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DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

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15
FACULDADE ANHANGUERA
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE Pedagogia
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
1. débora marostica de paula - 2241136301
2. elenice regina de lima – 225995202
3. Elisiane caldeira – 226169402
4. Scheila dos santos attolini - 22038171
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
Erechim,
2019
5. débora marostica de paula – 2241136301
6. elenice regina de lima - 225995202
7. elisiane caldeira - 226169402
8. scheila dos santos attolini - 22038171
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
Erechim
2019
Trabalho de Licenciatura e, Pedagogia apresentado à apresentado à Anhanguera - Uniderp, como requisito parcial para o aproveitamento das disciplinas Psicologia da Educação e da Aprendizagem, Ética, Política e Cidadania, Políticas Públicas da Educação Básica, Educação e Diversidade, Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem do Curso de Pedagogia.
Tutor a Distância: Nathalia Rosseto Andrade
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 4
2 DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 12
4 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 13
1. INTRODUÇÃO
Na sociedade brasileira a desigualdade de gênero ainda é um fenômeno que faz parte da realidade de diferentes seguimentos sociais. Desde o nascimento já nos é imposto as “coisas de menina” e “coisas de menino” levando-nos a acreditar que nem tudo é para todos e que homens e mulheres tem funções diferentes e pré-definidas que não podem ser modificadas. Essa ideia nos leva as desigualdades sociais, diferenças salariais, violência e descriminação. 
O debate em torno das questões evolvendo igualdade de gênero vem ganhando cada vez mais espaço nos diversos âmbitos sociais. Portanto o presente trabalho tem como objetivo fazer um estudo sobre os Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar, visto que, a escola é um espaço propício ao diálogo e também a transformação social, desempenhando uma grande importância na fase da adolescência por ser um local de formar seres humanos críticos, capazes de refletir sobre a realidade e nela atuarem, valorizando a vida e a cultura. 
2. DESENVOLVIMENTO
A desigualdade de gênero está presente na humanidade há muitos anos, e prevalece até os dias atuais. Já desde o nascimento a sociedade impõe rótulos nas pessoas com certos bordões como, “cozinha é lugar de mulher”, ou, “isso é coisa de homem”, limitando assim a capacidade do indivíduo, e como resultado disso temos desvalorização salarial, repressão, discriminações e violências. 
 Como já visto, desde muito pequenos vivenciamos a desigualdade de gêneros e esta ganha mais força na fase da adolescência por ser um período de amadurecimento em que o ser humano deixa de ser criança e entra na idade adulta, momento em que o indivíduo passa por diversas transformações físicas, psicológicas, hormonais e cognitivas, sendo um período de descobertas dos próprios limites, de questionamentos dos valores e das normas familiares e aceitação aos valores e normas do grupo de amigos em busca da autoafirmação e da independência individual (SILVA & MATTOS, 2004). 
A entrada em um grupo é um acontecimento inevitável na passagem da infância para o mundo adulto, faz parte do processo de elaboração da identidade e normalmente os adolescentes buscam grupos de amigos que tenham os mesmos interesses, os mesmos gostos e desejos, a fim de uma identificação menos conflitante e mais amigável. Quando chega a puberdade, o adolescente não se contenta mais apenas com a rede protetora da família e faz parte do processo de elaboração da identidade e normalmente os adolescentes buscam grupos de amigos que tenham os mesmos interesses,
Porém a família tem um papel fundamental nesse processo, pois oferecem a base inicial, a bagagem de regras e normas necessárias para o social, além de influenciar significativamente no comportamento individual através das ações e medidas educativas tomadas no âmbito familiar (DRUMMOND & DRUMMOND FILHO, 1998 apud PRATTA; SANTOS 2007). 
Ainda autores ressaltam que as normas e os valores que interiorizamos no meio familiar permanecem conosco durante toda a vida, atuando como base para a tomada de decisões e atitudes que apresentamos no decorrer da fase adulta (SARTI, 2004 apud PRATTA; SANTOS, 2007). Sendo assim a família é a instituição de grande significado sobre o indivíduo e é ela que vai reproduzir as relações sociais mais amplas, os valores morais e éticos.
Também a escola desempenha um papel importante na construção das identidades de gêneros, por ser um ambiente em que o adolescente amplia suas relações e atuam de forma a fortalecer seu papel em um novo ambiente. Ainda conforme (LAURO,1997 apud JAKIMIU,2011) a escola como parte de uma sociedade que descrimina, ela produz e reproduz desigualdades de gênero, tais estereótipos às vezes são expostos aos alunos nas salas de aula de maneiras discretas e logo cedo. 
Contudo a escola é um grande aliado ao combate à desigualdade de gênero, por ser um espaço propício ao diálogo e também a transformação social, pois, poderá possibilitar a desconstrução e reconstrução de conceitos, padrões, competências, para que seja possível a formação de alunos responsáveis, participativos, críticos, livres de estereótipos, preconceitos, colaborando assim, para a construção de uma sociedade igualitária para todos. 
Na obra de Winnicott, (2005 apud MACHADO; PEREIRA, 2010), fica evidente a importância do ambiente na sustentação psíquica da vida do indivíduo. No mesmo viés, Vigotsky (2000 apud SANT’ANA, BISPO, 2017) ressalta que o ser humano necessita de condições adequadas para que possa se desenvolver em sua integralidade, ou seja, o meio em que está inserido irá influenciar seu aprendizado e desenvolvimento integral, e, um dos ambientes em que os adolescentes vivem boa parte de seu tempo é a escola, como podemos ver no comentário de Sanches:
Trata-se de um lugar da diversidade e diferenças entre as crianças. Nele, a criança amplia suas referências, antes apenas familiares, conhecendo e tendo acesso a formas e maneiras diferentes de ser daquelas da sua própria casa ou família. Exatamente por isso, a escola é um ótimo campo para as crianças experimentarem suas relações. É muito comum que apareçam questões na escola que não surgem em casa, pois é lá que elas têm a possibilidade de experimentar (SANCHES, 2005, p. 160 apud OLIVEIRA, 2013).
Diante disso Casagrande (2008 apud JAKIMIU,2011) destaca que discutir as relações de gênero no ambiente escolar é de fundamental importância quando se pensa em construir uma educação democrática que possibilite a todos os seus agentes, igualdade de condições e de oportunidades.
 	Neste sentido, o reconhecimento e a abordagem da diversidade constituem o ponto de partida para evitar que as diferenças se transformem em desigualdades e desvantagens entre os estudantes. Isto pressupõe educar com base no respeito às peculiaridades de cada estudante e no desenvolvimento da consciência de que as diferenças resultam de um complexo conjunto de fatores, que abrange as características pessoais e a origem sociocultural, assim como as interações humanas (REVISTA PORAL EDUCAÇÃO, s/d). 
Portanto pensar a escola numa perspectiva da promoção da educação para a diversidade humana implica em superar os inúmeros desafios que ainda persistem neste campo, mas também, reconhecer a escola como um espaço de convívio com a diferença e um dos lugares mais importantes para a discussão e formação de atitudes. Conforme Ortiz (2007), tratar da diversidade na escola requer posicionar-se contra processos de discriminação e preconceitos e também perceberque nos diferentes contextos históricos, políticos, sociais e culturais, algumas diferenças foram naturalizadas e inferiorizadas gerando tensões e conflitos. O mesmo autor ainda contribui dizendo que as sociedades são marcadas pela diversidade e esta existe em situações históricas determinadas, e encontra-se situada num contexto determinado. Toda diferença é produzida socialmente e é portadora de sentido histórico (ORTIZ, 2007). Com essa concepção, compreendemos que a diversidade está inserida na cultura e esta é uma construção histórica criada pelos seres humanos em decorrência de sua adaptação ao meio social nas diferentes épocas e modelos de sociedade, e se constitui em meio a relações de poder politicamente construídas (RIBEIRO; BORELLA, 2016).
Também as ações governamentais e as políticas públicas podem exercer um papel importante diante deste quadro de desigualdades. Na Constituição Federal a igualdade de gênero é um direito fundamental, o artigo 5º, inciso I, da nossa Constituição afirma que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”. Sendo assim podemos concluir que o primeiro inciso do artigo 5º da Constituição Federal trata do que chamamos de “igualdade de gênero”, o qual prevê que todas as pessoas, independentemente de seu gênero, são iguais sob a ótica da Constituição. Todas e todos devem ter os mesmos direitos, oportunidades, responsabilidades e obrigações, o que não quer dizer que ignora a existência de diferenças entre homens e mulheres, mas sim afirma que o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa, ou seja, que o gênero não pode ser a causa para que se reconheça a uma pessoa menos direitos ou mais obrigações. Isso significa dizer que a igualdade de gênero abraça a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades devem ser levadas em consideração a fim de garantir que, independentemente de seu gênero, todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades para se desenvolver, com suas ações e vozes sendo valorizadas igualmente (ANDRIGHI, 2019).
 A igualdade de gênero é um dos pilares para construção de uma sociedade verdadeiramente igual, justa e democrática e para a construção de uma sociedade “livre, justa e solidaria” não pode existir qualquer tipo de preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3°, I e IV, da CF).
 	Contudo para Vianna; Unbehaum (2004), a produção de conhecimentos sobre o desenvolvimento de políticas públicas de educação pela redução de desigualdade de gênero é ainda escassa. O exame da bibliografia sobre as principais normativas federais concernentes à educação evidencia, assim, a resistência à incorporação dos temas da sexualidade e do gênero nas políticas públicas educacionais a nível nacional. (FERREIRA, 2017).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), lançadas em 2012, fazem referência discreta ao tema mencionando tal questão apenas ao propor que o projeto político-pedagógico das instituições que ofertam o Ensino Médio deve valorizar e promover os direitos humanos “mediante temas relativos a gênero, identidade de gênero, raça e etnia, religião, orientação sexual, pessoas com deficiência” (BRASIL, 2012 apud FERREIRA, 2017). 
Nas escolas, as relações de gênero também ganham pouca relevância entre educadores e educadoras, assim como no conteúdo dos cursos de formação docente, provavelmente pela dificuldade de trazer para o meio das reflexões não somente as desigualdades entre os sexos, mas também os significados de gênero subjacentes a essas desigualdades e pouco contemplados pelas políticas públicas que ordenam o sistema educacional. (VIANNA; UNBEHAUM (2004).
Contudo conforme Godinho; Silveira (2004), a ampliação do papel dos governos subnacionais na formulação e implementação de políticas públicas nos últimos anos foi acompanhada pela inclusão de novos temas no campo de atuação dos governos estaduais e dentre os quais, inclui-se a questão de gênero que à nível escolar traz garantia de acesso à educação e a reformulação de livros didáticos e de programas de forma a eliminar referências discriminatória à mulher e a aumentar a consciência acerca dos direitos das mulheres (SUPLICY, s/d apud FARAH). Além disso, percebe-se que o Governo Federal tem empregado na formação continuada de professores o tema, onde os mesmos possam desenvolver uma prática pedagógica em torno da valorização a diversidade, compromisso com o olhar a superação e correção de toda forma de discriminação de pessoas que desafiam a moralidade hegemônica em seus modos de ser e viver. (SOUZA; GRAUPE, 2014).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), a escola é responsável por uma educação que envolva os alunos no meio social, político e histórico do país buscando a cidadania como forma de transformação da sociedade. O documento afirma também que a escola deve valorizar a pluralidade cultural e posicionar-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de orientação sexual, de etnia ou outras características individuais e sociais.
Conforme a Revista Nova Escola (s/d), diversos estudos mostram que as atitudes de professores podem afetar o desempenho educacional de meninos e meninas, bem como as crenças sobre suas capacidades e expectativas sobre o futuro, influenciando suas escolhas pessoais e profissionais. Alguns estudos mostram que é comum a crença entre professores e professoras de que meninos são mais inteligentes e meninas precisam estudar bastante para compensar. Ou que os meninos se notabilizam pela Matemática e Ciências, enquanto as meninas são melhores em Ciências Humanas e ainda que futebol não é jogo para menina como nos foi apresentado na situação problema, em que alguns professores acreditavam que era melhor incentivar as meninas a praticarem esportes “mais femininos”. 
 	Dados como estes mostram como professores e gestores precisam ser orientados a não reproduzir estereótipos e preconceitos dentro da escola, pois toda vez que um aluno (a) são menos incentivados a fazer algo considerado “de menino” ou “de menina”, os estereótipos de gênero funcionam como um freio para todas as possibilidades de aprendizagem que poderiam delinear outro futuro para eles (LINS; MACHADO; ESCOURA, 2016). Dentro de salas, quadras e laboratórios, não pode haver coisas de “menino” ou de “menina”. E, quando surgirem conflitos relacionados a gênero, o assunto deve ser abordado de forma clara, para que sejam convertidos em aprendizado”, diante disso professores e demais profissionais da educação a fim de promover a igualdade de gêneros poderiam adotar algumas atitudes como debates em sala de aula e encorajar a conversa sobre o tema. É importante discutir o assunto para que eles possam desenvolver as próprias reflexões, sendo capazes de concluir por si mesmos o aprendizado bem como desmistificar estereótipos e preconceitos como “isso é coisa de menino” ou isso é coisa de menina’ valorizar a presença e o desempenho femininos na sala de aula, em jogos e atividades olímpicas diversas. Também seria importante que os educadores apresentassem em sala de aula, como os gêneros são vistos em outras culturas e em diferentes períodos, assim os alunos eliminarão a falsa ideia de condição natural. Apresentar também referências positivas das identidades em todas as áreas, seja na ciência, cultura, arte, pesquisa ou esporte, destacando que as mulheres podem ocupar os diferentes espaços sociais.
 Ao tratar da importância de abordar a questão de gêneros em sala de aula, estamos falando de uma escolha que inclua, acolha e ensine a incluir e a escolher. A escola pode atuar na superação do combate a todas formas de desigualdade e violência.
 Os padrões de comportamento pertencentes às culturas, como visto anteriormente, durante muito tempo fundamentaram-se em argumentos biológicos que reproduzem desigualdades sociais relevantes entre os sexos. A diferença entre homem e mulher era abordada de formanaturalizada, pois a diferença orgânica e fisiológica representava o corte simbólico entre homens e mulheres. Teorias foram construídas e utilizadas para "provar" distinções físicas, psíquicas, comportamentais; para indicar diferentes habilidades sociais, talentos ou aptidões, para justificar os lugares sociais, as possibilidades e os destinos "próprios" de cada gênero (RIBEIRO; BORELLA, 2016).
Diante disso podemos entender que, conforme Lauro (1997 apud SANT’ANA, BISPO, 2017), a questão de gênero é vista como uma construção social, cultural, psíquica e biológica pelo qual todo indivíduo está submetido. Visto que desde a fase intrauterina é gerado as expectativas em relação ao sexo do bebê e com isso a idealização dos estereótipos femininos e masculinos (WHITAKER, 1988). Todas essas ideias serão continuadamente transmitidas durante toda a vida do indivíduo, inicialmente com a socialização primária que se dá com a família, secundariamente na escola, e demais grupos aos quais se é inserido e consequentemente influenciado (SANT’ANA; BISPO, 2017).
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que a igualdade de gênero é um dos maiores assuntos propostos na sociedade, sendo ainda um projeto em construção e que mesmo de uma forma superficial, as leias e as políticas públicas visam o bem-estar-social de cidadãs e cidadãos independentemente de seu gênero. Prevista no inciso I do artigo 5º, a Igualdade de Gênero é uma luta de todos e por todos. Ter esse direito assegurado pela Constituição é de inegável importância, mas a história já mostrou que apenas isso não garante sua eficiência prática. A defesa dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero é, portanto, um esforço coletivo e contínuo. E a escola como instituição que educa não pode fechar os olhos para esta questão, sendo necessário que diretores e professores se eduque sobre a temática. O tema Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar deve ser abordado, visto que a desigualdade de gênero é um fato em nosso país e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas, no mundo do trabalho, as hierarquias de gênero, o machismo e o patriarcado dificultam o desenvolvimento integral de nossos adolescentes. A fim de equiparar as oportunidades para todos, os sistemas educacionais precisam promover uma reforma profunda, cuja característica central deve ser a flexibilização do conteúdo curricular e o modo como o currículo é incorporado à atividade escolar.
4. REFERÊNCIAS
ANDRIGHI, Nancy; MAZZOLA, Marcelo. Reflexões Sobre a Igualdade de Gênero no Processo Civil. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-abr-29/opiniao-reflexoes-igualdade-genero-processo-civil. Acesso em: 15 ago. 2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasil, 1988.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Introdução. Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FARAH, Marta F. S. Gênero e políticas públicas. Rev. Estud. Fem. Florianópolis, v. 12, n. 1, p. 47-71, abr.  2004 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. >. Acesso em: 10 set. 2019.
FERREIRA, Luciana. Gênero e sexualidade nas políticas públicas de educação no Rio de Janeiro. In. Anais do Seminário Internacional Fazendo Gênero. Florianópolis, 2017. 
GODINHO, Tatau (Org); SILVEIRA, Maria L. da S. (Org). Políticas públicas e igualdade de gênero. São Paulo: Coordenadoria Especial da Mulher. Secretaria do Governo Municipal: 2004. 
GOMES, Nilma L. Desigualdades e diversidade na educação. Educ. Soc. Campinas, v. 33, n. 120, p. 687-693, set.  2012 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. >. Acesso em: 28 set. 2019
JAKIMIU, Vanessa C. de L. A construção dos papéis de gênero no ambiente escolar e suas implicações na constituição das identidades masculinas e femininas: Uma dinâmica de relação de poder. XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE. 2011. Curitiba. Disponível em: https://educere.pucpr.br/p1/anais.html?; Acesso em 14 set. 2019. 
LINS, Beatriz A.; MACHADO, Bernando F.; ESCOURA, Michele. Entre o azul e o cor-de rosa: normas de gênero. In. (Orgs.). Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo: Editora Reviravolta, 2016.
MACHADO, Daniella de de O.; PEREIRA, Leopoldo F. Contribuições para o estudo da adolescência sob a ótica de Winnicott para a Educação. Psicol. rev. Belo Horizonte. 2010, vol.16, n.1 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677- Acesso em: 03 set. 2019
MARTINELLI, Marli A. R.; PERRUDE; Marleide R. da S. Os desafios da diversidade para a gestão escolar: Revista Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE Artigos 2016, v. l. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 20 set. 2019.
OLIVEIRA, Daniella M. de. O cuidado clínico com adolescentes em ambiente escolar. Psicol. Ensino & Form.  Brasília, v. 4, n. 1, p. 20-40, 2013.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo. >. Acesso em:  02 set.  2019.
ORTIZ, Renato. Anotações sobre o universal e a diversidade. Revista Brasileira de Educação v. 12 n. 34 jan./abr. 2007. Disponível em: 
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PRATTA, Elisângela M. M.; SANTOS, Manoel A. Família e Adolescência. A influência do contexto familiar no desenvolvimento psicológico de seus membros. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 2, p. 247-256, maio/ago. 2007. Disponível em: 
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PORTAL EDUCAÇÃO: Escola e Diversidade. Abr. 2013. Disponível em: 
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RIBEIRO, Jussara. A.; BORELLA, Douglas R. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. 2016, v 2. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br › cadernospde › pdebusca › producoes_pde Acesso em: 28 set. 2019.
 
SANT’ANA, Fernanda S.; BISPO, Letícia C. A Construção social da desigualdade entre gêneros: um estudo da percepção de pais e mães acerca da educação dos filhos. Lins, 2017.
SOUZA, Lúcia A. B.; GRAUPE, Mareli E. Gênero e Políticas Públicas na Educação. In. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, Universidade Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014.
VIANNA, Cláudia P.; UNBEHAUM, Sandra. O gênero nas políticas públicas de educação no Brasil. Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 121, p. 77-104, jan. /abr. 2004. Disponível em: 
www.scielo.br › pdf › v34n121 › a05n121. Acesso em: 23 ago. 2019.

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