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1 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com “INJETÁVEIS DESCOMPLICADOS” Por: Patrícia Doblinski Farmacêutica, Professora e Palestrante “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Cora Coralina Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Com este Curso você vai: Dominar a Aplicação de Injetáveis de Forma Descomplicada “INJETÁVEIS DESCOMPLICADOS” Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com SUMÁRIO • Boas vindas e apresentação .........................................................7 • O que você vai conquistar com este curso ....................................8 • A regulamentação da Aplicação de injetáveis em Farmácias......10 • Declaração de Serviços Farmacêuticos.......................................15 • Modelo de DSF (declaração de serviço farmacêutico).................18 • O Profissional que aplica o injetável.............................................20 • Recomendações de Biossegurança.............................................21 • O que deve ter na sala de aplicação de injetáveis.......................22 • Descarte de Materiais...................................................................24 • Cuidados Especiais: Dicas da Professora Patrícia......................25 • O uso do álcool a 70% para aplicação do injetável......................26 • Como fazer o fracionamento do álcool a 70% para a sala de aplicação de injetáveis..................................................................28 • Fazendo bolinhas de algodão para aplicação de injetáveis.......................................................................................29 • Outra dica: Fazendo a desinfecção da mesa na sala de aplicação antes do preparo da medicação...................................................31 • Lavagem das mãos antes da aplicação do injetável ......................................................................................................32 • Técnica de Lavagem das mãos....................................................33 • Uso de luvas na Aplicação de Injetáveis......................................35 • Uso de luvas na Aplicação de Injetáveis: trechos do documento da (OMS, OPAS, Anvisa)............ ......................................................36 • A necessidade da Prescrição Médica para aplicação do injetável.........................................................................................40 • O que você precisa observar ao receber uma prescrição para aplicação.......................................................................................43 • Checklist Aplicação de Injetáveis.................................................46 4 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Realização da conferência por um colega de equipe...................47 • Realização da conferência antes/durante/depois da aplicação do injetável.........................................................................................48 • Cuidados antes da aplicação do injetável....................................49 • Aplicação de injetáveis em crianças: detalhes que fazem a diferença.......................................................................................51 • O melhor local para aplicação de injetáveis em crianças.............52 • Escolha da seringa ......................................................................54 • Escolha da agulha........................................................................56 • Reflexões sobre a escolha da agulha para aplicação ..................59 • Complicações Durante e Após a Aplicação de Injetáveis.............62 • Anafilaxia……………………………………….……………...……...64 • O Kit de Primeiros Socorros para Anafilaxia………………………67 • Dicas da Profe. Patrícia para diminuir a sensação dolorosa do paciente no momento da aplicação do injetável...........................70 • Cuidados de higiene imprescindíveis para o preparo e aplicação de injetáveis..................................................................................72 • Vamos preparar o injetável para aplicação...................................74 • Vias de Aplicação de Injetáveis.....................................................77 • Injeção Intramuscular....................................................................78 • Técnica de Injeção Intramuscular no Braço ou Região Deltoideana...................................................................................80 • Técnica de Injeção Intramuscular no Dorsoglúteo – Glúteo.........83 • Dicas da professora Patrícia.........................................................87 • Injeção Intramuscular no Glúteo com Técnica em “Z” .................88 • Dica Professora Patrícia: Técnica do Beliscão.........................................................................................90 • Outras dicas importantes sobre aplicação de hormônios.............92 • Injeção Intramuscular no Quadril ou Região Ventroglútea............93 5 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Execução da técnica do ventro glúteo..........................................94 • Técnica de Aplicação Intramuscular no Vasto Lateral da Coxa...96 • Técnica de Aplicação por via Subcutânea………………...……….98 • Dicas da Professora Patrícia sobre aplicação de Insulina.........................................................100 • Técnica de Aplicação por Via Intradérmica………………,,,……101 • Técnica de Aplicação por Via Endovenosa (EV)……………………………………………………………...……103 • Dicas da prof. Patricia: 4 leituras da Prescrição…………………107 • Modelo de cartaz Para Primeiros Socorros de Choque anafilático....................................................................................109 • Sobre a autora deste E-book Professora Patrícia Doblinski.......................................................111 • Referências Bibliográficas…………………………………............113 • Lista de vídeos do Curso…………………………………………...115 6 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Boas vindas e apresentação: • Olá seja muito bem vindo (a) ao Curso: “Injetáveis Descomplicados”. • O meu objetivo com este curso é simplificar de forma clara e objetiva esta atividade tão importante que é aplicar um injetável. Aqui você vai “Dominar a Aplicação de injetáveis de forma descomplicada”. • Você pode ser um profissional da área da saúde que precise dominar esta prática, pode ser um acadêmico de um curso de área da saúde como: farmácia, enfermagem, medicina, ou de cursos técnicos da área de saúde, e vai conseguir realizar esta atividade depois de fazer este curso. • Neste curso Eu reuni mais de 20 anos de experiência com aplicação de injetaveis e ministrando cursos de aplicação de injetáveis de forma presencial, todo o meu conhecimento foi compilado neste curso com muito amor e dedicação. Sou uma pessoa que é apaixonada pela profissão Farmacêutica e acima de tudo, por ensinar. • Não importa quem seja você, pode ter certeza de que vai conseguir e vai fazer isto muito rápido. Basta ficar atento aos ensinamentos que vou repassar neste Curso e ter acima de tudo confiança e força de vontade e acredite: Você é capaz! • Mas só preciso te pedir uma coisa: Você precisa estar aberto a novos conhecimentos e ter força de vontade, deixe o seu aprendizado acontecer. E vai ser muito bom, eu garanto. • Vamos lá? • Eu sou a professora Patrícia e vou conduzir você neste aprendizado incrível. Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com O que você vai conquistar com este curso? • Como eu disse a você que este curso pode ser feito por diferentes profissionais vamos dividir ele em partes e vamos abordar temas diversos, alguns deles mais técnicos e específicos, como por exemplo, a regulamentação para aplicação de injetáveis em farmácias e drogarias, isto será muito útil para os farmacêuticos, técnicos e atendentes de farmácia. • Mas informo que a essência do curso é a mesma, independente do profissionalque vá executar a atividade de aplicação de um injetável, os princípios são os mesmos. • Você vai aprender a forma correta de fazer a abordagem do paciente para a aplicação do injetável e como escolher o material para a aplicação. Pois você sabia que a escolha deste material pode influenciar na eficácia e na segurança da aplicação que você vai fazer? • Após o curso você vai estar apto a aplicar injetáveis em diferentes locais e por diferentes vias, como na região ventroglútea, por exemplo, o melhor e mais seguro local para aplicação de um injetável, sabe porque? Porque neste local não temos dor e não temos riscos de lesionar nervos. • Você vai aprender a aplicar além da região ventroglútea, na região glútea, no vasto lateral da coxa e no deltóide e vai dominar a aplicação chamada de “trilha em Z” no glúteo, vai dominar a aplicação por vias subcutânea, intradérmica e endovenosa. • Um dos aspectos importantes da aplicação de injetáveis é saber quais os volumes cada local de aplicação suporta e quais são as estruturas que não podem ser lesionadas durante a aplicação (vasos e nervos), pois podem causar paralisias e lesões no paciente. • Você vai aprender a escolher os materiais adequados para a aplicação e que vão interferir na segurança e na eficácia da sua aplicação. Você tinha noção disto? Que a agulha que você escolhe para aplicar pode interferir na absorção do fármaco? Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Além de saber aplicar um injetável é importante que o profissional saiba identificar acidentes e intercorrências que posam surgir durante a aplicação: hematomas, lesõs de nervos, Síndrome de Nicolau e o tão temido: choque anafilático. Dentro deste contexto, você vai aprender a identificar e socorrer um Choque Anafilático caso ele ocorra após a aplicação feita por você. • Eu também vou dividir com vocês dicas especiais e materiais que Eu mesma desenvolvi como: tabelas de orientação, etiquetas de idenficiação para medicamentos a serem aplicados, certificados de coragem entre outros. Esta dicas vão aparecer sempre no final de cada item por mim discutido neste E-book. • Você terá acesso a este E-book em PDF detalhado, numa linguagem simples, acessível e Eu quero que você, ao ler este material tenha a impressão de que estamos batendo um papo sobre o assunto. E foi assim que Eu preparei com muito carinho este material. Ele está cheio de dicas. Depois de ler o E-book você deverá assistir ao vídeo das técnicas aqui descritas e que vai te deixar totalmente seguro para fazer a aplicação de injetáveis. • E ai? Ainda tem dúvidas do quanto este curso vai agregar a sua carreira profissional e a sua atividade de aplicação de injetáveis? • Então, bora lá comigo que é tempo de aprender e quanto mais rápido você devorar este curso mais rápido poderá colocar em prática tudo que vai aprender aqui. • Depois você me conta lá na área de membros do curso se gostou do meu curso. • Um abraço e um beijo enorme no teu coração. Deus te abençoe muito. • Professora Patrícia Doblinski Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com A regulamentação da Aplicação de Injetáveis em Farmácias • Antes de mais nada é importante lembrar que nenhum medicamento injetável pode ser aplicado numa pessoa sem a devida prescrição médica. As farmácias e drogarias estão proibidas de aplicar um injetável sem prescrição, mesmo que seja o contraceptivo injetável que a paciente toma todos os meses. E por falar nesta situação, em breve apresentarei para você uma sugestão de como resolver este “dilema” na Farmácia, já que é comum a paciente vir tomar o seu contraceptivo injetável sem ter pego a prescrição no ginecologista. E acredite: você corre riscos em aplicar sem a prescrição e por isto é melhor tomar alguns cuidados. • Da mesma forma os injetáveis aplicados em Unidades básicas de saúde e hospitais somente são aplicados com a apresentação da prescrição médica. Então, Fica a dica: “injetável somente com prescrição médica”, e sabe porque? Além de toda a particularidade que a via tem é uma via de administração que não suporta erros, pois uma vez administrado fica quase impossível reverter especialmente se for por via endovenosa onde o medicamento já esta totalmente biodisponível e não passa por mecanismos de absorção. • Nós temos algumas resoluções da Anvisa e dos Conselhos de Classe que regulamentam a aplicação de injetáveis em Farmácia. Estas resoluções podem sofrer mudanças e atualizações, então, é importante que o profissional farmacêutico e outros que trabalham em Farmácia estejam atentos as mesmas e as regras da VISA local. • Vamos verificar algumas a saber: – Segundo a Lei 5991/73 Art. 18 - É facultado à farmácia ou drogaria manter serviço de atendimento ao público para aplicação de injeções a cargo de técnico habilitado, observada a prescrição médica. – § 1º Para efeito deste artigo o estabelecimento deverá ter local privativo, equipamento e acessório apropriados, e cumprir os preceitos sanitários pertinentes. Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Cabe portanto a cada Farmácia regularizar a atividade de aplicação de injetáveis junto ao órgão sanitário competente local e providenciar como citado anteriormente que todos os colaboradores que vão fazer a aplicação de injetáveis estejam treinados. • A RDC 44 da Anvisa ainda diz em seu Capítulo 44: “Fica permitida a administração de medicamentos nas farmácias e drogarias…” , mas a RDC não define quais vias de aplicação podem e quais não podem ser feitas em farmácias. • Salienta-se que a RDC não especifica “injetáveis”, ela permite que a administração de medicamentos seja feita em farmácia e sabemos que as vias mais frequentes quando falamos de administração de medicamentos por via parenteral ou injetável em Farmácias são as vias SC (subcutânea), IM (intramuscular) e ID (intradérmica). • Atualmente é muito incomum a administração de medicamentos por via EV (Endovenosa) em Farmácias e drogarias. Tal prática já foi muito comum no passado, mas hoje se o paciente é atendido numa Unidade básica de saúde e está mal ele já fica em observação por um tempo e toma a medicação EV diluída em soro e na própria unidade básica ou pronto atendimento. • A RDC 44 ainda cita no parágrafo único do artigo 34: “é vedada a administração de medicamentos exclusivos de uso hospitalar em farmácia”. Mas como saber se o medicamento é de uso hospitalar ? • Observe os trechos das bulas de dois medicamentos abaixo: Bula do Plasil®: página 6 da Bula, bem no final (veja um trecho da bula). 11 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Veja o segundo exemplo abaixo: • Bula de Kanakion ®: última informação da Bula. • Importante: quando os dizeres do fabricante não apresentam esta restrição, o medicamento pode ser aplicado na Farmácia! • Com o tempo de experiência o profissional vai aprendendo e gravando automaticamente os medicamentos que podem e que não devem ser aplicados em Farmácias. Mas calma: se não sabe, basta procurar na Bula, é para isto que ela serve e você não precisa se envergonhar se em algum momento não souber. Leia a Bula! 12 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • A RDC 44 é realmente uma resolução muito importante quanto se trata de aplicação de injetáveis, vamos agora dar uma olhadinha em mais alguns pontos importantes e que temos que ficar muito atentos. • O artigo 76 da RDC 44 diz o seguinte: “Os medicamentos adquiridos no estabelecimento, a serem utilizados na prestação de serviços de que trata esta seção, cujas embalagens permitam múltiplas doses, devem ser entregues ao usuário após a administração, no caso de sobra”. Então fique atento, se o paciente tem que voltar para aplicar outras doses, ele deve levar o medicamento para casa. Ele não pode ficar armazenado na farmácia. Você pode ter problemas com a fiscalização da VISA Local e estará infringindo uma determinação da RDC44. • Mas veja, a mesma RDC cita no seu parágrafo primeiro no artigo 76 que: “O usuário deve ser orientado quanto às condições de armazenamento necessárias à preservação da qualidade do produto”. Portanto, é sua função orientar o paciente a forma correta de guarda e armazenamento deste medicamento que ele vai levar para casa e trazer posteriormente para que você ou outro colaborador da farmácia aplique. • Deste modo, fique atento, pois no parágrafo segundo do artigo 76 da RDC 44 ela cita: “É vedado o armazenamento em Farmácias e drogarias de medicamentos cuja embalagem primária tenha sido violada”. • Veja bem, este assunto é bem delicado: o paciente deverá levar para a casa por exemplo, uma caixa com âmpolas de Gentamicina ou outro medicamento e deverá voltar para uma próxima aplicação. E bem sabemos que é possível garantir as condições adequadas de armazenamento dos medicamentos que se encontram no estoque da sua farmácia. Porém, quando o injetável é trazido de outro local, há o risco do mesmo ter passado por condições que comprometam sua qualidade. Aqui temos 2 situações e faço uma sugestão para te ajudar e minimizar os problemas: – Dica 1: Se o paciente aparecer na farmácia com um medicamento que não foi comprado lá para você aplicar o injetável fica bem difícil você garantir que ele foi bem armazenado e está em boas condições de administração. Por isto sempre oriento meus alunos 13 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com a apenas aplicar injetáveis que foram comprados na sua farmácia e quando você tem a segurança de que estão em bom estado de conservação e armazenamento. – Dica 2: Você pode providenciar para sua farmácia caixinhas de isopor (destas pequenas que se usa para transporte de medicamentos e vacinas). A caixa pode ser personalizada com um adesivo onde vai o nome da farmácia, o fone, o nome do paciente, do medicamento e a posologia de administração. Você pode entregar a caixa para o paciente junto com as orientações de como guardar ela em casa (ao abrigo da luz, da umidade, longe do alcance de crianças) e o mais importante: trazer a prescrição junto consigo quando voltar para a próxima aplicação. Você já tinha pensado nisto? – É um cuidado tão simples mas que agrega valor ao seu serviço, demonstra cuidado e preocupação com o seu paciente e sua medicação. Você pode inclusive explicar para o paciente que a caixa é emprestada e que quando acabar as “injeções” ele precisa te devolver para outro paciente usar. Quando ele te devolver, basta remover a etiqueta adesiva e colocar uma nova para um próximo paciente. Experimente e depois me conte como foi o resultado. Tenho certeza que seu paciente vai gostar deste cuidado. – Com estas dicas que Eu sugiro a você, será possível minimizar problemas e de certo modo cumprir o artigo 22 da Resolução 499 do Conselho Federal de farmácia que determina que: “Só poderão ser aplicados medicamentos injetáveis quando não houver qualquer dúvida em relação a sua qualidade”. » Modelo de etiqueta adesiva para fazer para caixa de injetáveis: • Nome Farmácia: XXXXXXXX Fone (XX) XXXXXXXXX • Nome Paciente:__________________________ • Médico Prescritor:_________________________ • Medicamento:_____________________Posologia:_____________________ • Quem atendeu o paciente na farmácia:_______________________________ *Guarde sua caixa longe de crianças e ao abrigo da luz e umidade e quando for para aplicação na farmácia leve a prescrição do seu médico junto* 14 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Declaração de Serviços Farmacêuticos • Você já deve ter passado pela fase em que as Farmácias tinham um livro de registro de injetáveis. O objetivo deste livro era registrar todos os injetáveis aplicados na Farmácia. O livro precisava ter o carimbo da Vigilância Sanitária local. Atualmente o livro já caiu em desuso e o que se pede é a “Declaração de Serviços Farmacêuticos”, esta, aplica-se a diversas atividades e serviços prestados na farmácia como: aplicação de injetáveis, verificação de pressão arterial, teste de HGT, inalação, etc. • A necessidade da emissão desta declaração, também é preconizada pela mesma RDC 44 da Anvisa. Segundo esta resolução, no seu artigo 81: “Após a prestação do serviço farmacêutico deve ser entregue ao usuário a Declaração de Serviço Farmacêutico. §1º A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser elaborada em papel com identificação do estabelecimento, contendo nome, endereço, telefone e CNPJ, assim como a identificação do usuário ou de seu responsável legal, quando for o caso. • Os dados e informações obtidos em decorrência da prestação de serviços farmacêuticos devem receber tratamento sigiloso, sendo vedada sua utilização para finalidade diversa à prestação dos referidos serviços. • É proibido utilizar a Declaração de Serviço Farmacêutico com finalidade de propaganda ou publicidade ou para indicar o uso de medicamentos para os quais é exigida prescrição médica ou de outro profissional legalmente habilitado. • §2º A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter, conforme o serviço farmacêutico prestado, no mínimo, as seguintes informações: 15 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com – 1. dados do medicamento administrado, quando houver: – 2. nome comercial, exceto para genéricos; – 3. denominação comum brasileira; – 4. concentração e forma farmacêutica; – 5. via de administração; – 6. número do lote; e – 7. número de registro na Anvisa. – Orientação Farmacêutica; – *** data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do farmacêutico responsável pelo serviço. Deste modo, você pode padronizar a declaração de serviço farmacêutico de sua farmácia, desde que ela contemple os itens citados na RDC 44. É possível colocar a logomarca da farmácia e até fazer em impresso já carbonado, visto que uma via fica com a farmácia e a outra deve ser entregue ao paciente beneficiado pelo serviço prestado. A declaração de serviço farmacêutica deve ser feita em duas vias: uma deve ficar arquivada na farmácia e outra entregue ao paciente. Fica a critério de cada VISA local a monitorização e fiscalização destas declarações. Mas faz-se importante salientar que ela é uma segurança para o profissional que aplica o injetável, pois ali estão todas as informações do paciente, do médico que prescreveu e do medicamento prescrito, caso ocorra algum problema a informação está ao alcance com certa agilidade. É muito importante que os profissionais de saúde entendam a importância deste documento. Além de servir como documento comprobatório do procedimento realizado ele pode nos ajudar muito na Anamnese do paciente e no Pós atendimento que pode ser feito após a aplicação. Sugiro que você use a declaração para fazer uma boa Anamnese antes de fazer o procedimento. Nesta DSF você poderá anotar tudo: sobre o paciente e sobre o injetável que será aplicado e estas anotações vão ajudar muito especialmente se o paciente fizer novas aplicações do mesmo medicamento. 16 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Sugiro ainda, anexar uma cópia da receita junto com a DSF na farmácia. Assim você terá tudo devidamente documentado: a prescrição do médico e tudo que você fez no que diz respeito ao atendimento do paciente: material usado ( seringa, agulhas) local onde aplicou, técnica que usou. Na sequência, eu trago a vocês uma sugestão minha de DSF. Observe que aqui ela contempla tudo que a RDC 44 pede e ainda tem muita informação adicional que como citei anteriormente vai te ajudar muito e vai ajudar, vai nortear as próximas administrações a serem realizadas. Importante ressaltar que você, profissional pode mudar e incrementar sua DSF da forma que achar mais pertinente e de acordo com a realidade de seu local de trabalho, só não esqueça de contemplar nela todos os itens solicitados na RDC 44 da Anvisa. E por favor, usem esta DSF a seu favor, a favor dopaciente. Use na Anamnese antes da aplicação: converse com seu paciente, entenda ele, pergunte tudo, pergunte se ele já tomou o medicamento, onde tomou? Em que local? Analise o local procurando possíveis nódulos, endurações e tome as medicas necessárias para que este serviço prestado por você seja confortável e seguro para seu paciente e acima de tudo: que se alcance os resultados terapêuticos desejados. 17 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com 18 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Aplicações realizadas em Unidade Básica de Saúde (UBS): Para aplicações em UBS, da mesma forma, segue a regra: Apenas com prescrição médica. Neste caso, além do paciente ter em mãos a prescrição do médico o medicamento também foi anotado no seu prontuário que na maior parte das UBS já é informatizado. Algumas UBS estabelecem metodologias e rotinas diferenciadas para o controle dos injetáveis administrados, como por exemplo: livros onde se registra além dos dados do paciente o nome do profissional que fez a aplicação. Ai cada profissional deverá adequar-se as regras e rotina do seu local de atuação seja ele Farmácia, Clínicas ou UBS. • Dica sobre a Aplicação do contraceptivo na Farmácia: o que acontece com muita frequência é que as pacientes já são conhecidas e vêm todo mês para tomar a sua injeção de contraceptivo e a “prescrição” acaba sendo negligenciada. Se você tem casos assim em seu ambiente de trabalho sugiro que converse com a paciente explicando a importância da prescrição e peça que ela volte ao ginecologista e peça para ela (e) anotar na prescrição que é de uso contínuo e por qual a validade da receita. Exemplo: tomar Perlutan® ( aplicar uma ao mês por via IM profunda no glúteo com trilha em Z) por um ano, ou por 6 meses, ai vai depender do médico, de quanto em quanto tempo ele quer reavaliar a paciente. • Não existe uma resolução/norma sobre isto, mas sabemos que todas as mulheres precisam consultar o seu ginecologista pelo menos uma vez ao ano para fazer o preventivo, exame de mama. Então, ela tem como pegar a prescrição do médico com estas anotações (uso contínuo por “X” período de tempo), ai o médico dela vai dizer. Mas você precisa orientar isto a sua paciente. Isto é importante para a segurança da paciente e de quem aplica a medicação, visto que nenhum profissional esta livre de deparar-se com um choque anafilático. 19 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com O Profissional que aplica o injetável. • Quando pensamos em aplicação de injetáveis a primeira coisa que é preciso ponderar é que a pessoa que vai aplicar precisa estar devidamente capacitada para tal atividade e para que este procedimento seja executado com segurança para quem aplica e especialmente para o paciente que receberá o injetável. Por isto, algumas resoluções do CRF já citam a necessidade de treinamento e isto é fiscalizado pela Vigilância sanitária local. • A higiene do profissional e da sala de aplicação de injetáveis são essenciais para garantir a excelência de todo o procedimento. Costumo sempre dizer a meus alunos nos cursos presenciais: por favor, se sujou o jaleco, furou o dedo e pingou sangue no mesmo, troque imediatamente. O paciente não pode ter a impressão que está entrando num açougue. Pode parecer absurdo o que estou falando, mas já vi cada coisa e vamos combinar: o óbvio precisa ser dito. O profissional deve prezar pelo asseio pessoal: jaleco limpo, unhas bem cortadas, evite esmaltes escuros, cabelos presos, brinco pequeno, maquiagem discreta, no caso das mulheres e os rapazes: barba sempre feita, cabelos bem penteados e também o uso de jaleco. • Todos os procedimentos devem ser realizados seguindo os POPs (procedimentos operacionais padrão). Neste curso não vamos detalhar os POPs, mas com este material vocês poderão montar os POPs para aplicação de injetáveis de sua Farmácia, UBS ou clinica onde atue. Tudo que precisam vai estar aqui, neste curso. • Todos os profissionais que vão aplicar injetáveis precisam estar com a vacinação em dia para Hepatite B ,Tétano e Difteria e a vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saúde. É um procedimento padrão e para garantir segurança, procure uma Unidade Básica de Saúde mais próxima a sua casa e leve sua carteira de vacinação para colocar em dia suas vacinas, caso elas não estejam todas em dia. 20 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Recomendações de Biossegurança • Na aplicação de um injetável o profissional há de se levar em conta as recomendações de biossegurança que garantam segurança para ele (aplicador) e especialmente para o paciente que vai receber a medicação prescrita. • Importante aqui lembrarmos da NR 32, esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. • A vinda da norma regulamentadora NR 32 - Saúde e Segurança no Trabalho nos Serviços de Saúde, chama os profissionais de saúde a uma importante reflexão: sua aplicabilidade é exigida em todos os níveis de complexidade de serviços de saúde. Sendo assim, os Estabelecimentos Farmacêuticos e UBS também fazem parte desse nicho. • Ao pensarmos na adequação da norma à rotina diária de trabalho, precisamos ficar atentos aos pontos altos que o texto da NR 32 traz. A capacitação profissional é um deles. • A norma deixa clara a obrigação do empregador quanto à capacitação de seus profissionais. Segundo esta norma, a capacitação deve ser contínua. Por isto, é importante que você faça a leitura minuciosa deste documento. Aqui o nosso foco são as técnicas de aplicação de injetáveis, mas vocês precisam ler esta norma que pode ser acessada em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf 21 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf O que deve ter na sala de aplicação de injetáveis: Se formos tratar de ambientes Farmacêuticos, no Artigo 15 da RDC 44 de 2009 da Anvisa: “O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos deve ser diverso daquele destinado à dispensação e à circulação de pessoas em geral, devendo o estabelecimento dispor de espaço para este fim.” Cabe lembrar que a VISA (Vigilância Sanitária Local) de cada Estado regulamenta tais atividades e salas de realização dos serviços, sejam em Farmácias, UBS ou clínicas e cabe a cada estabelecimento verificar as normas vigentes atuais. Visto que é a VISA local que vai fazer a fiscalização do estabelecimento. De um modo geral, a sala de aplicação precisa dispor de: • Cadeira; • Suporte para braço; • Esparadrapo hipoalergênico; • Conjunto de materiais para Primeiros Socorros com identificação e de fácil acesso. • O estabelecimento deve manter lista atualizada dos estabelecimentos públicos de saúde mais próximos contendo nome, endereço e telefone. Este detalhe é especialmente para Farmácia. Em casos de intercorrências como um choque anafilático por exemplo o contato com um hospital, UPA deve ser rápido. • Lixeira com pedal com saco plástico conforme ABNT (usado para descartar os não pérfuro-cortantes e não contaminantes) recipiente para descartar lixo hospitalar conforme ABNT (seringas, agulhas, frascos, Ampolas, algodão etc); • Relacionar os nomes dos funcionários que estão aptos a aplicar injeções em papel timbrado da empresa (no caso das Farmácias, esta é uma das recomendações da RDC 44). Além dos profissionais que vão aplicar o injetável estar devidamente capacitados o estabelecimento precisa apresentar a relação com o nome dos profissionais habilitados e autorizados a fazer a aplicação. 22 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Rotina para manter higiene e limpeza da sala, mantendo sempre uma boa impressão; • Mobiliárioe infraestrutura compatíveis com as atividades e serviços a serem oferecidos; • Lavatório contendo água corrente; • Toalha de uso individual e descartável; • Sabonete líquido; • Gel bactericida; • Lixeira com pedal e tampa; • Álcool 70% (No caso de solução alcoólica para higienização das mãos, a validade máxima do produto fracionado deve ser de 7 dias); • Bolas de Algodão seco; • Bancada ou mesa (fabricada com materiais que permitam sua correta desinfecção) para preparo das injeções; • Cadeira; • Suporte para braço; • Esparadrapo hipoalergênico; • Conjunto de materiais para Primeiros Socorros com identificação e de fácil acesso. Mais a frente, vamos falar um pouco sobre o Choque anafilático. 23 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Descarte de Materiais: • Materiais perfuro cortantes (agulhas, seringas descartáveis) devem ser descartados em boxe de papelão resistente fornecido por empresa responsável pela inutilização dos produtos; • O algodão utilizado na aplicação do injetável pode ser descartado no descartex junto com a seringa e agulha; • O boxe, uma vez cheio, deve ser lacrado e guardado áté ser entregue ao responsável pela incineração; • Como a Farmácia ou UBS paga por peso pela incineração dos perfuro cortantes, é interessante usar este recurso de modo muito racional. Uma das formas de se fazer isto é descartanto frascos de vidro e invólucros de seringas e agulhas no lixo comum (não contaminado). • Cabe lembrar que somente serão considerados regulares os serviços farmacêuticos, UBS, Clínicas devidamente indicados no licenciamento de cada estabelecimento. Fonte: Arquivo pessoal. 24 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Cuidados Especiais: Dicas da Professora Patrícia • Dispositivos de sabão antisséptico: – Os dispensadores devem possuir dispositivos que facilitem seu esvaziamento e preenchimento. No caso dos recipientes de sabão líquido e antisséptico não serem descartáveis, deve-se efetuar sua limpeza com água e sabão, desprezando o produto residual e realizando a secagem seguida de desinfecção com álcool etílico a 70%, no mínimo uma vez por semana; – O conteúdo do recipiente não deve ser completado antes do término do produto, devido ao risco de contaminação; – Deve-se optar por dispensadores de fácil limpeza e que evitem o contato direto das mãos. Escolha preferencialmente os do tipo refil. Neste caso a limpeza interna deve ser feita no momento da troca do refil. – O acionamento destes dispensadores pode ser manual ou automático; 25 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com O uso do álcool a 70% para aplicação de injetáveis O álcool é um solvente lipídico, ele lesa as estruturas lipídicas da membrana das células microbianas, rompendo sua parede e liberando o protoplasto que, ao ficar exposto, não suporta a pressão ambiente e morre. Só que isto só acontece se o álcool estiver na proporção de 70% de álcool para 30% de água, pois a presença de 30% de água aumenta a permeabilidade da parede bacteriana ao álcool; Com 70% de álcool, esta solução promove a morte bacteriana, através da desnaturação protética. Por isto não podemos usar o álcool comum a 96% pois ele não consegui ultrapassar a membrana celular e tem ação exclusivamente bacteriostática, ou seja, impede a multiplicação bacteriana. O prazo de validade do Alcóol a 70%: • O produto em embalagem lacrada possui prazo de validade determinado pelo fabricante que gira em torno de 6 meses a 2 anos. Após aberto o frasco, é necessário um estudo de estabilidade para determinar a validade do produto (HIRAIFARMA, 2012). •Depois de manipulado, seria necessário um estudo de estabilidade para determinar o prazo de validade do produto. Portanto, a responsabilidade pela qualidade do álcool 70% após aberto, passa a ser do responsável técnico pela instituição (HIRAIFARMA, 2012). •Um teste microbiológico que pode ser utilizado para determinar o prazo de validade do produto, após ter sido manipulado, e saber se houve contaminação é fazer o plaqueamento da solução armazenada nas condições reais pelo período de tempo que ela leva para ser consumida e a cada intervalo x de tempo fazer análise microbiológica para verificar se houve contaminação (SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS - SBRT, 2008). 26 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Através destas análises de produto, cada instituição estabelece sua rotina e como os estabelecimentos farmacêuticos utilizam o álcool para aplicação de injetáveis e este local não é um local de contaminação eminente recomenda-se a lavagem do frasco de fracionamento a cada 7 dias. • Você precisa fracionar o álcool numa embalagem menor para ficar disponível na sala de aplicação. Para isto utilizamos um frasco chamado de frasco tipo “almotolia”. Deste modo, você vai fracionar para este frasco apenas a quantidade de álcool que pretente utilizar por uma semana na sua sala de aplicação de injetáveis. • Você não pode toda vez que for aplicar um injetável ter que abrir o frasco grande. Além de ter um manuseio mais difícil o álcool se evapora facilmente e perde suas propriedades bactericidas. Você também vai precisar de de identificação para este frasco do fracionamento. Sugestão de modelo de etiqueta para fracionamento do Álcool a 70% na Farmácia. • Observação: você deverá preencher os espaços com os X com os dados solicitados. 27 Nome da Farmácia: XXXXX Data de fracionamento: XXXXXX Data da troca: XXXX (7 dias depois) Nome de quem fracionou: XXXXXX Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Como fazer o fracionamento do álcool a 70% para sala de aplicação de injetáveis • Lavar as mãos; • Separar os materiais (frasco tipo almotolia, etiqueta e caneta); • Coloque na almotolia uma quantidade de álcool que você acredita que vai usar durante a semana pois deverá trocar o álcool da almotolia a cada 7 dias. • Anote na etiqueta as informações pertinentes como: Nome da Farmácia, data do fracionamento, data da troca (deve ser de 7 dias após a data de fracionamento e nome de quem foi o manipulador que fez o fracionamento). • Ao final dos 7 dias o restante de álcool contido na almotolia deve ser totalmente desprezado; • Fazer a lavagem mecânica do frasco com água e sabão; • Enxaguar o frasco com o álcool a 70% de deixar escorrer; • Abastecer novamente o frasco almotolia e fixar a etiqueta de identificação. • OBS: A lavagem do frasco pode ser feita no final do expediente e no dia seguinte o frasco seco pode ser novamente abastecido com o álcool a 70% para ser usado na próxima semana. 28 Frasco tipo almotolia Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Para aplicação do injetável você vai precisar de algodão seco. Você poderá comprar as bolinhas prontas ou poderá fazer as bolinhas para aplicação na Farmácia, é prático e pode ficar mais barato. • E vou te ensinar um massete para fazer as bolinhas de algodão na farmácia. • Importante lembrar que as bolinhas de algodão devem ser armazenadas em local seco, sugiro um “pote” devidamente identificado e onde as bolinhas que você vai aprender a fazer aqui deverão ficar guardadas até o momento da aplicação do injetável. • Algumas farmácias por vezes, armazenam o algodão mergulhados na solução de álcool, essa prática não é adequada e deve ser evitada, tendo em vista que favorece o risco de contaminação além do fato do álcool se evaporar facilmente. Fazendo as bolinhas de algodão: • Para isto, você pode usar um tubo de esparadrapo vazio que deve ser higienizado com álcool a 70% antes da utilização (veja as imagens na próxima página); • Você pode cortar os chumaços de algodão e então com auxilio de uma caneta previamente higienizada com álcool 70% ir empurrando os chumaços no tubo de esparadrapo um em cima do outro até fazer várias bolinhas, uma atrás da outra. • Observe que elas ficam bem homogêneas (do mesmo tamanho). 29 Fazendo bolinhasde algodão para aplicação de injetáveis Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Dica da prof.ª Patrícia: fazendo bolinhas de algodão Fonte imagens: arquivo pessoal. 30 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Outra dica: Fazendo a desinfecção da mesa na sala de aplicação antes do preparo da medicação. • Você deverá dispor sobre a mesa na sala de aplicação todos os materiais para fazer a aplicação: álcool, seringa, agulha, algodão, medicamento a ser administrado e você deverá fazer a desinfecção da mesa onde vai dispor todos os materiais. • Não há necessidade de limpar a mesa toda, apenas uma área que deve ser delimitada para nesta área dispor todo o material (como pode ser visto na foto abaixo). Você deverá embeber o algodão no álcool a 70% e vir limpando a mesa em movimentos verticais e passando o algodão paralelamente como indicado nas setas. Conforme for passando o algodão você deve ir virando o algodão e trocando o mesmo caso ele esteja sujo. Desta forma, você poderá dispor os materiais com segurança nesta área para posterior manipulação e aplicação. 31 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Lavagem das mãos antes da aplicação do injetável. • Tem por objetivo remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. • Este procedimento deve ser realizado com atenção e cuidado e deve ter a duração de 40 a 60 segundos para ser efetivo. Não esqueça, a lavagem das mãos deve ser realizada antes e após os procedimentos. Muitos profisisonais equecem deste detalhe e lavam apenas antes. Dicas da Professora Patrícia: • Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas; • Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes; • Evite o uso de esmaltes nas unhas; • Evite utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir o paciente; • Aplique creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento da pele. Sugiro este procedimento após concluir a aplicação e lavar as suas mãos, especialmente se o fluxo de aplicação de injetáveis for muito grande em seu ambiente de trabalho. 32 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Técnica de lavagem das mãos • Para que a lavagem das mãos seja eficiente na prevenção e controle de doenças ela deve abranger todas as partes da mão como palma, dorso, entre os dedos, punhos e unhas: • Retirar anéis, pulseiras e relógio. • Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar-se à pia. • Colocar nas mãos o sabonete líquido e hipoalergênico. • Ensaboar as mãos friccionando-as uma sobre a outra por aproximadamente 15 segundos. • Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos. • Contrair dos dedos e friccioná-los contra a palma da mão oposta a fim de lavar muito bem na ponta dos dedos e debaixo das unhas, repetir o movimento com a mão oposta. • Os pulsos devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos. • Fazer uma concha com as mãos voltando os dedos para cima e então enxague as mãos de modo que o jato de água da torneira escorra por entre os dedos retirando todo o sabão e espuma das mãos e dos punhos. • Enxugar as mãos com papel toalha. • Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha. • Nunca use as mãos recém lavadas sem a proteção do papel toalha. 33 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Observe atentamente cada movimento da lavagem das mãos. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-80p-RMaV_8k/Tl7WmTLOIxI/AAAAAAAAAvs/mdTOcaCNvBw/s1600/m%25C3%25A3os.jpg 34 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com http://4.bp.blogspot.com/-80p-RMaV_8k/Tl7WmTLOIxI/AAAAAAAAAvs/mdTOcaCNvBw/s1600/m%25C3%25A3os.jpg Uso de luvas na Aplicação de Injetáveis. • Você já deve ter observado que alguns profissionais usam luvas na aplicação de injetáveis e outros não. Este é um ponto contraditório e que remete a muita discussão. • Não há normas sanitárias que descrevam que seja obrigatório o uso de luvas de procedimento para aplicação de injetáveis em farmácia. Cada estabelecimento de saúde deve definir o que é Equipamento de Proteção Individual (EPI) conforme a Resolução SESAPR nº 590/2014, seguindo os pressupostos da Norma Regulamentadora NR 32 (Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde) do Ministério do Trabalho e Emprego. • De acordo com a Norma Regulamentadora NR 32, a manipulação em ambiente laboratorial deve seguir as orientações contidas na publicação Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico do Ministério da Saúde. Segundo esta Diretriz, é recomendado o uso de EPIs como jaleco, luvas, óculos, máscaras, como meio de proteção do profissional em locais classificados como Nível de Biossegurança 1 (NB- 1). • É importante fazermos algumas considerações para entender porque o uso de luvas é importante e que documentos temos que dão suporte para algumas decisões quanto a usar ou não usar as luvas para aplicar injetáveis. • Vou apresentar aqui para vocês alguns trechos de um documento, um panfleto informativo que foi elaborado e publicado por três órgãos muito importantes: (OMS (Organização Mundial da Saúde), OPAS (Organização Pan Americana da Saúde), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ele traz informações importantes sobre este assunto tão polêmico. 35 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Uso de luvas na Aplicação de Injetáveis: trechos do documento da (OMS, OPAS, Anvisa). • As luvas para a saúde são luvas descartáveis usadas nos procedimentos clínicos, a saber: 1. Luvas de procedimento não cirúrgico (não esterilizadas); 2. Luvas de procedimento cirúrgico que possuem características de espessura, elasticidade e força e que são esterilizadas; 3. Luvas quimioterápicas; • Justificativa para o uso de luvas: Recomenda-se o uso de luvas por duas razões fundamentais: 1. Para reduzir o risco de contaminação das mãos de profissionais da saúde com sangue e outros fluidos corporais. 2. Para reduzir o risco de disseminação de micro-organismos no ambiente e de transmissão do profissional da saúde para o paciente e vice-versa, bem como de um paciente para outro. As luvas devem, portanto, ser utilizadas durante todas as atividades de atendimento ao paciente que podem envolver a exposição a sangue e outros fluidos corporais (inclusive o contato com membranas mucosas e pele não intacta), durante as precauções de contato e situações de surto. • A eficácia das luvas na prevenção da contaminação das mãos: A eficácia das luvas na prevenção da contaminação das mãos dos profissionais da saúde e no auxílio à redução da transmissão de micro organismos na assistência à saúde tem sido confirmada em vários estudos clínicos. No entanto, os profissionais de saúde devem saber que as luvas não fornecem uma proteção completa contra a contaminação das mãos. 36 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Os micro-organismos podem contaminar as mãos dos profissionais da saúde por meio de pequenos defeitos (furos) nas luvas ou durante a remoção das luvas. A higiene das mãos, seja por meio de fricção com preparação alcoólica ou higiene das mãos com água e sabonete, continua sendo a base para garantir a descontaminação das mãos após a remoção das luvas. • Resumo das recomendações sobre o uso das luvas: • A. O uso de luvas não modifica as indicações de higiene das mãos, ou seja, não substitui a ação de higiene das mãos friccionando as mãos com preparação alcoólica ou higienizando as mãos com água e sabonete líquido. • B. Use luvas quando for possível prever o contato com sangue ou outros fluidos corporais, membranas mucosas, pele não intacta ou materiais potencialmente infecciosos.• C. Retire as luvas depois de cuidar de um paciente. Não use o mesmo par de luvas para o atendimento de mais de um paciente. • D. Ao usar luvas, troque ou retire as luvas, durante o atendimento ao paciente, ao mudar de um sítio anatômico contaminado para outro (incluindo membrana mucosa, pele não intacta ou um dispositivo médico no mesmo paciente ou no ambiente). • E. A reutilização das luvas após reprocessamento ou descontaminação não é recomendável. A Pirâmide das Luvas: • Para apoiar a tomada de decisão sobre quando usar (ou não usar) luvas As luvas devem ser usadas de acordo com as precauções PADRÃO e de CONTATO. A pirâmide detalha alguns exemplos clínicos em que as luvas não são indicadas, e outros em que as luvas de procedimento ou estéreis são indicadas. A higiene das mãos deve ser realizada quando for o caso, independentemente de indicações para o uso de luvas. 37 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Veja: para aplicação de injeções por vias IM, SC não há indicação de uso de luvas. Fonte: Folheto informativo da Organização Mundial da Saúde 38 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Portanto, as luvas não substituem a lavagem das mãos e não podem ser usadas de forma indiscriminada e não são indicadas para aplicação de injetáveis, incluindo as vacinas pelas vias: IM, SC e ID. • Mas vale ressaltar que a luvas de procedimentos devem ser usadas quando a pele do paciente não estiver íntegra (como por exemplo com uma lesão, uma queimadura), quando ao pele do aplicador também não estiver integra. • Mesmo não sendo obrigatório o uso, cada instituição pode decidir por adotar o uso de luvas de procedimentos se for se sua vontade. • Por isto é importante que o estabelecimento siga a BR 32 disponibilizando os equipamentos de proteção individual quando for o caso. • Você precisa adaptar-se e seguir os POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) adotados por seu local de trabalho, seja farmácia, UBS, clínicas ou hospitais. 39 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com A necessidade da Prescrição Médica para aplicação do injetável. • A aplicação de injetáveis não deve ser realizada sem a existência de uma prescrição médica. Independente do local onde a aplicação será realizada: seja na Farmácia, na UBS ou em uma clínica. A prescrição do médico sempre deve ser levada em consideração e é a condição para que aconteça uma aplicação de injetáveis. • No caso de Farmácias, Segundo o Art. 75 da RDC 44/ ANVISA: “ medicamentos para os quais é exigida a prescrição médica devem ser administrados mediante apresentação de receita e após sua avaliação pelo farmacêutico”. §1º O farmacêutico deve entrar em contato com o profissional prescritor para esclarecer eventuais problemas ou dúvidas que tenha detectado no momento da avaliação da receita. Este é outro ponto de extrema importância, caso o profissional que vai aplicar esteja com alguma dúvida sobre o fármaco, a prescrição feita ele deve entrar em contato com o médico prescritor, sempre. Então, esta é a principal regra: apenas com a prescrição do médico. Em hipótese alguma você pode aplicar um injetável sem a prescrição médica. Não importa onde vai atuar. Se estiver numa farmácia precisa da prescrição e deverá preencher a declaração de serviços farmacêuticos. Se estiver numa UBS precisará da prescrição e tudo estará registrado no prontuário do médico que prescreveu, assim como no hospital fica tudo registrado no prontuário do paciente. Acima de tudo, a prescrição implica em segurança para o profissional que administra a medicação. Você vai aplicar se foi prescrito por um médico. 40 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com A necessidade da Prescrição Médica para aplicação do injetável. • No entanto, você precisa cercar-se de alguns cuidados, pois não adianta por exemplo um paciente aparecer com uma prescrição de 6 meses atrás solicitando uma aplicação e você fazer. Sem dúvida alguma você não deve fazer esta administração. Não existe nenhuma norma técnica que determine o prazo de validade de uma prescrição de injetável. Então o bom senso manda que se aplique a estes medicamentos os mesmos princípios de uma prescrição por exemplo de um antibiótico. Se faz mais de 30 dias que foi prescrito. Não aplique. • Podemos no entanto, levantar algumas exceções e aqui aproveito para fazer uma orientação muito importante para você que recebe todo mês na Farmácia a sua conhecida, “a dona Maria” que vem tomar a sua injeção de contraceptivo hormonal. Ela vem todo mês e na maioria das vezes o profissional aplica na confiança e sem ter a prescrição que deu origem a primeira aplicação em mãos. Isto é muito comum. Você sabia que mesmo uma paciente já “acostumada” a tomar aquele medicamento pode ter um choque anafilático após a aplicação? • Nestes casos sugiro o seguinte: converse com a sua paciente da importância da prescrição e dos riscos envolvidos e peça que ela vá ao ginecologista e peça a prescrição do contraceptivo injetável com as anotações de que é de uso contínuo e que tem validade de no máximo 1 ano. Pois se pararmos para pensar em pelo menos um ano ela precisa voltar ao seu médico para fazer os exames ginecológicos de rotina. E ai se estiver tudo certo o médico vai novamente renovar a prescrição do contraceptivo injetável. • Nestes casos, você pode fazer anotações no verso da prescrição dela e ir anotando o dia que ela fez o contraceptivo assim com a descrição detalhada do local onde foi aplicado afim de garantir que seja feito um rodízio adequado dos locais de aplicação. 41 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com • Exemplo de anotação para o verso da prescrição: – Dia 03/04/2020: Aplicação realizada no glúteo esquerdo com trilha em Z por fulana de tal (colocar o nome de quem fez a aplicação). • Assim, a próxima aplicação dever ser feita no glúteo direito com a mesma trilha em Z. Se você não anotar você não vai lembrar deste detalhe importantíssimo. • Dicas da Professora Patrícia – Tratando-se de contraceptivos hormonais você precisa fazer a aplicação em região glútea e usando a trilha em “Z” para impedir que ocorra o “refluxo” da medicação após a aplicação. Como é uma medicação muito oleosa é comum o líquido voltar. Mas isto não pode acontecer, pois se ele volta você perde parte da medicação e prejudica a biodisponibilidade da medicação podendo prejudicar na proteção da paciente, ou seja, ela pode ter o efeito da medicação reduzido e vir a engravidar. Portanto, não aplique este tipo de medicação usando apenas a técnica comum de aplicação em região glútea. – Além de aplicar utilizando a trilha em Z você precisa saber escolher a agulha adequada para fazer aplicação. Deve-se preferir agulhas mais longas e mais calibrosas para esta aplicação, a agulha mais calibrosa é para facilitar a aplicação desta substância oleosa. – Desde modo, ao invés de usar um agulha padrão 25 x 0,7mm, utilize uma 30 x 0,8mm. Mais longa (já que deve ser feita IM profunda) e mais calibrosa (o orifício por onde o líquido que é oleoso vai fluir deve ser mais calibroso). 42 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com O que você precisa observar ao receber uma prescrição para aplicação. 1. Dados da prescrição médica: você precisa verificar se a prescrição está correta, nome do paciente, medicamento, concentração, posologia, carimbo e assinatura do médico. Caso encontre alguma dificuldade como por exemplo, se você não entender a letra do médico prescritor será preciso entrar em contato com ele para os devidos esclarecimentos. 2. Data da prescrição: como citado anteriormente, se a precrição tiver data muito antiga, explique a situação ao paciente e não aplique, salvo em casos especiais com as devidas anotações como no caso dos contraceptivos já abordado anteriormente neste E-book 3. Nome do medicamento: leia atenciosamente a prescrição para separar a medicação eentão dirigir-se a sala de aplicação. 4. Concentração e dosagem a administrar: tome muito cuidado para pegar a concentração certa e aplicar exatamente o que o prescritor solicitou, algumas vezes ele pode por exemplo, pedir que se administre meia âmpola e você não pode se distrair no momento da aplicação. Você não pode errar. 5. Horário da administração: assim como um medicamento administrado por via oral você deve também respeitar os horários de admistração afim de garantir uma ótima biodisponibilidade do medicamento. Se a prescrição determinar que o medicamento seja administrado uma vez ao dia você deve explicar de forma muito clara ao seu paciente a importância de que este horário seja cumprido e que ele retorne em um interval de 24 horas para a próxima aplicação. 43 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com 6. Assinatura e CRM do médico: a assinatura com o CRM do médico prescritor é imprescindível. Em caso de dúvida não faça a administração do injetável. 7. Via de administração: quando nos referimos a “via de aplicação” de injetáveis, estamos nos referindo ao tecido que vai receber o medicamento. Seria o músculo, o tecido subcutâneo ou a derme, por exemplo.O médico geralmente coloca na prescrição a via pela qual o medicamento deve ser adminstrado e se ele prescrever uma via não muito comum verifique as informações presentes na bula do medicamento e siga as recomendações do fabricante. 8. Local de administração: quando nos referimos a “local” ou “região”, nos referimos ao local do corpo, como o braço ou a coxa, local este que vai receber a injeção. Tão importante quanto a via é o local da administração de um injetável. Um medicamento que pode ser administrado por via intramuscular tem a possibilidade de ser administrado em diferentes músculos do corpo e tudo vai depender das características da medicação e do volume a ser administrado. Medicamentos oleosos como os contraceptivos hormonais por exemplo, devem ser adminsitrados em região glútea e preferencialmente com técnica de trilha em “z”, para evitar o refluxo da mesma. Do mesmo modo, medicamentos a base de Ferro também devem ser administrados da mesma forma. Deste modo, faz-se importante respeitar o volume máximo de aplicação em cada músculo e sempre fazer o rodízio dos locais de aplicação. Os volumes recomendados para os diferentes músculos são: IM no deltóide (máximo de 3 ml), IM no glúteo (máximo de 5 ml), IM no ventro glúteo (máximo de 5 ml), IM no vasto lateral da coxa (máximo de 4 ml). Já no caso de subcutânea (máximo 2 ml), Intradérmica (máximo de 1ml) e no caso da Endovenosa (não há volumes máximo ou mínimo). 44 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com 9. Considerar as condições do cliente, intolerância e alergia: é importante conversar com o paciente antes da aplicação e indagar: - Se ele já tomou medicamentos por via injetável alguma vez? - Se tem alguma dúvida sobre o procedimento? - Se ele já tomou aquele medicamento prescrito? Caso tenha tomado se houve alguma reação alérgica ou anormal? Se o paciente sinalizar na conversa que já teve alguma reação alérgica anteriormente esta situação precisa ser esclarecida e você precisa consultar o médico prescritor antes da aplicação do medicamento. Se não conseguir falar com o médico e se ainda houver dúvidas sobre a segurança do medicamento: não aplique. Oriente o paciente a voltar no médico. DICAS DA PROFESSORA PATRÍCIA: • Preparar o material na presença do paciente/cliente: isto é muito importante, ele precisa ter clareza do procedimento e ver que todo o material que você vai utilizar é descartável e não oferece nenhum risco de contaminação para ele. • Antes de fazer todo o procedimento, converse com seu paciente: saber acolher este paciente é muito importante. Olhe nos olhos, chame ele pelo seu nome, demonstre empatia e preocupação com o problema de saúde dele. • É muito importante explicar todo o procedimento pausadamente para o paciente, o que você vai fazer, o que ele pode sentir e a importância de que ele relate a você qualquer intercorrência que possa ocorrer durante ou após a aplicação do injetável. Lembre-se: “o óbvio DEVE ser dito”. 45 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Checklist da Aplicação do Injetável • Checklist é uma palavra em inglês, considerada um americanismo que significa "lista de verificações“. Deste modo, é muito importante para garantir segurança, organização e qualidade no seu atendimento que você tenha um checklist da aplicação de injetáveis e que use efetivamente isto em cada aplicação que for fazer. • Sugiro ter ele impresso e arquivar junto com a declaração de serviços farmacêuticos (no caso da farmácia) e junto com o prontuário em caso de UBS ou clínicas. Checklist Aplicação de Injetáveis: • 1. Acolhida ao paciente (saber se já tomou, quem aplicou, onde foi aplicado, se teve alguma intercorrência); • 2. Avaliar a prescrição; • 3. Separar a medicação; • 4. Realização da conferência por outro colega de equipe; • 5. Realização da leitura/conferência antes/durante e depois da aplicação (4 vezes); • 6. Preencher a Declaração de Serviço Farmacêutico (DSF); • 7. Explicar o procedimento ao paciente; • 8. Lavar as mãos; • 9. Aplicar o injetável; 46 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Checklist Aplicação de Injetáveis: • 10.Orientar o paciente e certificar-se de que ele não ficou com dúvidas; • 11. Agendar a próxima aplicação se for o caso; • 12. Lavar as mãos; • 13. Fazer o Pós Atendimento; • 14. Arquivar o documento; Realização da conferência por um colega de equipe • Você deve estar se perguntando porque o item 4? Realização da conferência por outro colega da equipe? • Este é um ponto muito importante, na verdade é uma ferramenta de controle de qualidade para garantir que erros não aconteçam. A pessoa que vai aplicar precisa esperar um colega da equipe conferir se ele pegou a medicação certa e se ele não cometeu nenhuma troca, nenhum erro. • Algumas Farmácias adotam este procedimento para todas as dispensações realizadas. É mais uma garantia de que tudo foi feito perfeitamente correto. É segurança para o paciente e para o estabelecimento de saúde. • E além desta conferência ainda sugiro uma outra que deve ser realizadas pelo profissional que vai aplicar o injetável (são as 4 conferências que devem ser feitas: antes/durante e depois da aplicação do injetável). 47 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Realização da conferência antes/durante e depois da aplicação do injetável Sugiro que o Aplicador faça 4 leituras/conferência da medicação a ser aplicada: 1. PRIMEIRA LEITURA: Ao receber a prescrição do paciente 2. SEGUNDA LEITURA: Ao retirar/pegar a medicação da prateleira; 3. TERCEIRA LEITURA: Antes de aspirar o medicamento do frasco ou ampola; 4. QUARTA LEITURA: No momento de desprezar o frasco ampola no coletor adequado; Você pode estar achando um exagero, mas depois que aprende a fazer e incorpora isto na sua rotina de trabalho passará a fazer com muita naturalidade e garantirá muita segurança para seu paciente e tranquilidade para você que aplica o injetável. Fazer o Pós atendimento • Este deve ser um termo que você também deve estar estranhando. Você concorda comigo que a aplicação de injetável não é uma coisa confortável e que você vai usar todas as ferramentas e metodologias para que tudo seja o menos traumático para seu paciente. Por isto você está aqui, fazendo este curso. Para fazer o melhor para seu paciente não é mesmo? • Que tal surpreender ele no dia seguinte a aplicação com uma ligação sua para saber como ele está? • Ligue no dia seguinte, pergunte como ele está? Se sentiu dor? Se houve 48 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Cuidados antes da aplicação do injetável: 1. Preparo psicológico do paciente: É imprescindível que você explique ao paciente o procedimento que vai serfeito. Você viverá situações em que o paciente poderá ter muito “medo” de injeção, mas, vai ter o paciente que nunca tomou uma injeção e portanto, não têm ideia do que vai ser feito. Explique de forma clara, objetiva e “não minta”, especialmente tratando-se de crianças. Se você mente, você perde a confiança da pessoa. Procure deixar o paciente bem a vontade e haja com muita naturalidade e acima de tudo respeite os sentimentos de seu paciente. Você nunca sabe como ele vai lidar com a situação, então seja gentil, profissional, ético e demonstre segurança e seja paciente. Muitas vezes o procedimento dura o dobro do tempo, pois na metade dele você precisa acalmar o seu paciente antes da aplicação. Agora algumas dicas que serão úteis especialmente tratando-se de aplicação em crianças: - é difícil argumentar com elas. O fundamental é você manter a calma e nunca ser ríspido, isso só poderá piorar a situação; - acalme a criança, mas como eu disse a pouco: não minta para ela. Ela vai te perguntar: “tia, vai doer?”, seja sincero: “Sim, será parecido com uma picada de formiga e você é tão corajosa que vai ganhar um “Certificado de coragem e um presente no final”. Tenha na farmácia: balas, pirulito (presentei a criança com o consentimento dos pais), um brinquedinho e preencha o Certificado de coragem para criança levar para casa. Ela vai ficar muito feliz com o presente. - peça o auxílio do acompanhante para ajudar a segurar a criança, este é um detalhe importante, se ela se mexer muito durante o procedimento isto pode atrapalhar e tornar a injeção mais dolorida e você não vai querer que isto aconteça. - faça o procedimento com agilidade, não enrole. 49 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com - ao final, faça elogios a “coragem” da criança e entregue o certificado. Modelo de Certificado de coragem: você poderá usar a sua criatividade e montar um Certificado com o nome da Farmácia, o fone o instagram. Use sua criatividade e esta será inclusive uma oportunidade de fazer a sua propaganda, quando trabalhar em Farmácia. No material do curso você vai encontrar 2 modelos de certificados de coragem: um de meninas e um de meninos para fazer Download ( semelhante a estes abaixo). 2. Registro do procedimento: Faça o registro das informações da Prescrição na Declaração de Serviço Farmacêutico em duas vias e se estiver em UBS no prontuário ou siga o POP do seu local e atuação. 3. Escolha do local e técnica de aplicação: Prosseguir com a técnica adequada de aplicação de acordo com o medicamento a ser administrado e a via de administração. 4. Escolha do Material para aplicação: Sem dúvida alguma um dos fatores que contribuem para o sucesso da aplicação do injetável é a correta escolha dos materiais a serem utilizados na aplicação: você precisa saber escolher a “agulha” e a seringa a serem utilizadas na aplicação. Fonte: https://images.app.goo.gl/uxfei5oKsibMPPPs5 50 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Aplicação de Injetáveis em crianças: detalhes que fazem a diferença • O momento da aplicação do injetável por ser muito tenso, especialmente com crianças e muitas vezes os pais sem querer pioram a situação. Alguns pais costumam dizer frases como: “ Fique quietinho, comporte- se, senão a moça da farmácia vai te dar um Pique”, dar um pique é dar uma injeção, ou então: te dar um “guite”, Já ouvi isto muitas vezes. • Este tipo de tipo de comentário é péssimo, pois assim que a criança vê o funcionário uniformizado na farmácia, logo vem à lembrança a bronca e o castigo. Aí fica impossível convencer a criança de que a aplicação do medicamento lhe fará bem. • Deste modo, ter sensibilidade nesse momento é fundamental. Sugira aos pais ou acompanhante, que leve a criança para a sala de aplicação depois que a seringa já estiver preparada e você pronto para aplicar. Essa é uma forma de distrair a criança, reduzindo a tensão no momento que antecede à injeção. É comum que os pais queiram observar a técnica de higienização e o preparo da seringa. Deixe-os à vontade, pois isto lhes dará mais confiança no procedimento que você vai executar. Como escolher o material para aplicação em crianças: • De acordo com a literatura, o material a ser utilizado para a maioria das aplicações deve ser a seringa descartável de 3 mL, acompanhada de agulha 0,55 X 20mm para crianças de até 2 anos. A partir desta idade a agulha recomendada é a de 0,7 X 25 mm ou 0,8 X 25mm, sendo que a escolha do calibre dependerá do tipo do medicamento a ser aplicado. • 51 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com O melhor local para aplicação em crianças. • A região mais recomendada para injeções intramusculares em crianças é o vasto lateral da coxa, região que contém uma quantidade maior de músculos desenvolvidos desde o nascimento e que ficam afastados de nervos importantes. Em crianças menores de 2 anos deve-se evitar aplicações intramusculares na região glútea pois há um maior risco de se atingir o nervo ciático. Como o bebê não consegue relatar o tipo de desconforto, fica difícil diagnosticar uma possível lesão deste nervo. • Vocês encontrarão na Literatura algumas recomendações especiais para algumas situações. Exemplo: o COREN (Conselho Regional de Enfermagem) do Paraná fez recomendações sobre aplicações de injetáveis em crianças com menos de 3 anos. Numa recomendação sobre a aplicação de Ceftriaxona, segundo este conselho de classe, nas crianças de faixa etária de 0 a 3 anos os músculos vasto laterais e ventro glúteo são os mais indicados para aplicação de medicações intramusculares. A região glútea deve ser evitada até que haja um melhor desenvolvimento do músculo que ocorre em crianças que andam a mais de um ano. • A preocupação faz muito sentido, tendo em vista que na aplicação em região glútea temos que nos preocupar em não lesionar o nervo ciático e em crianças até 3 anos toda a musculatura e posicionamento do nervo estão em desenvolvimento, deste modo, sugiro ao profissional que avalie cada situação com muito bom senso, sempre levando em consideração a anatomia de seu paciente e escolhendo as seringas e agulhas de acordo com os dados aqui já apresentados. Lembrando ainda que: sempre que ainda tiver dúvidas: consulte o médico prescritor. 52 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Localizando o local para aplicação no vasto lateral da coxa em crianças • A região mais recomendada para injeções intramusculares em crianças é o vasto lateral da coxa, região que contém uma quantidade maior de músculos desenvolvidos desde o nascimento e que ficam afastados de nervos importantes. • Técnica de aplicação: intramuscular convencional, realizando prega muscular. Para crianças a agulha deve fazer ângulo de 45º, direcionada para o joelho. • Local da aplicação: terço mediano lateral externo da coxa (vide figura). • Volume máximo: 2 mL para crianças até 2 anos de idade. Se o volume for maior que isto, divida entre as duas coxas da criança. • Para evitar acidentes é importante posicionar corretamente a criança de forma a evitar movimentação excessiva. O aplicador deve ter sempre em mente que o quadril e o joelho do paciente devem ficar firmes e o ponto onde será feita a aplicação sempre visível. Uma forma de se conseguir isto é solicitando a colaboração de outro adulto (funcionário da Farmácia ou um dos pais) para: • segurar a criança durante a aplicação; 53 • colocar a criança sentada no seu colo com as pernas contidas entre as suas coxas; • abraçar firme o tronco da criança de modo que seus braços fiquem presos junto ao peito. Isto vai evitar que a criança tente tocar no local da injeção. Nas salas de aplicação que possuírem maca, a criança poderá ser posicionada em decúbito dorsal (deitada de barriga para cima) ou lateral, sendo então contida por dois adultos nos braços e pernas, enquanto o aplicador fica livre para fazer a aplicação. Licensed to Simoni XavierCeruti - monirruti@hotmail.com ESCOLHA DA SERINGA A. Escolha da Seringa: escolha sempre uma seringa com capacidade superior ao volume a ser administrado. Ex: se o medicamento que vai administrar têm 3 ml, escolha a seringa de 5 ml. É interessante você ter a disposição na farmácia seringas de diferentes capacidades para ter opções de escolha. A seringa precisa ser capacidade maior para que você consiga puxar o êmbolo (aspirer) antes de injetar a medicação no paciente. Observe as partes que compõem uma seringa assim como podemos ter diferentes graduações para as seringas: Graduação das Seringas: Seringas de 20 ml: escala de 1 ml Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml Seringas de 1 ml: escalas de 0,1 ml, 2 U, 1 U. Observe o bisel da agulha, a abertura da ponta da agulha. Fonte: Manual de técnicas de aplicação. Becton Dickinson. Bisel da agulha 54 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Observe na tabela abaixo as principais seringas que temos no mercado com suas respectivas capacidades e para quais vias elas geralmente são utilizadas. Fonte: http://www.seringasr.com.br/images/Tabela_Indica%C3%A7%C3%B5es_de_Uso_Nova.pdf Chamo a atenção para o fato de que: você sempre precisa escolher uma seringa com capacidade superior ao volume que vai administrar, visto que precisa de espaço na seringa para puxar o êmbolo após furar o paciente (e perceber se pegou um vaso sanguíneo ou não). Se vai aplicar um injetável de 3 ml, você não pode pegar uma seringa de 3 ml, você deverá usar uma seringa de 5 ml. 55 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com http://www.seringasr.com.br/images/Tabela_Indica%C3%A7%C3%B5es_de_Uso_Nova.pdf B. Escolha da Agulha para aplicação: a escolha da melhor agulha para aplicação do injetável será influenciada por 3 fatores distintos: Via de administração, tipo de medicamento (oleoso, aquoso), e espessura do tecido adiposo do paciente. Antes precisamos entender como funciona a medida das agulhas para aplicação. Veja a imagem abaixo: Você encontrará na embalagem da agulha a descrição: 0,80 x 30. Essa é a medida da agulha. Isto significa que ela têm uma cânula de 0,80 mm de diâmetro (orifício por onde o medicamento vai passar, vai fluir) por 30 mm de comprimento, ou seja, esta agulha tem 3 cm de comprimento. Quando for administrar um medicamento ele poderá encontrar-se de diferentes formas: pode ser uma solução aquosa que flui muito facilmente em agulhas de calibre 0,7 mm. Mas o medicamento pode ser uma solução oleosa, e ai ele têm viscosidade maior e fluidez menor e por isto será necessário uma agulha de calibre maior, como a de 0,8 mm, por exemplo. Ainda podemos ter medicamentos do tipo suspensão onde temos a fase sólida em que o princípio ativo será diluido com seu veículo e ai temos uma viscosidade muito maior e também vamos precisar usar um calibre maior, como o de 0,8 mm de comprimento, esta situação é comum com as penicilinas. Elas costumam entupir a agulha no momento da aspiração e para que isto não aconteça, você precisa usar uma agulha de maior calibre. Fonte: Manual de técnicas de aplicação. Becton Dickinson. 56 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com A fim de facilitar a compra e escolha destas agulhas, as empresas as identificam com diferentes cores de canhão. Deste modo, todas as indústrias que produzem este tipo de material (agulhas) seguem uma ISO, a ISO 6009 de 2016 que estabelece um código de cores para identificação de agulhas hipodérmicas descartáveis. Assim, temos uma identificação visual facilitada do calibre da agulha. Importante lembrar que esta classificação de cores diz respeito aos diferentes calibres das agulhas ( e não ao comprimento dela), assim, cada calibre de agulha é de uma cor característica. Veja abaixo os diferentes tamanhos de agulhas disponível no mercado: Com a disponibilidade de diferentes tamanhos e calibres de agulhas o profissional consegue fazer uma administração segura do injetável pois poderá escolher a agulha que melhor se adapte a medicação e a anatomia do paciente. Fonte: https://www.telediu.com.br/produto/761/agulha-descartavel-bd 57 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com https://www.telediu.com.br/produto/761/agulha-descartavel-bd Você deve estar se perguntando: o que é este número que aparece nas embalagens das agulhas? Por exemplo: aparece assim lá na embalagem: 0,70 x 30 mm (22 G x 1 ¼) Na embalagem das agulhas em uma outra forma de demonstrar tanto o calibre como o comprimento da agulha. É uma forma não muito usual e comum no nosso dia-a-dia, pois é mais comum para descrever catéteres de uso hospitalar. Nestes materiais de uso hospitalar se fala mais em Gauge e Polegadas. Trata-se de um sistema inglês de medicas: - o Gauge mede o calibre da agulha, então 0,7 mm corresponde a 22 Gauges, ou 22 G. - Polegada mede o comprimento da agulha, polegada é o mesmo que comprimento da agulha. Outro ponto interessante, quanto maior o Gauge, menor o calibre da agulha, é uma medida diferente e você não precisa se preocupar com isto, pois não vai usar isto no seu dia-a-dia de trabalho, seja na farmácia ou numa Unidade Básica de Saúde. 58 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com Reflexões sobre a escolha da agulha para aplicação A agulha padrão (a mais utilizada) para administração de medicamentos por via IM em região glútea ou deltoide é a 0,70 (diâmetro da agulha) x 2,5 mm (comprimento da agulha). Mas se você for aplicar uma injeção num paciente que tenha maior espessura de tecido adiposo você poderá escolher por exemplo um agulha de tamanho: 0,70 x 30 mm, já que ela será mais longa e garantirá com maior segurança que a medicação realmente chegue até o músculo do paciente e não fique na tela de tecido adiposo (apenas na gordura). Um dos tipos de complicação após a aplicação de injetáveis é a formação de abscessos que pode ocorrer por exemplo, se você fizer a administração de um medicamento de depósito como uma Penicilina e ela ficar em tecido adiposo (gordura), isto pode acontecer se o seu paciente for mais “gordinho” e você usar uma agulha 0,70 x 2,5 mm ao invés de uma 0,70 x 30 mm. Observe na tabela abaixo, os principais modelos de agulha disponível com seus tamanhos e as principais vias que usam estas agulhas. Fonte: http://www.seringasr.com.br/images/Tabela_Indica%C3%A7%C3%B5es_de_Uso_Nova.pdf Você não pode esquecer de avaliar o que será aplicado para escolher a melhor agulha para a aplicação no seu paciente e desta forma garantir eficácia na aplicação do injetável. 59 Licensed to Simoni Xavier Ceruti - monirruti@hotmail.com http://www.seringasr.com.br/images/Tabela_Indica%C3%A7%C3%B5es_de_Uso_Nova.pdf A fim de melhor ilustrar as agulhas disponíveis e os locais de aplicação reuni nesta tabela abaixo as principais características corporais do paciente para te ajudar a escolher a melhor agulha para aplicação. Dicas da Professora Patrícia • Não faça a reutilização de agulhas. Isto pode ser muito comum com pacientes diabéticos e que fazem a administração de insulina. Por não conseguir comprar a quantidade suficiente de seringas para aplicação eles as reutilizam. Isto não deve ser feito. • Observe a imagem abaixo e veja como a ponta da agulha vai ficando alterada (em formato de anzol) quando ela é reutilizada, isto faz a injeção “doer mais”. 60 Paciente/perfil anatômico/idade Local e Aplicação Comprimento da Agulha Adulto perfil normal Deltóide, glúteo, ventro glúteo e vasto lateral 25 mm Adulto acima do Peso Deltóide, glúteo, ventro glúteo e vasto lateral 30 mm Adolescente e adulto perfil magro Glúteo, ventro glúteo Deltóide e vasto lateral 30 mm 25 mm Criança acima de 2 anos perfil normal Vasto lateral e glúteo 25 mm Crianças acima de 2 anos perfil magro Vasto lateral e Glúteo 20 mm Criança menor de 2 anos Vasto lateral
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