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Roleta A Roleta B FIGURA 2.5 Você pode girar A duas vezes, B duas vezes ou A e depois B. Qual opção lhe dá a melhor chance de obter um vermelho e um azul? FIGURA 3.1 Nós usamos as ideias que já temos (pontos azuis) para construir uma nova ideia (ponto vermelho), desenvolvendo neste proces- so uma rede de conexões entre elas. Quanto mais ideias forem usadas e mais conexões forem formadas, melhor a nossa compreensão. V V Az Az Am Am FIGURA 2.6 Um diagrama de árvore para a roleta A na Figura 2.5. VM AZ VD Roleta A Roleta B AM VM AZ AZ AZ AM VD FIGURA 2.7 Um quadrado mostra a chance de obter cada cor para as roletas na Figura 2.5. azu l ver me lho Par tida Topo FIGURA 23.1 Os estudantes fazem um rodízio girando uma roleta e re- gistrando os resultados. A primeira cor que alcançar o topo é a vencedora. O mesmo jogo pode ser jogado com outros dispositivos randômicos. Compreensão relacional Compreensão instrumental Contínuo da compreensão FIGURA 3.4 A compreensão é uma medida da qualidade e da quantidade de conexões que uma nova ideia tem com as já existentes. Quanto maior o número de conexões a uma rede de ideias já desenvolvida, melhor a compreensão. Muito improvável Muito provávelIgualmente provável Chances de obter a cor azul Impossível Com certeza FIGURA 23.4 A linha de probabilidade ou “linha das chances”. Use essas diferentes faces de roleta para ajudar os alunos a perceber como a chance poder estar em lugares diferentes ao longo de uma quantidade contínua entre o Impossível (0) e a Certeza (1). www.grupoa.com.br CONHECIMENTO MATEMÁTICO John A. Van de Walle Jo hn A . Va n d e W a lle Jo hn A . Va n d e W a lle M ATEM Á TIC A N O EN SIN O FUN D A M EN TA L John A. Van de Walle NO ENSINO FUNDAMENTAL FORMAÇÃO DE PROFESSORES E APLICAÇÃO EM SALA DE AULA N O EN SIN O FUN D A M EN TA L 6ª edição MATEMÁTICA M ATEM ÁTIC A MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL FORMAÇÃO DE PROFESSORES E APLICAÇÃO EM SALA DE AULA Matemática no ensino fundamental apresenta ideias e discussões de profundidade inigualável para orientar os estudantes em formação que irão ensinar matemática e para ajudar os alunos de ensino fundamental a desenvolver uma compreensão real da disciplina aplicada em sala de aula. John A. Van de Walle, um dos principais especialistas em como as crianças aprendem matemática, observa que 80% dos estudantes que compram este livro o mantém como referência quando começam suas carreiras profissionais como professores. O texto reflete os benefícios da instrução construtivista – ou centrada no aluno – em matemática. Além disso, é estruturado de forma a proporcionar o máximo de flexibilidade, contendo 24 capítulos compartimentados e breves, que podem ser misturados e combinados para se adaptarem a qualquer disciplina ou abordagem de ensino. Destaques: • Principal livro-texto mundial para professores de matemática. • Fundamentação teórica completa para formação de professores. • Propostas práticas eficazes para ensino em sala de aula. • Parâmetros para avaliação de aprendizagem. • Indicação de bibliografia e sites totalmente adaptados para a língua portuguesa. Conheça também BOALER, J. Mentalidades matemáticas: estimulando o potencial dos estudantes por meio da matemática criativa, das mensagens inspiradoras e do ensino inovador BOALER, J. O que a matemática tem a ver com isso? Como professores e pais podem transformar a aprendizagem da matemática e inspirar sucesso BOALER, MUNSON & WILLIAMS Mentalidades matemáticas na sala de aula: ensino fundamental BRIZUELA, B. Desenvolvimento matemático na criança: explorando notações HUMPHREYS & PARKER Conversas numéricas: estratégias de cálculo mental para uma compreensão profunda da matemática POSAMENTIER & KRULIK A arte de motivar os estudantes do ensino médio para a matemática SMOLE, K. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar SMOLE & DINIZ (Orgs.) Coleção mathemoteca – vols. 1 a 6 SMOLE, DINIZ & CÂNDIDO Cadernos do Mathema: jogos de matemática de 1º a 5º ano – ensino fundamental SMOLE, DINIZ & MILANI Cadernos do Mathema: jogos de matemática de 6º a 9º ano – ensino fundamental SMOLE, DINIZ, PESSOA & ISHIHARA Cadernos do Mathema: jogos de matemática – ensino médio SUTHERLAND, R. Ensino eficaz de matemática WALL, E. Teoria dos números para professores do ensino fundamental 03701_VAN-DE-WALLE_Matematica_no_ensino_fundamental.indd 1 07/06/2019 17:22:22 V217m Van de Walle, John A. Matemática no ensino fundamental : formação de professores e aplicação em sala de aula [recurso eletrônico] / John A. Van de Walle ; tradução: Paulo Henrique Colonese. – 6. ed. – Porto Alegre : Penso, 2009. Editado também como livro impresso em 2009. ISBN 978-85-8429-028-4 1. Matemática – Ensino fundamental. 2. Conceitos numéricos. 3. Senso numérico. 4. Operações. I. Título. CDU 51:373.3 Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147 capítulo 3 Desenvolvendo Compreensão em Matemática Se a criação de redes conceituais que constituem o mapa da realidade de cada indivíduo – incluindo sua compreensão ma- temática – é o produto de atividade construtiva e interpretativa, então, conclui-se que não importa o quanto de forma clara e pa- ciente os professores expliquem aos seus alunos, eles não podem compreender por seus alunos. Schifter e Fosnot (1993, p. 9) É comumente aceito entre educadores e matemáticos que os alunos devem compreender a matemática (Hiebert e Carpenter, 1992). A teoria mais amplamente aceita, conhecida como construtivismo, sugere que as crianças devem ser partici- pantes ativas no desenvolvimento de sua própria compreensão. O construtivismo nos proporciona insights sobre como as crianças aprendem matemática e nos orienta sobre o uso de estratégias educacionais que partem das próprias crianças em vez de nós mesmos (professores). Uma visão construtivista da aprendizagem O construtivismo está fi rmemente enraizado na escola de psi- cologia cognitiva * e nas teorias de Piaget inicialmente formuladas desde os anos de 1960. O construtivismo ** rejeita a noção de que * N. de T.: A psicologia cognitiva é uma escola de pensamento em psico- logia que examina os processos mentais internos tais como resolução de problemas, memória e linguagem. Tem suas fundações na Psicologia de Gestalt de Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka e no trabalho de Jean Piaget, que forneceu uma teoria de estágios e fases para descrever o desenvolvimento cognitivo das crianças. Uric Neisser cunhou o termo psicologia cognitiva em seu livro Cognitive psychology (1967), onde Neis- ser caracteriza as pessoas como sistemas dinâmicos de processamento de informação cujas operações mentais podem ser descritas em termos com- putacionais. Ele também enfatiza que a mente possui uma certa estrutura conceitual. ** N. de T.: Após a criação do Centro Internacional de Epistemologia Gené- tica (1955), em Genebra, Piaget usa pela primeira vez a expressão “epis- temologias construtivistas” para caracterizar uma visão construtivista do conhecimento. as crianças sejam “quadros de giz em branco”. Elas não absorvem as ideias enquanto os professores as apresentam. Ao contrário, as crianças são as criadoras de seu próprio conhecimento. *** A construção de ideias A doutrina básica do construtivismo é simplesmente esta: As crianças constroem o seu próprio conhecimento. De fato, não só as crianças, mas todas as pessoas, todo o tempo, constroem ou dão signifi cado às coisas que percebem ou sobre as quais pen- sam e operam. Ao ler essas frases, você está dando signifi cado às mesmas. Você está construindo ideias. Construir ou formar algo no mundo físico requer instru- mentos, materiais e esforço. O modo como construímos ideias pode ser considerado de uma maneira análoga. Os instrumentos que usamos para construir a compreensãosão as nossas ideias já existentes, o conhecimento que já possuímos. Os materiais so- bre os quais atuamos **** para construir compreensão podem ser as coisas que vemos, ouvimos ou tocamos – os elementos de nos- so ambiente físico. Às vezes os materiais são os nossos próprios pensamentos e ideias. O esforço que deve ser fornecido é o do pensamento ativo e refl exivo. Se as mentes não estiverem pen- sando ativamente, nada acontece. O diagrama na Figura 3.1 representa uma metáfora para a construção de ideias. Considere o quadro como sendo uma pe- quena seção de nossa composição cognitiva. Os pontos azuis representam as ideias existentes. As linhas que unem as ideias representam nossas conexões lógicas ou relações que foram de- senvolvidas entre as ideias. O ponto vermelho é uma ideia emer- gente, que está sendo construída. Quaisquer ideias existentes (pontos) usadas na construção serão necessariamente conectadas a uma nova porque essas foram as ideias que deram signifi cado a nova ideia. Se uma ideia potencialmente relevante que acrescen- taria um melhor signifi cado à nova ideia não estiver presente na mente do estudante ou não estiver ativamente envolvida, então aquela conexão potencial com a nova ideia simplesmente não será construída. Obviamente, os aprendizes terão variações na *** N. de T.: Criança não é absorvente, é construtora de ideias. **** N. de T.: Operamos, no sentido de Piaget. Matemática no Ensino Fundamental 43 quantidade de conexões entre uma nova ideia e as preexistentes. Diferentes aprendizes usarão diferentes ideias para dar signifi ca- do à mesma nova ideia. O que é signifi cativo é que a construção dessa certamente será diferente para cada aprendiz, até mesmo dentro de um mesmo ambiente ou de uma mesma sala de aula. Construir conhecimento é um esforço extremamente ativo por parte do aprendiz (Baroody, 1987; Cobb, 1988; Fosnot, 1996; von Glasersfeld, 1990, 1996). Construir e compreender uma nova ideia requer pensar ativamente sobre a mesma. E pensar em “Como isso se ajusta ao que eu já sei?” e em “Como eu posso compreen- der isso em face de minha atual compreensão dessa ideia?”. As ideias matemáticas não podem ser “despejadas” em um estudante passivo. As crianças devem estar mentalmente ativas para que a aprendizagem aconteça. Nas salas de aula, as crianças devem ser encorajadas a refl etir sobre as novas ideias, a trabalhar para ajustá- -las às redes conceituais existentes e desafi ar suas próprias ideias ou as ideias de outros. Resumindo, construir conhecimento requer pensamento refl exivo, pensar ativamente sobre ou trabalhar men- talmente em uma ideia. O pensamento refl exivo signifi ca peneirar as ideias já existentes para encontrar aquelas que pareçam ser as mais úteis ao dar signifi cado às novas. As redes integradas ou esquemas cognitivos são tanto pro- duto da construção de conhecimento quanto ferramentas com as quais o novo conhecimento pode ser construído. Conforme ocor- re a aprendizagem as redes são reorganizadas, acrescidas ou, em caso contrário, modifi cadas. Enquanto houver pensamento ativo e refl exivo, os esquemas estão constantemente sendo modifi ca- dos ou mudados de modo que as ideias se ajustem melhor com o que já é conhecido. Os princípios gerais de construtivismo estão baseados em grande parte nos processos de Piaget de assimilação e de acomo- dação. A assimilação se refere ao uso de esquemas já existentes para dar signifi cado às experiências. A acomodação é o proces- so de alterar os modos existentes de ver as coisas ou ideias que contradizem ou não se ajustam aos esquemas existentes. Através do pensamento refl exivo ou intencional, as pessoas podem mo- difi car os seus esquemas existentes para acomodar essas ideias (Fosnot, 1996). Exemplos de construção de aprendizagem Considere os métodos de resolução de duas crianças na 4 a série às quais foram ensinados os signifi cados das operações e ti- nham desenvolvido uma boa compreensão dos conceitos de valor posicional, alguns dos “pontos” que as crianças tinham à sua dis- posição. Ambas as crianças eram de escolas predominantemente urbanas onde uma abordagem fortemente construtivista do ensi- no da matemática tinha sido utilizada durante vários anos. Elas foram desafi adas a resolver o seguinte problema: “Quatro crian- ças tinham 3 sacos de balas M&M’s. Elas decidiram abrir todos os 3 sacos de balas e compartilhar igualmente os M&M’s. Havia 52 balas M&M’s em cada saco. Com quantas balas M&M’s cada criança fi cou?” (Campbell e Johnson, 1995, p. 35-36). As solu- ções são mostradas na Figura 3.2. Ambas as crianças puderam determinar o produto 3x52 mentalmente. As duas crianças usaram ferramentas cognitivas diferentes para resolver o problema de 156 ÷ 4. Marlena interpre- tou a tarefa como “Quantos conjuntos de 4 podem ser feitos com 156?”. Primeiro, ela usou fatos básicos fáceis ou que estavam disponíveis para ela: 10x4 e 4x4. Estes totais ela subtraiu de 156 até que ela fi cou com 100. Isto parece ter lhe sugerido usar 25 quatros. Marlena não hesitou em somar o número de conjuntos de 4 que ela encontrou em 156 e descobrir que a resposta era 39 doces para cada criança. A abordagem de Darrell estava mais diretamente relaciona- da ao contexto de compartilhar do problema. Ele formou quatro colunas e distribuiu quantidades a cada uma, acumulando mental e oralmente as quantidades enquanto escrevia os números. Como Marlena, Darrell usou números que eram fáceis ou acessíveis para ele; primeiro 20 para cada, depois 5, então 10 e então, uma série de unidades. Ele somou uma das colunas sem hesitar (Ro- wan, 1995). Se a rapidez e a profi ciência de cálculo fossem sua meta, você poderia estar tentado a argumentar que as crianças precisa- riam de instrução adicional. Mas ambas as crianças construíram ideias claras e que tinham signifi cado para elas sobre o cálculo. Elas demonstraram confi ança, compreensão e uma convicção de que poderiam resolver o problema. Em comparação com essas duas crianças, considere uma criança na 3 a série em uma sala de aula tradicional. Ela fez um erro bastante comum de subtração, como mostrado na Figura 3.3. O problema que aparecia em uma Ficha de Trabalho de ma- temática era “de subtração” e a turma estava fazendo cálculos de subtração com “empréstimo”. Esse contexto limitou a escolha dos modos de dar signifi cado à situação (os “pontos” que ela pro- vavelmente usaria). Mas, esse problema era um pouco diferente FIGURA 3.1 Nós usamos as ideias que já temos (pontos azuis) para construir uma nova ideia (ponto vermelho), desenvolvendo neste processo uma rede de conexões entre elas. Quanto mais ideias forem usadas e mais conexões forem formadas, melhor a nossa compreensão. (ver primeira orelha) 44 John A. Van de Walle das ideias existentes da criança de “pegar emprestado”. A próxi- ma coluna continha um 0. Como ela podia tirar 1 de 0? Essa par- te era diferente e criou uma situação que para ela se tornaria uma resolução de problemas. A criança decidiu então que “a próxima coluna” devia signifi car a próxima que tivesse algo nela. Então, “pegou emprestado” do 6 e ignorou o 0. Essa criança usou suas ideias existentes e atribuiu um signifi cado próprio para a regra do “pegar emprestado da próxima coluna”. As crianças raramente dão respostas aleatórias (Ginsburg, 1977; Labinowicz, 1985). As suas respostas tendem a criar signi- fi cados em termos de suas perspectivas pessoais ou em termos do conhecimento que estão usando para dar signifi cado à situação. Em muitas instâncias, o conhecimento existente das crianças está incompleto ou inexato, ou talvez o conhecimento que pressu- pomos já estar elaborado, simplesmente, ainda não tenha sido construído. Em tais situações, como no atual exemplo, um novo conhecimento pode ser construído de forma inacurada. A construção do conhecimento na aprendizagemmecânica O construtivismo é uma teoria (explicação) sobre como nós aprendemos. Se estiver correta, então é assim que toda a apren- dizagem ocorre independente de como ensinamos. Nós não po- demos propor que as crianças aprendam construtivamente em al- guns dias e não em outros. Até mesmo a aprendizagem mecânica é uma construção. Mas, que ferramentas ou ideias são usadas para construir conhecimento em uma aprendizagem mecânica? O conhecimento construído mecanicamente está conectado a quê? As crianças que procuram um jeito de lembrar que 7 × 8 = 56 podem notar que os pares de números (5 e 6) e (7 e 8) estão em ordem. Ou elas podem conectar o número 56 àquele “fato difícil” da multiplicação, pois o valor 56 aparece apenas uma única vez na tabuada de multiplicação (como também ocorre em 6 × 9 = 54). A repetição de um procedimento rotineiro pode ser conectada a um “mantra” – algo tipo recitar uma regra para memorizá-la, como em “Divide, Multiply, Subtract and Bring down”*. Esta sequência tem sido até mesmo relacionada ao mnemônico “Dirty Monkeys Smell Bad”. Novas ideias aprendidas dessa maneira são conectadas à coisas que difi cilmente poderiam ser chamadas de matemáticas. E elas não são integradas às redes de ideias matemáticas. Cada parte do conhecimento recém-aprendido está essencialmente isolada. Os conhecimentos mecânicos quase nunca contribuirão para uma rede útil de ideias. A aprendizagem mecânica pode ser pensada como uma “construção fraca” (Noddings, 1993). Quando ideias matemáticas são usadas para criar novas, são formadas redes cognitivas úteis. Voltando ao exemplo do produto 7 × 8, imagine uma turma onde as crianças discutam e compar- tilhem modos inteligentes para compreender esse produto. Uma criança poderia pensar em 5 “oitos” e depois mais 2 “oitos”. Ou- * N. de T.: Em inglês as duas frases são compostas por palavras com as mesmas iniciais: D, M, S e B – o que ajuda no processo de memorização. FIGURA 3.2 Duas crianças na 4a série constroem soluções inéditas para um cálculo. Fonte: Reimpresso com permissão de P. F. Campbell e M. L. Johnson. How primary students think and learn (Como as crianças nas séries ini- ciais do EF pensam e aprendem) publicado em Prospects for school ma- thematics (Perspectivas para a matemática escolar) de I. M. Carl (Ed.) (p. 21-42), Direitos autorais © 1995 pelo National Council of Teachers of Mathematics. “Não tem nada na coluna seguinte, assim eu peguei emprestado do 6.” FIGURA 3.3 As crianças, às vezes, inventam signifi cados in- corretos estendendo as regras parcialmente compreendidas. Matemática no Ensino Fundamental 45 tra pode já ter aprendido 7×7 e notado que basta somar mais sete. Ainda outra poderia considerar uma lista de 8 “setes”, e tomar a metade deles (4×7) e dobrar esse resultado. Isso pode conduzir à noção de que dobrar 7 é 14, e dobrar isso é 28, e dobrar isso é 56. Nem toda criança construirá 7×8 usando todas estas abordagens. Porém, a discussão da turma traz à tona uma ampla variedade de “pontos” matemáticos úteis de modo que haja um potencial para possíveis novas construções e elaborações. Compreensão É possível dizer que nós sabemos ou não sabemos algo. Quer dizer, uma ideia é algo que nós conhecemos ou não conhe- cemos. Compreender é outra questão. Por exemplo, a maioria dos estudantes nas 4 a e 5 a séries sabe algo sobre frações. Dada a fração 68, quase todos os estudantes nesse nível poderão ler a fra- ção corretamente e identifi car o 6 e o 8, respectivamente como o numerador e o denominador. Mas eles podem ou não ser capazes de explicar o que o 6 e o 8 nos informam sobre a fração. Muitos estudantes saberão que esta fração é maior que 12. Alguns pensa- rão que é uma fração “grande” porque os números são ambos um pouco maiores comparados aos números em 12 ou 2 3. Que a fração é equivalente a 34 também é uma conexão razoavelmente comum para estudantes na 5 a série fazerem. Porém, estudantes diferentes podem ter compreensões diferentes do que signifi ca ser equivalente. Eles podem saber que 68 pode ser reduzido a 3 4, mas não compreender que 34 e 6 8 são números idênticos; pode ser mais difícil para eles ver a equivalência de 68 e 9 12. Alguns podem pensar que reduzir 68 torna este um número menor. E aqueles com uma compreensão melhor serão capazes de explicar usando uma variedade de modelos que frações equivalentes representam a mesma quantidade. Você poderia facilmente expandir o alcance das ideias que os alunos geralmente conectam ao seu conceito individualizado de frações – algumas delas estão corretas, outras não. Cada estudante traz um conjunto diferente de pontos ao seu conhecimento de frações. Cada um “compreende” frações de um modo diferente. A compreensão pode ser defi nida como uma medida da qualidade e da quantidade de conexões que uma ideia tem com as já existentes. Compreender nunca é uma proposição “ou tudo ou nada”. Ela depende da existência de ideias apropriadas e da criação de novas conexões (Backhouse, Haggarty, Pirie e Sttat- ton, 1992; Davis, 1986; Hiebert e Carpenter, 1992; Janvier, 1987; Schroeder e Lester, 1989). Um modo de pensarmos sobre a compreensão de um indi- víduo é que ela existe e ocorre ao longo de um contínuo (veja Figura 3.4). Em um extremo está um conjunto muito rico de conexões. A ideia compreendida está associada a muitas outras existentes em uma rede signifi cativa de conceitos e procedimen- tos. Hiebert e Carpenter (1992) se referem a “redes” de ideias re- lacionadas. As duas extremidades desse contínuo foram nomea- das por Richard Skemp (1978) como compreensão relacional – a rede interconectada rica de ideias – e compreensão instrumental – ideias que estão isoladas e, assim, essencialmente sem signi- fi cado. Observe que o conhecimento aprendido mecanicamente está na extremidade isolada do contínuo; onde o conhecimento instrumental é aprendido sem signifi cado. Exemplos de compreensão Se nós aceitamos a noção de que a compreensão possui tan- to diferenças qualitativas quanto quantitativas, a pergunta “Ela sabe isso?” deve ser substituída por “Como ela compreende isso? Que ideias ela conecta (relaciona) com isso?” Nos próximos exemplos, você verá como diferentes crianças podem desenvol- ver ideias bem distintas sobre o mesmo conhecimento e, assim, ter compreensões diferentes. Compreendendo cálculos Os procedimentos computacionais fornecem uma boa opor- tunidade para ver como a compreensão pode diferir de uma criança à outra. Para adição e subtração com números de dois ou três algarismos, uma compreensão rica e fl exível de números e do valor posicional é muito útil. Como crianças diferentes pode- riam abordar a tarefa de encontrar a soma de 37 e 28? Para crian- ças cuja compreensão de 37 esteja baseada apenas na contagem, é provável o uso de contadores e de algum procedimento para “contar todos” (veja Figura 3.5a). Um estudante que aprendeu algo sobre dezenas e unidades, mas com uma compreensão ainda limitada pode usar o algoritmo tradicional, alinhar os algarismos e começar somando 7 e 8. Alguns podem escrever 15 para esta soma e terminar com uma resposta de 515 (veja Figura 3.5b). A compreensão do valor posicional que essas crianças possuem está limitada. Ela lhes permite nomear o algarismo no lugar das dezenas, mas esse conhecimento não está relacionado ao tama- nho real dos números ou então, o resultado provavelmente lhes causaria surpresas. Aqueles que usam corretamente o algoritmo podem ou não ser capazes de explicar por que ele funciona. Compreensão relacional Compreensão instrumental Contínuo da compreensão FIGURA 3.4 A compreensão é uma medida da qualidade e da quantidade de conexões que uma nova ideia tem com as já existen- tes. Quanto maior o número de conexões a uma rede de ideias já desenvolvida, melhor a compreensão. (ver primeira orelha) 46 John A. Van de Walle Agora considerecrianças que compreendam que os núme- ros podem ser “quebrados” e decompostos de muitos modos di- ferentes, que percebem que a diferença de 38 a 40 é a mesma que a de 8 a 10, ou que percebam que a soma de dois números permanece a mesma se você somar algo a um e subtrair o mesmo valor ao outro. Esses alunos podem somar de maneiras fl exíveis. Eles podem somar 30 e 20 e então podem combinar isso com a soma de 8 e 7. Eles podem pensar sobre 37 e 30 e tirar 2. Os estudantes com pensamento menos fl exível poderiam começar com 38 e contar as dezenas e depois das unidades: 38 então 48, 58 então 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65 (veja Figura 3.5c e d). Primeiras conexões com conceitos numéricos Considere o conceito de “sete” conforme construído por uma criança na 1 a série. A ideia de sete para uma criança na 1 a série provavelmente está conectada ao procedimento de contar e ao constructo de “mais que” e provavelmente é compreendido como menos que 10 e mais que 2. O que mais essa criança even- tualmente conectará ao conceito de sete como ele existe agora? Sete é 1 a mais que 6; é 2 a menos que 9; é a combinação de 3 e 4 ou de 2 e 5; é ímpar; é pequeno comparado a 73 e grande, comparado a um décimo; é o número de dias em uma semana; é considerado um número de sorte; é primo; e assim por diante. A rede de ideias potenciais conectadas a um número pode se desen- volver e se tornar grande e envolvente. Uma rede de ideias envolvendo razão Um exemplo claro do potencial para uma rica compreensão relacional se encontra nas muitas ideias que podem ser associa- das ao conceito de “razão” (veja Figura 3.6). Infelizmente, mui- tas crianças aprendem apenas regras sem signifi cado conectadas à razão, como “Dada uma razão, como você encontra uma razão equivalente?”. É claro, nós não podemos “ver” a compreensão de uma crian- ça. Nós podemos apenas fazer inferências sobre o que ela seria. A suposição nos exemplos precedentes é de que os estudantes usam as ideias que eles possuem de modo a resolver as tarefas que lhes são determinadas. No caso das regras computacionais tradicio- nais, o risco é que alguns estudantes na verdade aprendam as re- gras corretamente, mas tenham uma compreensão muito limitada ou nenhuma compreensão do porque essas regras funcionam. Os benefícios da compreensão relacional Ensinar para uma compreensão rica ou relacional requer mui- to empenho e esforço. Os conceitos e as conexões se desenvolvem com o passar do tempo e não em apenas um dia ou uma aula. Ta- refas devem ser bem selecionadas. Materiais educativos devem ser produzidos. A sala de aula deve ser organizada para um trabalho em grupo e para a máxima interação com e entre as crianças. Os benefícios importantes derivados da compreensão relacional fazem o esforço não apenas valer a pena, mas também ser essencial. É intrinsecamente gratifi cante Quase todas as pessoas e certamente as crianças, gostam de aprender. Isso é especialmente verdade quando a nova informa- ção se conecta com as ideias já desenvolvidas. O novo conhe- cimento faz sentido; ele se ajusta; parece interessante e útil. As crianças que aprendem pela aprendizagem mecânica precisam ser motivadas por meios externos: por causa de um teste, para agradar aos pais, por medo do fracasso ou para receber alguma recompensa. A aprendizagem mecânica é desagradável. (a) Conta 37 Conta 28 Conta todos: 1, 2, 3, 4,..., 64, 65. (b) (c) (d) 37 mais 20 – 47, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65. (contando nos dedos) Os erros são comunsAlgoritmo tradicional Tira 2 do 37 e coloca ele com 28 para fazer 30. 30 e 35 é 65. 37 e 30 é 67 masvocê tem que tirar2, dando 65. FIGURA 3.5 Uma amostra de exemplos de cálculos mostran- do diferentes níveis de compreensão. Matemática no Ensino Fundamental 47 Enriquece a memória A memória é um processo de reativar informação. Quando a matemática é aprendida de forma relacional, são menores as chances de a informação se deteriorar; é mais provável que a in- formação conectada seja retida com o passar do tempo do que a informação desconectada. A recuperação da informação também é mais fácil. A informação conectada fornece uma rede inteira de ideias para chegar à mesma. Se o que você precisa recordar parece distante, refl etir sobre as ideias que estão relacionadas normalmente pode conduzir eventualmente à ideia desejada. Re- cobrar informação desconectada é como “achar uma agulha em um palheiro”. Há menos coisas para se lembrar As abordagens tradicionais tendem a fragmentar a matemá- tica em listas aparentemente infi nitas de habilidades, conceitos, regras e símbolos isolados que normalmente torturam os pro- fessores e os alunos. Os educadores construtivistas falam em ensinar “grandes ideias” ou “ideias fundamentais” (Brooks e Brooks, 1993; Hiebert et al., 1996; Schifter e Fosnot, 1993). As grandes ideias, ou ideias fundamentais, são apenas grandes redes de conceitos relacionados. Geralmente, a rede é tão bem cons- truída que grandes quantidades de informação são armazenadas e recobradas como entidades únicas em vez de pedaços isolados. Por exemplo, o conhecimento de valor posicional engloba regras sobre alinhar pontos de fração decimal, ordenar números deci- mais, mover a vírgula de fração decimal à direita ou à esquerda em conversões de decimal para porcentual, arredondar e estimar e um grande número de outras ideias. Ajuda a aprender novos conceitos e procedimentos Uma ideia matemática compreendida por completo é esten- dida com maior facilidade à aprendizagem de uma nova ideia. Os conceitos e as relações numéricas ajudam no domínio de fatos básicos, os conhecimentos de fração e de valor posicional se re- únem para facilitar a aprendizagem de decimais, e os conceitos decimais enriquecem diretamente uma compreensão de concei- tos e procedimentos de porcentagem. Sem essas e muitas outras conexões, as crianças precisa- rão aprender cada novo pedaço de informação que encontrarem como uma ideia separada e sem conexão. Melhora as habilidades de resolução de problemas A resolução de problemas inéditos requer transferir ideias já aprendidas em um contexto para novas situações. Quando os con- ceitos estão embutidos em uma rede rica, a capacidade de transfe- rência é ampliada signifi cativamente e, assim, também a resolução de problemas (Schoenfeld, 1992). Dados do NAEP de 1990 a 2003 indicam um aumento signifi cativo no número de estudantes acima ou nos níveis básicos e profi cientes em matemática nos Estados Unidos, especialmente entre os anos de 2000 e 2003 (Kloosterman e Lester, 2003; NCTM, 2004). Este crescimento pode refl etir um aumento na ênfase sobre a compreensão que foi observado nas es- colas norte-americanas nesse mesmo período. É autogeradora “As invenções que operam sobre as compreensões podem gerar novas compreensões, sugerindo um efeito “bola de neve”. Conforme as redes crescem e se tornam mais estruturadas, elas au- mentam seu potencial para invenção” (Hiebert e Carpenter, 1992, p. 74). Skemp (1978) percebeu que quando a construção e aquisi- ção de conhecimento são consideradas prazerosas, as pessoas que tiveram aquela experiência de prazer provavelmente buscarão ou inventarão suas próprias ideias novas, em especial, quando estive- rem confrontando situações baseadas em problemas. Melhora atitudes e convicções A compreensão relacional tem tanto um efeito afetivo como também um efeito cognitivo. Quando as ideias são bem com- Divisão: A razão 3 para 4 é a mesma que 3÷4. Trigonometria: Todas as funções trigonométricas são razões. Comparações: A razão de dias ensolarados para dias chuvosos é maior no sul que no norte. Preços unitários: 12 onças por $ 1,79, 4 onças custam cerca de $ 0,60 ou $ 2,40 por libra. Escala: A escala no mapa mostra 1 centímetro para 50 quilômetros. Inclinação de retas (álgebra) e inclinação de telhados (carpintaria): A razão entre a subidavertical e a corrida horizontal é .8 1 Negócios: o lucro e a perda são considerados como razões da renda ao custo total. Geometria: A razão da circunferência para o diâmetro é sempre π ou aproximadamente 22 para 7. Quaisquer duas figuras semelhantes têm medidas correspondentes que são proporcionais (na mesma razão). RAZÃO FIGURA 3.6 Rede potencial de associações que poderiam contribuir para a compreensão do conceito de razão. 48 John A. Van de Walle preendidas e adquirem signifi cados, o estudante tende a desen- volver uma autoimagem positiva sobre a sua habilidade para aprender e compreender matemática. Há um sentimento defi nido de “Eu posso fazer isso! Eu compreendo!”. E não há razão para temer ou se preocupar com conhecimento aprendido de forma relacional. Na outra extremidade do contínuo, a compreensão instrumental tem o potencial de produzir ansiedade matemática, um fenômeno real que envolve tanto medo quanto um comporta- mento de evitar situações matemáticas. O Princípio de Aprendizagem deixa claro que a aprendi- zagem compreensiva é essencial e possível. Ou seja, to- das as crianças podem e devem aprender matemática com compreensão. É impossível prever os tipos de problemas que os estudantes enfrentarão no futuro. O Princípio de Aprendizagem diz que a compreensão é o único modo de assegurar que os estudan- tes poderão lidar com esses problemas desconhecidos no futuro. Conceitos e procedimentos De algum tempo para cá, os educadores matemáticos con- sideraram útil distinguir entre dois tipos de conhecimento mate- mático: o conhecimento conceitual e o conhecimento procedural (Hiebert e Lindquist, 1990).* Conhecimento conceitual e conhecimento procedural O conhecimento conceitual consiste em ricas relações ou re- des de ideias (Hiebert e Lefevre, 1986). Em termos da metáfora de pontos mostrada na Figura 3.1, o conhecimento conceitual é uma coleção integrada de pontos e de relações entre eles. É mais que uma ideia singular. Como Hiebert e Carpenter sucintamente descreveram, o conhecimento conceitual é aquele “que é com- preendido” (1992, p. 78). O conhecimento procedural em matemática é o conhecimen- to das regras e dos procedimentos utilizados para executar tarefas matemáticas rotineiras e também do simbolismo usado para re- presentar ideias matemáticas. O conhecimento procedural inclui saber os procedimentos passo a passo para executar uma tarefa tal como multiplicar 47 × 68. Por exemplo, “para somar dois nú- meros de três algarismos, primeiro some os números na coluna direita. Se a resposta for igual ou superior a 10, ponha o 1 sobre a segunda coluna, e escreva o outro algarismo abaixo da primeira coluna. Proceda de maneira semelhante para as próximas duas colunas em ordem”. Pode-se dizer que alguém que possa realizar uma tarefa como essa tem conhecimento daquele procedimento. O conhecimento de simbolismos tais como (9 – 5) × 2 = 8, π, ≤ e ≠ também faz parte do conhecimento procedural de matemática. Interação entre os conhecimentos conceitual e procedural O conhecimento procedural em matemática tem um papel muito importante tanto na aprendizagem quanto no fazer mate- * N. de T.: Seguindo uma tendência das teorias curriculares contemporâ- neas. No Brasil, os PCNs organizam os conhecimentos em conceituais, procedurais e atitudinais. mática. Os procedimentos algorítmicos nos ajudam a fazer tare- fas rotineiras facilmente e, assim, livrar nossas mentes para que possam se concentrar em tarefas mais importantes. O simbolis- mo é um mecanismo poderoso para conduzir ideias matemáticas aos outros e para “registrar” algumas ideias enquanto fazemos matemática. Contudo, nem mesmo o uso mais hábil de um pro- cedimento ajudará a desenvolver conhecimento conceitual rela- cionado àquele procedimento (Hiebert, 1990). Por exemplo, fa- zer infi nitos exercícios de divisão longa não ajudará uma criança a compreender o que signifi ca a divisão. De fato, os estudantes habilidosos em um procedimento particular são muito relutantes em atribuir signifi cado a ele depois de dominado. Do ponto de vista da aprendizagem matemática, a pergunta de como os procedimentos e as ideias conceituais podem ser in- terligados é muito mais importante do que a utilidade do próprio procedimento (Hiebert e Carpenter, 1992). Lembre-se das duas crianças que usaram o seu próprio procedimento para resolver 156 ÷ 4 (veja Figura 3.2, p. 44). Claramente, havia uma interação ativa e útil entre os procedimentos que as crianças inventaram e as ideias que estavam construindo sobre divisão. Em geral, aceita-se que regras procedurais nunca devem ser ensinadas na ausência de conceitos, embora, infelizmen- te, isso ainda aconteça com muita frequência. Esses procedi- mentos sem uma base conceitual são as regras sem razões que conduzem a erros e a uma antipatia pela matemática. Todos os procedimentos de matemática podem e devem estar conectados às ideias conceituais que expliquem por que eles funcionam. Como você experimentará ao longo desse livro, os procedi- mentos para fazer matemática, o simbolismo e as defi nições sempre são precedidos por um forte desenvolvimento conceitual. Procedimentos desenvolvidos conceitualmente são normal- mente indistinguíveis como sendo conhecimento conceitual ou procedural. É essa completa conexão e integração de conceitos e procedimentos que deve ser a primeira meta do ensino de matemática. Infl uências da sala de aula na aprendizagem A teoria do construtivismo sugere que o ensino não se trata de uma questão de transferência de informação para os estudan- tes e que a aprendizagem não é uma questão de absorver infor- mação passivamente de um livro ou de um professor. Os pro- fessores efi cientes têm de ajudar os estudantes a construir suas próprias ideias usando as que eles já possuem. Isso não signifi ca que nós simplesmente deixamos os estudantes brincarem e espe- ramos que eles descubram magicamente novas ideias matemáti- cas. Pelo contrário, a maneira pela qual uma turma é gerencia- da, o clima social que é estabelecido dentro da sala de aula e os materiais disponibilizados para os estudantes explorarem – tudo tem um impacto enorme sobre o que é ensinado e o quão bem é compreendido. É valioso discutir os três fatores seguintes que infl uenciam a aprendizagem em sala de aula: Padrões NCTM Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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