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Paper V Viol. Idoso

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INDICADORES SOCIAIS E ESTATÍSTICOS PARA A INTERVENÇÃO 
PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL 
 
Um olhar sob a Violência Contra os Idosos 
 
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo² 
 
 
 
RESUMO 
 
A violência contra a pessoa idosa é uma violação dos direitos humanos e é uma causa 
importante de lesões, doenças, isolamento e falta de esperança dos sujeitos atingidos. 
Embora indicadores sociais e dados apontem o aumento destes eventos, as 
informações sobre doenças, lesões e traumas causados pela violenta em idosos ainda 
são pouco consistentes no Brasil. 
Ao assistente social cabe assegurar proteção social e atendimento ao idoso vítima de 
violência, fortalecer os vínculos familiares bem como a capacidade protetiva da família 
e promover a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços 
públicos, conforme necessidades, e a reparação de danos e da incidência de violação 
de direitos, prevenindo a reincidência dos mesmos. 
 
 
Palavras-chave: Idosos, Violência, Indicadores Sociais, Dados Estatísticos, Prevenção. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A violência contra o idoso é um assunto amplo e complexo de difícil captação de dados 
estatísticos assim como também pelo recente reconhecimento deste fenômeno na sociedade. São 
muitos os termos utilizados para definir o que é a violência contra a pessoa idosa. São exemplos: 
negligência, violência física, abuso financeiro e econômico/violência patrimonial entre outras 
violências. Cada um destes termos possui significados distintos, dependendo da situação e 
existem diferentes percepções sociais, culturais e étnicas sobre o que eles podem definir. Neste 
sentido a violência contra a pessoa idosa se define como qualquer ato, único ou repetitivo, ou 
omissão, que ocorra em qualquer relação supostamente de confiança, que cause danos ou 
incômodo à pessoa idosa. 
A natureza das violências coincide com a violência social que a sociedade brasileira 
vivencia e produz nas suas relações e introjeta na sua cultura. A notificação deste tipo de 
violência é recente no mundo e no Brasil, sendo a vitimização deste grupo social um problema 
cultural de raízes seculares. 
1 Ana Paula Martins, Cristiane Leal Abade, Erasmo Bezerra de Medeiros, Michele Flores Diesel, Mônica Moglié 
Birnfeld 
2 Maria Judite Ludwig 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Bacharelado em Serviço Social (SES0492) – Seminário 
Interdisciplinar V – dd/mm/2019 
 
 
 
 
 
 
 
Há múltiplas situações, condutas, sintomas e sinais que podem levar a suspeitas de 
existência de violência, a própria queixa por parte da pessoa idosa é um dos indicadores mais 
sensível e específico, comum a todos os tipos de violências. Se há suspeita da pessoa idosa está 
sendo vítima de violência ou sofrendo negligência e abandono, recomenda-se realizar uma 
avaliação da situação da possível vítima, preferencialmente realizada por uma equipe 
multidisciplinar que inclua aspectos médicos, psicológicos, assistentes sociais e etc. O Serviço 
Social precisa ir além do acolhimento, da escuta, da orientação e do direcionamento à pessoa 
idosa, precisa auxiliar efetivamente no empoderamento dessa parcela da população, 
incrementando sua atuação nos processos de controle social, validando o compromisso 
ético-político da​ ​categoria. 
 
 
2. A REALIDADE DA VIOLÊNCIA AO IDOSO 
 
O envelhecimento, além do fator biológico, é compreendido como parte integrante da 
trajetória de vida do ser humano, aflorando características próprias, decorrentes da vivência que 
compõem-se enquanto formador da personalidade do idoso. De acordo com Debert (1999), a 
gestão do envelhecimento foi historicamente atribuída à esfera familiar e privada, pela 
previdência individual ou assumida pelas instituições caritativas representadas majoritariamente 
por associações religiosas, e o Serviço Social ao longo do desenvolvimento na sociedade sempre 
esteve diretamente ligado ao atendimento ao idoso, seja pelas vertentes filantrópicas e 
assistencialistas as camadas fragilizadas pelas desigualdades socio-econômicas como também 
pelo próprio estigma da velhice. 
A violência contra o idoso é um fenômeno evidente dentro do atual processo de 
envelhecimento populacional, tema esse que tomou impulso nas últimas décadas devido o 
aumento crescente da população idosa e o aumento da expectativa de vida, e a partir de 1956, a 
Organização das Nações Unidas (ONU) aderiu a temática em sua agenda, sendo em 1982 
promovida a “I Assembleia Mundial sobre Envelhecimento” na cidade de Viena, sobrevindo 
discussão em âmbito internacional com a criação de planos de ações na América Latina e Caribe, 
sendo no Brasil a Constituição Federal de 1988 a primeira a inserir o idoso nos pressupostos da 
proteção, da justiça social e dos direitos humanos. 
 
Entenderemos por violência uma realização determinada das relações de força, tanto em 
termos de classes sociais quanto em termos interpessoais. Em lugar de tomarmos a 
violência como violação e transgressão de normas, regras e leis, preferimos considerá-la 
sob dois outros ângulos. Em primeiro lugar, como conversão de uma diferença e de uma 
assimetria numa relação hierárquica dedesigualdadecomfinsde dominação,deexploração 
e de opressão. Isto é, a conversão dos diferentes em desiguais e a desigualdade em 
relação entre superior e inferior. Em segundo lugar, como a ação que trata um ser 
humano não como sujeito, mas como uma coisa. Esta se caracteriza pela inércia, pela 
passividade, e pelo silêncio, de modo que, quando a atividade e a fala de outrem são 
impedidas ou anuladas, há violência”.(CHAUÍ,1984, p. 35 apud BARBOSA et al 
 
A questão do envelhecimento é de grandes dimensões, influenciando bruscamente o 
orçamento, influenciando consumo, arrecadação de impostos, aumento de gastos com saúde e 
assistência médica, merecendo planejamento e intervenção sistemática. No caso do profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
do serviço social, a seleção do instrumental técnico-operativo deve ser o mais apropriado para 
determinada demanda social, devendo ser analisados e adaptados conforme as necessidades e a 
realidade da intervenção profissional. Construir estratégias de enfrentamento que assegurem a 
proteção social e a qualidade de vida da população idosa se constitui em grande desafio para 
profissionais nessa área, em particular o assistente social. O Estatuto do Idoso, criado pela Lei nº 
10.741, de 01 de outubro de 2003, estabelece prioridade absoluta às normas protetivas ao idoso, 
elencando novos direitos e estabelecendo vários mecanismos específicos de proteção os quais 
vão desde precedência no atendimento ao permanente aprimoramento de suas condições de vida, 
até a inviolabilidade física, psíquica e moral (Ceneviva, 2004). O Estatuto do Idoso define que a 
violência é o contrário dos direitos, o que vem mencionado em todo o texto, mas particularmente 
no Capítulo II, art. 10, § 2 e § 3: 
O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, 
abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia de valores, ideias e 
crenças, dos espaços e dos objetos pessoais (§2). É dever de todos zelar pela dignidade 
do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, 
vexatório ou constrangedor (§ 3) 
Porser o Serviço Social uma profissão que lida diretamente com a intermediação entre 
as políticas públicas e a garantias de direitos dos indivíduos, tem esse profissional como 
obrigação intervir nas situações sociais de conflito relacionadas ou provenientes do 
envelhecimento, tendo em vista senso crítico acerca de suas implicações para o meio social. A 
realidade brasileira de violência aos idosos é alarmante e as políticas públicas têm um papel 
primordial dentro dessa abordagem de maus tratos contra o idoso, e a partir da criação da Política 
Nacional do Idoso através da Lei Nº 8.842 de 04 de janeiro de 1994, o objetivo é afiançar os 
direitos sociais do idoso, propiciando condições que promovam autonomia, integração e 
participação ativa na sociedade, estabelecendo em seus artigos acesso a serviços prestados pelo 
Estado na área da saúde, educação, habitação e urbanismo, assistência, justiça, cultura, lazer e 
esporte. Na área das políticas relacionadas à pessoa idosa, é necessário que se identifique quais 
seriam os desafios da intersetorialidade das políticas de atenção direcionadas a pessoa idosa, em 
especial entre a assistência social e a saúde 
Para desencadear uma atuação intersetorial, é muito importante que o objeto proposto 
da ação sejam questões que de fato mobilizem e digam respeito a muitos outros setores. 
Assim,a intersetorialidade pode ser uma opção de gestão para a efetivação das ações 
com vistas à garantia dos direitos da pessoa idosa (Relatório da IV Conferência 
Municipal de Direitos da Pessoa Idosa de Vitoria, COMID, 2015, p. 28). 
 
O balanço anual da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, através de dados 
coletados de denúncias do canal de comunicação gratuita (DISQUE 100) do Ministério dos 
Direitos Humanos (MDH) do ano de 2017, demonstra em seu relatório o número de denúncias de 
violações de direitos com registros compreendidos entre o período de 2011 à 2017. 
Geralmente o idoso não relata os maus-tratos ou situações de violência nos serviços de 
saúde, no entanto, existem diversas situações, condutas, sintomas e sinais que podem levantar 
suspeitas da existência de violência. É importante destacar que os sinais no exame físico e uma 
avaliação mais detalhada como uma visita domiciliar e uma escuta qualificada por parte de 
 
 
 
 
 
 
 
 
outros profissionais que compõem a equipe multidisciplinar pode vir a confirmar as suspeitas de 
violência e maus-tratos (BARCELLOS, MADUREIRA 2013). Alguns sinais podem indicar uma 
situação de violência, entre eles destacamos: hematomas, escoriações, ferimentos, luxações e 
fraturas; cicatrizes e queimaduras; higiene corporal descuidada; desnutrição e/ou desidratação 
entre outros. Quando no ambiente familiar não há uma estrutura de amparo ao idoso, é marcante 
a desarmonia e a falta de respeito que coloca esse indivíduo em situação de isolamento, 
configurando assim um retrocesso em sua vida (Zimerman, 2000). 
A Constituição Federal de 1988 garantiu ao idoso o direito à aposentadoria, já a Lei nº 
8.742 de 7 de dezembro de 1993, que é a lei orgânica da assistência social, garante o Benefício 
de Prestação Continuada (BPC), com um pagamento mensal de um salário-mínimo aos idosos 
com 65 anos ou mais, sendo estes incapazes de trabalhar desde que possuem renda per capita 
inferior a 1/4 de salário-mínimo. Em 1999, o Ministério da Saúde implantou a Política Nacional 
de Saúde do Idoso com o intuito de adotar medidas preventivas de promoção da saúde e 
atendimento multidisciplinar. Em 2003, foi instituída a Lei Nº 10.741 de 1º de outubro, o 
Estatuto do Idoso, tendo como objetivo assegurar os direitos consagrados pelas políticas públicas 
voltadas à pessoa idosa. Nela encontram-se 118 artigos que privilegiam o atendimento das 
necessidades básicas e a manutenção da autonomia, como serviços de atenção à saúde e 
assistência social. A formulação do Sistema Único de Assistência Social ocorreu com a 
aprovação da NOB/SUAS em 2004, uma política de assistência social que através da 
institucionalidade nos territórios passou a alcançar a população com a oferta de serviços e 
programas, ampliando sua efetividade no campo dos benefícios sociais (BRASIL, 2004). 
A saúde e assistência social compõem o tripé da seguridade social, composto ainda pela 
previdência social. Ambas interagem entre si, sendo que cada uma apresenta suas singularidades 
e atravessaram processos evolutivos diferenciados (RODRIGUES, 2011). A Proteção Social 
Básica possui caráter preventivo visando a inclusão social, tendo por objetivos a prevenção de 
situações de risco, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, assim como o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, sendo destinado a indivíduos em situação 
de vulnerabilidade social decorrente da pobreza e privação de direitos. Os serviços são 
executados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), equipamentos de base 
territorial referência para o desenvolvimento de todos os serviços socioassistenciais da proteção 
básica (BRASIL, 2009; MDS, 2011) 
O Assistente Social deve contribuir para a investigação das relações sociais 
estabelecidas por esse idoso, para assim estabelecer uma relação de confiança e vínculo, 
compreender a sua realidade de vida deste, a fim de realizar os encaminhamentos necessários. A 
abordagem do Serviço Social aos idosos vítimas de violência é tão importante quanto o 
atendimento na saúde, no sentido de viabilizar os direitos garantidos em lei, porém que 
necessitam de articulação e mobilização para que sejam cumpridos. O Código de Ética do 
Assistente Social em seu artigo 4º, incisos I ao III assevera que constituem competências do 
Assistente Social: 
 
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da 
administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do 
âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; 
 
 
 
 
 
 
 
 
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à 
população. (BRASIL, 1993) 
 
Qualquer ação política que vise a prevenção e atenção à violência contra idosos deve 
levar em consideração as diferentes formas e representações desse problema. Devem estar 
voltadas para implementação de políticas públicas que tenham como intuito a redefinição, de 
forma crítica, do lugar do idoso na sociedade, no sentido que haja articulação entre as famílias, 
sociedade e instituições de apoio às pessoas idosas. (Minayo 2003) 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A metodologia adotada nesta pesquisa compreende busca de dados estatísticos de 
indicadores sociais de denúncias de violência, e tipos de violência contra idosos, presentes no 
Balanço Anual da Ouvidoria 2017, do Ministério de Direitos Humanos, e pesquisa em artigos 
científicos, livros e sites. Realizamos busca por indicadores e dados estatísticos na Delegacia do 
Idoso do município de Porto Alegre-RS e ao Conselho Municipal do Idoso (COMUI), situado 
também em Porto Alegre-RS.Dados estatísticos no site do IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística), e no site do Observatório da Cidade de Porto Alegre. 
O primeiro gráfico nos indica um quantitativo referente a denúncias de violações de 
direitos humanos contra idosos, registrados entre os anos de 2011 à 2017, tendo o ano de 2013 
atingindo um número expressivo de denúncias. Já no segundo gráfico, em relação ao tipo de 
violação contra o idoso entre o ano de 2016 e 2017, a negligência é a violência que mais se 
destaca em números comparados aos outros tipos de violação, sendo a violência psicológica a 
segunda mais praticada contra os idosos. 
 
 
 
O Gráfico 1 apresenta o quantitativo de denúncias de violações de direitos 
humanos contra pessoas idosas registradas nos últimos sete anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico1: Denúncia - Pessoa Idosa 
Fonte: Balanço Ouvidoria, 2017 - Ministério dos Direitos Humanos 
 ​O Gráfico 2 apresenta os tipos de violações mais recorrentes contra pessoas 
idosas, exibe o comparativo relacionado aos últimos dois anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 2: Tipo de Violação - Pessoa Idosa 
Fonte: Balanço Ouvidoria, 2017 - Ministério dos Direitos Humanos 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A construção de indicadores sociais nos dão norte e visibilidade, proporcionam 
embasamento para diagnóstico e para execução de um trabalho, tendo importante função 
exploratória no diagnóstico de situações concretas ​para o conhecimento da realidade, 
sendo esse um instrumento de controle no qual as políticas públicas não podem ser elaboradas 
sem o devido embasamento teórico- empírico. Quando o idoso procura o profissional em Serviço 
Social, espera ser acolhido e orientado, e nesse sentido é preciso que esteja apto a construção de 
estratégias que deem conta de sua demanda, priorizando ações que atendam seus anseios , 
visando maior resolutividade. Por ser um profissional preparado para lidar com as políticas 
públicas e programas do governo a fim de garantir e assegurar o cumprimento das leis 
estabelecidas a partir de todos os preceitos legais que lhes ampare, cabe ao profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
assegurar um ambiente saudável ao desenvolvimento de potencialidades para que os empodere 
de seus direitos visando a superação de sua questão social. Neste sentido, o atendimento ao idoso 
vítima de violência deve ser articulado com políticas pública de proteção a esta população, 
visando assim a manutenção do bem-estar dos idosos, tendo a compreensão que sua atuação 
como assistente social implica troca, respeito, flexibilidade, confiabilidade, compartilhamento, 
aprofundando o conhecimento teórico-metodológico de forma a utilizá-lo com competência 
técnico-operativa na garantia de direitos. 
É de grande relevância ter em mente a disposição em despertar a consciência das 
autoridades competentes como também da sociedade, para que de forma justa e democrática haja 
promoção e fiscalização dos direitos constituídos dos idosos, assim fazendo a diferença no agir e 
fazer profissional de forma a contribuir para um futuro que lhe garanta envelhecer com 
dignidade. 
 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Com base em todos os dados aqui elencados, observamos o crescimento significativo da 
população idosa e com isso inúmeras questões sociais pertinentes a esse grupo. Porém, vivemos 
em uma sociedade capitalista despreparada e desprovida de sentimentos, principalmente de 
vínculos familiares para atender este público tão fragilizado e vulnerável. Se faz necessário o 
empenho, dedicação e comprometimento de todos da sociedade em geral. 
Acreditamos que conscientizar e motivar a família a ter este zelo é um norte que 
contribui e agrega de forma positiva, o que pode diminuir os altos números estatísticos em 
relação a violência por negligência. As políticas públicas de qualidade contribuem de uma forma 
significativa na evolução deste cuidado, uma vez que a maioria depende da rede pública sócio 
assistencial, pois é a violência contra o idoso uma realidade inegável de acordo com os dados 
apresentados. Por isso não podemos fazer vistas grossas ou tão pouco ignorar ou fingir que não 
existem, pelo contrário, devemos combater e prevenir com eficiência. 
Entendemos que atuar de forma articulada e interdisciplinar com outros setores sociais 
pode garantir a segurança do idoso, mesmo sabendo que se constitui um grande desafio a 
implementação na prática das garantias documentadas em lei do Estatuto do Idoso. Para tanto, 
temos a plena consciência que o profissional do Serviço Social necessita ser um profissional bem 
preparado, que sua sensibilidade e atuação deve promover a prevenção de diversos tipos de 
violação, e que reconheçam que sua atuação tem escopo maior que apenas a realização de uma 
intervenção técnica. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(Org.). ​Mundo-tera-2-bilhoes-de-idosos-em-2050-oms-diz-que-envelhecer-bem-d
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DIGITAL, Relatório Banco. ​Balanço Anual. ​2017. Disponível em: 
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MOURA, Michelle Borges de; ALCANTARA, Viviane da Silva de. ​VIOLÊNCIA CONTRA 
O IDOSO: DESAFIOS AO SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE. ​2015. 
Disponível em: 
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SÃO PAULO. Nelson Figueira Júnior. Secretaria de Saúde. ​Caderno de violência 
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BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. ​Estatuto do                 
Idoso: Lei nº 10741 de 2003.  
BRASIL. CFESS. (Comp.). ​Coletânea de Leis, decretos e regulamentos para                 
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http://midia.pgr.mpf.gov.br/pfdc/15dejunho/caderno_violencia_idoso_atualizado_19jun.pdf
http://midia.pgr.mpf.gov.br/pfdc/15dejunho/caderno_violencia_idoso_atualizado_19jun.pdfAssistente Social, Resolução n. 273 de 13 de março de1993>. Acesso em: 20 out.                           
2019. 
BRASIL. COMID. (Org.). ​Relatório da IV Conferência Municipal de Direitos da                     
Pessoa Idosa de Vitoria​. Vitória, 2015. 28 p. 
BRASIL. [Constituição (1988)]. ​Constituição da República Federativa do Brasil:                 
promulgada em 5 de outubro de 1988​. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 
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