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Filosofia do Direito - Utilitarismo

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Filosofia do Direito no Tempo: Utilitarismo
Principais expoentes: 
Jeremy Benthan (1748-1832) 
J. Stuart Mill (1806-1873)
O conceito de utilitarismo é de que é uma doutrina ética que prescreve a ação
(ou inação) de forma a otimizar o bem-estar (felicidade) do conjunto da
sociedade e leva em consideração os resultados da ação. 
Destaca-se que o conjunto dos atos e ações levariam em consideração a
maximização do bem-estar. 
Assim, é preciso fazer o se poderia chamar de uma espécie de cálculo racional
para tentar trabalhar a questão dos custos da ação e, ao mesmo tempo, os
benefícios. 
Algumas características centrais do utilitarismo são: bem-estar,
consequencialismo, agregação, otimização e universalismo. 
A noção de bem-estar também pode aparecer como a noção de felicidade.
Pode-se pensar que a teoria utilitarista é usada a partir de um cálculo que o
indivíduo está fazendo, porque, neste caso, cada um tem uma concepção
específica de felicidade e, consequentemente, pode-se determinar o conjunto
de ações para definir ou para alcançar aquilo que se entende como felicidade
Um outro ponto importante da teoria utilitarista é a ideia de
consequencialismo, que trata de analisar os atos, levando-se em consideração
os resultados e as possíveis consequências.
Outras características são a agregação, a otimização e o universalismo.
O conjunto dos recursos disponíveis para a atuação dos governos à frente do
Estado é limitado. Então, é preciso fazer a melhor agregação desses recursos
possível para que se consiga otimizá-los e, nesse sentido, atender o maior
número possível de pessoas. Não se pode tomar decisões sem levar em
consideração as consequências, o que se tem efetivamente disponível para
gastar, onde se vai gastar, é preciso otimizar, porque toda tomada de decisão
envolve algum dilema. 
Filosofia do Direito no Tempo: Utilitarismo
O Cálculo da Utilidade
o cálculo é feito com base em quatros perguntas, analisando o custo-
benefícios de cada ato.
1. Qual a intensidade da dor e do prazer?
2. Qual a duração da dor e do prazer?
3. Qual o grau de certeza ou de incerteza?
4. Qual a proximidade ou distância dos objetivos almejados?
O Cálculo da Punição (J. Benthan) 
Para Jeremy Benthan, não vale a pena punir quando não há prejuízo a
evitar — é a punição que é punir por punir, mas não tem um prejuízo
específico a se evitar. 
Destaca-se que a punição não faz sentido porque é como se estivesse
dizendo que não há utilidade.
AGREGAÇÃO
CONSEQUENCIALISMO
ÉTICA UTILITARISTA
BEM-ESTAR
UNIVERSALISMO
OTIMIZAÇÃO
FOR INÚTIL OU EXCESSO DE DISPÊNCIO
A PUNIÇÃO SÓ PODE SER INEFICAZ
NÃO PUNIR QUANDO
NÃO HOUVER PREJUÍZO A SER EVITADO
O PREJUÍZO PUDER SER EVITADO
Filosofia do Direito no Tempo: Utilitarismo
O Papel dos Governos (J. S. Mill)
Segundo John Stuart Mill, o bom governo é aquele capaz de traduzir na
aplicação dos recursos o conjunto de ações que permita o bem-estar geral
do povo.
Mill se preocupa bastante com a relação que envolve o governo, os
indivíduos, a sociedade e os indivíduos
A questão chave é quando se fala de tirania da maioria, faz-se referência
à sociedade. 
A preocupação de Mill é que em nome de uma maioria, as chamadas
minorias venham a sofrer determinadas condições, incluindo a
impossibilidade de sua própria existência. 
Dentro de uma sociedade é preciso haver mecanismos de proteção
contra essa tirania da maioria.
Há nessa doutrina uma defesa muito forte do indivíduo. Sendo assim,
todos os atos que envolvem o governo devem levar em consideração a
independência individual e, por isso, há necessidade de que essa
interferência seja mínima, sendo também uma teoria que está
assinalada no campo da democracia. 
Essa democracia pensada aqui não pode suplantar os direitos de
existência daqueles que são vencidos (minoria).
A questão que John Stuart Mill tem preocupação é que em nome dessa
maioria uma série de atos são tidos com o intuito de eliminar a existência
do outro, fazendo com que nasça uma tirania pior do que a tirania dos
governos: a tirania da maioria. 
Tirania da maioria não é a tirania do governo, é exatamente a tirania
da própria sociedade. 
A tirania do governo é menos complicada de se lutar contra ela, em
tese, porque se tem um alvo definido. Agora, quando se trata da
própria sociedade, que na sua maioria quer suplantar outros direitos,
fica muito mais difícil. 
Filosofia do Direito no Tempo: Utilitarismo
Exemplo Prático do Pensamento Utilitarista
Em 2019, foi decidido no âmbito do STF sobre o financiamento de remédios de alto
custo e de tratamentos de alto custo que não estão na lista do SUS — chamado de
judicialização da saúde. 
O STF teve a preocupação ao mesmo tempo com a questão dos direitos individuais,
mas também do aporte financeiro elevado, em que se acaba retirando recursos de uma
determinada área que poderia atender o maior número possível de pessoas para o
atendimento de um indivíduo especificamente. 
Do ponto de vista de uma análise meramente individual, o indivíduo que está sofrendo
e a família que está padecendo do sofrimento dessa pessoa querem buscar o seu
direito à saúde e bem-estar. 
No entanto, no ponto de vista da teoria utilitarista, ao fazer o desvio para o atendimento
de um indivíduo especificamente é como se estivesse deixando de atender o maior
número de pessoas com outras atividades para concentrar os recursos em um só, o
que não seria uma boa otimização dos recursos.
CONFLITO
PLURALISMO 
A LIBERDADE CONSISTE EM 
DIREITO DE EXISTIR
DIVERSIDADE

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