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Diabetes Mellitus e a Gestação

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Di�b��e� Mel����s e a
Ges��ção
Definição de Diabetes: desordem
metabólica de etiologia múltipla,
caracterizada por uma hiperglicemia
crônica com distúrbios no metabolismo
dos hidratos de carbono, lipídios e
proteínas, resultantes de deficiências na
secreção ou ação da insulina, ou de
ambas.
Classificação
● Diabetes tipo 1: destruição das
células beta, usualmente levando
à deficiência completa de insulina.
○ Autoimune
○ Idiopático
● Diabetes tipo 2: graus variados
de diminuição de secreção e
resistência à insulina;
● Diabetes Mellitus Gestacional;
A OMS e os protocolos de manejo da DM
recomendam que a hiperglicemia
inicialmente detectada em qualquer
momento da gravidez deve ser
categorizada e diferenciada em DM
diagnosticado na gestação ou DMG.
Diabetes Mellitus Gestacional:
hiperglicemia detectada pela primeira vez
durante a gravidez, com níveis glicêmicos
sanguíneos que não atingem os critérios
diagnósticos para DM.
Diabetes Mellitus diagnosticado na
gestação: sem diagnóstico prévio de DM,
com hiperglicemia detectada na gravidez
e com níveis glicêmicos sanguíneos que
atingem os critérios da OMS para a DM
na ausência de gestação.
→ Durante a gestação eu não classifico
em DM1 ou DM2, só após a gestação.
Diagnóstico de DM na gravidez
Diabetes mellitus + gestação = sempre
alto risco: gestação de alto risco é aquela
na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do
feto e/ou do recém-nascido têm maiores
chances de serem atingidas que as da
média da população considerada.
Fisiologia
Diabetes Mellitus Gestacional
A placenta produz o hormônio lactogênio
placentário, estrogênio, progesterona e
cortisol placentários.
Hormônios placentários → aumento de
glicose materna → Difusão facilitada →
insulinemia fetal
A diferença entre o gradiente de
concentração da mãe e feto é de forma
contínua, já que o aporte de glicose é de
forma contínua.
Diabetes Mellitus Gestacional: principal
fator de risco para o desenvolvimento de
diabetes do tipo 2 e de síndrome
metabólica no adulto.
Todas as pacientes gestantes serão
rastreadas para o diabetes.
Início do pré natal (<20 semanas) →
glicemia de jejum → valor de referência é
< ou = 92 mg/dL
Toda mulher que está com o valor normal,
passa por um segundo exame (TOTG),
que é a curva glicêmica → entre 24 e 28
semanas. É pedido nessa fase, pois é
quando os hormônios placentários estão
agindo bastante.
→ Curva de 3 pontos (jejum, 1º hora e 2º
hora)
Jejum >= 92 mg/dL
1h após café >= 180 mg/dL
2h após almoço >= 153 mg/dL
→ qualquer um desses alterado já tem o
diagnóstico de DM.
Se ela iniciar o pré natal após 28
semanas → fazer o TOTG
Por que tratar?
Uma redução da HbA1c em um grupo
tratado rigorosamente, resultou em uma
redução de 63% no risco relativo de
desenvolvimento de retinopatia, 54% em
nefropatia e 60% em neuropatia.
Malformações
A glicemia causa stress oxidativo com
liberação de radicais livres, e isso pode
causar malformações no feto.
Macrossomia
4kg → macrossomia fetal
Polihidrâmnio
polifagia, polidipsia e poliúria
liberação do peptídeo natriurético que faz
o bebe urinar mais, para diminuir a carga
cardíaca, causando o aumento do líquido
amniótico. Pode causar insuficiência
respiratória na mãe.
Deslocamento prematuro de placenta
Pode ser uma emergência obstétrica
Atonia uterina
O útero fica muito esticado, que quando o
bebê nasce .o útero perde a capacidade
de contrair
Prolapso de cordão
O bebê começa a comprimir o cordão
umbilical.
Distocia de ombros
→ deslocamento de ombro (cintura
escapular aumentada);
→ Lesão do plexo braquial.
Hipoglicemia neonatal
Perda do aporte glicêmico, mas o
pâncreas continua produzindo insulina.
Icterícia neonatal
O aumento de bilirrubina pode causar
uma lesão cerebral → kernicterus
Tem muita hemácia e consequentemente
muito mais hemólise
Óbito fetal
Poderia ter feito o parto precoce
Controle
Perfil glicêmico completo → dextro
Se 30% do controle estiver inadequado,
precisa ser assumido que houve uma
falha terapêutica. Então, a próxima etapa
é o tratamento medicamentoso
Atividade física
Caminhada, natação, ciclismo, yoga e
esportes.
Insulinoterapia (1ª escolha)
A metformina não é aprovada pela
Anvisa, pois ela consegue passar a
barreira placentária.
Exceção da metformina: locais que não
conseguem refrigerar a insulina por não
acessibilidade a insulina e dificuldade na
auto administração de insulina
Conduta após o parto
Após o parto, a puérpera deve ser
orientada a suspender a terapia
farmacológica anti-diabética e retornar em
seis semanas à unidade de saúde para a
realização de teste oral de tolerância à
glicose (viabilidade técnica total) ou
glicemia de jejum (viabilidade técnica/
financeira parcial).

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