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Carla Bertelli – 4° Período É um processo fisiológico continuo que ocorre no organismo, ocorre pela participação conjunto de diferentes fatores: neuronais (acetilcolina), parácrino (histamina) e fatores endócrinos (gastrina) – tudo isso resulta na liberação de íons H+ pelas células parietais através de uma troca de íons A troca de íons nas células parietais se dá através da bomba de prótons H+/K+ ATPase Íons H+ pra fora e K+ pra dentro Produção do ácido pela célula parietal Podemos dividir a secreção gástrica em 3 fases: cefálica (liberação de gastrina mediante estímulos detectados no sistema nervoso, como sentir o odor de algum alimento), fase gástrica (alteração de tamanho do estomago e absorção) e a fase intestinal Secretagogos – Acetilcolina, histamina e gastrina Todos eles possuem ações diretas e indiretas nas células parietais que fazem com que ocorra a produção do ácido gástrico Lembrar do Receptor H2 que desencadeia ações celulares que leva a ativação da enzina H+/K+ ATPase Somatostatina – promove efeitos inibitórios para a gastrina para manter o pH do ácido gástrico. Prostaglandinas – possuem uma função associada a controle a secreção gástrica e também participa na produção de muco e bicarbonato Acetilcolina, histamina e gastrina atuam em seus receptores que estão nas células parietais ativando diferentes vias que tem como resultado o estimulo/ativação da Bomba de Prótons, que faz a troca iônica, liberando H+ no suco gástrico. Essa síndrome é comum atualmente, presente em diferentes idades, podendo ser caracterizada por um conjunto de sintomas relacionado com o aparelho digestório alto, com manifestações de diferentes doenças que são chamadas de doenças pépticas, pois promovem uma alteração na acidez estomacal e outras complicações. Como por exemplo podemos citar a DRGE, a úlcera péptica gastroduodenal e dispepsia funcional. Uma das principais complicações está relacionada com as úlceras pépticas, que são desencadeadas devido a um comprometimento do revestimento do estomago ou duodeno, podendo ter diferentes causas – ferem a mucosa e ocorre manifestações como dores estomacais, sangramentos, obstrução, perfuração e morte. Isso ocorre devido a um desequilíbrio entre os fatores protetores de mucosa e os fatores lesivos da mucosa Quando os fatores lesivos se sobressaem ocorre o comprometimento da mucosa, podendo resultar no desenvolvimento das úlceras Carla Bertelli – 4° Período Existem duas causas principais de Úlceras Pépticas: Infecções por Helicobcter pylori – produção de mediadores inflamatórios acabam afetando a produção de somatostatina pela célula D, fazendo com que ocorra o aumento na produção de gastrina, estimulando um processo de proliferação celular que aumenta a secreção gástrica e pode desencadear as úlceras. O outro mecanismo lesivo dessa bactéria é a presença de uma enzima chamada de urease, que serve para fornecer um ambiente propicio para o Helicobacter sobreviver dentro da acidez gástrica. Essa enzima faz com que ocorra a liberação de Hidróxido de Amônia (básico), aumentando o pH, fazendo com que a célula G libere cada vez mais gastrina para neutralizar esse pH básico devido a Amônia liberada pela Urease. Uso de Antinflamatórios Não Esteroidais – Eles inibem a Cicloxigenase (COX), que produz as prostaglandinas. Quando não se produz prostaglandina diminui a produção muco (fator protetivo) e auxilia em uma maior secreção ácido gástrico. Fármacos que Reduzem a Acidez Gástrica – Antiácidos, Antagonistas do Receptor H2, Inibidor da bomba de Prótons e Antagonistas Colinérgicos (bloqueiam os receptores da acetilcolina) Fármacos que Promovem a Defesa da Mucosa – Sucralfato, Análogos a Prostaglandinas e Compostos de Bismuto É importante descobrir, antes de tudo, qual a causa do distúrbio péptico. Quando for uma infecção por H. pylori, ela precisa ser tratada devido aos mecanismos dessa bactéria que aumentam a secreção de HCl. O seu tratamento é feito com antibacterianos que inclui uma terapia combinada (tripla ou quadrupla) Consiste na combinação da Amoxicilina + Claritromicina, associada a um Inibidor da Bomba de Prótons (para controlar o excesso de secreção de ácido por causa da bactéria). O objetivo desse tratamento é matar a causa (H. pylori) e corrigir o distúrbio causado. Tratamento de 14 dias. São bloqueadores do receptor H2 – esse bloqueio é reversível e competitivo, sendo assim, a histamina não se liga com o seu receptor, fazendo com que ocorra uma supressão da secreção de ácido mediada por histamina. • Faz o controle da secreção de ácido • Via oral e via intravenosa • Maior taxa de absorção no intestino • Efeito de 1 a 3 horas. • Não tem atuação em receptor H1 • São menos potentes do que os IBPs • Importante para o controle da Secreção Gástrica Noturna • Melhor absorção na presença de alimentos • Absorção reduzida na presença de antiácidos Efeitos Adversos – Cefaleia, Diarreia ou Constipação, Fraqueza Muscular e confusão/alterações mentais. O bloqueio do receptor H2 faz com que ocorra um menor estimulo para liberação de ácidos, fazendo com que ocorra interações medicamentosas, diminuindo a eficácia de fármacos que são melhor absorvidos em ambientes ácidos. Cimetidina – contraindicado para gestantes e lactentes Carla Bertelli – 4° Período São inibidores enzimáticos, inibindo irreversivelmente a enzima H+/K+ ATPase. Tem uma grande capacidade de supressão, dependente de dosagem e tempo de medicamento, sendo possível atingir 95% durante o tratamento. Não ocorre a liberação de H+ no lúmen São pró-fármacos, sua ativação ocorre no ambiente ácido dos canalículos secretores das células parietais, produzindo sua substância ativa – Chamada de Sulfenamida Ela é inibida até ela ser degrada – todo tempo de ‘’vida’’ da bomba de prótons É utilizado para favorecer o processo de cicatrização de doenças ulcerosas – a redução da liberação de ácido que favorece a cicatrização Pode ser utilizado na doença do RGE, complicações de esofagite e distúrbios hiper secretórios. A recomendação é que sejam administrados 30min antes de realizar uma refeição devido a sua absorção ser melhor sem alimentos. • Alta taxa de ligação com as proteínas plasmáticas • São metabolizados por diferentes enzimas • A supressão máxima é alcançada após repetidas dosagens Efeitos Colaterais e Complicações – São fármacos bem tolerados, porém pode ocorrer cefaleia, náusea, dor abdominal. No entanto, seu uso prolongado faz com que aumente a produção de gastrina (hipergastrinemia) para compensar, e essa situação pode gerar efeitos tróficos que podem resultar em hiperplasias em células cromafins e parietais. Também ocorre a interação medicamentosa do IBP com o Clopidogrel, diminuindo a eficácia do Clopidogrel. Fármacos utilizados para alivio de sintomas. Os antiácidos são bases fracas que reagem com o ácido gástrico formando água e um sal, para diminuir a acidez gástrica. Como a pepsina (uma enzima proteolítica) é inativa em pH acima de 4, os antiácidos reduzem a atividade da pepsina. Ocorre a neutralização do ácido estomacal, contribuindo para alivio dos sintomas temporariamente (efeito por mais ou menos 1 hora) Por conta da mudança do pH estomacal ocorre uma redução na atividade da Pepsina Correto uso dos Antiácidos – Utilizar de 1/3 horas após a alimentação para que a absorção possa ser mais lenta e o efeito mais duradouro. Sua eficácia é melhorara quando a forma farmacêutica é de suspensão Administrar antiácidos após ou antes, pelo menos 2 horas, do outro medicamento utilizado, para que não ocorra a propensão a quelar Esses fármacos, também conhecidos como citoprotetores, apresentamvárias ações que aumentam os mecanismos de proteção da mucosa, prevenindo lesões, reduzindo inflamação e cicatrizando úlceras existentes. Esse gel viscoso se liga a proteínas, inibindo o processo de hidrólise dessas proteínas, que está associado a lesões de mucosa. Inibe a ação da pepsina sobre essas células. Ação estimuladora na produção de bicarbonato e muco protetor Carla Bertelli – 4° Período Análogo de prostaglandina – faz a ativação dos receptores de prostaglandinas. A prostaglandina E2, produzida pela mucosa gástrica, inibe a secreção de ácido e estimula a secreção de muco e bicarbonato O misoprostol é contraindicado na gravidez, pois pode estimular as contrações do útero e causar aborto Bismuto é uma substancia de várias ações. Ele se liga a uma glicoproteína de muco e forma uma barreira que reveste a mucosa, fazendo com que ocorra uma menor ação do ácido naquele lugar e contribui para uma menor ação da pepsina. Ele desencadeia um estimulo para liberação de bicarbonato e prostaglandinas, produzindo mais mudo e atuando como um efeito protetor No H. pylori, o bismuto pode promover um efeito inibitório de enzimas necessárias para a sobrevivência do H. pylori, como a urease, contribuindo para a morte da bactéria.
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