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Direito Processual Civil - Acao Civil publica e Acao Popular

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
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AÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO POPULAR 
Comentários: trataremos sobre as ações coletiva, matéria interdisciplinar. 
Fundamento legal: artigo 81 do Código de Defesa do Consumidor. 
Conceito: os direitos coletivos é um gênero, dos quais cabem as seguintes espécies: 
1. interesses ou direitos difusos: o seu titular será uma pessoa indeterminada ou 
indeterminável (não há como saber quem é o real interessado). 
Exemplo: havendo uma poluição no ar, o titular para a propositura da ação, pode ser qualquer 
um, não há como determiná-lo. A relação jurídica entre pessoas interessas, se dá por situações de 
fato. O objeto buscado nessa demanda, é indivisível (não há como mensurar o que cada um teria 
como benefício). 
2. interesses ou direitos coletivos estrito senso: o seu titular será uma pessoa 
indeterminada, mas determinável. 
Exemplo: associações de pais que ingressam com uma ação buscando melhoria no ensino dos 
seus filhos. A relação jurídica entre pessoas interessadas, é uma relação base entre os sujeitos 
ativos ou sujeitos ativos e passivos. O objeto buscado nessa demanda, é indivisível. 
3. interesses ou direitos individuais homogêneos: o seu titular será pessoa determinada, 
mas plural (serão vários, mas há como sabermos quem será beneficiado com o 
ajuizamento daquela demanda). a relação jurídica entre eles, tem uma origem comum, 
seja por um ato, fato etc. 
Exemplo: vítimas da barragem de Brumadinho/MG. O objeto buscado nessa demanda, é 
divisível. 
 
AÇÕES COLETIVAS: PROTEÇÃO DOS DIREITOS COLETIVOS 
1. Ação popular; 
2. Ação civil pública; 
3. Mandado de segurança. 
 
AÇÃO POPULAR 
Fundamento legal: artigo º, LXXIII da Constituição Federal e Lei 4.717/65. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
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Conceito: é a ação proposta pelo cidadão em face do poder público para invalidar atos lesivos 
ao patrimônio público, a moralidade administrativa, meio ambiente e patrimônio histórico 
e cultural. A grade característica dessa ação é a sua titularidade. 
Legitimidade ativa: apenas pode propor ação, o cidadão (título eleitoral) (artigo 1º, parágrafo 
terceiro da Lei). 
Observação: o Ministério Público não poderá propor esta ação. 
Legitimidade passiva: são as pessoas públicas e entidades a elas ligadas, previstas no artigo 6º 
da Lei. 
Procedimento: seguirá o procedimento comum, com algumas peculiaridades (artigo 7º da Lei). 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Fundamento legal: Lei 7.347/85. 
Conceito: é a ação coletiva que tem por finalidade a proteção de direitos coletivos, por danos 
ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio de valor artístico, dentre outros. A 
legitimidade possui previsão no artigo 5º da Lei, quanto à legitimidade ativa, sendo a 
legitimidade passiva, qualquer responsável pela lesão. 
Procedimento: seguirá o procedimento comum, com algumas peculiaridades. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
Fundamento legal: artigo 5º, LXXII da Constituição Federal e Lei 12.016/09. 
Conceito: é a ação de conhecimento de procedimento especial, que tem por finalidade a 
insurgência contra ato de autoridade pública ou agente que exerce função pública, todas as 
vezes em que houver abuso de poder ou ilegalidade que não for protegida por outro 
remédio constitucional. A natureza jurídica do mandado de segurança, é uma ação de natureza 
constitucional e mandamental, isto porque, havendo desobediência, haverá penalidade. (não 
precisa ade execução). 
Legitimidade: A. legitimidade ativa: qualquer pessoa, seja física ou jurídica, bem como entes 
despersonalizados e órgãos públicos, desde que interesse próprio (exemplo: condomínio); B. 
legitimidade passiva: é da autoridade pública ou agente que exerça uma função pública. 
Exemplo: Reitor de uma universidade pública. 
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CUIDADO: a Lei prevê algumas autoridades equiparadas (artigo 1º, parágrafo primeiro da 
Lei), a saber: 
A. representantes ou órgãos de partidos políticos; 
B. administradores de autarquias; 
C. dirigentes de pessoas jurídicas ou naturais no exercício do Poder Público. 
Comentários: é cabível contra ato judicial, desde que não haja recurso previsto em Lei para se 
insurgir de tal ato (artigo 5º, II da Lei). É imprescindível para a impetração do mandado de 
segurança, o titular deve ter um direito líquido e certo (comprava de plano, não exige dilação 
probatória). 
ATENÇÃO: não há dilação probatória, não há fase para produção de provas, não significa que 
eu não posso juntar provas 
Prazo: artigo 23 da Lei, será de 120 dias da ciência do ato impugnado, sendo um prazo 
decadencial de acordo com a Súmula 632 do STF. 
Procedimento: será apresentada a petição inicial, havendo em seguida a notificação da 
autoridade coatora (não é citação) juntamente com a ciência a pessoa jurídica a qual essa 
autoridade coatora. A autoridade coatora terá o prazo de 10 para prestar informações. O 
Ministério Público será notificado, para em 10 dias, para manifestação; 
ATENÇÃO: não há prazo em dobro para o Ministério Público, isto porque, o prazo em dobro 
só é válido quando a lei não estipula prazo próprio, sendo que nesse caso estipulou. Em seguida 
o juiz proferirá a sua sentença, no prazo de 30 dias. 
CUIDADO: há a possibilidade de liminar, conforme artigo 7º, III da Lei. A competência 
dependerá da autoridade que está sendo impetrada.

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