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FORMAÇÃO ESTRATÉGICA EM T&D PARA ORGANIZAÇÕES Autoria: Fernando Eduardo Cardoso Indaial - 2021 UNIASSELVI-PÓS 1ª Edição CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090 Reitor: Prof. Hermínio Kloch Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: Carlos Fabiano Fistarol Ilana Gunilda Gerber Cavichioli Cristiane Lisandra Danna Norberto Siegel Camila Roczanski Julia dos Santos Ariana Monique Dalri Bárbara Pricila Franz Marcelo Bucci Revisão de Conteúdo: Bárbara Pricila Franz Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais Diagramação e Capa: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Copyright © UNIASSELVI 2021 Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. C268f Cardoso, Fernando Eduardo Formação estratégica em T&D para organizações. / Fernando Eduardo Cardoso – Indaial: UNIASSELVI, 2021. 119 p.; il. ISBN 978-65-5646-261-5 ISBN Digital 978-65-5646-260-8 1. Treinamento e desenvolvimento. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci. CDD 658 Impresso por: Sumário APRESENTAÇÃO ............................................................................5 CAPÍTULO 1 Necessidades, Desenvolvimento e Benefícios de T&D .............. 7 CAPÍTULO 2 Indicadores e o Papel do Profissional de T&D ....................... 47 CAPÍTULO 3 Métodos, Técnicas e Modelos de T&D ...................................... 83 APRESENTAÇÃO O treinamento e o desenvolvimento são práticas de aprendizagem que podem contribuir para que os funcionários aumentem sua capacidade e conhecimento para aperfeiçoar o desempenho (DERMOL; CATER, 2013). Para Chaudhary e Bhaskar (2016), o treinamento afeta o desempenho do funcionário, buscando o crescimento do comprometimento entre os trabalhadores. Segundo Garcia (2005) e Talwar e Thakur (2016), estudos têm demonstrado que o treinamento e o desenvolvimento têm um impacto significativo na satisfação dos funcionários no trabalho. Este livro está organizado da seguinte forma: primeiramente, no Capítulo 1, sobre necessidades, desenvolvimento e benefícios de T&D, abordaremos a análise das necessidades de treinamento. Em seguida, estudaremos as áreas de desenvolvimento de funcionários e, por fim, abordaremos os benefícios individuais do programa de treinamento e desenvolvimento. No Capítulo 2, sobre indicadores e o papel do profissional de T&D, abordaremos primeiramente o papel do profissional de treinamento e desenvolvimento e, em seguida, analisaremos indicadores de mercado para a gestão do treinamento e desenvolvimento. No Capítulo 3, sobre métodos, técnicas e modelos de T&D, abordaremos primeiramente um roteiro para o desenvolvimento de um programa de treinamento. Em seguida, analisaremos métodos de desenvolvimento de funcionários e, por fim, abordaremos métodos de treinamento e desenvolvimento. CAPÍTULO 1 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D A partir da perspectiva do saber-fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Estudar os conceitos de T&D. Conhecer as necessidades organizacionais de T&D. Desenvolver o pensamento crítico relacionado à necessidade de T&D. Identifi car as áreas que necessitam de T&D. Analisar os benefícios organizacionais e individuais provenientes do T&D. 8 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes 9 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 1 CONTEXTUALIZAÇÃO O desenvolvimento de uma organização, independente do seu setor de atuação, está intrinsecamente ligado aos seus colaboradores. Para isso, segundo Jehanzeb e Bashir (2013), há outros fatores que corroboram de maneira importante. A organização deve zelar pelo vínculo com o funcionário para que este trabalhe de forma comprometida, para garantir esse recurso humano tão valioso. Para os autores, outro fator importante a ser observado é que o colaborador não busca apenas recursos fi nanceiros no seu trabalho, ele busca, também, satisfação profi ssional, dessa forma, tratá-lo apenas como um mero executor de uma demanda é uma negligência que deve ser evitada. Nesse norte, segundo Jehanzeb e Bashir (2013), deve haver investimentos em treinamento e desenvolvimento dos colaboradores para manter sua competitividade e sucesso, uma vez que ter colaboradores capacitados pode ser um diferencial frente aos concorrentes. O treinamento é uma forma organizada de aprendizagem que desenvolve a efi ciência do indivíduo, de um determinado grupo ou mesmo da organização (GOLDSTEIN; FORD, 2002). O desenvolvimento está atrelado à obtenção de novas habilidades e competências, que resultam no crescimento pessoal do funcionário. Segundo Jehanzeb e Bashir (2013), há uma discussão acerca das habilidades e competências entre acadêmicos e profi ssionais da área de treinamento quanto à extensão do impacto de um programa de treinamento e desenvolvimento, uma vez que, para estes, o resultado é efetivo nos objetivos dos colaboradores e nas organizações. Apesar dessa discussão, há um entendimento que é uníssono: o treinamento de funcionários é uma prática complexa, que pode ter um efeito importante no desempenho das organizações (JEHANZEB; BASHIR, 2013). 2 ANÁLISE DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO Segundo Dalto (2013), a necessidade em realizar o treinamento dos funcionários ocorre, em sua maioria, porque a organização identifi ca uma nova oportunidade, carência ou identifi ca um novo problema, seja porque há alguma falha no processo de trabalho, porque o colaborador não está seguindo regras de segurança, ou mesmo porque processos necessários para o desenvolvimento não estão sendo colocados em prática. 10 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes Segundo Jehanzeb e Bashir (2013), pode ser porque as vendas sofreram uma queda, ou então porque surgiu um novo mercado para desbravar, ou mesmo porque um novo produto será lançado. Indiferente de qual dessas causas gere o “start”, nesses momentos é hora de a organização avaliar a necessidade de realizar um treinamento (DALTO, 2013). 2.1 ETAPAS DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO A análise das necessidades de um treinamento engloba, conforme a Figura 1, quatro etapas distintas: três delas analisam os diferentes níveis da organização e outra analisa o problema que deve ser resolvido com o treinamento. As etapas são: • Etapa 1 – Análise da Organização. • Etapa 2 – Análise do Problema. • Etapa 3 – Análise da Função. • Etapa 4 – Análise do Público. FIGURA 1 – ETAPAS DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO FONTE: O autor 11 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 Etapa 1 – Análise da Organização No momento da análise organizacional, deve ser identifi cado o problema ou a necessidade que demanda treinamento, isso representa, na maioria dos casos, preencher uma lacuna entre o desenvolvimento atual e o desenvolvimento que se pretende atingir (DALTO, 2013). Um exemplo seria o caso das vendas estarem baixas e a organização deseja aumentar seu percentual. Etapa 2 – Análise do Problema Nessa etapa, segundo Dalto (2013), o objetivo é analisar o problema e sua causa, feito isso, o próximo passo é verifi car se o treinamento pode solucionar o problema identifi cado. Caso o treinamento possa resolver, deve-se, então, dar continuidade com a análise. No entanto, em algumas situações, é possível que o treinamento não solucione o problema, quando isso ocorrer, outras soluções devem ser indicadas. Caso esse seja o caso, então, não é necessário continuar a análise (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Etapa 3 – Análise da Função Após a realização das etapas 1 e 2, tendo sido identifi cado o problema e estabelecido que é possível supri-lo com treinamento,é necessário então realizar a análise das funções (DALTO, 2013). Nessa etapa de análise, segundo Jehanzeb e Bashir (2013), é necessário determinar os conhecimentos e as habilidades que os colaboradores de cada função precisam ter para realizar suas funções ou tarefas, bem como compreender, então, o que é necessário para satisfazer a necessidade da organização. Continuando nosso exemplo, vamos supor que o treinamento seja para a equipe de vendas e você identifi ca que eles precisam de conhecimento sobre os produtos que a organização vende, habilidades para realizar vendas por telefone, ou mesmo desenvolver a comunicação para atender clientes e responder seus questionamentos. É a partir desses pontos identifi cados que o treinamento deve ser elaborado (DALTO, 2013). Etapa 4 – Análise do Público Nessa fase, segundo Logan (2000), é necessário compreender o público para o qual o treinamento será elaborado e aplicado, só assim será possível projetar o treinamento de maneira que ele mais se encaixe para que possa 12 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes aprimorar o desempenho e suprir a lacuna identifi cada. Alguns pontos que devem ser observados para identifi car o público: • Idade. • Nível de educação. • Experiência de trabalho anterior e conhecimento. • Preferências de aprendizagem (escrita, ministrada por instrutor, e-learning, no campo etc.). • Alfabetização e conhecimentos de informática, se relevante. • Interesses pessoais. • Fatores motivadores. • Horário de trabalho (DALTO, 2013). Deixamos aqui a indicação de leitura de um estudo de caso intitulado O trabalhador com defi ciência na organização: um estudo sobre o treinamento e desenvolvimento e a adequação das condições de trabalho. Resumo: Mesmo apoiados por leis que medeiam a inclusão da diversidade, ainda é difícil o acesso de pessoas com defi ciência ao mercado de trabalho, o que muitas vezes é justifi cado pela baixa qualifi cação profi ssional delas ou difi cultado pelas práticas adotadas pelas empresas. A pesquisa investigou as pessoas com defi ciência, os profi ssionais de recursos humanos e os profi ssionais de segurança no trabalho de duas empresas para avaliar como é realizada a inserção das pessoas com defi ciência dentro das organizações mediante o treinamento e desenvolvimento e sua adaptação ao ambiente de trabalho, considerando que já se passaram 23 anos da aprovação da Lei de Cotas no Brasil. Os resultados demonstram que a Lei de Cotas e o tipo de defi ciência ainda infl uenciam no processo de contratação. Os programas de treinamento e desenvolvimento adotados não utilizam estratégias metodológicas ou tecnologias assistivas para garantir a igualdade de oportunidades para as pessoas com defi ciência. São realizados preferencialmente treinamentos on- the-job. Nem todos os respondentes reconhecem a qualifi cação profi ssional como fundamental no momento da contratação, 13 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 principalmente porque a contratação de pessoas com defi ciência é eminentemente para funções operacionais. Por outro lado, grande parte das pessoas com defi ciência se sente satisfeita e valorizada no seu trabalho. As adaptações no ambiente e o uso de tecnologias assistivas foram reconhecidos como importantes para o desempenho desse grupo. Segue link para baixar a leitura: http://www.spell.org.br/documentos/ ver/39285/o-trabalhador-com-deficiencia-na-organizacao--um- estudo-sobre-o-treinamento-e-desenvolvimento-e-a-adequacao-das- condicoes-de-trabalho/i/pt-br. Caro aluno, acabamos de abordar as etapas das necessidades de treinamento e de desenvolvimento. Essa etapa é importante dentro do planejamento do T&D, bem como tem funcionado como atividade inicial para a execução dos treinamentos e avaliação do desempenho. Agora vamos abordar diferentes áreas de desenvolvimento de funcionários. 3 ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO DE FUNCIONÁRIOS O desenvolvimento contínuo benefi cia todos os funcionários, independente de suas habilidades ou especialidades. As responsabilidades e as funções que agregam em uma organização passam por mudanças constantes e isso exige que o colaborador se molde ao contexto e se adapte ao cenário (MAGAZINE VALAMIS, 2020). O desenvolvimento contínuo benefi cia tanto a organização quanto os funcionários. As organizações precisam se manter competitivas frente aos seus concorrentes para obterem lucro, essa é uma das razões que as levam a investir em seus funcionários (MAGAZINE VALAMIS, 2020). O dinamismo do ambiente, juntamente à evolução tecnológica, é um fator que demanda o desenvolvimento constante dos funcionários por meio do aprendizado contínuo (LOGAN, 2000). Existem sete áreas que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de funcionários (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Vejamos na Figura 2 as habilidades que devem ser desenvolvidas: 14 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes FIGURA 2 – ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO DE FUNCIONÁRIOS FONTE: O autor 1. Flexibilidade. 2. Habilidades de comunicação. 3. Resolução de confl itos. 4. Habilidades de liderança. 5. Habilidades organizacionais. 6. Habilidades de criatividade. 7. Gerenciamento de estresse. Tanto os funcionários quanto os empregadores podem se concentrar nelas juntos. 3.1 FLEXIBILIDADE Considerando o dinamismo do ambiente atual das empresas, os colaboradores devem desenvolver habilidades que lhes auxiliem a se adaptar às situações do trabalho, que estão em constante mudança (TEECE; PISANO; SHUEN, 1997). Funcionários que sejam fl exíveis às mudanças do ambiente se tornam um bem valioso. Adaptar-se às circunstâncias é a chave para a prosperidade do 15 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 ambiente de trabalho. Quando o colaborador é estático, deixa de seguir em frente e acaba desempenhando um mau resultado (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Contudo, segundo Dalto (2013), apesar de necessário, não é tão simples desenvolver a habilidade de se adaptar às mudanças, para isso, é necessário um conjunto diverso de ferramentas de desenvolvimento. Um ponto primordial nesse aspecto é a gestão do conhecimento dentro da empresa, este é um componente que possibilita uma amplitude nas informações que dão suporte, permitindo a captura, a distribuição e o uso do conhecimento da organização como um todo (MAGAZINE VALAMIS, 2020). As sub-habilidades de ser altamente fl exível 1. Capacidade de aprender novas habilidades: o crescimento e a inovação, segundo Logan (2000), são primordiais para o desenvolvimento da organização, sem eles ela pode acabar não acompanhando seus concorrentes. Assim, os funcionários precisam ser treinados para obterem a habilidade de alcançar o processo de aprendizagem contínua (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 2. Adaptabilidade: desenvolver novas habilidades, conhecimentos e compreensão é um ponto necessário, porém, é preciso também obter a capacidade de aplicar essas habilidades nas atividades desenvolvidas. Nesse ponto, a gestão do conhecimento se torna a chave para tornar isso possível (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Pode ser que apenas um único colaborador não consiga aplicar o que sabe para resolver um problema, entretanto, partindo de uma abordagem que envolva mais pessoas, o resultado pode ser diferente e juntos encontrem a solução (DALTO, 2013). 3. Improvisação: mesmo desenvolvendo um bom planejamento, em algumas situações improvisar é necessário para desenvolver alguma tarefa. Pode haver novas tecnologias, desenvolvimentos de marketing ou mesmo designs que a organização nunca testou antes e que por meio da improvisação podem se tornar a forma para atingir o objetivo almejado (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 4. Capacidade de responder a novos problemas ou questões: é nesse ponto que a maior parte das organizações colocará em prática o seu poder de fl exibilização nas ações do dia a dia. Sempre surgirão novos problemas, que algumasvezes não podem ser previstos, no lugar de parar a operação, os colaboradores que têm a habilidade de serem fl exíveis encontrarão a solução adequada, de forma rápida e efi ciente, sem que a organização perca seu ritmo (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 16 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes Maneiras de treinar uma força de trabalho altamente fl exível A seguir, veremos algumas formas de refi nar áreas de desenvolvimento para a fl exibilidade do colaborador: • Treinamento cruzado: segundo Dalto (2013), o treinamento cruzado proporciona não apenas ao funcionário, mas a todos da organização, aprender e avaliar desafi os que as equipes encontram ao desempenhar seus papéis. Para o autor, como colaborador, a capacidade de compreender e lidar com diversos desafi os do local de trabalho gera fl exibilidade. • Alternar o departamento/função/projeto/responsabilidades por um curto período: essas mudanças nas atribuições podem instigar a compreensão de um panorama geral e, consequentemente, desenvolver novas habilidades (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Por exemplo, a posição de um líder de equipe pode auxiliar um colaborador a compreender um fl uxo de demanda e o lado administrativo de um projeto, o papel que precisa ser desempenhado pelos demais membros para que seja bem-sucedido (DALTO, 2013). • Viajar a negócios para outras fi liais: essa é uma forma inovadora de compreender alguns processos. Principalmente nos casos em que envolvem o cliente, estar ao lado dele pode ser a maneira mais efi caz de compreender seus problemas e necessidades, bem como os processos que podem ser aprimorados (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Envolver colaboradores no processo de tomada de decisões: segundo Logan (2000), quando os funcionários fazem parte das tomadas de decisões, eles se sentem mais comprometidos e próximos dos objetivos, o que acaba motivando-os a trabalhar para atingi-los. Isso também auxilia na compreensão dos diferentes panoramas e causas que estão por trás de decisões importantes. • Explicar e compreender o quadro geral: no lugar de focar em questões específi cas de cada tarefa, gestores, supervisores e colaboradores podem se unir para focar no maior impacto que as tarefas individuais têm no objetivo fi nal. Isso permite uma fl exibilidade maior entre as equipes que exercem e as que gerenciam o trabalho (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • O encorajamento dos funcionários, pelos supervisores e gerentes, pode fazer com que eles saiam da zona de conforto e tentem algo diferente (DALTO, 2013). • Atribuir novas metas para funcionários que demonstram interesse em desempenhar novos papéis é outra forma de instigá-los a desenvolverem novas habilidades (LOGAN, 2000). 17 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 • Redes de apoio: comumente, o fato gerador da infl exibilidade no trabalho vem de uma perspectiva de sobrecarga em uma função. Uma forma de evitar isso é relacionando os colaboradores, além de a organização oferecer suporte, como ‘funcionários-chave’ para resolver questões, o que leva o ambiente de trabalho a ser mais fl exível e adaptável (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Feedback: fazer e receber feedback por uma perspectiva positiva é uma tarefa difícil, porém, pode resultar no desenvolvimento de novas habilidades ou mesmo aprimoramento das já existentes, trazendo bons resultados para o desenvolvimento. Críticas construtivas devem ser absorvidas de maneira que agreguem e não como uma “repreensão”. Isso também vale para quem recebe críticas, que deve trabalhar para recebê-las de forma construtiva. Ainda é válido incentivar o feedback como mão dupla, ou seja, repassar o feedback e incentivar o funcionário que recebe a lhe dar também (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Estudo formal: segundo Logan (2000), incentivar o funcionário a buscar outras fontes de conhecimento fora da organização, como cursos, livros, revistas, seminários, todas as fontes que possam contribuir para agregar conhecimento, é válido, a organização pode incentivar de forma a contribuir fi nanceiramente, parcial ou totalmente, desde que se enquadre no plano de desenvolvimento da empresa. • Compartilhar conhecimento entre colegas como forma de aprendizagem também é uma experiência válida. Isso pode ser exercitado com sessões de compartilhamento, aprendizagem social ou mesmo assumindo a forma de aulas particulares (DALTO, 2013). • Objetivo comum: com o mesmo intuito das redes de apoio, as organizações devem encorajar os funcionários a trabalharem em conjunto para alcançar os objetivos comuns da empresa e não os encorajar a competir entre setores para alcançar objetivos isolados (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Outro ponto importante é manter o ambiente leve enquanto encoraja o trabalho em equipe, de forma a desenvolver um ambiente com equilíbrio e harmonia (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 18 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes Feedback Trata-se de uma resposta oferecida ao colaborador como forma de estímulo. Ele é feito por meio de uma avaliação do líder para o liderado ou vice-versa. O objetivo é levar o interlocutor a entender mais o seu comportamento dentro da empresa, mostrando como ele foi interpretado ou recebido pelo próximo. O feedback é um assunto importante para a estratégia de treinamento e desenvolvimento organizacional. Acesse o blog.solides e aprofunde o seu conhecimento sobre feedback. No blog, você vai ver: O que é feedback?; Quais são os tipos de feedback e exemplos de cada um; Como dar feedback construtivo, positivo e negativo; Importância do feedback para a empresa; Benefícios do feedback para os colaboradores e gestores; Entenda como construir um feedback adequado; Como receber e oferecer feedback; Erros que devem ser evitados na hora do feedback; Quais são as principais técnicas de feedback; Como associar o feedback com o perfi l comportamental etc. Disponível em: https://blog.solides.com.br/feedback/. 3.2 HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO A comunicação é um fator crucial da organização, ela precisa ser clara e concisa. Vamos supor que os funcionários estão trabalhando em problemas, sem conhecimento compartilhado, percepções ou diversidade. Segundo Kraiger (2002), o desenvolvimento não será efi caz, é necessário que se crie um diálogo aberto de todos que compõem a equipe. 19 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 Os elementos da comunicação são: • Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a mensagem para um ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma empresa, entre outros. • Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo emissor. • Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo, o conjunto de informações transmitidas pelo locutor. • Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem. • Canal de comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será transmitida, por exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, entre outros. • Contexto: também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão inseridos o emissor e o receptor. • Ruído na comunicação: ele ocorre quando a mensagem não é decodifi cada de forma correta pelo interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo locutor é desconhecido pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; entre outros. FONTE: <https://www.todamateria.com.br/elementos-da- comunicacao/>. Acesso em: 17 ago. 2021. A seguir, veremos algumas formas de desenvolver a habilidade de comunicação: 1. Trabalho em equipe: promover esforços em um grupo e responsabilidades compartilhadas no projeto, incentivar reuniões em grupo, atividades de construção de equipes e metas compartilhadas também podem ser uma forma. Quando for falar sobre a realização e o alcance de metas, utilizar palavras como“nós” no lugar de “eu” é um ponto-chave para o desempenho em equipe (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 2. Colaboração: cada pessoa tem uma perspectiva, habilidade, ideia e conhecimento diferente, utilizar esse fator para encorajar a troca de ideias e o compartilhamento de conhecimento pode ser um ponto-chave no desenvolvimento da equipe (DALTO, 2013). 20 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes 3. Habilidades interpessoais: para assumir o papel de um líder confi ável, ser bom ouvinte e comunicador é imprescindível. Concentrar-se em motivar a equipe e ouvir o que eles têm a dizer pode contribuir muito para o desempenho dos funcionários (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 4. Empatia: segundo Kraiger (2002), colocar-se no lugar do outro antes de criticar é um ponto fundamental. É necessário que se faça uma refl exão sobre o porquê alguém tem uma opinião diferente, ou por que a difi culdade em ter uma opinião a respeito para se tomar algum partido. 5. Habilidades de escuta: estar disposto a ouvir de fato o que o outro tem a dizer também é um fator importante, mantenha-se interessado e engajado no assunto e não ouça apenas esperando o seu momento de falar (KRAIGER, 2002). 6. Falar em público: desenvolver a habilidade de se comunicar para grandes públicos pode ajudar muito no desempenho da comunicação, inclusive quando se tratar de pequenos grupos ou mesmo conversas individuais (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 7. Fazendo apresentações: assim como falar em público, treinar e fazer apresentações também pode elevar o nível da comunicação (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 8. Construção de relacionamento: segundo Kraiger (2002), muitas vezes as pessoas dividem seu cotidiano de trabalho sem fazer ideia de quem é a pessoa que está ao seu lado. Para o autor, estar disposto a conhecer os colegas pode ajudar a compreendê-los melhor, criar afi nidades e construir um relacionamento, isso pode levar um tempo, mas contribui muito no desenvolvimento de tarefas e convivência. Desenvolvimento de habilidades de comunicação Caro aluno, existem algumas maneiras de se contribuir com o desenvolvimento da arte e habilidade de se comunicar. Veja algumas delas: • Reuniões frequentes: é importante que os gerentes se reúnam com frequência com suas equipes, isso instiga também o desenvolvimento da relação entre os funcionários, uma vez que possibilita a troca de informações, ideias e pensamentos (BARTLETT, 2001). • Treinamento formal: habilidades, como identifi car ideias, ouvir e interpretar, podem ser desenvolvidas por meio de treinamento formal. É importante que as organizações invistam em treinamentos que ajudem o colaborador a se comunicar com todas as áreas da empresa, independente do grau de hierarquia (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Segundo Dalto (2013), isso vale para todos os pontos de habilidade, como comunicação escrita, oral, presencial, remota e digital. 21 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 • Designando projetos em grupo: trabalhar em projetos que sejam desenvolvidos em grupo também pode ajudar no desenvolvimento dos colaboradores, tanto de forma individual como coletiva. As dinâmicas em conjunto fomentam a comunicação, promovem o espírito de equipe e auxiliam no desenvolvimento de habilidades interpessoais (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Autorrefl exão: segundo Bartlett (2001), identifi car situações que lhe deixam desconfortável ou incapaz de agir e buscar formas de melhorar isso é uma forma de desenvolver novas habilidades. Nesse ponto, compartilhar informações com outros colegas e entender como eles trabalham essas questões em si também pode ser uma maneira de aprendizado. • Ofi cinas multifuncionais: segundo Bartlett (2001), buscar conhecer diferentes discussões e situações, conhecer pessoas com culturas, personalidades, posições e origens diferentes dentro da organização pode ajudar a desenvolver novos pontos de vista. 3.3 RESOLUÇÃO DE CONFLITOS Quando se trabalha em equipe é preciso ser diplomático, de forma a não gerar confl itos internos desnecessários, porém, ao mesmo tempo, fazer o que é moralmente certo e assumir posições éticas no local de trabalho pode gerar confl ito. É preciso habilidade para navegar nos domínios da ética e da moral, que às vezes são confl itantes. Diferença entre ética e moral Para pensarmos nas diferenças entre ética e moral, devemos recorrer, primeiro, à raiz etimológica dessas palavras. Ética deriva da palavra grega êthos, que quer dizer “caráter”. Ela era utilizada para representar os modos de agir de uma pessoa, ou seja, suas ações e comportamentos. Uma variante de êthos era a palavra éthos, que signifi ca “costume” e pode ser aplicada a uma sociedade. O termo latino que designa éthos é moris, de onde retiramos a palavra moral. Basicamente, ética é o comportamento individual e refl etido de uma pessoa com base em um código de ética ou de conduta que deve ter aplicabilidade geral. É chamado de ética o campo da Filosofi a 22 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes que se dedica a entender e a refl etir as ações humanas (ações morais) e a classifi cá-las enquanto certas ou erradas. Por isso, podemos dizer que ética é uma espécie de “fi losofi a moral”. Moral é, por sua vez, o costume ou hábito de um povo, de uma sociedade, ou seja, de determinados povos em tempos determinados. A moral muda constantemente, pois os hábitos sociais são renovados periodicamente e de acordo com o local em que são observados. FONTE: <https://brasilescola.uol.com.br/fi losofi a/diferenca- entre-etica-moral.htm>. Acesso em: 17 ago. 2021. Signifi cado de mediador: indivíduo que medeia, que intervém, que é responsável por acordos ou pela conciliação entre as partes confl itantes. Quem trabalha como intermediário entre os interessados em fi nalizar um negócio. FONTE: <https://www.dicio.com.br/mediador/>. Acesso em: 17 ago. 2021. A seguir, veremos alguns fatores que podem auxiliar no desenvolvimento dessas habilidades. • Treinamento: segundo Bartlett (2001), a organização pode nomear colaboradores que tenham preparo para funções de líderes, para treinamento de arbitragem e gerenciar confl itos. Os colaboradores mais antigos podem treinar os mais novos sobre como diminuir a ocorrência de situações confl itantes as quais estão suscetíveis. A comunicação, tanto de falar quanto de ouvir em situações estressantes, é um ponto importante que pode ajudar a resolver confl itos no local de trabalho de forma imparcial (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Autoavaliação: quando o colaborador se depara com uma situação que possa colocá-lo em confl ito no local de trabalho, fazer uma autoavaliação pode resultar em ações diplomáticas para se lidar com ele (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Segundo Bartlett (2001), ensinar os funcionários a se portarem em discussões no lugar de confrontar com irritação também é um ótimo ponto de desenvolvimento de habilidades que pode gerar bons resultados. • Profi ssionalismo: fazem parte das boas características éticas de trabalho a autodisciplina, a pontualidade, o senso de justiça, a compreensão, a tolerância e a empatia. Mesmo sendo inerentes ao caráter individual, essas características podem ser desenvolvidas por meio de treinamento (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Segundo Bartlett 23 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 (2001), ajudar colegas que tentam desenvolver esses pontos, ou mesmo trabalhá-los em funcionários novos, é uma forma excelente de desenvolver essas habilidades e melhorar o ambiente de trabalho. Para o autor, os colaboradores devem carregar consigo essas habilidades a todo momento e não apenas quando são “monitorados”, isso auxilia na boa ética de trabalho, criando um ambiente justo, seguro e saudável. Segundo Bartlett (2001), apesar de os pontos anteriores parecerem não ter correlação, eles são intrinsicamente ligados. Afi nal, se a organização trabalhar em conjuntocomo um todo para aprimorar esses pontos, todos buscarão dar o melhor de si, melhorando como indivíduo e a organização como um todo (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Outro ponto importante desse aspecto é que o desenvolvimento tecnológico está melhorando muitos processos, que antes eram manuais e rotineiros e passam a ser cada vez mais automatizados. Com isso, cada vez mais o colaborador se depara com situações complexas que demandam trabalho em conjunto, habilidades sociais e de comunicação, o que leva a necessidade de desenvolver esses pontos ser ainda maior (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 3.4 HABILIDADE DE LIDERANÇA São diversas as formas de liderança, porém, segundo Kraiger (2002), para que ela seja efi caz há algumas habilidades que são imprescindíveis para ser um bom líder. Para o autor, as habilidades relacionadas à liderança são altamente valorizadas pelas organizações, afi nal, líderes efi cazes são necessários para motivar e desenvolver as equipes e ajudá-las a terem sucesso na organização. Tipos de liderança: aprenda sobre os sete principais! • Líder autocrático. • Líder democrático. • Líder liberal. • Líder coach. • Líder técnico. 24 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes • Líder motivador. • Líder carismático. Saiba mais em: https://hsmuniversity.com.br/blog/tipos-de-lideranca/. Um bom líder pode levar a empresa a ganhar destaque no mercado e ultrapassar seus concorrentes, enquanto um líder que não desempenha seu papel de forma assertiva pode tornar o ambiente de trabalho desmotivado, levando os objetivos da organização ao fracasso (MAGAZINE VALAMIS, 2020). A seguir, veremos algumas características que você possivelmente reconhecerá em líderes de sucesso. Traços de líderes de sucesso: • Habilidades de gerenciamento: isso vai além de dar ordens aos funcionários. Um bom gestor deve buscar compreender os funcionários e trabalhos que está gerenciando, de forma a motivar seus colaboradores a desenvolver suas habilidades e dar o melhor de si para fazer as coisas funcionarem da maneira mais efi caz possível (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Autoconfi ança: segundo Kraiger (2002), o gestor não consegue inspirar confi ança nos outros se não exalar confi ança em si mesmo. Contudo, a autoconfi ança deve ser exercida sem que se confunda com arrogância. • Delegação: segundo Kraiger (2002), um dos erros mais comuns de líderes inexperientes é tentar desenvolver o trabalho sozinho. Grandes líderes delegam sem que aquilo pareça uma ordem ou sem ter um ar de superior. • Motivação: a motivação é uma habilidade difícil de ensinar, porém, é fácil de reconhecer. Quando as pessoas começam a participar da tomada de decisões, elas se sentem mais comprometidas com o alcance dos objetivos e também mais motivadas para alcançar os novos objetivos (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Tomada de decisão: segundo Bartlett (2001), a indecisão não é um bom caminho, busque obter informações sólidas e use-as para tomar decisões confi antes e assertivas. • Gerenciamento de equipe: para Kraiger (2002), independentemente do tamanho da equipe, é necessário que haja um líder para garantir o 25 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 desenvolvimento constante entre todos os membros. Para isso é preciso tempo para a equipe reconhecer suas responsabilidades e manter os objetivos alinhados. • Liderança: a liderança de equipe precisa ser vista como algo único em gerenciamento de equipe. Os colaboradores trabalham para um gerente, mas seguem um líder (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Identifi cando problemas: segundo Bartlett (2001), a organização espera que a identifi cação do problema ocorra antes que surjam problemas reais. Líderes com maior experiência podem identifi car previamente as difi culdades antes que elas se concretizem, além disso, eles devem ter a habilidade de diferenciar um problema real de um evento isolado sem grandes consequências. • Desenvolvendo estratégias: segundo Kraiger (2002), é imprescindível desenvolver uma estratégia, não se pode contar apenas com o acaso. Estratégias fortes direcionam o fl uxo de trabalho de maneira mais efetiva. • Planejamento de desenvolvimento: não basta apenas desenvolver uma estratégia, é preciso que haja um cronograma de quando cada objetivo deve ser desenvolvido. Mensurar o tempo de cada projeto é um aspecto importante do planejamento do desenvolvimento (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Resolução de problemas: segundo Kraiger (2002), após a identifi cação de um problema é necessário estabelecer medidas que o solucionem. Para isso, segundo Bartlett (2001), os líderes não devem considerar apenas o que funcionou no passado, mas devem considerar também o que se tem de novo e pode ser usado para lidar com problemas que nunca foram vistos antes. • Pensamento estratégico: planejar movimentos com antecedência e estar preparado para executar os “e se” em um plano de negócios pode defi nir a base para o sucesso de uma equipe (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Todos os pontos vistos anteriormente podem ser lidos como habilidades pessoais que levam a uma coisa só: à arte da boa liderança. Nesse contexto, segundo Bartlett (2001), Kraiger (2002) e Magazine Valamis (2020), apresentaremos ideias de como desenvolver habilidades de liderança: • Mentoria: é necessário ser liderado por alguém para poder se desenvolver como líder. • Treinamento formal: as organizações devem investir em liderança, gestão de pessoas, pensamento crítico e cursos de oratória para seus funcionários. 26 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes • Voluntariado: é válido que os funcionários ofereçam sua experiência de forma voluntária para outros membros da organização, seja para estagiários ou mesmo para um grupo com novos colaboradores, a fi m de auxiliá-los a desenvolverem novas habilidades. • Forças-tarefa: planejar forças-tarefa para trabalhar com novos desafi os nunca vistos na organização é uma boa maneira de se desenvolver novos líderes. Também podem ajudar os funcionários a aprimorarem suas habilidades de tomada de decisão e solução de problemas. • Participação em grupos de trabalho e comitês: esta também é uma boa forma de aperfeiçoar as habilidades de liderança. Ela auxilia os funcionários a desenvolverem autoconfi ança em suas habilidades como colaboradores individuais desses grupos de trabalho. • Mude a forma como a responsabilidade é assumida: frequentemente, o medo do fracasso é o fator mais limitante da inovação e da criatividade, uma forma de trabalhar isso é dar um projeto, com permissão para falhar, para esses colaboradores. Pode haver um colaborador com grandes ideias e com a possibilidade de excelente desempenho, mas que é impedido pelo medo e sob uma atmosfera segura pode demonstrar todo o potencial. 3.5 HABILIDADES ORGANIZACIONAIS Para desenvolver diversas tarefas de maneira efi caz e efi ciente, é necessário um conjunto específi co de habilidades: • Priorização: nem sempre deve ser priorizado o que é mais importante agora, mas, sim, o que precisa ser concluído primeiro, de forma a permitir que todas as outras atividades do quadro geral se desenvolvam (DALTO, 2013). • Gerenciamento de tempo: é primordial saber distribuir e utilizar o tempo. Quando se desenvolvem bons hábitos e se otimiza o fl uxo de trabalho diário, é possível aproveitar todas as horas disponíveis em um dia (LOGAN, 2000). • Multitarefa: o colaborador que consegue desenvolver diversas tarefas ao mesmo tempo sempre acaba saindo à frente dos demais. Contudo, é preciso encontrar um equilíbrio, de forma a otimizar essa habilidade e não deixar que ela atrapalhe a qualidade do trabalho realizado, pois não é difícil termos um retorno negativo quando tentamos fazer muitas coisas ao mesmo tempo (LOGAN, 2000). 27 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 • Gerenciando compromissos: é importante distribuir tempo sufi ciente para cada compromissoe adicionar um pouco de tempo intermediário caso ocorram atrasos. Não planejar corretamente as atividades diárias pode levar prejuízos para toda a organização (DALTO, 2013). • Produtividade: não consiste apenas em desenvolver as tarefas, mas, sim, fazer as coisas acontecerem. Se um colaborador leva duas vezes mais tempo para fazer algo em relação a um colega, reavalie e obtenha informações sobre o que torna um tão mais efi ciente do que o outro (DALTO, 2013). • Programar: o ponto crucial aqui são os detalhes. É preciso utilizar um formato repetível que responda a todas as perguntas: quem, quando, onde e o quê. • Cumprir os prazos: há uma razão para haver um prazo estabelecido para uma determinada tarefa. É necessário se atentar para cumprir todos os prazos, caso ocorra de um prazo ser perdido, deve ser avaliado o porquê. O prazo era irreal? Não há mão de obra sufi ciente? Planejamento defi ciente? (LOGAN, 2000). Essas áreas de desenvolvimento de funcionários estão sob o domínio da gestão do trabalho. Diversos autores tratam da temática de como os empregadores e os funcionários podem trabalhar unidos de maneira inteligente. Bartlett (2001), Kraiger (2002), Magazine Valamis (2020) e Logan (2000) apresentam algumas ideias para o trabalho unido entre empresário e funcionário: • Orientação inequívoca: segundo Bartlett (2001), é comum os funcionários desperdiçarem muito tempo em razão de não terem recebido orientações sufi cientes e claras sobre o que precisa ser feito. Se os líderes reservarem um tempo para trabalhar de forma próxima com sua equipe, mantendo as expectativas de resultados evidentes, os colaboradores conseguem distinguir a importância e podem priorizar e gerenciar melhor as tarefas. • Delegação: segundo Kraiger (2002), uma forma de desenvolver várias tarefas ao longo do dia é aprender a delegar. Ter a habilidade de passar a corresponsabilidade para os funcionários, principalmente se algum tem mais habilidade para fazer a tarefa em mãos, é uma ótima maneira de realizar em conjunto mais tarefas do que você pode realizar sozinho. • Colaboração: incentivar os colaboradores a desenvolverem projetos conjuntos e colaborando uns com os outros em objetivos comuns é outra maneira efi caz de aprimorar habilidades multitarefas. Se o projeto em questão for multidisciplinar e a equipe for pequena, os membros precisarão desenvolver suas habilidades para realizar mais de uma 28 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes tarefa simultaneamente para concluir o projeto com sucesso (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Rastreando e analisando o tempo: para Kraiger (2002), uma ótima estratégia para o colaborador gerenciar onde o tempo é gasto é identifi car, por meio de logs ou aplicativos de rastreamento de tempo, e então analisar os dados sobre a duração para o desenvolvimento de cada tarefa sob sua responsabilidade. Depois de ter uma base sobre onde passa a maior parte do seu tempo e como está aproveitando-o, será mais fácil identifi car o que deve ser priorizado e o que deve e pode ser feito em menos tempo, possibilitando gerenciar melhor sua agenda de trabalho (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Tecnologia: segundo Bartlett (2001), a organização deve apoiar os esforços de gerenciamento de tempo dos funcionários e equipá-los com tecnologia sufi ciente para ajudá-los a trabalhar de forma inteligente. Um exemplo disso é incentivar o uso de ferramentas de gerenciamento de trabalho e planejamento de projeto ou, mesmo, possibilitar o acesso a softwares de comunicação remota, que permite economizar tempo nos trajetos relativos a compromissos de trabalho. 3.6 HABILIDADE DE CRIATIVIDADE Inspirar a criatividade normalmente é o que leva ao desenvolvimento de uma inovação. Ter como estratégia incentivar os colaboradores a compartilharem ideias torna a organização um local de trabalho criativo e inovador (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Conceito de criatividade A palavra criatividade vem do latim creatus, que signifi ca criar, do verbo infi nitivo creare. De acordo com o Dicionário Houaiss, a criatividade pode ser defi nida como a qualidade ou característica de quem é criativo; inventividade; inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar e inovar. O Dicionário Aurélio defi ne criatividade como capacidade criadora, engenho, inventividade; capacidade que tem um falante nativo de criar e compreender um número ilimitado de sentenças em sua língua. FONTE: <https://administradores.com.br/artigos/o-que- e-criatividade>. Acesso em: 17 ago. 2021. 29 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 É fundamental a implementação de algumas práticas para desenvolver a criatividade: • Ensinar aos funcionários a importância da criatividade, instigando-os para que busquem desenvolvê-la ou mesmo investir tanto nela quanto em outras habilidades, reservando um tempo para formular ideias. • Implementar o compartilhamento em grupo, passeios em equipe com foco em desenvolver novas ideias ou mesmo caixas de sugestões. • Buscar novas perspectivas sobre situações rotineiras ou antigas pode ser uma ótima solução para enfrentar problemas velhos ou desenvolver novos processos. • Apoiar ideias, mesmo que inicialmente não pareçam revolucionárias, instiga os colaboradores a se manterem entusiasmados a apresentar ideias sempre que tiverem. Da mesma maneira, as novas ideias sempre têm uma certa quantidade de risco, ou seja, quando a aplicação de uma delas não der certo, ninguém deverá ser punido, por outro lado, sempre que uma der certo o colaborador deve ser reconhecido (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Caro aluno, a seguir, veremos técnicas que devem ser desenvolvidas com o intuito de aprimorar um conjunto de habilidades. Com isso, o ambiente de trabalho criativo pode prosperar e produzir resultados inovadores. • Pensamento criativo: para Bartlett (2001), nem todas as soluções os funcionários encontram na internet, por exemplo. Buscar novas resoluções é a melhor maneira de explorar a inovação. • Brainstorming: para Kraiger (2002), utilizar várias ideias para se chegar a uma solução também é uma boa forma de se conduzir. • Conceitualização: extrair observações, experiências e dados para formar uma compreensão prática acerca das ideias que são difíceis de explicar (KRAIGER, 2002). • Pensamento crítico: para Bartlett (2001), é necessária uma objetividade completa para se destacar no pensamento crítico. É válido avaliar uma questão com base em dados para formar um entendimento. • Curiosidade: conforme Logan (2000), a curiosidade leva a instigar questões, principalmente quando há interesse pessoal envolvido. Perguntas, como “por quê”, comumente levam a uma compreensão mais profunda de um problema. • Prospectiva: prever o que está por vir obviamente tem seus benefícios. A prospectiva pode ser adquirida tanto pela observação de trajetória como na experiência em um campo específi co (MAGAZINE VALAMIS, 2020). 30 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes • Imaginativo: para Bartlett (2001), a inventividade é produto da imaginação, portanto, é fundamental exercitar o lado imaginativo buscando ser original ou fazer algo novo e deixar de lado pesquisas e ideias já desenvolvidas sobre um determinado tópico. • Inovador: para Logan (2000), é essencial utilizar o que já é preestabelecido para desenvolver novos métodos ou avanços, por exemplo, achar novas formas de se utilizar um mesmo processo, ou novos resultados que esse processo pode trazer. Signifi cado de Brainstorming: tempestade de ideias; técnica defi nida pela apresentação espontânea de pensamentos e ideias, tendo como propósito solucionar alguma questão, problema ou produzir algo criativo. FONTE: <https://www.dicio.com.br/brainstorming/>. Acesso em: 17 ago. 2021. 3.7 GERENCIAMENTO DE ESTRESSE Gerenciar o estresse é uma habilidade difícil, mas que as empresas podem promover. Os benefícios de proporcionar um ambientede trabalho menos estressante são extremamente benéfi cos tanto para os colaboradores quanto para a organização (MAGAZINE VALAMIS, 2020). Segundo Bartel (2000) e Magazine Valamis (2020), há algumas maneiras para reduzir o estresse no local de trabalho: • Estabelecer metas claras torna a equipe muito mais confortável. Fazer com que saibam exatamente no que precisam se concentrar, como desenvolver, por que e quando é o prazo (BARTEL, 2000). • Incentivar o movimento e planejar a jornada de trabalho: deve-se considerar até mesmo salas de ginástica no local, tanto fazendo exercícios como na própria mesa de trabalho, ou ainda com uma caminhada após o almoço. Os colaboradores devem ser instigados a se levantarem e se movimentarem. É preciso fazer pausas durante o dia (BARTEL, 2000). 31 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 • Desenvolver exercícios para aliviar o estresse na mesa ou no espaço em que se trabalha. Podem ser técnicas de relaxamento, alongamento, ou mesmo uma “ioga em pé” para ajudar a tornar o dia de trabalho menos estressante (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Apoiar os esforços dos funcionários na gestão do estresse, proporcionando acesso a aconselhamentos sobre a questão. À medida que os funcionários usam esses serviços, eles tendem a desenvolver as habilidades necessárias para gerenciar melhor e de forma contínua as situações estressantes do cotidiano (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Repassar a importância de treinamentos para administrar o tempo. Fazer com que os funcionários separem um momento no início de cada dia para planejar e priorizar as tarefas que devem ser desenvolvidas (MAGAZINE VALAMIS, 2020). • Oferecer um ambiente de trabalho fl exível, considerando que um dos maiores estresses para um colaborador é o equilíbrio entre a vida familiar, os afazeres domésticos e o trabalho. Se o trabalho estiver sendo concluído com êxito e dentro do prazo, não é necessário enfatizar o cronograma tradicional de trabalho. Se as coisas surgem, permita que o funcionário cuide delas sem adicionar essa pressão adicional (BARTEL, 2000). 1 Uma análise completa das necessidades de treinamento inclui quatro estágios diferentes – três que analisam os diferentes níveis da sua organização e um que analisa o problema que o treinamento pretende resolver. Quais são os quatro estágios de uma análise completa das necessidades de treinamento? 2 Imagine uma equipe criativa, fl exível, comunicativa, multitarefa e com uma ética de trabalho excepcional, capaz de resolver problemas e priorizar! Todos ganham – o funcionário e a organização. Para tanto, sete áreas-chave de desenvolvimento de funcionários são recomendadas, uma delas é a fl exibilidade. Comente sobre cada uma das sete áreas-chave de desenvolvimento. 32 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes 4 BENEFÍCIOS DO PROGRAMA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Os benefícios dos programas de treinamento e desenvolvimento podem ser tanto individuais como organizacionais. FIGURA 3 – BENEFÍCIOS DOS PROGRAMAS DE TREINAMENTO E DE DESENVOLVIMENTO FONTE: O autor Caro aluno, a seguir, detalharemos os benefícios individuais e para a organização. 4.1 BENEFÍCIOS INDIVIDUAIS DO PROGRAMA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Entre os benefícios individuais dos programas de treinamento e desenvolvimento, podemos destacar três: 33 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 • Competências de carreira. • Satisfação do funcionário. • Desempenho do funcionário. Competências de carreira Segundo Jehanzeb e Bashir (2013), é possível que os colaboradores obtenham muitos benefícios de programas de treinamento e desenvolvimento. Os trabalhadores podem aprender a desenvolver e aprimorar as habilidades básicas e técnicas exigidas por suas funções. Nos últimos 30 anos, o desemprego atingiu suas taxas mais baixas, o que gera um desafi o para os trabalhadores começarem um novo trabalho se as oportunidades de crescimento forem menores (DOBBS, 2000). Profi ssionais que se inserem na indústria da tecnologia da informação têm a premissa de que o conhecimento é autoridade e é necessário para reter as suas capacidades e talentos de acordo com as exigências atuais do mercado (JEHANZEB; BASHIR, 2013). Grande parte dos colaboradores reconhece a importância do programa de treinamento e almeja aumentar seu salário (DILLICH, 2000). Profi ssionais jovens que tenham ambições empreendedoras sabem que um empecilho é a falta de experiência e dinheiro para investir, portanto, eles procuram ingressar em empresas que oferecem programas de treinamento para preparar seus funcionários para a melhoria do futuro (FELDMAN, 2000). Esses programas de desenvolvimento auxiliam os colaboradores a sobreviver no futuro e a desenvolver habilidades que os preparem para lidar com as novas tecnologias. Para Jehanzeb e Bashir (2013), as constantes mudanças de mercado, cumuladas às novas tecnologias desenvolvidas, vêm instigando os profi ssionais a aprimorarem suas capacidades para sustentar seu emprego. Essa situação leva um número considerável de funcionários a aprimorarem suas ações de forma a deixarem de buscar serem promovidos dentro de suas organizações para trabalhar e se desenvolver fora dela (FELDMAN, 2000). Assim, se antes os trabalhadores costumavam preparar um plano de 10 anos para o seu futuro, hoje, isso sofre alterações constantemente, alterando os planos em uma média de dois anos, de acordo com a mudança de tecnologia e informação (WILSON, 2000). 34 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes Para os colaboradores, os programas de treinamento podem ser direcionados para auxiliá-los a atingir as funções superiores e remuneração mais alta (FENN, 1999). Além disso, ajudá-los a melhorar suas habilidades e conhecimentos para lidar com as necessidades futuras leva à satisfação no trabalho e ao desenvolvimento da organização. Satisfação do funcionário Os funcionários não têm nenhum sentimento sobre suas organizações se eles pensam que suas organizações não se preocupam com eles (GARGER, 1999). Organizações que estão dispostas a investir dinheiro em seus funcionários dão valor ao trabalho, mesmo que esse investimento eventualmente benefi cie a organização (WILSON, 2000). As organizações que incentivam programas de treinamento e desenvolvimento para seus funcionários apresentam alto nível de satisfação e baixo índice de rotatividade (WAGNER, 2000). O treinamento proporciona uma maior confi abilidade da organização pelo fato de os funcionários reconhecerem que sua organização está investindo em sua carreira profi ssional (ROSENWALD, 2000). A fi delidade com a empresa, segundo Jehanzeb e Bashir (2013), não pode ser mensurada, mas é substancial para a recompensa intrínseca que o funcionário sente. O funcionário se sente seguro e deseja permanecer na empresa ao perceber que está depositando seus trabalhos e habilidades no resultado fi nal de sua organização (LOGAN, 2000). Os funcionários que estão realizados com o seu trabalho acreditam que a sua atividade tem um propósito e é fundamental para a sua organização (JEHANZEB; BASHIR, 2013). Habitualmente, os bons funcionários não deixam o emprego por questões fi nanceiras. Embora o salário e os benefícios apresentem um papel fundamental na seleção e retenção dos funcionários, os funcionários estão atentos às oportunidades de aprender novas habilidades, de obter o encontro de diferentes funções e de procurar o desenvolvimento pessoal e profi ssional (WAGNER, 2000). Dessa forma, alimentar esses requisitos facilita a confi ança, a autoestima e a gratifi cação no trabalho dos funcionários (NUNN, 2000). Desempenho do funcionário O treinamento, segundo Barber (2004), tem efeitos positivos no desempenho dos funcionários. As aptidões técnicas e profi ssionais são muito importantes para que os colaboradores desempenhem um trabalho de forma efi caz. SegundoJehanzeb e Bashir (2013), proporcionar mecanismos de treinamento pode aumentar o desempenho dos funcionários. 35 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 4.2 BENEFÍCIOS ORGANIZACIONAIS DO PROGRAMA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Entre os benefícios organizacionais dos programas de treinamento e desenvolvimento, podemos destacar três: • Crescimento do mercado. • Desempenho organizacional. • Retenção de funcionários. Crescimento do mercado As tradicionais atividades de desenvolvimento de funcionários são fundamentais para todas as organizações se manterem fortes e competitivas no mercado. Mesmo sendo caro para a organização investir recursos fi nanceiros com seus funcionários, esse investimento é positivo para manter sua posição no mercado (FENN, 2000). Segundo Greengard (2000), a Sociedade Americana de Treinamento e Desenvolvimento apresentou dois motivos que são signifi cativos para o conhecimento do funcionário: • primeiro, os funcionários identifi cam o valor do treinamento e o valor comercializável pela organização; • segundo, os CEOs das empresas entendem a rapidez com que as informações estão sendo transferidas no ambiente de negócios atual. Segundo Fenn (2000) e Greengard (2000), as organizações são obrigadas a desenvolver e manter esse ambiente de aprendizagem para os funcionários, ampliando o conhecimento da organização e a capacidade competitiva, porém, os programas de treinamento de funcionários apresentam um preço alto, mas têm um impacto positivo no retorno do investimento. A Microsoft e a General Electric Company percebem as oportunidades de treinamento como um investimento (KLEIMAN, 2000). Segundo Wagner (2000), a Sociedade Americana de Treinamento e Desenvolvimento identifi cou uma relação entre fi nanciamento em programas de desenvolvimento de funcionários e maiores receitas no mercado de ações e apresentou que as empresas que aplicam uma média de 1,5 mil dólares por funcionário no aprendizado obtiveram 24% de aumento no lucro bruto e mais 36 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes de 200% de aumento na receita de cada funcionário em vez daquelas que gastam menos em treinamento e desenvolvimento de funcionários. Investir no desenvolvimento de funcionários é uma condição fundamental para indivíduos e organizações (ROSENWALD, 2000). Todavia, os programas de treinamento e desenvolvimento de funcionários, além de aumentar o lucro das organizações, também proporcionam diferença dentro do seu mercado nativo (ROSENWALD, 2000). Para o autor, as organizações podem praticar oportunidades de treinamento e desenvolvimento para apoiá-las, disponíveis para os funcionários atuais, funcionários em perspectiva e clientes da empresa. Por último, segundo Wagner (2000), as organizações podem utilizar programas de treinamento e desenvolvimento de funcionários para melhorar sua aparência como melhor empregador no mercado de trabalho. Desempenho organizacional O treinamento é considerado uma das atividades mais importantes e contribui para a efi cácia organizacional (SCHULER; MACMILLAN, 1984). O investimento em programas de treinamento e desenvolvimento organizacionais gera impacto nas organizações, criando melhorias no desempenho individual e organizacional (BARTEL, 2000). Blundell et al. (1999) mencionaram a causalidade entre o treinamento e a efi cácia da organização. Segundo Bartlett (2001), uma das maiores difi culdades dos programas de treinamento e desenvolvimento é propor uma fórmula matemática efetiva para medir o desempenho da organização. Blundell et al. (1999) argumentam que a falta de dados adequados e as difi culdades metodológicas difi cultam a análise adequada do impacto da valorização do recurso humano e do desempenho da organização. De forma a analisar a efi cácia do programa de treinamento e desenvolvimento é recomendado verifi car diretamente a relação de treinamento e comprometimento organizacional. Estudos mostram que o desempenho e as atitudes construtivas com relação ao trabalho dependem especialmente da percepção dos funcionários sobre como eles pensam que suas organizações estão cuidando deles (ALLEN; SHORE; GRIFFETH, 2003). Entretanto, o mesmo fator é confi ável como modelo de troca social. Segundo Blau e Boal (1987), o acordo emocional entre empregador e empregado é o elemento central do desempenho organizacional. Para Greengard (2000), a teoria das trocas sociais tem origem nas organizações quando estas resolveram cuidar dos interesses de seus funcionários. 37 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 Segundo Settoon, Bennett e Liden (1996), os funcionários retornam com atitudes otimistas e respostas comportamentais que dão suporte à organização. Para Bartlett (2001), o treinamento pode ser usado para instigar os resultados desejados, que podem conter um maior comprometimento organizacional. A instalação do programa de treinamento e desenvolvimento é obtida com o consentimento dos funcionários de que suas organizações precisam entrar em um intercâmbio social com eles. Esse acordo de troca social produz um vínculo psicológico duradouro entre o funcionário e a organização (GARROW, 2004). Retenção de funcionários A retenção de funcionários é uma atividade complexa e não existe uma métrica, um processo ou mesmo um método específi co para reter funcionários na organização. Diversas organizações revelaram que uma das características que ajudam a reter os funcionários é oferecer a eles oportunidades de aprimoramento do aprendizado (LOGAN, 2000). Segundo Rosenwald (2000), existe uma forte relação entre o treinamento e desenvolvimento de funcionários e a retenção de funcionários. As empresas devem observar que funcionários capacitados e experientes são recursos importantes e as empresas têm que enfrentar o desafi o de retê-los (GARGER, 1999). Dessa forma, as empresas que oferecem programas de treinamento e desenvolvimento para os seus funcionários estão obtendo sucesso em retê-los. Em empresas onde os gerentes fornecem ajuda aos seus funcionários para se desenvolverem profi ssionalmente, a rotatividade é quase 45% menor quando comparada com as demais empresas. As organizações que oferecem programas de desenvolvimento de funcionários estão obtendo sucesso com a retenção (LOGAN, 2000). Um projeto efi caz de programa de treinamento, segundo Logan (2000), também pode aumentar a retenção entre os funcionários. O processo de retenção de funcionários é um movimento voluntário das organizações para criar um ambiente que envolva os funcionários por um longo prazo (ROSENWALD, 2000). Para uma retenção mais efi caz, orienta-se que as organizações possam incluir um programa de treinamento e desenvolvimento que classifi que as atribuições, os requisitos e as expectativas dos voluntários (KLEIMAN, 2000). 38 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes A avaliação de desempenho sempre foi um tema polêmico, mas afi nal como fazer uma avaliação de desempenho? Saber como fazer uma avaliação de desempenho efi ciente é um dos vários desafi os que estão presentes na rotina dos gestores que almejam aumentar o desempenho profi ssional, melhorar a produtividade e alavancar o sucesso das organizações, preservando a qualidade de vida de seus colaboradores. Acesse o link e aprenda como fazer uma avaliação de desempenho: https://menvie.com.br/como-fazer-uma-avaliacao-de-desempenho/. O que fazer depois da avaliação de desempenho? Há muitos materiais provenientes de diversos estudos na área de Recursos Humanos que dizem como uma empresa deve se preparar para uma avaliação de desempenho, como realizar ou como participar de uma avaliação de desempenho. Com uma perspectiva diferenciada, este artigo lhe dirá o que fazer depois de uma avaliação de desempenho, que é tão importante quanto o processo de avaliação. Acesse o link e aprenda o que fazer depois da avaliação de desempenho:https://menvie.com.br/avaliacao-de-desempenho-2/. Caro aluno, analisaremos com profundidade nos próximos capítulos essa questão sobre a avaliação de desempenho. 1 Os benefícios dos programas de treinamento e desenvolvimento podem ser tanto individuais como organizacionais. Descreva estes benefícios: 39 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 Como fazer um bom LNT (Levantamento das Necessidades de Treinamento)? O treinamento pode transformar uma organização. Trata- se de uma forma de dar ao seu pessoal as habilidades e aptidões necessárias para prosperar – principalmente no mundo repleto de novidades em que vivemos. Pode até ser a vantagem que a sua organização precisa para fi car à frente da concorrência. Um bom Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT) é o primeiro passo para colocar isso em prática. É difícil exagerar a importância do treinamento no local de trabalho de hoje. Não estamos falando apenas do desenvolvimento de novas habilidades, mas também de uma forma de mudar a cultura da sua organização e revolucionar o modelo de negócio. Isso signifi ca que um LNT é extremamente importante. É sua chance de traçar o caminho para o sucesso do treinamento. Se você acertar, fornecerá o treinamento certo, da maneira certa, para as pessoas certas. Por outro lado, pular completamente um Levantamento das Necessidades de Treinamento pode comprometer a qualidade dos seus programas de treinamento e desenvolvimento. Devemos lembrar sempre que a perspectiva do treinamento não pode ser somente relacionada ao que já fazemos, mas talvez o mais importante seja lembrar de preparar as pessoas para o que deveremos fazer de forma diferente para encarar a concorrência ou mesmo antecipar-se a ela. Neste artigo, veremos algumas dicas que vão ajudá-lo a fazer um bom Levantamento das Necessidades de Treinamento. Confi ra. O que é um Levantamento das Necessidades de Treinamento? Um Levantamento das Necessidades de Treinamento é um processo que ajuda a analisar o estado do treinamento da sua organização. Com isso, você pode identifi car as lacunas de conhecimento que sua organização precisa preencher. Depois de saber o que está faltando, você pode delinear suas prioridades e defi nir sua estratégia para programas de treinamento e desenvolvimento. 40 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes A realização de um LNT antes de você começar a montar seu programa de treinamento é uma etapa crucial para desenvolver materiais de treinamento mais efi cazes e otimizar o uso do seu tempo. A importância de um LNT Um Levantamento das Necessidades de Treinamento é uma das etapas mais importantes em qualquer campanha de treinamento. Veja quais são suas principais contribuições: Foco nas áreas de maior necessidade Um LNT vai ajudá-lo a entender as habilidades e as aptidões que sua organização precisa ter para avançar. A partir desse entendimento, torna-se possível elaborar treinamentos que realmente impactam positivamente em desempenho e resultados. Menos tempo perdido com treinamento irrelevante O Levantamento das Necessidades de Treinamento dá a você uma compreensão clara do quadro geral. Com esse entendimento, você poderá identifi car os treinamentos que não são necessários, economizando tempo e dinheiro. Um bom quadro de indicadores ajuda a empresa a priorizar aspectos que impactem diretamente nos resultados. Aumente seu ROI Depois de identifi car as áreas de maior necessidade e o treinamento excedente, você pode refi nar sua estratégia de treinamento e desenvolvimento. Isso ajuda a garantir que você esteja direcionando investimentos para as áreas que proporcionarão o melhor retorno. Isso também signifi ca que você deixará de desperdiçar o seu orçamento em treinamento inefi caz e desnecessário. Como colocar os treinamentos em prática? Fazer um bom LNT é um ótimo primeiro passo para garantir a capacitação necessária para as pessoas da organização, porém, após isso ainda é necessário saber como colocar os treinamentos necessários em prática. 41 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 Uma forma efi ciente de lidar com isso é utilizando uma plataforma LMS. Trata-se de um sistema que presta suporte ao processo de aprendizagem. O principal propósito dessa solução é rastrear, hospedar e gerir treinamentos de pessoas. Um bom LMS fornece os recursos e o suporte necessários para executar perfeitamente suas estratégias de treinamento. Com um sistema baseado na nuvem, essas plataformas permitem criar cursos rapidamente, inscrever usuários facilmente, monitorar com precisão o progresso do aluno, gerenciar os movimentos de aprendizagem, bem como gerar e acompanhar os indicadores de gestão de pessoas na organização. FONTE: <https://apecatus.com/levantamento-das-necessidades- de-treinamento/>. Acesso em: 17 ago. 2021. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Ao longo deste capítulo abordamos diversos pontos sobre as necessidades, o desenvolvimento e os benefícios do treinamento e desenvolvimento. Observe que os benefícios provenientes do T&D vão além dos benefícios para o empregado, como a qualifi cação, a satisfação do funcionário e o seu próprio desenvolvimento, abrangendo benefícios para a própria organização, gerando um melhor desempenho para a organização. Os treinamentos proporcionam qualifi car a funcionário de forma a treinar as habilidades necessárias ao seu bom desempenho organizacional. As habilidades variam de empresa e de funcionário. No entanto, algumas habilidades, como fl exibilidade, comunicação, resolução de confl itos, liderança, criatividade, organização e gerenciamento de estresses, são fundamentais em todas as atividades, setores e níveis organizacionais. A capacidade de fl exibilidade do funcionário em um mundo de negócios em rápida mudança se torna uma habilidade-chave para a empresa. Os funcionários que são altamente fl exíveis a situações de mudança são um bem valioso. Uma organização não é nada sem uma comunicação clara e concisa. Na sua ausência, os funcionários estão trabalhando e retrabalhando os problemas, em um borbulhar, sem conhecimento compartilhado, percepções ou diversidade. 42 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes Relacionado à habilidade de resolução de confl itos, ao trabalhar em equipe, é preciso ser diplomático, de forma a não gerar confl itos internos desnecessários, porém, ao mesmo tempo, fazer o que é moralmente certo e assumir posições éticas no local de trabalho pode gerar confl ito. Um líder positivo pode colocar uma empresa acima da concorrência, enquanto um líder negativo pode tornar o ambiente de trabalho terrível, desmotivado e fulminante. Equilibrar uma infi nidade de tarefas de forma efi caz e efi ciente requer um conjunto específi co de habilidades. Todas as habilidades organizacionais compartilham um objetivo: fazer o melhor uso de seu tempo. Ao desenvolver uma cultura na qual os funcionários são incentivados a compartilhar ideias, um local de trabalho criativo e inovador pode ser promovido. Os benefícios de criar um ambiente de trabalho menos estressante são universalmente benéfi cos tanto para o empregador quanto para o empregado. Cabe às organizações investirem no seu maior patrimônio: o seu funcionário, qualifi cando-o e o treinando para estimulá-lo a fi car na organização, almejando o crescimento profi ssional e pessoal, de forma que tanto o empregado como o empresário possam ganhar. Nesse contexto, as organizações se mostram dependentes do recurso humano, bem como os funcionários se mostram dependentes das organizações, formando um ciclo vicioso e de retroalimentação, onde um complementa o outro. 43 NECESSIDADES, DESENVOLVIMENTO E BENEFÍCIOS DE T&D Capítulo 1 REFERÊNCIAS ALLEN, D. G.; SHORE, L. M.; GRIFFETH, R. W. The Role of Perceived Organizational Support and Supportive Human Resource Practices in the Turnover Process.Journal of Management, [s. l.], v. 29, n. 1, p. 99-118, 2003. BARBER, J. Skill upgrading with in informal training: lessons from the Indian auto mechanic. International Journal of Training and Development, [s. l.], v. 8, p. 128-139, 2004. BARTEL, A. P. Measuring the Employer’s Return on Investment in Training: Evidence from the Literature. Industrial Relations, [s. l.], v. 39, n. 3, p. 502-524, 2000. BARTLETT, K. R. The Relationship between Training and Organizational Commitment: A Study in the Health Care Field. 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CAPÍTULO 2 INDICADORES E O PAPEL DO PROFISSIO- NAL DE T&D A partir da perspectiva do saber-fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Conhecer os indicadores de T&D. Conceituar o perfi l do profi ssional de T&D. Identifi car os indicadores de mercado para a gestão de T&D. Caracterizar o papel do profi ssional de T&D. 48 FormaÇÃo estratéGica em T&D para orGaniZaÇÕes 49 INDICADORES E O PAPEL DO PROFISSIONAL DE T&D Capítulo 2 1 CONTEXTUALIZAÇÃO Segundo Denby (2010) e Pappas (2015), mensurar a efi cácia de um programa de treinamento apoiará a organização, aumentará seu retorno sobre o investimento e oferecerá experiências
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