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A Felicidade Humana: Julián Marías O filósofo espanhol Julian Marías, em seu livro “A felicidade humana” expõe ideias para uma vida com maior conhecimento e felicidade. O autor aborda temas como o amor, a liberdade, a vida humana, a morte e a felicidade. Para ele, sensações de alegria, bem-estar e prazer não é felicidade, pois esta não é momentânea. Baseado na filosofia de Sólon, entende que a felicidade depende de um olhar e visão dos outros e não da minha própria concepção. Desse modo, as pessoas poderão avaliar se no final da nossa existência teremos sido realmente felizes. Também baseado na visão cristã, considerava que era preciso ter uma vida dura, severa e rígida para alcançar e plena felicidade no céu, ignorando, assim, a felicidade terrena. Em contrapartida, o autor comenta que ter uma vida preocupado apenas com o mundo físico e material, esquecendo-se da dimensão eterna produz uma visão limitada. Para exemplificar, Marias, cita o diálogo entre Ulisses e Aquiles, em que depois de mortos Aquiles diz: “é preferível/melhor ser um escravo do último lavrador no mundo (com sua vida plena), do que ser um rei no mundo dos mortos”. Assim, a felicidade, de acordo com o autor, não pode ser abstrata e não há um modelo de vida a ser seguido, pois cada um deve construir sua felicidade a partir de suas próprias opções e, desse modo, a felicidade plena é quase impossível porque o ser humano está sempre descontente. Há sempre a dúvida entre as escolhas, uma vez que temos milhares de possibilidades que o mundo nos oferece.
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