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Da� Pessoa� Das pessoas naturais: → Personalidade jurídica pessoa natural Os direitos de personalidade são todos aqueles que permitem que uma pessoa realize sua individualidade e possa defender aquilo que é seu. São direitos indisponíveis, subjetivos e que se aplicam a todos igualmente. Esses direitos são descritos no CC como: intransmissíveis, irrenunciáveis (não pode abrir mão) e indisponíveis (não pode ser usado como bem entende). A personalidade em si, não é um direito, ela é considerada um bem primeiro do ser humano e dela irradiam os direitos. ● Art 1º CC - toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. ● Art 2º CC - a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Direitos do nascituro Há três correntes fundamentais: ● teoria natalista: defende que a personalidade civil se dá a partir do nascimento com vida. ● teoria concepcionista:defende que nascituro é pessoa e tem, como tal, personalidade e todos os direitos correspondentes. Esta começaria na concepção e não a partir do nascimento com vida, considerando que muitos dos direitos não dependem do nascimento com vida. ● teoria da personalidade condicional: desde a concepção o feto teria personalidade jurídica formal, contudo, a personalidade jurídica material encontrar-se-ia sob condição suspensiva, aguardando a confirmação do “nascimento com vida”. → Capacidade jurídica É a aptidão para adquirir direitos. Todo ser humano é dotado de personalidade, mas muitos deles não apresentam condições necessárias para exercer, por si próprios, os seus direitos. Portanto, se denominam incapazes. A capacidade pode ser classificada em: ● capacidade de direito: quando a pessoa pode adquirir direitos e deveres; ● capacidade de exercício: aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. A incapacidade (de fato/exercício): ● absoluta: Art 3º CC - são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos. ● relativa: Art 4º CC - são relativamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os maiores de 16 e menores de 18 anos ou pessoa com insuficiência de autogoverno. ● Art 5º CC - a menoridade cessa aos 18 anos completos, ou: ○ pela concessão dos pais, pelo casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em ensino superior, pelo exercício de atividade comercial. → Extinção da pessoa natural ● Art 6º CC - a extinção da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Os tipos de morte são classificados em: ● morte real: é comprovada por meio de atestado de óbito ou por ação declaratória de morte presumida, sem decretação de ausência; ○ Art 7º CC - pode ser declarada morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro não for encontrado até dois anos após o término das guerras. ○ A morte simultânea (comoriência) está prevista no art 8º CC “Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. ■ Quando duas pessoas morrem em determinado acidente, somente interessa saber qual delas morreu primeiro se uma for herdeira ou beneficiária da outra. Do contrário, inexiste qualquer interesse jurídico nessa pesquisa. ● morte presumida com declaração de ausência: a morte será considerada presumida nos casos que a lei permitir que se proceda à sucessão definitiva dos bens de pessoa ausente. É possível que os interessados na sucessão requeiram a sua abertura após 10 anos da decretação provisória de ausência, e, também nos casos em que o cidadão ausente possua 80 anos de idade e esteja ausente por cinco anos (arts. 37 e 38, CC). ● morte presumida sem decretação de ausência: art 7º CC. No caso do art. 7º, os interessados pretendem o contrário, ou seja, estão declarando que a morte é suposta mesmo sem a decretação da ausência do indivíduo. Nos dois casos, a sentença declaratória de ausência e a de morte presumida serão registradas em registro público de acordo com o art. 9º CC. Art 9º CC - serão registrados em registro público: os nascimentos, casamentos e óbitos; a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. Já nos casos em que os interessados requerem a declaração de ausência com intuito de dar abertura na sucessão provisória e definitiva (art. 22, CC), estes não estarão declarando a morte do ausente, somente estarão afirmando que ele se encontra desaparecido e não deixou representante para cuidar de suas obrigações. → Principais características dos direitos de personalidade art. 11 CC - com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. ● Irrenunciabilidade: direitos vinculados à própria condição humana e não se pode renunciar. ● intransmissibilidade: não se transmite a outra pessoa; ● absolutismo: podem ser opostos erga omnes (para todos); ● vitaliciedade: deixam de existir com a extinção da personalidade do titular; ● imprescritibilidade: a lesão a um direito não se consolida no tempo. ● extrapatrimonialidade: direitos de personalidade são proteção da pessoa. → Direitos de personalidade Pelo ordenamento jurídico, são direitos da personalidade: o direito à dignidade; o direito à liberdade; o direito à igualdade; o direito à segurança; o direito à cidadania; o direito à vida, o direito à integridade física e psíquica, o direito ao nome; o direito à imagem; o direito à inviolabilidade da vida privada; o direito à liberdade de pensamento e de expressão; o direito à propriedade; o direito a ser submetido ao justo processo; e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Dentre os direitos de personalidade, destacamos alguns, como o direito à vida, ao nome, ao próprio corpo, à honra, à liberdade e à imagem. A existência desses direitos se deu através do Direito Natural, assim, a inalienabilidade é uma característica essencial a eles. Os direitos de personalidades podem ser considerados Inatos (decorrem da simples existência do ser humano) ou adquiridos (consequência de algo que foi proporcionado pelo direito positivo). São divididos da seguinte forma: ● Direitos físicos: referentes à integridade corporal (direito à vida, à integridade física, ao corpo, à imagem e à voz). ● Direitos psíquicos: direitos à liberdade, à intimidade, à integridade psíquica e ao segredo. ● Direitos morais: direitos à identidade, à honra, ao respeito e às criações intelectuais. O artigo 12 do Código Civil estabelece que é com a cessação dos atos, que estejam desrespeitando a integridade física, moral ou intelectual do cidadão, que ocorre a proteção judicial. Além disso, é verificada a existência de lesão para os devidos ressarcimentos dos danos morais e patrimoniais que a vítima tenha sofrido. (adaptado) Por fim, no Código Civil, temos as seguintes regulamentações: direito ao corpo vivo ou morto (arts. 12, parágrafo único, e arts. 13 a 15), direito ao nome (arts. 16 a 19), direito à imagem (art. 20) e direito à privacidade (art. 21). Direito ao corpo vivo ou morto: Art 13 CC - a pessoa pode dispor do próprio corpo desde que não diminua sua integridade física e nem vá contra os bons costumes, apenas por exigência médica, como uma cirurgia de transplante. (adaptado) Art 14 CC - é válido, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Art 15 CC - ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. Elementos que compõem o nome civil Elementos essenciais: ● prenome: nome individual● nome: sobrenome ou apelido ● de família: identifica o indivíduo na sociedade Elementos secundários (podem ou não compor o nome) ● agnome: utilizada para diferentes parentes com o mesmo nome. Ex: júnior, filho, etc. ● alcunha ou epíteto: apelido Nome vocatário: parcelas do nome. Ex: Pontes de Miranda Títulos: ● honoríficos: barão, duque, etc. ● eclesiásticos ou nobiliárquicos: padre, pastor, bispo, etc. ● identidade oficial: promotor, defensor público, juiz, etc. ● títulos acadêmicos ou estudantis: doutor, mestre, especialista, etc. Direito ao nome: Art 16 CC - toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art 17 CC - o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Art 18 CC - sem autorização, não se pode usar nome alheio em propaganda comercial. Art 19 CC - o pseudônimo adotado para atividades lícitas, goza da proteção que se dá ao nome. Direito à imagem: Art 20 CC - uma pessoa pode proibir a divulgação de escritos, a transmissão da palavra ou a publicação, exposição ou utilização de sua imagem, a menos que seja necessária para a administração da justiça ou da manutenção da ordem pública. Também cabe indenização se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais. (adaptado) Direito à privacidade: Art 21 CC - a vida privada da pessoa natural é inviolável. → Ausência ● da curadoria dos bens do ausente (art 22 ao 25): Art 22 CC - se considera ausente aquele que desaparece de seu domicílio sem deixar notícias, nem designa representante ou procurador para administrar seus bens. O juiz, a requerimento de qualquer interessado, declarará a ausência e nomeará um curador. (adaptado) Art 23 CC - também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se seus poderes forem insuficientes. ○ Se o ausente deixar um procurador para administrar seus bens, e a pessoa não queira exercer essa função ou não puder, o juiz também nomeará um curador. Art 24 CC - O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. Art 25 CC - O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 1º - Em falta dos cônjuge, a curadoria dos bens incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. 2º - entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. 3º - Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. ● Da sucessão provisória ( art 26 ao 36): Art 26 CC - decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. ○ quando poderá ser aberta a sucessão provisória? 1 ano = curadoria 3 anos = se o ausente deixou procurador Art 27 CC - somente se consideram interessados: o cônjuge não separado judicialmente; os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; os credores de obrigações vencidas e não pagas. Sucessão definitiva Sucessão provisória 1. A pessoa é considerada morta 1. A pessoa é considerada ausente 2. Os herdeiros possuem a posse e a propriedade dos bens 2. Os herdeiros somente possuem a posse dos bens 3. Os herdeiros podem dispor dos bens da forma que bem entenderem 3. Os herdeiros não podem alienar os bens do ausente. Art 28 CC - a sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. Art 30 CC - Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. 1º - aquele que não puder prestar garantias, será excluído. (adaptado) 2º - os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. Art 31 CC - os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene juiz, para lhes evitar a ruína. Art 32 CC - empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. ○ Caso o ausente seja o autor de uma ação judicial ou seja réu, o sucessor provisório que o irá representar. Art 33 CC - O descendentes, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, e prestar anualmente contas ao juiz competente. Se o ausente aparecer e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos. Art 35 CC - Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo. Art 36 CC - Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono. ● Da sucessão definitiva (art 37 ao 39) Art 37 CC - Dez anos depois de passada em julgada a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. Art 38 CC - pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. Art 39 CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, ou sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. ○ o ausente terá direito aos bens existentes no estado em que se acharem; aos bens sub-rogados (bens trocados); ou ao preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados. 1º se o ausente não retornar e nenhum herdeiro promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do município ou do distrito federal. Das pessoas jurídicas: → Disposições gerais (art. 40 ao 52) As pessoas jurídicas não possuem uma realidade física, sendo apenas entidades com atribuições de personalidade colocadas por lei para que consigam exercer suas obrigações e adquirir os seus direitos. As pessoas jurídicas podem ser classificadas em pessoa jurídica de direito público (interno ou externo) ou de direito privado (art. 40 CC) 1) Pessoa jurídica de direito público: a) interno: a união; os estados, o distrito federal e os territórios; o município; as autarquias, as associações públicas; e as demais entidades de caráter público criadas por lei. (art. 41 CC) b) externo: os estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. (art. 42 CC) 2) Pessoa jurídica de direito privado: sociedades civis, religiosas, científicas, literárias; associações de utilidade pública; fundações; e sociedades mercantis. (art. 44 CC) Natureza jurídica da pessoa jurídica: ● Teoriasda ficção: Somente a pessoa natural pode ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil, por este motivo a pessoa jurídica seria uma criação artificial da lei. ● Teoria da realidade: a ideia de empresa surge da consciência dos indivíduos, que passam a atuar com o objetivo de atingir os fins sociais, adquirindo a personalidade moral. Quando a atuação desses indivíduos é reconhecida como o exercício de um poder juridicamente reconhecido, a instituição adquire personalidade jurídica. ○ teoria da realidade técnica: as pessoas jurídicas são reais, mas baseadas em uma realidade técnica. Art. 45 CC - começa a existência das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do poder executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. ○ Ou seja, a pessoa jurídica só vai existir legalmente quando se registrar e qualquer alteração no ato constitutivo deve ser registrada. Art. 46 CC - o registro declarará: a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social; o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; se os membros respondem pelas obrigações sociais; as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio. (adaptada) Art. 47 CC - as pessoas jurídicas manifestam seus interesses pelos atos de seus administradores. Os atos dos administradores obrigam a pessoa jurídica, mas somente os atos exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. ○ Teoria Ultra vires: todos os atos que os administradores exercerem além de seus poderes previstos no ato constitutivo, não obrigarão a pessoa jurídica. Art 48 CC - se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Parágrafo único - decai em três anos o direito de anular as decisões , quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. Art 49 CC - Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-à administrador provisório. Art 50 CC - em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente belo abuso. Art 51 CC - nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. § 1º A dissolução deve ser feita no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita. (adaptada) Art 52 CC - a proteção dos direitos de personalidade também se aplicam às pessoas jurídicas. → Das associações (art 53 ao 61) Art 53 CC - constituem-se as associações, pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. parágrafo único - não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Art 54 CC - Sob pena de nulidade, estatuto das associações conterá: I - a denominação (nome) da associação, os fins e a sede; II - os requisitos para a admissão, demissão ou exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; → como a associação vai se manter. V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos. → como será a administração dessa associação? com uma presidência? diretoria? departamentos? etc… VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. → exemplo: o que vai ser feito com o patrimônio da associação após a dissolução? Dissolução após a morte dos fundadores? tudo deve estar definido no estatuto. VII - a forma de gestão administrativa e a aprovação das respectivas contas. → a prestação de contas será mensal? anual? semestral?; o presidente poderá fazer despesas em nome da associação? Art 55 CC - os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. → exemplo: o presidente não pagará a mensalidade (vantagem especial). Art 56 CC - a qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. → Não posso transmitir para outra pessoa a qualidade de associado, se isso não estiver disposto no estatuto. Por exemplo, em uma associação de tênis, onde um dos requisitos é ser jogador de tênis profissional, não posso transmitir minha qualidade de associado a alguém que não jogue tênis, pois perderia a razão da associação. Parágrafo único - se um associado for titular de uma fração patrimonial da associação, e transferir essa fração para outra pessoa, essa transferência não torna a outra pessoa uma associada (exceto se estiver previsto no estatuto). (adaptada) Art 57 CC - a exclusão do associado é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direitos de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. → exemplos de justa causa: danificar o patrimônio da associação; ofensa física a outro associado; atitudes preconceituosas; condutas imorais; deixar de pagar as mensalidades; etc. → O associado excluído tem direito de defesa e de recurso, caso queira continuar associado. Art 58 CC - Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. Art 59 CC - compete privativamente à assembléia geral (a.g é quando reunimos todos os associados) : I - destituir os administradores; II - alterar o estatuto. → o estatuto pode prever outras atribuições para a assembleia geral. Parágrafo único: para reunir a assembleia geral deve ser feito um comunicado antecipado, e nesse comunicado deve constar qual a finalidade da reunião. (adaptada) Art 60 CC - a convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a ⅕ dos associados o direito de promovê-la. → o próprio estatuto deve determinar a forma de convocação (se será trimestral, anual, etc..), mas se a associação quiser convocar fora de hora, ela pode fazer isso mediante ⅕ dos associados. Art 61 CC - dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. (adaptado) § 1º - Os associados podem receber em restituição, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. (adaptado) § 2º - Não existindo no município, no estado, no distrito federal ou no território em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à fazendo do estado, do distrito federal ou da união. → Das fundações (art. 62 ao 69) Fundação é uma reunião de bens pertencentes a uma pessoa, destinados a uma finalidade. Esses bens constituem uma pessoa jurídica, e essa pessoa jurídica busca uma finalidade. Associação privada Fundação privada É a reunião de pessoas que se organizam para uma finalidade não lucrativa. É a dotação de bens livres, por meio de uma pessoa jurídica, para atingir uma finalidade. Art. 62 CC - para criar uma fundação, o seu instituidor fará por escritura pública (em vida) ou testamento (após a morte), uma dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Parágrafo único: a fundação somente poderá constituir-se para fins de: I - assistência social; II - cultura, defesa, conservação do patrimôniohistórico e artístico; III - educação; IV - saúde; V - segurança alimentar e nutricional; VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. VII - pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; VIII - promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; IX - atividades religiosas. Art 63 CC -
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