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Prévia do material em texto

Indaial – 2022
Biomedicina 
estética
Prof.ª Suianne Leticia Antunes Mota
Prof.ª Suzana Gonçalves Carvalho
1a Edição
Procedimentos 
injetáveis em
Elaboração:
Prof.ª Suianne Leticia Antunes Mota
Prof.ª Suzana Gonçalves Carvalho
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
M917p
Mota, Suianne Leticia Antunes
 Procedimentos injetáveis em biomedicina estética. / Suianne 
Leticia Antunes Mota; Suzana Gonçalves Carvalho. – Indaial: UNIASSELVI, 
2022.
 139 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0495-6
 1. Biomedicina estética. – Brasil. I. Carvalho, Suzana Gonçalves II. 
Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 610
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Procedimentos Injetáveis em 
Biomedicina Estética!
A biomedicina estética está em constante evolução, por se tratar de uma 
ferramenta importante quando pensamos em beleza, autoestima e qualidade de vida. 
Essa área da biomedicina teve início em 2011 com a criação da Resolução nº 197, de 21 
de fevereiro de 2011, do Conselho Federal de Biomedicina. Nessa disciplina, faremos 
uma revisão da legislação no que concerne à biomedicina estética, aprenderemos sobre 
a estrutura e a avaliação da pele, além da avaliação dos aspectos faciais e corporais 
e suas disfunções. Veremos, também, procedimentos injetáveis em biomedicina 
estética, como: toxina botulínica, preenchedores, bioestimuladores, mesoterapia 
(intradermoterapia) e Procedimentos Estéticos Injetáveis para Microvasos (PEIM).
Na Unidade 1, abordaremos a avaliação facial e corporal relacionada a 
procedimentos minimamente invasivos, para isso, será realizada uma abordagem de 
conceitos básicos, necessários para o entendimento da estética e dos procedimentos 
minimamente invasivos. Começaremos a unidade abordando sobre a biomedicina 
estética e as legislações envolvidas com essa profissão, posteriormente, aprenderemos 
sobre a anatomia da pele, bem como as disfunções faciais e corporais que podem 
ocorrer nesse tecido, por que ocorrem e como corrigir essas disfunções e, por último, 
abordaremos conceitos básicos sobre procedimentos minimamente invasivos.
 
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos sobre a toxina botulínica e os 
preenchedores, dando ênfase aprofundada de como realizar procedimentos com essas 
substâncias, a legislação envolvida e suas aplicações gerais. Além disso, veremos 
as características envolvidas com essas substâncias, como e quando aplicar, suas 
possíveis reações e como evitá-las.
 
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos sobre a mesoterapia e PEIM, dando ênfase 
aprofundada de como aplicar essas técnicas, a legislação envolvida e suas aplicações 
gerais. Além disso, veremos as características envolvidas com essas técnicas, como 
e quando aplicar e suas possíveis reações adversas. Em adição, veremos outros 
procedimentos minimamente invasivos, como bioestimuladores, acupuntura estética, 
microagulhamento e carboxiterapia.
 
Bons estudos!
Prof.ª Suianne Leticia Antunes Mota
Prof.ª Suzana Gonçalves Carvalho
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confi ra, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - AVALIAÇÃO FACIAL E CORPORAL RELACIONADA A PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE INVASIVOS ................................................................................................... 1
TÓPICO 1 - BIOMEDICINA ESTÉTICA E LEGISLAÇÃO .........................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 A ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA ...........................................................4
3 A LEGISLAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA ....................................................................4
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................... 7
AUTOATIVIDADE ....................................................................................................................8
TÓPICO 2 - SISTEMA TEGUMENTAR – A PELE ....................................................................11
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................11
2 SISTEMA TEGUMENTAR E TECIDO ADIPOSO .................................................................. 12
3 A AVALIAÇÃO DA PELE ..................................................................................................... 16
3.1 CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA PELE .......................................................................................17
3.2 DISFUNÇÕESESTÉTICAS FACIAIS ................................................................................................. 18
4 AVALIAÇÃO E DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS .................................................. 23
4.1 FIBROEDEMA GELOIDE (FEG) ...........................................................................................................23
4.2 ESTRIAS ................................................................................................................................................24
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................27
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 28
TÓPICO 3 - BASE DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS ............................ 31
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 31
2 TOXINA BOTULÍNICA ........................................................................................................ 31
3 PREENCHEDORES ........................................................................................................... 34
4 BIOESTIMULADORES ...................................................................................................... 35
5 MESOTERAPIA (INTRADERMOTERAPIA) ....................................................................... 35
6 PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA MICROVASOS (PEIM) .......................... 36
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 38
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 43
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 46
UNIDADE 2 — PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS: TOXINA BOTULÍNICA 
E PREENCHEDORES ........................................................................................................... 49
TÓPICO 1 — LEGISLAÇÃO .................................................................................................... 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 51
2 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................... 51
3 APLICAÇÕES GERAIS DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS ................ 55
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 58
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................59
TÓPICO 2 - TOXINA BOTULÍNICA ........................................................................................ 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 61
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................... 61
3 APLICAÇÕES .................................................................................................................... 64
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................70
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 71
TÓPICO 3 - PREENCHEDORES ............................................................................................73
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................73
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ...................................................................................73
3 APLICAÇÕES .....................................................................................................................75
LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................................................79
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 85
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 86
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 88
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS: MESOTERAPIA 
(INTRADERMOTERAPIA) E PEIM ........................................................................................97
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS II: MESOTERAPIA 
(INTRADERMOTERAPIA) E PEIM ........................................................................................99
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................99
2 MESOTERAPIA (INTRADERMOTERAPIA) ......................................................................100
3 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................. 101
4 APLICAÇÕES ...................................................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................106
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................107
TÓPICO 2 - PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA MICROVASOS – PEIM ...........109
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................109
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS .................................................................................109
3 APLICAÇÕES ....................................................................................................................111
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 112
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 113
TÓPICO 3 - OUTROS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS ............................. 115
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 115
2 BIOESTIMULADORES ..................................................................................................... 116
3 ACUPUNTURA ESTÉTICA ................................................................................................117
4 MICROAGULHAMENTO ................................................................................................... 119
4.1 REJUVENESCIMENTO DA PELE ..................................................................................................... 122
4.2 CICATRIZES ........................................................................................................................................ 122
4.3 ACNE VULGAR ................................................................................................................................... 122
4.4 ALOPECIA ANDROGÊNICA E ALOPECIA AREATA ...................................................................... 123
5 CARBOXITERAPIA ..........................................................................................................124
5.1 FATORES EPIDEMIOLÓGICOS E VARIAÇÃO NA RESPOSTA DE PROCEDIMENTOS 
ESTÉTICOS ..........................................................................................................................................126
5.2 MECANISMOS DE DEFESA DO PACIENTE FRENTE A PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS............................................................................................................................................ 127
5.3 ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DOS ATIVOS PARA APLICAÇÃO EM BIOMEDICINA 
ESTÉTICA .............................................................................................................................................128
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................130
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................135
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................136
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................138
1
UNIDADE 1 -
AVALIAÇÃO FACIAL E 
CORPORAL RELACIONADA 
A PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE INVASIVOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer a legislação vigente da biomedicina estética no que concerne às técnicas 
invasivas;
• avaliar as características faciais para a aplicação de técnicas de procedimentos 
minimamente invasivos em biomedicina estética;
• avaliar características corporais para a aplicação de técnicas de procedimentos 
minimamente invasivos em biomedicina estética;
• compreender a base das técnicas e procedimentos com o uso de toxina botulínica, 
preenchedores, bioestimulantes, mesoterapia (intradermoterapia) e PEIM.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – BIOMEDICINA ESTÉTICA E LEGISLAÇÃO
TÓPICO 2 – SISTEMA TEGUMENTAR – A PELE
TÓPICO 3 – BASE DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
BIOMEDICINA ESTÉTICA E LEGISLAÇÃO 
1 INTRODUÇÃO
Desde o surgimento da biomedicina, em 1966, diversas modificações foram 
realizadas no curso. Atualmente, o curso de biomedicina oferece oportunidade em mais 
de 31 áreas de atuação, em que podemos citar a biomedicina estética como uma dessas 
áreas.
 
A biomedicina estética é responsável por cuidados relacionados ao bem-estar, 
à saúde e à beleza do paciente, envolvendo procedimentos minimamente invasivos e 
estando em consonância com a legislação vigente da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) e com o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM). A estética trata do 
estudo filosófico da beleza e do gosto. Está intimamente relacionada à filosofia da arte, 
que se preocupa com a natureza da arte e os conceitos em termos dos quais as artes 
individuais são interpretadas e avaliadas.
Para entendermos de biomedicina estética, é necessário sabermos as legislações 
que estão atreladas a essa profissão. Neste tópico, abordaremos a biomedicina estética 
e as legislações envolvidas com a profissão, quais são os requisitos mínimos para se 
especializar em biomedicina estética, quais as áreas dessa profissão e o código de ética. 
Veja, a seguir, a legislação envolvida com a biomedicina estética: 
• Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011. 
• Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011. 
• Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012. 
• Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014. 
• Normativa CFBM nº 004, de 5 de novembro de 2015. 
• Normativa CFBM nº 005, de 5 de novembro de 2015. 
• Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019. 
• Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019.
• Resolução nº 330, de 5 de novembro de 2020. 
Em adição, veremos o Código de Ética em biomedicina emitido pelo Conselho 
Federal de Biomedicina e as providências para a forma de divulgação de procedimentos 
estéticos.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
4
2 A ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA
Para trabalhar na área de biomedicina estética, é necessário realizar graduação 
em biomedicina e, além disso, apresentar especialização na área de estética ou estágio 
supervisionado, totalizando 500 horas. Assim, para atuar de forma legal nessa área 
profissional, é necessário realizar uma pós-graduação em biomedicina estética, podendo 
ser especialização, mestrado e/ou doutorado ou realizar estágio supervisionado de 
longa duração.
 
A seguir, compreenderemos os requisitos mínimos para a habilitação profissional, 
tanto provisória quanto definitiva, contidos na legislação específica para a área.
3 A LEGISLAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA
A biomedicina estética teve seu início em 2011 com a Resolução nº 197, de 21 de 
fevereiro de 2011, do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), responsável por dispor 
sobre as atribuições do profissional biomédico no exercício da biomedicina estética e 
atuação como responsável técnico de empresas que executam atividades para fins 
estéticos. Essa Resolução foi responsável por habilitar o biomédico a atuar na área de 
saúde estética, desde que fosse devidamente especializado (CFBM, 2011a).
Nesse mesmo ano, o CFBM criou a Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011, 
que dispõe sobre os critérios para a habilitação em biomedicina estética, considerando 
principalmente o déficit de normatização relacionado ao registro desses profissionais. 
Essa Resolução estabeleceu os requisitos mínimos necessários para a habilitação 
provisória e definitiva em biomedicina estética. Entre os requisitos para a habilitação 
provisória estão: cosmetologia, eletroterapia, sonoforese, iontoforese, radiofrequência 
estética, laserterapia, carboxiterapia, peelings químicos e mecânicos, intradermoterapia, 
certificados de participação em eventos em saúde estética, declaração de matrícula em 
curso de pós-graduação em estética e comprovante de experiência na área de pelo 
menos um ano. 
Os requisitos para a habilitação definitiva incluem: diploma e/ou certificado 
com título de especialização em estética (Lato Sensu), reconhecido pela Associação 
Brasileira de Biomedicina (ABBM), ou certificado de pós-graduação (Stricto Sensu), 
que são os cursos de mestrado e/ou doutorado, de acordo com a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação (LDB). Para a habilitação definitiva, deve-se respeitar o estágio 
supervisionado de, no mínimo, 500 horas (CFBM, 2011b).
Considerando o déficit de normatização da atividade do profissional biomédico 
em relação ao uso de substâncias, o CFBM criou a Resolução nº 214, de 10 de abril de 
2012, que dispõe sobre os atos do profissional biomédico e o uso de substâncias em 
procedimentos estéticos. 
5
Essa Resolução faz uma relação das substâncias legalmente habilitadas para 
o uso profi ssional do biomédico esteta, sendo essas substâncias: materiais biológicos 
(toxina botulínica), nutrientes (vitaminas, coenzima Q10, entre outros), fi toterápicos, 
AYSLIM (extrato de manga africana), ácido glicólico, ácido alfa lipoico, ácido hialurônico, 
aminofi lina, bicarbonato de sódio, biotina, blufemedil, cafeína, centelha asiática, 
castanha-da-Índia, Green tea (chá verde), cloreto de magnésio, colágeno, complexo 
B, dente-de-leão, desoxicolato de sódio, dimetilaminoetanol (DMAE), D-pantenol, 
elastina, glicosaminoglicanos (GAG), L-glutamina, L-carnitina, L-fenilalanina, fi naterida, 
glicina glutationa, hialuronidase, L-taurina, L-triptofano, L-ornitina, lidocaína, Minoxidil, 
procaína, rutina, solução fi siológica, silício orgânico e vitamina C (CFBM, 2012).
Outro avanço na biomedicina estética aconteceu em 2014, o CFBM criou a 
Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014, que dispõe sobre a habilitação do profi ssional 
biomédico esteta e regulamenta a prescrição por esse profi ssional para fi nalidades 
estéticas. 
Essa Resolução estabelece que o profi ssional pode prescrever substâncias 
e outrostipos de produtos com fi nalidade estética, como substâncias biológicas, 
substâncias empregadas no processo de intradermoterapia, substâncias conhecidas 
como correlatos de uso injetável, preenchimentos, fi toterápicos e nutrientes, seguindo 
sempre o preconizado pela ANVISA. Cabe também ao biomédico esteta a prescrição de 
formulações ofi cinais ou magistrais de cosméticos, dermocosméticos, cosmecêuticos, 
fármacos de uso tópico, óleos essenciais e também de peelings químicos. O processo 
de prescrição deve obedecer às etapas descritas nessa legislação (CFBM, 2014).
Em 2019, o CFBM criou a Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019, que dispõe 
sobre a especialidade em estética de biomedicina. Essa Resolução teve por fi nalidade 
fi rmar a obrigatoriedade do profi ssional biomédico, no exercício da estética, de estar 
inscrito regularmente junto ao Conselho Regional de Biomedicina e adequadamente 
habilitado em estética (CFBM, 2019a). Ainda no ano de 2019, o CFBM revogou a 
Resolução nº 214, de 14 de abril de 2012, e a Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019, 
com a Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019, que dispõe sobre a especialidade da 
biomedicina estética (CFBM, 2019b). 
O Conselho Federal de Biomedicina deu origem à Normativa CFBM nº 004, 
de 5 de novembro de 2015, que dispôs sobre procedimentos realizados 
por biomédicos estetas, utilizando-se de fi os de sustentação tecidual para 
fi ns estéticos, e também a Normativa CFBM nº 005, de 5 de novembro de 
2015, que dispõe sobre a aplicação de substâncias por via intramuscular.
NOTA
6
Além dos requisitos listados, o profissional biomédico esteta deve seguir 
todas as atribuições descritas na Resolução nº 330, de 5 de novembro de 2020, que 
regulamenta o novo Código de Ética do profissional biomédico. Essa Resolução, ao 
contrário das legislações anteriores, que eram relacionadas ao Código de Ética do 
profissional biomédico, teve a implementação de normas que obrigam o biomédico, 
para a divulgação de imagens de procedimentos estéticos, a ter autorização prévia do 
paciente através de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 
Imagens do biomédico acompanhado do paciente também devem ser 
previamente autorizadas através do TCLE e imagens com o resultado final de 
procedimentos estéticos devem vir acompanhadas da frase: ‘Esta imagem não 
representa, em hipótese alguma, garantia do resultado’, pois cada ser humano tem 
características anatômicas e fisiológicas únicas. Em imagens de “antes” e “depois”, 
deverá constar a legenda ‘divulgação autorizada pelo usuário’ (CFBM, 2020).
7
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A origem da biomedicina estética e as leis atreladas à origem dessa profissão para 
o impacto dela na sociedade. 
• A definição, a legislação e a atuação em biomedicina estética, levando em 
consideração que, para atuar de forma legal nessa área profissional, é necessário 
realizar uma pós-graduação em biomedicina estética, podendo ser especialização, 
mestrado ou doutorado.
• A definição, as disposições, as considerações e os artigos das legislações envolvidas 
com a biomedicina estética: Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011; Resolução 
nº 200, de 1 de julho de 2011; Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012; Resolução 
nº 241, de 29 de maio de 2014; Normativa CFBM nº 004, de 5 de novembro de 2015; 
Normativa CFBM nº 005, de 5 de novembro de 2015; Resolução nº 304, de 23 de 
abril de 2019; Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019 e Resolução nº 330, de 5 de 
novembro de 2020.
• A importância do Código de Ética em biomedicina emitido pelo Conselho Federal 
de Biomedicina e das providências para a forma de divulgação de procedimentos 
estéticos, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e em quais casos ele é 
necessário.
RESUMO DO TÓPICO 1
8
1 A biomedicina estética é uma área de atuação do biomédico, incumbida por cuidados 
relacionados à satisfação, à autoestima, à saúde e à beleza do paciente, baseada 
na legislação de referência para a biomedicina estética, preconizada pelo Conselho 
Federal de Biomedicina (CFBM). Sobre a legislação que deu origem à profissão de 
biomedicina estética devidamente reconhecida pelo órgão, assinale a alternativa 
CORRETA:
a) ( ) A biomedicina estética foi reconhecida pela Resolução nº 200, de 1 de julho de 
2011, que dispõe sobre as atribuições do profissional biomédico no exercício da 
biomedicina estética e atuação como responsável técnico de empresas.
b) ( ) A biomedicina estética teve seu início com a Resolução nº 197, de 21 de fevereiro 
de 2011, que dispõe sobre as atribuições do profissional biomédico no exercício 
da biomedicina estética e atuação como responsável técnico de empresas.
c) ( ) A profissão de biomedicina estética foi devidamente reconhecida e teve seu 
início com a Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019, que dispõe sobre a 
especialidade em estética de biomedicina.
d) ( ) A profissão de biomedicina estética foi devidamente reconhecida e teve seu 
início com a Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011, que dispõe sobre a 
especialidade em estética de biomedicina.
2 Para exercer a profissão de biomédico esteta, não basta se graduar no curso de 
biomedicina, também são necessários outros requisitos mínimos para a habilitação 
definitiva em biomedicina estética. De acordo com a Resolução nº 200, de 1 de 
julho de 2011 e com a Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019, classifique V para as 
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011, prevê que, para o profissional atuar na 
área de biomedicina estética, ele deve apresentar diploma e/ou certificado de pós-
graduação, de acordo com a LDB.
( ) Ambas as Resoluções não tornam obrigatória a inscrição desse profissional no 
Conselho Regional de Biomedicina, visto que essa não é uma obrigatoriedade.
( ) A Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019, reforça a obrigatoriedade do profissional 
biomédico esteta estar vinculado e inscrito no Conselho Regional de Biomedicina.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - F.
b) ( ) F - F - V.
c) ( ) V - V - V.
d) ( ) V - F - V.
AUTOATIVIDADE
9
3 O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) é responsável por regulamentar e 
fiscalizar a atuação do profissional biomédico, inclusive o biomédico esteta. Para isso, 
são criadas Resoluções a fim de padronizar e estabelecer regras a esses profissionais. 
Sobre a Resolução que dispõe sobre os atos do profissional biomédico e o uso de 
substâncias em procedimentos estéticos, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
b) ( ) Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014.
c) ( ) Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012.
d) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
4 O curso de biomedicina oferece oportunidade em mais de 31 áreas de atuação, em 
que podemos citar a biomedicina estética, sendo que essa área contribui bastante 
para a saúde e a beleza das pessoas. Disserte sobre essa área de atuação, incluindo 
a sua importância para a comunidade, a regulamentação e as legislações envolvidas.
5 A partir do reconhecimento da profissão de biomedicina estética pelo Conselho 
Federal de Biomedicina (CFBM), o profissional biomédico devidamente licenciado 
teve autorização para exercer procedimentos minimamente invasivos e utilizar 
substâncias químicas e biológicas para o exercício dessas técnicas. Cite pelo 
menos sete substâncias químicas e/ou biológicas legalmente habilitadas para uso 
profissional do biomédico esteta.
10
11
SISTEMA TEGUMENTAR – A PELE
1 INTRODUÇÃO
O sistema tegumentar é o revestimento dos seres vivos, constituído por pele, 
pelos, unhas e glândulas. O papel mais conhecido desse sistema é a proteção aos tecidos 
subjacentes. A pele não é responsável só por proteger o corpo de substâncias externas 
e microrganismos, além disso, atua evitando a perda de fluidos corporais. É considerada 
o maior órgão do corpo humano, além de sera primeira linha de defesa do corpo, 
funcionando como uma barreira. É constituída por três camadas, em que cada camada 
desempenha determinada função para defender o organismo contra riscos externos/
internos e agentes infecciosos. Apresenta, também, outros papéis fundamentais, como: 
isolamento e controle da temperatura corporal, sensibilidade e produção de vitaminas D 
e B. A pele pode ser considerada um dos sistemas mais importantes do corpo humano 
(OLIVEIRA et al., 2014a).
A pele possui uma coloração denominada melanina, que é promovida pelos 
melanócitos. A melanina concentra parte da radiação ultravioleta (UV), porém também 
possui enzimas responsáveis por reparar o DNA (ácido desoxirribonucleico), que reverte 
os danos causados por esses raios. Pessoas que não apresentam genes para essas 
enzimas têm grandes riscos de adquirir câncer de pele (OLIVEIRA et al., 2014a).
Um outro papel fundamental do tecido subcutâneo é interligar a pele aos tecidos 
subjacentes, como os músculos, por exemplo. Os anexos possuem funções importantes, 
como o cabelo no couro cabeludo, que fornece isolamento da temperatura na cabeça. 
Os pelos dos cílios e sobrancelhas impedem que entrem poeira e/ou outros compostos 
externos nos olhos, e os pelos das narinas auxiliam a evitar a poeira na cavidade nasal. 
As unhas são responsáveis por proteger as pontas dos dedos de lesões mecânicas e dão 
aos dedos maior capacidade para pegar determinados objetos (OLIVEIRA et al., 2014a).
Há quatro tipos de glândulas constituintes do sistema tegumentar: glândulas 
sudoríparas, glândulas sebáceas, glândulas ceruminosas e glândulas mamárias. São 
integralmente glândulas exócrinas, secretando compostos para fora das células e do 
corpo. As glândulas sudoríparas produzem suor. São fundamentais para auxiliar no 
equilíbrio da temperatura corporal. As glândulas sebáceas são responsáveis por produzir 
óleo, que auxilia na inibição de bactérias, evitando que o cabelo e a pele ressequem. As 
glândulas ceruminosas são responsáveis por produzir cera, que mantém a superfície 
externa do tímpano flexível, impedindo o ressecamento, e as glândulas mamárias 
produzem leite (OLIVEIRA et al., 2014a).
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
12
2 SISTEMA TEGUMENTAR E TECIDO ADIPOSO
A pele constitui a primeira linha de defesa humana, é o maior órgão do corpo 
humano. Responsável por desempenhar funções importantes para o corpo, incluindo 
proteção (temperatura, radiação solar, patógenos e outros fatores extrínsecos), 
sensibilidade, termorregulação, síntese e armazenamento de vitamina D, permeabilidade 
cutânea, reposição celular, resistência à água, excreção de substâncias, auxílio no 
sistema imunológico, entre outros. É dividida em epiderme, derme e tecido subcutâneo 
(adiposo) (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
A sensibilidade da pele é responsável pelas sensações de calor, frio, tato e dor, 
que são captadas por receptores específicos:
• receptores de Ruffini: calor;
• receptores de Vater-Pacini: pressão;
• receptores de Krauser: frio;
• receptores de Meissner: tato;
• discos de Merkel: tato e pressão;
• terminações nervosas: principalmente dor.
A epiderme é a camada mais externa da pele, responsável pelas propriedades de 
regulação, absorção e barreira, é formada basicamente por queratinócitos, melanócitos, 
células de Langerhans e células de Merkel. A epiderme não é vascularizada, recebendo 
seus nutrientes da derme por difusão (STÜCKER et al., 2002) e é composta por cinco 
estratos: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato 
germinativo (Figura 1). 
FIGURA 1 – CAMADAS DA PELE E DA EPIDERME
FONTE: A autora 
13
O estrato córneo é a camada mais externa da pele, responsável pela integridade 
e continuidade do tecido. Nesse estrato, os queratinócitos perdem seu núcleo 
(corneócitos) e outras organelas e dão origem ao chamado cimento lipídico. O estrato 
lúcido é formado por células anucleadas e planas, já o estrato granuloso é responsável 
por atuar na intervenção da queratinização. Nessa camada, há grânulos de querato-
hialina, que contêm precursores de queratina que, eventualmente, formam feixes. O 
estrato espinhoso é composto por várias camadas de células. O estrato germinativo, 
ou também denominado estrato basal, é separado da derme pela lâmina basal, nessa 
camada, são encontrados os melanócitos (OLIVEIRA et al., 2014a). 
A epiderme é responsável por regular a passagem de substâncias através da 
pele, realiza a função de barreira contra componentes estranhos, regulação térmica, 
permite a perda de eletrólitos e água e atua na absorção de fármacos (OLIVEIRA et al., 
2014a). A epiderme se renova de três a quatro semanas em condições normais.
 
Os melanócitos são células encarregadas pela síntese de melanina, 
promovendo a pigmentação da pele, cuja coloração é o resultado da combinação de 
melanina, caroteno e hemoglobina. São células globulosas de núcleo irregular. Estão 
localizados no estrato espinhoso e basal da epiderme (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
Os queratinócitos são células encarregadas pela síntese de queratina (proteína 
de proteção), sendo as células mais numerosas da epiderme. Os queratinócitos passam 
por um processo denominado queratinização e em cada estrato da epiderme ocorre 
uma modificação (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
As células de Langerhans possuem forma ramificada e estão localizadas 
juntamente aos queratinócitos em toda a epiderme, principalmente no estrato espinhoso. 
Atuam colaborando com o sistema imunológico, processando antígenos cutâneos. Podem 
desencadear, também, reações de hipersensibilidade (OLIVEIRA et al., 2014a).
As células de Merkel são encontradas na epiderme, passando por modificação, 
localizadas principalmente no estrato basal. São conhecidas como mecanorreceptoras, 
por estarem em contato com as terminações nervosas (OLIVEIRA et al., 2014a).
A derme é originada na região mesodérmica e é responsável pela sustentação 
da epiderme, além de atuar na proliferação celular. Os anexos da pele também estão 
situados nessa camada, tal como as glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas, os 
folículos pilosos, os vasos sanguíneos, os linfáticos e os nervos. É constituída por duas 
camadas, denominadas camada papilar e camada reticular. 
A camada papilar é uma camada fina, superior, integrada basicamente de 
tecido conjuntivo; a camada reticular, por sua vez, é uma camada espessa, integra 
fibras de colágeno e tecido conjuntivo denso. Constitui-se de tecido conjuntivo frouxo, 
14
também denominado tecido conjuntivo areolar, em que existem colágeno, elastina e 
fibras reticulares. Os tipos celulares mais importantes são os fibroblastos, os adipócitos 
(armazenamento de gordura) e os macrófagos (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sudoríparas estão localizadas na derme, encarregadas pela 
síntese de suor, que atua na regulação térmica na epiderme. A composição do suor inclui 
sais, água e ureia. Podem ser divididas em écrinas e apócrinas; as glândulas apócrinas 
são aquelas situadas no púbis, na região inguinal e nas axilas, e as écrinas no restante 
do corpo (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sudoríparas écrinas são glândulas tubulares enroladas que 
direcionam substâncias até a camada superficial da pele, porém, alongam-se até a 
camada interna da pele. Estão espalhadas por praticamente toda a extensão do corpo 
humano. São moderadas pelos nervos colinérgicos simpáticos, que são equilibrados 
pelo hipotálamo. O hipotálamo capta a temperatura central e também adquire dados 
dos receptores de temperatura localizados na pele, modificando, assim, a produção de 
suor, em associação com outros processos de termorregulação. 
O suor écrino do ser humano é constituído basicamente de água, sais e 
compostos orgânicos em solução. Ele possui baixas proporções de materiais gordurosos, 
ureia e outros sedimentos. A concentração de sódio pode variar de 35 a 65 mmol/l e é 
inferior em pessoas ambientadas a um ambiente quente (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sudoríparasapócrinas só se expressam no princípio da puberdade 
(por volta dos 15 anos) e produzem muito mais suor do que o normal em um período de 
um mês e, em seguida, regulam e liberam proporções normais de suor após determinado 
tempo. As glândulas sudoríparas apócrinas liberam suor, que contém materiais oleosos. 
Estão presentes basicamente nas axilas e nas genitálias, sua produção é o principal 
motivo do odor do suor, em razão das bactérias que decompõem os materiais orgânicos 
dessas glândulas. O estresse emocional pode aumentar a liberação de suor das glândulas 
apócrinas, ou mais diretamente: o suor já existente no túbulo é liberado. As glândulas 
sudoríparas apócrinas atuam como glândulas odoríferas (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
As glândulas sebáceas são encontradas na pele dos humanos e são 
responsáveis por secretar uma substância gordurosa denominada sebo, que é composta 
por lipídios e o restante das células adiposas mortas. Essas glândulas estão presentes 
em todo o epitélio humano, com exceção das palmas das mãos e das solas dos pés. 
O sebo age protegendo e impermeabilizando o cabelo e a camada externa do epitélio, 
impedindo que fiquem ressecados, frágeis e rachados. Além disso, podem impedir o 
crescimento de agentes infecciosos na pele (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sebáceas comumente são encontradas em superfícies revestidas 
de pelos, onde se encontram conexas aos folículos capilares, para liberarem sebo 
nos fios, carregando-os para o exterior da pele ao longo da haste capilar. O cabelo, 
o folículo piloso e a glândula sebácea compõem a unidade pilossebácea. Em áreas 
15
sem revestimento de pelo, como pálpebras, mamilos, lábios, pênis e pequenos lábios, 
também podem ser encontradas glândulas sebáceas, sendo os dutos os responsáveis 
por transportar sebo nesses locais. Nas glândulas, o sebo é fornecido no interior de 
células especializadas e é liberado conforme essas células se rompem; as glândulas 
sebáceas são classificadas como glândulas holócrinas (OLIVEIRA et al., 2014a).
O sebo é desprovido de odor, no entanto, sua degradação bacteriana pode 
provocar odores. O sebo é o motivo de cabelos “oleosos”, caso não forem devidamente 
limpos por alguns dias. A cera de ouvido é em parte sebo, da mesma forma que a secreção 
mucopurulenta, a substância seca que se concentra nas quinas dos olhos depois de 
dormir. A constituição do sebo muda entre espécies, em humanos, o conteúdo oleoso 
compreende cerca de 25% de monoésteres de cera, 41% de triglicerídeos, 16% de ácidos 
graxos livres e 12% de esqualeno (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sebáceas estão relacionadas aos distúrbios na pele, tal como 
acne e queratose pilar. Uma glândula sebácea em disfunção pode acarretar em cisto 
sebáceo. A isotretinoína altera de forma significativa a quantia de sebo formada pelas 
glândulas sebáceas e é utilizada no tratamento da acne. O uso exagerado de esteroides 
anabolizantes por fisiculturistas para impedir a perda de peso pode incitar as glândulas 
sebáceas, resultando em acne (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas ceruminosas, conhecidas por produzirem a cera de ouvido, 
também denominada clinicamente como cerúmen, é caracterizada como uma substância 
cerosa e de coloração amarelada e é secretada pelo ouvido humano. Possui um papel 
fundamental no aparelho auditivo, ajudando a manter a limpeza e a lubrificação da pele, 
além disso, é responsável por fornecer proteção contra microrganismos e insetos. O 
excesso de cerúmen pode causar obstrução do canal auditivo e, consequentemente, 
prejudicar a audição (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
As glândulas mamárias são responsáveis pela produção de leite em fêmeas, 
para sustento dos filhos/filhotes. São glândulas sudoríparas modificadas e com tamanho 
aumentado, quando comparadas às demais glândulas sudoríparas. São compostas por 
alvéolos com revestimento de células epiteliais, responsáveis pela produção de leite. Os 
alvéolos são responsáveis por dar origem aos lóbulos, que drenam a abertura dos mamilos. 
Células mioepiteliais se contraem de forma similar às células musculares, empurrando o 
leite pelos ductos lactíferos em direção ao mamilo, onde são acumulados em seios. Os 
bebês espremem o leite que fica armazenado nesses seios (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
Os pelos são originados pelo processo de renovação da epiderme, onde novas 
células são produzidas constantemente e células velhas ficam expostas. Quando ocorre 
o acúmulo de queratina, as células ficam compactas, dando origem aos pelos e às unhas 
(OLIVEIRA et al., 2014a).
 
16
As unhas são estruturas compostas de queratina. Possuem duas principais 
funções no corpo humano: proteção e sensibilidade na ponta dos dedos. A ponta do 
dedo possui várias terminações nervosas, que são responsáveis por garantir que sejamos 
capazes de receber informações quando entramos em contato com as superfícies. A 
unha pode produzir ainda força contrária à ponta do dedo, fornecendo informações 
quando determinado objeto é tocado (OLIVEIRA et al., 2014a).
A unha pode ser dividida em seis partes: raiz, leito ungueal, lâmina ungueal, 
eponíquio (cutícula), perioníquio e hiponíquio. A raiz da unha também é denominada 
matriz germinativa. Fica localizada abaixo da pele, na parte detrás da unha e ocupa 
alguns milímetros do dedo, é responsável pela produção de grande parte da unha e do 
leito ungueal. Não produz melanina, por não possuir melanócitos presentes. 
A borda da raiz é caracterizada como sendo uma estrutura branca em forma 
decrescente presente na unha, denominada lúnula. O leito ungueal compõe a matriz 
ungueal, também denominada matriz estéril. A matriz estéril vai da lúnula até o 
hiponíquio. O leito ungueal possui vasos sanguíneos, nervos e células produtoras de 
melanina. Conforme a unha é desenvolvida pela matriz germinativa, ela adiciona material 
na superfície inferior da unha, fazendo com que fique mais espessa, esse processo 
é fundamental para que ocorra o crescimento das unhas e para que o leito ungueal 
tenha característica lisa. Caso não ocorra, a unha pode ser danificada, rachando ou 
formando sulcos, que são esteticamente desagradáveis. A placa ungueal é composta 
de queratina. A característica rosada da unha é ocasionada pelos vasos sanguíneos sob 
a unha. A superfície inferior da placa ungueal possui sulcos no decorrer do comprimento 
da unha, que auxiliam na ancoragem do leito ungueal (OLIVEIRA et al., 2014a).
A cutícula da unha também é conhecida como eponíquio, está localizada entre 
a pele do dedo e a lâmina ungueal, formando uma barreira à prova d’água. O perioníquio 
é conhecido como a pele que recobre a placa ungueal em seus lados. É denominada 
também como borda paroníquia, é a localização das unhas encravadas, e o hiponíquio 
é a área conhecida entre a placa ungueal e a ponta do dedo (OLIVEIRA et al., 2014a).
A camada de sustentação dos revestimentos superiores (epiderme e derme) é 
denominada de fáscia subcutânea, tecido subcutâneo (adiposo) e uma denominação 
mais antiga, hipoderme. Contém células adiposas e também alguns anexos da pele, 
tais como vasos sanguíneos e folículos capilares. A função desse tecido é de proteção, 
preenchimento, reserva de energia e isolante térmico (OLIVEIRA et al., 2014a).
3 A AVALIAÇÃO DA PELE
 
A pele é responsável por grande parte do peso corporal humano, equivalendo a 
cerca de 20% desse peso. Vários critérios são usados para classificar os diferentes tipos 
de pele. No entanto, do ponto de vista estético, a pele é classificada de acordo com vários 
fatores relacionados ao seu equilíbrio: secreção sebácea, hidratação e nível de sensibilidade. 
17
Assim, cada tipo de pele terá características próprias e exigirá cuidados 
diferenciados. O tipo de pele é determinado pela genética, embora também seja 
afetado por outros fatores e possa mudar com o tempo. A pele pode apresentar diversas 
disfunções faciais, acometidas principalmente pelo tipo de pele individual, composição 
da pele, fatores relacionados à exposição aosol e ao envelhecimento.
3.1 CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA PELE
Ao comparar a pele de diferentes indivíduos é possível observar diferenças 
signifi cativas na composição desse tecido, acarretando diferentes classifi cações de 
biotipos de pele. A pele pode ser classifi cada, dessa forma, quanto ao seu aspecto, 
elasticidade, textura, sensibilidade e porcentagem de óleo e água produzidos no tecido 
(OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele normal ou eudérmica: é a pele que apresenta secreções sudoríferas e 
sebáceas equilibradas, garantindo, dessa forma, um equilíbrio entre óleo e água. 
Uma pele desse tipo é caracterizada por possuir uma boa elasticidade e hidratação 
e aspecto saudável (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele seca ou alípica: esse tipo de pele é caracterizado por apresentar espessura 
da epiderme reduzida e défi cit de manto hidrolipídico, apresentando, assim, 
irritabilidade e tendência à sensibilidade. A característica visual desse tipo de pele é 
opaca, esbranquiçada e adelgaçada, acarretando na falta de viço. Uma pele desse 
tipo apresenta pouca produção de água e óleo (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele oleosa ou lipídica: esse tipo de pele é caracterizado pela produção exacerbada 
de secreção sebácea, resultando em uma espessura epidérmica maior. O aspecto 
desse tipo de pele é com excesso de brilho e tendência à formação de lesões, como 
pápulas, comedões e pústulas (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele lipídica acneica: esse tipo de pele é caracterizado pelo mesmo tipo de pele 
anterior, porém pode ser decorrente a presença de lesões e infl amações intensas, 
como pápulas, nódulos, comedões, pústulas e cistos (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele mista: nesse tipo de pele, a zona T exibe características diferentes das 
demais áreas do rosto. Dessa forma, a zona T apresenta um excesso de secreção 
sebácea, podendo apresentar comedões, e as demais partes da face apresentam 
características de pele desidratadas ou normais (OLIVEIRA et al., 2014a).
A zona T é constituída pela região frontal da face, mento e nariz.
IMPORTANTE
18
3.2 DISFUNÇÕES ESTÉTICAS FACIAIS
Acnes são caracterizadas como poros entupidos na pele. Podem ser acometidas 
por: produção de óleo exagerada, microrganismos, desregulação hormonal, células 
lisadas e pelos encravados. Realizar a identificação do tipo de acne é de extrema 
importância para o sucesso no tratamento. As acnes podem ser classificadas em não 
inflamatórias ou inflamatórias. Os subtipos de acne alocados dentro dessas duas divisões 
incluem: cravos, espinhas, pápulas, pústulas, nódulos e cistos (CHERNEY, 2019).
A acne denominada não inflamatória inclui cravos e espinhas. Normalmente, é 
caracterizada por não causar inchaço. Responde relativamente bem aos tratamentos 
estéticos considerados simples, como limpeza de pele, por exemplo. O ácido salicílico 
é utilizado com frequência no tratamento da acne em geral, porém, normalmente, 
funciona mais adequadamente em acne não inflamatória. Tal ácido esfolia naturalmente 
a pele, removendo as células mortas, que é um dos motivos de causas de espinhas e 
cravos (CHERNEY, 2019).
Os cravos acontecem quando determinado poro está entupido em decorrência 
de excesso de sebo e/ou células lisadas na pele. A parte superior do poro se mantém 
aberta e o restante entupido, resultando na coloração preta característica na superfície 
da pele (CHERNEY, 2019).
Espinhas vermelhas visivelmente inchadas são denominadas acnes 
inflamatórias. Apesar de o sebo e de as células lisadas da pele contribuírem para a 
acne inflamatória, microrganismos, como as bactérias, também podem desencadear 
um papel no entupimento desses poros. As bactérias podem provocar uma infecção 
no interior da superfície da pele, resultando em manchas de acne, que geralmente 
são doloridas e difíceis de tratar. Os produtos à base de peróxido de benzoíla auxiliam 
na redução do inchaço, na eliminação de microrganismos e na remoção do excesso 
de sebo. Os retinoides de uso tópico também são úteis no tratamento de pápulas e 
pústulas inflamatórias (CHERNEY, 2019).
As pápulas são decorrentes quando as paredes ao redor dos poros se rompem 
por causa de uma inflamação grave, resultando em poros endurecidos e entupidos, 
sensíveis ao toque. A pele em torno desses poros geralmente é rosada. As pústulas 
também podem ocorrer quando as paredes em volta dos poros são rompidas. 
Diferentemente das pápulas, as pústulas são completadas com pus. Esses inchaços 
saem da pele e geralmente são de coloração avermelhada. Frequentemente, possuem 
a parte superior amarela ou branca (CHERNEY, 2019).
Os nódulos acontecem quando poros entupidos e inflamados crescem. 
Diferentemente das pústulas e pápulas, os nódulos são caracterizados por serem bem 
profundos, e os cistos podem progredir quando os poros são obstruídos por uma 
associação de microrganismos, sebo e células lisadas. As obstruções ocorrem no interior 
da pele e são mais profundas do que os nódulos. Esses inchaços são frequentemente 
19
dolorosos ao toque. Os cistos são os subtipos de acne com maior forma e sua formação 
pode acarretar em infecção grave. Este tipo de acne também é o mais propenso a 
cicatrizar (CHERNEY, 2019).
 
O processo de cicatrização ocorre em três etapas: a fase inflamatória, a 
proliferativa e a remodeladora. Na fase inflamatória, ocorre a formação da rede de 
fibrina e a dispersão de células de defesa que removerão microrganismos e substâncias 
desconhecidas. Na segunda fase, também denominada de fase proliferativa, ocorre 
principalmente a proliferação de endotélio, fibloblastos e queratinócitos e também 
a formação de fibronexus. Na última fase, ocorre a modificação na organização do 
colágeno, sendo o colágeno tipo III substituído pelo tipo I, favorecendo as ligações 
cruzadas entre monômeros e aumentando a resistência da ferida (LEMOS, 2019).
Cicatrizes faciais comuns são formadas por acnes, resultando no aumento da 
proliferação do tecido ou perda tecidual (Figura 2). Essas cicatrizes são ocasionadas pela 
perda de colágeno em consequência ao processo inflamatório ocasionado pela acne. Na 
estética, não existe terapêutica padrão para o tratamento dessas cicatrizes, existem 
tratamentos adotados, tais como peelings, dermabrasão, preenchedores, subcisão, 
aplicação de lasers, técnicas de compuch e microagulhamento (LEMOS, 2019).
FIGURA 2 – CICATRIZES FACIAIS OCASIONADAS POR ACNE
FONTE: <https://shutr.bz/3jDzsUq>. Acesso em: 30 mar. 2022.
O colágeno é uma proteína tridimensional composta por várias sequências 
de três aminoácidos, sendo sintetizado de forma natural pelo organismo. 
Os principais tipos de colágeno são tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV. O 
colágeno tipo I é o mais abundante no corpo humano, sendo encontrado 
em tendões, pele, dentes e ossos, possui forma de fibra e é resistente. O 
colágeno tipo II é encontrado principalmente nas cartilagens. O colágeno 
tipo III é encontrado principalmente em músculos, artérias, intestino 
e útero e ainda em órgãos, como rins e baço, apresenta elasticidade e 
é encontrado em formas variáveis. O colágeno tipo IV é formado por 
moléculas que não estão associadas com fibrilas.
INTERESSANTE
20
Com o processo natural de envelhecimento, o colágeno presente no tecido 
conjuntivo vai se tornando mais rígido e a elastina passa a entrar em défi cit com a sua 
elasticidade natural. Essas variações no tecido conjuntivo fazem com que o tecido 
adiposo da pele não se mantenha uniforme, provocando a desidratação excessiva da 
pele, resultando em fl acidez e rugas faciais (LEMOS, 2019).
Em consequência a esse processo, existe a ação do vetor gravitacional, que 
infl uencia na queda do tônus muscular, gerando fl acidez e comprometendo a estética 
facial. O envelhecimento provoca a redução dos valores do ângulo no sulco nasogeniano, 
aumentando a distância entre a base do nariz e a comissura labial (LEMOS, 2019).
A exposição prolongada à luz ultravioleta faz com que a pele sofra 
fotoenvelhecimento e, em casos mais graves, até fotocarcinogênese.A melanina é 
uma substância importante na proteção da pele contra os raios ultravioleta, porém 
sua produção exagerada pode provocar manchas na pele. O processo denominado 
melanogênese acontece nos melanócitos no estrato basal da epiderme, sendo 
infl uenciado por fatores hormonais, genéticos, genes de pigmentação e exposição aos 
raios ultravioleta (LEMOS, 2019). Existem vários tipos e manifestações de hipercromias
conhecidos, dentre os quais podemos destacar:
• dermatite por bijuteria e/ou perfume: manchas no rosto e/ou colo decorrentes 
da ação de sensibilidade a substâncias existentes em determinados cosméticos ou 
bijuterias;
• hipercromias pós-infl amatórias: decorrentes de fenômenos de agressão à pele, 
como infl amação ou queimaduras;
• lentigens: são manchas não ocasionadas pela exposição ao sol. São salientes e 
limitadas, apresentando coloração amarelo a marrom-escuro;
• lentigens de luz de sol ou senis: manchas escuras decorrentes de exposição 
solar ou faixa etária acima de 50 anos (Figura 3).
O sulco nasogeniano é ocasionado pela contração dos músculos da face em 
excesso, pela falta de descanso noturno e pelo cansaço, além de causas que 
favorecem o envelhecimento estrutural da derme e do tecido subcutâneo.
NOTA
21
FIGURA 3 – LENTIGENS DE LUZ DE SOL OU SENIS
FONTE: Joyja-Lee, Shutterstock (2022).
• melanodermia residual: decorrente de um processo inflamatório crônico, que 
pode levar ao aumento de melanófagos.
• melasma: decorrente principalmente em mulheres, consistindo na hipermelanogê-
nese com coloração marrom-escuro, sendo ocasionado por fatores como: exposição 
prolongada ao sol, hormônios, uso de cosméticos com perfume e fatores genéticos 
(Figura 4).
FIGURA 4 – MELASMA
FONTE: <https://shutr.bz/3jz0TyD>. Acesso em: 30 mar. 2022. 
• queratoses senis ou actínicas (melanoses solares): manchas com coloração 
variada, com escamas e crostas, podendo evoluir para carcinoma;
• máscara de gravidez ou clasma: são manchas acometidas pela gravidez ou 
anticoncepcionais, que acometem principalmente a testa, as maçãs do rosto e as 
têmporas;
• sardas da cor ruiva ou efélides: são representadas por manchas com coloração 
marrom-avermelhada, aumentando de tamanho quando expostas ao raio 
ultravioleta, são encontradas no rosto e em partes cobertas do corpo (Figura 5).
22
FIGURA 5 – SARDAS DA COR RUIVA OU EFÉLIDES
FONTE: <https://shutr.bz/3EaRl6w>. Acesso em: 30 mar. 2022. 
• hiperpigmentação periorbital: melanose com aspecto circular próxima à região 
periocular e pálpebras. Essa hipercromia não possui tratamento, trata-se de 
casos hereditários de transmissão autossômica, desenvolvida principalmente na 
adolescência;
• melanodermatites por fotossensibilização: pigmentações decorrentes de fo-
tossensibilização medicamentosa;
• melanose de Riehl: pigmentação que acomete a face, as têmporas, o colo e a 
testa, é causada principalmente por fatores endócrinos, cosméticos e nervosos;
• poiquilodermia de Civatte: manchas escuras que surgem principalmente no V do 
pescoço em mulheres peri e pós-menopausa.
As rugas são resultado da destruição da arquitetura na composição cutânea, 
ocasionando sobras de pele, flacidez, bolsas de gordura e rugas estáticas e dinâmicas, 
resultado do envelhecimento. Podem ser profundas, que permanecem mesmo com o 
estiramento da pele, e superficiais, que com o estiramento da pele desaparecem. São 
classificadas como estáticas, quando ficam expostas mesmo sem expressões faciais, 
e dinâmicas, quando aparecem somente sob influência de expressões faciais, como o 
sorriso (LEMOS, 2019).
 
Sulcos infraorbitais (olheiras): é o resultado do envelhecimento da região 
dos olhos, acarretando alterações cutâneas e perda de volume. Várias são as causas que 
podem acarretar as olheiras: aumento de melanina, sendo considerada uma melanocitose 
dérmica, fricção da área periorbital, envelhecimento, provocando a redução de tecido 
subcutâneo adiposo, edema periorbital, aumento de sombreamento, provocado por 
situações de luminosidade, e aumento da visibilidade dos vasos (LEMOS, 2019).
 
É necessário sempre levar em consideração o tipo de olheira para a seleção do tipo 
de tratamento. Quando decorrentes de hipervisibilidade da vasculatura e musculatura, 
não é indicado nenhum tipo de tratamento, pelos benefícios serem mínimos. Quando 
decorrentes pelo acúmulo de melanina, podem ser realizados peelings químicos, 
23
clareadores, ácido retinoico, lasers e luz intensa pulsada. Caso sejam decorrentes de 
modificações no volume periorbital, as técnicas de preenchimento podem ser realizadas. 
Quando provenientes da alteração do contorno devido à flacidez, são indicados peelings 
químicos, lasers e luz intensa pulsada (LEMOS, 2019).
4 AVALIAÇÃO E DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS
Disfunções estéticas corporais, tais como fibroedema geloide, estrias e flacidez, 
são as queixas mais comuns em pacientes atendidos em centros estéticos. Entre as 
causas desses distúrbios estão o envelhecimento cronológico, o fotoenvelhecimento, 
as mudanças no corpo, a gravidez e a perda ou ganho de peso. A fibroedema geloide, 
conhecida popularmente como “celulite”, tem uma prevalência entre 85% e 98% em 
todos os grupos étnicos (SILVA; FILONI; FITZ, 2014).
Os fatores de risco que contribuem para o seu surgimento são: excesso de 
gordura corporal, fatores hormonais, dietas inadequadas, predisposição genética, 
tabagismo, distúrbios posturais e ortopédicos, inatividade e também compressão 
externa dos tecidos do corpo causada pelo uso de roupas apertadas. 
Embora a queixa principal esteja relacionada à estética, disfunções estéticas 
corporais causam problemas funcionais e emocionais, podem levar à redução da 
autoestima e criar problemas nas relações interpessoais. Assim, esses distúrbios são 
considerados um problema de saúde, por apresentarem grande impacto na qualidade 
de vida das mulheres (SILVA; FILONI; FITZ, 2014).
4.1 FIBROEDEMA GELOIDE (FEG)
Fibroedema geloide, também denominado de celulite, é um distúrbio no panículo 
adiposo e acomete de 80 a 90% das mulheres, atingindo principalmente a região das 
coxas e glúteos. São alterações na circulação, que possuem como consequência 
o edema, prejudicando o metabolismo e alterando o adipócito, que sofre hipertrofia, 
comprimindo a microcirculação e acarretando no espessamento não inflamatório. É 
apresentado como depressões na pele com aspecto denominado “casca de laranja” 
(OLIVEIRA et al., 2014b).
24
FIGURA 6 – ASPECTO VISUAL DE CELULITES
FONTE: <https://shutr.bz/3E8Nqas>. Acesso em: 30 mar. 2022. 
As alterações das FEGs são divididas em quatro fases:
• fase 1: ocorre a hipertrofia das células, que acarreta na congestão, comprimindo, 
assim, os vasos calibrosos, que são dilatados, excretando um líquido seroso e 
aumentando a congestão. Esse ciclo é vicioso;
• fase 2: a dilatação faz com que ocorra a liberação de eletrólitos e mucopolissacarídeos, 
que são responsáveis por atingir as terminações nervosas e modificar as fibras 
conjuntivas;
• fase 3: compressão de nervos e artérias devido à formação de um tecido composto 
de colágeno;
• fase 4: desenvolvimento de fibrose cicatricial e retração esclerótica, que acomete 
os nervos e provoca periarterite (OLIVEIRA et al., 2014b).
A incidência de FEG é maior em mulheres do que em homens em virtudes 
fisiológicas, hormonais e anatômicas. Os lóbulos dos adipócitos em mulheres são maiores 
do que nos homens. Homens possuem tecido subcutâneo com septos relativamente 
mais finos e lóbulos de adipócitos menores, reduzindo a incidência. Causas etiológicas 
também podem causar FEG, nas quais podemos destacar: tabagismo, sedentarismo, 
fatores genéticos, fatores hormonais e problemas circulatórios (OLIVEIRA et al., 2014b).
 
4.2 ESTRIAS
 
Estrias são comuns na população e acometem principalmente as mulheres, 
sendo provocadas por um estiramento em excesso do tecido. São incidentes na 
adolescência, entre 12 e 14 anos, e na fase adulta, entre 20 a 30 anos. No período degestação, o aumento de estrias é comum (OLIVEIRA et al., 2014b). São vistas como 
desagradáveis do ponto de vista estético por questões socioculturais, também podem 
estar relacionadas com ansiedade e baixa autoestima.
25
FIGURA 7 – ASPECTO VISUAL DAS ESTRIAS
FONTE: <https://www.adcosprofissional.com.br/blog/tipos-estrias-tratamentos/>. Acesso em: 30 mar. 2022.
As estrias geralmente são decorrentes de crescimento rápido, aumento de peso 
rápido, uso de contraceptivos hormonais por um longo período de tempo, gravidez, 
desidratação e sedentarismo. As áreas de maior incidência são as que sofrem por 
modificações elásticas, como mamas, glúteos e abdômen (OLIVEIRA et al., 2014b). 
Os fatores de risco na obtenção de estrias são: ser mulher, ter um histórico 
pessoal ou familiar de estrias, gravidez, crescimento rápido na adolescência, ganho e 
perda de peso rapidamente, uso de corticosteroides, fazer cirurgia plástica de aumento 
de mama, exercícios e uso de esteroides anabolizantes e ter um distúrbio genético, 
como síndrome de Cushing ou síndrome de Marfan.
As estrias não são todas iguais. Eles variam dependendo do tempo de obtenção, 
causa, localização no corpo e o tipo de pele. Variações comuns incluem: listras ou linhas 
recortadas no abdômen, seios, quadris, nádegas ou outros lugares do corpo, listras 
rosas, vermelhas, pretas, azuis ou roxas, listras brilhantes que desbotam para uma cor 
mais clara e estrias cobrindo grandes áreas do corpo (OLIVEIRA et al., 2014b).
 
A síndrome de Cushing é representada por uma série de reações adversas 
ocasionadas pelo uso contínuo de glicocorticoides, elevando o nível de cortisol 
no sangue. Entre os sintomas característicos da síndrome de Cushing, pode-
se citar distúrbios emocionais, face de lua cheia com bochechas rosadas, 
hipertensão, hipertrofia cardíaca, depósito de gordura abdominal, obesidade, 
tendência a hiperplasias, aparecimento de estrias, osteoporose, úlceras na 
pele e perda de massa muscular.
NOTA
26
Entre os tratamentos utilizados para estrias e melhora do seu aspecto visual, 
podemos citar: introdução de agulha, promovendo resposta infl amatória e acelerando 
o processo de reepitelização e reparo do tecido; microdermoabrasão; tratamento com 
ácidos, porém só em estrias rubras (fase inicial), intradermoterapia e fototerapia com 
lasers (OLIVEIRA et al., 2014b).
O tratamento com ácidos em estrias rubras consiste, principalmente, na síntese 
de colágeno, que atua reestruturando fi bras elásticas e reduzindo a espessura das 
estrias. Os principais ácidos utilizados para essa fi nalidade são o ácido glicólico, o ácido 
retinoico e o ácido L-ascórbico.
A fototerapia com lasers tem como princípio, por sua vez, a estimulação de 
radicais livres de oxigênio e peróxido de hidrogênio, sendo estes responsáveis por 
destruírem ligações bivalentes, causando o efeito de clareamento nas estrias.
Veremos o procedimento de intradermoterapia mais adiante e na Unidade 3.
ESTUDOS FUTUROS
27
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O sistema tegumentar é composto por pele e anexos, que são as camadas da pele 
e as células que as compõem (melanócitos, queratinócitos, células de Langerhans 
e células de Merkel), a função das glândulas (sudoríparas, sebáceas, ceruminosas e 
mamárias) e a composição, a função e o desenvolvimento de unhas e pelos.
• A pele é classificada e avaliada em normal ou eudérmica, seca ou alípica, oleosa ou 
lipídica, acneica e mista.
• Existem disfunções estéticas faciais, como acnes, cicatrizes, flacidez, hipercromias, 
rugas e sulcos infraorbitais (olheiras), assim, entendemos seus conceitos, fatores de 
predisposição e como funciona o seu tratamento.
• Existem disfunções estéticas corporais, como fibroedema geloide (celulites) e estrias, 
compreendemos seus conceitos, fatores de predisposição e como funciona o seu 
tratamento.
28
1 O sistema tegumentar é a barreira física dos seres vivos, composto por pele, pelos, 
unhas e glândulas. A pele não é responsável só por proteger o corpo de substâncias 
externas e microrganismos, além disso, atua evitando a perda de fluidos corporais. 
Sobre a pele, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) É formada basicamente por quatro camadas: epiderme, derme, hipoderme e 
tecido adiposo.
b) ( ) É considerada o maior órgão do corpo humano. Uma das suas camadas é 
conhecida como epiderme, dividida em cinco estratos: estrato córneo, estrato 
lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato germinativo.
c) ( ) A pele é formada por apenas três camadas: estrato lúcido, estrato granuloso e 
estrato germinativo.
d) ( ) As glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas, os folículos pilosos, os vasos 
sanguíneos, os linfáticos e os nervos estão localizados na epiderme da pele.
2 A pele desempenha funções importantes no corpo humano, como proteção, 
sensibilidade, termorregulação, produção e armazenamento de vitamina D, 
entre outras funções. Dessa forma, pode ser classificada quanto ao seu aspecto, 
elasticidade, textura, sensibilidade e porcentagem de óleo e água produzidos no 
tecido. Sobre a pele, sua classificação e as disfunções faciais, classifique V para as 
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A pele pode ser classificada em pele normal ou eudérmica, pele seca ou alípica, 
pele oleosa ou lipídica, pele lipídica acneica e pele normal.
( ) Acnes, cicatrizes e sulcos infraorbitais são exemplos de disfunções faciais.
( ) Sardas, sulcos infraorbitais e fibroedema geloide são exemplos de disfunções faciais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - F.
b) ( ) F - F - V.
c) ( ) V - V - V.
d) ( ) V - F - V.
3 Fibroedema geloide é uma desordem no panículo adiposo, principalmente em mulheres, 
ocasionado por alterações na circulação e, consequentemente, causando edema, 
atrapalhando o metabolismo e modificando o adipócito. Sobre o que representam o 
fibroedema geloide, as estrias e a flacidez, assinale a alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
29
a) ( ) Disfunções corporais.
b) ( ) Disfunções faciais.
c) ( ) Sintomas da síndrome de Cushing.
d) ( ) Problemas emocionais.
4 A epiderme é conhecida como a camada mais externa da pele, responsável pela 
regulação, absorção e também por propriedades de barreira. É formada por quatro 
tipos celulares: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de 
Merkel. Disserte sobre esses tipos celulares, incluindo sua produção, localização e 
função no organismo.
5 A derme é formada na região mesodérmica da pele e é encarregada pela sustentação 
da epiderme, atuando também na proliferação celular. Nessa camada, ficam os anexos, 
como as glândulas (sebáceas, sudoríparas, mamárias e ceruminosas). Disserte sobre 
essas glândulas, incluindo sua função, produção e localização.
30
31
TÓPICO 3 - 
BASE DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS
1 INTRODUÇÃO
A beleza é vista como um conjunto de atributos que são confortáveis aos olhos 
e que são capazes de agradar o observador. A definição de beleza é versátil, de acordo 
com aspectos culturais e do ponto de vista pessoal. O envelhecimento é um processo 
biológico e constante, que é ocasionado por razões intrínsecas ou extrínsecas. O processo 
de envelhecimento intrínseco é um evento natural e inevitável com o passar dos anos, o 
extrínseco ocorre de forma precoce por exposição do organismo a fatores ambientais, 
como a exposição ao sol. Durante o período de envelhecimento, ocorrem alterações 
bioquímicas e estruturais das fibras de colágeno, diminuindo sua síntese e aumentando 
a sua degradação, como resultado acontece a modificação do volume facial, a perda de 
elasticidade, os sulcos e as marcas de expressões (VASCONCELOS et al., 2020).
 
A perda de colágeno é um dos principais contribuintes para o envelhecimento 
facial. O colágeno é uma proteína fibrosa que dá estrutura e sustentação à pele. Quando 
o conteúdo de colágeno da pele diminui com a idade, dá origem a sinaistípicos de 
envelhecimento, como flacidez e rugas.
Procedimentos minimamente invasivos, incluindo neurotoxinas, preenchimentos 
dérmicos, ácidos, lasers, bioestimuladores, mesoterapia, PEIM e microagulhamento, 
oferecem complementos poderosos e menos agressivos que a cirurgia e são 
altamente eficazes em pacientes selecionados. Esses procedimentos visam solucionar 
irregularidades faciais, incluindo rugas e linhas finas, diminuição de volume, contorno 
e gordura indesejada. Determinar a melhor abordagem para um determinado 
paciente envolve uma consideração cuidadosa das condições de saúde do paciente, 
características anatômicas únicas, qualidade do tecido e resultados desejados.
2 TOXINA BOTULÍNICA
 
A toxina botulínica, também conhecida popularmente como botox, é 
desenvolvida por uma bactéria denominada Clostridium botulinum, passando por um 
processo de purificação antes da sua utilização na prática estética. É amplamente 
utilizada com a finalidade de reduzir a hipertonia muscular e bloquear a liberação de 
acetilcolina no nervo pré-sináptico. Existem vários tipos de toxinas produzidas pela 
bactéria, conhecidas como A, B, C, D, E e F, porém, a toxina botulínica tipo A é a mais 
amplamente utilizada na aplicação estética (LEMOS, 2019). 
UNIDADE 1
32
O nome “botox” vem do nome comercial da toxina botulínica do tipo A, produzida 
pela indústria Allegan Inc., cujo nome comercial é BOTOX®.
O mecanismo de ação da toxina botulínica compreende o bloqueio da liberação 
de acetilcolina nos terminais pré-sinápticos, reduzindo, dessa forma, a contração do 
músculo. Quando a forma de aplicação é injetada diretamente no músculo, a neurotoxina 
é internalizada através de um receptor que se encontra na junção neuromuscular. A toxina, 
no entanto, realiza a quebra das ligações peptídicas da proteína SNARE (do inglês Soluble 
N-ethylmaleimide-sensitive fator attachment protein receptor), que funde as vesículas 
de acetilcolina com as membranas na terminação pré-sináptica (SILVA et al., 2016).
Para a aplicação de toxina botulínica com finalidade estética, é necessário 
conhecer a anatomia facial, a função de cada músculo sobre a expressão facial e as 
linhas de expressão que ele produz.
QUADRO 1 – REVISÃO DOS MÚSCULOS, FUNÇÃO E LINHAS DE EXPRESSÃO QUE PRODUZEM
Músculo Função Linha de expressão
Frontal
Levantamento das sobrancelhas 
enquanto expressa espanto
Concomitantes horizontais na testa
Orbicular dos olhos Fechamento dos olhos Popular "Pés de galinha"
Prócero
Contribuição na depressão da 
porção medial das sobrancelhas. 
Contribui durante expressão de 
preocupação 
Concomitantes e horizontais sobre 
a glabela
Corrugador
Une as sobrancelhas próximas à 
linha média durante expressão 
de preocupação e auxilia no 
fechamento pressionado dos olhos
Oblíquas na região da glabela e 
quadrante superior interno da 
órbita.
Elevador da pálpebra 
superior
Levantamento da pálpebra superior
Músculo funcional. Não há 
formação de linhas de expressão
Transverso do nariz
Mobilidade do nariz e auxílio ao 
falar que estende as narinas
Contribui nas linhas de expressão 
sobre o nariz nas laterais e nas 
linhas da região infraocular interna 
Depressor do septo 
nasal
Abaixa o septo nasal. Sua função é 
facilmente exibida no sorriso
Horizontal entre a borda do lábio 
superior e a base do septo nasal
Elevador do lábio 
superior (nasal)
Levanta o quadrante superior do 
lábio na elevação do canino
Contribui nas rugas da lateral do 
nariz, do canto dos olhos e para 
o início do sulco nasogeniano 
juntamente ao nariz
33
Elevador do lábio 
superior (malar)
Levanta o quadrante na parte 
superior do lábio na porção medial 
ao canino
Auxilia para o sulco nasogeniano 
e também para as rugas ao redor 
dos olhos
Zigomático menor
Levanta o quadrante superior 
do lábio com o elevador do lábio 
superior, exibindo os dentes 
mandibulares
Colabora para o sulco naso-
geniano e também para rugas ao 
redor dos olhos
Zigomático maior
Levanta o ângulo da boca para 
cima e para fora, como no sorriso, 
semblante de felicidade e auxiliar 
no processo de mastigação
Auxilia para o sulco nasogeniano, 
para as rugas ao redor dos olhos 
e também no alinhamento do 
sorriso
Elevador do ângulo 
da boca 
Levanta o ângulo da boca e lábio 
superior simultaneamente com o 
zigomático maior 
Contribui na linha do sorriso
Orbicular dos lábios Fechamento e abertura dos lábios Linhas ao redor da boca
Bucinador
Preserva constante o formato da 
bochecha e está associado com 
funções de assopro e assobio
Se trata de um músculo funcional 
e pode contribuir com linhas em 
torno da boca
Risório
Guia o ângulo da boca para cima e 
para trás
Linha do sorriso
Depressor do ângulo 
da boca
Contrai o ângulo da boca
Auxilia para o popular "bigode 
chinês"
Depressor do lábio 
inferior
Everte o lábio inferior
Auxilia para o popular "bigode 
chinês”
Mentual
Protrai o mento, levantando as 
partes coles da borda do queixo
Forma linha no formato de meia 
-lua no queixo
Platisma ou cutâneo 
do pescoço
Tensiona a pele do pescoço 
enquanto que contribui para a 
tração da mandíbula e do lábio 
inferior para baixo
Forma as linhas do popular 
“colarete" no pescoço
FONTE: Adaptado de Sposito (2004)
As linhas de expressão hipercinéticas são as mais encontradas na parte superior 
da face, em que tratamentos cirúrgicos são vistos como muito invasivos e os resultados 
nem sempre são agradáveis. Por esse motivo, o tratamento com toxina botulínica nessa 
região tem se mostrado promissor (SPOSITO, 2004). 
34
FIGURA 8 – ANATOMIA FACIAL E LINHAS DE EXPRESSÃO
FONTE: <https://shutr.bz/3LZe7Ry>. Acesso em: 30 mar. 2022.
 
O terço inferior e médio possui músculos que estão relacionados à função 
anatômica da boca, atuando tanto como agonistas como antagonistas. A aplicação de 
neurotoxina nessas áreas deve ser avaliada de forma criteriosa, por se tratar de uma 
região complexa. O terço inferior está relacionado aos músculos em volta da boca, que 
possuem ações funcionais, como deglutição, mastigação, articulações sonoras e ações 
em algumas expressões faciais, como sorriso, “biquinho”, descontentamento e birra 
(SPOSITO, 2004).
3 PREENCHEDORES
Preenchedores são substâncias atóxicas e biocompatíveis que são aplicadas 
na pele, desempenhando funções estéticas e corrigindo imperfeições e/ou disfunções. 
O preenchedor mais amplamente utilizado para aplicação estética é o ácido hialurônico 
(SILVA et al., 2016).
O ácido hialurônico é um polissacarídeo que é encontrado naturalmente na matriz 
extracelular da pele, e devido ao seu caráter aniônico, desempenha importantes funções 
relacionadas à hidratação, ao preenchimento e à estabilização. Por ser uma substância 
biocompatível, são raras as manifestações de rejeição, sendo reações comuns pequenos 
hematomas e processos inflamatórios pós-aplicação (SILVA et al., 2016).
FIGURA 9 – APLICAÇÃO DE ÁCIDO HIALURÔNICO PARA CONTORNO DOS LÁBIOS
FONTE: <https://shutr.bz/3v97u8w>. Acesso em: 30 mar. 2022.
35
O ácido hialurônico é comumente aplicado na estética para a correção de sulcos 
infraorbitais (olheiras), sulco nasogeniano (“bigode chinês”), contorno e aumento de 
volume labial, contorno da mandíbula, projeção do queixo, correção do nariz, correção 
de rugas e aumento do zigomático (SILVA et al., 2016).
4 BIOESTIMULADORES
Bioestimuladores são substâncias que após injetadas sob a superfície da 
pele, restauram o volume e melhoram a sua aparência. Eles funcionam estimulando 
a produção natural de fibroblastos (células que criam colágeno e elastina) do corpo. O 
objetivo dos bioestimuladores de colágeno é ativar a renovação do colágeno na pele e, 
assim, ajudar a restaurar sua estrutura e volume internos (LEMOS, 2019).
Um bioestimulador de colágeno consiste em uma substância que é injetada 
na derme profunda, a camada intermediária da pele. Uma vez injetada, a substância 
estimulará a produção de colágeno. Um tratamento com um bioestimulador de colágeno 
é o chamado tratamento minimamente

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