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Centro Universitário Leonardo da Vinci 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
 
 
NOME DO (A) ACADÊMICO(A): CAMILLA DÁRIA ALMEIDA ARAÚJO 
 
(TURMA): SES0813/7 
 
 
 
 
PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
(VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO E A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL) 
 
 
 
 
 
 
 
IPUEIRAS - CE 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADE 
ANO 
 
 
CAMILLA DÁRIA ALMEIDA ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO E A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 
 
O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do 
Curso de Serviço Social – do Centro 
Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, 
como exigência parcial para a obtenção do título 
de Bacharel em Serviço Social. 
 
Nome do Tutor – Antonio Erivan Rodrigues 
Medeiros de Sousa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................4 
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ..................................................................................5 
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL ....7 
4 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................11 
5 OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................................13 
5.1 Objetivo Geral.......................................................................................................13 
5.2 Objetivos Específicos ...........................................................................................13 
 
6 METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................14 
 
REFERÊNCIA............................................................................................................15 
 
 
 
 
 
4 
1 INTRODUÇÃO 
O processo de envelhecimento é diferente para cada indivíduo. Para o 
Ministério da Saúde se caracteriza como: "[...] irreversível, universal, não patológico, 
de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma 
espécie”. (BRASIL, Ministério da Saúde, 2007). A família deve servir de apoio para 
seus componentes, ter o objetivo de proteger e socializar e prover afeto e 
segurança, promovendo o desenvolvimento de personalidade com foco no momento 
histórico em que está inserido [...]". (Pereira, 2018 apud Maluf, 2010, p. 58) 
O Estatuto do Idoso prevê em seu artigo 37º que: "o idoso tem direito à 
moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus 
familiares, quando assim o desejar, ou ainda em instituições pública ou 
privada"(BRASIL, Estatuto do Idoso, 2018). Sendo o cuidado familiar um direito do 
idoso, cabe a família garanti-lo com dignidade e bem-estar. Infelizmente as maiorias 
das violências cometidas contra a pessoa idosa ocorrem nos lares, pelos próprios 
familiares que deveriam prestar cuidados. 
A violência contra idosos não é atual, o que vem aumentando são os 
casos de denúncia no Brasil. Canais como o Disque 100 e Disque Direitos Humanos 
recebe diariamente denúncias de casos de abuso familiar, sendo geralmente 
anônimas. Esse problema pode afetar o idoso independente da classe social, etnia 
ou religião. Geralmente são pessoas viúvas ou solteiras; com problemas de saúde e 
baixa escolaridade que mais sofrem violência. A cultura de que o idoso é visto como 
inútil o coloca na posição de marginalizado e desrespeitado pelos familiares, 
contribuem para que haja a violência. 
É complexo o fenômeno que motiva a violência ao idoso. A participação 
do Assistente Social nas políticas públicas e programas do governo direcionadas 
aos idosos permite a visão de um profissional com a especialidade na questão social 
podendo contribuir de maneira satisfatória com o fortalecimento dos direitos dos 
idosos. Atuando em um CREAS ou CRAS pode promover a auto realização do 
idoso, para que ele volte a se sentir parte da sociedade. 
Uma maneira de prevenir o aumento da violência à pessoa idoso é 
desenvolvendo um trabalho pedagógico que estimule a consciência da população 
sobre a importância da velhice e o conhecimento acerca do Estatuto do Idoso. Quais 
são os desafios para essa prática para o Assistente Social? 
5 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
No mundo contemporâneo, uma ação que se realiza tanto na rua como 
também adentra nas residências, destruindo famílias e lares de forma avassaladora. 
Conforme o Manual de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa, 
por Minayo (2014, p. 11), o conceito de violência, que usou-se como sinônimo 
“maus-tratos” e “abuso”, refere-se aos processos, às relações interpessoais, de 
grupos, classe, gêneros ou de sua coação direta e indireta causando-lhes danos 
físico, mentais e morais. Os abusos podem ser físicos, psicológicos e econômicos, 
assim como o abandono, a negligência e os abusos financeiros. 
Minayo (2014, p. 14) afirma que “a natureza das violências que a 
população idosa sofre coincide com a violência social que a sociedade brasileira 
vivencia e produz nas suas relações e na sua cultura”. 
A violência pode ser gerada por muitos fatores e a cada novo estudo, 
novas possibilidades de geração da violência são apontadas. Em todas as suas 
manifestações é hoje, um dos principais problemas que estamos enfrentando. 
“Deixou de ser um fato exclusivamente policial para ser um problema social que 
afeta a sociedade como um todo. (...) A sociedade está com medo, está aterrorizada 
frente à falta de perspectivas e soluções para o aumento desenfreado da violência”. 
(BAIERL e ALMENDRA, 2002, p. 59). 
Nesta direção, Minayo desenvolve uma análise das três fontes 
explicativas para a violência, sob o ponto de vista filosófico e sociológico: 
 
• uma delas considera como expressão as crises sociais que levam a 
população mais atingida negativamente, à revolta frente a sociedade ou ao 
Estado que não conseguem lhe dar respostas adequadas. Apresenta como 
exemplos Tquecville, que explica a violência do povo na Revolução 
Francesa como reação a uma situação insuportável; Fanon, que a justifica 
como vingança dos pobres e explorados; Sorel que a define como o mito 
necessário para a transformação da sociedade burguesa desigual numa 
sociedade igualitária de base popular; Sartre, que a considera como um 
fenômeno inevitável no universo da escassez e das necessidades sociais. 
(MINAYO, 2006) 
• caráter racional e instrumental da violência, que constituiria um meio para 
atingir fins específicos. Tenta explicar como atores excluídos do campo 
político utilizam a violência para conseguir se manter no palco do poder. 
Consideram a pessoa violenta como um ser consciente que atua no campo 
de interações. Apresenta como exemplos Engels, que valorizava a violência 
como um acelerador do desenvolvimento econômico; e, Hannah Arendt que 
a considera como um meio e um instrumento para a conquista do poder, e 
ressalta que só existe violência quando há incapacidade de argumentação e 
de convencimento. (MINAYO, 2006) 
6 
• forte articulação entre violência e cultura. Recorre a Norbert Elias que em 
sua obra tem como fio condutor o papel civilizatório da modernidade que 
criou mecanismos de institucionalização e de solução de conflitos, levando 
os indivíduos a dominar sua agressividade e suas pulsões violentas; Freud, 
que apresenta várias interpretações da violência no mesmo sentindo, em 
diferentes etapas de seu pensamento. (MINAYO, 2006) 
 
Por conseguinte, o problema da violência é causar mazelas dentro das 
sociedades como fonte de desavenças e inferiozição dos povos como forma de 
buscar benefícios, destruindo os direitos humanos e sociais dos humanos. 
Sabe-se que o envelhecimento dentro do território brasileiro sempre foi 
uma questão de preocupação para a área social, da saúde, dentre outras, pois se 
via que a qualidade de vida deixava em que o indivíduo chegasse até uma 
determinadaidade e por falta dos fatores citados anteriormente, eles não 
conseguiam atingir uma idade tão avançada. 
É preciso considerar que o aumento da expectativa de vida da população 
no Brasil, que no início do século passado era de 35 anos e de acordo com o IBGE 
no ano de 2012 alcançou 74,6 anos, amplia-se a preocupação com a qualidade de 
vida na velhice. Para Vieira (2014), a redução dos índices de natalidade e de 
mortalidade infantil levou ao um progressivo envelhecimento da população, fato este 
decorrente da melhora da saúde pública, das condições de higiene, dos avanços da 
tecnologia médica, “da maior produção de alimentos e acesso à educação e ao 
lazer. Ao mesmo tempo, porém, parte dessa população enfrenta problemas 
econômicos, sociais, afetivos, de saúde ou uma combinação de todos eles” (VIEIRA, 
2014, p. 2). 
Visto que, com o passar do tempo, políticas de acessibilidade de direitos 
as pessoas na terceira idade foram sendo ampliadas em território brasileiro e isso 
fez com que muitos conseguissem atingir a velhice com mais segurança e eficácia 
em suas atividades. 
É válido destacar que a reformulação da Constituição Brasileira, em 1988, 
aumentou ainda mais a seguridade aos direitos a essa classe, mas nas outras, já 
tinham algumas cláusulas que abordavam dos direitos, conforme Faleiros descreve 
que, nas Constituições de 1946, em seu artigo 157, fala da Previdência “contra as 
consequências da velhice”, e de 1967, da previdência social “nos casos de velhice” 
no artigo 158. Vale salientar que nessas Constituições havia uma preocupação 
moral com a formação da ordem e preservação da raça (FALEIROS, 2007). 
7 
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) representa um marco importante 
na trajetória de lutas pelos direitos da pessoa idosa, visto que, ao instituir a 
Assistência Social como política pública de direito do cidadão e dever do Estado, 
garantiu ao idoso, bem como a todas as pessoas que necessitar, proteção social, 
não mais como uma beneficência, mas sim como um direito, ou seja, nesse 
momento o Estado passa a ter obrigações legais para com o cidadão. 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por 
objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à 
velhice; [...]. (Brasil, 1988) 
 
Mesmo vivenciando inovações, nos mais distintos campos, o idoso 
enfrenta problemas sociais graves. “No Brasil, como em outros países em 
desenvolvimento, a questão do envelhecimento populacional soma-se a uma ampla 
lista de questões sociais não resolvidas, tais como a pobreza e a exclusão” 
(CAMARANO, 2004, p. 254). 
Vilarino (2011, p.14) especifica que: 
 
Em 1976, o governo federal promoveu, através do Ministério da Previdência 
e Assistência Social (MPAS), três seminários regionais: em São Paulo, Belo 
Horizonte e Fortaleza, com a intenção de conhecer as condições de vida do 
idoso brasileiro e identificar o apoio assistencial existente para atender suas 
necessidades. A partir desses seminários regionais foi realizado, no final do 
mesmo ano, um Seminário Nacional sobre Política Social da Velhice, no 
qual se originou o documento “Política Social para o Idoso: diretrizes 
básicas”. (Vilarino, 2011, p.14). 
 
"O Brasil deverá, portanto, enfrentar um grande desafio decorrente do 
crescente envelhecimento populacional. Diante desse panorama, podemos perceber 
que a sociedade brasileira precisa urgentemente se organizar para solucionar, 
principalmente, os problemas relacionados à área da saúde e previdência social. 
Num país em desenvolvimento como o nosso, carregado de contrastes, envelhecer 
bem, com boa qualidade de vida, é ainda um privilégio. (MASCARO, 2004, p. 10). 
Assim, percebe-se que o idoso brasileiro, a cada dia, está tendo seus 
direitos garantidos e só assim, consegue viver melhor dentro do território em que 
está localizado, fazendo com que se consiga ter uma vida mais digna e focada no 
bem estar de todos. 
 
8 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL 
A assistência social, como pilar de busca pelos direitos e igualdade da 
população, é de grande valia dentro da sociedade. Mas a prática dessa assistência, 
vem a figura do Assistente Social, profissão no qual busca amparar a toda a 
sociedade, de acordo com normas e leis que ampare suas ações. 
Ainda no artigo IV, do Conselho Federal de Serviço Social (2016), 
identifica-se o que constituem as competências do Assistente Social: 
 
I – elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgão 
da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e 
organizações populares; 
II – elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos 
que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da 
sociedade civil; 
III – encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, 
grupos e à população; 
IV – (vetado); 
V – orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido 
de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na 
defesa de seus direitos; 
VI – planejar, organizar e administrar benefícios e Serviço Social; 
VII – planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a 
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; 
VIII – prestar assessoria e consultoria a órgão da administração pública 
direta e indireta, empresa privadas e outras entidades, com relação as 
matérias relacionadas no inciso II deste artigo; 
IX – prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria 
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, 
políticos e sociais da coletividade; 
X – realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de 
benefícios e serviços sociais junto a órgão da administração pública direta e 
indireta, empresas privadas e outras entidades. 
 
Trazendo a temática trabalhada nesse trabalho, a violência contra idosos, 
para ser erradicada e/ou não praticada, é necessário às políticas sociais que 
possam auxiliar e tombar como incorreta essa atitude. 
No que concerne a violência contra a pessoa idosa, esta se apresenta 
como um grave problema de saúde pública, pouco reconhecido e denunciado. Trata-
se de um fenômeno tratado como um agravo e notificado compulsoriamente para 
fins de adoção de medidas interventivas (LOUVISON; ROSA, 2012) 
No nosso país, políticas sociais são espalhadas em todo o terr itório, com 
órgãos que ampare essa população e crie mais acessibilidade em alguns serviços. 
A garantia, qualidade e efetividade dos serviços socioassistenciais foram 
padronizados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que aprovou 
18 em 2009, a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, importante 
9 
ferramenta que regulamenta o acesso e a oferta de serviços e cuja matriz de 
padronização organiza-se em níveis de complexidade: Proteção Social Básica e 
Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade (BRASIL, 2009). 
A Proteção Social Básica possui caráter preventivo visando a inclusão 
social, tendo por objetivos a prevenção de situações de risco, por meio do 
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, assim como o fortalecimento de 
vínculos familiares e comunitários, sendo destinado a indivíduos em situação de 
vulnerabilidade social decorrente da pobreza e privação de direitos. Os serviços são 
executados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), equipamentos 
de base territorial referência para o desenvolvimento de todos os serviços 
socioassistenciais da proteção básica (BRASIL, 2009; MDS, 2011). 
Em relação às questões relacionadas a violência contra a pessoa idosa, o 
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) apresenta-se como um 
serviço que objetiva a prevenção dos riscos sociais, através da promoção de uma 
cultura de respeito, solidariedade,autonomia e de participação cidadã, bem como o 
desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de 
alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social (BRASIL, 
2009). 
Por fim, tem-se o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para 
Pessoas com Deficiência e Idosas, ofertado aos usuários idosos com 60 anos ou 
mais, em situação de vulnerabilidade social e que sejam beneficiários do BPC, ou 
que vivam em situação de isolamento, dependência, abandono e demais agravantes 
que os leve a condição de vulnerabilidade ou risco social (BORGES, 2012). 
Então, na busca desses direitos, os assistentes sociais acolhem esse 
público nessas entidades, buscando trazer mais conformidade e apoio as vítimas de 
maus tratos e violência. 
O trabalho do assistente social é permeado pelas relações de poder que 
são inseparáveis das relações sociais entre as classes que integram a sociedade 
capitalista. “A face visível dessas relações, para aqueles que vivenciam no 
contraverso do poder, são as desigualdades expressas nas múltiplas formas de 
exploração, subordinação e exclusão do usufruto das conquistas da civilização por 
parte dos segmentos majoritários da população” (IAMAMOTO, 2007, p.146). 
Assim, é válido salientar que o assistente social é de fundamental 
importância para tentar e auxiliar na erradicação da violência contra o idoso, 
10 
orientando as famílias e os protegendo como uma população fundamental para a 
prosperação e continuação da espécie e da história humana. 
. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
4. JUSTIFICATIVA 
Este trabalho justifica-se por ser de enorme importância para todos, para 
refletir sobre o processo de envelhecimento e causas que influenciam o aumento da 
violência, tomando consciência da necessidade de denunciar os casos que tiver 
conhecimento. Servirá também para conhecer sobre as possíveis atuações do 
Assistente Social na prevenção e atendimento aos idosos vítimas de violência. 
No Brasil o foco sobre a área da violência vem do impacto que ela 
apresenta na vida da população, bem como por extensão, no setor da saúde. Ela é 
um risco para o processo vital dos seres humanos, pois, ameaça à vida, altera a 
saúde, produz enfermidades, ocasionando muitas vezes até a morte. (MINAYO, 
2004): 
 
Por ser um fenômeno sócio histórico, a violência não é, em si, uma questão 
de saúde pública e nem um problema médico típico. Mas afeta fortemente a 
saúde: 
1) provoca morte, lesões e traumas físicos e um sem-número de agravos 
mentais, emocionais e espirituais; 
2) diminui a qualidade de vida das pessoas e das coletividades; 
3) exige uma readequação da organização tradicional dos serviços de 
saúde; 
4) coloca novos problemas para o atendimento médico preventivo ou 
curativo e 
5) evidencia a necessidade de uma atuação muito mais específica, 
interdisciplinar, multiprofissional, intersetorial e engajada do setor, visando 
às necessidades dos cidadãos. Nos últimos anos, o setor saúde introduziu o 
tema em sua pauta, consciente de que pode contribuir para sua discussão e 
prevenção. (MINAYO, 2006, p. 45) 
 
A Organização Mundial de Saúde – OMS (apud SILVA, 2005) em relatório 
publicado em 2002, considera a violência como um problema mundial de saúde 
pública. Os dados indicam que anualmente um milhão de pessoas no mundo 
perdem suas vidas e outras sofrem lesões, vítimas de diferentes modalidades de 
violência. Assim, a OMS define a violência como sendo o “uso intencional da força 
física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, contra 
um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar 
em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. 
A violência contra pessoa idosa perpassa por todas as classes sociais, e 
acarreta alterações nas relações sociais e interpessoais, psicológica e econômica. É 
neste contexto que passa a ser um problema de saúde pública, sendo portanto, 
necessário a implementação de mecanismos capazes de conter o avanço silencioso 
dessa problemática vivenciada por muitos idosos (SES/RS, 2016). 
12 
De acordo com Sanches et al.(2008), a violência contra idosos é um fator 
que, apesar de comum, tem baixa visibilidade social e pouco aparece nas 
estatísticas oficiais. A subnotificação é determinada por dois fatores principais: 
muitas vezes os idosos se encontram em condição de fragilidade e, portanto, 
incapazes de proceder à denúncia nas entidades de proteção e assistência; em 
outros casos, os agressores são familiares, cuidadores ou pessoas próximas, e para 
o idoso pode ser angustiante utilizar a lei para denunciar e punir um ente próximo 
(CONDIM et. al, 2014). 
Portanto, a violência contra o idoso deve receber uma penalidade mais 
severa e branda, podendo tranquilizar e respeito mediante essa população que tanto 
traz sabedoria e discernimento as novas gerações. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
5. OBJETIVOS DA PESQUISA 
 
Por conseguinte, no trabalho a seguir, os objetivos são os pilares 
fundamentais para destacar a sua importância mediante o tema proposto. 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
 Refletir sobre o papel do Assistente Social no apoio ao idoso vítima de 
violência. 
 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Analisar o perfil da vítima e os tipos de violência; 
 Analisar as leis de proteção ao idoso; 
 Conhecer o papel do assistente social no atendimento ao idoso; 
 Identificar quais as ações que o assistente social pode fazer para prevenir a 
violência contra os idosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
6. METODOLOGIA DE PESQUISA 
Para a realização da metodologia, a abordagem utilizada foi a pesquisa 
bibliográfica, constituída de estudos de textos como: Violência familiar contra a 
pessoa idosa frente ao Estatuto do Idoso e o outras legislações, de Fernanda Giusti 
Paes Pereira (2008); Violência contra idosos: um grande desafio do envelhecimento, 
de Sandra de Mendonça Mallet (2016) e Violência contra idosos na família: 
motivações, sentimentos e necessidades do agressor, de autoria de Silva e 
Dias(2016). 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
 
BAIERL, Luiza Fátima; ALMENDRA, Carlos Alberto da Cunha. A dinâmica perversa 
do medo e da violência urbana. Revista Serviço Social e Sociedade nº. 70. São 
Paulo: Cortez, 2002. p. 59 – 73 
BORBA, R. D. de C. F. Um Estudo Sobre a Estruturação da Rede de Proteção 
Social Voltada à População Idoso no Município de Vitória. Dissertação de 
Mestrado em Política Social. Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, Julho 
de 2011. 
BORGES, M.C. M. A Pessoa Idosa no sistema Único de Assistência Social 
(SUAS). São Paulo: Martinari, 2012. 
BRASIL. Política Nacional do Idoso, Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994. 
Disponível em: <http://www.reservaer.com.br/legislacao/pni.html>. Acesso em: 25 
nov. 2021. 
BRASIL Ministério da Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para a prática 
em serviço. Cadernos de Atenção Básica nº 8, Brasília/DF, 2002: Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_19.pdf>. Acesso em: 24 set. 2018. 
CAMARANO, A. A.; KANSO, S. Perspectivas de crescimento para a população 
brasileira: velhos e novos resultados. Rio de Janeiro: IPEA, 2009. (Texto para 
Discussão). 
CRESS 11° REGIÃO. Legislação social: cidadania, políticas públicas e 
exercício profissional. Edição 21° Curitiba Paraná, 2007. 
DAVID, Carolina Gil. Violência intrafamiliar contra o idoso e a intervenção do 
serviço social. Disponível em: file:///C:/Users/W7/Downloads/2007-5499-1-PB.pdf. 
Acesso em 03 dez. 2021. 
Enfrentamento da Violência Contra Pessoa Idosa na Saúde. Orientações para 
Gestores e Profissionais de Saúde. Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande 
do Sul. Departamento de Ações em Saúde. Porto Alegre – RS,2016. 
GARCIA, Elias. Pesquisa Bibliográfica Versus Revisão Bibliográfica - Uma 
Discussão Necessária. Revista Línguas & Letras. 2015. 
GONDIM, Lílian Virgínia Carneiro. Violência intrafamiliar contra o idoso: uma 
preocupação social e jurídica. 2015. Disponível em: 
http://www.mpce.mp.br/esmp/publicacoes/edi002_2011/artigos/04Violencia.Intrafamil
iar.Contra.o.Idoso.pdf. Acesso em 10 out. 2019. 
GONDIM, A. P. S; SAINTRAIM, M. V. de L; SILVA, V. T. L (Orgs.) O Sistema Único 
de Saúde cuidando da pessoa idosa. Fortaleza: 1ª Edição EDUECE, 2014. ISBN: 
978-85-7826-205-1. 
16 
GUEDES, Ivan Claudio. Como fazer um projeto de pesquisa passo a passo. 
Disponível em: http://www.icguedes.pro.br/como-fazer-projeto-de-pesquisa-passo-a-
passo/ acesso em 12 dez. 2021. 
GUIMARÃES, F. Rosamélia. Serviço social e sociedade: família: uma 
experiência em grupo. Edição 71, São Paulo, Cortez, setembro 2002. 
IAMAMOTO, Marida V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e 
formação profissional – 13. Ed. – São Paulo, Cortez, 2007. 
IBGE. Censo demográfico 2010: famílias e domicílios (resultados da amostra). 
Rio de Janeiro, 2011. 
IBGE. Indicadores sociodemográficos e de saúde no Brasil. Rio de Janeiro, 
2009. 
IBGE. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Projeção da população 
do Brasil por idade e sexo 1980 – 2050. Rio de Janeiro, 2008. 
IBGE. O trabalho da mulher principal responsável no domicílio. Rio de Janeiro, 
2006. 
LOUVISON, M. C. P; ROSA, T. E. da C. Envelhecimento e Políticas Públicas de 
Saúde da Pessoa Idosa. São Paulo: Martinari, 2012. 
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olhar da saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. 
 
 
 
 
 
 
	Centro Universitário Leonardo da Vinci
	1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................4
	2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ..................................................................................5
	3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL ....7
	4 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................11
	5 OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................................13
	REFERÊNCIAS

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