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Centro Universitário Leonardo da Vinci Curso Bacharelado em Serviço Social NOME DO (A) ACADÊMICO(A): CAMILLA DÁRIA ALMEIDA ARAÚJO (TURMA): SES0813/7 PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: (VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO E A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL) IPUEIRAS - CE 2021 CIDADE ANO CAMILLA DÁRIA ALMEIDA ARAÚJO VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO E A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Nome do Tutor – Antonio Erivan Rodrigues Medeiros de Sousa. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................4 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ..................................................................................5 3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL ....7 4 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................11 5 OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................................13 5.1 Objetivo Geral.......................................................................................................13 5.2 Objetivos Específicos ...........................................................................................13 6 METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................14 REFERÊNCIA............................................................................................................15 4 1 INTRODUÇÃO O processo de envelhecimento é diferente para cada indivíduo. Para o Ministério da Saúde se caracteriza como: "[...] irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie”. (BRASIL, Ministério da Saúde, 2007). A família deve servir de apoio para seus componentes, ter o objetivo de proteger e socializar e prover afeto e segurança, promovendo o desenvolvimento de personalidade com foco no momento histórico em que está inserido [...]". (Pereira, 2018 apud Maluf, 2010, p. 58) O Estatuto do Idoso prevê em seu artigo 37º que: "o idoso tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou ainda em instituições pública ou privada"(BRASIL, Estatuto do Idoso, 2018). Sendo o cuidado familiar um direito do idoso, cabe a família garanti-lo com dignidade e bem-estar. Infelizmente as maiorias das violências cometidas contra a pessoa idosa ocorrem nos lares, pelos próprios familiares que deveriam prestar cuidados. A violência contra idosos não é atual, o que vem aumentando são os casos de denúncia no Brasil. Canais como o Disque 100 e Disque Direitos Humanos recebe diariamente denúncias de casos de abuso familiar, sendo geralmente anônimas. Esse problema pode afetar o idoso independente da classe social, etnia ou religião. Geralmente são pessoas viúvas ou solteiras; com problemas de saúde e baixa escolaridade que mais sofrem violência. A cultura de que o idoso é visto como inútil o coloca na posição de marginalizado e desrespeitado pelos familiares, contribuem para que haja a violência. É complexo o fenômeno que motiva a violência ao idoso. A participação do Assistente Social nas políticas públicas e programas do governo direcionadas aos idosos permite a visão de um profissional com a especialidade na questão social podendo contribuir de maneira satisfatória com o fortalecimento dos direitos dos idosos. Atuando em um CREAS ou CRAS pode promover a auto realização do idoso, para que ele volte a se sentir parte da sociedade. Uma maneira de prevenir o aumento da violência à pessoa idoso é desenvolvendo um trabalho pedagógico que estimule a consciência da população sobre a importância da velhice e o conhecimento acerca do Estatuto do Idoso. Quais são os desafios para essa prática para o Assistente Social? 5 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA No mundo contemporâneo, uma ação que se realiza tanto na rua como também adentra nas residências, destruindo famílias e lares de forma avassaladora. Conforme o Manual de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa, por Minayo (2014, p. 11), o conceito de violência, que usou-se como sinônimo “maus-tratos” e “abuso”, refere-se aos processos, às relações interpessoais, de grupos, classe, gêneros ou de sua coação direta e indireta causando-lhes danos físico, mentais e morais. Os abusos podem ser físicos, psicológicos e econômicos, assim como o abandono, a negligência e os abusos financeiros. Minayo (2014, p. 14) afirma que “a natureza das violências que a população idosa sofre coincide com a violência social que a sociedade brasileira vivencia e produz nas suas relações e na sua cultura”. A violência pode ser gerada por muitos fatores e a cada novo estudo, novas possibilidades de geração da violência são apontadas. Em todas as suas manifestações é hoje, um dos principais problemas que estamos enfrentando. “Deixou de ser um fato exclusivamente policial para ser um problema social que afeta a sociedade como um todo. (...) A sociedade está com medo, está aterrorizada frente à falta de perspectivas e soluções para o aumento desenfreado da violência”. (BAIERL e ALMENDRA, 2002, p. 59). Nesta direção, Minayo desenvolve uma análise das três fontes explicativas para a violência, sob o ponto de vista filosófico e sociológico: • uma delas considera como expressão as crises sociais que levam a população mais atingida negativamente, à revolta frente a sociedade ou ao Estado que não conseguem lhe dar respostas adequadas. Apresenta como exemplos Tquecville, que explica a violência do povo na Revolução Francesa como reação a uma situação insuportável; Fanon, que a justifica como vingança dos pobres e explorados; Sorel que a define como o mito necessário para a transformação da sociedade burguesa desigual numa sociedade igualitária de base popular; Sartre, que a considera como um fenômeno inevitável no universo da escassez e das necessidades sociais. (MINAYO, 2006) • caráter racional e instrumental da violência, que constituiria um meio para atingir fins específicos. Tenta explicar como atores excluídos do campo político utilizam a violência para conseguir se manter no palco do poder. Consideram a pessoa violenta como um ser consciente que atua no campo de interações. Apresenta como exemplos Engels, que valorizava a violência como um acelerador do desenvolvimento econômico; e, Hannah Arendt que a considera como um meio e um instrumento para a conquista do poder, e ressalta que só existe violência quando há incapacidade de argumentação e de convencimento. (MINAYO, 2006) 6 • forte articulação entre violência e cultura. Recorre a Norbert Elias que em sua obra tem como fio condutor o papel civilizatório da modernidade que criou mecanismos de institucionalização e de solução de conflitos, levando os indivíduos a dominar sua agressividade e suas pulsões violentas; Freud, que apresenta várias interpretações da violência no mesmo sentindo, em diferentes etapas de seu pensamento. (MINAYO, 2006) Por conseguinte, o problema da violência é causar mazelas dentro das sociedades como fonte de desavenças e inferiozição dos povos como forma de buscar benefícios, destruindo os direitos humanos e sociais dos humanos. Sabe-se que o envelhecimento dentro do território brasileiro sempre foi uma questão de preocupação para a área social, da saúde, dentre outras, pois se via que a qualidade de vida deixava em que o indivíduo chegasse até uma determinadaidade e por falta dos fatores citados anteriormente, eles não conseguiam atingir uma idade tão avançada. É preciso considerar que o aumento da expectativa de vida da população no Brasil, que no início do século passado era de 35 anos e de acordo com o IBGE no ano de 2012 alcançou 74,6 anos, amplia-se a preocupação com a qualidade de vida na velhice. Para Vieira (2014), a redução dos índices de natalidade e de mortalidade infantil levou ao um progressivo envelhecimento da população, fato este decorrente da melhora da saúde pública, das condições de higiene, dos avanços da tecnologia médica, “da maior produção de alimentos e acesso à educação e ao lazer. Ao mesmo tempo, porém, parte dessa população enfrenta problemas econômicos, sociais, afetivos, de saúde ou uma combinação de todos eles” (VIEIRA, 2014, p. 2). Visto que, com o passar do tempo, políticas de acessibilidade de direitos as pessoas na terceira idade foram sendo ampliadas em território brasileiro e isso fez com que muitos conseguissem atingir a velhice com mais segurança e eficácia em suas atividades. É válido destacar que a reformulação da Constituição Brasileira, em 1988, aumentou ainda mais a seguridade aos direitos a essa classe, mas nas outras, já tinham algumas cláusulas que abordavam dos direitos, conforme Faleiros descreve que, nas Constituições de 1946, em seu artigo 157, fala da Previdência “contra as consequências da velhice”, e de 1967, da previdência social “nos casos de velhice” no artigo 158. Vale salientar que nessas Constituições havia uma preocupação moral com a formação da ordem e preservação da raça (FALEIROS, 2007). 7 A Constituição Federal (BRASIL, 1988) representa um marco importante na trajetória de lutas pelos direitos da pessoa idosa, visto que, ao instituir a Assistência Social como política pública de direito do cidadão e dever do Estado, garantiu ao idoso, bem como a todas as pessoas que necessitar, proteção social, não mais como uma beneficência, mas sim como um direito, ou seja, nesse momento o Estado passa a ter obrigações legais para com o cidadão. Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; [...]. (Brasil, 1988) Mesmo vivenciando inovações, nos mais distintos campos, o idoso enfrenta problemas sociais graves. “No Brasil, como em outros países em desenvolvimento, a questão do envelhecimento populacional soma-se a uma ampla lista de questões sociais não resolvidas, tais como a pobreza e a exclusão” (CAMARANO, 2004, p. 254). Vilarino (2011, p.14) especifica que: Em 1976, o governo federal promoveu, através do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), três seminários regionais: em São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza, com a intenção de conhecer as condições de vida do idoso brasileiro e identificar o apoio assistencial existente para atender suas necessidades. A partir desses seminários regionais foi realizado, no final do mesmo ano, um Seminário Nacional sobre Política Social da Velhice, no qual se originou o documento “Política Social para o Idoso: diretrizes básicas”. (Vilarino, 2011, p.14). "O Brasil deverá, portanto, enfrentar um grande desafio decorrente do crescente envelhecimento populacional. Diante desse panorama, podemos perceber que a sociedade brasileira precisa urgentemente se organizar para solucionar, principalmente, os problemas relacionados à área da saúde e previdência social. Num país em desenvolvimento como o nosso, carregado de contrastes, envelhecer bem, com boa qualidade de vida, é ainda um privilégio. (MASCARO, 2004, p. 10). Assim, percebe-se que o idoso brasileiro, a cada dia, está tendo seus direitos garantidos e só assim, consegue viver melhor dentro do território em que está localizado, fazendo com que se consiga ter uma vida mais digna e focada no bem estar de todos. 8 3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL A assistência social, como pilar de busca pelos direitos e igualdade da população, é de grande valia dentro da sociedade. Mas a prática dessa assistência, vem a figura do Assistente Social, profissão no qual busca amparar a toda a sociedade, de acordo com normas e leis que ampare suas ações. Ainda no artigo IV, do Conselho Federal de Serviço Social (2016), identifica-se o que constituem as competências do Assistente Social: I – elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgão da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; II – elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; III – encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população; IV – (vetado); V – orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos; VI – planejar, organizar e administrar benefícios e Serviço Social; VII – planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; VIII – prestar assessoria e consultoria a órgão da administração pública direta e indireta, empresa privadas e outras entidades, com relação as matérias relacionadas no inciso II deste artigo; IX – prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; X – realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgão da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. Trazendo a temática trabalhada nesse trabalho, a violência contra idosos, para ser erradicada e/ou não praticada, é necessário às políticas sociais que possam auxiliar e tombar como incorreta essa atitude. No que concerne a violência contra a pessoa idosa, esta se apresenta como um grave problema de saúde pública, pouco reconhecido e denunciado. Trata- se de um fenômeno tratado como um agravo e notificado compulsoriamente para fins de adoção de medidas interventivas (LOUVISON; ROSA, 2012) No nosso país, políticas sociais são espalhadas em todo o terr itório, com órgãos que ampare essa população e crie mais acessibilidade em alguns serviços. A garantia, qualidade e efetividade dos serviços socioassistenciais foram padronizados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que aprovou 18 em 2009, a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, importante 9 ferramenta que regulamenta o acesso e a oferta de serviços e cuja matriz de padronização organiza-se em níveis de complexidade: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade (BRASIL, 2009). A Proteção Social Básica possui caráter preventivo visando a inclusão social, tendo por objetivos a prevenção de situações de risco, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, assim como o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, sendo destinado a indivíduos em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza e privação de direitos. Os serviços são executados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), equipamentos de base territorial referência para o desenvolvimento de todos os serviços socioassistenciais da proteção básica (BRASIL, 2009; MDS, 2011). Em relação às questões relacionadas a violência contra a pessoa idosa, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) apresenta-se como um serviço que objetiva a prevenção dos riscos sociais, através da promoção de uma cultura de respeito, solidariedade,autonomia e de participação cidadã, bem como o desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social (BRASIL, 2009). Por fim, tem-se o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, ofertado aos usuários idosos com 60 anos ou mais, em situação de vulnerabilidade social e que sejam beneficiários do BPC, ou que vivam em situação de isolamento, dependência, abandono e demais agravantes que os leve a condição de vulnerabilidade ou risco social (BORGES, 2012). Então, na busca desses direitos, os assistentes sociais acolhem esse público nessas entidades, buscando trazer mais conformidade e apoio as vítimas de maus tratos e violência. O trabalho do assistente social é permeado pelas relações de poder que são inseparáveis das relações sociais entre as classes que integram a sociedade capitalista. “A face visível dessas relações, para aqueles que vivenciam no contraverso do poder, são as desigualdades expressas nas múltiplas formas de exploração, subordinação e exclusão do usufruto das conquistas da civilização por parte dos segmentos majoritários da população” (IAMAMOTO, 2007, p.146). Assim, é válido salientar que o assistente social é de fundamental importância para tentar e auxiliar na erradicação da violência contra o idoso, 10 orientando as famílias e os protegendo como uma população fundamental para a prosperação e continuação da espécie e da história humana. . . 11 4. JUSTIFICATIVA Este trabalho justifica-se por ser de enorme importância para todos, para refletir sobre o processo de envelhecimento e causas que influenciam o aumento da violência, tomando consciência da necessidade de denunciar os casos que tiver conhecimento. Servirá também para conhecer sobre as possíveis atuações do Assistente Social na prevenção e atendimento aos idosos vítimas de violência. No Brasil o foco sobre a área da violência vem do impacto que ela apresenta na vida da população, bem como por extensão, no setor da saúde. Ela é um risco para o processo vital dos seres humanos, pois, ameaça à vida, altera a saúde, produz enfermidades, ocasionando muitas vezes até a morte. (MINAYO, 2004): Por ser um fenômeno sócio histórico, a violência não é, em si, uma questão de saúde pública e nem um problema médico típico. Mas afeta fortemente a saúde: 1) provoca morte, lesões e traumas físicos e um sem-número de agravos mentais, emocionais e espirituais; 2) diminui a qualidade de vida das pessoas e das coletividades; 3) exige uma readequação da organização tradicional dos serviços de saúde; 4) coloca novos problemas para o atendimento médico preventivo ou curativo e 5) evidencia a necessidade de uma atuação muito mais específica, interdisciplinar, multiprofissional, intersetorial e engajada do setor, visando às necessidades dos cidadãos. Nos últimos anos, o setor saúde introduziu o tema em sua pauta, consciente de que pode contribuir para sua discussão e prevenção. (MINAYO, 2006, p. 45) A Organização Mundial de Saúde – OMS (apud SILVA, 2005) em relatório publicado em 2002, considera a violência como um problema mundial de saúde pública. Os dados indicam que anualmente um milhão de pessoas no mundo perdem suas vidas e outras sofrem lesões, vítimas de diferentes modalidades de violência. Assim, a OMS define a violência como sendo o “uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. A violência contra pessoa idosa perpassa por todas as classes sociais, e acarreta alterações nas relações sociais e interpessoais, psicológica e econômica. É neste contexto que passa a ser um problema de saúde pública, sendo portanto, necessário a implementação de mecanismos capazes de conter o avanço silencioso dessa problemática vivenciada por muitos idosos (SES/RS, 2016). 12 De acordo com Sanches et al.(2008), a violência contra idosos é um fator que, apesar de comum, tem baixa visibilidade social e pouco aparece nas estatísticas oficiais. A subnotificação é determinada por dois fatores principais: muitas vezes os idosos se encontram em condição de fragilidade e, portanto, incapazes de proceder à denúncia nas entidades de proteção e assistência; em outros casos, os agressores são familiares, cuidadores ou pessoas próximas, e para o idoso pode ser angustiante utilizar a lei para denunciar e punir um ente próximo (CONDIM et. al, 2014). Portanto, a violência contra o idoso deve receber uma penalidade mais severa e branda, podendo tranquilizar e respeito mediante essa população que tanto traz sabedoria e discernimento as novas gerações. . 13 5. OBJETIVOS DA PESQUISA Por conseguinte, no trabalho a seguir, os objetivos são os pilares fundamentais para destacar a sua importância mediante o tema proposto. 5.1 OBJETIVO GERAL Refletir sobre o papel do Assistente Social no apoio ao idoso vítima de violência. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar o perfil da vítima e os tipos de violência; Analisar as leis de proteção ao idoso; Conhecer o papel do assistente social no atendimento ao idoso; Identificar quais as ações que o assistente social pode fazer para prevenir a violência contra os idosos. 14 6. METODOLOGIA DE PESQUISA Para a realização da metodologia, a abordagem utilizada foi a pesquisa bibliográfica, constituída de estudos de textos como: Violência familiar contra a pessoa idosa frente ao Estatuto do Idoso e o outras legislações, de Fernanda Giusti Paes Pereira (2008); Violência contra idosos: um grande desafio do envelhecimento, de Sandra de Mendonça Mallet (2016) e Violência contra idosos na família: motivações, sentimentos e necessidades do agressor, de autoria de Silva e Dias(2016). . 15 REFERÊNCIAS BAIERL, Luiza Fátima; ALMENDRA, Carlos Alberto da Cunha. A dinâmica perversa do medo e da violência urbana. Revista Serviço Social e Sociedade nº. 70. São Paulo: Cortez, 2002. p. 59 – 73 BORBA, R. D. de C. F. Um Estudo Sobre a Estruturação da Rede de Proteção Social Voltada à População Idoso no Município de Vitória. Dissertação de Mestrado em Política Social. Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, Julho de 2011. BORGES, M.C. M. 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