Buscar

Farmacologia Médica - Anticoagulantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
1 
 
Anticoagulantes 
- Primeira etapa da coagulação tem relação com o 
tampão plaquetário. 
 
- Nos Fármacos tem os fibrinolíticos que atuam 
desfazendo o coágulo inicialmente formado. 
Coagulo é formado com intuito de regeneração 
tecidual e após o coágulo deve ser desfeito. 
 
- Fármacos anticoagulantes têm aplicações em 
problemas cardiovasculares (prótese, bradicardia, ICC, 
IAM, doença valvular). Mas não são as únicas 
situações em que são utilizados. 
 
- Distúrbios Tromboembólicos: 
Elevada mortalidade e morbidade. 
Complicação de outras patologias (Câncer, 
Insuficiência cardíaca, Infarto Agudo do Miocárdio, 
Doença valvular reumática, aterosclerose coronária, 
cerebral e arterial periférica e de veias varicosas). 
 
Fatores de risco = tabagismo (aumenta síntese dos 
fatores de coagulação, aumenta a produção de radical 
livre, altera o endotélio vascular), gravidez (alteração 
hormonal), trauma, cirurgias (Contraindicação para 
trombolíticas – cirurgia recente), imobilizações 
prolongadas, uso de contraceptivos orais (chance 
pequena). 
 
- Coagulabilidade normal do sangue depende de 3 
fatores: 
 Endotelio vascular (participa ativamente 
desse processo, importante se manter 
integro. Paicente diabético por ex tem mais 
chances de ter problemas por não ter o 
endotélio tao integro) 
 Plaquetas (são anucleares. Alguns fármacos 
que se ligam de maneira covalente, vao 
manter uma ação prolongada – 7 a 10 dias, 
que é o tempo que a plaqueta vive. Ela 
demora a se originar novamente por não ter 
núcleo. É originada dos megacariócitos). 
 Cascata de Coagulação (o fígado produz os 
fatores da cascata de coagulação. Se a pessoa 
tem problema hepático agudo avalia AST/ALT 
que são substancias que são produzidas em 
menor tempo pelo fígado, já o problema 
hepático crônico avalia substancias que o 
fígado produz que fica mais tempo na 
coagulação – ex. albumina, tempo de 
protrombina) 
 
- TROMBOSE: 
 
Estado patológico em que se tem ativação 
inapropriada de processos hemostáticos, ou oclusão 
trombótica de um vaso após resposta exacerbada. 
Após ativada, a coagulação deve ser restrita ao local 
da lesão vascular. 
 
Predisposição à trombose – Tríade de Virchow 
1. Lesão ao endotélio vascular (Ex. tabaco) 
2. Estase venosa (Diminuição no fluxo 
sanguíneo) 
3. Alterações na constituição do sangue 
(hipercoagulabilidade) 
 
- CASCATA DE COAGULAÇÃO: 
 
 FORMAÇÃO DO TAMPÃO PLAQUETÁRIO 
Plaqueta normalmente esta em repouso dentro do 
vaso sanguíneo. O que a mantem em repouso são 
algumas substancias que estão no interior do vaso 
sanguíneo como o óxido nítrico e a prostaciclina. 
 
Prostaciclina é uma substancia produzida pela via que 
faz vasodilação e inibe agregação plaquetária. Quando 
atua na membrana da plaqueta, ativa a proteína Gs. O 
aumento de AMPciclico mantém a plaqueta em 
repouso. 
Óxido nítrico atua via GMP, vasodilatação. 
Tromboxano é produzido na plaqueta e tem ação de 
estimular agragação plaquetária e fazer 
vasoconstrição. Ativa o receptor Gi e ele inibe o 
aumento de AMPciclico, portanto tem ação contrária 
da Prostaciclina. Vem da mesma via da Prostaciclina. 
 
Plaqueta está em repouso, teve uma lesão endotelial. 
A partir do momento que endotélio se rompe há 
exposição da fibra de colágeno que tem fator de Von 
Willebrand. A partir do momento da lesão vascular, há 
exposição de sitio de ligação para a plaqueta ligada e 
ser ativada. A adesão plaquetaria Depende da 
turbulência do fluxo e adesão das plaquetas à fatores 
subendoteliais. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
2 
 
Plaqueta ativada libera tudo que ela tem: Grânulos de 
tromboxano A2, ADP, serotonina e PAF. Liberadas 
para formar uma “rede”. 
Primeiro tem a adesão plaquetária, depois ativação 
plaquetária e depois Aglutinação plaquetária (Tampão 
Plaquetário). 
 
Tromboxano A2 estimula a liberação de grânulos de 
cálcio que são essenciais para o processo de 
coagulação. Cálcio vai promover liberação de mais 
grânulos ainda. 
Tromboxano A2 estimula a expressão de receptores 
na membrana da plaqueta. Receptor de fibrinogênio 
que ajuda uma plaqueta se ligar na outra. 
A cascata de coagulação ativa o fibrinogênio em 
fibrina, deixando rígido. 
 
Cascata de coagulação esta acontecendo junto da 
agregação plaquetária. 
 
O tampão precisa ser dissolvido após o processo, pelo 
Plasminogênio que se transforma em plasmina. 
 
Quando o endotélio é lesionado ele expõe tanto o 
fator tecidual (que inicia a cascata de coagulação) 
quanto o Fator de von Willebrand. 
 
Tromboxano A2 atua no receptor da plaqueta em 
repouso acoplado a proteína Gq, ativa a via da 
proteína Gq (ativaão da fosfolipase C – DAG – Ativa 
proteína quinase C – ativa outra fosfolipase que faz 
com que o receptor da membrana seja expresso). 
Tromboxano A2 estimula a expressão do receptor na 
membrana da plaqueta. 
 
ADP estimula a agregação plaquetária. A diminuição 
do AMP cíclico ativa plaqueta. Pode ser ativado pela 
proteína Gi. O ADP atua diminuindo o nível de AMP 
cíclico para a plaqueta ficar ativada. 
 
Trombina tem ação na cascata de coagulação, na 
fibrinólise e agregação plaquetária. Ela é 
multifuncional. 
 
Cascata de coagulação tem duas vias: 
- Via Extrínseca: precisa acontecer dentro do corpo 
para não ter lesão tecidual. Acionada pela lesão 
tecidual que expõe o fator tecidual que ativa o fator 7 
e fator 7a, ativa o fator 10. 
 
- Via Intrínseca: acontece dentro e consegue 
acontecer fora do corpo. Ativa os fatores 12, 12a, 11, 
11a, 8 e 8a. 
Começa no próprio sangue. 
 
Fibrina é insolúvel e não consegue ser dissolvida na 
circulação. Para dissolver ela, precisa da ativação do 
plasminogênio tecidual. 
 
Hemostasia: fatores anticoagulantes e fatores 
coagulantes que trabalham com conjunto. 
 
- Trombina na cascata de coagulação: 
 Converte o fibrinogênio em fibrina, mas para 
isso a trombina precisa ser ativada pela 
cascata de coagulação. Consegue fazer essa 
ativação. 
 Ativa o fator 8, aumentando a estabilidade. 
 Amplifica a cascata de coagulação ao catalisar 
a ativação dos fatores VIII e V por 
retroalimentação. 
 Ativa plaquetas (plaquetas tem trombina). Ela 
libera grânulos contendo tromboxano, 
fazendo com que a plaqueta exponha 
receptor para tromboxano. 
 
- Fatores que limitam a formação de Trombo: 
 Prostaciclina PGI2: substancia produzida a 
partir do fosfolipídeo de membrana, 
Produzida fisiologicamente. É vasodilatadora, 
antiagregante (atua em uma proteína Gs). 
 Proteína C e proteína S – proteínas 
dependentes da vitamina K (fundamentação 
no papel de coagulação sanguínea, vitamina 
lipossolúvel). Inativação dos fatores de 
coagulação Va e VIIIa. Proteinas que são 
anticoagulantes dependem da vitamina K para 
serem produzidas. Vitamina K ajuda na síntese 
nos fatores de coagulação e antigoagulação – 
Hemostasia. 
 Fator que inibe o fator residual. 
 Antitrombina III: inibe ação da trombina 
(substancia coagulante). Inativa apropria 
trombina e alguns fatores de coagulação. Ela 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
3 
 
não consegue fazer isso sozinha, precisa de 
um co-fator – Heparina. Heparina é 
armazenada dentro de grânulos dentro de 
mastócitos, e ela aumenta a atividade da 
antitrombina. Se o paciente tem alguma 
hemofilia (não produz heparina), não adianta 
dar antitrombina para esse paciente. 
Há um anticoagulante injetável – Heparina 
que não interfere em resultados de exames, 
medicação tranquila de ser trabalhada por já 
ser fisiológico. Tem heparina não fracionada 
(alto peso molecular) e mais outros dois tipos. 
 Ativador de plasminogênio tecidual – 
consegue degradar a rede de fibrina. Clivagem 
proteolítica da fibrina em produtos de 
degradação da fibrina. Tem aplicação 
farmacológica– Trombolisar 
 
 
 FARMACOS QUE ATUAM NA CASCATA DE 
COAGULAÇÃO (nem todos são 
anticoagulantes): 
 
 - Antiplaquetários – inibidores de ciclo-oxigenase 
(COX), fosfodiesterase, da via do receptor ADP e 
antagonistas da GPIIb-IIIa. Prevenção formação de 
trombos; 
 - Anticoagulantes – varfarina, heparinas não 
fracionada e de baixo peso molecular; 
 - Trombolíticos – quebra o trombo. Utiliza em 
situações onde tem obstrução, abrir a luz do vaso. 
Prevenção de formação de trombos primária 
(primeiro evento, paciente hipertenso, obstrução 
arterial, prevenir eventos trombóticos) ou secundária 
(paciente que já infartou, prevenir eventos 
subsequentes). 
 
Quando paciente esta infartando, da um 
antiagregante plaquetário (AAS), para ter o objetivo 
de inibir a agregação plaquetária que esta se 
formando. Impedir que isso progrida. 
 
Plaquetas são os primeiros elementos hemostáticos 
nos locais de injúria vascular. 
 
Participam nas tromboses patológicas: Infarto do 
miocárdio, trombose vascular periférica, derrame 
cerebral e na púrpura trombótica trombocitopenica 
(TTP). 
 
Esses medicamentos são utilizados como marco no 
tratamento de doenças cardiovasculares. 
 
- ACIDO ACETIL SALICÍLICO (AAS – ASPIRINA): 
 
Inibidor do Tromboxano A2. 
 
Utilizado no manejo de distúrbios cardiovasculares. 
Interferem na síntese dos eicosanóides , bloqueando a 
produção de tromboxano A2 (agregador plaquetário e 
vasoconstritor) ao inativar a COX 1. 
 
Mecanismo de ação: provoca inativação completa da 
COX1 na dose de 160mg/dia; doses superiores inibem 
as prostaciclinas e prostaglandinas. 
 
 
 
Lipoxigenase – importante na asma. 
 
Ciclooxigenase (COX) – via importante do ponto de 
vista fisiológico e também patológico. Há dois tipos: 
tipo 1 (fisiológica) e tipo 2 (produzida por indução do 
processo inflamatório). A vasodilatação renal, anti-
inflamatório diminui, é causada por uma COX 1, 
fisiológica. O muco do estômago que protege, é 
produzido pela ação da COX1. COX transforma o ácido 
araquidônico em prostaglandina (via comum). Dessa 
prostaglandina, no final dessa via pode ter ou 
prostaciclina, ou tromboxano ou prostaglandina, para 
determinar o produto final vai depender do conteúdo 
enzimático. 
Na plaqueta é produzido o Tromboxano, quando essa 
via ocorre no interior da plaqueta, neste caso vai ser 
produzido tromboxano, que é produzida a partir da 
COX1. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
4 
 
Aspirina (ac. Acetil salicílico) é um AINES (anti-
inflamatório não esteroidal). Essa ação de inibição 
antiplaquetária é meio que geral de todos os 
antiinflamatórios. Mas neste caso, a aspirina se liga à 
COX 1 dentro da plaqueta, assim ela não consegue 
produzir tromboxano. Sem tromboxano, não terá o 
receptor superfície da plaqueta para agregação. Dessa 
forma ele será antiagregante por causa disso. 
AAS para manejo cardiovascular é a dose pediátrica – 
160 ate 325mg/dia. Isso ocorre por que em doses 
baixas tem seletividade pela COX1, dessa forma sendo 
melhor utilizada para evitar a agregação. Sem a 
seletividade, também haverá inibição da COX2 que 
não é o interesse neste caso. Sem a COX2, diminui 
prostaciclina no endotélio vascular, perde um pouco 
do efeito de antiagregação. 
A ligação do AAS com a COX1 é covalente, irreversível. 
Problema é que a plaqueta é anucleada, e não 
conseguirá mais produzir tromboxano, então o efeito 
dura o tempo que a plaqueta estiver na circulação (7 a 
10 dias), sendo importante na clinica. 
Cuidado para o paciente não ter hemorragia – 
principal efeito colateral. Pode ter salicilismo, 
alteração do equilibro ácido básico, síndrome de REYE 
(encefalopatia fulminante em crianças). 
 
Aspirina é Um dos únicos medicamentos que 
diminuem mortalidade e morbidade. 
 
- DIPIRIDAMOL: 
 
Inibidor da Fosfodiesterase (enzima que degrada 
AMPc e GMPciclicico). Mantém a plaqueta em 
repouso. 
 
Mecanismo de ação: aumenta a concentração de 
AMPc que inibe PAF (fator de agregação plaquetária), 
bloqueio de captação de adenosina pelas hemáceas. 
 
Uso: administração oral associado a aspirina reduz 
isquemia. 
Estudo com associação com a aspirina, tem potencial 
para diminuir isquemia, entretanto há maior chance 
do paciente ter Trombocitopenia (diminuição das 
plaquetas pela metade, abaixo de 150.000). 
 
 
- TICLOPIDINA e CLOPIDOGREL: 
 
Bloqueadores de Receptores de Adenosina. 
Fármaco importante junto com a Aspirina 
(potencializa o efeito – utilizado no pós infarto). Há 
estudos que demonstram que aumentam a vida do 
paciente. 
 
Receptor para adenosina (ADP) é o P2Y e o P2Y1. 
Adenosina é liberada fisiologicamente. Utilizada em 
cardioversão farmacológica, anti-inflamatória, por 
exemplo. 
 
Mecanismo de ação: pró-drogas bloqueadoras 
irreversíveis do receptor da adenosinadifosfato (ADP), 
responsável pela alteração do formato das plaquetas 
e sua agregação. 
Bloqueiam a ação do ADP e não deixa ele atuar. 
 
Farmacocinética: rápida absorção v.o. e 
biodisponibilidade ; efeitos após 8 a 10 dias da 
administração; inibição da agregação persiste após 
alguns dias da retirada 
 
São PRÓ-FÁRMACOS, precisa ser metabolizado para 
ser ativado. Metabolismo hepático. 
Absorção via oral boa, boa biodisponibilidade. 
Efeito permanente e fica depois que o medicamento é 
retirado. Importante em pacientes que vao fazer 
cirugia, talvez deva ter que aguardar uns 10 dias para 
evitar hemorragia. 
 
Associação do Clopidogrel com aspirina diminui 
mortalidade. 
 
Outra opção é o Ticagrelor, que é melhor que o 
Clopidogrel. 
 
- TIROFIBANA: 
 
Se liga ao receptor Glicoproteina (Gb) IIb e IIIa. 
Análogo de tirosina não peptídico. Subctancia 
sintética. Aplicável da mesma forma que o 
Abciximabe. 
 
Mecanismo de ação: ocupa o sítio de ligação do 
fibrinogênio inibindo agregação plaquetária. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
5 
 
Usos: administração i.v. seguida de infusão por 24hs 
no tratamento da síndrome coronariana aguda e na 
angioplastia. 
 
- ABCIXIMABE: 
 
É um antagonista do receptor da Gb IIb/IIIa. 
Anticorpo é produzido pelo linfócito B. Anticorpo 
monoclonal é especifico para um Ag. Na superfície do 
Ag tem varias estruturas que os Ac conseguem se ligar 
(epítopo). Quando o LyB vai reconhecer o Ag vai se 
ligar ao epítopo e produz Ac especifico para aquele 
sitio. Quando tem um soro para determinado Ag é 
policlonal (tem vários LyB produzindo Ac de vários 
tipos). 
A Abciximabe é um anticorpo multiclonal murino-
humano quimérico. Muito caro. Consegue ter uma 
vasodilatação maior. 
 
Ocupação de 50% dos receptores GPIIb-IIIa 
plaquetários pelo abciximabe diminui 
significativamente a agregação plaquetária. 
 
Tem meia vida de 24h, não sendo vantajoso quando 
comparado com aspirina. Ligação essencialmente 
irreversível. 
 
 FARMACOS ANTICOAGULANTES: 
 
- À semelhança dos agentes antiplaquetários, os 
anticoagulantes são usados tanto para prevenção 
quanto para tratamento de doenças trombóticas. 
 
- Utilizado para prevenção, mas principalmente no 
processo de cirurfia, pos cirúrgico, situações que não 
tem problema em formação de trombo. 
 
- São dirigidos para vários fatores na cascata de 
coagulação, interrompendo, assim, a cascata e 
impedindo a formação de uma rede de fibrina estável 
(tampão hemostático secundário). 
 
- Tem Via oral (ex: Antagonistas Vitamina K), via 
parenteral (Ex. Heparina). 
 
 
 
- VITAMINA K: 
 
Importante para síntese hepática dos fatores de 
coagulação II, Vii, IX, X. 
Tem potencial tanto para coagulação e para 
anticoagulação. 
Co-fator para a produção de proteína C e S. 
Promove a carboxilação de resíduos de glutamato - 
fundamental para a interação com o cálcio. 
 
- ANTICOAGULANTES ORAIS: 
 *Derivados de Hidróxicumarina: 
VARFARINA 
DICUMAROL 
FENINDIONAVarfarina tem vantagens em relação ao custo, mas há 
inconvenientes. 
Varfarina é ANTAGOSNISTA DE VITAMINA K, a pessoa 
não consegue mais sintetizar fatores de coagulação. 
Se já tiver fatores já pré-formado, ela não consegue 
atuar. Devido a isso, não utilizar em situações agudas. 
Inicio de ação tardio, ate 24h. Ideal neste caso é 
utilizar Heparina e depois a Varfarina como 
manutenção do efeito que a heparina está causando. 
Varfarina tem alto peso molecular, liga muito em 
proteína plasmática (ate 99%). A ligação proteino-
plasmática faz com que fique retida dentro do vaso 
sanguíneo, isso é bom para ação no sangue. Qualquer 
situação que altere um pouco a ligação da varfarina à 
albumina, pode causar hemorragia. Se paciente tem 
hepatopatia, deve ser ajustada a dose. Se há 
diminuição de proteína, há aumento da fração livre do 
medicamento. 
Se há doença renal, rim normalmente não deixa a 
proteína passar. Se há doença, há proteinuria, assim 
diminui a quantidade de proteína no sangue e 
aumenta a fração livre do fármaco. 
Tem muita interação com o citocromo P450 do fígado. 
 
Tem teratogênese e pode causar hemorragia 
intracraniana no bebê. 
Medicamento de escolha para gravidas é a Heparina. 
 
 
 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
6 
 
 
Fármacos que diminuem o metabolismo hepático da 
Varfarina, assim fica mais tempo ativa (aumentam a 
chance de sangramento): Hidrato de Cloral, 
Amiodarona, clopidogrel, etanol, fluconazol, 
fluoxetina, metronidazol, sulfametoxazol, antibióticos 
de amplo espectro, esteroides anabolizantes (quadro 
abaixo). 
 
 
Fatores que potencializam os anticoagulantes orais: 
1. Doença: hepatopatia, condições nas quais 
ocorre elevação da taxa metabólica, como a 
febre e tireotoxicose (aumento dos 
hormônios tireoide) 
2. Fármacos: cimetidina, imipramina, 
cotrimoxazol, cloranfenicol, ciprofloxacina, 
metronidazol, amiodarona e muitos azóis 
antifúngicos. 
3. Farmacos que inibem a função plaquetária: 
AINES 
4. Substancias que diminuem a disponibilidade 
de vitamina K: ATB de amplo espectro e 
algumas sulfonamidas. 
 
Na varfarina, o cuidadoso equilíbrio - dose que não 
modifica a coagulação indesejável, e o uso de uma 
quantidade excessiva, causando hemorragia. 
 
Monitorar efeito através da determinação do Tempo 
de protrombina - expresso como Relação Normalizada 
Internacional – RNI. 
Ideal ajustar a dose de acordo com o RNI, entre 2 e 4 
de acordo com a situação clinica. 
 
Paciente tomando varfarina e começa a sangrar muito 
(agudo), deve ser feita transfusão (plasma congelado 
– parte liquida com fibrinogênio – já com fator de 
coagulação pronto, ou sangue total). 
 
 
- ANTICOAGULANTES INJETÁVEIS (classificação não 
tão utilizada): 
 
HEPARINA 
 
Grânulos no interior de mastócitos. Heparina serve 
como solução anticoagulante. 
 
Após liberação aumenta a velocidade em 1000x da 
ligação entre antitrombina III e trombina agindo como 
um catalisador na reação de inativação da trombina. 
 
Heparina não fracionada (alto peso molecular) – 
normal: retirada de intestino de porco e pulmão 
bovino – tecidos ricos em mastócitos. Origem animal. 
Outra espécie, mas diferente da insulina, não da 
reação alérgica. 
 
Heparina de baixo peso molecular: preparado pelo 
processo de cromatografia por filtração em gel, e seus 
pesos moleculares variam de 1 a 5 kDa. 
 
Diferença das heparinas é no tamanho e na ação. 
A heparina não fracionada se liga tanto a 
antitrombina, quanto ao fator Xa (via comum). 
A heparina de baixo peso só consegue ligar ao fator 
Xa. 
A heparina não fracionada é mais ativa, porque 
consegue inibir tanto a trombina quanto o fator Xa. 
 
Heparina é um co-fator. Precisa da atividade da 
antitrombina. Se paciente não tem antitrombina por 
algum motivo (problemas hepáticos, cirrose hepática, 
síndrome nefrótica e coagulação intravascular 
disseminada) a heparina não tem efeito. A atividade 
dela precisa da antitrombina. 
 
A heparina é administrada via parenteral (intravenosa 
– mais rápida, imediata; subcutânea – mais devagar 
absorção, ação após 1h). Depende da necessidade. 
Via oral não é absorvida. 
 
Dada em dose USP. Heparina sintetizada, a ação dela 
é confrontada com o padrão. Mede a força da 
heparina que vem do animal em diminuir a força de 
coagulação. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
7 
 
Como a heparina não fracionada se liga muito a 
proteína plasmática, pode ter variação de absorção, 
mais difícil de trabalhar com ela. Deve dosar TTPa - 
tempo de tromboplastina parcial ativada para ajustar 
a dose (dificuldade). 
Devido a isso a heparina mais utilizada é a 
FRACIONADA (baixo peso molecular), devido a 
facilidade de uso. 
 
Tem antidoto para Heparina: SULFATO DE 
PROTAMINA. 
Se o paciente esta muito anticoagulado, pode dar o 
sulfato de protamina para inibir a heparina. 
 
Indicações terapêuticas: 
• na circulação extra-corpórea 
• na trombose venosa 
• na profilaxia da trombose venosa (s.c.) 
• coagulação intravascular disseminada 
• coágulos na gravidez* - indicar a fracionada. 
Orientar a paciente 24h antes do parto, parar de 
tomar a heparina para evitar hemorragia 
intracraniana. 
 
Pode gerar Trombocitopenia (plaquetopenia), 
principalmente nos primeiros dias de uso (transitória, 
após 2-14 dias de tratamento). Para avaliar se é 
induzido pelo medicamento, deve dosar a plaqueta 
antes do inicio do uso do medicamento. 
Pode ter alteração hepática, osteoporose, diminui 
síntese de aldosterona. 
 
Heparina de Baixo Peso Molecular: 
ENOXAPARINA 
DALTEPARINA 
TINZAPARINA 
São fragmentos da heparina obtida por 
despolimerização (1/3 do PM). Adm subcutânea, não 
prolonga TTPa. Eliminação renal 
Menor incidência de trombocitopenia induzida por 
drogas. 
A HBMM (heparina de baixo peso molecular) não 
atravessa a placenta e não apresenta efeitos 
teratogênicos. 
 
Interações Medicamentosas: Alterações 
farmacocinéticas (Amiodarona, cimetidina, fluconazol, 
metronidazol) – aumentam o efeito anticoagulante. 
 
Fondaparinux é um análogo sintético da heparina 
fracionada, caro. Administração parenteral. Sulfato de 
protamina não consegue antagonizar o Fondaparinux 
por ser uma molécula sintética. 
 
- Medicamentos Alternativos e Novos Fármacos: 
Estão no mercado desde 2015. 
 
Inibidores diretos da Trombina (IIa): 
DABIGATRANA 
É um Pró-fármaco, deve ser metabolizada para ser 
ativa. Anticoagulante oral. Meia vida menor 
(vantagem), chance de sangramento menor, 
possibilidade de manejo em relação às doses. Custo 
alto como desvantagem. 
Utilizados em cirurgias de ortopedia e na fibrilação 
atrial. 
Início de ação 2h, meia vida de 14 a 17 horas (2 a 3 
adm dia). Excreção 80% renal – não é bom para 
pessoas com problema renal (Apixabana é melhor 
para paciente com problema renal). 
Dialisável, consegue retirar o medicamento de quem 
esta fazendo hemodiálise. 
Antidoto: Idarucizumabe. 
Seguro para ser utilizado. 
 
Inibidores do Fator Xa: 
 
RIVAROXABANA 
 
Início de ação 2 a 3 horas – uso oral. 
Meia vida 5-9 horas (11-13h em idosos). 
Excreção biliar, bom para pacientes com problemas 
renais. 
 
Interação: cetoconazol, claritromicina, eritromicina 
(aumentam os níveis 30-100%) 
Contraindicada em uso associado com anti-micoticos 
azólicos sistêmicos, inibidores de protease. 
 
 
 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Set. 2021. 
8 
 
Interações: 
 
 
APIXABANA 
 
Melhor opção para paciente problema renal. 
Inicio de ação 3h. 
Meia vida 8-14 horas 
Excreção biliar / fecal (75%), renal (25%). 
Sem interação medicamentosa significativa. 
 
Antídoto: Andexanet alfa (AndexXa) 
 
 
 FARMACOS TROMBOLÍTICOS: 
 
São utilizados agentes trombolíticos para a lise de 
coágulos já formados, propiciando, assim, a 
recanalização do vaso obstruído antes que ocorranecrose tecidual distal. 
 
Todos atuam direta ou indiretamente convertendo 
plasminogênio em plasmina, que, então, hidrolisa a 
fibrina, lisando, assim, os trombos. 
 
 
 
 
 
 
- ESTREPTOQUINASE: 
 
Proteína produzida por estreptococos β- hemolíticos, 
como um componente do mecanismo de destruição 
tecidual desses microrganismos. 
 
Mecanismo de ação: liga-se ao plasminogênio 
(alteração conformacional ) ↑plasmina (digestão da 
fibrina) 
 
Toxicidade: hemorragias (riscos em >75 anos ); 
anafilaxia e febre. 
 
Uso único, a partir da segunda vez pode dar anafilaxia, 
febre, pois o corpo entenderá que é um antígeno. 
Hipersensibilidade tipo I. 
 
- ATIVADOR DO PLASMINOGÊNIO TISSULAR (tPA): 
 
Produzida por técnica de DNA recombinante 
Principal é a ALTEPLASE. 
 
Mecanismo de ação: liga-se a fibrina e ativa conversão 
plasminogênio em plasmina. 
Vantagens, pois a estreptoquinase se liga a qualquer 
trombo (geral), e neste caso da Alteplase ele liga-se a 
trombos recém-formados (frescos) com alta afinidade, 
provocando fibrinólise no local do trombo, 
principalmente no inicio do infarto. Não é antigênico. 
 
Eficaz para lisar os trombos durante tratamento do 
infarto agudo do miocárdio. 
Uso em IAM e trombose coronariana. 
 
Contraindicações: 
 
• até 10 dias do pós-cirúrgico 
• sangramento no TGI últimos 3 meses 
• antecedente de acidente vascular cerebral 
• desordens hemorrágicas 
• paciente hipertenso 
Não utilizar em pacientes que acabaram de realizar 
cirurgia, AVC hemorrágico.

Continue navegando