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Capa: Danilo Oliveira
Produção: TypoDigital
mailto:metodo@grupogen.com.br
http://www.editorametodo.com.br
11-6546.
CIP – Brasil. Catalogação-na-fonte.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
B2S234p
Santos, Elaine Borges Ribeiro dos
Prática Penal : Como Requerer do Inquérito Policial até a mais Alta
Corte Brasileira / Elaine Borges Ribeiro dos Santos. - Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2012.
ISBN: 978-85-309-4121-5
1. Processo penal - Brasil. I. Título.
CDU: 343.1(81)
Costumo dizer que os filhos são reflexos
dos pais. Herdei de meu pai amor,
carinho, sensibilidade e bom humor, e de
minha mãe, força para lutar, conquistar e
vencer. Aprendi com ela a ser uma
guerreira. Assim, dedico este livro às
pessoas mais importantes da minha vida:
aos meus pais Wagner e Elza, à minha
irmã Eliana, pela qual tenho grande
estima, pois ela é um exemplo de mulher
vitoriosa, e ao meu marido, Cristiano, sem
o qual não conseguiria colocar em prática
tudo o que herdei de meus pais, visto que
ele é possuidor de todos esses atributos.
Acima de tudo agradeço a Deus e ao
Senhor Jesus Cristo, por todas as minhas
conquistas e pelas pessoas importantes em
minha vida.
APRESENTAÇÃO
Objetivando, de uma forma diminuta, auxiliar os jovens operadores
do Direito, nasceu o desejo de colocar no papel um pouco da militância
na área criminal, na qual, desde 1988, tenho atuado, inicialmente como
estagiária da área penal, posteriormente especializando-me como
advogada criminalista.
Depois de todos esses anos ministrando aulas na área criminal e,
principalmente, no processo penal e no exercício prático-profissional,
senti anseio de consignar minha experiência neste guia prático, para
minimizar as dificuldades encontradas pelo novel advogado, que
acolheu para si o relevante interesse de resguardar e assegurar os
direitos e a ampla defesa dos cidadãos.
Esta obra também tem o condão de auxiliar os candidatos de Exame
de Ordem e até aqueles que pretendem prestar algum concurso, como,
por exemplo, Defensoria Pública.
Quero frisar que a área criminal é, sem dúvida, uma das mais
gratificantes para o advogado, pois nada é mais recompensador do que
o olhar de um inocente absolvido, eu garanto!!!
PREFÁCIO
“Cross examination”. Este dogma jurídico-processual vem do
direito inglês e quer dizer “cruzamento de informações”, ou seja, é a
inquirição direta das testemunhas, e não pelo sistema presidencial, o que
já havia em nosso direito para o dia do Júri, mas agora, a partir do dia
11 de agosto de 2008, fruto da Lei Federal 11.690, de 9 de junho de
2008, esta inquirição direta valerá para todos os atos processuais.
Nesta matéria de “cross examination”, a ilustre e famosa professora
Elaine Borges Ribeiro dos Santos sempre foi uma especialista na área
criminal, visto que é uma advogada criminalista conhecida no Brasil
inteiro e muito respeitada em sua área.
Em muitos júris nos quais atuou, mais de 380, ela fez inquirições
diretas importantes, haurindo das testemunhas informações que jamais
seriam conseguidas pelo sistema presidencial.
A Dra. Elaine Borges é uma advogada criminalista especializada de
altíssimo gabarito, com inúmeros júris, como já foi dito, e mais de 150
sustentações orais. Ela tem curiosidades incríveis na carreira como
advogada. Como professora, falarei depois. Como causídica, foi a
primeira advogada a fazer uma sustentação oral em revisão criminal, em
São Paulo, em 1993, pois até esta data era defeso este procedimento.
Quando o grande Desembargador Dirceu de Mello era o presidente
do Tribunal de Justiça, ela foi nomeada para defender réus indefesos em
2º grau e participar da reconstituição de autos extraviados, nomeações
raríssimas, e que somente ocorreriam em relação a uma advogada de
alto nível.
Em uma das defesas de réu considerado indefeso, pelo Tribunal, a
professora Elaine Borges venceu a causa, e o Desembargador Relator, o
eminente Desembargador Djalma Lofrano, relatou a ela depois do
julgamento: “Dra., a senhora dá nó em pingo d’água, embaixo d’água,
usando luva de boxe”.
A carreira da Dra. Elaine Borges é brilhante, e pertence a ela uma
vitória inédita no Brasil inteiro. Trata-se do seguinte: ela absolveu no
Júri uma prostituta pela tese de inexigibilidade de conduta diversa. O
Promotor, hoje o famoso Dr. Alexandre de Moraes, que foi membro do
CNJ, apelou. O Tribunal manteve a absolvição, Relator Desembargador
Gentil Leite, e foi a primeira e única vez que o Tribunal de Justiça
reconheceu a inexigibilidade de conduta diversa em 2º grau, uma vitória
extraordinária.
Como professora da área criminal, de Penal e Processo Penal, em
cursos para concursos e para Exame de Ordem, ela demonstra a mesma
inteligência e preparo em relação à sua atividade advocatícia. É uma das
melhores orientadoras do Brasil, para exame de ordem da área criminal,
com milhares de alunos aprovados, em muitos anos de militância, com
ex-alunos agora Advogados, Magistrados, Promotores de Justiça e
Delegados de Polícia.
Há pouco tempo, quando o grande Desembargador Celso Limongi
era o Presidente do maior Areópago Paulista, ele comentou sobre a
atividade do magistério da professora Elaine Borges, elogiando-a.
Como professora para Exame de Ordem, ninguém supera Elaine
Borges na área criminal, tanto para a primeira quanto para a segunda
fase. Nesta última, ela ensina o candidato a raciocinar, a fazer as peças
com brilho próprio, com a técnica tradicional, que somente uma pessoa
que tem experiência no pretório, no Júri e nas audiências saberá
transmitir.
A atividade empírica, na feitura de recursos e de peças, é
imprescindível o ensino da redação de peças jurídicas aos candidatos
para o Exame de Ordem. Não é possível um professor de natação
ensinar a nadar sem nunca ter caído na piscina. Existem muitos
professores que não possuem experiência prática, e este fato tem grande
reflexo na hora de ensinar as peças. Com a professora Elaine Borges
acontece exatamente o contrário.
O seu livro Prática Penal – Como Requerer é simplesmente
extraordinário. Nunca vi uma obra tão adequada e competente para esta
área. Como já foi dito, ela tem grande experiência prática, e isto reflete
na obra, que tem conteúdo inédito, pois Elaine Borges não copia nada
de ninguém, tem brilho próprio e sabe ensinar de forma personalíssima,
sendo, como já foi explanado, a principal professora do Brasil nesta
área. Esta é uma obra diferente, não é cópia de uma cópia, que muitas
vezes é cópia de outra cópia. Este trabalho é autêntico, fruto da sua
competência, como já foi dito, personalíssimo.
O leitor logo percebe que a obra é extraordinária. Além disso, a
professora possui muitos artigos e trabalhos jurídicos na área criminal,
inclusive com aulas gravadas na internet.
Há pouco tempo a professora Elaine Borges foi fazer uma
sustentação oral, no Tribunal de Justiça Paulista, num caso de tóxico, e
o réu estava condenado. Ocorreu algo raro: depois da sustentação oral,
o Desembargador Relator resolveu retirar o caso de pauta, para um
outro estudo. Posteriormente, o réu foiabsolvido por votação unânime.
O Relator retirou de pauta para melhor estudar os argumentos
suscitados pela defesa.
Sempre muito segura e competente, Elaine Borges teve atuação
brilhante na famosa “CPI do lixo”, realizada pela Câmara Municipal da
cidade de São Paulo, inclusive saudando de pé a cada um dos membros
da Comissão Parlamentar antes de fazer suas perguntas às testemunhas.
Note-se que a Comissão, na época, era presidida pelo atual Ministro
da Justiça, Dr. José Eduardo Martins Cardoso, o qual, aliás, por muitos
anos, foi seu colega de magistério no Curso do Professor Damásio de
Jesus.
Em relação ao livro da professora Elaine Borges, para o qual tenho
a honra de fazer este prefácio, acontece exatamente o seguinte: o leitor,
depois de ver outros livros, perceberá, neste cotejo, que a obra atual é
diferente, autêntica, sincera e inteligente.
Parabéns pelo seu livro, professora Elaine Borges, que muito
ajudará a todos os operadores do Direito, e que auxiliará e ensinará de
forma “cross examination”, isto é, de forma direta, e não de forma
indireta, como se percebe em outros trabalhos.
 
Mauro Otávio Nacif
Advogado Criminalista militante. Ex-Conselheiro do
Conselho Penitenciário Estadual, nomeado pelo saudoso
Governador Mário Covas. Professor e Coordenador do
Curso de Tribunal do Júri, da Escola Superior de
Advocacia, da capital do Estado de São Paulo. Eleito
Criminalista do ano de 1993, pela Associação dos
Advogados Criminalistas de São Paulo, com apoio da
OAB/SP. Consultor Jurídico da Comissão de Direitos e
Prerrogativas da OAB/SP.
RELAÇÃO DE ABREVIATURAS
Legislação:
CE – Constituição Estadual
CF – Constituição Federal
CP – Código Penal
CPC – Código de Processo Civil
CPP – Código de Processo Penal
CPPM – Código de Processo Penal Militar
CTB – Código de Trânsito Brasileiro
EAOB – Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados doBrasil
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
LCP – Lei das Contravenções Penais
LEP – Lei de Execução Penal
LICPP – Lei de Introdução do Código de Processo Penal
LOMN – Lei Orgânica da Magistratura Nacional
LONMP – Lei Orgânica Nacional do Ministério Público
Diários, Revistas, Julgados, Jurisprudências e Informativos:
DJE – Diário da Justiça do Estado
DJU – Diário da Justiça da União
DMJTACrimSP – Boletim Mensal de Jurisprudência do TACrimSP
DOU – Diário Oficial da União
IBCCrim – Instituto Brasileiro de Ciências Criminais do Estado deSão Paulo
JSTF – Julgados do Supremo Tribunal Federal
JSTJ – Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
JTACrimSP – Julgados do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo
JTARS – Julgados do Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul
JTJ – Jurisprudência do Tribunal de Justiça
RBCC – Revista Brasileira de Ciências Criminais do Estado deSão Paulo
RBDP – Revista Brasileira de Direito Penal
RCNPCP – Revista do Conselho Nacional de Política Criminal ePenitenciária
RCPDF – Revista do Conselho Penitenciário do Distrito Federal
RDP – Revista de Direito Penal
RDPC – Revista de Direito Penal e Criminologia
RF – Revista Forense
RJDTACrimSP – Revista de Jurisprudência e Doutrina do Tribunal deAlçada Criminal de São Paulo
RJTACrimSP – Revista de Julgados do Tribunal de Alçada Criminal deSão Paulo
RJTAMG – Revista de Julgados do Tribunal de Alçada de MinasGerais
RJTJSP – Revista de Jurisprudência do Tribunal de Justiça de SãoPaulo
RPCP – Revista de Política Criminal e Penitenciária
RPGESP – Revista da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo
RT – Revista dos Tribunais
RTJ – Revista Trimestral de Jurisprudência
RTJE – Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados
Recursos, Ações e Requerimentos:
Acrim – Apelação Criminal
AE – Agravo em Execução
Ag – Agravo
AgI – Agravo de Instrumento
AR – Agravo Regimental
CTest – Carta Testemunhável
Desaf. – Desaforamento
ED – Embargos de Declaração
EI – Exceção de Incompetência
ES – Exceção de Suspeição
HC – “Habeas Corpus”
MS – Mandado de Segurança
RA – Recurso Administrativo
Rcrim – Recurso Criminal
RE – Recurso Extraordinário
RECrim – Recurso Extraordinário Criminal
Rep. – Representação
REsp – Recurso Especial
RO – Recurso Oficial
ROHC – Recurso Ordinário em “Habeas Corpus”
ROMS – Recurso Ordinário em Mandado deSegurança
RvCrim – Revisão Criminal
SER – Recurso em Sentido Estrito
Tribunais:
TACrimMG – Tribunal de Alçada Criminal de Minas Gerais
TACrimSP – Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo
TAMG – Tribunal de Alçada de Minas Gerais
TAPR – Tribunal de Alçada do Paraná
TARS – Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul
TASC – Tribunal de Alçada de Santa Catarina
TASP – Tribunal de Alçada de São Paulo
TFR – Tribunal Federal de Recursos
TJ – Tribunal de Justiça
TJBA – Tribunal de Justiça da Bahia
TJMG – Tribunal de Justiça de Minas Gerais
TJMT – Tribunal de Justiça de Mato Grosso
TJPA – Tribunal de Justiça da Paraíba
TJPR – Tribunal de Justiça do Paraná
TJRJ – Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
TJRS – Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
TJSC – Tribunal de Justiça de Santa Catarina
TJSP – Tribunal de Justiça de São Paulo
TP – Tribunal Pleno
TRF – Tribunal Regional Federal
Abreviaturas convencionais:
Apn – Ação Penal
CA – Conflito de Atribuições
Câm.Crim. – Câmara Criminal
c.c. – combinado com
Ccomp – Conflito de Competência
CJ – Conflito de Jurisdição
Inq. – Inquérito
m.v. – maioria de votos
Pet. – Petição
p.p. – por procuração
QO – Questão de Ordem
r. – respeitável
s.m.j. – salvo melhor juízo
v. – venerando
Nota da Editora: o Acordo Ortográfico foi aplicado integralmente nesta
obra.
SUMÁRIO
TÍTULO I
DO INQUÉRITO POLICIAL
Introdução
1. Inquérito policial – texto legal – arts. 4º a 23 e 39 do CPP
1.1. Situação fático-jurídica e requerimento de instauração
de inquérito policial com representação
2. Medidas assecuratórias – texto legal – arts. 125 a 144 do
CPP
2.1. Requerimento de sequestro de bens situação fático-
jurídica
3. Prisão em flagrante – texto legal – arts. 301 a 310 do CPP
3.1. Situação fático-jurídica e requerimento de relaxamento
de prisão em flagrante
4. Liberdade provisória, com ou sem fiança – texto legal –
arts. 321 a 350 do CPP
4.1. Situação fático-jurídica e requerimento de liberdade
provisória com ou sem fiança
4.2. Situação fático-jurídica e requerimento de liberdade
provisória sem fiança
5. Reclamação – texto legal – Lei 8.038, de 28 de maio de
1990
5.1. Situação fático-jurídica e modelo de reclamação
6. “Habeas corpus” – texto legal – art. 5º, inciso LXVIII da CF
e arts. 647 a 667 do CPP
6.1. Situação fático-jurídica e modelo de “habeas corpus”
impetrado na fase inquisitorial contra a autoridade
policial, endereçado ao 1.º grau
7. Mandado de segurança – texto legal – Lei nº 12.016, de 7
de agosto de 2009.
7.1. Situação fático-jurídica e modelo de mandado de
segurança criminal, impetrado na fase inquisitorial,
contra a autoridade policial, para o 1.º grau
TÍTULO II
DO PROCESSO PENAL
Introdução
1. Queixa-crime – texto legal – art. 44 do CPP
1.1. Mandato
1.1.1. Situação fático-jurídica e modelo de procuração
com poderes especiais para ação privada
1.2. Queixa-crime – texto legal – arts. 41 a 60 do CPP
1.2.1. Situação fático-jurídica e modelo de queixa-crime
2. Instrução criminal – texto legal – art. 55 da Lei nº 11.343,
de 23 de agosto de 2006
3. Procedimentos e resposta do réu – texto legal – arts. 396,
396-A, 406 e 514 do CPP
3.1. Resposta à acusação por escrito – Observações
3.2. Situação fático-jurídica e defesa prévia da Lei de
Drogas, Lei Federal 11.343/2006
4. Exceções – texto legal – arts. 95 a 111 do CPP
4.1. Situação fático-jurídica e requerimento de exceção de
incompetência do juízo
5. Assistentes – texto legal – arts. 268 a 273 do CPP
5.1. Situação fático-jurídica e requerimento de habilitação
como assistente de acusação
6. Justificação criminal – texto legal – art. 406, § 3º, do CPP
6.1. Situação fático-jurídica e requerimento de justificação
criminal
7. Preparação do processo para julgamento em plenário do
júri– texto legal – art. 422 do CPP
7.1. Situação fático-jurídica e requerimento ao juiz
presidente do júri, para postular diligências, arrolar
testemunhas e juntar documentos, para o dia do júri
8. Desaforamento – texto legal – arts. 427 e 428 do CPP
8.1. Situação fático-jurídica e requerimento de
desaforamento
9. Memorial defensório – texto legal – art. 403, § 1º, § 2º, § 3º,
do CPP
9.1. Situação fático-jurídica e modelo de memorial
defensório
10. Restituição de coisas apreendidas – texto legal – arts.
118 a 124 do CPP
10.1. Situação fático-jurídica e requerimento de restituição
das coisas apreendidas
11. Embargos de declaração – texto legal – art. 382 do CPP
11.1. Situação fático-jurídica e modelo de embargos de
declaração da sentença de 1º grau
TÍTULO III
DOS RECURSOS
Introdução
1. Recurso em sentido estrito – texto legal – arts. 581 a 592
do CPP
1.1. Situação fático-jurídica e modelo de recurso em
sentido estrito
1.2. Situação fático-jurídica e modelo de contrarrazões de
recurso em sentido estrito
2. Apelação – texto legal – arts. 416, 593 a 603 do CPP e art.
82 da Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995
2.1. Situação fático-jurídica e modelo de apelação
2.2. Situação fático-jurídica e modelo de apelação com
preliminar
2.3. Situação fático-jurídica e modelo de apelação contra a
decisão do júri
2.4. Situação fático-jurídica e modelo de contrarrazões de
apelação
3. Embargos infringentes e de nulidade – texto legal – art. 609
do CPP.
3.1. Situação fático-jurídica e modelo de embargos
infringentes
3.2. Situação fático-jurídica e embargos de nulidade
4. Embargos de declaração – texto legal – arts. 619 a 620 do
CPP e art. 83 da Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995
4.1. Situação fático-jurídica e modelo de embargos de
declaração
5. Carta testemunhável – texto legal – arts. 639 a 646 do CPP
5.1. Situação fático-jurídica e modelo de carta
testemunhável
6. Recurso ordinário – texto legal – art.105, II, da CF e arts.
30 a 35 da Lei 8.038, de 28 de maio de 1990
6.1. Situação fático-jurídica e modelo de recurso ordinário
constitucional
7. Recurso especial – texto legal – art. 105, III, da CF e arts.
26 a 27 da Lei 8.038 de 28 de maio de 1990
7.1. Situação fático-jurídica e modelo de recurso especial
8. Recurso extraordinário – texto legal – art.102, III, da CF e
arts. 26 e 27 da Lei 8.038 de 28 de maio de 1990
8.1. Situaçâo fático-jurídica e modelo de recurso
extraordinário
9. Agravo criminal – texto legal – Lei nº 12.322, de 9 de
setembro de 2010
9.1. Situação fático-jurídica e modelo de agravo criminal
10. Agravo regimental – texto legal – Regimentos Internos
dos Tribunais
10.1. Situação fático-jurídica e modelo de agravo
regimental
11. Correição parcial – texto legal – arts. 93 a 96 do Decreto-
lei complementar nº 3, de 27 de agosto de 1969
11.1. Situação fático-jurídica e modelo de correição parcial
TÍTULO IV
DA EXECUÇÃO DE PENA
Introdução
1. Competência do juízo da execução – texto legal – arts. 65,
66 e 197 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984
1.1. Situação fático-jurídica e requerimento de unificação
de penas ao juiz da vara das execuções criminais
1.2. Situação fático-jurídica e requerimento de livramento
condicional
1.3. Situação fático-jurídica e modelo de agravo em
execução
1.4. Situação fático-jurídica e contrarrazões de agravo em
execução
2. Reabilitação – texto legal – arts. 93 a 95 do CPP
2.1. Situação fático-jurídica e requerimento de reabilitação
TÍTULO V
DAS AÇÕES MANDAMENTAIS
Introdução
1. Revisão criminal – texto legal – arts. 621 a 631 do CPP
1.1. Situação fático-jurídica e modelo de revisão criminal
2. “Habeas corpus” – texto legal – art. 5º, inciso LXVIII, da CF
e arts. 647 a 667 do CPP
2.1. Situação fático-jurídica e modelo de “habeas corpus”
2.2. Situação fático-jurídica e “habeas corpus” com liminar
3. Mandado de segurança – texto legal – Lei nº 12.016, de 7
de agosto de 2009
3.1. Situação fático-jurídica e mandado de segurança para
o 2º grau
TÍTULO VI
DICAS IMPORTANTES DAS
PRINCIPAIS PEÇAS DO EXAME DE
ORDEM E QUESTÕES PRÁTICAS
Introdução
1. Apelação
2. Contrarrazões de apelação
3. Recurso em sentido estrito
4. Contrarrazões de recurso em sentido estrito
5. Agravo em execução
6. Requerimento ao juiz da vara das execuções criminais
7. Embargos infringentes e de nulidade
8. Memorial defensório
9. Revisão criminal
10. Resposta escrita à acusação
11. Queixa-crime
12. Requerimento de liberdade provisória com ou sem fiança
13. Requerimento de relaxamento de prisão em flagrante
14. Requerimento de instauração de inquérito policial com
representação
15. Carta testemunhável
16. Recurso ordinário constitucional
17. Recurso especial
18. Recurso extraordinário
19. Embargos de declaração e requerimento de declaração
de sentença também conhecido como embargos de
declaração
20. Reclamação
21. Mandado de segurança criminal
22. “Habeas corpus”
22.1. “Habeas corpus” para o 1º grau
TÍTULO VII
MODELOS DE CABEÇALHOS
1. Modelos de cabeçalhos de “habeas corpus”
2. Modelos de cabeçalhos de apelação
TÍTULO VIII
QUESTÕES PRÁTICAS
Questões práticas
Gabarito das questões práticas
SOBRE A AUTORA
TÍTULO I
DO INQUÉRITO POLICIAL
INTRODUÇÃO
O inquérito policial está previsto nos artigos 4º “usque” 23 do
Código de Processo Penal. Muito se fala que a atuação do advogado na
fase inquisitorial se resume a um mero acompanhamento do feito, que é
presidido pela autoridade policial, o Doutor Delegado de Polícia, que
representa a polícia judiciária.
Isto não é verdade. Assim, suscitaremos aqui alguns dos mais
importantes requerimentos e ações que o causídico poderá elaborar
tanto em favor do acusado, quanto em relação aos interesses da vítima,
atuando como advogado da mesma, sendo que nesta fase investigatória
não existe a figura do assistente de acusação, que só poderá se habilitar
após o recebimento da denúncia, ou seja, na fase processual.
1. INQUÉRITO POLICIAL
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
TÍTULO II
DO INQUÉRITO POLICIAL
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no
território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das
infrações penais e da sua autoria.
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de
autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I – de ofício;
II – mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou
a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões
de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos
de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e
residência.
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito
caberá recurso para o chefe de Polícia.
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por
escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência
das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá
proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-
la.
Art. 6. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados
pelos peritos criminais;
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e
suas circunstâncias;
IV – ouvir o ofendido;
V – ouviro indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser
assinado por 2 (duas) testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e
a quaisquer outras perícias;
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo
antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que
contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Art. 7. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem
pública.
Art. 8. Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo
II do Título IX deste Livro.
Art. 9. Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
autoridade.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o
indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente,
contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a
ordem de prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e
enviará autos ao juiz competente.
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem
sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a
autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores
diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à
prova, acompanharão os autos do inquérito.
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que
servir de base a uma ou outra.
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
I – fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à
instrução e julgamento os processos;
II – realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
III – cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
IV – representar acerca da prisão preventiva.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da
autoridade.
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela
autoridade policial.
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à
autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia.
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade
judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá
proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito
serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do
ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente,
se o pedir, mediante traslado.
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados,
a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes
a instauração de inquérito contra os requerentes, salvo no caso de existir
condenação anterior.
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho
nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a
conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de 3 (três) dias,
será decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento da
autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em
qualquer hipótese, o disposto no art. 89, III, do Estatuto da Ordem dos
Advogados do Brasil (Lei nº 4.215, de 27 de abril de 1963).
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma
circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos
inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de
outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim
providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer
fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a
autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou
repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e
os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
(...)
Representação.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou
por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou
oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
§ 1º A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura
devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou
procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial,
presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
§ 2º A representação conterá todas as informações que possam servir à
apuração do fato e da autoria.
§ 3º Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial
procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade
que o for.
§ 4º A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo,
será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
§ 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a
ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.
1.1. SITUAÇÃO FÁTICO-JURÍDICA E REQUERIMENTO DE
INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL COM
REPRESENTAÇÃO
“A” é sobrinho de “B” e morava na mesma casa com seu tio há dois
anos. Num certo domingo, “A”, enquanto seu tio estava dormindo após
o almoço, retirou da mesa do escritório de “B” um relógio de marca
“xxx”, o qual foi vendido a um amigo de “A”. O tio soube do fato, e,
agora, procura um advogado para tomar as providências cabíveis, visto
que “A” cometeu crime de furto qualificado, artigo 155, § 4º, inciso nº
II, do Código Penal. Como advogado de “B”, elaborar o requerimento
de instauração de inquérito policial com representação cabível na
espécie.
Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado de Polícia Titular do ..... Distrito Policial da
.......................................................................................................
Pular 8 (oito) linhas.
“B”, (qualificar o requerente
colocando sua nacionalidade, estado civil, RG nº, CPF nº, e endereço),
por seu advogado, ao final firmado, instrumento de procuração anexo
(doc.1), vem, muito respeitosamente, perante Vossa Senhoria para
requerer a instauração de INQUÉRITO POLICIAL e ao mesmo tempo,
REPRESENTAR contra seu sobrinho “A”, (qualificar o requerido
colocando sua nacionalidade, estado civil, RG nº, CPF nº, e endereço),
com base nos artigos 5º, § 4º e 39, “caput”, e parágrafos, do Código de
Processo Penal, tudo pelos motivos que passa a expor:
Pular 2 (duas) linhas.
1. O presente requerimento,
“data venia”, deve ser deferido, ilustre Dr. Delegado de Polícia Titular,
visto que todos os elementos para a instauração do inquérito policial
contra “A” estão presentes, inclusive representação da vítima “B”, que
desejaa abertura do presente inquérito.
Pular 1 (uma) linha.
2. Como se vê, ilustre Dr.
Delegado de Polícia, dos documentos anexados ao presente requerimento
(doc.2), “A” é sobrinho do peticionário “B”, e há dois anos morava na
casa de seu tio, sendo certo que num domingo quando seu tio estava
dormindo, aproveitou para furtar da mesa do escritório de “B”, um relógio
da marca “xxx”, o qual vendeu a um amigo. O requerente soube do fato e
agora está representando para que possa ser instaurado inquérito policial.
Pular 1 (uma) linha.
3. Realmente, digno Dr.
Delegado de Polícia Titular, o artigo 182, inciso nº III, do Código Penal,
diz que:
Pular 1 (uma) linha.
“Somente se procede mediante
representação, se o crime previsto
neste título é cometido em prejuízo:
III – de tio ou sobrinho, com quem o
agente coabita”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
E ficou comprovado pelas
testemunhas indicadas ao final, que o representado, residente com o tio, há
muito tempo, teve responsabilidade penal no furto. Inclusive, a agravante
de abuso de confiança está presente, pois o tio ora requerente confiava
totalmente em seu sobrinho.
E mais: a nossa jurisprudência
tem entendido que:
Pular 1 (uma) linha.
“Se tio e sobrinho coabitavam, é
indispensável a representação” (TJSP,
RT 517/296).
Observação: atualmente é proibida a utilização de jurisprudência e
doutrina, na 2ª fase do Exame de Ordem da OAB. Porém, é válida a
consignação para efeito da vida prática, pois tanto a jurisprudência como
a doutrina são muito utilizadas no dia a dia do causídico.
Pular 1 (uma) linha.
De fato, nobre Dr. Delegado de
Polícia, é exatamente o que ocorre no presente caso.
Pular 1 (uma) linha.
4. “Ex positis”, requer-se a
instauração do presente inquérito policial, que contém a representação da
vítima, em relação ao acusado “A”, já qualificado na presente petição,
para a apuração do crime de furto qualificado, artigo 155, § 4º, inciso nº
II, do Código Penal, sendo o requerido intimado e indiciado no presente
inquérito, arrolando-se as testemunhas abaixo delineadas, fazendo-se,
assim, a necessária
Pular 1 (uma) linha.
JUSTIÇA!!!
Pular 1 (uma) linha.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Pular 1 (uma) linha.
Local e data.
Pular 4 (quatro) linhas.
p.p. __________________
Advogado
OAB/..... nº............
Pular 2 (duas) linhas.
ROL DE TESTEMUNHAS:
Pular 1 (uma) linha.
1 – qualificar a testemunha colocando nome, RG nº e endereço
completo;
2 – qualificar a testemunha colocando nome, RG nº e endereço
completo e
3 – qualificar a testemunha colocando nome, RG nº e endereço
completo.
OBSERVAÇÃO:
a) no item nº 2 da petição deve ser narrado o fato, chamando “A” de
acusado ou requerido e a vítima de requerente, peticionário ou
postulante.
b) nas palavras “Nestes Termos e Pede Deferimento”, as primeiras
letras são colocadas em maiúsculas em nossa petição por tradição.
c) a abreviatura “p.p.” na linha da assinatura quer dizer por procuração.
2. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
CAPÍTULO VI
DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
Art. 125. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado
com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a
terceiro.
Art. 126. Para a decretação do sequestro, bastará a existência de indícios
veementes da proveniência ilícita dos bens.
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do
ofendido, ou mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar
o sequestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a
denúncia ou queixa.
Art. 128. Realizado o sequestro, o juiz ordenará a sua inscrição no Registro
de Imóveis.
Art. 129. O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de
terceiro.
Art. 130. O sequestro poderá ainda ser embargado:
I – pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos
com os proventos da infração;
II – pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título
oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé.
Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos
antes de passar em julgado a sentença condenatória.
Art. 131. O sequestro será levantado:
I – se a ação penal não for intentada no prazo de 60 (sessenta) dias,
contado da data em que ficar concluída a diligência;
II – se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução
que assegure a aplicação do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do
Código Penal;
III – se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença
transitada em julgado.
Art. 132. Proceder-se-á ao sequestro dos bens móveis se, verificadas as
condições previstas no art. 126, não for cabível a medida regulada no
Capítulo Xl do Título Vll deste Livro.
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou
a requerimento do interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens
em leilão público.
Parágrafo único. Do dinheiro apurado, será recolhido ao Tesouro Nacional o
que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser
requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja
certeza da infração e indícios suficientes da autoria.
Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte
estimará o valor da responsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel
ou imóveis que terão de ficar especialmente hipotecados, o juiz mandará
logo proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação
do imóvel ou imóveis.
§ 1º A petição será instruída com as provas ou indicação das provas em que
se fundar a estimação da responsabilidade, com a relação dos imóveis que
o responsável possuir, se outros tiver, além dos indicados no requerimento,
e com os documentos comprobatórios do domínio.
§ 2º O arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliação dos imóveis
designados far-se-ão por perito nomeado pelo juiz, onde não houver
avaliador judicial, sendo-lhe facultada a consulta dos autos do processo
respectivo.
§ 3º O juiz, ouvidas as partes no prazo de 2 (dois) dias, que correrá em
cartório, poderá corrigir o arbitramento do valor da responsabilidade, se lhe
parecer excessivo ou deficiente.
§ 4º O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do imóvel ou imóveis
necessários à garantia da responsabilidade.
§ 5º O valor da responsabilidade será liquidado definitivamente após a
condenação, podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer das
partes não se conformar com o arbitramento anterior à sentença
condenatória.
§ 6º Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou em títulos de dívida
pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar
proceder à inscrição da hipoteca legal.
Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se,
porém, se no prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de
inscrição da hipoteca legal.
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor
insuficiente, poderão ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora,
nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos imóveis.
§ 1º Se esses bens forem coisas fungíveis e facilmente deterioráveis,
proceder-se-á na forma do § 5º do art. 120.
§ 2º Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos
arbitrados pelo juiz, para a manutenção do indiciado e de sua família.
Art. 138. O processo de especialização da hipoteca e do arresto correrão
em auto apartado.
Art. 139. O depósito e a administração dos bens arrestados ficarão sujeitos
ao regime do processo civil.
Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as
despesas processuais e as penas pecuniárias, tendo preferência sobre
estas a reparação do dano ao ofendido.
Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por
sentença irrecorrível, o réu for absolvido ou julgada extinta a punibilidade.
Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as medidas estabelecidas
nos arts. 134 e 137, se houver interesse da FazendaPública, ou se o
ofendido for pobre e o requerer.
Art. 143. Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de
hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do cível (art. 63).
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público
poderão requerer no juízo cível, contra o responsável civil, as medidas
previstas nos arts. 134, 136 e 137.
2.1 REQUERIMENTO DE SEQUESTRO DE BENS SITUAÇÃO
FÁTICO-JURÍDICA:
“A” foi vítima de um roubo em sua empresa, sendo retirado do
interior do cofre da firma a importância de R$ 500.000,00 (quinhentos
mil reais). Consta dos autos do inquérito policial, que “B”, apontado
como autor do delito, adquiriu um imóvel estimado no valor já frisado
alguns dias após o assalto, ou seja, o roubo ocorreu no dia 13 de agosto
do corrente ano e o imóvel foi adquirido no dia 18 do mesmo mês pelo
acusado, conforme contrato de compra e venda registrado no cartório
competente. O inquérito policial continua tramitando. Como advogado
da vítima “A”, requerer o sequestro do bem imóvel adquirido pelo
acusado, objetivando resguardar o direito de ressarcimento do prejuízo
da vítima.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da..... Vara Criminal da Comarca de
.....................................................................................................
Pular 8 (oito) linhas.
“A”, (qualificar o requerente,
colocando sua nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº, CPF nº, e
endereço), vítima nos autos de inquérito policial nº......................, que
tramita no ...........Distrito Policial da......................, por seu advogado, ao
final firmado, instrumento de procuração anexo (doc.01), vem, muito
respeitosamente, perante Vossa Excelência, para requerer, com fulcro nos
artigos 125 “usque” 129 do Código de Processo Penal, o SEQUESTRO
DE BEM IMÓVEL, localizado (colocar o endereço do referido imóvel),
pertencente a “B” (qualificar o acusado nos moldes do requerente), que
figura como acusado nos autos do inquérito policial supra mencionado,
tudo pelos motivos que passa a expor:
Pular 2 (duas) linhas.
1 – O presente requerimento de
sequestro de bem imóvel, “data venia”, deve ser deferido, ilustre Juiz,
visto que está comprovado nos autos referidos que o imóvel em questão
foi adquirido com o produto do roubo efetuado na Empresa do requerente.
Pular 1 (uma) linha.
2 – Como se vê da prova já
colhida na fase inquisitorial, o peticionário foi vítima de um roubo em sua
empresa, sendo certo que foram retirados do interior do cofre da firma a
importância de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
Também ficou comprovado nos
autos referidos que o requerido adquiriu um imóvel, estimado no valor já
frisado, alguns dias após o assalto, ou seja, o roubo ocorreu em 13 de
agosto do corrente ano e o imóvel foi adquirido no dia 18 do mesmo mês,
como se vê do contrato de compra e venda, registrado no cartório
competente e certidões pertinentes, conforme consta de fls......... dos autos
de inquérito policial.
Pular 1 (uma) linha.
3 – Realmente, nobre
Magistrado, no presente caso é de se aplicar o artigo 126, do Código de
Processo Penal, que diz:
Pular 1 (uma) linha.
“Para a decretação do sequestro,
bastará a existência de indícios
veementes da proveniência ilícita dos
bens”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Mais do que indícios veementes,
no caso “sub judice”, temos provas concretas colhidas pela autoridade
policial que o imóvel foi adquirido pelo acusado com o dinheiro roubado
da empresa do peticionário.
O Egrégio Tribunal de Justiça
Paulista já tem decidido que:
Pular 1 (uma) linha.
“O sequestro de bens só será
admissível em relação aos bens
adquiridos com os proventos da
infração e quando haja indícios
veementes da proveniência ilícita dos
mesmos”. (TJSP, RT, 652/269).
Pular 1 (uma) linha.
“Data maxima venia”, ilustre Juiz
de Direito, é exatamente o que ocorre no presente caso.
O ilustre professor Dr. Edílson
Mougenot Bonfim, representante do “Parquet” Paulista, em seu livro
Curso de Processo Penal, 2ª edição, editora saraiva, página 273, ensina
que:
Pular 1 (uma) linha:
“Chamam-se medidas assecuratórias
as providências levadas a efeito no
juízo penal que buscam resguardar
provável direito da vítima ao
ressarcimento do prejuízo causado
pela infração penal”. (grifos nossos).
Observação: atualmente é proibida a utilização de jurisprudência e
doutrina, na 2ª fase do Exame de Ordem da OAB. Porém, é válida a
consignação para efeito da vida prática, onde tanto a jurisprudência bem
como a doutrina são muito utilizadas no dia a dia do causídico.
Pular 1 (uma) linha.
Como se vê, ilustre e culto
Magistrado, no caso em tela, o deferimento da presente postulação vai
resguardar o direito ao ressarcimento do prejuízo, e desta forma fica
resguardada o bem em questão para futura indenização por parte do
acusado ao requerente.
Pular 1 (uma) linha.
4 – “Ex positis”, requer-se seja
deferida a presente postulação, decretando-se o sequestro do imóvel já
frisado, aplicando-se ao presente caso as normas do artigo 128, do
Código de Processo Penal, ordenando-se a inscrição no registro de
imóveis competente, fazendo-se, assim, a necessária
Pular 1(uma) linha.
JUSTIÇA!!!
Pular 1 (uma) linha.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Pular 1 (uma) linha.
Local e data.
Pular 4 (quatro) linhas.
p.p.___________________________
Advogado
OAB /... nº..............
3. PRISÃO EM FLAGRANTE
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
CAPÍTULO II
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus
agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante
delito.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração.
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante
delito enquanto não cessar a permanência.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o
condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do
termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das
testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. (Redação dada pela Lei
nº 11.113, de 2005)
§ 1º Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a
autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou
de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para
isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
§ 2º A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à
autoridade.
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-
lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que
tenham ouvido sua leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº
11.113, de 2005)
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa
designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o
compromisso legal.
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011)
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a
Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota deculpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do
condutor e os das testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011)
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra
esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste
fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos
das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas
testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar
conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver
presidido o auto.
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a
prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo.
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de
lavrado o auto de prisão em flagrante.
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
I – relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011)
II – converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os
requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas
ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011)
III – conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011)
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o
agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput
do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código
Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais,
sob pena de revogação. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
3.1 SITUAÇÃO FÁTICO-JURÍDICA E REQUERIMENTO DE
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
“A”, casado, foi preso em flagrante pelo crime de roubo, artigo 157,
“caput”, do Código Penal, levado para o 1º Distrito Policial da Capital,
foi apresentado ao Delegado de Polícia Titular, que ouviu o policial
militar que conduziu “A” até a delegacia, logo após, interrogou o
acusado, que apesar do flagrante, negava o delito. Como as testemunhas
estavam em outro veículo, chegaram após o interrogatório de “A” e
foram ouvidas, lavrando-se o auto de prisão em flagrante, que por todos
foi assinado, o acusado continua preso, pois a prisão ocorreu hoje.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ....... Vara Criminal da Comarca
de ....................................................................................................
Pular 8 (oito) linhas.
“A”, (qualificar o requerente
colocando a sua nacionalidade, estado civil, RG nº, CPF nº e endereço),
por seu advogado, ao final firmado, instrumento de procuração anexo
(doc.1), vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos
da cópia de prisão em flagrante lavrada contra o requerente, postular, a
seu favor, o RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com
fulcro no artigo 5º, inciso nº LXV, da Constituição Federal, tudo pelos
motivos que passa a expor:
Pular 2 (duas) linhas.
1. O presente requerimento de
relaxamento de prisão em flagrante, ilustre Juiz, “data venia”, deve ser
deferido em favor do peticionário “A”, por evidente nulidade ocorrida no
auto de prisão em flagrante.
Pular 1 (uma) linha.
2. Como se vê do auto de prisão
em flagrante, nobre Juiz, o requerente foi preso pelo crime de roubo,
artigo 157, “caput”, do Código Penal, levado ao 1º Distrito Policial, foi
apresentado ao Delegado de Polícia Titular, que ouviu o policial militar
que conduziu o acusado até a Delegacia, sendo que após o interrogatório
do acusado passou à oitiva das testemunhas, visto que as mesmas estavam
em outro veículo e chegaram após o interrogatório do requerente. Note-se,
ilustre Magistrado, que o acusado nega com veemência a imputação que
lhe pesa.
Pular 1 (uma) linha.
3. Como se vê dos autos
referidos, cópia do flagrante, percebe-se claramente que o auto de prisão
em flagrante foi lavrado indevidamente, desrespeitando o artigo 304,
“caput”, do Código de Processo Penal, que reza:
Pular 1 (uma) linha.
“Apresentando o preso à autoridade
competente, ouvirá esta o condutor e
colherá, desde logo sua assinatura,
entregando a este cópia do termo e
recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das
testemunhas que o acompanharem e
ao interrogatório do acusado sobre
a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas
respectivas assinaturas, lavrando, a
autoridade, afinal, o auto” (grifos
nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Realmente, nobre Magistrado,
ocorreu a inversão da ordem da oitiva dos envolvidos no auto de
flagrante, causando enorme erro procedimental, pois as testemunhas foram
ouvidas por último, ferindo o dogma legal.
A nossa jurisprudência, sobre
este tema, já têm decidido que:
Pular 1 (uma) linha.
“A inversão da ordem causa
nulidade ao auto de prisão em
flagrante” (RT,489/380). (grifos
nossos).
Observação: atualmente é proibida a utilização de jurisprudência e
doutrina, na 2ª fase do Exame de Ordem da OAB. Porém, é válida a
consignação para efeito da vida prática, onde tanto a jurisprudência bem
como a doutrina são muito utilizadas no dia a dia do causídico.
Pular 1 (uma) linha.
“Data venia”, nobre Juiz, foi
exatamente o que ocorreu no caso “sub judice”, pois determina o dogma
procedimental do artigo 304, “caput”, do Código de Processo Penal, que o
acusado seja ouvido em último lugar.
A nulidade ficou clara, e estreme
de dúvidas, pois a lei foi desrespeitada.
Pular 1 (uma) linha.
4. A Constituição Federal, em
seu artigo 5º, inciso nº LXV, é clara ao dispor que:
Pular 1 (uma) linha.
“LXV – a prisão ilegal será
imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária;”.
Pular 1 (uma) linha.
“Data maxima venia”, ilustre
Juiz, com o auto de prisão em flagrante nulo, o relaxamento da prisão em
flagrante se impõe, devendo o acusado responder ao inquérito policial em
liberdade, pois com a nulidade ocorrida, a prisão se tornou ilegal.
Pular 1 (uma) linha.
5. “Ex positis”, requer-se o
deferimento do presente requerimento de relaxamento de prisão em
flagrante, em favor do acusado “A”, já qualificado nos autos, com fulcro
no artigo 5º, inciso nº LXV, da Constituição Federal e artigo 310, inciso nº
I, do Código de Processo Penal, dando-se vista ao digno Dr. Promotor de
Justiça, expedindo-se o competente alvará de soltura clausulado, fazendo-
se, assim, a necessária
Pular 1 (uma) linha.
JUSTIÇA!!!
Pular 1 (uma) linha.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Pular 1 (uma) linha.
Local e data.
Pular 4 (quatro) linhas.
p.p. __________________
Advogado
OAB/..... nº...........
4. LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
CAPÍTULO VI
DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão
preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o
caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e
observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos
de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4
(quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011)
Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011)
I – nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
II – nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011)
III – nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011)
Art. 324. Não será, igualmente,concedida fiança: (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011)
I – aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente
concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se
referem os arts. 327 e 328 deste Código; (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011)
II – em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011)
(...)
IV – quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão
preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos
seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
I – de 1 (um) a 100 (cem) salários-mínimos, quando se tratar de infração
cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4
(quatro) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011)
II – de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários-mínimos, quando o máximo da
pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011)
§ 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá
ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
I – dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011)
II – reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011)
III – aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011)
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em
consideração a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e
vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua
periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo,
até final julgamento.
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer
perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito
e da instrução criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer,
a fiança será havida como quebrada.
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança,
mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou
ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar
àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá um livro
especial, com termos de abertura e de encerramento, numerado e rubricado
em todas as suas folhas pela autoridade, destinado especialmente aos
termos de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e assinado pela
autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-á certidão para
juntar-se aos autos.
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão pelo escrivão
notificados das obrigações e da sanção previstas nos arts. 327 e 328, o que
constará dos autos.
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de
dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública,
federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
§ 1º A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será
feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade.
§ 2º Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o
valor será determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos,
exigir-se-á prova de que se acham livres de ônus.
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à repartição
arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao depositário público,
juntando-se aos autos os respectivos conhecimentos.
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se puder fazer de
pronto, o valor será entregue ao escrivão ou pessoa abonada, a critério da
autoridade, e dentro de três dias dar-se-á ao valor o destino que lhe assina
este artigo, o que tudo constará do termo de fiança.
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente para conceder
a fiança a autoridade que presidir ao respectivo auto, e, em caso de prisão
por mandado, o juiz que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou
policial a quem tiver sido requisitada a prisão.
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida
independentemente de audiência do Ministério Público, este terá vista do
processo a fim de requerer o que julgar conveniente.
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a
sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão da
fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples
petição, perante o juiz competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento
das custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se
o réu for condenado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição
depois da sentença condenatória (art. 110 do Código Penal). (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado
sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal,
o valor que a constituir, atualizado, será restituído sem desconto, salvo o
disposto no parágrafo único do art. 336 deste Código. (Redação dada pela
Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será
cassada em qualquer fase do processo.
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência
de delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito.
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
I – quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;
II – quando houver depreciação material ou perecimento dos bens
hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras
preciosas;
III – quando for inovada a classificação do delito.
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão,
quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada.
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: (Redação dada
pela Lei nº 12.403, de 2011)
I – regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem
motivo justo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011)
II – deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011)
III – descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança;
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011)
IV – resistir injustificadamente a ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403,
de 2011)
V – praticar nova infração penal dolosa. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011)
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se declarou
quebrada a fiança, esta subsistirá em todos os seus efeitos
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de
metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras
medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se,
condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da
pena definitivamente imposta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e
mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo
penitenciário, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções previstas
no art. 345 deste Código, o valor restante será recolhido ao fundo
penitenciário, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será entregue a
quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos os encargos a que o
réu estiver obrigado.Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de
hipoteca, a execução será promovida no juízo cível pelo órgão do Ministério
Público.
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais preciosos, o
juiz determinará a venda por leiloeiro ou corretor.
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação
econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o
às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras
medidas cautelares, se for o caso. (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011)
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer
das obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto no § 4º do art.
282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
4.1 SITUAÇÃO FÁTICO-JURÍDICA E REQUERIMENTO DE
LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA
O cidadão “A” foi preso em flagrante pelo crime de apropriação
indébita qualificada, artigo 168, § 1º, inciso nº III, do Código Penal.
Num flagrante formalmente perfeito e válido. “A” é primário e de bons
antecedentes, se bem que a quantia apropriada foi muito alta e houve
muitas pessoas prejudicadas. Vale ressaltar que o acusado era
empregado de uma empresa há vários anos. O cidadão “A” está preso
nas dependências policiais, pois o fato ocorreu ontem e o inquérito
ainda não foi enviado ao fórum. Como advogado de “A”, elabore o
requerimento de liberdade provisória com ou sem fiança cabível na
espécie.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ..... Vara Criminal da Comarca
de......................................................................................................
Pular 8 (oito) linhas.
“A”, (qualificar o requerente
colocando a sua nacionalidade, estado civil, RG nº, CPF nº e endereço),
por seu advogado, ao final firmado, instrumento de procuração anexo
(doc.1), vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos
da cópia da prisão em flagrante lavrada contra o requerente postular, a seu
favor, a sua LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA, tudo
pelos motivos que passa a expor:
Pular 2 (duas) linhas.
1. O presente requerimento de
liberdade provisória, “data venia”, ilustre Magistrado, deve ser
concedido, pois o peticionário tem direito a ser libertado, conforme ficará
demonstrado.
Pular 1 (uma) linha.
2. O requerente “A” foi preso em
flagrante pelo crime de apropriação indébita qualificada, artigo 168, § 1º,
inciso nº III, do Código Penal, num flagrante formalmente perfeito e
válido. O acusado é primário e de bons antecedentes, se bem que a quantia
apropriada foi muito alta e houve muitas pessoas prejudicadas. Vale
ressaltar que o acusado era empregado de uma empresa há vários anos. O
requerente continua preso.
Pular 1 (uma) linha.
3. Como se vê, dos autos
referidos, cópia do flagrante, percebe-se claramente que o requerente tem
direito à fiança criminal, sendo colocado em liberdade provisória, pois o
crime de apropriação indébita qualificada é afiançável, nos termos do
artigo 322, “caput”, parágrafo único do Código de Processo Penal que
reza:
Pular 1 (uma) linha.
“A autoridade policial somente
poderá conceder fiança nos casos de
infração cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior
a 4 (quatro) anos.
Pular 1 (uma) linha.
Parágrafo único. Nos demais casos, a
fiança será requerida ao juiz, que
decidirá em 48 (quarenta e oito)
horas”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Realmente, sendo o crime
afiançável e o requerente um homem de bem, primário, de bons
antecedentes, a fiança deve ser concedida até com base na Carta da
República, artigo 5º, inciso nº LXVI, que diz;
Pular 1 (uma) linha.
“LXVI – ninguém será levado à
prisão ou nela mantido, quando a lei
admitir a liberdade provisória com
ou sem fiança;”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Desta forma, ilustre Juiz, requer-
se a concessão da liberdade provisória com fiança.
4. Também é cabível, no presente
caso, a liberdade provisória sem fiança, em favor do peticionário “A”,
pois sendo primário e de bons antecedentes, com residência fixa e
trabalho certo, não estão presentes contra ele, as hipóteses de decretação
de prisão preventiva, e assim, “data venia”, ele faz jus à liberdade
provisória, com fulcro nos artigos 310, inciso nº III e 321 ambos do
Código de Processo Penal, que respectivamente rezam:
Pular 1 (uma) linha.
“Ao receber o auto de prisão em
flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente:
Pular 1 (uma) linha.
III – conceder liberdade provisória,
com ou sem fiança”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
“Ausentes os requisitos que
autorizam a decretação da prisão
preventiva, o juiz deverá conceder
liberdade provisória, impondo, se for
o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e
observados os critérios constantes do
art. 282 deste código”. (grifos
nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Assim, ilustre Magistrado, no
presente caso a liberdade provisória sem fiança é totalmente pertinente,
“data venia”, porque não estão presentes os requisitos para prisão
preventiva, como já foi dito.
Pular 1 (uma) linha.
5. “Ex positis”, requer-se a
concessão da presente liberdade provisória, por tudo o que foi postulado,
em favor do acusado “A”, já qualificado nos autos, expedindo-se o
competente alvará de soltura clausulado, além de vista ao Dr. Promotor de
Justiça e designação de audiência admonitória para a assinatura de termo
de comparecimento a todos os atos processuais, de acordo com a 2ª parte
do parágrafo único do artigo 310, do Código de Processo Penal, fazendo-
se, assim, a mais cristalina
Pular 1 (uma) linha.
JUSTIÇA!!!
Pular 1 (uma) linha.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Pular 1 (uma) linha.
Local e data.
Pular 4 (quatro) linhas.
p.p. __________________
Advogado
OAB/....nº.........
4.2 SITUAÇÃO FÁTICO-JURÍDICA E REQUERIMENTO DE
LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA
“A”, com 19 anos de idade, foi preso em flagrante pelo crime do
artigo 121, § 2º, inciso nº I, do Código Penal, num flagrante dentro das
normas legais. “A” é primário e de bons antecedentes. Como advogado
de “A”, elabore o requerimento de liberdade provisória sem fiança
cabível na espécie.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da...... Vara do Júri da
Comarca de......................................................................................................
Pular 8 (oito) linhas.
“A”, (qualificar o requerente
colocando a sua nacionalidade, estado civil, RG nº, CPF nº e endereço),
por seu advogado, ao final firmado, instrumento de procuração anexo
(doc.1),vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos
da cópia da prisão em flagrante lavrada contra o requerente postular, a seu
favor, a sua LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA, tudo pelos
motivos que passa a expor:
Pular 2 (duas) linhas.
1. O presente requerimento de
liberdade provisória, “data venia”, ilustre Magistrado, deve ser
concedido, pois o peticionário tem direito a ser libertado, visto que não
estão presentes as hipóteses da prisão preventiva.
Pular 1 (uma) linha.
2. O requerente, nobre Juiz, é
menor de 21 anos, e foi preso em flagrante pelo crime do artigo 121, § 2º,
inciso nº I, do Código Penal, num flagrante formalmente válido, sendo o
peticionário primário e de bons antecedentes conforme certidão dos
distribuidores criminais em anexo (doc.2).
Pular 1 (uma) linha.
3. Como se vê, dos autos
referidos, cópia do flagrante, ilustre Magistrado, o peticionário, como já
foi dito, é menor de 21 anos e a sua menoridade, é um ponto importante
para esta postulação de liberdade provisória.
Além de ser uma pessoa jovem, e
que merece a benevolência da Justiça, o acusado mora em lugar certo com
sua família e é pessoa de bem, relacionando-se normalmente com seus
familiares. A defesa, nesta oportunidade, junta prova da residência fixa
(doc.3) do acusado, com a declaração de seus genitores (doc.4),
comprovando que ele reside com sua família. Além disso tem trabalho
certo, conforme se vê de sua carteira profissional juntada aos autos
(doc.4).Os artigos 310, inciso nº III, e
321, ambos do Código de Processo Penal, respectivamente rezam:
Pular 1 (uma) linha.
“Ao receber o auto de prisão em
flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente:
Pular 1 (uma) linha.
III – conceder liberdade provisória,
com ou sem fiança”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
“Ausentes os requisitos que
autorizam a decretação da prisão
preventiva, o juiz deverá conceder
liberdade provisória, impondo, se for
o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e
observados os critérios constantes do
art. 282 deste código”. (grifos
nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Além disto, a Constituição
Federal, em seu artigo 5º, inciso LXVI, diz que:
Pular 1 (uma) linha.
“LXVI – ninguém será levado à
prisão ou nela mantido, quando a lei
admitir a liberdade provisória com
ou sem fiança;”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Sem dúvida, “data venia”, não
ocorre qualquer das hipóteses que autorizariam a prisão preventiva contra
o acusado, e sendo ele primário e de bons antecedentes, a liberdade
provisória é cabível.
O Egrégio Tribunal de Justiça de
São Paulo, sobre este tema, já tem decidido que:
Pular 1 (uma) linha.
“Embora preso em flagrante por crime
inafiançável, pode o réu ser libertado
provisoriamente, desde que inocorram
razões para sua prisão preventiva”
(RT 523/376).
Observação: atualmente é proibida a utilização de jurisprudência e
doutrina, na 2ª fase do Exame de Ordem da OAB. Porém, é válida a
consignação para efeito da vida prática, onde tanto a jurisprudência bem
como a doutrina são muito utilizadas no dia a dia do causídico.
Pular 1 (uma) linha.
Desta forma, a defesa insiste na
liberdade provisória nos termos dos artigos 310, inciso nº III e 321 ambos
do Código de Processo Penal.
Pular 1 (uma) linha.
4. “Ex positis”, requer-se a
concessão da presente liberdade provisória, em favor do acusado “A”, já
qualificado nos autos, com fulcro nos artigos 310, inciso nº III e 321
ambos do Código de Processo Penal, pois não estão presentes as
hipóteses de prisão preventiva, expedindo-se o competente alvará de
soltura clausulado, além de vista ao Dr. Promotor de Justiça e designação
de audiência admonitória para a assinatura de termo de comparecimento a
todos os atos processuais, de acordo com a 2ª parte do parágrafo único do
artigo 310, do Código de Processo Penal, fazendo-se, assim, a mais
cristalina
Pular 1 (uma) linha.
JUSTIÇA!!!
Pular 1 (uma) linha.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Pular 1 (uma) linha.
Local e data.
Pular 4 (quatro) linhas.
p.p. __________________
Advogado
OAB/.... nº...........
5. RECLAMAÇÃO
LEI Nº 8.038, DE 28 DE MAIO DE 1990
Capítulo II
RECLAMAÇÃO
Art. 13. Para preservar a competência do Tribunal ou garantir a autoridade
das suas decisões, caberá reclamação da parte interessada ou do
Ministério Público.
Parágrafo único. A reclamação, dirigida ao Presidente do Tribunal, instruída
como prova documental, será autuada e distribuída ao relator da causa
principal, sempre que possível.
A RECLAMAÇÃO TAMBÉM ESTÁ PREVISTA NOS REGIMENTOS
INTERNOS DOS TRIBUNAIS.
NO TJSP: artigos 659 “usque” 666
NO STJ: artigos 187 “usque” 192
NO STF: artigos 156 “usque” 162
Observação: a reclamação pode ser dirigida a qualquer Tribunal Superior,
ou seja, 2ª, 3ª ou 4ª Instância, desde que alguma decisão inferior não
respeite a decisão do Tribunal Superior.
5.1 SITUAÇÃO FÁTICO-JURÍDICA E MODELO DE
RECLAMAÇÃO
“A” é primário e de bons antecedentes, empresário, casado e com
residência fixa. Foi preso em flagrante dentro de sua empresa de artigos
de papel, por causa de uma denúncia feita por um ex-funcionário, de
que ele estaria falsificando notas fiscais e outros documentos, no
interior de sua empresa. A polícia ingressou no local, com mandado de
busca e apreensão, e apreendeu vários documentos e notas que foram
enviados ao instituto de criminalística, para a devida perícia. A
imprensa, escrita e falada, também compareceu ao local, pois “A” é
empresário muito conhecido. Quando a polícia e a autoridade policial
estavam dirigindo-se para a rua e para as viaturas, o empresário foi
algemado, com as mãos para trás, sem ter tido nenhuma reação ou gesto
que possibilitasse o uso das algemas, o qual não foi justificado pela
autoridade. “A” foi fotografado e filmado pela imprensa na situação
vista, sendo que está preso e o auto de prisão em flagrante está sendo
elaborado. Comprovadamente, a autoridade não justificou o uso das
algemas. Como advogado de “A” produzir a reclamação cabível na
espécie.
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Egrégio Supremo Tribunal
Federal.
Pular 8 (oito) linhas.
“A”, (qualificar o reclamante
colocando a sua nacionalidade, estado civil, RG nº, CPF nº, endereço) por
seu advogado, ao final firmado, instrumento de procuração anexo (doc. 1),
vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência para apresentar,
com fulcro no artigo 13 da Lei Federal nº 8.038, de 27 de maio de 1990 e
com base nos artigos 156 e seguintes do Regimento Interno deste Egrégio
Supremo Tribunal Federal, a presente RECLAMAÇÃO, com postulação
de medida liminar, contra a prisão em flagrante ilegal, perpetrada pela
autoridade policial, o ilustre Dr. Delegado de Polícia Titular, do ...
Distrito de Polícia da Comarca de............................, que utilizou das
algemas indevidamente, ao prender o reclamante, ferindo a Súmula
Vinculante nº 11 deste Egrégio Tribunal, pelos motivos que passa a expor:
Pular 2 (duas) linhas.
1 – A presente reclamação, “data
venia”, ilustres Ministros, deve ser deferida, visto que foi desrespeitada a
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, pela autoridade
reclamada, o digno Doutor Delegado de Polícia do ................ distrito
policial da Comarca ......................
Pular 1 (uma) linha.
2 – Como se vê da prova, o
reclamante “A” é primário e de bons antecedentes, empresário, casado e
com residência fixa. Foi preso em flagrante dentro de sua empresa de
artigos de papel, por causa de uma denúncia feita por um ex-funcionário,
de que ele estaria falsificando notas fiscais e outros documentos, no
interior de sua empresa. A polícia ingressou no local, com mandado de
busca e apreensão, e apreendeu vários documentos e notas que foram
enviados ao instituto de criminalística, para a devida perícia. A imprensa,
escrita e falada, também compareceu ao local, pois o reclamante é
empresário muito conhecido. Quando a polícia e o reclamado estavam
dirigindo-se para a rua e para as viaturas, o empresário foi algemado, com
as mãos para trás, sem ter tido nenhuma reação ou gesto que possibilitasse
o uso das algemas, o qual não foi justificado pelo reclamado. O
reclamante “A” foi fotografado e filmado pela imprensa na situação vista,
sendo que está preso e o auto de prisão em flagrante está sendo elaborado.
Comprovadamente, a autoridade não justificou o uso das algemas.
Pular 1 (uma) linha.
3 – Como se vê dos documentos
em anexo, auto de flagrante (doc.1), nota de culpa (doc.2), e despacho do
Dr.Delegado de Polícia (doc.3), percebe-se claramente que o citado
despacho foi totalmente equivocado, inclusive desrespeitando a Súmula
Vinculante nº 11 desta Suprema Corte, que diz:
Pular 1 (uma) linha.
“Só é lícito o uso de algemas em
casos de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia,
por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato
processual a que se refere, sem
prejuízo da responsabilidade civil do
Estado”. (grifos nossos).
Pular 1 (uma) linha.
Sem dúvida, nobres e cultos
Ministros, a condição e a situação do reclamante são injustificáveis, pois
o mesmo reúne todas as condições personalíssimas para não ficar
algemado, humilhado perante a sociedade e a imprensa, sofrendo abuso
pessoal e moral. Tal situação inclusive fere a dignidade humana e o Brasil
tem como dogma constitucional a proteção dos direitos

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