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• O que é controle social? ➢ Todas as formas de controle tendentes a mudar comportamentos, todas as formas que têm pretensão de moldar comportamentos humanos, é controle social. Controle primário • São mecanismos pela qual passamos pelas primeiras formas de vida, uma vez no mundo, somos moldados em um controle social. Formas de estabelecimentos de comportamentos que são “chaves” de sociabilidade (majoritariamente no ambiente familiar). • Se uma criança perder o ambiente familiar, o estado acolhe criança e a encaminha a criança para que ela seja reintroduzida em uma família por meio da adoção, pois esse controle social primeiro é de extrema importância para as primeiras fases de sociabilidade. Controle secundário • São mecanismos de controle pela sociedade, pela escola, pela igreja, pelos espaços de convivência. • A escola é a principal fonte secundaria de controle social, somos parte das experiencias da infancia. O ambiente escolar é importante para a convivência das crianças no ambiente escolar. ➢ Situação perceptível pela pandemia, a necessidade da escola e a não substituição dos espaços, familiar e escolar. Cada espaço tem sua função distinta. Controle social pelo direito • O Direito vem como uma terceira esfera de controle social, quando ele estabelece uma idade para que cada pessoal passe a se responsabilizar pelos seus atos. • No Brasil 18 anos, maioridade penal e civil: Existe uma explicação de estudos psicológicos capazes de definir o certo e o errado, são questões psicológicas juntamente com o jurídico. • Por que o direito funciona como instrumento de controle social? ➢ Porque o direito é institucionalizado: Percepção que para ser direito precisa passar por filtros institucionais. A lei começa a se valer na vida social, através de normas competentes. Uma forma de garantir um controle do Direito, uma garantia democrática. ➢ Porque o direito é interpretado e aplicado pelo estado: E o estrado detém a legitimidade para o uso da força, por esse motivo o Direito utiliza de mecanismos para o cumprimento da lei. Toda ação ou omissão que causa danos deve gerar indenização através da interpretação. ➢ Porque o direito funciona se valendo da sansão: Se não fizer há consequências, é uma garantia porque se houvesse as sansões não haveria controle social. Garantia + consequência. Conceito de sansão • É uma garantia e uma consequência da própria norma. • Sansões positivas/premiais: ➢ São consequências positivas que funcionam como estimulante do cumprimento da norma, ao invés de ser uma punição é um prêmio. ➢ Ex: se pagar um imposto até tal data ganha-se desconto. • Sansões negativistas: As que estamos habituados a ver, são de punição. ➢ Construtivas: São aquelas que pretendem aplicar o constrangimento para cumprir uma obrigação. ✓ Ex: busca e apreensão. ➢ Reparatórias: São aquelas que tem a pretensão de reparar. ✓ Ex: Geralmente usado para reparar danos de imagem. ✓ Ex: A pessoa ser presa. ➢ Privativas de liberdade: Não são iguais às de restrição de liberdade, elas são PRIVATIVAS. Retirar a pessoa do convívio social, apenas quando praticado crime penal (exceto de pensão de alimentícia). ✓ Ex: Geralmente usado para reparar dano de imagem. ✓ Ex: A pessoa ser presa. Controle social e Direito Caderno Sociologia Jurídica – Prof. Claudia Albagli (FBDG) Por: Carla Pirajá Entender por que o direito carrega com si a pretensão de controle social ⎯ Direito penal: define o que é e o que não é crime, de punição ⎯ Direito processual penal: Tratar das normas relativas ao processo, processamento de alguém que praticou o crime. ⎯ Executor penal: Ao cumprimento de uma pena que foi sentenciada (ex: os “direitos” dentro da cadeia). Perspectiva funcional funcional-liberal: • Reúne aqueles que afirmam que no sistema penal há problemas e questões, porém procuram adotar soluções dentro desses sistemas. • Tentam recuperar o que o sistema penal oferece de subsídio para o controle social. ➢ Revisão de normas, reformulações, novas legislações. Perspectiva conflitiva: • Reúne aqueles que afirmam que no sistema penal como está hoje não funciona, precisa ser reformulado como um todo. • Sua importância se dá pois, traz uma série de apontamentos críticos que desvelam as realidades que talvez poderiam ser desconhecidos se não fossem esses pensadores. ✓ Como por exemplo: ➢ Ilegitimidade do poder punitivo ➢ Inexistência do bem e do mal ➢ Inexistência da culpabilidade pessoal ➢ Impossibilidade de ressocialização ➢ Seletividade do sistema penal Ilegitimidade do poder punitivo: • Ideia de que o poder punitivo seria ilegítimo, pois funcionam de maneira higienista. • O que a sociedade enxerga como nocivo ele expurga, e não de maneira equitativa, ou seja, na sociedade há inúmeras possibilidades de crimes sendo cometidos, porém apenas uma parcela desses crimes são alcançados com maior efetividade pelo sistema penal, aqueles que são vistos como algo ruim e por isso o sistema funciona de maneira mais eficaz. • Ele critica o Estado, não como indivíduo social, deveriam criar esforços para o cumprimento da lei. • Há um desequilíbrio entre o cumprimento d lei em alguns âmbitos e em outros há o desleixo por parte do Estado, entende-se que, por exemplo ao cometer um crime de homicídio por parte de um indivíduo, o cidadão sente-me mais vulnerável do que o crime de tributário, no entanto o Estado dever ser imparcial para o cumprimento da lei. Inexistência do bem e do mal: • Descaracterização do crime como patologia social: ➢ Desconstruir a ideia de que em uma sociedade que há crime é uma sociedade com problemas/defeitos/desequilíbrio, chama-se a atenção para o fato de que sempre haverá crime independe da sociedade. ➢ Dialoga com Durkheim, as sociedade de solidariedade mecânica, já havia sistemas de repressão social, pois a noção de crime sempre existiu. ➢ Também dialoga de que a definição de crimes é uma forma de categorizar valores sociais. Há uma compreensão social de que aquelas conduta não pode ser feita. ✓ Tipificar uma conduta: por um limite na sociedade. • Desconstrução do bandido como alguém “distinto”: ➢ Tentar mostrar de que todos os cidadãos são potencialmente criminosos, uma linha tênue é os que separa. ➢ Fazer-se entender de que todo mundo pode ser um criminoso e não somente aqueles vistos como “potenciais”. ✓ Todos são potenciais. Inexistência da culpabilidade pessoal: • Crime é quando é uma conduta: típica, antijurídica e culpável ➢ A tipicidade é a definição do crime (o que é ou não um crime). ➢ Antijuridicidade é o que é contrário ou não a ordem jurídica. ✓ Por exemplo: Estado de necessidade ➢ Culpabilidade: é onde analisa os aspectos subjetivos do crime, a intencionalidade do crime. • Desse modo a inexistência da culpabilidade pessoa será a crítica os aspetos subjetivos não ser analisas isoladamente, pois ao analisar o pessoal não possibilita as condições sociais para que eventualmente desvelar a um comportamento criminoso. ➢ Como por exemplo: circunstâncias, condições sociais, condições familiares. ✓ Não deveria ser pessoal e sim social. Impossibilidade de ressocialização: • Crítica conceitual: ➢ É um crítica da criminologia como um todo, pois não acreditam que a ressocialização do indivíduo é garantida com a retirada do criminoso em sociedade. ➢ Ela se contrapõe ao próprio conceito de ressocialização. ✓ Como vamos ressocializar alguém se ele não está mais em convívio com a sociedade? ➢ Consiste na ideia de que a ressocialização do indivíduos criminoso é um conceito inexistente. ➢ A ideia de um controle total do indivíduo em uma instituição total porém isso não é possível,pois a probabilidade de desvio é enorme. • Critica empírica (realidade): ➢ Um sistema carcerário em que a grande maioria das pessoas não saem melhoras. ➢ No Brasil, há prisões superlotadas, no qual não se aplicam as assistências necessárias para a garantia da ressocialização. ➢ Há a ideia de que a ideia do indivíduo criminoso sairá pior do que quando entrou, uma unidade recrutamento do crime. Seletividade e sistema penal • Ele tem um sistema específico composto por homens jovens, negros e de baixa escolaridade. • A maioria são homens, apesar das prisões femininas terem crescido 700% entre 2000 a 2010. • Sendo presas por pequenos crimes, por serem consideradas menos suspeitas. Entrando no crime por uma necessidade imediata, um peque o roubo ou um pequeno tráfico de drogas. • Por ser jovens a maioria não sobrevive, morrendo no crime ou no sistema prisional, através de doenças, etc. • Esse aumento aconteça pelo aumento do crime e pelas políticas de carcerário. • A baixa escolaridade se tem pois não alcançam a formação dos estudos não ganham espaço no mercado de trabalho e na vida social, sendo necessário um trabalho “extra” para suprir as necessidades básicas do ser humano. • A maioria são negros, um reprodução do sistema carcerário do problema social, nesse caso o racismo. ➢ Um olhar do poder judiciário reproduz um racismo existente na sociedade. ➢ Além do tratamento racista no dia a dia, principalmente em mulheres. ✓ Classe social: olhar da sociologia e do direito • Há na sociologia um preparo para olhar a sociedade a partir da noção de classes, não necessariamente a parte econômica, mas também, de outas dimensões referentes as classes sociais. • No direito há uma lógica diferente, ele é preparado para olhar de modo homogêneo os grupos sociais, não importa seu salário econômico o Direito penal é o mesmo para todos de modo neutro, no entanto, na prática não é exatamente assim que funciona, porém o estudo do direito é feito de modo homogêneo e neutro. Abordagens sociológicas • Abordagem qualitativa (perspectiva marxista): ➢ É feita pela qualidade que o sujeito tem na sociedade, como ele ou a sociedade o reconhece, pela qualificação e define essas abordagem das classes sociais. ➢ Exemplo: Patrão e empregado, a parte financeira não ao importa e sim a maneira como ele se qualifica, como ele se enxerga. Qualificativamente ele é empregado, sua categorização, não há uma abordagem quantitativa. ➢ Analisar as contradições e conflitos de uma sociedade, por isso é uma abordagem marxista das classes sociais. Usado em pesquisas para evidenciar essa abordagem. • • Abordagem quantitativa (weberiana) ➢ É feita pelos parâmetros observados para definir as classes sociais através do modo quantitativo, se baseando no aspecto econômico, a renda familiar. ➢ Contudo, hoje se entende que outro critérios são associados aos critérios de renda, como religião, acesso aos bens de consumo, reconhecimento de deficiências. Nos dando uma ideia aproximada dos bens de costume. ➢ As políticas quantitativas se encontrando com o direito em questões para reformular as melhorias para esses grupos sociais ✓ O estatuto do idoso por exemplo ✓ O estatuto da criança e do adolescente Sociedades de estratificação aberta e sociedades de estratificação fechada. • Fechada: ➢ Diz respeito as sociedades onde não há mobilidade social ou há pouca mobilidade social ➢ Hoje uma sociedade sem mobilidade é algo difícil. ✓ Um exemplo são as castas indianas, mas mesmo assim hoje em dia foi banida. ✓ Oficialmente não existe mais, porém exemplos de sociedades com baixa mobilidade são as sociedade árabes. ➢ No entanto, geralmente esses países no há muita pobreza, pois são grandes exportadores do petróleo, desse modo a sociedade apesar de não haver muita mobilidade social, não é uma sociedade pobre. ➢ A lógica capitalística não permite essa ideia de imobilidade, pois trabalha com a noção de consumo e o adquirimento de bens, desse modo a maioria das sociedades sociais são abertas e não fechadas • Aberta: ➢ Onde se tem mobilidade social. ➢ São observados que no brasil as classes são mais extensas e distancias entre uma e outras são enormes, em países desenvolvidos a faixa de pobreza é um pouco mais equilibrado comparado com as do Brasil por exemplo. ✓ Está no topo da pirâmide é algo significativo no Brasil, nos países desenvolvido essa diferença não é tão grande, é percebível que há maior mobilidade de classes ➢ Todo mundo tem acesso ao lazer, ao transporte público, a saúde. Não há a ideia de necessidade de enriquecimento para se alcançar os direito básicos do ser humano e sua dignidade individual. ➢ Essa ideia de status social é supervalorizado nos países desenvolvidos pois há um grande inacesso de pessoas ao bens de luxo, como roupas de grifes, bolsas de marca, carros de luxo, pois nos países desenvolvidos há a possibilidade alguém em uma classe inferior comprar esses artigos, não é algo impossível. O Direito é instrumento para dificultar ou facilitar a mudança social. • A norma como algo que está relacionado com as questões sociais define essas questões. • Constituição Federal de 1988 democratizadora mas procura dialogar com as situações pós guerras da Europa no qual essas mudanças já estão em evolução, sendo considerada um pouco atrasada e relação aos outros países mais desenvolvidos principalmente Alemanha e Itália no cenário pós guerra. • Trazendo a dignidade da pessoas humana como um dos propósitos do Direito. ➢ CLT: poucas legislações antes de 88 que permanece ativa e com essa característica de mudança social, havendo um princípio que vigora a primazia do trabalhador, que básica diz que havendo dúvida a decisão é em favor do trabalhador. A reforma trabalhista altera uma seria de situações do trabalhar mas não a revoga. ➢ ECA (estatuo da criança e do adolescente): Antigamente havia um código penal para menores infratores, havia a prisão mas não havia um sistema de segurança para essas pessoas. Essa legislação traz uma proteção para o jovem e suas respectivas punições para os mesmo. No últimos 10 anos há uma discussão sobre a maioridade penal, no entanto este fato não é a raiz do problema pois aumentaria a população carceraria e o crime de modo geral. ➢ CDC (código de defesa do consumidor): veio a propósito de resolver a inexistência de normas relacionadas ao consumo. Antiga era tratada pelo código civil, com aceleração da consumação e massa foi-se necessário a criação de normas para especificar essa relação social. Uma visão protetiva ao consumidor, no qual se dá pelas regras existentes como também por uma regra da “inversão do ônus da prova”, que consta necessário a provação a quem alega. ✓ Ex: provar que um defeito de um produto quebrou, como provar que foi culpa do consumidor ou do vendedor? Desse modo não há necessidade da prova por parte do consumidor, pois acredita-se no Direito um situação desigual, nesse caso quem se deve a prova é o vendedor. Quem alega não prova e sim o outro. ➢ Estatuto do Idoso: Com o aumento da população idosa pelo maior tempo de vida, o EDI vem com a intenção de proteger essa parcela da população, coisa como cadeira/vaga de carro de idoso. Ao considerar pessoas idosa a partir dos 60 anos de idade, há um auxílio maior dando-se preferência. ➢ Estatuto da pessoa com deficiência: Havia-se no Direito Brasileiro uma lacuna, desse modo o EPD vem para amenizar essas condições dessa parcela social, como por exemplo as possibilidades de incorporação de pessoas com deficiências em uma vida ativa com os demais. Outra questão é a da curadoria, no qual havia um descompasso com a nova realidade social. Formação da sociedade brasileira:elementos caracterizadores e desigualdade social. • Compreender o processo de formação social desde a colonização a atualidade e como isso interfere no Direito brasileiro. ✓ Ex: Burocracias complexas são reflexos de tentativas para impedir os fraudes existentes na sociedade. • A sociedade deposita uma idealização de organização social no Estado porém o comportamento social não se reflete nessas idealização. Sobrepõe uma ideologia ao ouro mas nunca impõe essa ideia na sociedade. ➢ Processo de ocupação territorial ➢ Regime escravista ➢ Patrimonialismo ➢ clientelismo Processos de ocupação territorial: regime de propriedade • Não tivemos uma formação no qual o ponto de partida foi o direito público e sim a propriedade provada, as capitanias hereditárias como propriedade dos portugueses em troca de riqueza. • Não havia por parte de Portugal um ímpeto de adesão pelo Brasil, era apenas uma fonte de exploração. Sem a criação de uma sociedade nas terras brasileiras, não se havia uma “urbanização” adequada. Uma colônia de exploração não de povoamento. ➢ Era um direito absoluto no qual não se pode questionar, mudado apenas na constituição de 1988.antigamento não havia esse questionamento, atualmente é a necessidade um propósito de produção. ➢ Essa linha de continuidade entre o donatário/latifundiário/coronelista/ruralista, sendo uma ressignificação nesse processo mas sendo ainda representado pela política até hoje em dia. Sendo uma bancada significativa na situação atual do sistema legislativo brasileiro. • A família sendo constituída pelos senhores de terra, o núcleo da vida brasileira estava na área. A miscigenação a partir do estupro entre colonizador e escravos africanos e indígenas, os filhos bastardos. ➢ Portugal sempre teve um grande relação muito ligada com a igreja católica, desse modo, o cenário brasileiro, principalmente o rural, até os dias de hoje há uma grande ligação com esse pensamento patriarcal ligado a igreja. ➢ Essa herança rural é pautada pela violência e pela superioridade da figura masculina. Regime escravagista: • A escravidão como um dos elementos formadores da sociedade brasileira, é um sistema que perdura por média de 350 anos no Brasil, por volta de 1530 chega-se os primeiros navios negreiros, não havendo nenhum processo de suspensão dessa mercado escravocrata. • Havia um sistema lucrativo com essa escravidão, tanto pelos ladrões de escravos, pelos comerciantes e pelos próprios proprietário de terras. Sendo um sistema de submissão violento em sua manutenção, de modo que se reflete nos dias atuais na realidade brasileira. ➢ É necessário entender a diferença entre a escravidão do mundo antigo e do processo de colonização, antigamente era um processo de dominação como uma imposição de poder. No entanto, a escravidão colonial é refletida pela submissão economia e racial. • Sendo propriedade de senhores de terras, a identidade desses africanos não foram preservados, como por exemplo a mudança de nomes e sobrenomes, adotando-se uma identidade europeia. ➢ Além da proibição da difusão das religiões e costumes africanos, uma prática não aceita socialmente. • O Brasil foi o país que mais se obteve escravos na América do Sul, sendo o último país a abolir a escravidão apenas por pressão externa da Inglaterra no contexto da Revolução Industrial, juntamente com a chegada dos imigrantes europeus com mão de obra mais barata do que os escravos que após as sanções da Inglaterra encareceram. ➢ Desse modo a lei áurea foi uma decisão política e não mental. • O trabalho braçal ainda é refletido na sociedade atual. A ocupação dessa atividade no qual esse trabalho era realizado por pessoas escravizadas, sendo trabalhos não remunerados, ainda é visto como inferior. ➢ Uma sociedade na qual o trabalho não intelectual não é valorizado, em reflexo da escravidão. Patrimonialismo: • Diz respeito a confusão entre o publico e o privado do estado brasileiro, havendo uma confusão essa confusão entre um e outro. • Antigamente era algo muito bem definido, na antiguidade o que era do espaço publico só se exercia no espaço público, da mesma forma no espaço privado. • No entanto na contemporaneidade esses conceitos vão se mesclando e tornando-se difícil a distinção. ➢ Em grande parte da nossa trajetória há um processo de confusão pelo próprio estado, para atender interesses privados/públicos. • Uma das consequências do patrimonialismo é a ausência de universalidade, de que o estado não trata a todos de forma igual, gerando favorecimentos que perpetuam a desigualdade, que pertence a um determinado espaço social não pode se submeter a certas situações. • O Brasil sempre houve um estamento privado (a presença de interesses privados nos público), que corrompe o público, desde a sua formação pelos portugueses. ➢ O home cordial: Sergio Buarque de Holanda fala do aspecto positivo do qual o brasileiro se comporta, sendo amigável, divertido, tendo seu jeitinho conquistador, no entanto o aspecto negativo é que por essa “ignorância” nas formalidade, não há distinção entre publico (formal) e privado (não-formal), essa cordialidade acabou a diminuição das regras públicas, influenciando nessa confusão. • A diferença entre o clientelismo é porque fala menos de sociedade e Estado e sim de sociedade e sociedade. Clientelismo: ausência de consciência cidadã (cidadania concedida): • O espaço que é representado de determinadas relações, só vai se for convidado, como selecionar , estratificação social. Exemplo da fala “só gente bonita”. ➢ Espaços de separação da sociedade, local de destaque. • Cidadania concedida: a longo prazo essa relação baseado em interesses, não nos permitiu a compreensão do que de fato é ser cidadão, tratando a cidadania como um “favor” a ser dado e não um direito. Noção de cidadania acaba não passando na ideia de que ser cidadão há direitos e deveres. • O que são movimentos sociais? Segundo Alain Tourraine são ações coletivas protagonizadas por sujeitos históricos que procuram viabilizar acordos políticos. • Ação coletiva: Movimento social pressupõe a existência de um objeto comum, uma identificação em torno de propósitos coletivos pela base comum na qual os sujeitos se identificam e se organizam. • Sujeitos históricos: Os movimentos sociais são constituídos por processos históricos. ➢ Exemplo: Feminismo lutando pela igualdade, decorrente de um processo histórico que o coloca naquela posição. • Acordos políticos: Passa pela noção de política o modo de conviver em sociedade, o exercício de convivência em espaços públicos. Características: • Identidade: • Oposição/ não-institucionalização: As ONGs deixam de ser movimento social. • Regras para ação / planejamento: coisas mínimas como o horário e o local. • Ligação entre movimentos de países diferentes. Desenvolvimentos históricos: corrente histórico/ cultural. • Foco na classe operaria do final do século XIX e início do século XX. Porque parte da luta dos movimentos sociais era para diminuir a desigualdades entre trabalhador e empregador. ➢ Partido político e institucionalidade: não é movimento social. • Apesar do movimento social dos trabalhadores estarem perto dos sindicatos, eles não representam a institucionalização. • Movimento social é parte de um processo típico de transformações da sociedade, se não há movimentos sociais é um país autoritário. • A partir dos anos 50 a figura do operário começa a se transformar, o Brasil foi um país industrializado tardio, desse modo o movimento social dos trabalhadores foi por volta dos anos 70s. • A globalização mudou o cenário do trabalhador, visto que o mundo industrial sofreram mudanças em todo o globo.➢ Há a substituição da mão de obra, seja por outra pessoa para ocupar o lugar ou até mesmo máquinas. desse modo o movimento social dos trabalhadores não tem os mesmos propósitos de antes, essas características não são mais as mesmas. Corrente cultural identitária • Movimentos sociais se formaram a partir deste contexto, entre os 60 aos 70. Todos os movimentos de caráter identitário estão atreladas a essa corrente histórico. • Movimentos que utilizaram muita arte como forma de manifestação, sendo cultural e identitário. Movimentos sociais populares urbanos e rurais • São movimentos sociais de cunho supraestatal (ambientais, anticapitalistas e gênero) • Basicamente sobre movimentos de rua sobre terra e moradia, no brasil os principais são, o movimento sem-terra (reforma agraria) e o movimento sem-teto (pessoas de ruas). • Tradicionalmente associa-se o território ao movimento social, no entanto, hoje em dia há movimentos que pautam coisas que não está ligado ao território no qual ele está inserido. ➢ Os europeus apoiando a causa ambiental no Brasil, da Amazonia. ➢ Movimentos de gênero, pausas de interesses globais. Movimentos sociais questões atuais: • Conexão por redes de múltiplas formas • Simultaneamente locais e globais (Edgar Morin). • São virai • Horizontalidade das redes favorece a cooperação e solidariedade reduzindo a necessidade de liderança formal. ➢ Hoje os movimentos não necessitam de um líder para se ter uma organização dos movimento sociais. Sendo então uma comunicação mais fácil. • Não violentos ➢ Não há tática de ação de violência, a intenção não é ser violento, pode vir a acontecer, decorrente de outras questões, como por exemplo um embate com a polícia. • Fragmentariedade • Essencialmente políticos. Acesso a justiça x acesso ao judiciário: • A definição é de acesso a justiça, no entanto há uma análise mais profunda, no qual percebe-se que há uma distinção entre o que de fato é justiça e ao judiciário. • Uma mudança no judiciário nem sempre concede o acesso à justiça. • O judiciário já vem a anos sobrecarregado, desse modo, pautasse muito sobre a criação de alternativas para conseguir concretizar o ideal de justo. • Negociação: tática usada para tentar resolver seus problemas sem a necessidade de contactar o judiciário a todo o momento, essas habilidades de negociação está tentando ser implantada para os alunos. • Interiorização do judiciário: Apesar dessas questões, houve uma expansão do judiciário pelo interior, facilitando o acesso e diminuindo os obstáculos. • Acesso ao judiciário: ➢ Acesso ao processo: Conseguir propor ação no poder judiciário, ainda há essa dificuldade apesar da interiorização do judiciário, no entanto nem todos ainda tem esse acesso, por falta de praticidade e de logística. ➢ Acesso ao resultado prático do processo: As demandas têm uma permanência de anos para serem concedidas, o acesso ao resultado prático ainda precisa ser avançado no Brasil, há a necessidade de melhorias. Principais questões: • Aspectos econômicos: ➢ Todo processo tem um custo, esse valor é tabelado pelo judiciário o correspondente e cabe as partes pagar isso. Sendo altos ou baixos. ➢ Também há outros gastos relacionados ao processo no judiciário que demanda gastos, como por exemplo: advogado, perícia, etc. ➢ Além do tempo, no Direito literalmente “tempo é dinheiro”, quanto mais tempo dura o processo, mais caro ele fica, pois isso tem um custo social no orçamento publico e privado. • Aspectos educacionais: ➢ A falta de conhecimento dos direitos, sendo uma sociedade no qual se há um obstáculo de acesso a justiça. ➢ Essa ausência de educação voltada para a cidadania impacta diretamente no acesso ao judiciário. ➢ O conhecimento das instituições estatais, saber qual órgão se deve ir para conseguir resolver as questões burocráticas. ➢ A permanência das instituições democráticas, pois com as instituições fixas na cidade a população em massa tende a conhecer e a identificar esses órgãos públicos. • Aspectos culturais: ➢ Toda a cultura gerada entre o poder judiciário é tratado como um espaço que não é acolhedor, pois é um espaço de formalidade, as vestimentas não se atende a maioria da população, a linguagem diferenciada, a arquitetura elevado trazendo uma sensação de grandiosidade, reforçando a imagem hierárquica, etc. ➢ Um local que não é acolhedor, causando um desconforto na sociedade. ✓ Não é uma cultura de acesso. Soluções: • Primeira onda de acesso: ➢ Gratuidade da justiça: Qualquer individua no processo pode requerer a gratuidade da justiça. Sendo necessário a justificativa dessa prática, não há um limite para esse acesso. (Art. 98 – 102 CPC). ➢ Assistência judiciaria gratuita (defensorias públicas): Se tornou obrigatório todos o estados terem defensorias públicas. ✓ Houve uma equiparação da defensoria pública: É importante pois diminuiu a hierarquia, hoje há a valorização do profissional da defensoria, um aumento salarial por exemplo. (emenda constitucional de 2004). ➢ Ampliação da rede de atendimento gratuito (NPJ´s): Os NPJ´s vieram para atender o processos formativo do estudante de direito e contribui para a ampliação do acesso ao direito. • Segunda onda de acesso: ➢ Coletividade dos processos: Autor ➢ Ampliação da legitimidade ativa dos processos e potencialização • Terceira onda de acesso: ✓ Meios alternativos de solução de conflitos (justiça multipontas): ➢ Mediação: Etapa processual, na qual o mediador trabalha com parte que se conhecem previamente, quando está diante de autor e réu, por exemplo: direito de família. Ele não apresenta soluções, mas sim uma mediação para que ambas as partes saiam equiparadas. ➢ Conciliação: Etapa processual na qual o autor e réu não se conhecem, vem para conciliar uma solução. Geralmente através de um acordo. ➢ Arbitragem: Direitos disponíveis, uma nova maneira de uso, em contratos e em empresas, não havendo a necessidade da audiência.
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