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A Guerra Fria e a Política Norte-Americana


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A Guerra Fria 
Bloco de 
países 
capitalistas, 
liderado pelos 
Estados 
Unidos 
Bloco de países 
socialistas, sob 
a hegemonia 
da União 
Soviética 
Guerra Fria 
Organização do 
Tratado do Atlântico 
Norte (Otan): aliança 
político-militar liderada 
pelos Estados Unidos 
Pacto de Varsóvia: 
aliança militar que 
reunia os países 
do Leste europeu, 
liderada pela 
 União Soviética 
X 
Bipolarização político-ideológica após 
a Segunda Guerra Mundial 
A Guerra Fria 
A Guerra Fria 
Desfile militar na Praça Vermelha, em Moscou, em homenagem ao 60o 
aniversário da Revolução de Outubro, 7 de novembro de 1977. 
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A política norte-americana 
 Política interna: 
 
• Batalha implacável contra as ideias comunistas e a 
União Soviética. 
• Perseguição política e desrespeito aos direitos civis nas 
décadas de 1940 e 1950 → política de “caça às 
bruxas”, principalmente contra artistas e intelectuais. 
 Na política externa, com o objetivo de combater a 
influência soviética, os Estados Unidos adotaram várias 
medidas, entre as quais se destacam: 
 
• A Doutrina Truman: formulada em 1947, estabelecia 
que o comunismo deveria ser combatido a qualquer custo, 
incluindo a intervenção militar em países “ameaçados” 
por Moscou. 
• O Plano Marshall: programa de ajuda econômica, 
proposto pelo secretário de Estado norte-americano 
George Marshall, para socorrer os países europeus 
afetados pela guerra, visando recuperá-los para garantir 
a manutenção do capitalismo. 
A política norte-americana 
Divisão da Alemanha e de Berlim 
 A Conferência de Potsdam, realizada entre julho e agosto 
de 1945, decidiu a divisão da Alemanha e de Berlim em 
quatro zonas, administradas por Estados Unidos, 
Grã-Bretanha, França e União Soviética. Em 1949, 
concluiu-se a divisão: 
 
• Divisão da Alemanha: República Federal Alemã (RFA), 
capitalista, com capital na cidade de Bonn, e República 
Democrática Alemã (RDA), socialista, com capital na 
cidade de Berlim. 
• Divisão de Berlim: Berlim oriental, socialista, e Berlim 
ocidental, capitalista. 
Divisão da Alemanha e de Berlim 
O Muro de Berlim 
 
 Erguido em 1961 
pelo governo da 
Alemanha Oriental 
para evitar a fuga 
da população para 
Berlim ocidental, 
o Muro de Berlim 
tornou-se o 
principal símbolo 
da Guerra Fria. 
Soldados da Alemanha Oriental constroem o Muro de Berlim, 
5 de julho de 1962. 
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China: nacionalistas versus comunistas 
 1911: proclamação da república na China. 
 
 Revolução Russa de 1917 → estimulou a fundação do 
Partido Comunista Chinês (PCC), tendo Mao Tsé-tung 
como um de seus principais fundadores. 
 
 Década de 1920: disputa pelo poder entre o Kuomintang 
(nacionalista) e o Partido Comunista. 
 
 Década de 1930: o Japão ocupa regiões da China → 
formou-se uma frente antijaponesa na China, que uniu 
provisoriamente antigos rivais — os nacionalistas 
de Chang Kai-chek e os comunistas de Mao Tsé-tung. 
A Revolução Chinesa 
 Outubro de 1949: vitória da Revolução Chinesa → fim da 
aliança provisória entre os nacionalistas e os comunistas. 
 
 Proclamação da República Popular da China, com 
capital em Pequim, liderada pelo Partido Comunista Chinês 
comandado por Mao Tsé-tung. 
 
 Fuga dos militantes do Kuomintang, Partido Nacionalista 
liderado por Chang Kai-chek, para a Ilha de Formosa 
(Taiwan), onde se instalou um governo capitalista apoiado 
pelos Estados Unidos. 
A China comunista 
 1950: o governo comunista invade e incorpora o Tibete. 
 
 1950-1953: a China se envolveu na Guerra da Coreia, ao 
lado da Coreia do Norte, comunista. 
 
 1953: estabelecimento do primeiro plano quinquenal 
com a coletivização das terras e o avanço industrial. 
 
 1958: Grande Salto para a Frente: programa 
desenvolvido para promover o crescimento econômico da 
China em tempo recorde → desorganizou a economia 
chinesa, gerando fome e milhões de mortos. 
A China comunista 
 1966: Revolução Cultural Proletária → adoção de medidas 
repressivas contra os opositores do governo. 
 
 Censura, perseguições, prisões, tortura e execuções. 
 
 Culto à personalidade de Mao Tsé-tung, o “Grande Timoneiro”. 
 
 1976: morte de Mao Tsé-tung. 
 
 1978: Deng Xiaoping assume o governo, promove o 
crescimento econômico com medidas capitalistas e mantém o 
Estado repressor (abertura econômica com ditadura política). 
A Guerra da Coreia 
 A Coreia é dividida em 1948: ao norte e ao sul do paralelo 38º. 
 
• Coreia do Norte, com governo socialista e capital em 
Pyongyang. 
• Coreia do Sul, com governo capitalista e capital em Seul. 
 
 1950: a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul com 
o objetivo de unificar o país, iniciando a Guerra da Coreia. 
 
 Os Estados Unidos intervêm no conflito, apoiando a 
Coreia do Sul, seguidos da China, apoiando a Coreia do Norte. 
 
 1953: a guerra chega ao fim, deixando um saldo de 4 milhões 
de mortos → a assinatura de um armistício restabeleceu as 
fronteiras anteriores ao conflito. 
A Guerra do Vietnã 
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Família vietnamita em meio à destruição causada em sua casa durante 
a Guerra do Vietnã, em janeiro de 1968. 
A Guerra do Vietnã 
 1954: encerra-se a Guerra da Indochina, com a derrota da 
França e a divisão do Vietnã em dois territórios: 
 
• Vietnã do Norte, comunista, com capital em Hanói. 
• Vietnã do Sul, capitalista, com capital em Saigon. 
 
 Golpe de estado no Vietnã do Sul, apoiado pelos Estados 
Unidos, instalou uma ditadura militar contrária à reunificação 
do país. 
A Guerra do Vietnã 
 1960: criação da Frente de Libertação Nacional (FNL) pela 
resistência comunista do Sul, apoiada no movimento 
guerrilheiro dos vietcongues, para lutar contra o 
governo golpista do Sul → início da Guerra do Vietnã. 
 
 1961: os Estados Unidos se envolvem no conflito → envio de 
15 mil conselheiros militares em apoio ao Vietnã do Sul. 
 
 1965: os Estados Unidos enviam tropas para o conflito → 
ataques aéreos no Vietnã do Norte, com o bombardeio 
da capital, em 1972, e bloqueio dos portos. 
 
 1973: derrota norte-americana e cessar-fogo. 
 
 1976: reunificação do país, que recebeu o nome de 
República Socialista do Vietnã, com capital em Hanói. 
A descolonização da Ásia 
 1945: a Indonésia conquista independência dos domínios 
holandês e japonês. 
 
 1947: a Índia se liberta do colonialismo da Grã-Bretanha, 
pressionada pelo movimento pacifista de desobediência civil, 
liderado por Gandhi e apoiado pelos Estados Unidos. 
 
 Divisão político-religiosa após a independência: Índia, de 
maioria hindu; ilha de Sri Lanka (Ceilão), de maioria budista; 
e Paquistão, de maioria islâmica. 
 
 Palestina: em 1947, a ONU determinou a criação de dois 
Estados, o judeu e o palestino → apenas o Estado de Israel 
se concretizou, dando origem à Questão Palestina, que 
segue sem solução ainda hoje. 
 A partilha imperialista da África no século XIX gerou divisões 
e tensões que explodiram, em muitos países, após a 
independência. 
 
 África Francesa 
 
• Colônias subsaarianas: em 1956, o governo francês 
propõe uma emancipação negociada → as colônias, 
com exceção da Guiné, aceitam integrar a Comunidade 
Francesa → na década de 1960, vários Estados surgem 
na região. 
• Argélia: a guerra pela independência começou em 1954, 
opondo os argelinos, liderados pela Frente de Libertação 
Nacional (FLN), e as forças metropolitanas → em 1962, 
a França reconheceu a independência da Argélia → a 
violência da guerra deixou um saldo de quase 1 milhão 
de argelinos mortos. 
A descolonização da África 
 Congo Belga 
 
• 1960: o movimento, liderado por Patrice Lumumba, conquistou a 
independência do Congo, que hoje recebe o nome de República 
Democrática do Congo. 
A descolonização da África 
ANOTAÇÕES EM AULA 
Coordenação editorial: Maria RaquelApolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes 
Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves 
Preparação de texto: Mitsue Morrisawa 
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini 
Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna 
 
EDITORA MODERNA 
Diretoria de Tecnologia Educacional 
Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida 
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio 
Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes 
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin 
Editor de arte: Fabio Ventura 
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini 
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres 
Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres 
 
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 
Todos os direitos reservados. 
 
EDITORA MODERNA 
Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho 
São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 
Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 
Fax (0__11) 2790-1501 
www.moderna.com.br 
2012 
http://www.moderna.com.br/
Governos populistas 
no Brasil 
O populismo 
 Fenômeno político ocorrido no Brasil e em outros países da 
América Latina entre os anos 1930 e 1960, baseado na 
política de massas, na aproximação dos governantes com a 
classe trabalhadora por meio de uma prática assistencialista 
e na dependência do povo em relação ao Estado. 
 
O populismo na América hispânica 
O populismo na 
América hispânica 
Argentina 
Juán Domingo Perón 
(1946-1955 e 1973-1974) 
México 
Lázaro Cárdenas 
(1934-1940) 
Cárdenas investiu em 
educação popular, reforma 
agrária e nacionalizou a 
exploração de petróleo 
Nas décadas de 1940 e 
1950, Perón modernizou 
setores de energia, 
agricultura e transporte e 
atrelou por completo o 
aparato sindical ao Estado 
O populismo no Brasil 
 No Brasil, considera-se que o populismo teve início nos 
anos 1930, com Getúlio Vargas, e se encerrou em 
1964, com o golpe militar. 
 
 Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart são 
considerados os presidentes brasileiros mais 
identificados com uma política populista. 
O populismo 
no Brasil 
O presidente Juscelino 
Kubitschek, nas 
comemorações do seu 58o 
aniversário, visita a Cidade 
Livre, em Brasília, e é 
homenageado com o título de 
"Candango no 1". 
Na foto, tirada em 12 de 
setembro de 1960, vê-se 
o presidente recebendo um 
envelope com pedidos 
e sugestões dos 
moradores do local. 
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O governo Dutra (1946-1951) 
 O general Eurico Gaspar Dutra é eleito presidente do Brasil 
após a queda de Vargas e o fim do Estado Novo, 
em 1945. 
 
 1946: promulga uma nova Constituição, estabelecendo 
autonomia dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, 
eleições diretas e fim da pena de morte. 
 
 Dutra controlava a classe trabalhadora, proibindo greves 
e intervindo em sindicatos. 
 
 No contexto da Guerra Fria, aproximou-se dos Estados 
Unidos, rompeu relações diplomáticas com a União 
Soviética e colocou o Partido Comunista na ilegalidade. 
O governo Vargas (1951-1954) 
 Vargas volta ao governo pelo voto direto em 1950. Seu 
governo foi marcado por: 
O governo Vargas 
 (1951-1954) 
Expansão 
da indústria 
nacional: 
instituição da 
Comissão de 
Desenvolvimento 
Industrial, 
fundação 
do Banco 
Nacional de 
Desenvolvimento 
Econômico 
(BNDE) etc. 
Nacionalismo: 
inauguração do 
BNDE, criação 
da Petrobras, 
empresa estatal 
que detinha o 
monopólio da 
exploração do 
petróleo nacional, 
proposta de 
criação da 
Eletrobras etc. 
1953: decreta 
lei que proíbe a 
organização de 
comícios, 
greves e 
manifestações 
sem a 
autorização 
da polícia 
1954: aumento 
do salário 
mínimo, que 
passou a ser 
equiparado ao 
salário do 
Exército 
O governo Vargas (1951-1954) 
 O governo Vargas polarizou a sociedade brasileira: 
de um lado havia os nacionalistas, que defendiam o 
desenvolvimento econômico do país tendo o Estado como 
condutor; de outro, os “entreguistas”, favoráveis ao 
alinhamento do Brasil à política dos Estados Unidos e à não 
interferência do Estado na economia. 
 
 A disputa entre a burguesia (ligada ao capital externo) 
e o Estado nacionalista acirra as tensões. 
 
 1953: Panela Vazia, manifestação de protesto contra o alto 
custo de vida; e greve geral em São Paulo por aumento 
salarial e pelo controle da inflação. 
 
O governo Vargas (1951-1954) 
 1954: aumento de 100% no salário mínimo gera protestos 
de empresários e da imprensa. 
 
 5 de agosto de 1954: atentado fracassado da Rua Toneleros, 
contra Carlos Lacerda, o principal inimigo político de Vargas. 
 
 24 de agosto de 1954: isolado politicamente, Vargas comete 
suicídio, deixando uma carta-testamento. 
O governo Juscelino Kubitschek 
(1956-1961) O desenvolvimentismo 
do governo JK 
(1956-1961) 
“50 anos de progresso 
em 5 anos de governo: 
50 em 5” 
Plano de Metas 
Crescimento 
das indústrias 
automobilística, 
naval e de 
eletrodomésticos 
 Economia 
dependente, 
com forte 
presença do 
capital 
estrangeiro 
e das 
multinacionais 
e aumento 
da dívida 
externa 
do país 
 Expansão dos 
programas 
televisivos, 
possibilitada pela 
inauguração da 
primeira 
emissora de 
televisão do 
país, a TV Tupi 
de São Paulo, 
em 1950, no 
governo Dutra 
 Criação da 
Superintendência 
para o 
Desenvolvimento 
do Nordeste 
(Sudene), 
na tentativa de 
promover o 
desenvolvimento 
econômico 
dessa região 
Construção e 
inauguração de 
Brasília, a nova 
capital do Brasil 
O breve governo de Jânio Quadros 
(1961) 
 Jânio Quadros assumiu o governo em janeiro de 1961, 
depois de uma campanha populista centrada no combate à 
corrupção e na figura simbólica da vassoura. 
 
 Desenvolve uma política econômica antipopular no combate 
à inflação, com redução do deficit público, congelamento 
de salários e restrição do crédito. 
 
 Política externa mais independente, com relações comerciais 
tanto com os governos socialistas da China, de Cuba e da 
União Soviética, quanto com os países capitalistas, como 
os Estados Unidos. 
 
 Combate ao colonialismo português na África e Ásia e apoio 
à Revolução Cubana. 
O presidente Jânio Quadros e o 
vice, João Goulart, caminham no 
aeroporto do Galeão, no Rio de 
Janeiro, em 24 de março de 1961. 
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 Criticado por suas 
medidas polêmicas 
e pela política ambígua 
no contexto da guerra 
fria, Jânio Quadros 
renuncia em agosto 
de 1961. 
O breve governo de Jânio Quadros 
(1961) 
O governo João Goulart: a fase 
parlamentarista (1961-1963) 
 Com a renúncia de Jânio, o Congresso Nacional aproveitou 
a viagem do vice, João Goulart, à China comunista e nomeou 
o presidente da Câmara para a presidência da república em 
caráter provisório. 
 
 Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e cunhado 
de Jango, encabeça a campanha legalista, pelo 
cumprimento da Constituição e pela posse de Goulart. 
 
 O Congresso Nacional estabelece o regime parlamentarista. 
 
 Setembro de 1961: Jango assume o governo sob forte 
pressão dos setores conservadores, que o identificavam 
como simpatizante do comunismo. 
 Estabelece o Plano Trienal, para promover o crescimento 
econômico, combater a inflação e reduzir o deficit público 
→ o plano, porém, fracassa. 
 
 1963: plebiscito decide pela volta do presidencialismo 
ao Brasil. 
O governo João Goulart: a fase 
parlamentarista (1961-1963) 
O presidente João Goulart discursa ao assumir a presidência da república do Brasil, 
em 7 de setembro de 1961. 
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O populismo no Brasil 
 As reformas de base: conjunto de iniciativas que incluíam 
as reformas agrária, tributária, educacional, urbana, bancária 
e política, apoiadaspor grupos nacionalistas e pela esquerda. 
 
 Impasse entre as forças conservadoras, contrárias às 
reformas, e os setores progressistas, favoráveis a elas. 
 
 Grande comício em 13 de março, na Central do Brasil, 
no Rio de Janeiro, apoiando o governo e as reformas. 
O governo João Goulart: a fase 
presidencialista (1963-1964) 
 Reação conservadora de empresários, burocratas e militares 
contra o governo, com a realização da Marcha da Família com 
Deus pela Liberdade, no dia 19 de março, em São Paulo. 
 
 Golpe militar e deposição de João Goulart em 31 de março de 
1964 → início da ditadura militar no país. 
O governo João Goulart: a fase 
presidencialista (1963-1964) 
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes 
Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves 
Preparação de texto: Mitsue Morrisawa 
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Experiências de esquerda 
na América Latina 
 Cuba se liberta do domínio colonial espanhol em 1898, com 
o apoio militar dos Estados Unidos, que passaram a intervir 
diretamente no país. 
 
 1902: é promulgada a primeira Constituição cubana, com a 
incorporação da Emenda Platt. 
 
 A emenda assegurava aos Estados Unidos o poder de intervir 
em Cuba para garantir a “independência” da ilha. 
 
• A Emenda Platt permitiu a instalação de uma base militar 
norte-americana permanente na Baía de Guantánamo, que 
mais tarde passou a ser uma prisão militar. 
 
Cuba após a independência 
Cuba após a independência 
Regimento de cavalaria 
da Guerra Hispano- 
-americana, 1898. 
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O governo de Fulgêncio Batista 
 1952: o general Fulgêncio Batista lidera um golpe de 
Estado e implanta uma ditadura em Cuba. 
 
 Cuba permanece com sua economia agroexportadora, com 
base no latifúndio produtor de cana-de-açúcar e de tabaco. 
 
 Subordinação do governo e das elites à política dos Estados 
Unidos → elevados índices de analfabetismo no país e 
péssimas condições de vida e de trabalho. 
A Revolução Cubana 
Reação contra 
a ditadura de 
Fulgêncio 
Batista 
 
Em 1953, um grupo 
de jovens 
revolucionários 
empreende um 
ataque malsucedido 
ao Quartel de 
Moncada, na cidade 
cubana de Santiago 
Fidel Castro 
é preso e, 
após sua 
libertação, 
em 1955, 
exila-se no 
México 
1956-1958: 
Fidel Castro, Raúl 
Castro e Ernesto 
Che Guevara 
mobilizam 
camponeses em 
Sierra Maestra, 
região 
montanhosa de 
Cuba, para 
retomar a luta 
contra a ditadura 
de Fulgêncio 
Batista 
1959: os 
revolucionários 
derrubam 
Fulgêncio Batista 
e Fidel Castro 
assume o 
governo do país 
A Revolução Cubana 
A Revolução Cubana 
O líder revolucionário Fidel 
Castro acena para 
multidão em sua entrada 
em Havana, após a 
derrubada do governo de 
Fulgêncio Batista, 
em 1959. 
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Reação contrarrevolucionária 
 1961: os Estados Unidos treinam cubanos anticastristas e 
financiam a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba → 
opositores são derrotados, provocando um dos maiores 
fracassos na história da política externa norte-americana. 
 
 Diante da ameaça norte-americana, o governo de Fidel 
alinha-se com a União Soviética e declara sua adesão 
ao socialismo. 
 
 Os Estados Unidos lançam a Aliança para o Progresso, 
programa de ajuda econômica para os países da América, 
visando fortalecer o capitalismo na região. 
 
 1962: o cerco a Cuba é ampliado com o bloqueio 
econômico imposto pelos Estados Unidos e a expulsão da 
ilha da Organização dos Estados Americanos (OEA). 
O socialismo cubano: conquistas 
e repressão 
 O governo de Fidel Castro promove vários avanços sociais: 
 
• Distribuição de terras e de renda. 
•Investimentos na saúde e na educação, que foram 
estatizadas. 
 
O socialismo cubano, porém, também foi marcado pela 
repressão política e pela ditadura de partido único. 
Cuba sem a União Soviética 
 Na década de 1980, a economia cubana, muito dependente 
da ajuda soviética, sofreu o impacto da redução drástica do 
auxílio vindo de Moscou. 
 
 Década de 1990: o fim da União Soviética e a manutenção 
do embargo norte-americano levaram Cuba a uma terrível 
crise econômica → permissão a pequenas empresas 
privadas e investimentos estrangeiros no setor de serviços 
e no turismo. 
 
 2008: Raúl Castro assumiu o governo, após Fidel, muito 
doente, afastar-se definitivamente do poder. 
 
 Raúl Castro aprofunda o processo de desestatização da 
economia, mas mantém o modelo político de partido único. 
O socialismo chileno 
 1964-1970: o governo de Eduardo Frei adotou no Chile uma 
política moderada de reforma agrária e o controle gradual da 
indústria do cobre. Essas medidas foram ampliadas por 
Salvador Allende, eleito presidente da república em 1970. 
 
 Allende, que defendia uma transição pacífica para o 
socialismo, a chamada “via chilena”, manteve o Estado 
democrático e pluralista, respeitando as instituições 
existentes e os princípios de liberdade e de igualdade de 
direitos. 
 
 Allende pretendia ampliar a reforma agrária, promover a 
reestruturação econômica, estatizar o sistema financeiro, 
controlar a mineração e as empresas de transporte e 
comunicações e priorizar investimentos na educação e 
na saúde. 
O golpe militar e a ditadura de Pinochet 
Golpe de Estado 
(11 de setembro 
de 1973): 
promovido pelo 
exército e pela 
direita chilena, 
derruba o governo 
de Allende, 
que se suicida 
Allende passa 
a sofrer forte 
oposição da elite 
econômica chilena 
e dos Estados 
Unidos 
O general 
Augusto 
Pinochet dá 
início a um 
governo 
ditatorial, que 
se estenderia 
até março de 
1990 
Pinochet fecha o 
Congresso Nacional 
Privatiza setores da 
educação, saúde e 
previdência social 
Institui a censura à 
imprensa 
Privilegia as relações 
políticas e comerciais 
com os Estados Unidos 
Promove perseguições 
políticas e torturas aos 
opositores 
A ditadura Pinochet 
Assessores e membros do governo de Salvador Allende são levados por 
soldados para fora do palácio presidencial de La Moneda durante golpe de 
Estado no Chile, em 11 de setembro de 1973. 
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A redemocratização do Chile 
 Década de 1980: o processo de redemocratização do Chile 
começa com a reorganização dos partidos políticos e o 
plebiscito, em 1988, que nega a Pinochet o direito de 
continuar no poder. 
 
 1989: eleições livres são realizadas e vence o candidato 
Patricio Aylwin. 
 
 1990-1994: Aylwin restabelece as liberdades civis e pune 
os militares e civis envolvidos com crimes políticos durante 
a ditadura. 
 
 2006: Michelle Bachelet assume a presidência do país → 
médica, militante socialista torturada pelo regime Pinochet 
e filha de um ativista morto pela ditadura, foi a primeira 
mulher a presidir o Chile. 
A RevoluçãoSandinista na Nicarágua 
 1926: grupos de oposição ao governo da Nicarágua e à 
influência norte-americana na economia do país iniciam a 
luta armada para tomar o poder → a guerrilha é liderada 
por José María Moncada e César Augusto Sandino. 
 
 O governo combate os guerrilheiros com o apoio dos 
fuzileiros dos Estados Unidos → Sandino é assassinado 
a mando de Anastácio Somoza García, chefe da Guarda 
Nacional. 
 
 
 Somoza assume o governo com o apoio dos Estados Unidos 
e implanta um regime de perseguição política, torturas e 
assassinato dos opositores. 
 
 1961: é criada a Frente Sandinista de Libertação Nacional 
(FSLN), para combater a ditadura da família Somoza. 
 
 A FSLN recebe o apoio de estudantes, camponeses, operários e 
outros setores populares, e realiza trabalho de conscientização 
política, com criação de sindicatos nas cidades e escolas de 
alfabetização na zona rural. 
 
 
A Revolução Sandinista na Nicarágua 
A Revolução Sandinista na Nicarágua 
1961: criação 
da Frente 
Sandinista de 
Libertação 
Nacional 
(FSLN) para 
combater o 
governo 
ditatorial da 
família Somoza 
1978: 
assassinato 
do jornalista 
Pedro 
Joaquín 
Chamorro, 
líder da 
resistência 
ao regime 
ditatorial 
Início da 
luta armada 
da FSLN 
contra o 
governo de 
Anastácio 
Somoza 
1979: 
rebeldes 
invadem a 
sede do 
governo e 
tomam o 
poder 
Governo 
sandinista 
Reforma 
agrária, 
melhorias nas 
áreas de 
educação e 
saúde e 
aproximação 
dos países 
socialistas 
Corte dos 
investimentos 
externos, aumento 
do deficit público 
e da inflação 
e ausência de 
políticas públicas 
voltadas à 
população rural 
e indígena 
A Revolução 
Sandinista 
 
ANOTAÇÕES EM AULA 
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes 
Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves 
Preparação de texto: Mitsue Morrisawa 
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini 
Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna 
 
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Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes 
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin 
Editor de arte: Fabio Ventura 
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini 
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres 
Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres 
 
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A ditadura militar 
no Brasil 
O golpe militar de 1964 
 João Goulart é derrubado 
pelos militares, em 31 de 
março de 1964, por meio 
de um golpe, apoiado por 
políticos conservadores, 
representantes do 
grande capital nacional 
e estrangeiro e setores 
conservadores da 
Igreja católica e da 
classe média. 
Tanque do Exército circula pelas ruas do Rio de 
Janeiro, em 1o de abril de 1964. 
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A edição do AI-1 
 Logo após o golpe, o presidente da Câmara dos Deputados, 
Ranieri Mazzilli, assumiu provisoriamente a presidência 
da república. 
 
 9 de abril de 1964: uma junta militar editou o Ato 
Institucional no 1 (AI-1), que estabelecia: 
 
• O poder do presidente da república de suspender os direitos 
políticos e cassar todos os cargos legislativos. 
• A suspensão do caráter vitalício e estável dos cargos públicos, 
que poderiam ser suprimidos em caso de ameaça à ordem 
estabelecida. 
Castello Branco assume a presidência 
 Dois dias após a publicação do AI-1, o marechal Humberto 
Alencar Castello Branco é eleito presidente da república pelo 
Congresso Nacional → apresenta como principal meta de 
governo “combater o comunismo e recuperar a credibilidade 
internacional do Brasil”. 
 1964: cria o Serviço Nacional de Informação (SNI), com a 
tarefa de supervisionar e coordenar as atividades de 
informação visando à garantia da segurança nacional. 
Castello Branco assume a presidência 
 A repressão: lideranças sindicais, camponesas, estudantis 
e religiosas foram presas; governadores e outros políticos 
tiveram seus mandatos cassados. 
 Castello Branco decreta os Atos Institucionais no 2 (1965), 
no 3 e no 4(1966). 
 O Congresso Nacional promulga a Constituição de 1967, 
que fortalece o Poder Executivo federal e reduz a autonomia 
dos estados. 
Os Atos Institucionais no governo 
Castello Branco 
Os Atos Institucionais no 
governo Castello Branco 
AI-2 (outubro de 
1965): estabelece 
eleição indireta para 
presidente da república 
e extingue os partidos 
políticos, autorizando a 
existência apenas da 
Arena (Aliança 
Renovadora Nacional) e 
do MDB (Movimento 
Democrático Brasileiro) 
AI-3 (fevereiro de 
1966): estabelece 
eleição indireta para 
governadores e 
prefeitos de capitais, 
consideradas áreas de 
segurança nacional 
AI-4 (dezembro 
de 1966): convoca 
o Congresso para 
aprovar o texto da 
Constituição de 
1967, elaborado 
pelo governo militar 
A linha dura de Artur da Costa e Silva 
 1967: O marechal Artur da Costa e Silva assume o governo 
após a morte de Castello Branco. 
 
 Inicia a “linha dura” do regime, substituindo funcionários 
públicos civis por militares em vários cargos estratégicos. 
 
 Governo marcado pela reação da sociedade civil: 
 
• Greves de operários em Contagem (MG) e Osasco (SP), 
passeatas estudantis desafiavam o regime militar. 
• Passeata dos Cem Mil pela democracia, em junho de 1968, 
no Rio de Janeiro, com participação de trabalhadores, 
intelectuais, políticos, artistas e religiosos. 
A linha dura de Artur da Costa e Silva 
 Discurso do deputado federal do MDB pelo estado da 
Guanabara, Márcio Moreira Alves, defende o boicote ao 
desfile do Dia da Independência. 
 
 Publicação do Ato Institucional no 5 (AI-5), em 13 de 
dezembro de 1968: é o golpe dentro do golpe. 
Cem mil protestam contra a ditadura 
Passeata dos Cem mil: o então líder estudantil Vladimir Palmeira discursa para 
os estudantes na Cinelândia, Rio de Janeiro. Ao lado dele, José Domingos 
Teixeira Neto, 26 de junho de 1968. 
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A ditadura escancarada 
A ditadura escancarada 
Ato Institucional no 5 
(13 de dezembro de 1968) 
Executivo com 
poderes para 
fechar o 
Congresso 
Nacional 
Suspensão das 
garantias 
constitucionais 
O presidente 
pode cassar 
mandatos e 
direitos 
políticos 
O governo 
ganha o poder 
de suspender o 
direito de 
habeas corpus 
Rigorosa 
censura aos 
meios de 
comunicação 
A ditadura escancarada 
 A luta armada contra a ditadura (1968-1974) 
 
• Setores da esquerda, influenciados pelas ações guerrilheiras na 
América Latina, iniciam a luta armada para derrubar o regime: 
PC do B (dissidência do PCB), Aliança Libertadora Nacional 
(ANL), de Carlos Marighella, Vanguarda Popular Revolucionária 
(VPR), liderada pelo capitão Carlos Lamarca, Movimento 
Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), entre outros. 
• A guerrilha promove assaltos a banco e sequestros para 
financiar a luta contra o regime e negociar a libertação de 
prisioneiros políticos. 
A ditadura escancarada 
O regime endurece a repressão 
 
• 1969: cria, com o apoio de empresários e políticos civis, 
a Operação Bandeirante (Oban) e o Destacamento de 
Operações de Informações – Centro de Operações de 
Defesa Interna (DOI-Codi), este último organizado em 
cada estado. 
Os “anos de chumbo” (1969-1974) 
 O general Emílio 
Garrastazu Médici assume 
a presidência em outubro 
de 1969 e intensifica a 
repressão aos opositoresdo regime ditatorial. Seu 
governo realiza prisões 
sumárias, tortura 
e execuções. 
Policiais prendem 920 estudantes durante 
congresso clandestino da UNE (União Nacional 
dos Estudantes), na cidade de Ibiúna (SP), 
em 11 de outubro de 1968. 
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Os “anos de chumbo” (1969-1974) 
 O governo Médici destacou-se por ser o mais repressivo. 
 
 Período de grande ufanismo patriótico, destacado pela 
propaganda oficial (“Brasil: ame-o ou deixe-o”; “Ninguém 
segura este país”) e pela conquista do tricampeonato mundial 
de futebol, em 1970, utilizado pelo regime como símbolo da 
grandeza do país. 
 
 O “milagre econômico”: crescimento do PIB, que chegou, 
em 1973, a 13%; construção de grandes obras públicas; 
criação de estatais; aumento do consumo da classe média. 
Pilares do crescimento econômico: 
 
• Crescimento da dívida externa, arrocho salarial e 
repressão política. 
Resistência cultural ao regime 
 Durante os “anos de chumbo”, a resistência ao regime militar 
também se manifestou no campo cultural, com ações na 
música, no teatro e no cinema. 
 
• Composições musicais afrontavam e questionavam o regime, 
destacando-se as obras de Geraldo Vandré e Chico Buarque 
de Hollanda. 
• O teatro como arte de crítica social e política: Teatro 
de Arena, fechado pela ditadura; Teatro Oficina, de José 
Celso Martinez Corrêa; Grupo Opinião, formado a partir do 
Centro Popular de Cultura (CPC), da União Nacional 
dos Estudantes (UNE). 
• O Cinema Novo, de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos 
Santos, entre outros, engajado em denunciar os problemas 
sociais do país. 
Geisel e a abertura política (1974-1979) 
 O general Ernesto Geisel dá início ao processo “lento, gradual 
e seguro” de abertura política, chamado distensão → avanços 
e retrocessos na liberalização do regime. 
 
 1974: a sociedade anseia por mudanças, e candidatos do MDB 
são vitoriosos nas eleições parlamentares. 
 
 1976: o governo reage e cria a Lei Falcão, que proibia 
candidatos de se apresentarem ao vivo no rádio e na TV 
durante a propaganda eleitoral gratuita. 
Geisel e a abertura política (1974-1979) 
 1977: visando enfraquecer a oposição, o governo lança o 
Pacote de Abril: 
 
• Fecha o Congresso Nacional. 
• O presidente passa a governar por meio de decretos. 
• Um terço do Senado passa a ser indicado pelo presidente: são 
os senadores conhecidos como “biônicos”. 
 
 1977-1978: estudantes lutam pela anistia e pelo fim da 
ditadura; metalúrgicos das fábricas do ABC paulista fazem 
greve por melhores salários. 
 O general João Baptista Figueiredo assume o governo, em 
1979, sob protesto popular. 
 
 Em março de 1979, mais de 80 mil metalúrgicos do ABC 
paulista entraram em greve, desafiando a polícia e o 
regime militar. 
 
 Cresce a articulação e luta da sociedade: estudantes, 
professores, bancários e outras categorias lutam por 
melhores salários, por mais verbas para a educação e pelo 
fim da ditadura. 
 
 Junho de 1979: o Congresso aprova a Lei de Anistia, 
beneficiando os dirigentes e os torturadores do regime militar 
e permitindo a volta dos exilados e a libertação dos 
prisioneiros políticos. 
Figueiredo e o fim do regime (1979-1985) 
Figueiredo e o fim do regime (1979-1985) 
 Novembro de 1979: uma reforma política permite o 
pluripartidarismo: surgem o PT, o PMDB, o PDS e o PDT, 
entre outras legendas. 
 
 1982: nas eleições diretas para governadores, prefeitos, 
deputados e senadores, os partidos da oposição elegem 
candidatos em vários estados. 
 
Mobilização popular e as Diretas Já 
Mobilização popular e as Diretas Já 
1983: 
oposições 
lançam a 
campanha 
pelas Diretas 
Já, que exige a 
volta das 
eleições diretas 
e livres para a 
presidência da 
república em 
1985 
1984: a 
campanha 
ganha força com 
a participação 
de partidos 
políticos de 
centro e 
esquerda 
recém-criados, 
assim como de 
jornalistas, 
intelectuais e 
artistas em 
comícios pelo 
país 
Abril de 
1984: 
a emenda que 
estabelecia as 
eleições diretas 
é rejeitada na 
Câmara dos 
Deputados 
15 de janeiro 
de 1985: 
Tancredo Neves 
é eleito, no 
Colégio 
Eleitoral, 
presidente da 
república 
15 de março 
de 1985: 
Tancredo Neves 
adoece e seu 
vice, José 
Sarney, é 
empossado 
como 
presidente 
interino. Com a 
morte de 
Tancredo, em 
abril, Sarney 
assume 
definitivamente 
o cargo 
Mobilização popular e as Diretas Já 
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Manifestação popular na campanha Diretas Já, em Belo Horizonte, 24 de fevereiro de 1984. 
ANOTAÇÕES EM AULA 
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Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
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O fim do socialismo real 
 O modelo de socialismo implantado na Rússia depois da 
guerra civil (1918-1921) e consolidado na era de Stalin 
era centralizador → as decisões eram tomadas pela 
burocracia dirigente do Partido Comunista. 
A União Soviética e o socialismo real 
A União Soviética e o socialismo real 
O regime soviético 
Excessiva 
centralização 
político- 
-administrativa 
Militarização e 
produção bélica 
consumiam 
grande parte 
dos recursos do 
Estado 
Falta de inovação 
tecnológica e baixa 
produtividade nas 
atividades 
agropecuárias 
Ineficiência do 
setor público 
e atraso 
tecnológico para 
a produção de 
bens e serviços 
Crise econômica e incapacidade de 
competir com as economias ocidentais 
 Diante da baixa produtividade, da falta de inovação 
tecnológica e da estagnação econômica, entre outros fatores, 
Mikhail Gorbachev, secretário-geral do Partido Comunista da 
União Soviética, inicia, a partir de 1985, um programa de 
mudanças políticas e econômicas para modernizar o Estado 
soviético. 
As reformas de Mikhail Gorbachev 
 
As reformas de Mikhail Gorbachev 
 Perestroika (“reconstrução” ou “reestruturação”) – reformas 
econômicas visando à modernização do Estado soviético: 
 
• Liberdade para a iniciativa privada na produção de bens 
de consumo. 
• Redução dos gastos com armamentos. 
• Retirada das tropas soviéticas do Afeganistão. 
 
 Glasnost (“transparência”) – medidas de abertura política 
visando renovar e sanear o Partido Comunista, combater a 
corrupção e definir os poderes e os limites do Estado soviético: 
 
• Liberdade de imprensa. 
• Liberdade de expressão política. 
• Libertação dos presos políticos. 
 
Dificuldades e oposição à perestroika 
 As reformas colocadas em prática por Gorbachev foram alvo 
de oposição por parte tanto de setores conservadores quanto 
de setores reformistas da União Soviética. 
 
 Nomenklatura: grupo formado por burocratas do Partido 
Comunista, que temiam as reformas de Gorbachev e não 
queriam perder seus privilégios no partido. 
 
 Reformistas liberais: grupo liderado por Boris Yeltsin, 
ex-secretário-geraldo Partido Comunista em Moscou, 
que criticava a “lentidão” das reformas de Gorbachev. 
 
Dificuldades de implantar as reformas 
 No final da década de 1980, a baixa produção de bens de 
consumo na União Soviética causava sérios problemas de 
abastecimento e longas filas para a compra de produtos 
essenciais, como alimentos. 
 
 Ao mesmo tempo, o problema das nacionalidades 
ressurgiu com a crise econômica e a abertura do regime, 
colocando em xeque a frágil unidade do Estado soviético. 
 
 Uma onda autonomista se espalhou e 
as repúblicas, uma a uma, declararam 
a soberania das leis nacionais sobre 
as leis do Estado soviético. 
Mikhail Gorbachev, secretário-geral do 
Partido Comunista da União Soviética, 
discursa em conferência do Partido 
Comunista, em Moscou, Rússia, em 1988. 
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O fim da União Soviética 
8 de dezembro 
de 1991: os 
presidentes da 
Rússia, Ucrânia 
e Bielorrússia 
declaram o fim 
da União 
Soviética e a 
criação da 
Comunidade 
dos Estados 
Independentes 
(CEI) 
O fim da União Soviética 
1990: 
Gorbachev 
assume a 
presidência do 
país e, no ano 
seguinte, sofre 
um golpe de 
Estado, 
organizado por 
setores 
conservadores 
do Partido 
Comunista 
Agosto de 
1991: Boris 
Yeltsin 
organiza a 
população de 
Moscou e 
Leningrado em 
defesa de 
Gorbachev e 
frustra o golpe 
Junho de 1991: 
Yeltsin é eleito 
presidente da 
Rússia, o 
primeiro a ser 
eleito 
democraticament
e desde a criação 
da União 
Soviética em 
1922 
25 de 
dezembro de 
1991: 
Gorbachev 
anuncia, em 
rede nacional, 
sua renúncia 
ao cargo de 
presidente da 
União 
Soviética 
 O Muro de Berlim, construído em 1961, separava Berlim 
ocidental, capitalista, de Berlim oriental, socialista. 
 
Manifestações pró-democracia e fugas em massa de alemães 
orientais para o lado ocidental levaram o Partido Comunista 
da República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) 
a tomar medidas de abertura política. 
 
 O governo do país é substituído em outubro de 1989, e em 
novembro cai o Muro de Berlim. 
A queda do Muro de Berlim 
 A queda do muro abriu espaço para a retomada das 
negociações para a reunificação alemã. 
 
 A unificação das duas Alemanhas ocorre em 1990 e gera várias 
dificuldades para o governo único: desemprego, recessão, 
atentados neonazistas e clima social tenso, resultados do 
distanciamento físico, político e econômico causado pelos anos 
de separação. 
A queda do Muro de Berlim 
 Na Polônia, a crise econômica iniciada no final da década de 
1970 e a repressão política levaram o sindicato independente 
Solidariedade a promover greves nas cidades portuárias do 
Mar Báltico e nas minas de carvão da Silésia, sob a liderança 
de Lech Walesa. 
 
 A União Soviética intervém e coloca o general Wojciech 
Jaruzelski, ex-ministro da Defesa da Polônia, na presidência 
do país. 
 
 Jaruzelski decreta a Lei Marcial, torna ilegal o Solidariedade e 
prende seus dirigentes. 
Crise e transição política na Polônia 
 As manifestações e protestos 
continuam a ocorrer e, no 
final da década de 1980, 
Jaruzelski inicia uma política 
de distensão: reconhece o 
sindicato Solidariedade, 
inicia uma gradual 
desestatização da economia 
e realiza a transição política 
que dará fim ao socialismo, 
com a eleição de Lech 
Walesa para presidente da 
Polônia em 1989. 
Crise e transição política na Polônia 
Lech Walesa discursa para trabalhadores durante 
greve no estaleiro de Gdansk, na Polônia, em 
8 de agosto de 1980. 
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 Bulgária 
 
 No poder desde 1954, Todor Jivkov desenvolve uma política 
que melhora o padrão de vida da população e, na década de 
1980, adota medidas liberalizantes em sintonia com as 
reformas propostas por Gorbachev na União Soviética. 
 
 Em 1991 a União das Forças Democráticas vence as eleições 
e põe fim ao regime socialista. 
O fim do socialismo na Bulgária 
e na Hungria 
Hungria 
 
 1956: medidas liberais tomadas pelo presidente Imre Nagy, 
como o fim da censura e a abertura de fronteiras, levam 
o país a ser ocupado por tropas soviéticas, que sufocaram 
a revolução democrática. 
 
 1988: Károly Grósz, simpatizante da glasnost soviética, 
assume o governo e inicia um processo de reformas, 
culminando com a vitória eleitoral do Fórum Democrático 
Húngaro no início dos anos 1990, que restabelece, aos 
poucos, o capitalismo no país. 
O fim do socialismo na Bulgária 
e na Hungria 
 Após a Segunda Guerra Mundial, a Romênia passou a integrar 
o bloco soviético. 
 
• Desde meados da década de 1960, o país vivia sob a ditadura 
de Nicolau Ceausescu, responsável pelo massacre de 
minorias étnicas. 
 
 Cansados de repressão política e afetados pela grave crise 
econômica dos anos 1980, a população romena realiza várias 
manifestações, que culminaram na insurreição popular de 
1989: Ceausescu e sua esposa foram executados por 
populares e um novo governo foi eleito, que conduziu o 
processo de restauração capitalista no país. 
A queda do socialismo na Romênia 
 1968: na Tchecoslováquia, as reformas democráticas 
lideradas pelo comunista moderado Alexander Dubcek e 
conhecidas como a Primavera de Praga, foram 
brutalmente interrompidas pela União Soviética, que 
invadiu o país e restabeleceu a linha dura de Moscou. 
 
Década de 1980: foram colocadas em prática, com 
orientação de Gorbachev, algumas reformas políticas, na 
chamada Revolução de Veludo. 
 
 1990: o democrata Václav Havel foi eleito presidente e 
promoveu o ingresso do país na economia de mercado. 
 
 1992: a Tchecoslováquia é dividida em dois países 
independentes: República Tcheca e Eslováquia. 
A queda do socialismo na Tchecoslováquia 
Guerras e fim da Iugoslávia 
Guerras étnicas e o fim da Iugoslávia 
1945: 
o comunista 
croata Josie 
Broz, 
conhecido 
como Tito, 
proclama a 
República 
Socialista da 
Iugoslávia 
1980: 
Tito morre. Os 
anos seguintes 
foram 
marcados por 
uma grave 
crise 
econômica e 
pela eclosão 
dos 
movimentos 
nacionalistas 
Desintegração 
de Iugoslávia: 
reconhecimento 
da 
independência 
da Bósnia em 
1995, de 
Montenegro em 
2006 e de 
Kosovo em 2008 
1991-1992: 
a Eslovênia 
declara sua 
independência 
e, no ano 
seguinte, a 
Bósnia- 
-Herzegovina, 
gerando uma 
violenta 
reação sérvia, 
a Guerra da 
Bósnia 
Limpeza 
étnica: 
expulsão de 
bósnios 
muçulmanos, 
massacre de 
civis e 
aprisionament
o de croatas e 
bósnios em 
campos de 
concentração 
Formada por Sérvia, Croácia, 
Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, 
Montenegro, Macedônia e as 
repúblicas autônomas de 
Voivodina e Kosovo 
Intervenções da Otan e da ONU 
ANOTAÇÕES EM AULA 
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes 
Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves 
Preparação de texto: Mitsue Morrisawa 
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini 
Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna 
 
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Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida 
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio 
Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes 
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin 
Editor de arte: Fabio Ventura 
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini 
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres 
Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres 
 
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 
Todos os direitos reservados. 
 
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Brasil: da redemocratização 
aos diasatuais 
 Abril de 1984: a emenda Dante de Oliveira, que previa a 
realização de eleição direta para a escolha do próximo 
presidente, é derrotada na Câmara dos Deputados. 
 
 Janeiro de 1985: Tancredo Neves, pela coligação conhecida 
como Aliança democrática, vence Paulo Maluf, candidato 
apoiado pelo governo militar, na eleição indireta para a 
presidência da república, realizada no Colégio Eleitoral. 
 
Março de 1985: Tancredo adoece e seu vice, José Sarney, 
é empossado interinamente na presidência da república. 
 
 21 de abril de 1985: Tancredo morre e Sarney assume 
o cargo como titular. 
Sarney e o início da redemocratização 
(1985-1990) 
 Sarney promove várias mudanças que dão início ao processo 
de redemocratização do país. 
 
• Facilita o registro de partidos políticos, o que permite a 
legalização do PCB e do PC do B. 
• O Congresso aprova eleições diretas para as prefeituras 
das capitais e de outras cidades consideradas de 
segurança nacional. 
• O presidente convoca a Assembleia Constituinte, 
encarregada de elaborar uma nova Constituição para o país. 
 
 Para conter a inflação, que chegava a 200% ao ano, o governo 
cria o Plano Cruzado, em janeiro de 1986. 
Sarney e o início da redemocratização 
(1985-1990) 
 O cruzeiro, moeda brasileira na época, perde três zeros e vira 
cruzado. 
 
 Estabelece o congelamento de preços e salários. 
 
 Determina o reajuste salarial sempre que a inflação 
atingisse 20%. 
 
 Lança outros planos econômicos: o Plano Cruzado II (1986), 
o Plano Bresser (1987) e o Plano Verão (1989). 
Sarney e o início da redemocratização 
(1985-1990) 
A Constituição de 1988 
A Constituição de 1988 
(Constituição Cidadã) 
Voto 
facultativo aos 
analfabetos, 
jovens entre 
16 e 18 anos 
e maiores de 
70 anos 
O racismo e a 
tortura 
tornam-se 
crimes 
inafiançáveis e 
imprescritíveis 
Inclusão das 
principais 
conquistas 
trabalhistas 
desde a CLT 
Jornada de 
trabalho de 
44 horas 
semanais, 
direito de 
greve, 
adicional de 
1/3 do salário 
nas férias 
etc. 
Criação de 
medidas de 
proteção ao 
meio 
ambiente, aos 
grupos 
indígenas e às 
comunidades 
remanescente
s de 
quilombos 
Igualdade de 
direitos e 
obrigações 
entre homens 
e mulheres 
Membros da Assembleia Nacional Constituinte promulgam a Constituição, 
em 5 de outubro de 1988. 
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A Constituição de 1988 
 Depois de 29 anos, eleições diretas para presidente são 
realizadas em 1989, e Fernando Collor de Mello é eleito, 
no segundo turno, presidente da república. 
 
 Assim que assume o governo, em 1990, o novo presidente 
lança o Plano Brasil Novo, conhecido como Plano Collor. 
 
 A moeda circulante foi substituída pelo cruzeiro. 
 
• Depósitos em contas correntes e aplicações financeiras 
superiores a 50 mil cruzeiros (pouco mais de mil dólares 
na época) foram bloqueados por 18 meses. 
• Foram estabelecidos o congelamento de preços e salários 
e a redução de impostos para importados, entre outras 
medidas para promover a abertura do mercado brasileiro 
ao capital internacional. 
O governo Collor (1990-1992) 
 Cria o Programa Nacional de Desestatização (PND) e inicia a 
privatização de empresas estatais, extingue órgãos 
e empresas públicas, provocando a demissão de milhares 
de funcionários. 
 
 Abre o mercado brasileiro às importações e à entrada de 
capital estrangeiro, promove a modernização da indústria 
nacional e favorece a fusão ou a quebra de várias empresas 
brasileiras menores, que não estavam preparadas para 
competir no mercado mundial. 
 
 As medidas econômicas de Collor tiveram efeito recessivo, 
causando demissões e o aumento do desemprego. 
O governo Collor e a liberalização 
econômica 
 Denúncias de negociações desonestas envolvendo ministros 
e amigos de Collor dão origem à chamada “República das 
Alagoas”, em que se destacava o tesoureiro da campanha 
eleitoral de Collor, Paulo César (PC) Farias. 
 
 Pedro Collor, irmão do presidente, denuncia na imprensa 
o esquema de fraude eleitoral, suborno, sonegação de 
impostos, proteção a empresários e falsificação de 
concorrência pública, dirigido por PC Farias. 
Os “caras-pintadas” e a queda de Collor 
Maio de 1992: a Câmara Federal instala uma Comissão 
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as acusações 
sobre o chamado “esquema PC”. 
 
 Em protesto contra o governo, estudantes saem vestidos de 
preto e com os rostos pintados, originando o movimento dos 
“caras-pintadas”. 
 
 Setembro de 1992: a Câmara vota a abertura do processo de 
impeachment e Collor é afastado da presidência até a conclusão 
dos trabalhos. 
 
Dezembro de 1992: antes de o Senado votar o impeachment, 
Collor renuncia à presidência. Mesmo assim, é julgado e tem 
seus direitos políticos cassados por oito anos. 
Os “caras-pintadas” e a queda de Collor 
Estudantes que ficaram conhecidos como os "caras-pintadas" realizam 
manifestação pedindo o impeachment do presidente da república, 
Fernando Collor de Mello. Porto Alegre, 23 de agosto de 1992. 
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Os “caras-pintadas” e a queda de Collor 
 Abril de 1993: convoca o plebiscito, previsto na Constituição 
de 1988, para que a população decidisse sobre a forma de 
governo (monarquia ou república) e o sistema de governo 
(presidencialismo ou parlamentarismo) → vencem a república 
e o presidencialismo. 
Itamar Franco (1992-1994) 
 Julho de 1994: Itamar anuncia o Plano Real, plano de 
estabilização econômica criado pela equipe do ministro 
da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC). 
 
• O Brasil ganhou uma nova moeda, o real, em paridade 
com o dólar. 
• Forte redução na emissão de moeda. 
• Elevação das taxas de juros e restrição das vendas a prazo. 
• Privatização de empresas estatais e abertura da economia às 
importações. 
 
 Resultado imediato do Plano Real: queda da inflação, que 
passou de 47% em junho de 1994 para 3% no final do ano. 
Itamar Franco (1992-1994) 
O primeiro governo FHC (1995-1998) 
 O sucesso do Plano Real garantiu a vitória de Fernando 
Henrique nas eleições presidenciais de 1994, derrotando, no 
primeiro turno, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. 
O primeiro governo FHC 
(1995-1998) 
Reformas 
econômicas: 
privatização de 
empresas 
estatais, reforma 
constitucional 
que permitiram a 
quebra de 
monopólio estatal 
na exploração do 
petróleo e das 
telecomunicações 
Controle da 
inflação e 
manutenção de 
uma das 
maiores taxas 
de juros do 
mundo para 
atrair o capital 
estrangeiro 
1o de janeiro 
de 1995: 
criação do 
Mercosul, 
reunindo Brasil, 
Argentina, 
Uruguai e 
Paraguai 
1997: 
aprovação da 
emenda 
constitucional 
que garante a 
possibilidade 
de reeleição do 
presidente da 
república, 
governadores 
e prefeitos 
Baixíssimos 
índices de 
crescimento 
econômico e 
elevada taxa de 
desemprego 
O segundo governo FHC (1999-2002) 
 Obtém melhoria em alguns indicadores sociais com a 
redução do analfabetismo e da mortalidade infantil. 
 
 Programas como o de combate à aids e a lei de incentivo aos 
medicamentos genéricos resultaram, respectivamente, na 
queda drástica das mortes causadas pelo vírus HIV e no 
barateamento de muitos remédios. 
 
 Inúmeras organizações não governamentais (ONGs) de 
defesa dos direitos humanos são constituídas no país. 
 
 Aprova a Lei 8.685 (Lei do Audiovisual), que permite às 
empresas destinar parte dos impostos devidos à União à 
produção de obras cinematográficas. 
O segundo governo FHC (1999-2002) 
 Enfrenta crise no setor de energia elétrica em 2001, com 
o “apagão”, e posterior política de racionamento de energia, 
que prejudicou a indústria nacional. 
 
 Dificuldades no cenário econômico internacional levaram 
o governo a assinar um acordo com o FMI, que impôs um 
programa austero de cortes dos gastos públicos → as taxas 
de juros aumentaram,reduzindo a atividade econômica 
no país. 
 
 Enfrentando um quadro de desemprego e baixos salários, 
Fernando Henrique terminou o seu mandato com um índice 
de aprovação de apenas 23%, não conseguindo eleger seu 
candidato à sucessão. 
O primeiro governo Lula (2003-2006) 
O primeiro governo Lula 
(2003-2006) 
Política interna 
Indicação de 
Henrique Meirelles 
para a presidência 
do Banco Central: 
manutenção da 
política econômica 
de seu antecessor 
Cria e reformula 
programas sociais 
Fome Zero: 
vigente até 2003, 
atendia 1,5 
milhão de famílias 
carentes com 
R$ 50 ao mês 
Bolsa Família: criado 
em 2003, o programa 
estabelece a 
concessão de um 
benefício mensal a 
famílias carentes 
Política externa 
Entrada do Brasil no 
G-20, ampliação das 
relações diplomáticas 
com a África e o 
Oriente Médio e início 
da campanha para a 
inclusão do Brasil no 
Conselho de 
Segurança da ONU 
como membro 
permanente 
O primeiro governo Lula (2003-2006) 
Cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao lado de Lula, 
o vice José Alencar, em Brasília, 1o de janeiro de 2003. 
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 A crise política causada pelas denúncias de corrupção 
envolvendo o alto escalão do governo e membros da base 
aliada não impediu a reeleição de Lula, que derrotou, no 
segundo turno, o candidato Geraldo Alckmin, do PSDB. 
 
Manutenção da política econômica e criação do 
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 
em 2007 → investimentos em infraestrutura (portos, 
aeroportos, estradas, energia) por meio de parceria com 
a iniciativa privada. 
 
 Lançamento do Programa Pré-Sal, visando explorar 
petróleo em águas marinhas profundas → descobertas 
de grandes reservas. 
O segundo governo Lula (2007-2010) 
 Surgem novas denúncias de corrupção envolvendo aliados 
do governo no Congresso. 
 
Mesmo com alguns reflexos no Brasil da crise financeira 
internacional, que veio à tona em 2008, Lula terminou seu 
mandato com um altíssimo índice de aprovação, que lhe 
permitiu eleger Dilma Rousseff, do PT, à sucessão presidencial. 
O segundo governo Lula (2007-2010) 
 Dilma Rousseff foi a primeira mulher a ser eleita para a 
presidência do Brasil. 
 
• Em 2011, eleva a taxa de juros para conter o aumento 
da inflação e manter a economia estabilizada diante dos 
resquícios da crise econômica gerada nos Estados Unidos. 
• Denúncias de corrupção envolvendo ministros do governo 
levaram à troca de sete ministros, dificultando uma ação 
coesa do governo. 
• Em 2012, foi criada a Comissão Nacional da Verdade, 
com a tarefa de investigar violações de direitos humanos 
ocorridas na história recente do país. 
• O aprofundamento da crise econômica e financeira na zona 
do euro e a queda dos investimentos externos no Brasil 
levaram o governo a reduzir as taxas de juros e a adotar 
medidas para estimular o consumo e a produção industrial. 
O governo Dilma (início em 2011) 
Dilma Rousseff e Michel Temer sobem a rampa do Palácio do Planalto e são recebidos pelo 
presidente Lula e a primeira-dama Marisa Letícia, em Brasília, 1o de janeiro de 2011. 
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O governo Dilma (início em 2011) 
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Conflitos regionais e a 
economia globalizada 
 1948: a Organização das Nações Unidas (ONU) determina 
a divisão da Palestina em duas partes: a dos judeus 
e a dos palestinos. Porém, apenas o Estado de Israel, 
judaico, concretiza-se. 
 
 1948-1949: países árabes rejeitam a partilha e entram em 
guerra contra o Estado de Israel → Israel vence o conflito 
e amplia seus territórios na Palestina. 
 
 1956: Israel declara guerra ao Egito, que tinha 
nacionalizado o Canal de Suez e fechado o porto de Eilat, 
usado pelos israelenses como acesso ao Mar Vermelho → 
Israel vence o conflito. 
 
Guerras na Palestina 
Guerras na Palestina 
 1964: é criada a Organização para a Libertação 
da Palestina (OLP), dirigida por Yasser Arafat, que se 
transformou no principal porta-voz do povo palestino. 
 
 1967: Israel ataca a Jordânia, na chamada Guerra dos 
Seis Dias → derrota a Síria, o Egito e a Jordânia, ocupa 
Jerusalém Oriental, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza, as 
Colinas de Golã (da Síria) e a Península do Sinai (do Egito). 
 
 1973: Egito e Síria realizam ataque-surpresa a Israel, 
dando início a outro conflito, conhecido como Guerra 
do Yom Kippur. 
 
Guerras na Palestina 
 1987: inicia-se a insurreição popular conhecida como 
Intifada, contra a ocupação israelense e em defesa de um 
Estado palestino livre e soberano. 
 
 2000: inicia-se uma nova Intifada motivada pela construção 
de colônias judaicas nos territórios palestinos. 
 
 2005: Israel retira-se da Faixa de Gaza, mas continua 
ocupando a Cisjordânia e Jerusalém Oriental com 
assentamentos de colonos judeus → um muro é construído 
para isolar os territórios palestinos. 
Guerras no Líbano 
 1960-1970: vários grupos religiosos entram em disputa 
para governar o país, questionando o critério de escolher 
sempre um cristão maronita para a presidência e um 
muçulmano sunita para o cargo de primeiro-ministro. 
 
 As tensões crescem depois da Guerra dos Seis Dias (1967) 
e o crescimento do contingente de refugiados palestinos em 
território libanês. 
 
 1975: as disputas levam à guerra civil → cristãos contra 
muçulmanos apoiados por refugiados palestinos. 
 
 O governo libanês pede a intervenção da Síria para tentar 
acabar com o conflito → Israel ocupa o sul do Líbano. 
Guerras no Líbano 
 1982: o governo israelense de Ariel Sharon autoriza a 
entrada de milicianos cristãos da Falange nos campos de 
refugiados palestinos de Sabra e Chatila, no sul do Líbano, 
território ocupado por Israel. Cerca de 2 mil palestinos, a 
maioria crianças, idosos e mulheres, são mortos pela 
Falange cristã. 
 
 2000: Israel desocupa o sul do Líbano, pressionado pela 
resistência do grupo xiita libanês Hezbollah. 
 
 2006: Israel entra em guerra contra o Hezbollah e ataca 
cidades libanesas → o cessar-fogo é assinado com a 
intervenção da ONU. 
Guerras no Golfo Pérsico 
Guerra Irã-Iraque (1980-1988) 
 
 O Iraque de Saddam Hussein, seguidor do ramo sunita, 
invade o Irã, uma república islâmica xiita, visando controlar 
poços de petróleo e consolidar sua liderança regional. O Irã 
resiste e o conflito se estende por oito anos, deixando mais 
de 1 milhão de mortos. 
Guerras no Golfo Pérsico 
Primeira Guerra do Golfo (1990-1991) 
 
 Agosto de 1990: o Iraque invade o Kuwait sob a justificativa 
de proteger suas reservas naturais de petróleo em regiões 
fronteiriças. 
 
 Janeiro de 1991: a ONU autoriza uso da força contra o 
Iraque, e um contingentemilitar composto por 34 países, 
liderados pelos Estados Unidos, invade o Iraque e faz Saddam 
Hussein assinar o cessar-fogo. 
 
Guerras no Golfo Pérsico 
Segunda Guerra do Golfo (2003-2011) 
 
 Os Estados Unidos invadem novamente o Iraque, 
contrariando a decisão do Conselho de Segurança da ONU e 
acusando Saddam Hussein de fabricar armas de destruição 
em massa, o que não se comprovou. 
 
 Destruição generalizada do Iraque → captura e execução de 
Saddam Hussein → conflitos étnicos e religiosos pelo controle 
do país. 
 
Dezembro de 2011: as últimas tropas norte-americanas 
deixam o Iraque. 
Iraquiana xiita passa por uma patrulha do exército norte-americano no bairro 
de Al-Showla, Bagdá, em 5 de abril de 2004. 
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Guerras no Golfo Pérsico 
Conflitos no Afeganistão 
 1979: o Afeganistão é invadido pela União Soviética. 
 A resistência afegã, formada por grupos guerrilheiros, 
incluindo o de Osama bin Laden, recebe armas e dinheiro 
dos Estados Unidos, da China e do Irã. 
 1988-1989: a União Soviética retira suas tropas do 
Afeganistão. 
 2001: nova invasão do Afeganistão, desta vez pelos Estados 
Unidos, após os ataques aéreos de 11 de setembro de 2001 
contra as Torres Gêmeas em Nova York → a justificativa 
norte-americana era a de capturar e eliminar Osama Bin Laden, 
líder do grupo fundamentalista islâmico Al Qaeda, acusado 
de ser o mandante dos atentados. 
 2010: Osama bin Laden é localizado e morto em uma operação 
dos Estados Unidos no Paquistão. 
Conflitos na África 
O apartheid na África do Sul 
1948: 
descendentes de 
colonos ingleses 
e holandeses e 
integrantes do 
Partido Nacional 
(PN), conhecidos 
como 
africânderes, 
estabelecem o 
apartheid 
(separação) 
1950: 
reação do 
Congresso 
Nacional 
Africano 
(CNA) 
contra o 
apartheid 
1962: 
Nelson 
Mandela, 
líder do 
CNA, é 
condenado 
à prisão 
perpétua 
1984: 
diante de 
uma 
revolta 
popular, o 
governo 
racista da 
África do 
Sul decreta 
a lei 
marcial 
contra os 
negros 
A 
comunidade 
internaciona
l e a ONU 
reagem à 
medida e a 
lei marcial é 
revogada 
1992-
1994: é 
decretado o 
fim do 
apartheid e 
Nelson 
Mandela é 
eleito 
presidente 
da África 
do Sul 
Os não brancos (a maioria negros) são impedidos de 
participar da vida política e de possuir terras e 
obrigados a viver separados dos brancos 
Independência e guerra civil em Angola 
 1974-1975: a Revolução dos Cravos em Portugal, que 
derrubou a ditadura salazarista, impulsionou o movimento de 
independência nas colônias portuguesas na África, entre elas 
Angola, que se torna independente em 1975. 
 
 Após a independência, a Angola é tomada por uma violenta 
guerra civil causada pela disputa entre grupos rivais que 
desejavam o controle do país: o Movimento Popular de 
Libertação de Angola (MPLA), a Frente Nacional para a 
Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a 
Independência Total de Angola (Unita). 
 
 2002: fim do conflito armado, que deixou um saldo de 
1 milhão de mortos. 
Conflitos na América Latina 
Haiti 
 
 1957-1986: o país é submetido à ditadura da família Duvalier. 
 
 1990-1991: o democrata Jean-Bertrand Aristide assume o 
governo e, menos de um ano depois, é deposto por um golpe 
militar; o país passa a viver uma grave crise institucional, 
política e econômica. 
 
 Aristide reassume o poder, mas sofre novo golpe em 2004. 
 
 2004: para conter saques e tumultos, uma missão de paz da 
ONU, liderada pelo Brasil, é destacada para garantir a 
estabilização do país. 
 
 2010: um terremoto devasta o país e agrava a crise da 
economia haitiana, que ainda está em processo de reconstrução. 
Conflitos na América Latina 
Colômbia 
 
 Desde meados do século XX, a Colômbia é palco de lutas 
envolvendo o governo, grupos de guerrilha de esquerda, 
narcotraficantes e milícias paramilitares. 
 
 Ao longo da década de 1940, teve início a ação de grupos 
armados de inspiração socialista que defendiam a necessidade 
urgente de reformas sociais. 
 
 Surgem três importantes grupos guerrilheiros no país: 
as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), 
o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Exército 
Popular de Libertação (EPL). 
Conflitos na América Latina 
Colômbia 
 
 Álvaro Uribe, eleito em 2002 e reeleito em 2006, negocia 
a libertação de muitos reféns com guerrilheiros das Farc. 
 
 Atualmente, o país ainda enfrenta desigualdade social, 
desemprego e miséria. 
Política econômica adotada por muitos governos com o objetivo de adequar o 
liberalismo ao contexto capitalista iniciado no final da década de 1970 
Neoliberalismo 
Estado mínimo: 
defende a mínima 
intervenção do 
Estado na 
economia 
Liberdade 
econômica: 
defende que o 
mercado pode se 
autorregular, 
sem controle 
governamental 
Corte dos gastos 
públicos: 
prevê o combate à 
inflação por meio do 
controle dos gastos 
públicos, obtido com 
o enxugamento da 
máquina 
administrativa e a 
privatização de 
empresas estatais 
Combate o 
assistencialismo 
do Estado e o 
excesso de 
tributação 
Neoliberalismo 
Neoliberalismo 
 Os princípios liberais de desregulamentação da economia 
foram colocados em xeque pelas sucessivas crises 
financeiras ocorridas desde a década de 1990. 
 
 A crise financeira de 2008, por exemplo, causada pela 
especulação financeira e imobiliária desenfreada, só não 
teve danos mais graves porque os governos dos Estados 
Unidos e de outros países liberaram trilhões de dólares para 
salvar empresas e instituições financeiras em dificuldades. 
A globalização 
 Processo de integração econômica, política e cultural 
caracterizado pelo intenso intercâmbio de mercadorias, capitais, 
pessoas e serviços. 
 
 Condições que possibilitaram e impulsionaram o processo de 
globalização: 
 
• Derrubada de barreiras alfandegárias e criação de novos 
mercados consumidores. 
• Facilidade do fluxo mundial de capitais, que podem mudar de um 
país a outro em segundos, por meio do sistema financeiro. 
• Facilidade de intercâmbio de produtos, serviços e informações 
entre os países por meio das novas tecnologias da comunicação 
e da modernização dos meios de transporte. 
• Derrubada de custos e preços, barateando a informação e 
encurtando distâncias por meio de novas tecnologias como 
a internet. 
A globalização 
 Consequências da globalização: 
 
• Aumento da produtividade, redução de mão de obra e 
consequente aumento do desemprego em todo o mundo, pois 
muitas funções tornaram-se arcaicas, fora de uso ou 
desapareceram. 
• Valorização da mão de obra qualificada na tecnologia 
de ponta. 
• Barateamento de muitos produtos, especialmente os bens 
de consumo industrializados. 
• Quebra de muitas empresas nacionais despreparadas para 
a concorrência mundial. 
Os blocos econômicos 
Blocos econômicos no mundo globalizado 
Apec 
(Cooperação 
Econômica da Ásia 
e do Pacífico) 
 
1989 
Mercosul 
(Mercado 
Comum do Sul) 
 
 
1991 
UE (União 
Europeia) 
 
 
 
1992 
Nafta (Acordo de 
Livre Comércio 
da América do 
Norte) 
 
1994 
Países da Ásia, 
América, Europa e 
Oceania 
Brasil, Argentina, 
Uruguai, Venezuela e 
Paraguai (suspenso 
temporariamente) 
27 países europeus 
 em 2012 
Estados Unidos, 
Canadá e México 
Os blocos econômicos 
Os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Dilma Rousseff, do Brasil, conversam 
durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai, em 20 de dezembro de 2011. 
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A nova ordem geopolítica 
 Com o fim da Guerra Fria, o mundo passa a contar com quatro 
grandes protagonistas econômicos: Estados Unidos, União 
Europeia, China e Rússia, todos buscando desempenhar 
papéis cada vez mais relevantes nos assuntos internacionais. 
A nova ordem geopolítica 
 Destacam-se ainda outros grupos geopolíticos: 
 
• G-7: criado em 1976 pelos países capitalistas mais ricos do 
mundo (Estados Unidos,Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha, 
França, Itália e Japão), passou a incluir a Rússia em 1997, 
tornando-se o G-8. 
• G-20: criado no contexto da crise financeira mundial dos 
anos 1990, é formado pelos países do G-8, mais Austrália, 
Turquia, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Arábia 
Saudita, Argentina, Brasil, México, África do Sul e dois 
representantes da União Europeia. 
• Bric: formado em 2009 inicialmente por Brasil, Rússia, Índia 
e China, países que ampliaram sua participação na geração 
da riqueza mundial. Em 2011, a África do Sul incorporou-se 
ao grupo, que passou a se chamar Brics. 
ANOTAÇÕES EM AULA 
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes 
Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves 
Preparação de texto: Mitsue Morrisawa 
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini 
Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna 
 
EDITORA MODERNA 
Diretoria de Tecnologia Educacional 
Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida 
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio 
Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes 
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin 
Editor de arte: Fabio Ventura 
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini 
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres 
Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres 
 
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 
Todos os direitos reservados. 
 
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Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho 
São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 
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www.moderna.com.br 
2012 
http://www.moderna.com.br/
Desafios sociais e 
ambientais do século XXI 
Cidades e suas definições 
 As cidades contemporâneas são sinônimo de núcleo urbano, 
um aglomerado denso de construções e com a economia 
baseada no comércio, na indústria e nos serviços (bancos, 
hospitais, lazer, escolas, energia elétrica, saneamento etc.). 
Coliseu, em Roma, 2010. 
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Conceito de cidade no Brasil 
 No Brasil o conceito de cidade é administrativo: toda sede de 
município é considerada área urbana, não importando sua 
extensão territorial e população. 
 
 Para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE), um agrupamento humano só 
é urbano quando 85% da população vive em áreas com 
densidade demográfica maior que 150 habitantes por 
quilômetro quadrado. 
 
 Se esse critério fosse utilizado no Brasil, a maioria das cidades 
perderia o status de centro urbano, já que sua densidade 
demográfica está bem abaixo da estabelecida pela OCDE. 
O processo de urbanização no mundo 
 No início do século XIX, menos de 2% da população mundial 
vivia em cidades. 
 
 Em meados do século XX, a população urbana no mundo subiu 
para 30%. 
 
 Na primeira década do século XXI, mais da metade da 
população mundial já reside nas cidades. 
 
 Segundo projeções da ONU, em 2025, mais de 60% da 
população mundial estará vivendo em cidades. 
O processo de urbanização no mundo 
 Nos países desenvolvidos e em grande parte da América 
Latina e do Caribe, o percentual de urbanização atinge 
75%, enquanto na África e na Ásia 60% da população ainda 
vive em áreas rurais. 
 
 No Brasil, de 2000 para 2010, houve um acréscimo de 
23 milhões de habitantes urbanos e o grau de urbanização 
passou de 81,2% em 2000 para 84,4% em 2010. 
 
 A Região Sudeste continua sendo a mais urbanizada do 
Brasil, com um grau de urbanização de 92,9%. 
 
As megacidades 
Vista aérea da megacidade de Tóquio, no Japão. Foto 2010. 
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Megacidades 
1975: Tóquio, 
Nova York, Xangai, 
Cidade do México 
e São Paulo 
2010: 19 cidades 
2025 (projeções): 
25 cidades 
Aglomerados 
urbanos com mais 
de 10 milhões 
de habitantes 
As megacidades 
Cidades globais 
Cidades globais 
Centros financeiros, 
empresariais e 
tecnológicos, 
símbolos de poder 
e riqueza 
Cidades com 
relevância regional e 
internacional, 
independentemente 
de seu contingente 
demográfico 
Atualmente: 55 
cidades globais 
no mundo 
Habitação nas grandes cidades 
 O crescimento acelerado das cidades tem sido acompanhado 
de uma série de problemas: 
 
• Falta de moradias suficientes para toda a população; 
precárias condições de habitação, que podem ser notadas na 
expansão de favelas, cortiços e loteamentos clandestinos, 
muitos em áreas de risco, como morros. 
• Falta de infraestrutura básica, dificuldade de acesso a 
hospitais, escolas, espaços culturais etc. 
• Falta de empregos e crescimento da violência, fruto das 
tensões sociais existentes nos bairros periféricos das grandes 
cidades. 
Habitação nas grandes cidades 
Palafitas em favela na ilha de Deus, em Recife. Foto de 2010. 
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A questão ambiental 
 A partir da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, 
a expansão da vida nas cidades produziu grande impacto 
ambiental: consumo em grande escala de recursos naturais, 
contaminação do ar e da água pelo lixo industrial e doméstico 
e pela queima de combustíveis fósseis, provocando uma série 
de doenças. 
 
 Nos países pioneiros na industrialização, como Inglaterra, 
França, Alemanha e Estados Unidos, os investimentos 
públicos, com o tempo, foram capazes de reduzir os danos da 
expansão urbana e industrial e garantir a infraestrutura 
mínima necessária para a vida nos centros urbanos. 
 
 Nos países de industrialização tardia, como os da América 
Latina, por exemplo, a omissão do poder público e a miséria 
social transformaram o descaso ambiental também em 
questão de saúde pública. 
O aquecimento global 
 Aquecimento global: elevação da temperatura média da 
Terra, em função do aumento da concentração de gases de 
efeito estufa na atmosfera. 
 
 A explicação para o aquecimento global divide a comunidade 
científica em duas correntes principais: 
 
• Antropogênica: seria causado pela ação humana por meio 
do aumento do desmatamento e da emissão de gás carbônico 
(CO2), este gerado pela queima de combustíveis fósseis: 
carvão, petróleo e gás natural. 
• Natural: a elevação da temperatura média do planeta não 
seria resultado do aumento das emissões de CO2 pela ação do 
homem, mas um fenômeno relacionado aos processos físicos 
internos à própria natureza, como variações na circulação 
atmosférica e na produção de energia do Sol e o transporte 
de calor pelas correntes oceânicas. 
O aquecimento global 
Em Goiana, zona da mata norte do estado de Pernambuco, 
o Rio Goiana inundou as cidades ribeirinhas e invadiu a BR-101. 
Na foto, comunidade de Baldo do Rio, 18 de julho de 2011. 
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 Resultados do aquecimento global: degelo das calotas 
polares, elevação do nível dos oceanos, mudanças na 
direção das correntes marinhas e nos ventos, inundações, 
secas, extinção de espécies animais e vegetais etc. 
Medidas internacionais para 
conter o aquecimento global 
 As questões ambientais ficaram em evidência na virada do 
século XX com o aquecimento global e o consumo em grande 
escala dos recursos naturais, levando os países a adotarem 
medidas de desenvolvimento sustentável. 
 
 Criação em 1988 do Painel Intergovernamental sobre 
Mudanças de Climáticas (IPCC, sigla em inglês), 
um órgão das Nações Unidas para estudar e acompanhar 
as mudanças climáticas. 
Medidas internacionais para 
conter o aquecimento global 
Protocolo de Kyoto 
(1997) 
Objetivo: reduzir 
as emissões de 
gases causadores 
do aumento 
do efeito estufa 
nos países 
industrializados 
e promover o 
desenvolvimento 
responsável nos 
países 
emergentes