre a relação do Direito Civil com a Constituição Federal de 1988.
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Tema da Apresentação
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Unidade I - O Código Civil Brasileiro.
O Direito Civil como ramo do Direito Privado.
O fenômeno da codificação.
A codificação civil brasileira.
O Código Civil de 2002: estrutura, princípios norteadores e campo de incidência.
Direito Civil e a Constituição da República de 1988.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
Plano de ensino do curso
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Unidade II - A Pessoa Natural.
A personalidade jurídica: conceito e aquisição.
Tutela jurídica do nascituro.
A incapacidade. As restrições de direito.
Suprimento e cessação da incapacidade civil.
O nome civil.
Estado civil.
Domicílio.
O fim da personalidade civil. Efeitos jurídicos da morte.
Comoriência e ausência: caracterização e efeitos jurídicos.
Morte presumida: caracterização.
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Unidade III - Pessoa e Direitos da Personalidade.
Da teoria dos direitos da personalidade.
Direitos da personalidade e Constituição de 1988.
Direitos da personalidade no Código Civil Brasileiro.
 
Unidade IV - A Pessoa Jurídica.
Conceito, natureza jurídica, classificação e constituição.
Representação da pessoa jurídica.
Responsabilidade da pessoa jurídica.
Pessoa jurídica e direitos de personalidade.
Regime jurídico das associações e fundações.
Extinção das Pessoas Jurídicas.
Nacionalidade e domicílio.
A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica 
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Unidade V - Os Bens.
Conceito. Patrimônio e esfera jurídica.
Classificação.
Bens intrinsecamente considerados e reciprocamente considerados.
Bens públicos.
 
Unidade VI - Dos Fatos Jurídicos.
Fato natural e fato jurídico.
Noções distintivas sobre fatos, atos e negócios jurídicos.
Classificações do fato jurídico.
Ato-fato jurídico
Ato jurídico stricto sensu.
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Unidade VII - Dos Negócios Jurídicos
Negócio jurídico: conceito, classificação e elementos constitutivos.
Interpretação do negócio jurídico.
Noções sobre os planos de existência, validade e eficácia do negócio jurídico.
Da representação.
Elementos acidentais do negócio jurídico: condição, termo e encargo.
 
Unidade VIII - Defeitos nos negócios jurídicos
Erro, ignorância, dolo, coação.
Estado de perigo e lesão
Fraude contra credores
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Unidade X - Prescrição e Decadência
Distinção e conceito. Teorias.
Prescrição: conceito, elementos, fundamento e espécies.
Impedimento, suspensão e interrupção da prescrição.
Prazos de prescrição no Código Civil.
Prescrição intercorrente.
Prescrição em face da Fazenda Pública.
Prescrição e decadência no Código de Defesa do Consumidor.
Decadência: conceito e espécies.
Prazos decadenciais.
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Unidade IX - Invalidade dos Negócios Jurídicos
A teoria da inexistência jurídica
Ineficácia e invalidade
Nulidade: características, espécies, causas e efeitos
Anulabilidade: características, espécies, causas e efeitos
Simulação
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Unidade XI - Atos Ilícitos e Responsabilidade Civil
Conceito, espécies e distinções necessárias, generalidades e elementos
Abuso de direito
Responsabilidade Civil - noções gerais.
 
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Direito civil: parte geral / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia e Thaís de Camargo Rodrigues. – São Paulo : Saraiva, 2015.
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo.Novo Curso de Direito Civil. 12a. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. v.1.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil, Vol. 1 - Lei de Intrdoução e Parte Geral. São Paulo: Método. 8ª edição - revista e atualizada, 2012.
Bibliografia Básica
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1.1. O Direito Civil como ramo do Direito Privado
Breve revisão do conteúdo administrado Introdução ao Estudo do Direito, 
Conceito de direito: O Direito é um fato ou fenômeno social que não existe senão na sociedade.
O Direito estabelece os limites de ação de cada um de seus membros. 
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Direito
Conjunto de normas, postas pela sociedade e pelo Estado a fim de prevenir, compor e, em última instância, punir os conflitos de interesses.
Moral
Conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta formadores da ambiência ética. Trata-se de algo que varia no tempo e no espaço, porquanto cada povo possui sua moral, que evolui no curso da história, consagrando novos modos de agir e pensar.
Relação entre Direito e Moral
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Fontes do Direito
Fontes diretas
Lei: são impostas pelo Estado organizado à obediência de todas pessoas que estiverem sob sua soberania. Não dependem da vontade do cidadão, sendo impossível alegar sua ignorância
Costume: prática reiterada de comportamento geral aceito na Sociedade, observando sempre a continuidade, uniformidade, diuturnidade, moralidade e obrigatoriedade.
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Fontes indiretas:
Jurisprudência: é a prudência dos Tribunais que se constrói pelas decisões de casos semelhantes, entendimento que, aos poucos, vai se tornando pacífico pelas semelhanças dos casos concretos julgados, servindo de fundamentos, como fonte secundária do direito.
Princípios gerais do direito: revestem as condutas mínimas que o Estado espera de cada cidadão. Embora não estejam escritos, os princípios são conhecidos de todos, pois, como se fossem mandamentos morais, estão impregnados na consciência individual das pessoas, orientando e informando o direito. Ex. viver honestamente; dar a cada um o que é seu; não lesar o próximo.
Doutrina: reflete a construção do intelecto dos estudiosos da ciência jurídica. Os doutrinadores são aqueles que interpretam as leis, levando em conta o comportamento humano e o contexto social de seu tempo, considerando todos os fenômenos sob os mais variados aspectos, construindo teorias, conceitos e elementos relevantes ao direito.
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Classificação dos vários ramos do Direito.
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O direito civil extrai seu nome do latim cives (cidadãos) e se dirige ao núcleo da vida em sociedade, ou seja, às relações sociais travadas de pessoa a pessoa, desde o nascimento até a morte, ou até mesmo antes daquele e depois desta.
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O Direito Civil é principal ramo do Direito Privado, bem como instrumento de realização dos direitos fundamentais no âmbito das relações privadas, regulando as relações entre os particulares com fundamento em na igualdade jurídica e na autodeterminação. 
O Direito Civil 
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1.2. O fenômeno da codificação.
Código é uma lei que busca disciplinar relações jurídicas da mesma natureza (civis, penais, trabalhistas etc.), organizando e sistematizando o direito material. Não se pode confundir código com consolidação, compilação e estatuto.
Código: é o conjunto de normas estabelecidas por lei. E, pois, a regulamentação unitária de um mesmo ramo do direito. Ex. Código Civil, Código Penal, Código Tributário, CDC.
Consolidação é a regulamentação unitária de leis preexistentes. Enquanto o Código cria e revoga normas, a Consolidação apenas reúne as já existentes, isto é, não cria nem revoga as normas. CLT.
Compilação: consiste num repertório de normas organizadas pela ordem cronológica ou matéria. Ex. vade mecum
Estatuto: possui algumas definições, para nós, na área jurídica (termo jurídico) é lei ou conjunto de lei que disciplinam as relações jurídicas que possam incidir sobre as pessoas ou coisas, ou seja, tem uma abrangência menor e mais restrita, se comparada ao código, pois não é aplicável a todos os cidadãos em geral. Ex. ECA.; Estatuto do Idoso, Estatuto do torcedor, Estatuto do Funcionalismo Público etc.
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Sob o ponto de vista histórico, todo Código deve ser visto como ponto de chegada, pois, embora tente projetar comportamentos futuros reflete acontecimentos passados e a sociedade atual – por isso que a codificação deve evitar ao máximo a descrição de situações circunstanciadas e casuísticas, eis que o risco de se tornar obsoleta é muito maior.
A codificação apresenta vantagens e desvantagens:
Vantagens:
Unificação do Direito vigente em uma determinada sociedade a partir de critérios uniformes;
Estudo sistematizado do Direito.
Desvantagens:
Fossilização do Direito, impedindo o desenvolvimento e o curso natural da evolução jurídica;
A legislação codificada atende às exigencias da vida social apenas no instante em que é estabelecida
O apego À letra pura da Lei torna-se mais evidente, como se inexistisse Direito fora do Código.
Assistir vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=jMGZEw-d6Fo
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"A principal desvantagem da codificação, e talvez a única, segundo a maioria dos autores, seria a rigidez, o que implica na dificuldade de sua alteração (...)
Entretanto, em termos científicos, não nos convence o argumento porquanto calcado em razões de ordem estritamente psicológicas. A apontada 'rigidez' é fruto tão somente da mentalidade do jurista que, acostumado a trabalhar com determinados e conhecidos textos, torna-se inconscientemente conservador e avesso a mudanças.
Demais disso, a alteração de um código, para fins de adaptação da ordem jurídica, não se dá, exclusivamente, pela alteração formal dos dispositivos normativos"
(DELGADO, Mario Luiz. Codificação e descodificação do direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2011. pp. 70-71).
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1.3. A codificação civil brasileira.
Antes do Código de 1916, o direito civil brasileiro era regulamentado pelas Ordenações Filipinas de 1603, com algumas adaptações. Até mesmo após a independência o Brasil não acabou com a aplicação deste diploma português, pois a Constituição de 1824 recepcionou as Ordenações.
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A Constituição do Império (1824) trazia disposição expressa pela elaboração de um Código Civil. A primeira manifestação nesse sentido foi a Consolidação das Leis Civis (1855) elaborada por Teixeira de Freitas, que foi o mesmo que redigiu o primeiro esboço do Código Civil. Este esboço, porém, não foi aceito.
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Depois de várias outras tentativas de codificação, o projeto de Clóvis Beviláqua, de forte influência pandectista, foi aceito em 1899, aprovado em 1915, promulgado em 1916, com vigência a partir de 1917.
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Códigos Históricos que influenciaram a codificação 
brasileira
 Código de Napoleão (1804): tentativa de aproximação com o Direito Romano; individualista e burguês. Inspirou os chamados códigos oitocentistas e refletia o pensamento jurídico e político do Estado Liberal. 
O Código Civil brasileiro de 1916 refletia valores do iluminismo e do Estado Liberal e tinha por pilares fundamentais a família, a propriedade e o contrato. 
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BGB (1900): até então, o direito privado alemão era demais fracionado. O direito civil foi, então, sistematizado e organizado em um código aberto, pois Savigny entendia que para que o Código conseguisse ultrapassar barreiras espaciais e temporais, deveria conter princípios jusnaturalistas. Apartou-se do casuísmo e priorizou princípios abstratos e generalizados, como uma das formas de dar segurança ao direito e garantir que a legislação não se tornasse logo obsoleta. 
Foi o primeiro Código a dividir-se em uma parte geral e mais quatro livros especiais, ao lado de uma lei de introdução ao Código Civil. 
O BGB influenciou a estrutura formal do Código Civil brasileiro de 1916 (parte geral e livros especiais).
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As cláusulas gerais e os conceitos jurídicos 
indeterminados
são normas com diretrizes indeterminadas, que não trazem expressamente uma solução jurídica (consequência). A norma é inteiramente aberta. Uma cláusula geral, noutras palavras, é um texto normativo que não estabelece “a priori” o significado do termo (pressuposto), tampouco as consequências jurídicas da norma(consequente). Visa estabelecer uma pauta de valores a ser preenchida historicamente de acordo com as contingências históricas.
A utilização de cláusulas gerais é uma técnica legislativa que permite fazer uso de normas formuladas a partir do uso de conceitos jurídicos indeterminados. Ex. Boa-fé, no art. 422; bons costumes e ordem pública no art. 122, CC...
As cláusulas gerais 
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quando palavras ou expressões contidas numa são vagas/imprecisas, de modo que a dúvida encontra-se no significado das mesmas, e não nas consequências legais de seu descumprimento. Ex. atividade de risco no parágrafo único do Artigo 927 do CC de 2002; caso de urgência no Art. 251, CC
Conceitos jurídicos indeterminados, 
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Tanto nos conceito jurídicos indeterminados quanto nas cláusulas gerais o magistrado age de forma a valorar a situação concreta. Contudo, nos conceitos indeterminados o grau de generalidade é menor, fazendo-se necessária a subsunção dos fatos à hipótese legal (ex. o conceito de repouso noturno como qualificadora do crime de furto); nas cláusulas gerais o fato é substituído pela atividade de criação judicial, por meio de síntese, de maneira que constitua o processo em verdadeira concreção.
Assim, os conceitos jurídicos indeterminados não se confundem com as cláusulas gerais porque estas exigem que o juiz concorra ativamente para a formulação da norma, pois deverá averiguar a exata individuação das mutáveis regras sociais às quais o envia à metanorma jurídica (ex. art. 186, CC; boa-fé objetiva, função social).
Distinção entre cláusula geral e conceito jurídico indeterminado.
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1.4. O Código Civil de 2002: Estrutura 
O Código Civil de 2002, seguindo a linha do Código de 1916, também é dividido em uma parte geral e livros especiais. Além da inserção de um livro sobre o direito de empresa (unificação do direito privado), a ordem de disposição dos livros que compõem a parte especial do atual Código reflete a tentativa do legislador de sistematizar o Direito Civil, conferindo lógica e coesão ao texto codificado.
Estrutura do Código Civil de 1916: Parte Geral e Parte Especial (Família, Direito das Coisas, Obrigações e Sucessões).
Estrutura do Código Civil de 2002: Parte Geral e Parte Especial (Obrigações, Empresa, Direito das Coisas, Família e Sucessões).
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- Código Civil de 2002 - princípios norteadores 
Dos princípios que norteiam o Novo Código Civil, temos três principais que surgiram com a edição do Código de 2002, assim destacados: Princípio da Eticidade, da Socialidade e da Operabilidade. 
Código Civil
Código Civil
ETICIDADE
SOCIALIDADE
OPERABILIDADE
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Esses princípios não são trazidos de forma explicita na constituição federal, mas como todo princípio, eles também são de fundamental importância para que se mantenha o estado democrático de direito e se preserve os direitos humanos fundamentais. 
O atual Diploma alia os valores técnicos aos valores éticos. 
Por isso percebe-se, muitas vezes a opção por normas genéricas ou cláusulas gerais, sem a preocupação de excessivo rigorismo conceitual.
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A) ETICIDADE: o princípio da eticidade se buscou superar o apego do antigo Código ao rigor formal. 
Afirma a ética como delimitadora do comportamento humano, abrangendo a realidade que o cerca e influenciando a estrutura dos fatos e atos produzidos pelo cidadão. 
A eticidade o Código Civil visa imprimir eficácia e efetividade aos princípios constitucionais da valorização da dignidade humana, da cidadania, da personalidade, da confiança, da probidade, da lealdade, da boa-fé, da honestidade nas relações jurídicas de direito privado. Ex. Art. 422 CC.
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B) A SOCIALIDADE: Está presente no novo Código a socialidade em detrimento do caráter individualista do antigo Diploma civilista. Daí o predomínio do social sobre o individual. 
Um exemplo interessante neste sentido é o da função social da propriedade A Constituição da República deu uma fisionomia funcional social ao direito de propriedade, que no seu art. 5º,inciso XII, ao lado de garantir o direito de propriedade, logo em seguida no inciso XXIII. A funcionalização do direito de propriedade importa em dar-lhe uma determinada finalidade, que na propriedade rural significa ser produtiva (art. 186) e na urbana quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressa no plano diretor (art. 182, § 2º). 
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Tal novidade acabou por refletir-se na elaboração do novo Código Civil, em seu art. 1228, o que se mostra coerente com a inscrição de novos princípios norteadores, especialmente o da Socialidade, que vem tentar a superação do caráter manifestamente individualista do Diploma revogado, reflexo mesmo da publicização do Direito Civil, admitindo ainda a propriedade pública dos bens cuja apreensão individual configuraria um risco para o bem comum.
Princípios da Socialidade no Código Civil : Art. 167, parágrafo 2º- fala da boa-fé objetiva;  Art. 421- fala da função social do contrato; Art. 422- fala probidade e boa-fé dos contratantes; Art. 1.239- fala aquisição da propriedade imóvel (urbana ou rural), após cinco anos sem interrupção, área de até cinquenta hectares, quando a pessoa tornar a terra produtiva e morar nela; etc.
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C) OPERABILIDADE: O princípio da operacionalidade tem a finalidade de tornar o direito mais prático, de ser operado com mais facilidade pelo operadores do direito, e esse princípio tornou tudo muito mais simples e prático, numa linguagem mais acessível e simples à população em geral e também aos magistrados. 
Por esse princípio, diversas soluções normativas foram tomadas no sentido de possibilitar uma compreensão maior e mais simplificada para sua interpretação e aplicação pelo operador do Direito. 
Exemplo disso foram as distinções mais claras entre prescrição e decadência e os casos em que são aplicadas; estabeleceu-se a diferença objetiva entre associação e sociedade, servindo a primeira para indicar as entidades de fins não econômicos, e a última para designar as de objetivos econômicos
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1.5. Direito Civil e a Constituição da República de 1988.
Antes do Código Civil de 2002 Havia uma verdadeira cisão na estrutura jurídica liberal. Essa era a lógica do Código Civil de 1916.
O Código Civil era o centro normativo de direito privado, preocupando-se em regular com inteireza e completude as relações entre particulares cabendo-lhe o regime das relações humanas, o espaço sagrado e inviolável da autonomia privada. 
À Constituição caberia apenas se preocupar em regular a dinâmica organizacional dos poderes do Estado, a Constituição exerceria um papel meramente interpretativo, somente podendo ser aplicada diretamente em casos excepcionais de lacunas dos códigos.
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O Código Civil de 1916, surgiu fortemente influenciado pelo Código Napoleônico de 1804 e pelo BGB da Alemanha de 1896. Com aspirações de um jusnaturalismo racionalista, o Código Civil de 1916 defende os valores do patrimonialismo e de um excessivo individualismo inerentes às codificações liberais. 
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Com o passar do tempo e as evoluções sociais e legais, a Constituição assumiu um novo papel de regência das relações privadas, conferindo uma nova unidade do sistema jurídico. 
A posição hierárquica da Constituição e sua ingerência nas relações econômicas e sociais possibilitam a formação de um novo centro unificador do sistema, definindo seus verdadeiros pilares e pressupostos de fundamentação. 
A Constituição, por ser um sistema de normas, é dotada de coercibilidade e imperatividade e, sendo assim, é perfeitamente suscetível de ser aplicada nas relações de direito privado. 
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Constitucionalização do Direito Civil 
X 
Publicização do Direito Privado. 
A Constitucionalização do Direito Civil é a analise do direito privado com base nos fundamentos constitucionalmente estabelecidos. É a aplicação dos mandamentos constitucionais no direito privado. 
A Publicização do direito privado é o processo de intervenção estatal no direito privado, principalmente mediante a legislação infraconstitucional. 
A constitucionalização do Direito privado tem por objetivo proporcionar uma releitura dos velhos institutos e conceitos do âmbito privado, visando à concretização dos valores
e preceitos constitucionais.
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A Constituição de 1988, refletindo as mudanças nas relações familiares ocorridas ao longo do século XX deu um novo perfil aos institutos do direito de família.
Assim o novo CC teve que adaptar-se aos novos ditames constitucionais aprofundando-os:
União Estável- reconhecida; ( também para pessoas do mesmo sexo)
Maioridade Civil – aos 18 anos;
Regime de bens – pode ser alterado por acordo entre os cônjuges;
Exames de DNA para comprovação de paternidade – a recusa implica em reconhecimento da filiação ;
Filhos nascidos fora do casamento – não há mais distinção entre filhos;
Guarda dos filhos em caso de separação -  os filhos podem ficar com o pai ou a mãe;
Testamento – não mais precisa ser feito à mão pelo testador;
Sucessão  - o cônjuge passa a ser herdeiro necessário. 
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Direito Civil III
Direito Civil III
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Direito Civil III
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