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Relatorio Bolsista . julho pronto

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Edital 03/2019
RELATÓRIO DO BOLSISTA
Janeiro/2020 a Julho/2020
Contribuições da Prática como Componente Curricular na Formação Inicial em Educação Física
Santo Ângelo, Julho/2020
· Introdução
As Práticas como Componente Curricular (PCC) no curso de licenciatura em Educação Física procuram aproximar o acadêmico da dimensão teórico-prática para fortalecer a sua formação acadêmica, sendo vivenciada nos diferentes contextos profissionais em que poderá vir a atuar. O presente projeto visa analisar as contribuições que a Prática como Componente Curricular (PCC) promove para a formação acadêmico/profissional da licenciatura em Educação Física. A legislação educacional brasileira, reunida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96, reconhece a importância fundamental da atuação dos docentes no processo de ensino-aprendizagem e dedica atenção especial a formação de professores para a Educação Básica, neste caso inclui-se a Educação Física. 
Sobre a sistematização da PCC em licenciaturas, Real (2012) esclarece que a criação de uma única disciplina para cumprir esse componente não atenderia às exigências da política nacional de formação de professores. Por outro lado, essa ação pode ser diluída ao longo do curso nas diversas disciplinas de caráter propositivo, por meio da relação dialética entre prática e teoria. Para Araújo e Leitinho (2014), as atividades da PCC podem ser projetadas a partir de núcleos ou como integrantes das disciplinas, já que estas estratégias favorecem o intercâmbio de práticas e teorias que se inter-relacionam e se complementam, a fim de diversificar a prática pedagógica dos futuros professores. Entretanto, cabe destacar que a legislação pertinente (BRASIL, 2015) não delimita ou impõe um modelo específico para a organização e o desenvolvimento das práticas curriculares nos cursos.
A legislação educacional propõe novas diretrizes para a formação de professores destacando a importância da articulação entre teoria e prática visando a qualificação do docente. Um dos aspectos destacados e mantidos na formação inicial refere-se a prática como componente curricular que deve estar presente ao longo de todo o processo formativo, assim como apresentar uma carga-horária mínima de 400 horas.
A PCC privilegia o processo de aprender fazendo, o acadêmico/professor tanto aprimora e reelabora seus conhecimentos sobre os conteúdos curriculares pelos quais é responsável quanto aprofunda o seu entendimento das especificidades dos diferentes momentos de aprendizagem e das características próprias dos alunos das diversas etapas da Educação Básica. Desta forma, amplia necessariamente a sua compreensão da complexidade do processo educativo formal. 
Importante ressaltar que as competências desenvolvidas pelos acadêmicos durante a constituição de sua identidade profissional poderão vir da sua formação inicial influenciando as suas intervenções pedagógicas e a formação de um professor reflexivo. A prática como componente curricular é de suma importância para que o acadêmico se constitua professor, aproximando-o do cotidiano escolar oportunizando a vivência da docência. 
Face ao exposto, a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), no Curso de licenciatura em Educação Física, em seu projeto pedagógico, no que se refere às práticas curriculares, propõe que estas sejam desenvolvidas mediante procedimentos de observação e reflexão visando à atuação em situações contextualizadas, bem como o registro dessas observações e a resolução das situações problemas que surgirem no decorrer das aulas deverão ser oportunizadas através da realização de atividades de experiência tanto na Universidade, com a formação de grupos específicos e especiais para o seu desenvolvimento, como em escolas ou outros espaços existentes e organizados, em disciplinas denominadas Oficina de Experiência Docente (A,B,C,D,E,F,G), e das disciplinas que contemplem as PCC atendendo desta forma a legislação em vigor.
Outra questão que justifica a realização deste estudo diz respeito ao momento histórico da Educação Física Brasileira, devido às alterações propostas pelas novas Diretrizes Curriculares para a formação de professores para os cursos de licenciatura. Nesse sentido, é de fundamental importância essa investigação para a implementação curricular deste curso, bem como para contribuir com as reflexões e discussões acadêmicas na área da Educação Física. 
Nesse sentido, consideramos importante aprofundar as pesquisas em relação a implementação da PCC para identificarmos as suas contribuições na formação inicial dos acadêmicos e qualificarmos as ações do curso de Educação Física – licenciatura da URI – Campus Santo Ângelo e fomentarmos a linha de pesquisa Pedagogia do Movimento Humano do GIEF.
Objetivos
Objetivo Geral
Diagnosticar e analisar as contribuições das práticas como componentes curriculares (PCC) do Curso de Educação Física – Licenciatura da URI – Campus Santo Ângelo no desenvolvimento de competências e na formação inicial dos acadêmicos.
Objetivos Específicos
- Identificar no projeto pedagógico e nos programas das disciplinas do curso de Educação Física – Licenciatura da URI – Campus Santo Ângelo como se estabelece a articulação das PCC, seus objetivos, conteúdos, procedimentos didático-metodológicos e formas de avaliação.
 - Identificar nas PCC como se estabelece à relação unidade teoria-prática. 
- Identificar em que medida as PCC contribuem para a superação dos problemas relacionados à unidade teoria-prática na formação inicial em Educação Física da URI, campus Santo Ângelo;
 -Verificar as contribuições das PCC na construção do conhecimento e formação inicial do acadêmico do curso de Educação Física – licenciatura da URI – Campus Santo Ângelo em relação ao exercício da docência;
O presente projeto de pesquisa é de extrema relevância para os acadêmicos em formação, pois estará diretamente relacionado com o tema que a pesquisa pretende investigar que se refere as práticas como componente curricular no curso de Educação Física Licenciatura da URI – Campus Santo Ângelo, que tem uma proposta curricular que desenvolve à prática como componente curricular como um elemento articulador do processo de formação dos professores de Educação Física. O objetivo da mesma é tentar estabelecer à necessária integração entre teoria e prática na formação inicial dos futuros professores.
Alterações com relação ao projeto original
Em virtude da situação da pandemia do covid-19 seguimos as orientações da CI/PROPEG/Nº 073/20 que recomendou que, se houver a possibilidade de substituição do instrumento de coleta previsto no projeto, a mesma seja feita, utilizando as Tecnologias Digitais disponíveis. Nesse sentido, o questionário para os acadêmicos foi enviado por e-mail e a entrevista com os professores foi realizada utilizando o google meet. Em virtude da suspensão das aulas presenciais o número de questionários devolvidos ficou aquém do esperado com isso a amostra ficou reduzida. Entretanto o projeto foi renovado e, conforme o PTB, uma nova coleta de dados será realizada em 2021.
Atividades realizadas:
 Durante a da realização do projeto foram realizadas várias atividades conforme previsto no cronograma do Plano de Trabalho do Bolsista (PTB). 
A seguir descreveremos as atividades realizadas:
- Participação de reuniões semanais com a orientadora.
- Realização de sessões de estudos para embasamentos teóricos para melhor entendimento e discernimento do assunto abordado. O referencial teórico aprofundado abordou os seguintes pontos: 
- Papel da instituição formadora (Universidade)
- Formação do professor e formação inicial
- Aspectos legais da formação de professores
- A relação entre a formação de professor e a prática como componente curricular na Educação Física
- Competências pedagógicas para o exercício da docência em Educação Física
- A questão de relação teoria e prática no exercício da docência
Alguns autores estudados foram:
Alvez (2002) “O método nas ciências naturais e sociais: pesquisaquantitativa e qualitativa”. 
Araújo (2014) “Reflexões sobre a prática como componente curricular do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Maranhão”. 
Resolução CNE/CP nº 02 de 01 de julho de 2015, Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação.
Bisconsini; Bássol (2018) “A prática como componente curricular na formação inicial de professores de Educação Física. ” 
Bisconsini; Silva; Oliveira (2019) “As dimensões da competência e a prática como componente curricular na formação inicial de professores de Educação Física. ”
Bisconsini; Silva; Oliveira (2019) “A Ações pedagógicas ligadas à escola na formação inicial de licenciatura em Educação Física. ”
Borges e Desbiens (2005) “A formação dos docentes de educação física e seus saberes profissionais” in Saber, formar e intervir para uma educação física em mudança. 
Flick (2004) “Uma introdução à pesquisa qualitativa”. 
Folle; Farias (2012) “Educação Física prática pedagógica e trabalho docente”. 
Gariglio.(2010) “ O papel da formação inicial no processo de constituição da identidade profissional de professores de Educação Física.”
Marcon (2011) “Interfaces entre as práticas pedagógicas e os estágios curriculares na formação inicial e suas implicações no pedagógico do conteúdo dos futuros professores”.
Marques; Iaochite (2018) “Currículo e formação do professor em educação física: relações com prática pedagógica”. 
Moreti (2012) “Métodos e técnicas de pesquisa quantitativa aplicada á Educação Física. ”
Molina (1999) “A pesquisa qualitativa na Educação Física: alternativas metodológicas. ”
Pimenta (2012) “Professor Reflexivo no Brasil gênese e crítica de um conceito.
Real (2012) ” A prática como componente curricular: o que isso significa na prática? ”.
Tardif (2012) “Saberes docentes e formação profissional. ”
Thomas (2002) “Métodos de Pesquisa em Atividade Física”.
Além da leitura foram realizados ainda fichamentos de alguns livros cujos autores estão citados anteriormente. 
Foram realizadas leituras e análises de artigos relacionados com a pesquisa, enfatizando o papel das PCC na educação física. 
Após o estudo do referencial teórico elaboramos, juntamente com a professora orientadora, os instrumentos para a coleta de dados da pesquisa. A elaboração e implementação do questionário, e da entrevista que são os instrumentos da pesquisa foi realizada através de um estudo piloto onde foi realizada a testagem do instrumento para a coleta de dados.
Também durante esse período foi realizada a organização do termo de consentimento livre e esclarecido havendo o envolvimento e participação em todos os momentos da investigação desde o aprofundamento teórico, elaboração e implementação dos instrumentos da pesquisa. 
Nesse período elaboramos trabalhos para a apresentação em evento científico. Foram elaborados resumos para apresentação XV Semana Acadêmica de Educação Física XII Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do Curso de Educação Física e também para o XXV Seminário Institucional de Iniciação Científica.
2. Resultados e Discussões
O projeto foi realizado conforme os cronogramas propostos no projeto e no Plano de Trabalho do Bolsista (PTB). 
A pesquisa apresenta resultados parciais, pois o projeto é para dois anos e foi renovado. Alguns dados foram coletados no primeiro semestre de 2020 e os demais está previsto uma nova coleta dos dados para março de 2021.
Até o presente momento foi realizado o estudo do projeto pedagógico do Curso de educação Física Licenciatura e aplicado o questionário com alguns acadêmicos e entrevista com alguns professores. Ressaltamos, conforme mencionado anteriormente, que a devolutiva dos questionários, em virtude da pandemia, não foi o esperado, nesse sentido será realizada uma nova coleta de dados assim que voltarem as atividades presenciais.
A investigação caracteriza-se um estudo de caso (MOLINA, 1999) com a finalidade de obter elementos para reflexão sobre como a prática como componente curricular está articulada no curso de Educação Física- licenciatura da URI, através de uma investigação de cunho qualitativo. 
A amostra, até o momento, foi composta por cinco acadêmicos matriculados nos anos de 2019, 2020 e que já tinham cursado no mínimo duas disciplinas que envolvam a prática como componente curricular e cinco professores que ministram pelo menos uma disciplina de PCC. A amostra foi intencional e voluntária.
	Foram incluídos na amostra os sujeitos que:
- Tenham cursado no mínimo duas disciplinas que envolvam a PCC no curso de licenciatura em Educação Física; 
- Estejam matriculados nas disciplinas de Oficina de Experiência Docente.
- Que ministrem pelo menos uma disciplina de PCC.
- Aceitaram participar da pesquisa.
- Assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
	Foram excluídos da pesquisa os sujeitos que:
- Não tenha cursado nenhuma disciplina de oficina de experiência docente.
- Que não aceitaram participar da pesquisa.
- Que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
- Que não tenha ministrado disciplina de PCC
Para obter as informações necessárias foram utilizados os seguintes instrumentos: o projeto pedagógico do curso de Educação Física – Licenciatura da URI – campus Santo Ângelo, as ementas e o conteúdo programático das disciplinas de Oficina de Experiência Docente (A, B,C,D,E,F,G), e das disciplinas que contemplem as PCC (Metodologia do Ensino de Esportes Individuais I e II, Metodologia do Ensino dos Esportes de Combate e Raquete, Metodologia do Ensino de Esportes Coletivos I, II-A, III-A, IV, Crescimento e Desenvolvimento Humano A, Educação Física Escolar, Aprendizagem Motora: fundamentos e implicações na Educação Física, Psicomotricidade A, Educação Física: Abordagens Pedagógicas, Educação Física Inclusiva A, Medidas e Avaliação em Educação Física, Saúde e Atividade Física, Lazer e Recreação. 
Foi utilizado um questionário com questões fechadas e abertas aplicado com os acadêmicos. A realização do questionário foi individual através do e-mail com os participantes do estudo. 
Também foi realizada uma entrevista semiestruturada com cinco professores das referidas disciplinas de PCC. A entrevista com os professores foi agendada individualmente e realizada de forma virtual, utilizando a plataforma do google meet. A entrevista seguiu um roteiro e foi gravada.
A entrevista semiestruturada tem o intuito de possibilitar ao entrevistado desenvolver cada situação na direção que melhor acreditar ser conveniente, de modo que é uma maneira pela qual o indivíduo participante pode explorar mais amplamente os assuntos questionados (MARCONI e LAKATOS, 1996). 
Conforme determina a Resolução 466/12, visando atender os aspectos éticos da pesquisa, o projeto está aprovado pelo Comitê de Ética na Pesquisa da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Santo Ângelo CAAE 86132518.0.0000.5354, Parecer nº 3.110.855 
A análise dos dados foi realizada da seguinte forma:
Para análise do projeto pedagógico do curso e das disciplinas fez-se análise documental. Para a análise das questões fechadas dos questionários dos acadêmicos foi utilizada estatística descritiva (frequência e frequência percentual). Nas questões abertas foi realizada a análise qualitativa através do método de categorização (FLICK, 2004) a partir da categorização fez-se a análise dos dados estabelecendo-se a relação com o referencial teórico. 
Para análise das entrevistas semiestruturadas foi adotado o método de categorização (FLICK, 2004). Estas foram analisadas interpretativamente baseadas no referencial teórico que norteia este trabalho. 
Serão apresentados os resultados até o presente momento.
As categorias analisadas foram: Categoria 1 - Caracterização das Práticas como Componente Curricular - PCC, Categoria 2 – Contribuições das PCC no desenvolvimento de competências e construção do conhecimento na formação inicial, Categoria 3 – Relação Teórico-prática nas PCC, Categoria 4 - Dificuldades das PCC.
Caracterização da Amostra
A amostra contou com as contribuições de cincoacadêmicos, sendo eles quatro meninos e uma menina. O acadêmico 1 do sexo masculino, com 20 anos de idade e cursando o quinto semestre, a acadêmica 2, do sexo feminino, com 19 anos e cursando o terceiro semestre, o acadêmico 3, do sexo masculino, com 25 anos de idade e cursando o terceiro semestre, o acadêmico 4 e 5, ambos do sexo masculino, com 20 anos de idade e cursando o quinto semestre.
	Desse total, todos cursaram as seguintes disciplinas: Metodologia do Ensino da Ginástica, Oficina de Experiência Docente A, B e C, Metodologia do Ensino da Ginástica Esportiva, Metodologia do Ensino de Esportes Individuais I e II, Metodologia do Ensino de Esportes Coletivos I e Lazer e Recreação. Os acadêmicos, 1, 3 e 5 já cursaram também as disciplinas: Crescimento e Desenvolvimento Humano A, Educação Física Escolar, Aprendizagem Motora: fundamentos e implicações na Educação Física e Oficina de Experiência Docente D e E, Metodologia do Ensino de Esportes Coletivos II e III.
	O grupo de professores entrevistados foi composto por cinco homens, ambos docentes na Universidade.
	O professor A com 55 anos de idade, formado na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) no ano de 1992, com titulação de Mestrado, atua como docente no ensino superior há 19 anos, atualmente somente na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões de Santo Ângelo há cerca de 15 anos, em regime de tempo integral. Ministra as disciplinas de Metodologia do Ensino de Esportes Coletivos IV (Voleibol), Fisiologia do Exercício, Oficina de Experiência Docente F e Metodologia do Ensino dos Esportes de Raquete, porém somente Metodologia do Ensino de Esportes Coletivos IV (Voleibol), Oficina de Experiência Docente F e Metodologia do Ensino dos Esportes de Raquete que oferecem a Prática como componente curricular. 
	O Professor B com 42 anos de idade, formado na Universidade de Passo Fundo (Campus de Palmeira das Missões), no ano de 1999, com titulação de Doutorado. Atua como docente no ensino superior há dez anos, atualmente na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões de Santo Ângelo em regime de tempo integral. Ministra as disciplinas de Metodologia do Ensino da Dança, Educação Física e Esportes, contexto histórico, Pisicomotricidade, Educação Física Inclusiva, Educação Física Escolar, Estágios, Oficina de Experiência Docente G, Educação Física Escolar: Currículo e Planejamento, porém somente Metodologia do Ensino da Dança, Educação Física e Esportes, Psicomotricidade, Educação Física Inclusiva, Educação Física Escolar, Estágios, Oficina de Experiência Docente G, Educação Física Escolar: Currículo e Planejamento, que oferecem a Prática como componente curricular.
	 O professor C com 52 anos de idade, formado na Universidade de Cruz Alta, no ano de 1990, com titulação de Mestrado. Atua como docente no ensino superior há 17 anos, atualmente na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões de Santo Ângelo em regime de tempo integral. Ministra as disciplinas: Metodologia de ensino de Esportes Individuais II, Introdução a Educação Física, Esportes Fundamentos Teóricos e Metodológicos, Atividade Física e Saúde, Oficina de Experiência Docente B e E, Estágios Ensino Fundamental e Médio, Iniciação Esportiva, Trabalho de Conclusão de Curso, Monografias e Seminário de Aprofundamento em esportes. Dentre esses, apenas Metodologia de ensino de Esportes Individuais e Oficina de experiência docente B e E que oferecem a Prática como componente curricular.
	O professor D com 51 anos de idade, formado na Universidade de Cruz Alta, no ano de 1990, com titulação de Mestrado. Atua como docente no ensino superior há 24 anos, sendo 13 na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões de Santo Ângelo em regime de horista. Ministra as disciplinas: Medidas de avaliação, Psicologia do Esporte, Metodologia de Esportes Coletivos III (Basquetebol), Esporte e Aventura e Atividade física na natureza. Dentre eles apenas Metodologia de Esportes Coletivos III (Basquetebol) e Esporte e Aventura que oferecem a Prática como componente curricular.
	O professor E com 41 anos de idade, formado na Universidade Federal de Santa Maria, no ano de 2001, com titulação de Mestrado. Atua como docente no ensino superior há cerca de 17 anos, atualmente na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões de Santo Ângelo em regime de horista. Ministra as disciplinas: Metodologia do Ensino dos Esportes Coletivos I, Oficina de Experiência Docente C e Jogos na Educação Física, todos oferecem a prática como componente curricular.
Categoria 1 - Caracterização das Práticas como Componente Curricular
O Curso de graduação em Educação Física Licenciatura da URI, prevê no seu Projeto a oferta e o desenvolvimento de práticas de ensino como componente curricular ao longo do curso, desde o 1° semestre.
 As disciplinas de Oficina de Experiência Docente A e B, com 4 créditos, 60 horas cada uma, e, Oficina de Experiência Docente C, D, E, F e G, com 02 créditos, 30 horas, totalizando 270 horas, tem o objetivo de orientar as ações práticas, enfocando as áreas tratadas nas disciplinas de Metodologia do Ensino de Esportes Individuais, Coletivos e Metodologia do Ensino da Dança. 
A oferta das atividades práticas de ensino como componente curricular é complementada com as disciplinas de Metodologia do Ensino de Esportes Individuais I e II, Metodologia do Ensino dos Esportes de Combate e Raquete, Metodologia do Ensino de Esportes Coletivos I, IIA, III-A, IV, Crescimento e Desenvolvimento Humano A, Educação Física Escolar, Aprendizagem Motora: fundamentos e implicações na Educação Física, Psicomotricidade A, Educação Física: Abordagens Pedagógicas, Educação Física Inclusiva A, Medidas e Avaliação em Educação Física, Saúde e Atividade Física, Lazer e Recreação, perfazendo um mínimo de 130 horas, objetivando preparar o acadêmico para uma práxis que visa a melhoria do desenvolvimento e amadurecimento pessoal do acadêmico, bem como a sensibilização para as atividades profissionais na área. 
As atividades práticas de ensino como componente curricular estão inseridas nos próprios conteúdos desenvolvidos ao longo do curso, de forma a garantir a articulação que deve estar presente em todos os espaços acadêmicos. As práticas como componente curricular tem a carga horária de 400 horas, ao longo do curso, conforme orientações da Resolução nº 2/CNE/CP/2015.
Conforme o projeto pedagógico do curso as práticas como componente curricular serão desenvolvidas mediante procedimentos de observação, reflexão e intervenção visando à atuação em situações contextualizadas, com o registro dessas observações e a resolução das situações problemas que surgirem no decorrer das aulas. São oportunizadas através da realização de atividades de experiência tanto na Universidade, com a formação de grupos específicos e especiais para o seu desenvolvimento, como em escolas.
Percebemos que as práticas como componente curricular apresentadas no projeto pedagógico do curso têm como finalidade viabilizar a articulação e aplicação dos conhecimentos e aprendizagens que estão sendo desenvolvidas pelos acadêmicos desde o início da sua formação inicial visando desenvolver competências. Possibilita também estabelecer um elo de ligação entre o aprendido na universidade e o vivenciado em situações concretas do cotidiano escolar para o desenvolvimento de competência para o exercício da docência.
Perenoud (2002) destaca que a formação não é mais transmissão de conteúdo, mas sim construção de experiências formativas oriundas da aplicação e estimulação de situações de aprendizagem, dessa forma identificamos que e as PCC propostas pelo curso vem ao encontro dessa ideia.
Acreditamos que as PCC devem ser pensadas na perspectiva interdisciplinar, buscando uma prática que produza algo no âmbito do ensino e auxilie na formação da identidade do professor como educador. Essa prática deverá estar voltada para os procedimentos de observação e reflexão, o registro das observaçõesrealizadas e a resolução de situações-problema — sendo, portanto, direcionadas para o “âmbito do ensino” (profissão docente como, por exemplo), pois a concepção de prática curricular explicitada nos documentos assim a caracteriza (BRASIL, 2015).
Categoria 2 – Contribuições das PCC no desenvolvimento de competências e construção do conhecimento na formação inicial
Constatamos que todos os acadêmicos (100%) relataram que as PCC contribuíram no desenvolvimento de competências e na construção do conhecimento sendo consideradas “boas práticas”. Destacam como ponto importante o fato de proporcionar contato com os alunos, possibilitando o desenvolvimento de habilidades e competências tanto instrumentais e técnicas, como emocionais, éticas e de relacionamento tais como: segurança, desinibição, compreensão, cooperação, atenção e cuidado, contribuindo de forma geral para a formação inicial em educação física. 
Segundo os acadêmicos, a partir dessas vivências foi possível estabelecer relações entre o que foi vivenciado na prática o que era abordado durante as aulas teóricas. Isso fica evidente na fala do acadêmico 1, que destaca “Fazer-nos vivenciar as práticas (...), e principalmente a didática para ensiná-los futuramente”.
Também relataram experiências frustradas que tiveram e como essa a vivência proporcionou a experiência, a acadêmica 2, por exemplo, citou um fato que aconteceu com ela durante a realização de uma das práticas: "Houveram alguns inconvenientes e eu estava me sentindo mal, então a professora x conversou comigo e consegui mudar meus pensamentos, vi o que havia feito de bom e também que todo o inconveniente se transforma em experiência". Essas experiências formativas podem acontecer a partir de diferentes saberes docentes. Segundo Tardif (2012, p. 36) “pode-se definir o saber docente como um saber plural, formado pelo amálgama, mais ou menos coerente, de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experiências”.
Outro ponto importante abordado pelos acadêmicos foi que essas práticas contribuíram para tornar o ato da docência mais leve, a partir delas foi possível entender o processo progressivo de aprendizagem, facilitando aplicação de futuras intervenções pedagógicas.
Em relação ao olhar dos professores percebemos uma estreita relação com as falas dos acadêmicos. Todos os professores (100%) apresentaram princípios totalmente ligados aos feedbacks dados pelos acadêmicos, caracterizando as PCC como de grande importância, pelo fato da Educação Física ser constituída, principalmente, por vivências, e a prática da docência permeia por esse mesmo rumo. 
De acordo com os professores, a partir das PCC os acadêmicos vão ampliando o conhecimento sobre a dimensão conceitual que dizem respeito aos saberes, relacionando ao aspecto procedimental, a partir da experiência pedagógica realizada na escola, em específico o professor B transmitiu essa opinião e logo explicou, "todas aquelas possibilidades de conhecimentos técnicos, os acadêmicos vão didaticamente na experiência do professor, ele vai te encaminhar, tentando possibilitar com que essa aproximação com a prática em sala de aula, na "quadra de aula" vá se efetivando".
Destacam que as PCC possibilitam acertos e erros e com isso promove a reflexão, e tentam fazer adequações e ressignificar a prática pedagógica. Os professores pontuaram que buscam instrumentalizar o acadêmico para que ele possa fazer um trabalho com bastante bagagem, proporcionando a construção de sua identidade profissional. Os acadêmicos também destacam a importância do acompanhamento dos professores no planejamento e durante as vivências práticas de intervenção como explicita a acadêmica 2 “Todas as aulas eles (os professores), que nos davam auxilio e atenção sempre visando nosso crescimento”. Já o acadêmico 4 diz “são diversas as contribuições, além de conteúdo, acho de extrema importância a forma que o professor deve ajudar o aluno na execução, não somente passar a atividade e deixar que o aluno faça de qualquer maneira, mas sim auxiliar, corrigir quantas vezes for necessário e também compreender os limites de cada um”.
De acordo com o professor C, os próprios alunos percebem a importância dessa prática, "Já ouvi relatos nas apresentações de monografia, nos agradecimentos dos alunos, falando da importância das PCC na sua formação".
Existem os acadêmicos que são ainda mais explícitos sobre a contribuição das vivências de ensino desde o início do curso, como a acadêmica 2 “Tivemos segurança, desinibição, compreensão, cooperação, atenção e cuidado. Ao trabalharmos isso nas PCC, pudemos ir além de imaginar como poderia ser, e através da troca de saberes entre colegas, relações com crianças, professores nos proporcionaram um novo olhar, que poderá ser usado na atuação como docente”.
O posicionamento dos acadêmicos e dos professores, em relação ao processo de construção de conhecimento e desenvolvimento de competências através das PCC vem ao encontro da fala de Cunha (2003, p.4), isto é, “as práticas pedagógicas desempenham papel importante e diferencial de como o conhecimento é transmitido e recebido, quais os significados que serão atribuídos e como serão assimilados”.
Compreendemos que oportunizar essas experiências das PCC, a prática não ficaria isolada, restrita ao estágio, desarticulada do restante do curso, mas estaria presente desde o início do curso, permeando toda a formação inicial, articulando os diferentes saberes, oportunizando reflexões , constituindo-se, assim, na sua essência. Nesse contexto, entende-se as PCC,
“como práxis - ação refletida - concretizada desde o processo de planejamento curricular, planejamento de ensino e/ou planejamento de trabalho até as tomadas de decisão no dia a dia da docência, da orientação, da intervenção. É nessas práticas pedagógicas que o educador, professor, constitui sua identidade como profissional do magistério, agente social, com potencialidade para a transformação por meio do papel que exerce como profissional. (SOUZA NETO, SILVA , 2014, p.906)
Dessa forma, a formação inicial deve ser vista não apenas como um tempo para adquirir os conhecimentos básicos para o exercício profissional, em um contexto real, mas também como um período que oportuniza ao acadêmico situações de aprendizagem com o exercício das competências que possam ser mobilizadas, quando forem requeridas.
Categoria 3 – Relação Teórico-prática nas PCC
Identificamos que todos os acadêmicos perceberam a relação teórico-prática durante as experiências das PCC. Segundo os acadêmicos essa relação se estabelecia de forma muito organizada pelos professores e foi importante para romper a ideia de que só uma pode ser ensinada de cada vez, quando na verdade, elas andam juntas
Para os discentes, essa relação foi muito importante para "guiá-los" na hora das intervenções. As PCC possibilitam relacionar teoria e prática. Ressaltam que têm a oportunidade de re/construir os conhecimentos da prática docente quando estão vivenciam a docência, e essas reflexões vêm contribuindo para a superação dos medos iniciais. Possibilita a relação entre o aprendido e o vivenciado onde se concretiza a práxis. Isso fica evidente na fala do acadêmico 3, onde relatou que “essa relação foi muito importante, pois auxiliava para entender o processo progressivo da aprendizagem, facilitando de como colocar aquilo em prática”. A acadêmica 2, apresentou como era abordada essa relação durante as aulas, segundo ela "as aulas eram acompanhadas pelos professores, que nos davam auxilio e atenção sempre visando nosso crescimento", o que foi de suma importância, pois acabou servindo de exemplo de como eles deveriam agir nas intervenções.
Através das respostas dos questionários ressaltaram a importância das PCC como possibilidade de re/significar as aprendizagens, momento de reflexões sobre as situações vivenciadas durante as intervenções, os diálogos, teorizações e orientações dos professores das disciplinas que trabalham com as PCC conseguiram estreitar a relação teórico-prática.Assim como os acadêmicos, os professores também percebem a importância da relação teórico-prática. Todos os docentes relataram que uma das principais características abordadas nos planejamentos das aulas e nas intervenções realizadas pelos acadêmicos devem ter essa relação.
	Segundo o professor D "é fundamental para conseguir refletir sobre a intervenção, porque o conhecimento teórico está permeando em todos os lugares". O professor B apresentou uma fala muito importante, segundo ele "os benefícios dessas disciplinas que tem essa relação teórico-prático, junto com o professor orientador é justamente a segurança na hora de trabalhar a teoria e prática juntas, nós não estamos ali como uma mera figura para apontar os erros e defeitos, mas estamos ali para fazer uma leitura que pode a partir de uma situação aprender com ela.", o que já se relaciona com a fala dos próprios acadêmicos, que citam que essa relação feita pelos professores é de suma importância, que visa o crescimento dos mesmos. “Essas atividades, que devem buscar a correlação entre teoria e prática, exigem um movimento contínuo entre saber e fazer na busca de significados na gestão, administração e resolução de situações próprias do ambiente da educação escolar” (CARVALHO et al., 2002, p. 11).
Percebemos que as PCC estão conseguindo estreitar essa relação teoria e prática sendo essencial na formação inicial dos acadêmicos. Para que ocorra esse processo na sua práxis educativa é necessário que a formação inicial esteja voltada para as demandas trazidas pelos alunos, reforçando os conhecimentos e as competências já adquiridas, procurando sanar as lacunas e à medida do possível, evoluir nesse processo.
Segundo Barros et al (2011) é relevante para a formação docente fazer o elo de ligação entre a teoria e a prática, promovendo o seu desenvolvimento profissional através da práxis educativa.
Categoria 4 - Dificuldades das PCC
Em relação as dificuldades apresentadas no desenvolvimento das PCC todos os acadêmicos pontuaram que as relações entre teoria e prática contribuíram para a superação dos problemas na formação inicial em Educação Física, sem ela não seria possível ver o conteúdo de forma mais ampla. 
De acordo com o acadêmico 4 "[...] olhando na teoria algumas coisas parecem impossíveis de serem realizadas, mas quando postos em prática consegue-se ver que é possível. Grande parte de ser possível realizar é pelas diversas formas de auxílio e também “macetes” que são ensinados". 
Uma dificuldade citada pelo acadêmico B, foi que por exemplo em certas ocasiões eles não sabem a resposta, ou a decisão a ser tomada em alguma situação que acontece durante as intervenções, e através dessa relação teórico-prática conseguem assimilar e reproduzir posteriormente com mais consistência teórica e segurança prática. 
O professor D relatou um ponto negativo não abordado pelos demais professores em relação a dificuldades nessa relação de teoria e prática, onde segundo ele "essa questão é meio complicada, os acadêmicos algumas vezes não conseguem entender que a teoria é importante para a questão da prática, para melhor aplicá-la futuramente". 
Uma das dificuldades apresentadas foi em relação a falta de comprometimento de alguns acadêmicos. Isso foi evidenciado pelo professor C que relatou que nem todos os acadêmicos tem o mesmo comprometimento em relacionar a teoria com a prática, segundo ele "estes têm muita dificuldade mais tarde quando chegam na realização do estágio curricular vão ter lacunas na sua formação e muitos não atuando na profissão de maneira coerente". 
Em relação a compreensão das PCC, Costa e Tiago (2016) afirmam que uma das dificuldades enfrentadas pelas licenciaturas é a interpretação destas práticas, o que reflete nas diversas formas de implementá-las nos currículos. No estudo de Araujo e Leitinho (2014), que envolveu professores universitários de um curso de licenciatura em Educação Física, as autoras revelam que a maioria dos docentes não tem conhecimento sobre o que é a PCC e a sua importância para a formação inicial. 
Bisconsini e Oliveira (2018), destacam a importância de se realizar esforços para reconhecer e efetivar essas práticas nos cursos de licenciatura em Educação Física. É preciso provocar pequenos abalos em um processo que parece ainda muito linear e constante em suas iniciativas de mudanças curriculares.
Concordamos com a ideia de Bisconsini (2017, p.377), onde as PCC podem ser uma iniciativa importante para “contribuir no processo de formação inicial, já que aproximará os licenciados de seu futuro espaço interventivo simultaneamente ao trabalho com os conteúdos mobilizados na Universidade, a partir de uma relação articulada prática-teoria”.
3. Conclusão
A pesquisa ainda está em andamento, pois o projeto foi renovado. 
O Curso de Educação Física cumpre o previsto na legislação em relação a oferta de 400 h de PCC na formação inicial. Apresenta no seu projeto pedagógico as PCC com a finalidade viabilizar a articulação e aplicação dos conhecimentos e aprendizagens desenvolvidas pelos acadêmicos desde o início da sua formação inicial visando desenvolver competências. Possibilita também estabelecer um elo de ligação entre o aprendido na universidade e o vivenciado em situações concretas do cotidiano escolar. 
Até o momento constatamos, a partir das falas dos professores e acadêmicos que as práticas como componentes curriculares são potencializadoras no processo de constituição da docência, onde oportunizam experiências pedagógicas que favorecem a mobilização e construção de conhecimentos e desenvolvimento de competências.
Em relação a articulação teoria e prática identificamos que as PCC conseguiram estreitar essa relação, evidenciando a possibilidade dos acadêmicos de re/significar as aprendizagens, oportunizando momento de reflexões sobre as situações vivenciadas nas intervenções, favoreceu os diálogos, teorizações e orientações enfatizando a práxis pedagógica. 
As dificuldades apresentadas nas PCC referem-se a insegurança de alguns acadêmicos em relação aos procedimentos pedagógicos. Segundo os professores a falta de clareza e entendimento da articulação teórica- prática e a falta de comprometimento de alguns acadêmicos dificultam essa experiência.
Acreditamos que as PCC possam ser organizadas segundo o contexto programático das unidades de conhecimento do curso e oferecer aos acadêmicos, possibilidades de intervenções pedagógicas e vivências que permitam a construção de sua identidade docente.
Entendemos que além de cumprir uma norma das diretrizes para a formação de professores, a Prática como Componente Curricular no curso de Licenciatura em Educação Física pode potencializar o processo formativo, com oportunidades de atividades pedagógicas no contexto de intervenção, promovendo o pleno exercício da docência. 
Ressaltamos a necessidade de aprofundamento e estudo de práticas interdisciplinares e inovadoras para que de fato se concretize uma mudança curricular através de um eixo integrador no processo de formação docente.
4. Matérias Encaminhadas para Publicação
	MÜRMANN, C. V. E.; TEIXEIRA, L. F. Formação inicial em Educação Física: contribuições da prática como componente curricular no desenvolvimento de competências para a docência. Anais na XII Mostra de Pesquisa Ensino Extensão do Curso de Educação Física realizada na XV Semana Acadêmica do Curso de Educação Física da URI - Campus de Santo Ângelo, 2019.
	MÜRMANN, C. V. E.; TEIXEIRA, L. F. Ginástica para todos: construindo conhecimento na formação inicial em educação física. Anais na XII Mostra de Pesquisa Ensino Extensão do Curso de Educação Física realizada na XV Semana Acadêmica do Curso de Educação Física da URI - Campus de Santo Ângelo, 2019.
	BOTH, H. S; DEON, R. V; MÜRMANN, C. V. E.; TEIXEIRA, L. F. Atletismo no PIBID. Anais na XII Mostra de Pesquisa Ensino Extensão do Curso de Educação Física realizada na XV Semana Acadêmica do Curso de Educação Física da URI - Campus de Santo Ângelo, 2019.
	MÜRMANN, C. V. E.; TEIXEIRA, L. F. Lazer ativo: construindo conhecimentosna formação inicial em educação física. Anais na XII Mostra de Pesquisa Ensino Extensão do Curso de Educação Física realizada na XV Semana Acadêmica do Curso de Educação Física da URI - Campus de Santo Ângelo, 2019.
MÜRMANN, C. V. E.; TEIXEIRA, L. F. Lazer cidadão: vivências da cultura lúdica e suas contribuições para a inserção social. XXV Seminário Institucional de Iniciação Científica. XVII Seminário de Extensão –Santo Ângelo, 2019;
5. Outras Atividades de Interesse Universitário
Participação no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência;
Participação da Capacitação de Bolsistas, onde aconteceram orientações para os bolsistas iniciantes;
Organização e participação da IX Rua de Lazer;
Participação e organização da Gincana do programa União faz Vida no município de Alecrim;
Participação e organização da Gincana do programa União faz Vida no município de Tuparendi;
Premiada no Prêmio Destaque em Extensão, XXV Seminário Institucional de Iniciação Científica. XVII Seminário de Extensão – URI Campus Santo Ângelo, 2019;
Participação como monitora no Conexão URI;
Participação como monitora no Descubra Universidade;
Participação XV Semana Acadêmica da Educação Física URI – Santo Ângelo; Participação XII Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do Curso de Educação Física - URI Campus Santo Ângelo; 
Participação XXV Seminário Institucional de Iniciação Científica. XVII Seminário de Extensão –Santo Ângelo, 2019;
Participação e Organização da XVI Copa URI de atletismo;
Participação como monitora na Rústica 30 anos Escola Estadual de Ensino Fundamental Abílio Lauttert;
Participação no Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência;
Arbitragem no Torneio dos Grêmios Estudantis Colégio Marista – Santo Ângelo;
Arbitragem no Jogos Escolares do Rio Grande do Sul, fase municipal, Santo Ângelo;
Arbitragem no Jogos Escolares do Rio Grande do Sul, fase regional, Santo Ângelo;
6. Perspectivas de Continuidade ou Desdobramento do Projeto
O projeto foi renovado e terá mais um ano para ampliar os dados e a discussão.
Esse estudo não tem a pretensão de esgotar essa temática, mas que possa servir de subsídio para que os profissionais da área possam debater e refletir sobre o processo de formação inicial e o papel das práticas como componente curricular no desenvolvimento de competências profissionais na Educação Física.
	Espera-se que esta pesquisa possa contribuir com a construção do conhecimento no âmbito da Educação em geral, e mais especificamente com a Educação Física. Assim como contribuir com as discussões do Grupo Interdisciplinar em Educação Física fomentando a linha de pesquisa de Pedagogia do Movimento Humano, oferecendo subsídios para a intervenção do profissional de educação física visando a formação de um profissional pesquisador e reflexivo. Acreditamos contribuir com o desenvolvimento do ser humano propiciando práticas como componente curricular que possibilitem o desenvolvimento de competências para o exercício da docência.
Nossa intenção com este estudo é a partir dos dados e análises ampliar as discussões e buscar coletivamente alternativas sobre o processo de construção de conhecimento e qualificar o papel das práticas como componente curricular na formação inicial dos acadêmicos.
7. Referências Bibliográficas 
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