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Classificação do Solos do Ceará - PEDOLOGIA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT CURSO DE GEOGRAFIA BACHARELADO DISCIPLINA DE PEDOLOGIA
JOSÉ LUCAS MARQUES ALBUQUERQUE
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DO ESTADO DO CEARÁ
FORTALEZA – CE 2021
JOSÉ LUCAS MARQUES ALBUQUERQUE
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DO ESTADO DO CEARÁ
Trabalho da disciplina de Pedología apresentado a disciplina de Pedologia do curso de graduação em geografia do centro de ciências e tecnologias da Universidade Estadual do Ceará.
FORTALEZA – CE 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
DESCRIÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ	5
Território	5
Geologia	5
Hidrologia	6
Clima	8
Vegetação	9
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DO ESTADO DO CEARÁ	10
Latossolos e suas subclasses presentes do estado do Ceará	11
Argissolos e suas subclasses presentes no estado do Ceará	12
Nitossolos e suas subclasses do estado do Ceará	13
Chernossolos e suas subclasses do estado do Ceará	13
Luvissolos e suas subclasses no estado do Ceará	14
Planossolos e suas subclasses no estado do Ceará	14
Cambissolos e suas subclassificaçoes no estado Ceará	15
Vertissolos e suas subclasses no estado do Ceará	15
Neossolos e suas subclasses no estado do Ceará	17
Gleissolos no estado do Ceará	20
Organossolos no estado do Ceará	20
Plintossolos no estado do Ceará	21
Referencias	22
1. INTRODUÇÃO
O trabalho traz consigo uma análise descritiva dos solos do estado do Ceará bem como sua análise das estruturas geológica, climática e sua evolução na escala geológica. A discrição se dá sobre todos os tipos de solos existente no Ceará. O trabalho foi construído com base em dois grandes levantamento de solos, O Levantamento Explorativo de Reconhecimento dos Solos do Ceará – Volume I produzido em 1978 pela divisão de pesquisa pedológica vinculada ao ministério da agricultura e pelo Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA em 2006, dessa forma pudesse analisar de forma mais amplas os novos conceitos e acertos em relação ao primeiro e o mais recente trabalho sobre solos do brasil e solos do Estado do Ceará.
Foi utilizado também os mapas desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa Estratégia Econômica do Ceará – IPECE, além de mapas desenvolvidos pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM.
O Estado do Ceará possui três tipos com maior incidência, sendo o de maior ocorrência os solos do tipo Neossolos com cerca de 53.525,5 km² ou 35,96% da área do Estado. O segundo tipo de solos com maior ocorrência são os Argissolos com 36.720,6 km² ou 24,67% e o terceiro refere-se aos Luvissolos com 16,72% da área total do Estado ou 24.885,6 km². O estado do Ceará possui ao todo cerca de ao 12 de solos presente em todo território, cada um com suas características referentes a composição, texturas, cor, horizontes e etc.
Além disso, o estado possui suas características bem especificas como o bioma semiárido e quente úmido que vão influenciar diretamente na dinâmica do ecossistema cearense. Cada solo possui suas subdivisões/subclasses que dividem de maneira mais especifica e por característica de cada solo existente de na subclasse.
O conhecimento do local de desses tipos de solos é importante pois na medida que apresenta utilidade ao contexto social e econômico, estão também inter-relacionado aos demais recursos físicos, integrando-se a um levantamento de recursos naturais. No Ceará, de uma forma geral os solos apresentam-se com pouca profundidade, deficiências hídricas, pedregosidade e, principalmente, facilidade aos processos de erosão, em virtude de suas características morfológicas, físicas e químicas, o que exige a prática de ações conservacionistas para melhor aproveitamento de suas potencialidades, além disso, as análises dos solos, podem gerar mapas das cartografias do estado, dividir e classificar cada tipo de solo existente para fins diversos.
Devido a baixa concentração dos Organossolos, plintossolos e Gleissolos, não foi possível identificar suas subclasses durantes as análises bibliográficas.
 (
4
)
2. DESCRIÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ
Território
O estado do Ceará está localizado no norte da região Nordeste fazendo limite territorial com o oceano atlântico ao norte ao sul com Pernambuco, ao oeste com Bahia e leste com Rio Grande do Norte e Paraíba. Possui cerca de 148, 920, 472 Km² representando cerca de 9,37% da área do nordeste e 1,74% de todo território brasileiro.
Com uma população aproximadamente de 9, 075, 649 habitantes é o oitavo estado mais populoso do país, possuindo cerca de 184 municípios, sendo o terceiro mais rico do Nordeste e o decimo primeiro de todo o Nordeste.
Geologia
A geologia do Ceará (figura 1) possui formações como chapadas e cuestas. É delimitado pelo oceano atlântico ao norte, a oeste é delimitado pela Serra da Ibiapaba e ao leste e sul por chapadas. As chapadas são de formação sedimentares enquanto as serras e os inselbergs que também estão presentes em toda região fazem parte das formações cristalinas. Vale ressaltar três tempos dentro da escala geológica de grande importância para formação geológica do estado.
O primeiro é o holoceno aonde foram formados as praias, dunas, mangues, aluviões e os depósitos lacustres. O segundo é o Terciário aonde ouve a formação do grupo barreiras. E por fim, o terceiro, mas não único acontecimento, Cretáceo aonde tivemos a formação Exu, Santana, Jandaira, Açu e Iguatu indivisa.
FIGURA 1 - MAPA GEOLÓGICO DO ESTADO DO CEARÁ
Fonte – CPRM, 2021
Hidrologia
O território do estado do Ceará é divido por doze bacias hidrográficas (figura 2). A maior bacia do estado é referente a do rio Jaguaribe que é divido em três, o alto, médio e baixo
Jaguaribe possuindo cerca de 633km. No seu leito possui os dois maiores reservatórios de águas, o açude Orós com cerca de 2,1BI de M³ de água e o açude castanhão com cerca de 6,7BI de M³ de água sendo o maior açude do país.
O estudo e divisão das bacias é de extrema importância para manejo e abastecimento do estado, já que o mesmo passa por escassez de água em vários municípios.
FIGURA 2 - MAPA HIDROLÓGICO DO ESTADO DO CEARÁ
Fonte – IPECE, 2021
Clima
O clima do estado do Ceará é predominantemente semiárido e tropical. As regiões mais áridas se situam na depressão sertaneja com pluviosidades menores a 500mm. Há áreas denominadas como “semiáridos brandos” que se aproximam de 1.000mm, mas dentro de condições bem especificas como proximidade com a faixa litorânea.
A temperatura média é por volta de 20º nas áreas mais altas, podendo ser menor em períodos de pluviosidade maior e nos sertões por volta de 28º, porem a sensação termina é superior aos 30º devido à baixa umidade. O clima tropical é mais presente nos municípios junto ao litoral com pluviosidades entre 1.000mm e 1.500mm.
A escassez de água foi por muito tempo o maior problema do estado causando varias mortes bem como a movimentação de várias famílias em busca de água.
FIGURA 3 - MAPA DO CLIMA DO ESTADO DO CEARÁ
Fonte – IPECE, 2021
Vegetação
O estado do Ceará está inserido no domínio da caatinga, um domínio exclusivo da região nordeste e no qual o Ceará se encontra. Boa parte da vegetação também é exclusiva desse bioma já que a mesma precisa se adaptar as condições sobrepostas a elas como, por exemplo, a falta
de água e chuvas durante o ano, forte incidência solar e altos níveis de temperatura, além das condições de cada solo e suas respectivas formas.
Essa vegetação adaptada recebe o nome de vegetação xenófila. O estado também conta com parte de cerrados com vegetação carrasco com flora arbustiva e arbórea diferentemente da caatinga com seus cactos e bromeliáceas.
3 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DO ESTADO DO CEARÁ.
No Estado do Ceará é encontrado da mais variedade de solo, ao todo são cerca de 12 solos (figura 4), cada um com suas características físicas, químicas e biológicas, e sobre condições climáticas bem única do estado.
FIGURA 4 - MAPA DOS SOLOS DO CEARÁ
Fonte: IPECE, 2021
LATOSSOLOS E SUAS SUBCLASSES PRESENTESDO ESTADO DO CEARÁ
Os Latossolos são formados por um material mineral e seu horizonte B latossolico está abaixo de qualquer horizonte superficial. Além disso, têm um alto estagio de intemperização e
podem variar de bem drenados até fortemente. É um tipo de solo ácido com uma baixa saturação.
Os Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos Húmicos possuem uma coloração vermelho-amarelo e possuem uma superfície com uma camada rica em matéria orgânica. Além disso, são solos com baixa fertilidade. A textura pode ser média, argilosa ou argilosa cascalhenta e podem ser fracos ou moderada. São associados a um tipo de relevo plano ou suave ondulado com altitudes que variam de 650 a 950 metros. Abrangem em Araripe, Ibiapaba, Cariri, pequenas áreas do sertão do Alto Jaguaribe, Litoral e Sertão do Sudoeste. Já os Latossolos Vermelho-Amarelos Eutróficos são solos que possuem uma alta fertilidade. Sua textura é argilosa fraca, moderada ou média. São de relevos planos, suave ondulados, ondulados ou fortemente ondulados e a altitude varia de 10 a 700 metros. Localizam-se no Cariri, Araripe, Litoral, Sertão do Salgado, Apodi, Sertão Central e Pereiro.
Há os Latossolo Vermelho Argissólicos Eutróficos na qual são solos com um acúmulo de argila na superfície, têm uma alta fertilidade e são profundos e porosos. A textura pode se encontrar argilosa ou média com fraco, moderado ou ambas. Encontram-se em relevos suave ondulados, planos e ondulados. As altitudes podem variar de 200 a 800 metros. São localizados em Ibiapaba, Alto Jaguaribe, Sertão do Salgado, Centro-Norte e Araripe.
ARGISSOLOS E SUAS SUBCLASSES PRESENTES NO ESTADO DO CEARÁ
Os Argissolos são um tipo de solo formados por material mineral com uma baixa ou alta atividade de argila. São solos com profundidade variável e pode ser imperfeitamente drenado. Suas cores são avermelhadas ou amareladas, mas pode ocorrer a presença de cores brunadas ou acinzentadas. A textura pode variar de arenosa ou argilosa.
Os Argissolos Vermelho-Amarelos possuem cores vermelho-amareladas ou amarelo- avermelhadas por conta da mistura dos óxidos de ferro hematita e goethita. Possuem uma textura média, argilosa, cascalhenta e arenosa e com isso pode ser fraco ou moderado. Estão em relevos ondulados, montanhosos, planos e suave ondulados com altitudes de 10 a 1000 metros. É encontrado em Baturité, Litoral e Sertão do Baixo Jaguaribe.
Os Argissolos Vermelho-Amarelos Alíticos Abrúpticos são solos que dificultam a infiltração de água, são suscetíveis a erosão e de baixa fertilidade. A textura é arenosa, média ou ambas e podem ser fracas. O relevo destes solos podem ser planas e suave ondulados. As altitudes destes relevos são de 50 a 130 metros. Ocupam áreas do Litoral, Sertão do Baixo Jaguaribe e pequenas partes de Pereiro, Médio Jaguaribe e Central. Já os Argissolos Vermelho-
Amarelos Alíticos Abrúpticos são solos que também contém a drenagem imperfeita e há uma certa restrição da profundidade do solo. É possível observar uma textura arenosa, argilosa ou média podendo ser fraco ou até mesmo moderado. São de relevo plano e suave ondulado com altitudes de 10 a 70 metros. Os locais onde se encontram é em Baturité, Litoral e Sertão do Baixo Jaguaribe.
Outro Argissolo é o Vermelho-Amarelo Eutróficos na qual possuem solos ricos. Sua textura pode ser argilosa, cascalhenta, argilosa e média e com isso podem ser fracos, moderado ou chernozêmico. Os relevos associados são fortes ondulados e montanhosos com altitudes de 10 a 1000 metros. Abrange quase todas as áreas do Estado menos nos Sertões do Baixo e Médio Jaguaribe.
Os Argissolos Bruno-Acinzentados Frangipânicos são solos com presença de fragipa e que possuem dificuldade de penetração de raízes e água. Contém uma textura média e pode ser fraco e moderado. O relevo destes solos podem ser planos e suave ondulados com altitudes de 20 a 80 metros. Localizam-se no Litoral.
NITOSSOLOS E SUAS SUBCLASSES DO ESTADO DO CEARÁ
Solos constituídos por material mineral, com horizonte B nítico, textura argilosa ou muito argilosa (teores de argila maiores que 350g/kg de solo a partir do horizonte A), estrutura em blocos sub-angulares ou angulares, ou prismática, de grau moderado ou forte, com serosidade expressiva nas superfícies dos agregados e gradiente textural menor que 1,5.
No estado do Ceará encontramos a Terra Roxa Estruturada Similar Eutrófica, com as características de ser fraca e moderada e com textura argilosa, é encontrada no Alto Jaguaribe e traz derivações do gnaisse e migmatito. Ao segundo achado dessa mesma dominação e só moderada, mas com textura argilosa é encontrada no sertão Central, Salgado e Sudoeste do estado. E o terceiro tipo de solo da mesma família é fraco e moderado com textura argilosa, mas é um solo originário e é encontrado no Cariri e Araripe, sua derivação é o migmatito e gnaisse.
CHERNOSSOLOS E SUAS SUBCLASSES DO ESTADO DO CEARÁ
Solos constituídos por material mineral que tem como características diferenciais: alta saturação por bases e horizonte A chernozêmico sobrejacente a horizonte B textural ou B incipiente com argila de atividade alta, ou sobre horizonte C carbonático ou horizonte cálcico, ou ainda sobre a rocha, quando o horizonte A apresentar concentração de carbonato de cálcio.
O horizonte A chernozêmico pode ser menos espesso (com 10 cm ou mais) de espessura quando seguido de horizonte B com caráter ebânico. No Ceará foi encontrado o Brunizem Avermelhado, tem textura argilosa e é proveniente do gnaisse, anfibolito e micaxisto e são encontrados no sertão Central.
LUVISSOLOS E SUAS SUBCLASSES NO ESTADO DO CEARÁ
Compreende solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural com argila de atividade alta e saturação de bases elevada, imediatamente abaixo do horizonte A ou horizonte
E. Apresentam diversos horizontes A chernozêmico e horizonte hístico.
No estado do Ceará encontramos, a subclasse do luvissolo, o solo bruno não cálcico de textura argilosa, eles foram encontrados na zona de litoral, na região do Baturité e na serra de Ibiapaba, são derivados do gnaisse, xisto, micaxisto e anfibolito e filonito. O outro solo da mesma classe encontrado é com a mesma denominação, mas com textura vértico argilosa ele apresenta a mesma composição e é localizado no Araripe.
PLANOSSOLOS E SUAS SUBCLASSES NO ESTADO DO CEARÁ.
São solos minerais com irregularidades ou mal drenados, com o horizonte superficial ou subsuperficial eluvial de textura mais leve que reflete significativamente com o horizonte B ou com transição forte mais perceptível na diferença de textura do A para o horizonte B, sendo mais adensado, geralmente com uma forte concentração de argila de permeabilidade lenta ou muito lenta.
Dentro dessa classificação surge então quatro subclassificações desse tipo de solo. A primeira é o planosol solódico com horizonte a fraco e moderado e de textura arenosa/média e argilosa. São solos derivados de gnaisse e micaxisto, sofrendo influência em algumas áreas de material sedimentar nos horizontes superficiais. O relevo mostra características piano e suave ondulado com altitude entre 50 e 160 metros. A segunda é o planosolo solódico que possui o horizonte A com fraca/media textura arenosa e argilosa. Esse tipo de solos é desenvolvido principalmente de gnaisse, micaxisto, migmatito e anfibolito, ocorrendo pequenas áreas onde desenvolvem-se o diorito, granito ou de sedimentos do Grupo Barreiras e Holoceno capeando rochas do Cristalino. O material de origem é constituído por rochas do Grupo Jaibaras. O relevo desenvolve-se em formato piano e suave ondulado, apresentando altitude diferentes, sendo de 20 a 300 metros em áreas do Litoral, sertão Centro-Norte e Pereiro e de 300 a 600 metros no restante das áreas do estado com exceção apenas das zonas fisiográficas do Cariri, Araripe e
Ibiapaba. A terceira subclasse é o planosol solódico com horizonte A fraco e com textura indiscriminada. Esses solos são derivados de gnaisse ligados ao Pré-Cambriano Indiviso e de sedimentos arenosos, siltosos e argilosos não consolidadosdo Holoceno. Seu relevo possui características de piano com altitude variando de 10 a 180 metros. No estado do Ceará ele situa- se em áreas do Litoral, Baturité, sertões do vale do Jaguaribe e Salgado. O quarto é a subclasse lanosol solodico com horizonte A (vértico) fraco e textura média/argilosa. Esse solo é derivado de saprólito do gnaisse do Pré-Cambriano Indiviso, argilitos e siltitos do Grupo Jaibaras, referidos ao Cambro-Ordoviciano. Relevo com aspectos de piano e suave ondulado com altitude variando de 120 a 240 metros. Encontrado na Zona do sertão Centro-Norte.
CAMBISSOLOS E SUAS SUBCLASSIFICAÇOES NO ESTADO CEARÁ.
São solos constituídos por material mineral, com horizonte B inicialmente sobreposta a qualquer outro tipo de horizonte superficial, desde que em qualquer dos casos não enquadre os requisitos para serem colocados nas classes dos Vertissolos, Chernossolos, Plintossolos e Organossolos. Têm sequência de horizontes A, B, C, com ou sem R.
Suas subclasses presentes no Ceará são apenas 1, a cambisolo eutrófico que possui horizonte A fraco e moderado textura argilosa e abrange solos derivados de calcário e de arenito calcífero da formação Jandaira, dentro do Cretáceo. Seu relevo possui características de piano com altitude variando de 120 a 140 metros, sendo encontrado na zona do sertão do Baixo Jaguaribe.
VERTISSOLOS E SUAS SUBCLASSES NO ESTADO DO CEARÁ.
Solos minerais argilosos que possuem horizonte vértico e pequena variação textural ao longo do perfil, nunca suficiente para caracterizar um horizonte B textural. Apresentam pronunciadas mudanças de volume com o aumento do teor de água no solo, fendas profundas na época seca ou superfícies de fricção (slickensides). Estas características resultam da grande movimentação da massa do solo que se contrai e fendilha quando seca e se expande quando úmida, em decorrência de argilas expansíveis.
Nessa perceptiva o Ceará possui oito subclasses desse solo. A primeira é a vertisol que possui o horizonte A chernozêmico, ou seja, são solos derivados de calcário, margas e folhelhos da Formação Santana inseridas no Cretáceo e de margas, folhelhos e siltitos da Formação Aliança inseridos no Jurássico Superior, além de sedimentos argilosos do Holoceno. O seu relevo apresenta características de piano, suave ondulado e ondulado com altitude variando de
300 a 600 metros. Situando-se em áreas das zonas do Araripe e Cariri. A segunda subclasse é a vertisol com horizonte A fraco e moderado. São solos derivados de sedimentos não consolidados, margas, folhelhos, calcários sedimentar e metamórfico, argilito, siltito, gnaisse e anfibolito, referidos ao Holoceno, Cretáceo, Jurássico Superior e Pré-Cambriano Indiviso. O relevo possui característica de piano e suave ondulado com altitude variando de 20 a 350 metros. Abrange áreas do Litoral, Cariri, sertões do Salgado e Alto Jaguaribe, Central e Baixo Jaguaribe. A terceira subclasses é a solonetz solodizado com o horizonte A fraco, textura arenosa/média e argilosa e indiscriminada. São solos com gnaisse, migmatito e micaxisto, além de granito e diorito, apresentando influência de cobertura de material sedimentar. Em algumas áreas constituem também material de origem destes solos, rochas referidas ao Cretáceo e sedimentos não consolidados do Holoceno. O relevo possui aspectos de piano e suave/ ondulado com altitudes com variação de 250 a 600 metros na quase totalidade das áreas, decrescendo para 10 a 250 metros no Litoral ou em áreas próximas. Esse solo ocorre em pequenas áreas distribuídas em todo o Estado, excetuando-se as zonas fisiográficas do Araripe, Cariri, Pereiro e Ibiapaba, concentrando-se principalmente na região semiárida. A quarta subclasse é a solonchak solonétzico com horizonte A fraco e textura indiscriminada, situa-se em pequenas áreas do litoral, nas proximidades das desembocaduras dos rios e abrange solos derivados de sedimentos argilo-siltosos e arenosos do Holoceno influenciados pelo mar. Possuindo relevo com aspectos de piano com altitude entre 0 e 10 metros. A quinta subclasse é a dos solos indiscriminados de mangues com textura indiscriminada. Compreende solos derivados de material muito fino e também de material mais grosseiro, ambos em mistura com detritos orgânicos, influenciados pelo mar, referidos ao Holoceno. O relevo possui características de piano com altitude entre 0 e 10 metros. Abrange pequenas áreas do Litoral, nas desembocaduras dos rios. O sexto são os solos halomórficos indiscrtminados. São solos derivados predominantemente de sedimentos arenosos, argilosos e siltosos, não consolidados, referidos ao Holoceno. Com relevo de piano e altitude variando de 10 a 250 metros. Situa-se em áreas do Litoral, Cariri, Baturité e sertões Centro-Norte, Baixo Jaguaribe e Salgado e Alto Jaguaribe. O sétimo é a laterita hidromórflca distrófica com horizonte a fraco com textura argilosa e média, são solos desenvolvidos de material argilo-arenoso que recobre rochas do Cretáceo e Pré- Cambriano. Com relevo de piano e suave ondulado com altitude variando de 550 a 680 metros. Se encontra em pequenas áreas da zona do Araripe. E a oitava e última subclasse dos vertissolos presentes no Ceará é a laterita hidromórfica eutrófica com horizonte a fraco e moderado e textura argilosa cascalhenta. Esse tipo de solo está em pequenas áreas do Litoral e do sertão Centro-Norte. São solos derivados de uma delgada cobertura de material argila-arenoso do
Terciário sobre rochas do Pré-Cambriano com relevo piano e suave ondulado com altitude variando de 50 a 100 metros.
NEOSSOLOS E SUAS SUBCLASSES NO ESTADO DO CEARÁ
São solos constituídos por material mineral, não hidromórficos, ou por material orgânico pouco grosso que não apresentam alterações expressivas em relação ao material inicial devido à baixa intensidade de atuação dos processos pedogenéticos. São solos pouco desenvolvidos que não apresentam horizonte B diagnóstico. Possuem sequência de horizontes A–R, A–C–R, A–Cr–R, A Cr, A–C, O–R ou H–C sem atender os requisitos estabelecidos para serem identificados nas classes dos Chernossolos, Vertissolos, Plintossolos, Organossolos ou Gleissolos.
No estado é possível identificar vinte e um (21) subclasses de neossolos. O primeiro são os solos aluviais eutróficos com horizonte A fraco, moderado e chernozêmico e de textura indiscriminada. Situa-se em áreas do Litoral, Baturité, Cariri e dos sertões do Baixo Jaguaribe, Salgado e Alto Jaguaribe e Centro-Norte. São derivados de sedimentos arenosos, argilosos e siltosos, não consolidados, do Holoceno. Possui relevo com características do tipo piano com altitude variando de 10 a 80 metros no Litoral e sertão do Baixo Jaguaribe e de 80 a 440 metros nas demais áreas. O segundo são os solos litólicos eutróficos com horizonte A moderado e chernozêmico com textura média e argilosa. São solos derivados de gnaisse, migmatito e granito. O relevo possui características de ondulado e montanhoso com altitude variando de 300 a 350 metros no Litoral e 550 a 700 metros em outras áreas. As áreas vão desde das zonas fisiográficas do Litoral e partes dos sertões do Centro Norte, Central e do Sudoeste. O terceiro são os solos litólicos eutróficos com horizonte A fraco, moderado e chernozêmico com textura arenosa e média. Possui os solos derivados de gnaisse, migmatito, micaxisto, granito e anfibolito. O relevo possui aspectos forte ondulado e montanhoso excetuando-se as áreas de símbolo que se apresentam com relevo suave ondulado e ondulado. Altitudes variando de 200 a 700 metros, atingindo cerca de 900 metros nas partes mais elevadas da serra de Baturité. Abrange áreas das zonas fisiográficas de Baturité, Litoral e sertões do Central e Centro-Norte. A quarta subclasse é a dos solos litólicos eutróficos com horizonte A fraco e moderado, textura média e argilosa. Situa-se em áreas das zonas fisiográficas do Araripe e sertão do Baixo Jaguaribe. Os solos são desenvolvidos de gnaisse, migmatito, filonito e granito. O relevo é do tipo piano e suave ondulado com altitudes variando de 120a 140 metros e 500 a 600 metros. A quinta subclasse é dos solos litólicos eutróficos com horizonte A fraco e moderado, mas de
textura média e siltosa. Esses são solos derivados de filito e ardósia, referidos ao Pré-Cambriano com o relevo suave ondulado e forte ondulado com altitude variando de 300 a 600 metros. Abrange áreas das zonas fisiográficas do Cariri e sertão do Salgado e Alto Jaguaribe. A sexta subclasse é a dos solos litólicos eutróficos com horizonte A fraco e moderado, textura arenosa média e argilosa. São solos derivados de gnaisse e migmatito do Pré-Cambriano Indiviso e de quartzito e micaxisto referidos ao Pré-Cambriano A com relevo do tipo piano a ondulado com altitude variando de 100 a 700 metros. Situa-se em pequena área da zona do Litoral, na encosta norte da cuestas da Ibiapaba. A sétima subclasses é a dos solos litólicos eutróficos com horizonte A fraco e moderado e de textura arenosa e média. Abrange áreas em todas as zonas fisiográficas do Estado, com exceção as da Ibiapaba e sertão do Médio Jaguaribe. São solos derivados principalmente de gnaisse, migmatito, micaxisto e granito bem como filonito e quartzito. O Relevo é predominantemente forte ondulado e montanhoso, ocorrendo também suave ondulado e ondulado com altitude variando de 130 a 750 metros. A oitava subclasses solos litólicos eutróficos com horizontes A fraco e de textura média e siltosa. Abrange solos desenvolvidos de filito. O relevo tem aspecto suave ondulado e ondulado, altitude variando de 250 a 300 metros. Se apresenta na zona do sertão de Salgado e Alto Jaguaribe. A nona subclasse é dos solos litólicos eutróficos com horizonte A fraco, textura arenosa, média e argilosa. Situa- se em áreas do sertão Centro-Norte e Litoral. Compreende solos derivados de arenitos, argilitos e siltitos do Grupo Jaibaras, referidos ao Cambro-Ordoviciano. Possui relevo do tipo piano e suave ondulado com altitude variando de 60 a 200 metros.
A decima subclasse é as dos solos litólicos eutrófïcos com horizontes A fraco, textura arenosa e média. São os solos desenvolvidos de gnaisse, migmatito, micaxisto e granito, anfibolito e filito em pequenas áreas. O relevo é suave ondulado com pequenas áreas de forte ondulado e montanhoso, ocorrendo áreas planas. Altitude predominante variando de 200 a 600 metros, apresentando-se em áreas no Litoral, Sertão do Baixo Jaguaribe, Pereiro e Baturité com altitude entre 20 e 200 metros, ocorrem também em pequenas áreas com até 750 metros de altitude. Expande-se das áreas em todas as zonas fisiográficas do Estado, com exceção da Ibiapaba. A decima primeira é dos solos litólicos eutróficos – indiscriminados. Situa-se nas regiões da Ibiapaba, sertão do Sudoeste e em pequenas áreas do sertão Centro-Norte e Litoral. Vai desde solos derivados de arenitos, quartzitos e rochas gnáissicas em áreas de contacto entre o Siluriano-Devoniano Inferior e o Pré-Cambriano Indiviso. O relevo é forte ondulado e montanhoso e altitude variando de 350 a 750 metros. A decima segunda subclasse é a dos solos litólicos eutröficos e distróficos com horizonte A fraco e moderado, textura arenosa e média. Compreende solos desenvolvidos de rochas referidas aos seguintes períodos - Pré-Cambriano
A e Indiviso, Cambro-Ordoviciano, Siluriano, Jurássico Superior, Cretáceo e também Plutônicas Ácidas. Abrange áreas em todas as zonas fisiográficas do estado, exceto Ibiapaba, Baturité e Pereiro. A decima terceira subclasse são as dos solos litólicos eutróficos e distróficos com horizonte A fraco e de textura indiscriminada. Abrange solos derivados de arenitos. siltitos e argilitos, do Grupo Rio do Peixe do Cretáceo. Relevo é do tipo piano e suave ondulado, altitude variando de 250 a 300 metros. E estende-se a Zona do sertão do Salgado e Alto Jaguaribe. A decima quarta solos litölicos eutróficos e distróficos com horizonte A indiscriminado, textura arenosa, média e argilosa. Compreende solos derivados de material coluvial do Holoceno e de arenitos, margas, calcários, argilitos e folhelhos, ambas do Cretáceo. O relevo é ondulado a montanhoso e altitude variando de 450 a 650 metros. Ocorre em áreas das zonas do Cariri e Araripe. A decima quinta subclasse de solos é a dos litölicos distróficos de horizonte A fraco e moderado, textura arenosa. Abrange solos derivados de arenitos das formações Tacaratu, Aliança e Serra Grande. O relevo é suave ondulado e ondulado com altitude variando de 500 a 850métros. Localiza-se em áreas das zonas da Ibiapaba e Cariri. A decima sexta subclasse é a dos regosolos diströfico (com fragipan) de horizonte A fraco, textura arenosa. Compreende solos derivados de gnaisse e migmatitos referidos ao Pré-Cambriano Indiviso e granito com influência em algumas áreas de material sedimentar. O relevo é do tipo piano e suave ondulado com altitude variando de 50 a 200 metros. Situa-se em pequenas áreas das zonas do Litoral, Baturité e sertão Centro-Norte. A decima sétima subclasse é a do regosolo eutrófico (com fragipan) com horizonte A fraco e textura arenosa. Compreende solos provenientes de arenitos feldspatos da Formação Açu, cretáceo, migmatito do Pré-Cambriano Indiviso e granitos. Relevo do tipo piano e suave ondulado com altitude variando de 50 a 230 metros. Abrange pequenas áreas das zonas do Litoral e sertões Central, Centro-Norte e Baixo e Médio Jaguaribe. A decima oitava é subclasse é a do regosol eutrófico de horizonte A fraco com textura arenosa cascalhenta. Zona do sertão Centro-Norte. Abrange solos derivados de granito, com influência de material sedimentar com relevo do tipo piano e suave ondulado, altitude variando de 200 a 250 metros. A decima nona subclasse é das areias quartzosas diströficas que possuem horizonte A fraco e moderado. Compreende solos desenvolvidos de sedimentos do Grupo Barreiras (Terciário), arenitos das Formações Serra Grande, Missão Velha (Jurássico Superior), Tacaratu, Açu (Cretáceo) e sedimentos não consolidados (Holoceno). Apresenta relevo do tipo piano e suave ondulado com altitude variando de 0 a 130 metros no Litoral e sertões do Baixo e Médio Jaguaribe, ocorrendo até 700 metros (Red8) e entre 340 e 850 metros nas demais áreas. Localiza-se em extensas áreas das zonas fisiográficas do Litoral, Ibiapaba, sertões do Baixo e Médio Jaguaribe e em áreas menores no Cariri, sertão
do Sudoeste, Baturité e Pereiro. A vigésima subclasse de solo é das areias quartzosas distróficas (dunas). São solos derivados de sedimentos arenosos não consolidados referidos ao Holoceno. O relevo é suave ondulado e ondulado com altitude variando de 0 a 30 metros. E por fim, a última subclasse presente no Ceará é dos afloramentos de rochas. Abrange áreas em todas as zonas fisiográficas do Estado. São representados por rochas do Pré-Cambriano Indiviso, Pré- Cambriano A, Cretáceo, Jurássico Superior, Devoniano Indiviso, Siluriano-Devoniano Inferior e por Plutônicas Ácidas.
GLEISSOLOS NO ESTADO DO CEARÁ
São solos hidromórficos, constituídos por material mineral que apresentam horizonte dentro de 150cm da superfície do solo sendo ele abaixo dos horizontes A ou E. Pode também ser de horizonte hístico com uma espessura media para definir a classe dos Organossolos. O Gleissolos é resultante de processos de intensa redução de compostos de ferro quando houver matéria orgânica, com ou sem mudança de oxidação em condições de regime de muita umidade permanente ou periódico. São solos que não apresentam textura somente de areia ou areia franca, mesmo em todos os horizontes dentro dos primeiros 150cm da superfície do solo, mesmo em horizonte vértico ou horizonte B textural com mudança de textura. E o horizonte plíntico (quando houver) deve estar à profundidade maior que 200cm da superfície do solo.
No estado do Ceará (figura 4) esses solos estão dispostos a Norte e a Leste do estado. Municípios a Leste como de Fortim, Aracati, Icapui dentro outros, apresentam esse tipo de solo em suas regiões. Ao Norte os municípios de Bela Cruz se destacam com a incidência de Gleissolos cercado Organossolos que são solos com matériaorgânica e que são necessários para formação dos gleissolos quando houver redução dos compostos de ferros.
ORGANOSSOLOS NO ESTADO DO CEARÁ
São solos pouco evoluídos com características bem especificas de material orgânico, pois possuem coloração preta ou cinzenta muito escura ou brunada. Resultado de acumulação de restos vegetais e decomposição em condições de drenagem bem especificas ou em ambientes úmidos de altitudes elevadas, saturados com água por apenas poucos dias durante o período chuvoso.
Esta classe engloba solos com horizontes de constituição orgânica (H ou O), com grande proporção de resíduos vegetais em grau variado de decomposição que podem se sobrepor ou estarem entremeados por horizontes ou camadas minerais de largura variáveis. São solos
fortemente ácidos, apresentando alta capacidade de troca de cátions e baixa saturação por bases, com ocorrências de saturação média ou alta. Ocorrem normalmente em áreas baixas de várzeas, depressões e locais de surgentes com vegetação hidrófila ou higrófila, podendo ser do tipo campestre ou florestal.
No estado do Ceará (figura 4) os Organossolos estão presentes apenas ao Norte do estado no município de Acaraú e ao leste no município de Aracati. Os Organossolos estão em áreas que estão saturadas com água por poucos dias (menos de 30 dias consecutivos) no período das chuvas, situadas em regiões de altitudes elevadas e úmidas durante todo o ano, neste caso estando normalmente sobre rochas não fraturadas.
PLINTOSSOLOS NO ESTADO DO CEARÁ
São solos constituídos por material mineral com horizonte plíntico, litoplíntico ou concrecionário, todos são resultados da separação do ferro do solo que por sua vez, atua como agente de cimentação. São fortemente ácidos, podem apresentar saturação por bases baixo ou alta, predominando os de baixa saturação.
No estado do Ceará (figura 4) esse tipo de solo pode ser encontrado com mais predominância no município de São Gonçalo do Amarante. Por ser um solo extremamente acido ele pode se representar de duas maneiras eutróficos que seria com forte acidez ou distróficos com baixa acidez, sendo o distrófico o mais predominante. São típicos de zonas quentes e úmidas com estação seca bem definida ou que apresentem um período com baixa continua das chuvas. No entanto ocorrem também na zona equatorial pré - úmida.
REFERENCIAS
ALMEIDA, E. P. C.; SANTOS, H. G.; ZARONI, M. J. Latossolos Vermelho-Amarelos. EMBRAPE, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: < Agência Embrapa de Informação Tecnológica - Latossolos Vermelho-Amarelos >. Acesso em: 26 fev. 2021.
DNPE, Departamento Nacional de Pesquisa e Experimentação. Levantamento exploratório
– reconhecimento de solos do estado ceara. 1. V. Recife: Ministério da Agricultura, 1973.
EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-SPI, 2006.
IPCE, Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Ceará em Mapas. IPECE. Disponível em: < Ceará em Mapas - Meio Ambiente - Texto (ipece.ce.gov.br)>. Acesso em: 26 fev. 2021.
SANTOS, H. G.; ZARONI, M. J.; ALMEIDA, E. P. C. Argissolos Vermelho-Amarelos. EMBRAPE, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: < Agência Embrapa de Informação Tecnológica - Argissolos Vermelho-Amarelos >. Acesso em: 26 fev. 2021.
ZARONI, M. J.; SANTOS, H. G. Plintossolos. EMBRAPE, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: < Agência Embrapa de Informação Tecnológica - Plintossolos Pétricos >. Acesso em: 26 fev. 2021.

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