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AN02FREV001/REV 3.0 
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
A GLOBALIZAÇÃO E O MERCOSUL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 
 
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CURSO DE 
A GLOBALIZAÇÃO E O MERCOSUL 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO ÚNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1 A GLOBALIZAÇÃO E O MERCOSUL 
1.1 O MUNDO GLOBALIZADO 
1.1.1 A Globalização 
1.1.2 Definição 
1.1.3 Capitalismo Global e o Trabalho Informal 
1.2 OS BLOCOS ECONÔMICOS 
1.2.1 Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) 
1.2.2 Comunidade dos Estados Independentes (CEI) 
1.2.3 Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) 
1.2.4 Comunidade Econômica Europeia (CEE) 
1.2.5 Grupo dos Oito 
1.2.6 O Mercosul 
1.3 A ALCA SOBRE O SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO 
1.4 A IMPORTÂNCIA DO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA 
1.4.1 A Relação entre a União Europeia e o Mercosul 
1.4.2 Meios Financeiros da União Europeia e do Mercosul 
1.5 OS DIREITOS HUMANOS E A GLOBALIZAÇÃO 
1.5.1 Definição de Direitos Humanos 
1.5.2 Os Direitos Humanos e o Avanço no Processo de Globalização 
1.6 DIREITOS HUMANOS E O MERCOSUL 
1.6.1 A Defesa dos Direitos Fundamentais e o Mercosul 
1.6.2 A Eficácia da Proteção dos Direitos Humanos 
1.6.3 Os Direitos Humanos como Instrumento Humanizador 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO ÚNICO 
 
 
1 A GLOBALIZAÇÃO E O MERCOSUL 
 
 
1.1 O MUNDO GLOBALIZADO 
 
 
1.1.1 A Globalização 
 
 
As expressões mundialização (de origem francesa) ou globalização (anglo-
saxã) não possuem significado jurídico. Trata-se de expressões oriundas do meio 
jornalístico, que traduzem um fenômeno econômico, consequência inevitável do 
liberalismo que faz emergir um mercado mundial interdependente. Assim, chama-se 
globalização ou mundialização o crescimento da interdependência de todos os 
povos e países. 
A globalização pode ser percebida como um instrumento de descrição de 
uma suposta realidade. Ela é percebida por alguns como valor ideológico. É, de fato, 
a etapa mais recente da história das relações entre os homens e suas organizações 
coletivas. É marcada pela expansão da liquidez do capital, que se tornou um ativo 
operado por fundos autônomos sem regularização do Estado, inclusive dos mais 
poderosos. 
A globalização coloca em evidência que, dentro de seus limites territoriais, o 
Estado tampouco dispõe da autonomia e independência consagrada pelo direito 
internacional. Trata-se de fato novo que foge ao costume, ou seja, internamente a 
globalização contesta a exclusividade do exercício da soberania do Estado sobre um 
território delimitado. 
Duas características de globalização devem ser ressaltadas: por um lado, é 
de sua própria essência que o processo desconheça fronteiras nacionais, 
introduzindo a desterritorialização das atividades de produção e de consumo. Por 
 
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outro, as decisões do mundo global decorrem de centros de interesses privados, 
independentes, autônomos e dotados de um poder real cuja natureza e intensidade 
transcende o tradicional poder dos Estados. 
 
 
1.1.2 Definição 
 
 
Nos anos 80 surgiu uma ideia específica de globalização, cujo processo 
passou a questionar a ordem mundial. É a fase mais avançada do capitalismo, pois 
com a caída do socialismo o sistema capitalista se tornou predominante no mundo. 
Globalização é o conjunto de transformações econômicas e políticas que vem 
acontecendo nas últimas décadas. Arnaud salienta que “a globalização começou a 
ser debatida na década de 80 pelos anglo-saxões”. 
Assim, a popularização do termo globalização ocorreu em meados de 1980 
e rapidamente passou a ser associado aos aspectos financeiros inerentes a esse 
processo. Esse termo designa um fenômeno de abertura das economias e das 
respectivas fronteiras em resultado do acentuado crescimento das trocas 
internacionais de mercadorias; da intensificação dos movimentos de capitais; da 
circulação de pessoas, do conhecimento e da informação. 
Sua principal característica é a integração dos mercados mundiais com a 
exploração de grandes empresas multinacionais. É um processo de integração 
social, política e econômica entre os países e as pessoas do mundo todo, em que os 
governos e as empresas trocam ideias. Esse processo de globalização ocorreu em 
razão das inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na 
informática. 
A partir da televisão, da internet, do aparelho de fax, da telefonia fixa e 
móvel e outros meios de comunicação foi possível a difusão de informações entre as 
empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo. Com a 
evolução da microeletrônica deu-se uma das principais condições para que todo o 
desenvolvimento da informática e da telemática se processasse. Esse avanço 
permitiu o surgimento da sociedade em rede, que interliga pessoas, empresas em 
diferentes sociedades do mundo. 
 
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A evolução dos meios de comunicação não é um processo novo, pois desde 
o século XIX a melhoria dos meios de transportes proporcionou uma redução do 
custo das viagens e impulsionou os transportes de mercadorias. A globalização 
nada mais é do que um processo de integração que envolve razões políticas e 
econômicas, visando o crescimento global de todas as partes envolvidas. 
Esse processo passou a ser considerado como uma constante no mundo 
moderno. Possui pontos negativos e positivos. Como pontos negativos, podemos 
dizer que ela nos impõe uma série de fatores que nem sempre precisamos ou 
queremos, porém um ponto positivo é justamente a liberdade que temos de discutir 
esses fatores internamente. 
Também temos como fator negativo da globalização a imposição da ideia 
capitalista, que tenta nos fazer acreditar que o dinheiro é a riqueza maior do ser 
humano, e nós precisamos saber que isso não é verdade, sendo o dinheiro 
simplesmente a expressão simbólica da riqueza. 
 
 
1.1.3 Capitalismo Global e o Trabalho Informal 
 
 
A partir da década de 1980 observamos uma intensificação do processo de 
internacionalização das economias capitalistas que se convencionou chamar de 
globalização. Algumas das características distintivas desse processo são a enorme 
integração dos mercados financeiros mundiais e um crescimento singular do 
comércio internacional, viabilizado pelo movimento de queda generalizada de 
barreiras protecionistas, principalmente dentro dos grandes blocos econômicos. 
Um de seus traços mais marcantes, e que foi crucial, é a crescente presença 
de empresas transnacionais. Estas se diferem bastante das corporações 
multinacionais típicas dos anos 60 e 70, constituindo um fenômeno novo. Nesse 
contexto de internacionalização das decisões e de incrível mobilidade de grandes 
massas de capitais, que têm em larga medida lógicas autônomas em relação às 
decisões dos Estados nacionais, o espaço para a operação de políticas públicas vê-
se sensivelmente diminuído. 
 
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A manipulação das próprias políticas monetárias foi afetada pela imensa 
massa de recursos que circulavam no mercado financeiro internacional, cruzando as 
fronteiras nacionais. As políticas fiscais e os gastos governamentais, por sua vez, 
encontraram novos limites, por ocasionarem efeitos inflacionários que poderiam 
minar a competitividade dos produtos nacionais. 
O contínuo avanço da economia global nãopareceu garantir que as 
sociedades futuras gerassem postos de trabalho, mesmo os flexíveis, compatíveis 
em qualidade e renda com as necessidades mínimas dos cidadãos. A lógica da 
globalização e do fracionamento das cadeias produtivas, muito oportuna para a 
vitalidade do capitalismo contemporâneo, incorporava os balões de trabalho barato 
mundiais sem elevar-lhes a renda. Os postos formais cresciam menos que os 
investimentos diretos. 
Com o surgimento de oportunidades bem remuneradas no trabalho flexível, 
o setor informal também acumulou o trabalho muito precário e a miséria. 
Especialmente nos países mais pobres, os governos comprometidos com a 
estabilidade não tinham orçamento suficiente nem estruturas eficazes para garantir a 
sobrevivência dos novos excluídos. 
Segundo a OIT, a internacionalização da economia provoca um claro 
impacto nas relações industriais, contribuindo diretamente para o enfraquecimento 
do poder dos sindicatos. A grande possibilidade de transferir atividades produtivas 
de uma região para outra, as novas tecnologias e as possibilidades de comunicação 
são processos cruciais nas mudanças que estavam acontecendo no cenário 
econômico e social. 
Para a OIT, o setor informal é, quase por definição, precário. Encontrava-se 
fora das redes de regulação estatal e de controle, incluindo trabalhos heterogêneos 
e fragmentados. Os trabalhadores têm poucas condições de organização. O setor 
informal adquiriu um enorme peso nos países em desenvolvimento. A expansão do 
setor informal está relacionada ao lento crescimento do setor formal, dizia a OIT. 
É certo que a ausência de alternativas de outras oportunidades de emprego 
mantém os trabalhadores no setor informal, mas, por outro lado, muitos 
trabalhadores formais complementam sua renda com atividades no setor informal. 
Outra possibilidade é de que um membro da família trabalhe no setor formal 
enquanto os outros permaneçam no setor informal. As mulheres, por exemplo, 
 
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representam uma fração majoritária no setor informal, devido à flexibilidade desse 
setor e à ausência de oportunidades nas atividades formais da economia. Em muitos 
países esse setor expandiu. Isso comprova a existência de vários problemas 
estruturais. 
Os trabalhadores do setor informal apresentam uma grande variedade de 
situações, mostrando diferentes graus de conformidade com as regulações de 
trabalho, seguridade, saúde e pagamento de impostos, refletindo um grau de 
necessidades e interesses não facilmente captados pelos sindicatos tradicionais, 
segundo a OIT. 
Os desajustes causados pela exclusão de parte crescente da população 
mundial dos benefícios da economia global e a progressiva concentração de renda 
constituíram o grande problema das sociedades atuais, seja pobres ou ricas. O fato 
é que a exclusão social tem aumentado. Ela significa a concretização da ameaça de 
contínua marginalização de grupos até recentemente integrados ao padrão de 
desenvolvimento. 
Para complicar, a revolução nas tecnologias de informação e comunicação 
elevou as aspirações de consumo de grande parte da população mundial, inclusive 
dos excluídos. O processo de globalização também constrangeu o poder dos 
Estados, restringindo sua capacidade de operar seus principais instrumentos 
discricionários. As fronteiras nacionais são a todo tempo transpostas, passando a 
ser encaradas como obstáculos à livre ação das forças de mercado. 
É bom lembrar que os impactos do processo de globalização não são iguais, 
mesmo no âmbito dos vários países desenvolvidos, pois diferentes padrões de 
desenvolvimento ou estratégias de ajuste estrutural têm tido efeitos diferentes no 
que concerne ao padrão de exclusão social, já que a mesma taxa de crescimento 
econômico pode levar a distribuições muito distintas de benefícios. 
A pobreza, que é entendida como a incapacidade de satisfazer as 
necessidades básicas, foi a escolhida como elemento central de definição de 
exclusão social em países que não possuem um Estado de bem-estar social que 
garanta, minimamente, a sobrevivência de seus cidadãos. Ao definir pobreza, este 
autor mostrar a dificuldade de acesso aos bens de serviços mínimos adequados a 
uma sobrevivência digna. Isso inclui as necessidades físicas, como a nutrição, 
 
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vestimenta e saúde. Mas não podemos esquecer as questões mais complexas, da 
educação, cuidar dos filhos, dos inválidos, etc. 
A natureza do emprego disponível na economia global foi e sempre será a 
chave para o entendimento do problema de exclusão. À medida que se excluem 
progressivamente postos formais de mercado de trabalho, o processo de 
globalização estimula a flexibilização e incorpora a precarização como parte de sua 
lógica. A questão de determinar, porém, como a nova lógica das cadeias globais 
afeta a qualidade e a quantidade da oferta global de empregos é extremamente 
complexa. Parecem claramente evidenciadas, no entanto, algumas tendências 
empíricas. 
Em primeiro lugar, a redução da geração de empregos qualificados e formais 
por investimento direto adicional. Em segundo lugar, a de contínua flexibilização da 
mão de obra em todos os níveis, no sentido de transformá-la, sempre que possível, 
em componente cada vez mais variável do custo final dos produtos globais. E, 
finalmente, a de clara inter-relação de agentes econômicos formais e informais na 
medida em que se caminha para a base dessas cadeias produtivas, o que permite 
incorporar crescentes espaços para a utilização de trabalho informal e de baixos 
salários. 
As décadas de 80 e 90 foram bastante ruins para o crescimento das 
economias de boa parte dos grandes países da periferia capitalista, como era o caso 
do Brasil, México e Argentina. Essas três nações mergulhavam em grandes crises 
nesse período e tiveram, em média, um desempenho econômico medíocre. Nessa 
época explodiu o trabalho urbano informal e flexível, especialmente a partir da 
abertura econômica. 
No Brasil, a renda média do setor informal cresceu muito a partir do Plano 
Real, alterando positivamente o perfil dessa massa salarial, quando os trabalhadores 
perderam um posto no setor formal. Sintetizando as várias correntes de reflexão que 
têm analisado a globalização e a exclusão social, observa-se que eles variam de 
enfoque, mas têm apreciações semelhantes sobre a questão da precarização. O 
certo é que o mundo tem aprendido que a economia global apresenta riscos muito 
maiores do que todos poderiam imaginar, pois os postos formais crescem menos 
rapidamente que os investimentos diretos. E como foi visto, surgem oportunidades 
bem remuneradas no trabalho flexível, o setor informal aumenta. 
 
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O capitalismo global irá depender de uma profunda revisão de seus 
conceitos de modo a tentar compatibilizá-lo com uma distribuição mais justa dos 
resultados de sua acumulação. 
 
 
1.2 OS BLOCOS ECONÔMICOS 
 
 
O primeiro bloco econômico surgiu na Europa em 1957, com a criação da 
Comunidade Comum Europeia, mas as tendências de regionalização de economia 
só se fortaleceram nos anos 90. Blocos Econômicos são reuniões de países que têm 
como objetivo a integração econômica e social. Um dos aspectos mais importantes 
na formação dos blocos econômicos é a redução ou a eliminação de alíquotas de 
importação, com vistas à criação de livre comércio. 
Os principais blocos atualmente são: 
 
 A NAFTA (acordo de Livre Comércio da América do Norte) 
 EU (União Europeia) 
 MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) 
 APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) 
 
Em menor grau, temos: 
 PACTO ANDINO 
 CARICOM (Comunidade do Caribe e Mercado Comum) 
 ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) 
 CEI (Comunidade dos Estados Independentes) 
 SADC (Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento) 
 
Importante frisar que no plano mundial as relações comerciaissão reguladas 
pela Organização Mundial do Comércio, que substituiu o GATT (Acordo Geral de 
Tarifas e Comércio), foi criado em 1947. 
 
 
 
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1.2.1 Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) 
 
 
Foi criada em 1989 na Austrália, como um fórum de conversação entre os 
países membros da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e seis 
parceiros econômicos da região do Pacífico, como EUA e Japão. Mas somente em 
1994 adquiriu características de um bloco econômico na Conferência de Seattle, 
quando os membros se comprometeram a transformar o Pacífico em uma área de 
livre comércio. 
Surgiu em decorrência de um intenso desenvolvimento econômico ocorrido 
na região da Ásia e do Pacífico, propiciando assim uma abertura de mercado entre 
20 países mais Hong Kong, além da transformação da área do sudeste asiático em 
uma área de livre comércio nos anos que antecederam a criação da APEC, 
causando um grande impacto na economia mundial. 
 
 
1.2.2 Comunidade dos Estados Independentes (CEI) 
 
 
É uma organização criada em 1991 que integra 12 das 15 repúblicas que 
formavam a URSS. Ficam de fora apenas os três Estados bálticos: Estônia, Letônia 
e Lituânia. Sediada em Minsk, capital da Belarus, organiza-se em uma confederação 
de Estados, preservando a soberania de cada um. Em sua estrutura abriga dois 
conselhos, um formado pelos chefes de Estados e outro pelos chefes de Governo, 
que se encontram de três em três meses. 
A comunidade prevê a centralização das Forças Armadas e o uso de uma 
moeda comum como o Rublo. Somente em 1997 todos os membros, exceto a 
Geórgia, assinam um acordo para estabelecer uma união alfandegária e dobrar o 
comércio interno até o ano de 2000. 
 
 
 
 
 
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1.2.3 Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) 
 
 
É um instrumento de integração entre a economia dos EUA, do Canadá e do 
México. Sua criação se deu por intermédio do tratado de livre comércio assinado por 
norte-americanos e canadenses em 1988, onde os mexicanos somente aderiram em 
1992. Foi ratificada em 1993 e essa ratificação veio para consolidar o intenso 
comércio regional já existente na América do Norte e para enfrentar a concorrência 
representada pela União Europeia. 
Entrando em vigor em 1994, estabelecendo o prazo de 15 anos para a total 
eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países. O resultado mais 
importante até hoje foi a ajuda financeira prestada pelos EUA ao México durante a 
crise cambial de 1994, que teve grande repercussão na economia global. 
 
 
1.2.4 Comunidade Econômica Europeia (CEE) 
 
 
O bloco econômico formado por 15 países da Europa Ocidental passou a ser 
chamada a partir de 1993 de UNIÃO EUROPEIA. É o segundo maior bloco 
econômico do mundo em termos de PIB, com uma população muito grande. Seus 
membros são: França, Itália, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, Alemanha (1957), 
Dinamarca, Irlanda, Reino Unido (1973), Grécia, Espanha, Portugal (1981/1986), 
Áustria, Suécia e Finlândia. E em 2004 ingressaram mais 10 países como a Letônia, 
Estônia, Lituânia, Eslovênia, República Tcheca, Eslováquia, Polônia, Hungria, Malta 
e Chipre. 
 
 
1.2.5 Grupo dos Oito 
 
 
O G-8 é formado pelos oito países mais industrializados do mundo e tem 
como objetivo coordenar a política econômica e monetária mundial. Esse grupo 
 
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nasceu em 1975 por meio da iniciativa do então primeiro-ministro alemão Helmut 
Schmidt e do presidente francês Valéry Giscard d'Estaign. Eles se reuniram com 
líderes dos EUA, do Japão e da Grã-Bretanha para discutir a situação da política 
econômica internacional. A partir de 1980 esses países passaram a discutir também 
temas gerais, como drogas, democracia e corrupção. O G-8 realiza três encontros 
anuais, sendo o mais importante a reunião de chefes de governo e de Estado, 
quando os dirigentes assinam um documento final que deve nortear as ações dos 
países membros. 
 
 
1.2.6 O Mercosul 
 
 
A criação e evolução do Mercosul insere-se no processo de integração 
regional desenvolvido na América Latina e veio responder aos desafios suscitados 
pela Internacionalização da economia e aos desejos dos países do Cone Sul deste 
continente. O processo de integração no Continente Latino-Americano começou a 
ser vislumbrado no final da década de 50, quando esta região experimentava um 
período de redução da taxa de crescimento, entrando em uma fase de grandes 
dificuldades para equilibrar as suas balanças de pagamentos e comercial. 
E desenvolveu-se por razões de ordem interna e externa, inerentes ao 
processo de industrialização, que começou a acentuar-se na década de 60. A 
exiguidade dos mercados nacionais aparecia, então, como um dos principais 
obstáculos à promoção do desenvolvimento e a integração entre as economias da 
região latino-americana tornava-se um projeto estratégico capaz de incrementar o 
crescimento econômico e de promover o desenvolvimento e o bem-estar social. 
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado pelo tratado de Assunção, 
de 26 de março de 1991. É composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, 
países sul-americanos que adotam políticas de integração econômica e aduaneira. 
Assim, o objetivo desse acordo é a realização progressiva de um mercado comum 
entre as nações mencionadas. Um quadro institucional, de caráter provisório, foi 
instaurado por este tratado constitutivo, prevendo apenas quatro órgãos, são eles: 
 
 
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 Conselho do Mercado Comum (CMC) 
 Grupo Mercado Comum (GMC) 
 Comissão Parlamentar Conjunta (CPC) 
 Secretaria do Mercosul (SM) – apoio técnico 
 
Desde a sua origem, o Mercosul é uma organização de caráter 
intergovernamental. Em dezembro de 1994 o quadro institucional foi aperfeiçoado 
pelo Protocolo de Ouro Preto, que criou uma estrutura considerada doravante como 
definitiva. Guardou-se os órgãos do quadro provisório e manteve-se a natureza 
intergovernamental, preservando o sistema decisório do consenso. 
O protocolo de Ouro Preto acrescentou dois novos órgãos: 
 
 Comissão de Comércio do Mercosul (CCM) e Foro Consultivo Econômico 
Social (FCES). 
 
O Mercosul dispõe ainda de um sistema autônomo de solução de conflitos, 
criado pelo Protocolo de Brasília, de 17 de dezembro de 1991. Este sistema prevê 
duas modalidades: primeiramente, as negociações diplomáticas no seio das 
instituições, especialmente no âmbito do Grupo Mercado Comum e da Comissão de 
Comércio. Em segundo lugar, o recurso à arbitragem, por meio de tribunais ad hoc, 
cujos árbitros são nomeados a partir das listas propostas pelos Estados-Membros. 
O Mercosul surgiu com o propósito de criação de um mercado comum, mas 
esse propósito contrasta com as finalidades do Tratado de Assunção, cujas regras 
tinham muito mais em mente a criação de uma união aduaneira. União aduaneira 
caracteriza-se pela existência de uma política comercial comum adotada em relação 
aos Estados que não fazem parte do bloco e que se expressa por uma tarifa externa 
que todos aplicam em relação aos demais. 
A criação do Mercosul coincidiu com o fim dos regimes autoritários nos 
países que o integram, sem dúvida um dos melhores frutos do processo de 
redemocratização. Passou a ser um importante fator na estabilidade política dos 
países envolvidos, sobretudo pelo compromisso firme de seus governantes com o 
respeito aos direitos fundamentais, a busca da justiça social e a defesa da 
democracia. 
 
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O Mercosul nasceu simplesmente como um tratado e não como uma 
organização internacional, que previa um sistema deliberativo baseado no conselho 
do mercado comum (presidentes dos países) e o grupo do mercado comum 
(ministros de relações exteriores). O conselho tinha função eminentemente decisória 
e o grupo, executiva. 
O Tratado de Assunção, o Protocolo de OuroPreto e o Protocolo de Brasília 
constituem as fontes originárias do direito do MERCOSUL, eis que asseguram a 
existência autônoma do bloco, definem sua natureza e sua estrutura, além de 
estabelecer regras de funcionamento das instituições comunitárias. Diz o preâmbulo 
do Tratado de Assunção: “são objetivos gerais do MERCOSUL o desenvolvimento 
econômico, a melhoria das condições de vida e o fortalecimento da união entre os 
povos dos seus países membros”. 
Dessa forma, a criação do Mercosul, decidida pela aprovação do Tratado de 
Assunção, foi a forma encontrada pelos Estados-Membros para promoverem e 
intensificarem entre si relações multilaterais de cooperação, coordenação e 
integração, a fim de melhor responderem aos desafios colocados pela globalização 
dos mercados e formação de grandes espaços econômicos, de acelerarem o 
desenvolvimento econômico, com justiça social e preservação do ambiente, de 
melhorarem as condições de vida dos seus habitantes e de estabelecerem as bases 
para uma união cada vez mais estreita entre os seus povos. 
Segundo cláusula de 1996, só integram o bloco nações com instituições 
políticas democráticas. O Mercosul promoveu um enorme crescimento no comércio 
entre esses quatro países-membros, sendo o mais importante mercado comum da 
América Latina e provavelmente de todo o sul do planeta. Tem como nações 
associadas a Bolívia e o Chile, os quais deverão logo fazer parte como membro do 
bloco. Assim, Chile e Bolívia são membros associados e assinam tratados para a 
formação da zona de livre comércio, mas não entram na união aduaneira. 
O Mercosul também conta com a participação da Venezuela desde 2006, 
mas depende de aprovação dos congressos nacionais para que sua entrada seja 
aprovada, mais especificamente do parlamento paraguaio, já que Argentina e 
Uruguai já manifestaram voto favorável. Outras nações latino-americanas 
manifestaram interesse em entrar para o grupo, mas, até o momento, somente a 
 
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Venezuela levou adiante sua candidatura, embora sua incorporação ao Mercosul 
ainda dependa da aprovação citada. 
O Mercosul vem mantendo, nesses últimos anos, uma agenda 
particularmente intensa de contatos e negociações comerciais com terceiros países 
ou grupos de países, como resultado de sua própria concepção de iniciativa aberta 
ao exterior e do crescente interesse que seus êxitos despertam em outras regiões 
do mundo. Como exemplo temos as negociações com o México e a ALCA e com 
outras regiões e países como a União Europeia, Japão, África do Sul, Índia, Rússia, 
Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro, Israel, etc. 
Quando o Mercosul foi implantado causou uma série de polêmicas, já que 
grande parte dos empresários não acreditava em sua viabilização e, principalmente, 
em sua continuidade. Aqueles que acreditavam, diziam que o sucesso se daria 
somente nos segmentos de alimentação e cultura. Hoje a realidade se mostra bem 
diferente, pois novas empresas foram abertas, empregos foram gerados, 
conquistando, assim, novos mercados, tecnologias modernas e, principalmente, a 
credibilidade e igualdade de condições nas concorrências internacionais. 
 
 
1.3 A ALCA SOBRE O SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO 
 
 
A ALCA significa Área Livre de Comércio das Américas e visa 
exclusivamente à exploração dos países subdesenvolvidos, tornando-os submissos 
aos Estados Unidos, com perda das suas soberanias. Surgiu em 1994, em Miami, 
no governo de Bill Clinton, o qual presidiu a primeira Cúpula das Américas, 
composta por 33 países do continente americano, com exceção de Cuba, vetada 
pelos EUA, em virtude de seu regime socialista, radicalmente contra o imperialismo 
norte-americano e qualquer proposta que vise interferência nos países soberanos. 
O principal objetivo da ALCA é conseguir controlar todo o comércio da 
América Latina e Caribe e reforçar as vantagens que tanto as empresas de 
importação como as de exportação dos EUA já têm sobre as empresas do 
subcontinente. Também são objetivos da ALCA: 
 
 
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 Consolidar a influência norte-americana sobre os maiores Estados da região, 
garantindo seu apoio na disputa com outras potências, como a Rússia, a 
União Europeia e a China; 
 
 Estabelecer um território econômico único nas Américas, com livre circulação 
de bens, serviços e capitais, porém sem livre circulação da mão de obra, em 
especial a menos qualificada, dentre outros objetivos; 
 
 Colocar sob protetorado militar norte-americano os estados da América 
Latina, por meio de acordos que dificultem ou impossibilitem o 
desenvolvimento de tecnologias avançadas, muitas vezes de uso militar e 
civil, além de reduzir seu armamento convencional. 
 
No processo de introdução das regulamentações, a elaboração da ALCA 
está sendo precedida por reuniões preparatórias, realizadas segundo o 
procedimento consagrado nas conferências diplomáticas multilaterais, com a 
novidade de que os grupos de trabalho que estão preparando os textos que serão 
discutidos pelos delegados, na sua maior parte, não são compostos por 
funcionários, mas pelos setores da sociedade a que os franceses se referem como 
lês millieux d` affaires, e por organismos internacionais como a OEA e o BIRD. 
A tarefa que esses grupos de trabalho assumiram foi a de relacionar e 
catalogar, sistematizando-as, todas as normas aplicáveis nas áreas de seus 
respectivos interesses. Essa catalogação tem por objetivo definir quais deveriam ser 
alteradas ou poderiam ser mantidas, sob o prisma do interesse de quem as analisa. 
Os grupos de trabalho que foram criados para preparar os tratados da ALCA 
representam um esboço de institucionalização de uma prática que vem se 
desenvolvendo, cada vez mais, nos últimos tempos. 
A proposta da ALCA é criar uma zona de livre comércio. A sugestão de 
formação de uma Área de Livre Comércio Americana (ALCA) e o lugar que o Brasil 
poderá vir ou não ocupar dentro dela tornaram-se temas relevantes do debate 
nacional, mesmo que sua irradiação e visibilidade na sociedade sejam ainda 
limitadas. 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
18 
A discussão tem-se centrado no impacto econômico que a ALCA terá para o 
Brasil, questão que ganha mais importância em função das aceleradas 
transformações porque passa o mundo e o período de transição que atravessa a 
economia brasileira. A proposta do governo dos Estados Unidos de formação da 
ALCA é, antes de qualquer coisa, um projeto político. Ela se insere em uma 
estratégia internacional global daquele país, redesenhada a partir dessas 
transformações pelas quais o mundo passou a partir dos anos 80. 
O debate sobre a ALCA é mais problemático na medida em que ocorre em 
um momento em que o país se vê confrontado com a necessidade de realizar uma 
profunda discussão sobre o que se convencionou chamar de novo projeto de 
desenvolvimento. Qual o impacto para o Brasil? Teria como evitar o aprofundamento 
da dependência política e cultural e a consequente perda acelerada da soberania 
nacional, inclusive, o dólar, que passaria ser a moeda de convenção continental? A 
ALCA, entrando em vigor, implantada no Brasil, correrá o risco de perder a 
soberania? 
 
 
1.4 A IMPORTÂNCIA DO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA 
 
 
A União Europeia, como já vimos, é a pessoa jurídica de direito público 
internacional, dispondo, portanto, de personalidade jurídica própria e distinta dos 
estados que a compõe. A estrutura orgânica da Comunidade Europeia foi sofrendo 
alterações desde a criação da CECA até a aprovação e entrada em vigor do Tratado 
de Maastricht. 
O tratado de Maastricht, também denominado de Tratado da União 
Europeia, foi um dos mais importantes marcos normativos do direito comunitário, o 
ato que, no seu texto, figuraria uma vinculação entre o espaço de integração 
econômica europeia e as normas e princípios constantes da Convenção Europeia 
dos Direitos Humanos, porém pelavia da construção de um pilar diferente e 
concomitante com àquele que sempre sustentou a citada integração regional 
europeia. 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
19 
O Tratado de Maastricht se caracteriza como um corpus juris bastante 
complexo, constituído de três pilares: 
 
 O primeiro consiste na consolidação e aprofundamento da experiência 
histórica até então vivenciada na Europa Comunitária, tendo se instituído a 
Comunidade Europeia, que engloba três comunidades: Comunidade 
Econômica Europeia (CEE), Comunidade Europeia do Carvão e do Aço 
(CECA) e a Comunidade Europeia da Energia Atômica (CEEA), as quais 
conservam suas personalidades jurídicas distintas dentro da União. 
 
 O segundo se denomina Política Exterior e de Segurança Comum (PESC), 
em que os Estados-Membros buscam coordenar suas políticas nacionais de 
defesa e segurança com as mesmas da União Europeia, em relação ao resto 
do mundo. 
 
 O terceiro pilar, a Cooperação nos Âmbitos da Justiça e Assunto do Interior 
(CAJAI), que conferiu ao espaço comunitário a dimensão de um ambiente de 
liberdade, segurança e justiça, responsável pela introdução na temática da 
integração econômica regional europeia e também a questão da rediscussão 
da pena de morte, dos problemas dos asilados, dos refugiados políticos e 
econômicos, do combate ao terrorismo e ao narcotráfico, da lavagem 
internacional de dinheiro, dentre outros. 
 
Desta forma, a União respeita os direitos fundamentais, tais quais se 
encontram garantidos pela Convenção Europeia de Proteção dos Direitos do 
Homem e das Liberdades Fundamentais, assinalada em Roma em 1950. Esse 
tratado foi firmado pelos 12 chefes de governos da União Europeia. Estabeleceu 
uma política exterior e monetária comum e projetou a criação de um banco central, 
etc. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
20 
1.4.1 A Relação entre a União Europeia e o Mercosul 
 
 
Os objetivos prosseguidos pela União Europeia e pelo MERCOSUL estão 
especificados nos seus tratados constitutivos e nos documentos fundamentais como 
acordos, protocolos, declarações. Assim, a relação entre a União Europeia e o 
Mercosul fundamentam-se no texto do Acordo-Quadro de Cooperação Inter-regional, 
assinado em Madri no dia 15 de dezembro de 1995. 
Em vigor desde julho de 1999, o documento estabelece as bases das 
negociações de um futuro Acordo de Associação entre a União Europeia e o 
Mercosul, além de levar à liberalização do comércio de bens e serviços, conforme as 
regras estabelecidas pela OMC. Um acordo de associação permitirá também 
fortalecer a cooperação e o diálogo político entre os dois blocos. 
Após uma fase de trabalhos preparatórios que se estendeu por três anos, o 
processo negociador propriamente dito foi lançado em junho de 1999 pelos Chefes 
de Estado e de Governo da União Europeia e do Mercosul. Por decisão do Conselho 
de Ministros da União Europeia, coube à Comissão iniciar, de imediato, a 
negociação referente às questões não tarifárias, ficando estabelecido que as 
negociações relativas a tarifas e serviços seriam iniciadas em 1° de julho de 2001. 
Até essa data, a União Europeia e o Mercosul mantiveram um diálogo frequente 
sobre tarifas, serviços e agricultura, entre outros temas. 
As negociações foram iniciadas, na prática, em Bruxelas, em novembro de 
1999, por intermédio do Comitê de Negociações Birregional (CNB), União Europeia 
e Mercosul. A primeira rodada de negociações do CNB ocorreu em Buenos Aires, 
nos dias 6 e 7 de abril de 2000 e levou ao estabelecimento de posições comuns no 
que concerne ao diálogo político, à cooperação, às questões comerciais e aos 
princípios gerais de livre comércio, inclusão de todos os setores, conformidade com 
as regras da OMC. 
A segunda rodada de negociações ocorreu entre os dias 13 e 16 de junho de 
2000 em Bruxelas. Os três principais temas tratados foram o intercâmbio de 
informações, a identificação de obstáculos não tarifários e a definição de objetivos 
específicos para cada área da negociação. A terceira rodada de negociações foi 
realizada no Brasil em novembro de 2000. Em Brasília aconteceram reuniões do 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
21 
comitê de negociações, dos grupos técnicos, dos subgrupos sobre cooperação e do 
subcomitê sobre cooperação. 
 
 
1.4.2 Meios Financeiros da União Europeia e do Mercosul 
 
 
Os meios financeiros indispensáveis ao funcionamento das instituições, à 
aplicação de medidas e ao desenvolvimento de ações constam dos orçamentos das 
respectivas organizações. Orçamentos esses que são completamente distintos de 
uma organização para a outra, como a seguir se pode verificar. O Tratado de 
Assunção de 1991 não faz uma única referência ao orçamento do Mercosul. E o 
Protocolo de Ouro Preto, de 1994, apenas se refere ao art. 45: “a Secretaria 
Administrativa do Mercosul contará com o orçamento para cobrir os seus gastos de 
funcionamento e aqueles que determinem o Grupo Mercado Comum”. 
Tal orçamento será financiado em partes iguais por contribuição dos 
Estados-Partes. Assim, o orçamento do Mercosul comporta as características dos 
orçamentos das organizações internacionais clássicas de cooperação. Apenas 
apresenta uma característica diferente dos orçamentos de outras organizações, que 
é o fato de contribuir com montantes iguais para cobrir as despesas orçamentadas. 
Já no caso da União Europeia, ao contrário do Tratado de Assunção e do 
protocolo de Ouro Preto, os Tratados de Paris e de Roma dedicam vários artigos às 
questões financeiras e à matéria orçamental. O orçamento da União Europeia 
diferencia-se do orçamento das outras organizações internacionais, tanto pelo seu 
volume como pela natureza das receitas, pois a União Europeia é financiada por 
recursos próprios, que os Estados-Membros aceitaram que fossem direcionadas 
diretamente à comunidade (União), a fim de cobrir as despesas de funcionamento e 
de intervenção. 
A previsão anual, explícita e discriminada, das receitas e das despesas 
constitui o objeto do orçamento comunitário. De onde vem o dinheiro da 
comunidade? Sabemos que é o contribuinte quem, ao fim e ao cabo, paga a conta. 
Assim, a partir de 1979 uma parte de todos os impostos sobre o valor acrescentado 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
22 
cobrados na comunidade (população) é paga diretamente à organização para 
financiar o seu orçamento. 
 
 
1.5 OS DIREITOS HUMANOS E A GLOBALIZAÇÃO 
 
 
1.5.1 Definição de Direitos Humanos 
 
 
A expressão direitos humanos significa que são os direitos do homem, ou 
seja, são direitos que visam resguardar os valores mais preciosos da pessoa 
humana, que resguarda a solidariedade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade, a 
dignidade da pessoa. De acordo com Alexandre Morae, 
 
Direitos humanos são uma ideia política com base moral e estão 
intimamente relacionados com o conceito de justiça, igualdade e 
democracia. Eles são uma expressão do relacionamento que deve 
prevalecer entre os membros de uma sociedade e entre os indivíduos e os 
Estados. Os direitos humanos devem ser reconhecidos em qualquer 
Estado, grande ou pequeno, pobre ou rico, independentemente do sistema 
social e econômico que essa nação adota. 
 
João Baptista Herkenhoff define os direitos humanos como: 
 
Direitos humanos ou direitos do homem são, modernamente, entendidos 
aqueles direitos fundamentais que o homem possui pelo fato de ser homem, 
por sua própria natureza, pela dignidade que a ela é inerente. São direitos 
que não resultam de uma concessão da sociedade política. Pelo contrário, 
são direitos que a sociedade política tem o dever de consagrar e garantir. 
 
Portanto, direitos humanos são direitos sem os quais não se podem exercer 
muitos outros e, certamente, tampouco se poderia falar em cidadania. São direitos 
que dão fundamento a todos os demais. Devem ser reconhecidos em qualquer 
Estado, grande ou pequeno, pobre ou rico, independente do sistema social e 
econômicoque essa nação adota. Desta forma, direitos humanos compreendem: 
 
 Os direitos individuais fundamentais, relativos à educação, trabalho, lazer, 
entre outros; 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
23 
 Os direitos econômicos relativos ao pleno emprego, meio ambiente e 
consumidor; 
 Os direitos políticos relativos às formas de realização da soberania popular. 
 
Foi em decorrência da Segunda Guerra Mundial e com o intuito de proteger 
os seres humanos das atrocidades do Holocausto e das barbaridades cometidas 
pelos nazistas contra os judeus, na Alemanha, que surgiram as mais profundas 
preocupações à proteção internacional dos direitos humanos. 
 
 
1.5.2 Os Direitos Humanos e o Avanço no Processo de Globalização 
 
 
A partir da Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 começa a ser 
delineado o chamado Direito Internacional dos Direitos Humanos, mediante a 
adoção de importantes tratados de proteção dos direitos humanos, de alcance global 
(emanados da ONU) e regional (emanados dos sistemas europeu, interamericano e 
africano). 
Inspirados pelos valores e princípios da Declaração Universal, o sistema 
global e regional compõe o universo instrumental de proteção dos direitos humanos 
no plano internacional. Em face deste complexo aparato normativo, cabe ao 
indivíduo, que sofreu violação de direito, a escolha do aparato mais favorável. Nesta 
ótica, os diversos sistemas de proteção de direitos humanos interagem em benefício 
dos indivíduos protegidos. 
Ao adotar o valor da primazia da pessoa humana, estes sistemas se 
complementam, somando-se ao sistema nacional de proteção, a fim de proporcionar 
a maior efetividade possível na tutela e promoção de direitos fundamentais. Assim, 
os avanços que vêm se processando nessas últimas décadas manifestam-se por 
meio de novas conquistas e pela ampliação do conceito de direitos humanos, 
abrangendo novas aspirações coerentes com o mundo moderno. 
Os direitos humanos surgem como uma reação ao absolutismo, visando 
delimitar o poder de controle do Estado. Algumas declarações e constituições, 
lançadas nos séculos XVII e XVII, constituíram verdadeiros marcos na história dos 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
24 
direitos humanos. Muitos foram os avanços desde a Declaração Universal dos 
Direitos do Homem, multiplicando-se as convenções, pactos e os tratados para a 
aplicação e defesa dos direitos humanos, tais como: a convenção contra tortura e 
outros tratamentos cruéis, a Declaração Interamericana dos Direitos do Homem, 
além de dispositivos estabelecidos nas cartas constitutivas das Organizações 
Internacionais, como a ONU, OEA, OIT, etc. 
Na evolução do movimento dos direitos humanos houve não só ampliação 
do conteúdo do conceito como também uma evolução que vai da conquista de 
novos direitos à criação de instrumentos que assegurem, efetivamente, a 
observância dos direitos conquistados. No Brasil, o movimento dos Direitos 
Humanos surge no final dos anos 60, consolidando-se na década de 70 como luta 
contra a repressão política, protesto contra o arbítrio e pelo restabelecimento do 
Estado de direito. 
Com o fim do regime militar e decretada a anistia em 1979, muitas das 
organizações não governamentais redirecionaram seus objetivos, encaminhando 
sua luta para a conquista dos direitos negados àqueles carentes de cidadania e 
excluídos socialmente. As organizações não governamentais nacionais e 
internacionais têm tido atuação importante na defesa e promoção dos direitos 
humanos. Reivindicam participação nos processos de decisão e na elaboração de 
políticas públicas em nível local e estão sempre presentes nos foros paralelos das 
grandes conferências. 
Com a redemocratização e o retorno ao Estado de Direito, o Brasil se insere 
no sistema internacional e interamericano de proteção dos direitos humanos, ao 
aderir e ratificar os tratados internacionais e regionais. A Constituição de 1988 
constituiu um marco importante na luta pela defesa e promoção dos direitos 
humanos. O grande desafio proposto aos direitos humanos em relação à 
globalização refere-se ao fato de que, pela primeira vez na história, os Direitos 
Humanos deixaram de ser um direito restrito à realidade interna, uma vez que cabia 
somente aos estados regularem tais questões. 
A tese da indivisibilidade dos direitos humanos passou a ser defendida nas 
últimas décadas principalmente pelos juristas que atuam na área do direito 
internacional público. Mas se tornou insustentável diante dos efeitos da globalização, 
máxime em razão da diferente eficácia dos direitos fundamentais, econômicos e 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
25 
sociais. Alguns internacionalistas, como Celso Mello (1997), passaram a expressar o 
entendimento de que os direitos humanos são indivisíveis e compreendem os 
fundamentais, os econômicos e os sociais, mas ressalva que a eficácia dos direitos 
sociais é mitigada pela carência de justicialismo, restando ainda um longo caminho a 
percorrer. 
No final do século XX os direitos fundamentais conheceram, 
excepcionalmente, efetividade. E também ocorre o incremento das garantias dos 
direitos econômicos, motivado pelo processo de globalização e pela necessidade de 
prevenção dos riscos econômicos, ambientais e políticos por ele acusados. Ou seja, 
os direitos econômicos, entendidos como aqueles vinculados à livre iniciativa do 
cidadão e das empresas no mercado local ou global, ganham nova rede de 
proteção. 
Enquanto os direitos fundamentais e os econômicos exigem do Estado a 
abstenção ou a mera regulação e têm financiamento baseado nos impostos, os 
direitos sociais vivem sob a reserva do orçamento e dependem de recursos 
específicos alocados às políticas públicas. Enfim, alguém deve pagar a conta 
necessária à adjudicação dos direitos sociais. Daí o enorme déficit na eficácia de 
tais direitos tanto no plano nacional como no internacional, agravado pelo processo 
de globalização. 
Em tese, o processo de globalização trouxe extraordinário avanço na 
efetivação dos direitos fundamentais e dos direitos econômicos e melancólico déficit 
na garantia dos direitos sociais. 
 
 
1.6 DIREITOS HUMANOS E O MERCOSUL 
 
 
O tema da proteção dos direitos humanos tem escassa bibliografia no 
contexto do Mercosul. Doutrinadores afirmam trata-se de uma experiência de 
integração meramente econômica, sendo a problemática da proteção dos direitos 
humanos verdadeiro tema político, desconectado da esfera de interesse comum dos 
quatro membros que compõem o bloco. 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
26 
De fato, os objetivos comerciais e econômicos imperam em todos os dois 
tratados formativos do Mercosul, a saber, o Tratado de Assunção e o Protocolo de 
Ouro Preto, porém podemos observar que a cooperação entre os países não pode 
ser compartimentalizada, já que mesmo o mais fiel defensor da soberania dos 
estados reconhece a necessidade da existência de formas de convivência pacífica 
entre estes entes soberanos em todos os campos da atividade humana, incluindo o 
tema da proteção dos direitos humanos. 
Assim, após a eclosão de processos de integração econômica e política da 
pós-Segunda Guerra, esta necessidade de tratamento ao tema dos direitos 
humanos passou a ser um verdadeiro imperativo, pois os objetivos maiores de 
formação de mercados comuns e mesmo de uniões mais profundas só foram 
atingidos com o desenvolvimento de uma cooperação que tratasse de temas 
considerados antes políticos. 
Diante disso, o tema da proteção de direitos humanos passou a se constituir 
também em tema essencial para o desenvolvimento de uma integração entre os 
países do globo. Assim, os temas meramente nacionais passaram a levar em 
consideração as normas internacionais existentes. Com isso, devemos perceber que 
a proteção internacional dos direitos humanos transcende a esfera do Mercosul. 
Então, em busca de um mercado comum entre os países-membros deve ser levada 
em consideração pelosoperadores do direito a necessidade de introduzir o debate 
da proteção dos direitos humanos. 
A proteção dos direitos humanos insere-se, assim, na ótica de uma 
integração mais ampla e profunda entre os países do Mercosul, auxiliando na 
construção do mercado comum almejado. 
 
 
1.6.1 A Defesa dos Direitos Fundamentais e o Mercosul 
 
 
Tendo em vista a relevância da proteção dos direitos fundamentais em todas 
as Constituições dos países-membros, veremos o grau de importância dado ao tema 
pelo ordenamento incipiente do Mercosul. A crise econômica dos anos 80 agravou o 
fosso existente entre os países industrializados e em desenvolvimento, no plano 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
27 
internacional, e entre diferentes setores da sociedade no plano interno de nações 
como o Brasil. 
A situação de crise não era privilégio brasileiro, mas sim espalhado por 
todos os membros atuais do MERCOSUL. Para combater tal situação estabeleceram 
o processo de integração regional que contornaria os aspectos mais urgentes da 
crise econômica, ao estimular o comércio e os investimentos na região, ao mesmo 
tempo em que fortalece a economia de Brasil e Argentina, países líderes do 
processo em possíveis choques com outros blocos econômicos do planeta. 
Esses dois países líderes, Argentina e Brasil, encontraram neste processo 
de integração um modo de fortalecer a manutenção dos regimes democráticos 
instaurados em ambos. Com isso, a onda de redemocratização em várias nações 
subdesenvolvidas assegurou apenas conquistas em relação a direitos políticos, sem 
ter tido êxito quanto aos problemas sociais de países de primeiro mundo. Assim, 
com o processo de redemocratização ocorrido nos países do Mercosul, a partir dos 
anos 80, a situação dos direitos humanos registrou considerável melhora. 
 
 
1.6.2 A Eficácia da Proteção dos Direitos Humanos 
 
 
Podemos ver que a efetividade dos direitos humanos esbarra na 
incapacidade de alguns estados latino-americanos de fazer com que se cumpra o 
disposto nas leis. De fato, a questão maior da proteção dos direitos humanos está a 
capacidade do Estado em exigir o respeito a estes direitos, tanto por parte de 
agentes públicos quanto privados. A integração pretendida por meio do Mercosul 
pode possibilitar o auxílio mútuo dos estados no tocante à administração da tutela 
dos direitos humanos. 
A ação só reforçaria o desejo de integração entre os povos dos países-
membros, já que o tema dos direitos humanos é verdadeira carga legitimadora de 
um ordenamento jurídico. As comunidades de excluídos logo perceberam que o 
processo de integração não as atinge, e mais, as exclui. Há mais de 300 anos, os 
direitos civis e políticos encontram-se protegidos por uma série de garantias, que 
variam de um sistema jurídico para outro, pois o indivíduo ofendido em seus direitos 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
28 
pode recorrer ao Judiciário, invocando um remédio jurídico-processual apropriado 
para cessar a violação. 
Existem hoje, diferentes níveis de integração e de institucionalização 
regional, como o Nafta, a União Europeia e o Mercosul. Os quatros países que 
integram o Mercosul, como também o Chile, experimentaram nos últimos 50 anos 
sérias conturbações. 
 Na Argentina, a partir da eleição do coronel Juan Domingo Perón à 
presidência, e o golpe militar; a repressão sistemática aos oposicionistas com 
o general Rafael Videla; e a derrota para as tropas inglesas na Guerra das 
ilhas Malvinas, com o general Leopoldo Galtiere. 
 No Brasil, com o regime militar de 1964 a 1985, marcado pela supressão das 
garantias constitucionais, a censura dos meios de comunicação, a prisão, a 
tortura e eliminação física dos opositores, ações de guerrilha rural e de 
terrorismo urbano. 
 No Paraguai, de 1959 a 1964, o regime ditatorial, com o presidente 
Stroessner, caracterizado pela repressão aos oposicionistas, bem como pela 
corrupção institucionalizada. 
 No Uruguai, após sucessivos governos, marcados pela instabilidade 
institucional, o Congresso, temendo a instalação de uma ditadura, extinguiu a 
função de presidente em 1951, passando o Poder Executivo a ser exercido 
por um Conselho de Administração, até 1966. 
 No Chile, com o Golpe militar, assume o poderoso general Augusto Pinochet, 
que dissolveu os partidos políticos e instaurou uma bruta repressão política 
que deixou milhares de mortos e desaparecidos. Em 1980, os militares 
promulgam uma nova Constituição que institucionalizou o regime ditatorial. 
 
 
1.6.3 Os Direitos Humanos como Instrumento Humanizador 
 
 
Visto que a cidadania se exerce por intermédio dos direitos, parece hora de 
reinserir seu discurso num sentido diferente do que vem sendo empregado, mais 
acorde com o consenso de Viena. Tendo por alvo o laissez-faire imperante no 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
29 
processo de globalização atual com o objetivo de humanizá-lo, a atuação necessária 
exigiria mobilização muito maior. Seu foco seriam os direitos humanos na própria 
maneira enviesada em que se acham incorporados no discurso contemporâneo, 
com ênfase nos direitos “de primeira geração”: à vida, à liberdade e à segurança da 
pessoa. Pode-se invocar igualmente o direito de não ser torturado, lembrando que a 
fome conscientemente causada é uma forma de tortura. 
De tudo isto, poderíamos realçar os seguintes temas com que a humanidade 
vai sempre se confrontar: 
 
 O discurso dos direitos humanos é pouco imediatista, mas tem derrubado 
ditadores. 
 Os direitos sociais como direitos humanos, em um cenário de globalização 
econômica e de integração regional. 
 O trabalho e o direito em uma economia globalizada. 
 
Os direitos ganharam em concretude ao se enriquecerem com a prerrogativa 
da exigibilidade jurídica, mas perderem em abrangência. Puderam ser protegidos 
pela ordem jurídica, mas somente dentro do Estado que os proclama. Com a 
Declaração Universal de 1948 ganhou impulso a tendência de universalização da 
proteção dos direitos dos homens. À Declaração das Nações Unidas seguiram-se 
várias convenções internacionais, de escopo mundial ou regional, acentuando a 
vocação dos direitos fundamentais de expandir fronteiras. É importante salientar a 
íntima vinculação entre os direitos fundamentais, aí necessariamente incluídos os 
direitos humanos, com as noções de Constituição e de Estado de Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
--------------------FIM DO MÓDULO ÚNICO------------------------ 
 
 
 AN02FREV001/REV 3.0 
30 
 
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Renovar, 2003. 
 
 
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MACHADO, J. B. M. MERCOSUL: processo de integração, origem evolução e crise. 
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MELLO, Celso de Albuquerque. Direitos Humanos e Conflitos Armados. Rio de 
Janeiro: Renovar, 1997. 
 
 
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 4. 
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PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos, Globalização Econômica e Integração 
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REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público. Curso Elementar. 8. ed. Rio 
de Janeiro: Saraiva, 2000. 
 
 
SARLET, Ingo Wolfgang Sarlet. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. Porto 
Alegre: Livraria do Advogado, 2001. p. 64. 
 
 
 
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STRENGER, Irineu. Contratos Internacionais do Comércio. São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 1992. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-----------------------FIM DO CURSO!-----------------------

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