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Parênquima Vegetal

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Parênquima
As características apresentadas pelas células parenquimáticas levaram os pesquisadores a acreditarem que o parênquima seja o tecido mais primitivo dos vegetais. A origem parênquima, ou seja, de grupos de células ligadas por meio de plasmodesmas, parece ter surgido pela primeira vez nas algas Charophyceae. Os fósseis de plantas terrestres primitivas mostram que estes vegetais já apresentavam o corpo formado por parênquima e que este tecido já apresentava as características do parênquima encontrado nos musgos e nas hepáticas atuais. Acredita-se que durante a evolução o parênquima foi sofrendo modificações, dando origem aos diferentes tecidos que constituem o corpo do vegetal, se especializando para atender diferentes funções.
O parênquima é o principal representante do sistema fundamental de tecidos, sendo encontrado em todos os órgãos da planta, formando um contínuo por todo o corpo vegetal: no córtex da raiz, no córtex e na medula do caule e no mesofilo foliar. O parênquima pode existir ainda, como células isoladas ou em grupos, fazendo parte do xilema do floema e da periderme. Assim, o parênquima pode ter origem diversa, a partir do meristema fundamental do ápice do caule e da raiz, do procâmbio (e câmbio vascular) e do felogênio. 
Características do Tecido 
O parênquima é um tecido simples. Suas células são grandes e, geralmente, apresentam paredes primárias delgadas, cujos principais componentes são a celulose, hemicelulose e as substâncias pécticas. Essas paredes apresentam os campos primários de pontoação atravessados por plasmodesmas, através dos quais os protoplasmas de células vizinhas se comunicam.
As células parenquimáticas geralmente são vivas e apresentam vacúolos bem desenvolvidos. Essas células são descritas como isodiamétricas, entretanto, sua forma pode variar. Quando isoladas são mais ou menos esféricas, mas adquirem uma forma definida por ação das várias forças, ao se agruparem para formar um tecido.
O conteúdo dessas células varia de acordo com as atividades desempenhadas, assim podem apresentar numerosos cloroplastos, amiloplastos, substâncias fenólicas, etc. Como são células vivas e nucleadas, podem reassumir características meristemáticas, voltando a apresentar divisões celulares quando estimuladas. A cicatrização de lesões, regeneração, formação de raízes e caules adventícios e a união de enxertos, são possíveis devido ao reestabelecimento da atividade meristemática das células do parênquima. As células parenquimáticas podem ser consideradas simples em sua morfologia, mas, devido à presença de protoplasma vivo, são bastante complexas fisiologicamente. 
No parênquima é comum a presença de espaços intercelulares formados pelo afastamento das células, espaços esquizógenos. O tamanho e a quantidade desses espaços variam de acordo com a função do tecido. 
Tipos de Parênquima
Dependendo da posição no corpo do vegetal e do conteúdo apresentado por suas células, o parênquima pode ser classificado em: 
Fundamental ou de Preenchimento: encontrado no córtex e medula do caule e no córtex da raiz. Apresenta células, aproximadamente, isodiamétricas, vacuoladas, com pequenos espaços intercelulares.
Clorofiliano: ocorre nos órgãos aéreos dos vegetais, principalmente, nas folhas. Suas células apresentam paredes primárias delgadas, numerosos cloroplastos e espaços intercelulares, e são intensamente vacuoladas. O tecido está envolvido com a fotossíntese, convertendo energia luminosa em energia química, armazenando-a sob a forma de carboidratos. Os dois tipos de parênquima clorofiliano mais comuns encontrados no mesofilo são: 
Parênquima clorofiliano paliçádico: tem células alongadas que se apresentam dispostas perpendicularmente à epiderme. Possui muitos meatos e cloroplastos, sendo muito eficiente na fotossíntese, porém, é caracterizado por uma alta transmitância (quantidade de luz que passa sem ser absorvida).
Parênquima clorofiliano lacunoso: tem células “frouxas” que se dispõem de maneira a deixar numerosas lacunas. Faz menos fotossíntese, se comparado ao paliçádico, e possui baixa transmitância.
Parênquima clorofiliano plicado: a parede de suas células possui reentrâncias semelhantes a dobras. É encontrado em plantas com folhas pequenas.
O mesófilo compreende o tecido fundamental localizado entre as duas faces da epiderme, representado principalmente pelo parênquima clorofiliano (ou clorênquima). Estruturalmente, o mesófilo pode ser homogêneo ou heterogêneo.
Mesófilo homogêneo: possui um único tipo de parênquima.
Mesófilo heterogêneo: pode ser bifacial (apresenta paliçádico em cima e esponjoso embaixo) ou isobifacial (apresenta paliçádico em cima e embaixo e esponjoso no meio).
Reserva: o parênquima pode atuar como tecido de reserva, armazenando diferentes substâncias ergásticas, como por exemplo, amido, proteínas, óleos, etc., resultantes do metabolismo celular. Dependendo do tipo de substância que o parênquima de reserva armazena, ele pode receber uma denominação específica, para melhor caracterizar sua especialidade, sendo assim, classifica-se em amilífero, aerífero e aquífero.
Parênquima de reserva amilífero: reserva grãos de amido, sendo este carboidrato depositado nos amiloplastos. Essas reservas podem ser utilizadas como sustento da planta no início do desenvolvimento ou em momentos desfavoráveis a fotossíntese. 
Parênquima de reserva aquífero: as células deste tecido são especializadas em armazenar água. São volumosas, com grande vacúolo e paredes finas e geralmente desprovidas de cloroplastos. Apesar de finas, as paredes contêm, normalmente, barras espessadas de celulose, lignificadas ou não, que desempenham a função de dar sustentação às células. As células aquíferas são ricas em mucilagem, o que aumenta sua capacidade de reter água, pois a mucilagem é hidrofílica. Esse parênquima é encontrado em xerófitas (plantas de ambiente seco) e halófitas (plantas de ambientes salinos).
Parênquima de reserva aerífero: a especialidade deste parênquima é armazenar ar entre suas células. Este tecido tem como principal característica a presença de grandes e numerosos espaços intercelulares, como lacunas e câmaras, onde o ar é acumulado. O aerênquima é comum principalmente em plantas aquáticas, mas pode estar presente em outras plantas, em geral naquelas que habitam solos sujeitos ao alagamento. Além de promover a aeração nas plantas aquáticas, o aerênquima pode conferir leveza para a sua flutuação. 
Células de Transferência
Em muitas partes da planta, grandes quantidades de material são transferidos rapidamente a curtas distâncias, através de um tipo especial de células parenquimáticas denominadas células de transferência. Essas células apresentam modificações nas suas paredes, formando inúmeras invaginações voltadas para a face interna. Estas invaginações consistem numa forma especializada de parede secundária não lignificada, depositada sobre a parede primária. A plasmalema acompanha essa parede irregular, aumentando a superfície de absorção ou secreção de substâncias pelo protoplasma destas células. As células de transferência, geralmente, aparecem associadas aos elementos de condução do xilema e do floema, às estruturas secretoras, entre outras, sempre relacionadas com o transporte de nutrientes a curta distância.

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