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7 AULA

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FILOLOSOFIA AULA 7
OBJETIVOS:
O aluno deverá ser capaz de: 
 . Reconhecer o contexto do pensamento medieval
 . Distinguir os períodos constitutivos da filosofia medieval
 . Compreender a repercussão do platonismo nas teses da patrística, especialmente através de Agostinho.
 . Compreender a repercussão das teses de Aristóteles nas teses da escolástica, especialmente através de Aquino
 . Compreender a questão dos universais
INTRODUÇÃO:
 No período medieval a temática religiosa predomina. 
 Existe uma tentativa de cinciliar razão e fé.
 Máxima predominante: “Crer para compreender, compreender para crer”.
 Com a consolidação do cristianismo e a crença na verdade absoluta do texto bíblico ocorre um movimento teocentrista, ou seja, tudo gira em torno do divino. A investigação filosófica não poderia contrariar as verdades colocadas pela fé católica. 
 A aproximação do cristianismo com a filosofia iniciou-se no século II, devido às dificuldades que os evangelizadores encontraram para responder às críticas que céticos e filósofos faziam ao cristianismo. O objetivo era convencer os descrentes, se possível, pela razão.
 Neste período descam-se dois pensamentos: o de Agostinho, que resgata Platão incorporando-o à sua visão filosófica e Aquino que resgata Aristóteles, “cristianizando-o” e integrando-o à sua filosofia.
 
 
MATERIAL DIDÁTICO:
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. 
Parte 2. cap 1: Uma caracterização da filosofia medieval ( págs. 105/106)
Parte 2. cap 2: O surgimento da filosofia cristã no contexto do helenismo (págs. 107- 115)
Parte 2. cap 3: O desenvolvimento da escolástica (págs.116-121)
Parte 2. cap. 5: Tomás de Aquino e o aristotelismo cristão 
(págs.126-135)
APRENDA MAIS:
http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/09.pdf
“Fragmentos da história das concepções de mundo na construção das ciências da natureza: das certezas medievais às dúvidas pré-modernas”
CONTEÚDO DA AULA 7:
 
 No período medieval a temática religiosa predomina. 
 Existe uma tentativa de cinciliar razão e fé.
 Máxima predominante: “Crer para compreender, compreender para crer”.
 Com a consolidação do cristianismo e a crença na verdade absoluta do texto bíblico ocorre um movimento teocentrista, ou seja, tudo gira em torno do divino. A investigação filosófica não poderia contrariar as verdades colocadas pela fé católica. 
 A aproximação do cristianismo com a filosofia iniciou-se no século II, devido às dificuldades que os evangelizadores encontraram para responder às críticas que céticos e filósofos faziam ao cristianismo. O objetivo era convencer os descrentes, se possível, pela razão.
 Nesta perspectiva, toda atividade humana somente adquire sentido se voltada para Deus, com vistas à salvação da alma.
 A filosofia medieval vai do final do Helenismo (sécs.IV-V) até o Renascimento e o início do pensamento moderno (final do séc. XV e XVI).
 Este longo período encontra-se divido em dois: Patrística e Escolástica.
 Patrística (filosofia dos padres) abrange o período que vai do séc. I ao séc. VII. Divide-se em patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística latina (ligada à Igreja de Roma).
 Marilena Chauí, em seu livro “Convite à Filosofia”, no que se refere à patrística, escreve:
 “A patrística resultou do esforço feito pelos dois 
 apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos
 primeiros Padres da Igreja para conciliar a nova
 religião – o cristianismo – com o pensamento 
 filosófico dos gregos e romanos, pois somente 
 com tal conciliação seria possível convencer os 
 pagãos da nova verdade e convertê-los a ela.
 A Filosofia patrística ligava-se, portanto, à
 tarefa religiosa da evangelização e à defesa da
 religião cristã contra os ataques teóricos e 
 morais que recebia dos antigos.” (pág. 44)
 A partir desta situação começa uma longa aliança entre fé e razão, onde a razão, ao mesmo tempo em que auxilia a fé, encontra-se subordinada à ela. Esta aliança estende-se por toda a Idade Média.
 Escolástica- Constituiu-se no segundo grande período da filosofia cristã. (sécs. XI-XV). 
O termo “escolástica” vem do latim scholasticus, termo com o qual eram denominados os professores.
 Marcondes, em seu livro “Iniciação à história da Filosofia”, no que se refere à escolástica, escreve:
 “Este termo designa, de modo genérico, todos queles 
 que pertencem a uma escola ou se vinculam a uma
 determinada escola de pensamento e de ensino. 
 Passou a significar, também, por esse motivo, um 
 pensamento filosófico que compartilha a aceitação
 de certos princípios doutrinários comuns, os dogmas
 do cristianismo que não deveriam ser objeto de 
 discussão filosófica, embora, na prática essa 
 discussão não tenha deixado de acontecer.
 … O desenvolvimento da filosofia torna-se possível 
 devido à difusão e consolidação das escolas nos 
 mosteiros e catedrais dedicadas à formação do clero
 e incluindo em seu currículo o estudo dos padres da
 Igreja, de filósofos e teólogos, principalmente santo 
 Agostinho, bem como de gramática e retórica.” 
 (pág.118)
 Na filosofia medieval destacam-se , dentre outros,Agostinho e Aquino.
 AURELIANO AGOSTINHO (354 – 430) nasceu em Tagaste, província romana situada na África, e faleceu em Hipona, hoje localizada na Argélia.
 Cotrim, em seu livro “Fundamentos da filosofia”, no que se refere a superioridade da alma sobre o corpo, escreve:
 “ Em sua obra, Agostinho argumenta em favor da 
 alma humana, isto é, a supremacia do espírito 
 sobre o corpo, a matéria. Para ele, a alma teria sido 
 criada por Deus para reinar sobre o corpo, para
 dirigí-lo à prática do bem.
 O homem pecador, entretanto, utilizando-se do livre-
 arbítrio, costumaria inverter essa relação, fazendo o
 corpo assumir o governo da alma. Provocaria, com
 isso, a submissão do espírito à matéria, o que seria, 
 para ele, equivalente à subordinação do eterno ao 
 transitório, da essência à aparência.
 A verdadeira liberdade estaria na harmonia das ações
 humanas com a vontade de Deus. Ser livre é servir
 a Deus, diz Agostinho, pois o prazer de pecar é a 
 escravidão.” ( págs. 110/111)
 Um dos pontos importantes na filosofia de Agostinho é a Teoria da iluminação .
 Seguindo a tradição platonica, via sempre o perfeito por trás do imperfeito. Postulava que a verdade fora infundida no espírito humano, por Deus, como uma iluminação.
 Severo Hryniewicz, em seu livro, “Para Filosofar”, no que se refere à teoria da iluminação de Agostinho, escreve:
 “...tudo aquilo que chega aos sentidos é mutável e 
 provisório, do mesmo modo como a mente humana é
 mutável e limitada. A verdade, no entanto é eterna,
 imutável e infinita. Isto quer dizer que a verdade não
 pode ser produzida pelos sentidos, e nem resultar dos
 simples esforços da mente humana. Ao procurar a
 verdade, o homem encontra-a já presente em si.”
 (pág.322)
 
 Agostinho argumenta que a verdade já esta dentro do ser humano, ele só precisa descobrí-la, encontrá-la. Para o filósofo o homem é capaz da verdade quando nele resplandece a luz divina.
 Cotrim, em seu livro “Fundamentos da Filosofia”, no que se refere à precedência da fé sobre a razão, escreve:
 “Baseando-se no profeta bíblico Isaías, dizia ser 
 necessário crer para compreender, pois a fé ilumina
 os caminhos da razão, e que a compreensão nos
 confirma a crença posteriomente. Isso significa que
 para Agostinho, a fé revela verdades ao homem de
 forma indireta e intuitiva. Vem depois a razão 
 esclarecendo aquilo que a fé já antecipou.”
 (pág. 112)
 
 TOMÁS DE AQUINO (1226 – 1274) nasceu em Nápoles, sul da Itália.
 Considerado um dos maiores filósofos da escolástica, resgatou o pensamento original de Aristóteles, articulando-o às questões de fé. Para Aquino as questões de fé são abordadas à “luz da razão” e a filosofia é o instrumento que auxilia o trabalho da teologia.
 É com Aristóteles cristianizado que surge, então, a filosofia aristotélico-tomista. No entanto seu pensamento não pode ser reduzido à uma simples releitura de Aristóteles.
 Teses centrais do pensamento de Aquino:
Distinção entre essência e existência – Para o filósofo só Deus reúne essência e existência. Só Deus é pleno. Todos os demais entes só podem ter recebido a existência Dele. É Deus que permite às essências realizarem-se em outros seres existentes. Deus é o ser que existe como fundamento da realidade das outras essências.
 Provas da existência de Deus - A existência de Deus pode ser provada a partir da observação do mundo em geral (indução). 1) Se há movimento é porque há uma causa que o produz. 2) Se todas as coisas são efeito de causas que por sua vez são efeito de outras causas, há uma causa que não é efeito de nenhuma outra: Deus. 3) Todos os entes do mundo são possíveis, mas não necessários. Para que existam, pressupõe-se a existência de um ser necessário- Deus. 4) Os entes no mundo possuem diferentes graus de perfeição. Necessariamente há de existir um ser perfeito- Deus. 5) A necessidade de um ser responsável pela harmonia do universo- Deus.
Fé e razão- O homem é capaz de conhecer Deus através da razão porque Deus o criou assim. Uma vez que Deus é o criador do mundo e dos homens.
O homem – Dentre todos os seres do mundo, só o homem é capazde penetrar nos “mistérios” do universo. Só o homem é autônomo, pois é livre só ele é dotado de razão. É o único a poder reconhecer o criador.
A QUESTÃO DOS UNIVERSAIS 
 O universal é o conceito, a ideia. É a relação entre as coisas e seus conceitos.
 Sobre esse assunto, Cotrim, em seu livro “Fundamentos da Filosofia”, escreve:
 “Em relação a esta questão surgiram duas posições
 antagônicas: o realismo e o nominalismo. Os 
 adeptos do realismo sustentavam a tese de que os 
 universais existiam de fato, ou seja, as ideias 
 universais existiriam por si mesmas . Assim, por 
 exemplo, a bondade, a beleza, seriam modelos ou 
 moldes a partir dos quais se criariam coisasboas e 
 belas. Os termos universais seriam entidades 
 metafísicas, essências separadas das coisas 
 individuais.
 … Já os defensores do nominalismo sustentavam a 
 tese de que os termos universais, tais como beleza, 
 bondade etc., não existiriam em si mesmos, pois 
 seriam apenas palavras sem uma existência real.
 Para os nominalistas, o que existe são apenas seres 
 singulares, e o universal não passa, portanto, de um 
 nome, de uma convenção.” (pág. 116)

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