Buscar

4f9ebd62-e164-46fd-ac87-e8116a9d41c2.docx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

(
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
 
NAYARA LIMA MIURA BRANDÃO
)
Produção textual InterdiSciplinar individual
Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar
 CEDRAL
2019
NAYARA LIMA MIURA BRANDÃO
Produção textual InterdiSciplinar individual
Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar
Produção Textual Individual apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Educação a Distância; Educação e Diversidade; Metodologia Científica, Políticas Públicas da Educação Básica; Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem; Psicologia da Educação e da Aprendizagem; Ética, Política e Cidadania
Tutora eletrônica: Dalila Cristina de Campos Goncalves
Tutora de sala: Marciane 
CEDRAL
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................... 2
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................... 4
3 CONSIDERAÇÕES ................................................... 1
4 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................... 1
INTRODUÇÃO 
GENEROS E POLITICAS PUBLICAS DA EDUCAÇÃO
Orientado pela teoria das relações de gênero, este artigo examina as principais leis, planos e programas federais que especificam as diretrizes nacionais das políticas públicas de educação no Brasil. Entre os documentos privilegiados para análise destacam-se a Constituição Federal (CF/1988), a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/1996), o Plano Nacional de Educação (PNE/ 2001) e os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (PCN/1997). Mostramos que adotar a ótica de gênero para a análise dessas políticas permite avaliar como elas podem facilitar ou dificultar a aquisição de padrões democráticos, uma vez que a política educacional não tem um papel neutro
. 
POLÍTICAS EDUCACIONAIS – RELAÇÕES DE GÊNERO – SEXUALIDADE – DIFERENÇA ENTRE SEXOS
São grandes a preocupação e o esforço investidos em mudanças na educação básica brasileira nas últimas décadas, principalmente no final dos anos de 1980, com a consolidação da Constituição Federal de 1988, e durante todo o período dos anos de 1990, repleto de reformas educacionais. Esses fatos tornam o intervalo que vai de 1988 a 2002 um recorte histórico importante para a análise das legislações e reformas federais na área da educação. Tais documentos constituem um campo variado de estudos, desde a estrutura curricular, financiamento da educação, avaliação de desempenho e fluxo escolar, formação docente e também aspectos específicos como gênero, raça e direitos humanos. Nosso estudo tratará justamente de um aspecto específico: a dimensão da incorporação do gênero nas políticas públicas de educação. A intersecção das relações de gênero e educação ganhou maior visibilidade nas pesquisas educacionais somente em meados dos anos de 1990, com grandes avanços na sistematização de reivindicações que visam à superação, no âmbito do Estado e das políticas públicas, de uma série de medidas contra a discriminação da mulher. Tais medidas se revelam, porém, plenas de contradições entre a defesa da ampliação dos direitos e a ótica da restrição do papel do Estado nas políticas públicas sociais, entre elas a educação. A produção de conhecimento sobre o atual desenvolvimento de políticas públicas de educação pela perspectiva da redução da desigualdade de gênero no sistema público de ensino brasileiro é ainda escassa e segue a tendência geral das pesquisas de gênero na educação, caracterizadas pela precária divulgação (Rosemberg, 2001). Poucas são as investigações que abordam o impacto da discriminação de gênero nas políticas públicas educacionais, tais como a persistência da discriminação contra as mulheres expressa em materiais didáticos e currículos, a limitação ao acesso à educação e permanência na escola, sobretudo das jovens grávidas, bem como o fracasso escolar que marca de maneira distinta a trajetória escolar de meni- Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 121, jan./abr. 2004 79 O gênero nas políticas públicas... nos e meninas. A escassez dessa abordagem1 espelha-se na raridade de análises densas sobre a discussão acerca da igualdade entre homens e mulheres prevista na Constituição Federal de 1988. As reflexões sobre o atual desenvolvimento de políticas educacionais e suas conseqüências para um sistema de ensino que reproduz de alguma maneira a desigualdade de gênero não foram ainda suficientemente desenvolvidas. Nas escolas, as relações de gênero também ganham pouca relevância entre educadores e educadoras, assim como no conteúdo dos cursos de formação docente. Ainda temos os olhos pouco treinados para ver as dimensões de gênero no dia-a-dia escolar, talvez pela dificuldade de trazer para o centro das reflexões não apenas as desigualdades entre os sexos, mas também os significados de gênero subjacentes a essas desigualdades e pouco contemplados pelas políticas públicas que ordenam o sistema educacional. Portanto, a proposta nesse artigo é identificar o contexto nacional que colaborou para a introdução do gênero nas legislações e reformas federais concernentes à educação e verificar quais os avanços e desafios destas políticas públicas educacionais com vistas ao campo que elas vêm definindo, o da ampliação dos direitos, tendo a educação escolar como uma importante dimensão da construção da cidadania. O que essa ótica de análise pode apontar de novo para a superação de preconceitos e discriminações? Todas as palavras têm uma história, são distintos os símbolos, significados e interpretações que se tem a respeito de determinados conceitos e relações. Ignorar este caráter social e historicamente construído pode ser um grande equívoco quando trabalhamos com o conceito de gênero, cujo cerne é sair de explicações das desigualdades fundamentadas sobre as diferenças físicas e biológicas, afirmando seu caráter social, histórico e político (Scott, 1992, 1995; Nicholson, 2000). Gramaticalmente, o gênero é compreendido como classificação, como o modo de expressão do sexo, real ou imaginário dos seres, como atribuição do masculino e do feminino. Mas, antes que pudesse entrar nos dicionários, o gênero foi utilizado pelas feministas como uma referência à organização social da relação
 2. DESENVOLVIMENTO 
“Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”
O primeiro inciso do artigo 5º da Constituição Federal trata do que chamamos de “igualdade de gênero”. Ou seja, prevê que todas as pessoas, independentemente de seu gênero, são iguais sob a ótica da Constituição. Isso quer dizer que todas e todos devem ter os mesmos direitos, oportunidades, responsabilidades e obrigações. Esse inciso é tão importante que é considerado um direito fundamental, indispensável à cidadania, à sociedade e ao Estado brasileiro..Para compreender o inciso I e a igualdade de gênero prevista nele, precisamos antes entender o Princípio da Igualdade, ou Princípio da Isonomia. Para isso, é necessário retomar a leitura caput do artigo 5º e compreender o conceito de igualdade definido por ele.
O caput do artigo 5º diz o seguinte:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes;”.
Essa igualdade de que trata o caput deve ser entendida tanto como igualdade formal, ou seja, a garantia de que todos os cidadãos e residentes no país devem receber tratamento idêntico perante a lei, quanto como igualdade material, que abraça a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades devem ser levadas em conta em busca de um balanceamento ideal. Dessa forma, cabe ao Estado a função de promover o combate a desigualdades, determinandopolíticas que levem em consideração as especificidades de grupos sociais diferentes. É, então, justamente a partir dessas ideias de igualdade formal e igualdade material que se deve ler o inciso I. Isso é dizer que a igualdade de gênero não ignora a existência de diferenças entre homens e mulheres, mas sim afirma que o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa. O que a igualdade de gênero propõe é que o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa, ou seja, que o gênero não pode ser a causa para que se reconheça a uma pessoa menos direitos ou mais obrigações. Isso significa dizer que a igualdade de gênero abraça a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades devem ser levadas em consideração a fim de garantir que, independentemente de seu gênero, todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades para se desenvolver, com suas ações e vozes sendo valorizadas igualmente. É nessa mesma linha que se deve observar que, para que a defesa dos direitos das mulheres seja efetiva, no sentido de construção de uma sociedade verdadeiramente igualitária e que preza pelo bem-estar e liberdade de todos os seus cidadãos e cidadãs, é essencial que a sociedade dê atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos de mulheres. Assim, a igualdade de gênero só será plenamente concretizada se formos capazes de, por meio da legislação e de políticas públicas adequadas, garantir a todas as mulheres (cis e trans), independentemente de sua cor, origem, orientação sexual ou classe social as oportunidades e direitos necessários para que elas se desenvolvam em toda sua potência. 
 
Qual a importância da família e da escola nesta fase do desenvolvimento? De que maneira o grupo de amigos, de iguais, pode influenciar, tanto positiva quanto negativamente, neste desenvolvimento?
Esse tema aborda a importância da parceria entre escola-família em prol de um ensino de qualidade, hoje é comum em nossas escolas a não participação da família na vida escolar da criança, percebemos que isso acontece por vários motivos, seja ele por falta de interesse ou por falta de projetos ofertados pela escola no qual possam criar elos entre ambos. O conceito de que a educação é responsabilidade da escola é errôneo e só contribui para que esses dois eixos da sociedade sejam cada vez mais distanciados. Os resultados mostram que a parceria escola-família exerce grande importância na formação da criança, visto que é a na família que são trabalhadas as primeiras formações morais e na escola são consolidadas de forma sistematizada. Conclui-se que é necessária a união família-escola na condução do processo educacional das crianças como objetivo comum a estas instituições.
PALAVRAS-CHAVE: Família. Aprendizagem. Parceria. Formação. Escola .....
A sociedade atual em que estamos inseridos vive momentos históricos no que se refere a revolução do conhecimento e da crescente era tecnológica. Apesar deste grande crescimento presenciamos uma extensa desigualdade social no qual afeta diretamente a célula da sociedade que é a família. Podemos observar que o conceito de família sofreu grandes mudanças no decorrer dos anos, a família de hoje é totalmente diferente daquela que conhecemos há alguns séculos atrás, onde era formada pelo pai, mãe e filhos, na qual cada membro tinha seu papel definido. Hoje se pararmos para analisar os papeis estão se invertendo, a figura do pai como chefe da família e como responsável pelo sustento da casa, na sociedade atual fica na maioria das vezes a cargo da mulher.
De acordo com a Constituição promulgada em 1988, no seu Artigo227,
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração e opressão. (BRASIL, 1988, p.148).
A família assumiu uma nova estrutura, onde é constituída por qualquer grupo de pessoas que se unem e vão viver juntos e que tem afinidades entre si. E se houver criança neste grupo, deve haver amor, afeto e acima de tudo seu direito devem ser respeitados. É grande o número de famílias em que a mulher assume a direção, por mais que o pai ainda faça parte do lar mais as responsabilidades são compartilhadas isso é garantido por lei a divisão de responsabilidade na criação dos filhos. Filhos adotivos, gerados por inseminação artificial ou criados por casais homossexuais não modificam o principal objetivo da família: ser um espaço que proporciona a convivência, o amor e a segurança entre seus integrantes. 
O ambiente escolar dever ser de uma instituição que complete o ambiente familiar do educando, os quais dever ser agradáveis e geradores de afeto. Os pais e a escola devem ter princípio muito próximos para o benefício do filho/aluno. A família tem o dever de acompanhar o desempenho escolar da criança, com a responsabilidade de intermediar sua pratica no dia a dia. A escola vai apenas completar o ambiente familiar, uma vez que os primeiros incentivos devem surgir na família, acompanhando diariamente as dificuldades e os avanços e estimulando para que possam aprender cada vez mais. O processo educativo da criança começa no momento que ela nasce e a responsabilidade é toda da família, até porque é o primeiro contato da criança. Tanto a escola quanto a família, são imprescindíveis ao indivíduo, quanto mais forte a parceria entre elas, os resultados serão mais eficazes no desenvolvimento do ser humano, essa parceria deve ser constante quando uma complementa a outra.É de suma importância compartilhar as experiências vivenciadas no dia a dia, seja ela positiva ou negativa sem fazer julgamento daquilo que não deu certo, mais sim procurar melhorar cada vez mais para que se tenha resultados satisfatórios no final.A escola não deveria assumir o lugar dos pais uma vez que fica pouco tempo com a criança, porém, o fazem porque alguns pais tem o discurso pronto de que trabalham e não sobra tempo para educá-los.A escola acaba tomando para si a total responsabilidade de educar, deixando de realizar seu verdadeiro papel que é nortear os caminhos de uma vida profissional para este futuro adulto e consequentemente um futuro cidadão de bem com a responsabilidade de transformar a nação em um país, dando-lhe autonomia e com um caráter marcantemente decisivo para dar a próxima geração um país melhor e amenizando os problemas de nossa atual sociedade.
Chalita (2001, pp. 17 e 18) diz que:
Por melhor que seja essa escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca a escola vai suprir a carência deixada por uma família ausente. Pai, mãe, avó ou avô, tios, quem quer que tenha a responsabilidade pela educação da criança deve participar efetivamente sob pena de a escola não conseguir atingir seu objetivo.
Hoje temos escolas que trabalham em tempo integral com estruturas para receber a criança, por melhor que seja esta escola se não houver parceria com a família os resultados serão sempre abaixo do esperado. Quando pai e mãe acreditam que a escola por terem professores qualificados dão conta da educação total de seus filhos eles estão se isentando da responsabilidade de educar.Sem a presença da família a criança fica desamparada e não consegue acompanhar as informações necessárias para seu desenvolvimento cognitivo.A família e a escola atualmente vivem em um turbilhão de problemas no qual ambas transferem a responsabilidade uma para outra, os pais esperam que a escola resolva os problemas corriqueiros de todos os dias e a escola diz que a responsabilidade é da família.Sem dúvida que a família é responsável pela educação formal e informal dos filhos, porém se os filhos não sentirem afetividade e amor pouco desenvolverão esses valores.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola é uma esfera social por onde caminham conceitos, valores, crenças, relações, etc. As açõesdas crianças constituem acontecimentos baseados em suas interações sociais. As crianças imitam o mundo adulto mesmo desconhecendo o significado de suas ações, apenas reproduzem papéis sociais da forma que vivenciam, por meio de brincadeiras e de forma natural. Elas tomam para si a interação social da vida adulta, e a utilizam para validar a organização criada por elas, fazendo com que essa interação seja interiorizada pelo grupo infantil. Desde a Educação Infantil, as crianças utilizam critérios para a escolha de seus pares ou grupos, traços acentuados e semelhantes dos sujeitos, como idade e gênero, baseado em princípios adultos. Mediante as semelhanças, identificações e socioafetividade, as crianças constroem relações de amizade, e ao mesmo tempo, determinam diferenças e estabelecem competições com o “diferente”. Nenhuma criança nasce com preconceito ou com o desejo de controlar a vida do outro, estes sentimentos são construídos ao longo de sua vida, de acordo com sua vivência e o ambiente que o rodeia. Características de gênero são representadas de formas diferentes de acordo com o contexto social, e faz parte de todo o processo histórico. Sujeitos são influenciados desde a tenra infância por representações de gênero, que moldam os arranjos sociais. A desigualdade entre homens e mulheres é uma construção social,não determinada por diferenças biológicas. De mulheres esperam-se atitudes dóceis e maternais, o papel é cuidar dos filhos, zelar pela família e ser feliz dentro dessas imposições. Em compensação, o papel do homem é o do provedor, o que supre as necessidades materiais da família, o forte e o racional. Porém, esta não é uma regra inquebrável, é uma condição social tão enraizada que se coloca como natural. Cabe lembrar que, ao que se refere às atividades determinadas “femininas”, são vistas sempre como segunda opção. A sociedade determina que mulheres representem papéis secundários, que complementem as responsabilidades com o lar e a família. Cabe lembrar que para que mulheres desenvolvam determinadas atividades, é necessário apenas treinamento para o aprendizado, afinal o útero não determina aptidões nas quais a criança obtém ao nascer. Para que a mudança seja total na consciência de cada um, os indivíduos da sociedade precisam se colocar no lugar do outro. Cabe à experiência de cada pessoa, tentar sentir e ver as situações no lugar do outro para que assim, o preconceito seja eliminado por completo. Como já exposto, a sociedade influencia as atitudes do sujeito desde a infância. Enquanto a escola reproduz esses pensamentos e atitudes, será difícil romper com esses paradigmas. As ações pedagógicas lutam contra preconceitos, em contrapartida, reitera-os em suas ações quando não percebe a personalidade neutra dos sexos, o auxílio que dá aos meninos nas atividades voltadas ao raciocínio e força física, e nas atividades decorativas e frágeis dadas às meninas. Por isso, se torna tão delicado o papel da escola na formação de nossas crianças, pois são elas que determinarão os caminhos futuros de nossa sociedade; elas que definirão os passos a serem dados para o progresso. A desigualdade de gênero na sala de aula é tão clara que se torna algo naturalizado, refletindo explicitamente a sociedade. Meninas continuam enquadradas em atividades manuais que reforçam a ideia da maternidade e delicadeza, e meninos continuam representando poder e inteligência. Os professores reafirmam o preconceito de gênero quando não percebem ou ignoram tais ações. Para lidar com essas situações, os professores devem estar preparados para trabalharem esses conceitos em suas aulas, independente do público alvo. E para isso, os professores precisam se reciclar, se inovar com cursos, palestras e demais ferramentas para que não estacionem em ideias passadas e retrógradas. As pessoas e suas consciências devem ser atualizadas nas novas ideias e novas perspectivas de vidas.
4-.REFERÊNCIAS-BIBLIOGRÁFICAS 
AQUINO, J. C., Diferenças e preconceitos na escola. Alternativas teóricas e práticas. 4ºed. São Paulo: Summus Editorial, 1998.
ARIÈS. P. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
BRASIL, Ministério da Educação e do desporto. Secretária de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: formação pessoal e social. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 2. p. 20.
CANDIDO, A., A estrutura da escola. In: PEREIRA, L.; FORACCHI, M. M. (Orgs.). Educação e sociedade. São Paulo: Companhia Nacional, 1973.
CATANI, D. B., et al. Docência memória e gênero. São Paulo:Escrituras, 1997.
DURKHEIN. E. Educação e sociologia. 5. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1952
GOODE, W.J,; HATT, P.K., Métodos de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973.
GUERRA, Gisele Molina Sapia Almeida; ROMEIRA, Valderês Maria. Violência intrafamiliar contra criança e adolescente: um caso de policia? ETIC-ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, v. 5, n. 5, 2010. Disponível em: <http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewArticle/2020> Acesso: 01/10/2016.
GUIRALDELLI, R. Adeus à divisão sexual do trabalho? Desigualdade de gênero na cadeia produtiva da confecção. Sociedade e Estado, v. 27, n. 3, p. 709-732, 2012.
LAVILLE, C.; DIONE, J., A construção do saber: Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação. 6ªed. Petrópolis: Vozes, 2003.
SÃO PAULO. Secretaria do Governo Municipal. Coordenadoria Especial da Mulher. Gênero e educação: caderno para professores. Secretaria Municipal de Educação, 2003.
SARMENTO, M. J. As culturas da infância nas encruzilhadas da segunda modernidade. In: SARMENTO, M. J; CERISARA, A. B. (Orgs.). Crianças e miúdos: Perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Portugal: Edições Asa, 2004, Cap. 1, p. 9-30.
SILVA, P. B., Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Educação, v. 30, n. 63, p. 489-506, 2007. Disponível em <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=84806306> Acesso em: 08/10/2016.
WALLON, H. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa, 1975.

Continue navegando

Outros materiais