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Aluno: Suemis Messias da Silva Direito Processual Penal: Recursos e Nulidades Resolução das Questões 01- GABARITO LETRA B a) Alguns recursos criam uma relação processual, outros não, mas sempre têm por objeto a impugnação de um ato judicial. Os recursos prolongam a relação. b) Todo recurso é voluntário, prolonga a mesma relação processual e impugna decisão judicial. Quanto ao CPP, quando fala de ''recurso de ofício'', na verdade, trata-se de reexame necessário. c) O recurso pode ser voluntário ou obrigatório, prolonga a mesma relação processual e impugna decisão judicial. Não existe recurso obrigatório. d) O recurso pode ser voluntário ou obrigatório, cria uma relação processual e impugna decisão judicial. Não existe recurso obrigatório. e) Todo recurso é obrigatório, cria uma relação processual e impugna decisão judicial. Negativo. 02- GABARITO LETRA A Segundo o Art. 197 da LEP prescreve: "Das decisões proferidas pelo juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo". Segue-se o rito do recurso em sentido estrito, pois este era o recurso cabível quando o processo de execução era regulado pelo Código de Processo Penal. 03- GABARITO LETRA D ALTERNATIVA "A": INCORRETA - A Superior Instância poderá anular a decisão do Tribunal do Júri em razão de nulidade processual posterior à pronúncia e quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos (alíneas "a" e "d", do inciso III, do art. 593, do CPP). ALTERNATIVA "B": INCORRETA - Anulada a decisão pela Superior Instância, a decisão em um segundo julgamento não é definitiva, pois poderá ser conhecida nova apelação. O que a lei proíbe é que anulada pelo Tribunal Superior a decisão dos jurados, por ser manifestamente contrária à prova dos autos, sujeitando o réu a novo julgamento pelo júri, seja interposta outra apelação pelo mesmo motivo em face da segunda decisão dos jurados (parágrafo 3°, do art. 593, do CPP). ALTERNATIVA "C": INCORRETA - A apelação não é somente cabível para a apreciação do montante da pena aplicada (art. 593, do CPP). ALTERNATIVA CORRETA: "D" - A Superior Instância, ao avaliar a decisão de mérito dos jurados, verificará apenas se a decisão encontra respaldo na prova dos autos. Isso porque, dentre as hipóteses de cabimento da apelação contra a decisão do júri, a única em que se permite a análise de mérito é a fundada em manifesta contrariedade à prova dos autos (alínea "d", inciso III, do art. 593, do CPP). ALTERNATIVA "E": INCORRETA - é cabível revisão criminal das decisões do Tribunal do Júri, pois não há qualquer vedação legal. Trata-se, inclusive, de exceção ao Princípio da Soberania dos Veredictos, pois o réu pode ser absolvido sem novo julgamento pelo Tribunal do Júri (caput do art. 627, do CPP). 04- GABARITO LETRA B Unirrecorribilidade – significa que de cada decisão só cabe um recurso. Deve-se adotar o recurso mais benéfico. Em não o havendo, adota-se o mais amplo. Já no processo penal são consideradas exceções a este princípio: 1. Possibilidade de interposição de recurso especial e extraordinário; 2. Possibilidade de interposição de embargos infringentes e recurso extraordinário. A interposição concomitante de protesto por novo júri e apelação também era admitida como exceção, mas, deixou de ser, a partir da vigência da Lei n° 11.689/08, que retirou essa espécie de recurso do ordenamento jurídico brasileiro (para os crimes de competência do Tribunal do Júri). 05- GABARITO LETRA D SÚMULA 347 STJ - O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão. 06- GABARITO ERRADA Art. 789, § 4º do CPP: "Os embargos somente poderão fundar-se em dúvida sobre a autenticidade do documento, sobre a inteligência da sentença, ou sobre a falta de qualquer dos requisitos enumerados nos arts. 781 e 788". 07- GABARITO E a) Qualquer situação em que há entrega ou promessa de entrega ao juiz, bem como a solicitação ou exigência, por parte dele, de alguma dádiva ou vantagem indevida ensejará NULIDADE ABSOLUTA dos atos processuais praticados pelo juiz desonesto. Como o ato viola norma garantidora do interesse público, ou seja, a imparcialidade do juíz, o vício não se convalida e poderá tal nulidade ser decretada a qualquer tempo e grau de jurisdição. b) Cuidado! São irrecorríveis: Decisão que decreta prisão preventiva. Que indefere pedido de relaxamento de prisão. Que NÃO concede a liberdade provisória. c) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. (Art.567 do cpp). d) Efeito Diferido é o mesmo que efeito regressivo no processo penal, que permite que o próprio juiz prolator da decisão aprecia a matéria novamente, basicamente é o juízo de retratação. (Art.589 do cpp) 08- GABARITO A O erro se encontra em dizer que o juiz pode excluir de ofício, o que fere o art. 3º da Lei, ao mencionar que "Toda admissão no programa ou exclusão dele será precedida de consulta ao MP sobre o disposto no art. 2o e deverá ser subseqüentemente comunicada à autoridade policial ou ao juiz competente. A frase "sem prescindir de comunicação imediata ao MP" pode ser lida como "sem dispensar de cominicar ao MP" ou "sem deixar de cominicar o MP" ou "sem deixar de consultar o MP". 09- GABARITO A I. A defesa poderá interpor, no prazo de 20 (vinte) dias, recurso em sentido estrito da decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir, sendo de 2 (dois) dias o prazo para o oferecimento das respectivas razões. CPP Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; Art. 586. (...) Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da publicação definitiva da lista de jurados. Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo. II. As nulidades ocorridas posteriormente à pronúncia deverão ser arguidas logo depois de ocorrerem, conforme previsto na norma processual. Art. 571. As nulidades deverão ser argüidas: V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes (...); III. Segundo o Código de Processo Penal, não será permitida a leitura de qualquer documento que possa influenciar a decisão dos Jurados se este não tiver sido juntado aos autos com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, dando-se ciência à outra parte. Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. 10- GABARITO E ALTERNATIVA A - Os recursos são voluntários. Porém, em se tratando de pessoa assistida por DP ou dativo, este deverá necessariamente impugnar a decisão que contrarie o interesse da parte. Na situação hipotética apresentada, o DP cumpriu seu encargo corretamente. ALTERNATIVA B - Caso haja manifestações antagônicas entre José e o seu defensor, deverá prevalecer a posição da parte, pois é ela quem efetivamente suportará as consequências do processo. *Súmula 705-STF: A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta. ALTERNATIVA C - Após a subida dos autos ao tribunal, não pode o MP ou a defesa desistir do recurso. ALTERNATIVA D -Álvaro não tem interesse recursal em apelar contra a sentença, independentemente do fundamento utilizado na decisão absolutória. 11- GABARITO A Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: ... III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: ... d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. ... § 3o Se a apelação se fundar no no III, d, desteartigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. 12- GABARITO C Nos termos da Súmula 713 do STF, "o efeito devolutivo da apelação contra decisões do Tribunal do Júri é adstrito aos fundamentos de sua interposição". O recurso de apelação no procedimento do Tribunal do Júri possui fundamentação vinculada, limitada a devolução da matéria ao fundamento da interposição recursal, sendo, pois, imprescindível o apontamento adequado das razões da inconformidade. 13- GABARITO C A) intimação da parte adversa, uma vez opostos à sentença embargos de declaração, deve ocorrer em qualquer hipótese, ainda que despidos de efeitos infringentes. Nem sempre os Embargos de declaração terão efeitos infringentes (modificativos). A jurisprudência diz que a necessidade de dar vista a parte contrária é somente quando os Embargos tiverem a finalidade de modificar o julgado no que diz respeito a sua essência. Caso contrário se for só para suprir alguma deficiência de ordem material não há necessidade de intimação da parte contraria. B) Ocorrendo a emendatio libelli, deve ocorrer, segundo entendimento pacífico, a intimação das partes. Só é necessário a intimação das partes quando acorrer a Mutatio Libelli (art 384 CPP). C) A necessidade de aditamento à denúncia, para nela incluir elemento não contido, deve ocorrer ainda que disso resulte nova definição jurídica menos grave. CORRETA. art. 384 CPP. D) Ao juiz se permite proferir sentença condenatória, em toda espécie de ação penal, mesmo que pedida pela parte autora a absolvição. Não é em toda espécie. Ex: na Ação Penal Privada. Caso o querelante peça absolvição isso gera perempção, sendo assim a sentença do Juiz será extintiva de punibilidade. 14- GABARITO B A) Incorreta: a jurisprudência tem consagrado que o momento de aferição da tempestividade do recurso está na efetiva entrega da petição em cartório e não pela data em que foi decretada. É o que consta o informativo 277 do STF B) Correto: artigo 581, inciso I. C) Incorreto: é cabível o RESE, segundo o artigo 581, inciso V, do CPP. D) Incorreto: não há previsão legal para o uso do RESE para impugnar o despacho judicial que autoriza a remoção de preso para outra comarca, mas pode se utilizar da ação de Habeas Corpus. 15- GABARITO D a) ERRADA - Lei 11.101/2005 - Art. 185. Recebida a denúncia ou a queixa, observar-se-á o rito previsto nos arts. 531 a 540 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. b) ERRADA - Lei 9.099/95 - Art.78 e Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. c) ERRADA - Nos casos em que a causa é deslocada para o juízo comum (em razão de conexão, por exemplo), quanto a infração de menor potencial ofensivo deve ser observado os institutos previstos na lei dos juizados (transação penal e composição civil dos danos). Assim, mesmo fora do âmbito dos Jecrim haverá aplicação da transação penal. d) CORRETA - CPP - Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (...) III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; (...) e) ERRADA - CPP - art. 593 (...) § 3o Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.
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