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COLHEITA DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM A produção de silagem de milho é um processo que envolve perdas, desde a colheita, fermentação, retirada do silo, até o fornecimento aos animais. Dados da literatura, apontam que as perdas em uma boa silagem variam de 5 a 10%, ao passo que silagens de má qualidade apresentam perdas de 25 a 50%. A etapa da colheita é um dos momentos críticos na produção de silagem e deve ser corretamente planejada com objetivo de reduzir estas perdas. Quando se fala de colheita de grãos para a produção de silagem, existem 2 pontos chave que definem se essa colheita será ou não eficiente: 1) Umidade da cultura Quando se colhe a cultura com baixa matéria seca, ou seja, inferior a 30%, ocorrerá a proliferação de microrganismos indesejados, ou seja, a fermentação não será adequada. Além disso, ocorrerá a produção de efluente (chorume). Por outro lado, quando se colhe a cultura com alta matéria seca, acima de 40%, a colhedora terá dificuldade para picar essa cultura, levando à dificuldade de realizar a compactação. Essa cultura será menos densa, que terá muito risco de deterioração aeróbia, principalmente em silos abertos. Dessa forma, existe uma faixa ótima de umidade da colheita para a produção de silagem que é de 30% a 40% de matéria seca. 2) Colhedora O tipo de colhedora, bem como os ajustes feitos nela, são importantes também no momento da colheita da cultura. A colhedora tem três funções: - Captar a forragem no campo; - Promover a picagem; - Lançar até a unidade transportadora. Dessas três funções, a picagem é o aspecto mais crítico, pois é ela que define o quanto de substrato será liberado para que os microrganismos realizem a fermentação. Além disso, o tamanho da partícula define o potencial de compactação dessa massa de densidade final. Por fim, a picagem da forragem define o consumo e a digestão desse alimento. O mercado brasileiro possui diversos tipos de colhedoras que variam de acordo com o tipo de cultura que são capazes de colher, com os modelos, se são ou não tracionadas por tratores, entre outras características técnicas. Mas independentemente do tipo de colhedora, o importante é picar muito bem a forragem de um modo bastante homogêneo. Referências Adesogan, A. T., & Newman, Y. C. (2014). Silage harvesting, storing and feeding. IFAS Extension, University of Florida, Gainesville. Recuperado de http://edis.ifas.ufl.edu/pdffiles/AG/AG18000.pdf.
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