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Controle da Expressão Gênica DOGMA CENTRAL DA BIOLOGIA MOLECULAR → Em todos os animais, há a molécula de DNA que possui a capacidade de gerar uma nova molécula através do processo de replicação e produtos são gerados através do processo de transcrição (RNA). Também há o processo de tradução, quando uma proteína é construída através do RNA DIFERENTES CÉLULAS, MESMO GENOMA → A partir de uma única célula, todas as demais são diferenciadas → Foi retirado o núcleo de uma célula epitelial de uma rã, que foi capaz de fecundar um ovulo e gerar um girino inteiramente funcional (provando que não ocorre a perda genica) → Síntese e acúmulo de diferentes conjuntos de moléculas de RNA e proteína. → Não muda o material genético, muda a forma como ele vai poder ser expresso 1. Muitos processos e produtos são comuns a todas as células 2. RNAs e proteínas específicas ficam restritos em células especializadas 3. Mesmos genes expressos apresentam variação de expressão 4. Diferenças no padrão final de produção de proteínas. PONTOS DE REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA → Existem vários pontos onde o proteoma vai poder interferir no material genético → Se as diferenças entre os vários tipos celulares dependem dos genes particulares que a célula expressa, em qual nível o controle da expressão genica é exercido? → O material genético ao longo da sequência de reaçoes, no final gera uma proteína ativa ou uma proteína inativa → Existem 7 pontos de controle para que a célula tente evitar que a mutação no material genético possa ser realmente expressa 1º NÍVEL: CONTROLE TRANSCRICIONAL → É considerado o mais importante, pois evita a formação de uma molécula de RNA → O DNA é composto por uma dupla fita e os genes são diferentes em cada fita (molde e não molde) → Para evitar com que a transcrição aconteça, existem as proteínas reguladoras do gene → O nosso material genético possui íntrons (não expressam produtos, são regiões de regulação) e éxons (regiões que geram produtos gênicos) → As proteínas reguladoras do gene tem por função especificar quais genes são transcritos e em quais taxas → O estado transcricional basal é restritivo, ou seja, em todos os materiais genéticos de todas as células, proteínas reguladoras irão impedir a expressão gênica → As proteínas reguladoras se ligam a regiões chamadas de sequências reguladoras (estão nos íntrons) → As sequências reguladoras determinam o momento e o local da expressão → Cada um dos 4 tipos diferentes e possíveis de interação entre os nucleotídeos apresentam um padrão diferente de região para ligação das proteínas reguladoras → Superfície da proteína reguladora extensivamente complementar ao DNA → A interação da proteína reguladora com o material genético é uma das ligações químicas mais fortes conhecidas na biologia molecular → Quando a proteína reguladora se liga na sequencia gênica, permite uma grande aderência → Cerca de 20 contatos entre ligações de hidrogênio, iônicas e interações hidrofóbicas. → Não existe uma sequência reguladora diferente para cada um dos genes, apresentam um padrão (chamado de “logos) → “Logos” são constituídos de cerca de 6 a 8 pares de nucleotídeos → Se repete 1 vez a cada 4096 nucleotídeos → Formação de dímeros (2 proteínas executando o mesmo papel) • Homodímeros: 2 proteínas iguais • Heterodímeros: 2 proteínas diferentes que precisam ser completamente complementares a sequência reguladora (especificidade maior) → Duplicação da sequência → Aumentam a afinidade e a especificidade → Reguladores transcricionais ligam-se ao DNA em nucleossomos com menor afinidade do que com o DNA livre de proteínas 1. A sequência reguladora pode estar voltada para dentro do nucleossomo 2. Muitos reguladores transcricionais alteram a conformação do DNA. Essas alterações deixam de ocorrer quando o DNA está comprimido no cerne de histonas. → Quando a sequência reguladora sai do cerne do nucleossomo, é dito que o material genético está “respirando” → Quando isso acontece e a proteína reguladora se liga, ela pode facilitar com que uma segunda proteína reguladora também se ligue → Reguladores transcricionais positivos auxiliam RNA-polimerase a iniciar a transcrição → Reguladores transcricionais negativos bloqueiam a transcrição • Interações indiretas (mediador, histonas) • Formação de alças – dobramentos da fita → Alterar o local onde o material genético vai estar ligado no nucleossomo, para que ele possa então, ser expresso → Remodelação dos nucleossomos: • Chaperonas de histonas • Colocar o nucleossomo em local diferente ou retira-lo, com isso, o TATA estará disponível • Proteínas permitem a substituição das histonas • Enzimas modificadoras de histonas → Memória de expressão: permite com que ao longo de várias replicações, manter um padrão de silenciar algo que não é benéfico ao nosso organismo → As moléculas que podem ser reguladoras, ativadoras ou repressoras podem atuar em conjunto → Os repressores que atuam junto com os ativadores vão determinar se o material genético vai ser expresso ou não de várias formas → Quando o ativador liga, expressa tal gene, mas o repressor vai ter a função de bloquear esse gene de 6 formas diferentes: 1) Ligação competitiva com o DNA 2) Mascaramento da superfície de ativação 3) Interação direta com os fatores de transcrição 4) Recrutamento de complexos de remodelagem da cromatina 5) Recrutamento de histonas desacetilase 6) Recrutamento de histonas metiltransferase 2º NÍVEL: CONTROLE DE PROCESSAMENTO DE RNA → Se apesar de toda a maquinaria do 1º nível, ainda não foi possível evitar a formação do RNAm, no 2º nível, tenta-se controlar o processamento do material a) Atenuação: término prematuro. Faz com que dobras sejam formadas, e a RNA- polimerase se desprenda do gene antes de terminar o processo (proteína não vai ser funcional)Ex: Algumas pessoas são portadoras do HIV mas não apresentam AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) – transcrição prematuramente encerrada b) Cap 5’: bloquear região 5’ c) Splicing: retirada dos íntrons d) Cauda poli-A: aumento da região 3’ → Depois de construir o material genético, não teve atenuação, colocou-se Cap 5’ e cauda poli-A e fezsplicing, o RNA estará pronto para ser utilizado, mas antes de ir para o citosol pode ocorrer o processo de edição: e) Edição: enzima ADAR promove processos de desaminação (pode converter uma adenina em inosina ou citosina em uracila), alterando a sequência de nucleotídeos, podendo impedir que o RNAm seja funcional 3º NÍVEL: CONTROLE DO TRANSPORTE E LOCALIZAÇÃO DO RNA → Cada RNA expressa proteínas diferentes, mas essas, só serão funcionais se forem transportadas corretamente para certo local → Esse transporte pode ser dirigido pelo citoesqueleto, difusão aleatória ou quando não conseguirem encontrar o local especifico, podem ser marcados para destruição 4º NÍVEL: CONTROLE DEGRADAÇÃO RNA → Se nenhum dos outros níveis derem certo, tenta-se fazer a destruição do RNA → RNA é muito instável (tem apenas uma fita) → Decapping (Cap 5’ retirado) → Algumas proteínas, como a argonauta, utilizam miRNAs (micro RNA) - complementares a determinadas sequencias de RNAm → O complexo proteína argonauta + miRNA é chamado de RISC (complexo silenciador de RNA), que leva o RNAm para locais específicos na célula – corpos P, que promovem degradação do RNA 5º NÍVEL: CONTROLE DA TRADUÇÃO → Ribossomos tentam encontrar a sequência inicial (AUG), nessa etapa de controle tudo se volta ao bloqueio de AUG → Proteínas repressoras, se ligam próximo a AUG e não deixam ligar ao ribossomo, pode promover grampos bloqueando AUG, não permitir a disponibilidade do sítio ou pode utilizar um outro tipo de RNA (RNA antissenso) que bloqueia o AUG 6º NÍVEL: CONTROLE DA ATIVIDADE PROTEICA → O controle da atividade proteica se dá ativando ou inativando uma proteína → Para ativar uma proteína, depende da função de uma proteína kinase (fosforilação) → Para inativar uma proteína, depende da atividade de uma proteína fosfatase 7º NÍVEL: CONTROLE DA DEGRADAÇÃO PROTEICA → Uma proteína é degradada pelo complexo ubiquitina proteassoma dependente de ATP (ATP-UPP) → P53 ativada bloqueia o ciclo celular → ATP-UPP regula a p53 PONTOS DE REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA Qual a relação do controle de expressão gênica com o proteoma? → Proteoma: conjunto de proteínas do material genético que exerce uma função sob o genoma → O estimulo do proteoma pode gerar uma alteração genética, mas existem 7 níveis de controle que mesmo que o proteoma estimule esse processo, as células conseguem evitar a expressão → Se o câncer for efetivamente desenvolvido, todo esse processo deve ter falhado (predominância em pessoas mais velhas)
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