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Curso Preparatório Certificação Agronegócio

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CORRESPONDENTES 
AGRONEGÓCIO
Curso – Parte I
C.A.M.Bergo AAI
1
Conteúdo Programático 
Curso Preparatório ao exame de Certificação 
Agronegócio
 Módulo I – Sistema Financeiro
◼ Estrutura e Funcionamento
◼ Funções do Banco Central
◼ Ouvidoria
◼ Correspondente Bancário no País
◼ Sistema de Informação de Crédito
 Módulo II – Mercado Financeiro
◼ Risco
◼ Prevenção Lavagem de Dinheiro
◼ Matemática Financeira
 Módulo III – Mercado Financeiro
◼ Empréstimo e Financiamento
◼ Características Gerais do Crédito
 Módulo IV
◼ Código de Defesa do Consumidor I
◼ Código de Defesa do Consumidor II
◼ Código de Defesa do Consumidor III
◼ Código de Defesa do Consumidor IV
◼ Código de Ética e Conduta
 Módulo V
◼ Visão do Agronegócio
◼ Crédito Rural
◼ SNCR – Sistema Nacional de Crédito Rural
2Cursos - Assban DF
Módulo I
Sistema Financeiro 
Nacional
3
Cursos - Assban DF
Sistema Financeiro Nacional
Normativo Conselho Monetário Nacional
Regulação e 
Fiscalização Bacen CVM
S
is
te
m
a
 d
e
 
In
te
rm
e
d
ia
ç
ã
o
Entidade de Auto-
Regulação
Sistemas e 
Camaras de 
Liquidação e 
Custódia
ANBIMA - ANCORD
SELIC CETIP CBLC
Susep
Bancos 
Comerciais
Agentes 
Especiais
Demais 
Agentes
SPB – Sistema de Pagamentos 
Brasileiro
BNDES
Corretoras de 
Valores
Corretoras de 
Câmbio
Bancos MúltiplosBancos de 
Investimento
Distribuidoras de 
Valores
Financeiras SCI Bolsas de Valores
Previc
4Cursos - Assban DF
http://www.bb.com.br/portalbb/home/geral/index.bb
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
Conselho Monetário Nacional – CMN
 O Conselho Monetário é um órgão normativo. Ele não é um órgão
executor. Exemplo: ele regula o funcionamento e a fiscalização das
instituições financeiras. Mas quem fiscaliza, na prática, é o Banco Central. É
o Conselho Monetário Nacional que define a meta de inflação anual.
Banco Central do Brasil (Bacen)
 É o principal executor das orientações do CMN e responsável por garantir o
poder de compra da moeda nacional.
 Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras.
 Executar a política monetária, de crédito e cambial, através das seguintes
medidas:
 Tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e
um sistema financeiro sólido e eficiente, consoante disposições da Lei
4.595, de 31 de dezembro de 1964, e legislação posterior.
5
Compra e Venda 
de Títulos 
Públicos federais
Compulsório
Redesconto e 
Empréstimos a 
Bancos
Controle do 
Crédito e do 
Câmbio
Emitir moeda.
Cursos - Assban DF
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
 Dentre as suas atividades principais, destacam-se a regulação e a
supervisão do SFN e a administração do Sistema de Pagamentos
brasileiros e do meio circulante.
 É uma autarquia do Governo Federal.
 Age com o objetivo de proporcionar educação e informação aos usuários
dos SFN e verificar o cumprimento das normas específicas de sua
competência, para que as instituições supervisionadas atuem em
conformidade às leis e à regulamentação.
O Bacen perante a sociedade
 Pauta sua atuação visando a manutenção do poder de compra da moeda
nacional.
 Executa as políticas monetária e cambial.
 Atua preventivamente no sentido de disciplinar a atuação dos agentes
financeiros.
 Realiza ações de esclarecimento sobre temas de interesse, tais como
elementos de segurança e autenticidade de cédulas e moedas, utilização de
moedas metálicas, conservação do dinheiro e operações de microcrédito.
 O Bacen dispõe de estrutura de atendimento ao público. “Linha Direta com o
Bacen” (0800-979-2345), que permite a ligação gratuita de qualquer lugar do
país, das 8h às 20h, nos dias úteis.
 Atende aos cidadãos por meio da internet e por correspondência, além de
prestar atendimento presencial na sede, em Brasília, e em todas as suas
representações regionais.
6Cursos - Assban DF
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
 Periodicamente, o Bacen elabora e distribui à população cartilhas sobre
temas diversos como juros e spread bancários, índices de preços, Copom
(Comitê de Política Monetária), indicadores fiscais, preços administrados,
gestão da dívida mobiliária e mercado aberto e contas externas.
 Como resultado de todas essas ações, os usuários do SFN e os cidadãos de
maneira geral encontram no Bacen uma fonte segura de informações
oferecidas por meio de atendimento personalizado, campanhas publicitárias
e internet, tendo o seu site figurado entre os mais visitados.
Atendimento, supervisão e ouvidoria
 O atendimento prestado pelo Bacen abrange três tipos de demandas, a
saber:
A. Fornecimento de informações sobre a legislação referente ao SFN,
funcionamento de instituições financeiras, administradoras de consórcios e
cooperativas de crédito, cotações de moedas, séries históricas e temas
econômicos e outros assuntos relacionados à atividade do Banco Central do
Brasil e do Conselho Monetário Nacional.
B. Recepção e apuração das reclamações com indícios de descumprimento
de normas.
C. Registro de reclamações, sugestões, críticas e elogios relacionados aos
serviços prestados pelo Banco Central do Brasil.
 Ao apresentar sua manifestação, o cidadão contribui para a melhoria do
padrão dos serviços
7Cursos - Assban DF
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
 Mensalmente, as reclamações recebidas dos cidadãos são compiladas no
chamado Ranking de Instituições Mais Reclamadas, divulgado na página do
Bacen na internet. No Ranking são relacionadas as instituições mais
reclamadas e os assuntos que têm gerado maior volume de reclamações.
 Além disso, a área de supervisão executa, em seus processos de inspeção
ordinária de bancos, rotinas de trabalho para averiguar e avaliar a estrutura
de cada instituição no que diz respeito ao atendimento a seus clientes e
usuários, bem como os processos relacionados à questão da qualidade do
atendimento prestado e o comprometimento da instituição com o tema.
8Cursos - Assban DF
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
Comunicação do BC com a sociedade
 Adicionalmente à divulgação desse Ranking, o Bacen tem utilizado diversos
instrumentos e ações com o objetivo de promover a melhoria na qualidade
tanto das relações entre os agentes do SFN e seus usuários quanto dos
serviços ofertados.
I. Sistema de Audiências Públicas, O público pode apresentar, via internet,
sugestões relativas à norma em audiência pública.
II. Pesquisas de opinião, que envolvem temas relativos à atuação do Banco
Central, tais como qualidade e manuseio de cédulas e moedas e oferta de
troco.
III. Participação em atividades promovidas por associações de classe de
instituições financeiras e administradoras de consórcios.
 O Bacen também conta com um mecanismo que propicia o aproveitamento
racional de argumentos e opiniões apresentados pela sociedade. Trata-se
do encaminhamento, aos responsáveis pela elaboração das normas, das
queixas do cidadão recebidas pela estrutura de atendimento ao público.
O site www.bcb.gov.br
 informações a respeito da estrutura organizacional, endereços,
departamentos e representações regionais, demonstrativos contábeis e
controles e relatórios de gestão e administração.
9Cursos - Assban DF
http://www.bcb.gov.br/
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
Serviços ao Cidadão
 Fale Conosco: oferece acesso aos formulários que permitem o
encaminhamento de pedidos de informação, ou o registro de reclamações
contra uma instituição supervisionada por esta autarquia.
 Ouvidoria: com acesso a partir da página inicial do site, oferece ao cidadão
formulário que permite, via comunicação eletrônica com o BC, o registro de
reclamações, sugestões, críticas ou elogios.
 Legislação e Normas: permite consulta às principais leis e decretos do SFN.
 Calculadora do Cidadão: permite ao cidadão executar cálculos financeiros.
 Administradoras de Consórcios: oferece ao cidadão a possibilidade de se
informaracerca dos consórcios.
 Cheques: propicia a obtenção do código de compensação e acesso a tabela
contendo os prazos para compensação e os motivos de devolução.
 Tarifas bancárias: com fundamento em informações encaminhadas pelas
instituições, o Bacen divulga os valores máximos, médios e mínimos
cobrados por serviço de cada instituição.
 Perguntas do Cidadão: contém textos sob a forma de perguntas e respostas
e apresenta conceitos básicos sobre temas de interesse da sociedade.
 Educação e Cultura: seção por meio da qual o cidadão tem acesso a
diversos assuntos (Museu, Acervo de arte, dentre outros)
 Atas do COPOM: Datas agendadas para as reuniões do comitê, além de
diversos relatórios e estatísticas sobre o SFN.
10Cursos - Assban DF
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
O Programa de Educação Financeira (PEF-BC)
 O Programa de Educação Financeira envolve campanhas e ações
educativas que visam a propiciar orientação à sociedade sobre assuntos
financeiros em geral, com destaque para o papel do BC como agente
promotor da estabilidade da economia. O programa apoia-se em cinco
pilares:
I. Planejamento Financeiro: como administrar melhor o dinheiro, noções
sobre orçamento (empresarial ou doméstico), compras a prazo, aplicações,
consumo planejado.
II. Economia: conhecimentos básicos sobre inflação, taxas de juros, variação
cambial, indicadores econômicos, poupança, dívidas interna e externa e
outros temas da atualidade, relacionados ao dia-a-dia das pessoas.
III. Operações Financeiras: conceitos bancários, tipos de operações, o que
são e como funcionam os agentes financeiros, direitos e deveres do
correntista, denúncias e reclamações, relacionamento com o Banco
Central, microfinanças.
IV. Banco Central: Banco Central do Brasil e bancos centrais - o que são,
como agem, funções, limites de atuação.
V. Meio Circulante: uso e preservação de cédulas e moedas, combate à
falsificação, história do dinheiro.
11Cursos - Assban DF
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
 O processo de supervisão busca assegurar a solidez e a eficiência do SFN
e o funcionamento regular das instituições financeiras e administradoras de
consórcios.
 A atuação do Bacen com relação às reclamações e denúncias tem por foco
verificar o cumprimento das normas, para que as instituições
supervisionadas atuem em conformidade às leis e à regulamentação.
 O Bacen não tem por objetivo principal a solução do problema individual
apresentado.
 Para a solução de casos individuais, o cidadão deve procurar a própria
instituição que lhe prestou o serviço ou comercializou o produto financeiro.
 Se as tentativas de solução por meio da agência ou posto de atendimento
ou ainda dos serviços telefônicos ou eletrônicos de atendimento ao
consumidor não apresentarem resultado, o cidadão deve procurar a
ouvidoria da instituição.
 As ouvidorias são componentes concebidos para atuar como canal de
comunicação entre essas instituições e os clientes e usuários de seus
produtos e serviços, inclusive na mediação de conflitos.
12
Em caso de insucesso, o cidadão poderá 
encaminhar sua demanda para os órgãos de 
defesa do consumidor competentes.
Cursos - Assban DF
Ouvidorias
 As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Bacen, que tenham clientes pessoas físicas ou pessoas jurídicas
classificadas como microempresas na forma da legislação própria devem
instituir a ouvidoria:
 A estrutura do componente organizacional deve ser compatível com a
natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e
sistemas de cada instituição.
13
Instituições
Clientes e 
Usuários de 
produtos e 
serviços
Cursos - Assban DF
Ouvidoria
As instituições devem:
 Dar ampla divulgação sobre a ouvidoria, bem como de informações
completas acerca da sua finalidade e forma de utilização;
 Garantir o acesso gratuito dos clientes e usuários de produtos e serviços ao
atendimento da ouvidoria, por meio de canais ágeis e eficazes; e
 Disponibilizar acesso telefônico gratuito, cujo número deve ser:
A. Divulgado e mantido atualizado em local e formato visível ao público no
recinto das suas dependências e nas dependências dos correspondentes
no País, bem como na internet e nos demais canais de comunicação
utilizados para difundir os produtos e serviços.
B. Registrado nos extratos, nos comprovantes, inclusive eletrônicos, nos
contratos formalizados com os clientes, nos materiais de propaganda e de
publicidade e nos demais documentos que se destinem aos clientes e
usuários dos produtos e serviços da instituição; e
C. Registrado e mantido permanentemente atualizado em sistema de
informações, na forma estabelecida pelo Bacen.
 Leasing: As instituições que também realizem operações de
arrendamento mercantil financeiro devem instituir o componente
organizacional de ouvidoria na própria instituição.
Atribuições da Ouvidoria
 Receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às
reclamações dos clientes e usuários de produtos e serviços que não forem
solucionadas pelo atendimento habitual realizado por agências e
quaisquer outros pontos de atendimento;.
14Cursos - Assban DF
Ouvidoria
Atribuições da Ouvidoria (continuação)
 Prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência aos reclamantes
acerca do andamento de suas demandas e das providências adotadas;
 Informar aos reclamantes o prazo previsto para resposta final, o qual não
pode ultrapassar quinze dias, contados da data da protocolização da
ocorrência;
 Encaminhar resposta conclusiva para a demanda dos reclamantes até o
prazo informado.
 Propor à Alta Administração da Instituição medidas corretivas ou de
aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decorrência da análise das
reclamações recebidas; e
 Elaborar, ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo
acerca da atuação da ouvidoria, contendo as proposições de que trata o
item anterior. Os relatórios devem permanecer à disposição do Bacen pelo
prazo mínimo de cinco anos na sede da instituição.
 O serviço prestado pela ouvidoria ser identificado por meio de número de
protocolo de atendimento.
 No estatuto ou no contrato social deve conter, de forma expressa, entre
outros, os seguintes dados:
A. as atribuições da ouvidoria;
B. os critérios de designação e de destituição do ouvidor e o tempo de duração
de seu mandato
15Cursos - Assban DF
Ouvidoria
Compromisso da Instituição
 Criar condições adequadas para o funcionamento da ouvidoria, bem
como para que sua atuação seja pautada pela transparência,
independência, imparcialidade e isenção; e
 Assegurar o acesso da ouvidoria às informações necessárias para a
elaboração de resposta adequada às reclamações recebidas, com total
apoio administrativo, podendo requisitar informações e documentos para
o exercício de suas atividades.
 A ouvidoria deve manter sistema de controle atualizado das
reclamações recebidas, de forma que possam ser evidenciados o
histórico de atendimentos e os dados de identificação dos clientes e
usuários de produtos e serviços, com toda a documentação e as
providências adotadas.
16
As instituições devem designar perante o 
Banco Central do Brasil os nomes do ouvidor e 
do diretor responsável pela ouvidoria.
Cursos - Assban DF
Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação
Comissão de Valores Mobiliários - CVM
 É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o
mercado de valores mobiliários do país, promovendo medidas
incentivadoras para a canalização de poupança de investimentos ao
mercado de capitais.
 Para este fim, exerce as funções de:
I. assegurar o funcionamento eficiente dos mercados de capitais (bolsas de
valores e mercado de balcão);
II. estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições
operadoras do mercado de capitais;
III. proteger os investidores, coibir fraudes e manipulação do mercado;IV. assegurar transparência de informações do mercado de capitais;
V. estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
VI. promover o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações.
 A CVM também regula e fiscaliza todos os Fundos de Investimento
 Valores Mobiliários: representa um investimento realizado em dinheiro,
com o intuito de lucro, ofertado ao público e sobre o qual o investidor não
possui controle direto. São valores mobiliários : Ações; Debêntures e Nota
Promissória (commercial paper); Swap e Cotas de Fundos de Investimento.
17Cursos - Assban DF
Principais Intermediários Financeiros
Bancos Comerciais
 Os bancos comerciais têm como objetivo principal proporcionar suprimento
de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o
comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas
físicas e terceiros em geral.
Bancos de Investimento
 Os bancos de investimento são instituições financeiras especializadas em:
financiamento de capital fixo e capital de giro, a médio e longo prazos;
administração de recursos de terceiros (administração e venda de fundos de
investimento); intermediação de títulos e valores mobiliários.
Bancos Múltiplos
 Os bancos múltiplos são instituições financeiras que realizam operações
ativas (operações de crédito), passivas (operações de captação) e serviços
diversos, por intermédio das seguintes carteiras: Comercial; de
investimento; de desenvolvimento (exclusiva para bancos públicos); de
crédito imobiliário; de crédito, financiamento e investimento (financeiras); de
arrendamento mercantil (leasing).
 O banco múltiplo deve ser constituído por, no mínimo, duas carteiras, sendo
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento. O banco
múltiplo com carteira comercial pode captar depósitos à vista.
18Cursos - Assban DF
Demais Agentes
SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia
 O SELIC é um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a
liquidação financeira das operações realizadas com títulos públicos
federais, garantindo segurança, agilidade e transparência nos negócios.
CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação
 A CETIP é um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a
liquidação financeira das operações realizadas com títulos privados,
garantindo segurança, agilidade e transparência nos negócios.
CBLC– Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
 A CBLC atua como Contraparte Central para todos os Agentes de
Compensação.
 Sua principal função é se colocar entre todos os compradores e vendedores,
assumindo o risco das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua
liquidação.
 Embora a CBLC possa custodiar diversos títulos e valores mobiliários, os
principais valores mobiliários custodiados na CBLC são as ações de
companhias abertas negociadas na bolsa de valores.
19Cursos - Assban DF
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.aprendendoainvestir.com/wp-content/uploads/2011/06/Ead-Sebrae.jpg&imgrefurl=http://www.aprendendoainvestir.com/page/4/&usg=__1sVOiQXRzmHAfyrwMeG7ooKhYMo=&h=375&w=500&sz=113&hl=pt-BR&start=48&zoom=1&tbnid=DN4s_aO1u1k5zM:&tbnh=98&tbnw=130&ei=8JLuUeOiM4fK4APKy4D4BQ&prev=/search%3Fq%3Dcblc%26start%3D40%26um%3D1%26sa%3DN%26biw%3D1280%26bih%3D834%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1&sa=X&ved=0CDsQrQMwBzgo
Demais Agentes
SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro
 Sistema de pagamentos é o conjunto de regras, procedimentos,
instrumentos e sistemas operacionais integrados que são utilizados para
pagamentos e transferências de fundos entre os diversos agentes
econômicos.
 O SPB compreende, de um lado, os bancos e os instrumentos de
pagamento (dinheiro em espécie, cheque, cartões de débito e de crédito,
etc.) e, do outro lado, os sistemas de compensação e de liquidação de
obrigações.
 Falhas na cadeia de pagamentos podem causar perda de confiança nas
instituições bancárias e, no limite, desestabilizar todo o sistema financeiro.
Para reduzir o risco sistêmico, isto é, a possibilidade de quebra em cadeia
de instituições financeiras (efeito dominó), os bancos centrais procuram
atuar para assegurar robustez e segurança aos sistemas de pagamentos.
 Uma das mais importantes mudanças foi a implantação do Sistema de
Transferência de Reservas (STR). Com esse sistema, operado pelo Banco
Central, as transferências de fundos interbancárias passaram a contar com a
opção de liquidação em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional.
Esse fato, por si só, já assegurou a redução dos riscos de liquidação nas
operações interbancárias.
20
A principal função do SPB é reduzir o risco sistêmico no SFN.
Cursos - Assban DF
Correspondente Bancário
 O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição contratante, que
assume inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos clientes e
usuários por meio do contratado, à qual cabe garantir a integridade, a
confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas por meio do
contratado, bem como o cumprimento da legislação e da regulamentação relativa a
essas transações.
 É vedada a contratação de entidade cujo controle societário, direta ou
indiretamente, seja exercido por administrador de quaisquer instituições
pertencentes ao conglomerado integrado pela instituição contratante.
 Não é admitida a celebração de contrato de correspondente que configure contrato
de franquia, nos termos da Lei 8.955, de 15.12.94, ou cujos efeitos sejam
semelhantes no tocante aos direitos e obrigações das partes ou às formas
empregadas para o atendimento ao público.
 O contrato deve ter por objeto as seguintes atividades de atendimento:
I recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à
vista, a prazo e de poupança.
II realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes
III recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes
da execução de contratos e convênios de prestação de serviços
21Cursos - Assban DF
Correspondente Bancário
IV execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da
instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
V recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de
arrendamento mercantil.
VI recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da
instituição contratante;
VII recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito.
VIII realização de operações de câmbio .
 Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares de coleta de
informações cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento
de dados.
Operações de Câmbio
 O atendimento prestado pelo correspondente em operações de câmbio deve ser
contratualmente restrito às seguintes operações:
I. compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem;
bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago.
II. execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência
unilateral do ou para o exterior; e
III. recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio.
 O contrato que inclua o atendimento nas operações de câmbio deve prever
as seguintes condições:
I. limitação ao valor de US$ 3.000,00, ou seu equivalente em outras moedas, por
operação;
II. Obrigatoriedade de entrega ao cliente de comprovante para cada operação de
câmbio realizada, contendo a identificação das partes, a indicação da moeda
estrangeira, da taxa de câmbio e dos valores em moeda estrangeira e em moeda
nacional; e
III. Observância das disposições do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais
Estrangeiros (RMCCI).
22Cursos - Assban DF
Correspondente Bancário
Condições Gerais 
I exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante vínculo
empregatício ou vínculo contratual de outraespécie com as pessoas naturais
integrantes da sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários;
II vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração
arquitetônica, logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela
instituição contratante em suas agências e postos de atendimento;
III divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador de serviços à
instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado,
com descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de
atendimento e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível
mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por
outras formas caso necessário para esclarecimento do público;
IV realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o correspondente,
no máximo, a cada dois dias úteis;
V utilização, pelo correspondente, exclusivamente de padrões, normas operacionais e
tabelas definidas pela instituição contratante, inclusive na proposição ou aplicação
de tarifas, taxas de juros, taxas de câmbio, cálculo de CET e quaisquer quantias
auferidas ou devidas pelo cliente, inerentes aos produtos e serviços de
fornecimento da instituição contratante;
VI vedação ao contratado de emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às
operações realizadas, ou cobrar por conta própria, a qualquer título, valor
relacionado com os produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante;
VII vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente, por conta de
recursos a serem liberados pela instituição contratante;
VIII vedação à prestação de garantia, inclusive coobrigação, pelo correspondente nas
operações a que se refere o contrato (exceto para bens e serviços fornecidos pelo
próprio correspondente no exercício de atividade integrante de seu objeto social);
IX realização, pelo contratado, de atendimento aos clientes e usuários relativo a
demandas envolvendo esclarecimentos, obtenção de documentos, liberações,
reclamações e outros referentes aos produtos e serviços fornecidos, as quais serão
encaminhadas de imediato à instituição contratante, quando não forem resolvidas
pelo correspondente.
23Cursos - Assban DF
Correspondente Bancário
Condições Gerais (continuação)
X permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados ao amparo
desta resolução, à documentação e informações referentes aos produtos e serviços
fornecidos, bem como às dependências do contratado e respectiva documentação
relativa aos atos constitutivos, registros, cadastros e licenças requeridos pela
legislação;
XI possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante, por sua iniciativa,
ou por determinação do Banco Central do Brasil;
XII observância do plano de controle de qualidade do atendimento, estabelecido pela
instituição contratante e das medidas administrativas nele previstas; e
XIII declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização, por
sua própria conta, das operações consideradas privativas das instituições
financeiras ou de outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o
infrator a penalidades previstas em Lei.
Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil
 O contrato de correspondente deve prever, com relação a essas atividades:
I - obrigatoriedade de, no atendimento prestado em operações de financiamento e de
arrendamento mercantil referentes a bens e serviços fornecidos pelo próprio
correspondente, apresentação aos clientes, durante o atendimento, dos planos
oferecidos pela instituição contratante e pelas demais instituições financeiras para
as quais preste serviços de correspondente;
II - uso de crachá pelos integrantes da respectiva equipe que prestem atendimento nas
operações de que trata o caput, expondo ao cliente ou usuário, de forma visível, a
denominação do contratado, o nome da pessoa e seu número de registro no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
III - envio, em anexo à documentação encaminhada à instituição contratante para
decisão sobre aprovação da operação pleiteada, da identificação do integrante da
equipe do correspondente, contendo o nome e o número do CPF, especificando:
24Cursos - Assban DF
Correspondente Bancário
Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil
a) no caso de operações relativas a bens e serviços fornecidos pelo próprio
correspondente, a identificação da pessoa certificada, responsável pelo
atendimento prestado; e
b) nas demais operações, a identificação da pessoa certificada que procedeu ao
atendimento do cliente; e
IV - liberação de recursos pela instituição contratante a favor do beneficiário, no caso
de crédito pessoal, ou da empresa fornecedora, nos casos de financiamento ou
arrendamento mercantil, podendo ser realizada pelo correspondente por conta e
ordem da instituição contratante, desde que, diariamente, o valor total dos
pagamentos realizados seja idêntico ao dos recursos recebidos da instituição
contratante para tal fim.
 O contrato deve prever, também, que os integrantes da equipe do correspondente,
que prestem atendimento em operações de crédito e arrendamento mercantil,
sejam considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de
reconhecida capacidade técnica.
 No caso de correspondentes ao mesmo tempo fornecedores de bens e serviços
financiados ou arrendados, admite-se a certificação de uma pessoa por ponto
de atendimento, que se responsabilizará, perante a instituição contratante, pelo
atendimento ali prestado aos clientes.
 A certificação de que trata este artigo deve ter por base processo de capacitação
que aborde, no mínimo, os aspectos técnicos das operações, a
regulamentação aplicável, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), ética e
ouvidoria.
 O correspondente deve manter cadastro dos integrantes de sua equipe
permanentemente atualizado, contendo os dados sobre o respectivo processo de
certificação, com acesso a consulta pela instituição contratante a qualquer tempo.
25Cursos - Assban DF
Correspondente Bancário
 Para cada convênio celebrado visando à concessão de crédito com
consignação, cujas propostas de operações sejam encaminhadas por
correspondentes, a instituição financeira deve implementar sistemática de
monitoramento e controle acerca da viabilidade econômica do convênio,
com a produção de relatórios gerenciais (*) contemplando todas as
receitas e despesas envolvidas, tais como custo de captação, taxa de juros
e remuneração paga ao correspondente sob qualquer forma, bem como
prazos das operações, probabilidade de liquidação antecipada e de cessão
e seus efeitos na rentabilidade.
(*) Os relatórios gerenciais devem ficar à disposição do Bacen até cinco anos
após o término de vigência do convênio.
Informações
 A instituição contratante deve manter na internet relação atualizada de seus
contratados, contendo as seguintes informações:
I. razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada contratado;
II. endereços dos pontos de atendimento ao público e respectivos nomes e
números de inscrição no CNPJ; e
III. atividades de atendimento, especificadas por ponto de atendimento.
 A instituição contratante deve disponibilizar, inclusive por meio de telefone,
informação sobre determinada entidade ser, ou não, correspondente e sobre
os produtos e serviços para os quais está habilitada a prestar atendimento.
26Cursos - Assban DF
Correspondente Bancário
Informações
 A instituição contratante deve segregar as informações sobre demandas e
reclamações recebidas pela instituição, nos respectivos serviços de
atendimento e de ouvidoria, apresentadas por clientes e usuários atendidos
por correspondentes.
 É vedada a cobrança, pela instituição contratante, de clientes atendidos pelo
correspondente, de tarifa, comissão, valores referentes a ressarcimento deserviços prestados por terceiros ou qualquer outra forma de remuneração,
pelo fornecimento de produtos ou serviços de responsabilidade da referida
instituição.
 É vedada a prestação de serviços por correspondente no recinto de
dependências da instituição financeira contratante.
 A instituição contratante deve realizar os seguintes procedimentos de informação
ao Bacen, na forma definida pela referida autarquia:
I. Designar diretor responsável pela contratação de correspondentes no País e pelo
atendimento prestado por eles;
II. Informar a celebração de contrato de correspondente, bem como posteriores
atualizações e encerramento, discriminando os serviços contratados;
III. Proceder à atualização das informações sobre os contratos de correspondente
enviadas até a data de entrada em vigor desta resolução; e
IV. Elaborar relatórios sobre o atendimento prestado por meio de correspondentes.
27Cursos - Assban DF
Sistema de Informação de Crédito
 O Sistema de Informações de Crédito do Banco Central – SCR é o principal
instrumento utilizado pela supervisão bancária para acompanhar as carteiras
de crédito das instituições financeiras. Nesse sentido, desempenha papel
importante na garantia da estabilidade do SFN e na prevenção de crises,
proporcionando mais facilidades para os tomadores de empréstimos e maior
transparência para a sociedade.
 É o maior cadastro brasileiro baseado em informações positivas e contém
dados sobre o comportamento dos clientes no que se refere às suas
obrigações contraídas no sistema financeiro.
A Central de Risco de Crédito
 As centrais de informações de crédito públicas são comuns em países da
Europa e da América Latina. No Brasil, surgiu, em 1997, com a finalidade de
dotar o Bacen de ferramentas que proporcionassem meios para avaliações
globais sobre o mercado de crédito, auxiliando no desempenho das
atividades de autoridade responsável pela supervisão do SFN.
 Desde então, as informações armazenadas no sistema vêm sendo utilizadas
também pelas instituições financeiras, desempenhando papel relevante na
avaliação do risco de crédito dos clientes e contribuindo para a diminuição
da inadimplência das operações.
O sistema SCR
 Para ampliar a base de dados e para facilitar ainda mais as consultas, o
Banco Central está lançando, em substituição à atual Central de Risco de
Crédito, o Sistema de Informações de Crédito do Banco Central – SCR, um
sistema mais completo, amigável, consistente e ágil e de acesso fácil pela
internet.
28Cursos - Assban DF
Sistema de Informação de Crédito
 O SCR é um banco de dados alimentado mensalmente pelas instituições
financeiras, mediante coleta de informações sobre as operações
concedidas.
 Atualmente, são armazenadas no banco de dados do SCR as operações
dos clientes com responsabilidade total igual ou superior a R$ 1 mil, a
vencer e vencidas, e os valores referentes às fianças e aos avais prestados
pelas instituições financeiras a seus clientes.
 A base legal para o sistema coletar e compartilhar informações entre as
instituições participantes do Sistema Financeiro Nacional e o respeito à
privacidade do cliente quanto ao sigilo e à divulgação de informações
obedecem às condições previstas na Lei Complementar 105/01 e na
Resolução 2.724/00.
 Todas as Instituições Financeiras são participantes do sistema. Elas são
agentes que, mediante autorização do Bacen captam recursos do público,
principalmente sob a forma de depósitos. Também concedem empréstimos
sob várias modalidades, além de aplicar em outros ativos, tais como títulos
do tesouro nacional. No entanto, as instituições financeiras podem se tornar
insolventes se acumularem créditos não honrados, isto é, se a clientela não
conseguir pagar os valores que tomou emprestado.
 Daí a necessidade de o Bacen, como órgão de regulação e supervisão do
sistema financeiro, municiar-se de instrumentos de avaliação dos riscos
envolvidos nas operações de crédito. Para tanto, o SCR armazena dados
sobre as operações contratadas por todas as instituições, de forma que o
Bacen pode adotar medidas preventivas com o objetivo de proteger os
recursos que os cidadãos confiam às instituições integrantes do sistema.
 O sistema fomenta a competição entre os agentes pela possibilidade de
oferta de taxas de juros menores nas operações que oferecem menor risco.
29Cursos - Assban DF
Sistema de Informação de Crédito
30
Principal Objetivo 
Reforçar os mecanismos de supervisão bancária, com aumento da eficácia 
de avaliação dos riscos inerentes à atividade. 
Os benefícios do SCR para a sociedade em geral
 Importante ferramenta de acompanhamento regular e sistemático do risco
de crédito dos agentes que concedem empréstimos e financiamentos.
 Amplia a capacidade de monitoramento das instituições financeiras pelo
Bacen.
 Além disso, permitirá não só a identificação dos clientes que pagam suas
obrigações em dia, como também a oportunidade de oferecer a eles taxas
de juros menores.
Os benefícios do SCR para as instituições financeiras
 Como instrumento de gestão de crédito, beneficia as instituições financeiras
pela ampliação do conhecimento acerca de seus clientes.
 O SCR contribui para a quantificação dos riscos por meio da compreensão
do nível de endividamento e do perfil de pagamento dos clientes. Permite a
análise de outros aspectos na avaliação de riscos, tais como a forma de
utilização do crédito e a exposição em moeda estrangeira.
 Serão disponibilizadas séries estatísticas da carteira de crédito do SFN, de
forma consolidada e por segmentos, suprindo demandas por informações
que auxiliem na compreensão do crédito em suas diferentes peculiaridades.
Cursos - Assban DF
Sistema de Informação de Crédito
O acesso às informações do SCR
 O acesso ao SCR pode ser feito pelas
instituições financeiras participantes do
sistema, pelos tomadores de
empréstimos e financiamentos e pelas
áreas especializadas do Bacen.
 As pessoas físicas e jurídicas podem se
cadastrar no Bacen para acessarem,
gratuitamente, por meio da internet, seus
dados porventura cadastrados no SCR.
Se conveniente, podem obter relatórios
com informações detalhadas a seu
respeito, diretamente nas Centrais de
Atendimento ao Público, mantidas pela
Autarquia em dez capitais do país,
mediante apresentação dos documentos
exigidos.
31
Para as instituições 
financeiras, é 
necessária a 
autorização expressa 
dos clientes. A 
inobservância desse 
requisito sujeitará os 
implicados às 
penalidades previstas 
na lei.
Consulta do SCR - Documentação exigida
Pessoa física: identidade e CPF.
Pessoa jurídica: contrato social (original ou cópia autenticada), certidão
da Junta Comercial, declaração atestando que os documentos
apresentados são atuais e fidedignos, bem como documento de
identificação do representante legal (original ou cópia autenticada).
Cursos - Assban DF
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.atria-sa.com.br/novosite/images/stories/people.jpg&imgrefurl=http://www.atria-sa.com.br/index.php%3Foption%3Dcom_content%26view%3Darticle%26id%3D7%26Itemid%3D11&usg=__zpOrh-TFHq0cU4NyrwMb2BfQcX8=&h=183&w=525&sz=25&hl=pt-BR&start=12&zoom=1&tbnid=CYramH40Gie2AM:&tbnh=46&tbnw=132&ei=hszvUdypEorK9gSDjoDoAg&prev=/search%3Fq%3Dacesso%2Bao%2Bscr%2Bbacen%26um%3D1%26biw%3D1280%26bih%3D834%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1&sa=X&ved=0CEMQrQMwCw
Sistema de Informação de Crédito
SCR – Uma fonte de informações positivas
 Ao contrário das centrais de informações restritivas, o SCR armazena
informações positivas sobre os tomadores de crédito.
 Nos cadastros restritivos, somente há registro sobre o cliente quando ocorre
algum fato desabonador, enquanto no SCR são registradas todas as
operações, desde que o valor seja igual ou superior a R$ 1 mil, não
importando se em atraso ou em dia.
 O SCR apresenta a situação das operações existentes no final de cada
mês. Sabe-se que, historicamente, mais de 2/3 dos devedores estãoem dia
com suas obrigações. Assim, mediante consulta a esse sistema, obtém-se,
na maioria das vezes, dados que caracterizam a situação positiva do cliente,
tais como sua pontualidade nos pagamentos e seu tempo de
relacionamento com o sistema financeiro.
A privacidade do cliente é preservada
 O SCR preserva a privacidade do cliente, pois exige que a instituição
financeira possua autorização expressa do cliente para consultar as
informações que lhe dizem respeito.
32
Importante
As pessoas físicas e jurídicas com registro no SCR não ficam impedidas
de contrair novos empréstimos e financiamentos. Prevalecerá sempre o
entendimento entre o cliente e a instituição financeira.
Cursos - Assban DF
Sistema de Informação de Crédito
O papel do Banco Central do Brasil no SCR
 O SCR foi criado pelo CMN e é administrado pelo Bacen, a quem cumpre
armazenar as informações encaminhadas e disciplinar o processo de
correção e atualização da base de dados pelas instituições financeiras
participantes.
 O Bacen preocupa-se com a qualidade das informações coletadas, condição
essencial para garantir o atingimento dos objetivos que nortearam a
implantação do SCR.
 Para assegurar a confiabilidade do sistema, os arquivos recebidos são
submetidos a um rigoroso processo de verificação, mediante a realização de
diversos testes de consistência. Qualquer erro detectado é objeto de
questionamento junto à instituição que enviou os arquivos.
 As instituições financeiras são responsáveis pelo encaminhamento
sistemático de dados sobre as operações de crédito. Cumpre a elas também
corrigir ou excluir as informações imprecisas.
 Eventuais questionamentos judiciais devem ser encaminhados diretamente
à instituição financeira que informou os dados sobre a operação.
33Cursos - Assban DF
Módulo II
Mercado Financeiro
34
Mercado Financeiro
Risco
Risco
 Possíveis ameaças ao capital, à liquidez e à rentabilidade esperada.
 Risco pode ser definido de várias formas e, uma delas, é dizer que risco é a
INCERTEZA de alcançar uma certa rentabilidade esperada, em um dado
período.
 As empresas que concedem créditos somente o fariam sem uma análise dos
clientes se não houvesse risco de inadimplência, o que não ocorre em
termos reais. O risco é inerente à atividade do crédito.
 Conhecer os riscos e suas causas diminui em muito a inadimplência. A
gestão do risco é um processo de identificação, análise e prevenção das
empresas que concedem créditos, portanto de todas as empresas, sejam
comerciais, industriais, financeiras ou de serviços.
 Há toda uma técnica de cálculo de tais riscos, sempre baseada em cenários
otimistas, conservadores e pessimistas, cuja técnica estatística é encontrar o
desvio padrão de todo o cenário. Quanto mais variáveis estiverem
envolvidas na análise, mais complexo é o cálculo do cenário.
 Os quatro principais riscos inerentes ao mercado financeiro e, por
conseguinte, do mercado de crédito são os seguintes:
A. Risco de Mercado
B. Risco de Crédito.
C. Risco Operacional
D. Risco de Liquidez
E. Risco Legal 
35Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Risco
Risco de Crédito
 O risco de crédito está presente em todas as operações denominadas de
“renda fixa”.
 É a incerteza do cumprimento do contrato pelas contrapartes.
 O risco de crédito é a possibilidade do não recebimento dos recursos a que
se tem direito, ou do seu recebimento fora do prazo e/ou condições
pactuadas.
 Consiste na possibilidade de os emissores de títulos não cumprirem suas
obrigações de pagar tanto o principal como os respectivos juros de suas
dívidas para com os investidores.
36
O que é um contrato?
Contrato é um acordo uma parte assume compromissos com outra
• Tradição
• Idoneidade
• Histórico de colocação e emissão de 
papéis.
Aspectos Subjetivos
• Análise econômico-financeira
• Adequação do retorno em relação ao 
risco
• Análise do desempenho e das 
perspectivas futuras do setor de 
atividade.
Aspectos Objetivos
Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Risco
Risco de Crédito
 Os títulos públicos federais são considerados “livres deste risco”
considerando a hipótese remota de ocorrer não pagamento por parte do
Tesouro Nacional.
 Caracteriza-se pela perda da parte ou da totalidade do principal acrescido
dos juros contratuais. O risco do não recebimento ocorre pelo não
pagamento por parte do devedor. Esse tipo de risco é comum nas
instituições financeiras.
Gerenciando Risco de Crédito
O gestor da carteira, por exemplo, deve adotar critérios que apontem para
capacidade de pagamento do tomador de crédito. Esta análise pode ser feita:
A. Internamente, conduzida pelo comitê de crédito da instituição financeira;
B. Utilizando a classificação de empresas especializadas nesse trabalho – as
agências classificadoras de risco como a Standard & Poors, Moodys e Fitch, por
exemplo.
37
Risco de Crédito
Possibilidade de “calote” por parte do tomador de 
empréstimo ou financiamento
Cursos - Assban DF
Risco
Risco Legal sobre o crédito
 A insegurança jurídica em relação aos contratos de crédito, ao colocar em
risco o recebimento dos valores pactuados ou prolongar excessivamente
sua cobrança judicial, retrai a oferta de crédito e aumenta o spread por dois
canais: por um lado, pressiona os custos administrativos das instituições
financeiras, em especial as áreas jurídica e de avaliação de risco de crédito;
por outro lado, reduz a certeza de recebimento da instituição financeira,
mesmo numa situação de contratação de garantias, pressionando o prêmio
de risco, ou seja, a taxa adicional para cobertura de não pagamentos
embutida no spread.
 Nos últimos anos, diversas iniciativas foram aprovadas pelo governo e no
âmbito do Legislativo para reduzir o risco de inadimplência e os custos
associados à morosidade da cobrança judicial. Dentre essas iniciativas,
destacam-se:
A. aprovação do crédito consignado em folha de pagamento;
B. aprovação da nova Lei de Falências e de alterações no Código Tributário
Nacional;
C. criação da Cédula de Crédito Bancário;
D. ampliação da alienação fiduciária em garantia;
E. estímulo ao microcrédito e às cooperativas de crédito;
F. reforma do Judiciário.
38Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Risco
Risco de Mercado
 O risco de mercado está relacionado à oscilação dos preços dos ativos em
seus respectivos mercados de negociação e pode ser dividido em quatro
grandes áreas:
I. Risco de taxa de Juros
II. Risco de taxa de câmbio
III. Risco de preço
IV. Risco de preço de commodities
 É caracterizado pela oscilação no preço ou valor de mercado de títulos ou
valores mobiliários que pode gerar perdas ou ganhos. A oscilação nos
preços dos ativos podem ser causados por eventos ligados ao mercado
como um todo ou ao segmento econômico no qual a empresa está inserida.
 A análise de investimentos considera perda a simples constatação de que
houve uma queda no valor de mercado de determinado ativo, apurado pelo
procedimento de marcação a mercado.
 Depende das ocorrências na economia, da política econômica interna e
externa proposta pelo governo, que pode afetar na concessão de créditos,
pois, em uma determinada situação, a política monetária pode retirar
dinheiro de circulação, resultando em alta da taxa de juros. Também pode
ocorrer o contrário: haver uma grande circulação de moeda, resultando na
baixa da taxa de juros.
 A capacidade de pagamento do devedor pode ser influenciada também por
eventos ligados ao mercado externo. Alterações na política cambial,
oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário econômico mundial,
riscos geopolíticos específicos de cada país, questões legais, regulatórias e
tributárias específicas de um país, podem trazer consequências para os
preços dos títulos provocando sua valorização ou desvalorização.
39Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Risco
Risco Operacional
 É a possibilidade do não retorno de um investimento em razão de problemas
operacionaisda instituição.
 Risco de perda decorrente de falhas cometidas por pessoas, inadequação
de processos ou tecnologia, ou por eventos externos. Na maioria das vezes
os riscos legal e de imagem são consequências de riscos operacionais.
 Por exemplo: a inclusão indevida de um CPF no SERASA .
 Está relacionado com a capacidade em detectar, conhecer, mensurar,
controlar e administrar os riscos existentes em suas posições contáveis.
 Está relacionado com a capacidade das instituições em detectar, conhecer,
mensurar, controlar e administrar os riscos existentes em suas posições
contáveis. Este tipo de risco pode ser dividido em três grandes áreas.
I. Risco Organizacional: decorre de uma organização ineficiente.
Administração sem objetivos de curto e longo prazos bem definidos, fluxo
ineficiente de informações internas e externas, fraudes etc.
II. Risco de Equipamentos: refere-se basicamente a problemas de falhas de
equipamentos e sobrecargas de sistemas (computadores, telefones, bancos
de dados etc.) motivados, principalmente, por obsolescência tecnológica da
estrutura operacional ou insuficiência de máquinas.
III. Risco Pessoal - O risco humano é está intimamente ligado às decisões
tomadas pelas pessoas no processo do crédito.
 Nas empresas, os executivos caracterizam-se pela tensão, tomando
decisões precipitadas e inconsequentes. Demonstrando falta de equilíbrio,
terão resultados desastrosos. Essa tensão deverá ser observada
principalmente pelo grau de insistência na obtenção do crédito.
 Nas pessoas, o grau de irritabilidade deve ficar evidente na solicitação e
entrevista para obtenção do crédito.
40Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Risco
Riscos de Reputação (imagem)
 Uma empresa pode sofrer o risco de reputação ou imagem, decorrente da
veiculação de informações que afetam negativamente sua imagem,
colocando em risco sua idoneidade em relação ao mercado, afetando todos
os tipos de transações: comerciais, financeiras e gerais.
 Refere-se a perdas ou danos decorrentes de uma situação que tenha
desgastado a imagem da instituição junto ao mercado ou às autoridades, em
razão de veiculação de informações negativas na mídia, verdadeiras ou não.
 O risco de imagem está diretamente ligado à qualidade do atendimento, bem
como à postura ética dos funcionários da instituição.
 Riscos de reputação ou imagem são particularmente danosos para bancos e
instituições financeiras, já que a natureza de seus negócios requer a
manutenção da confiança de depositantes, credores, concorrentes, órgãos
governamentais e do mercado em geral.
 Originam-se entre outras causas, de falhas operacionais e de deficiências no
cumprimento de leis e de regulamentos relevantes. Podemos citar como
exemplos: Boatos sobre a saúde financeira de uma instituição,
desencadeando uma corrida para saques dos valores depositados.
Envolvimento da instituição em processos de lavagem de dinheiro.
Risco Legal 
 Este risco é muito frequente, pois as pessoas podem questionar, por meio
da justiça, acerca das bases das transações efetuadas, contrariando as
expectativas das instituições concedentes dos créditos.
 Este tipo de Risco é muito comum, pois a grande maioria das pessoas
jurídicas, no Brasil, não tem uma Contabilidade baseada na legislação
vigente.
41Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Risco
Risco Legal (continuação)
 É a possibilidade de perdas decorrentes da inobservância de dispositivos
legais ou regulamentares, da mudança de legislação ou alterações na
jurisprudência aplicáveis às transações da organização.
 Por exemplo: A concessão de empréstimos a clientes sem a completa
observância dos instrumentos legais que regem a operação, tais como,
documentação incompleta, ausência de assinaturas ou assinaturas colhidas
de pessoas que não sejam os legítimos representantes da empresa.
 As perdas decorrentes das sanções aplicadas por órgãos reguladores e
pagamento de indenizações por danos a terceiros, por violação da
legislação vigente são classificadas como risco legal.
Risco de Liquidez
 O Risco de Liquidez é uma situação interna da pessoa jurídica ou física, em
dado momento, para saldar seus compromissos, ou seja, falta de caixa. Ao
analista de crédito se torna muito difícil visualizar tal situação.
 O risco de liquidez pode estar associado a:
A. Falta de liquidez no mercado em geral, decorrente de fatores de ordem
política ou econômica que reduzam o volume de dinheiro em circulação.
B. Dificuldade de negociabilidade de ativos, propriamente dito. É o caso dos
imóveis ou das ações de “segunda linha”, assim denominadas por serem
menos negociadas.
Risco Sistêmico (Risco de Mercado)
 O risco sistêmico é resultante de problemas que uma ou mais entidades passam a
enfrentar e que pode afetar negativamente o segmento de atuação da empresa,
por transmitir dificuldade às outras empresas, impedindo até mesmo sua
operacionalidade no mercado em que atua. Havendo agências reguladoras, poderá
ocorrer intervenção para evitar um colapso.
42Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Risco x Retorno
Risco versus retorno
 O retorno está diretamente associado aos riscos associados.
 Se observarmos o quadro acima veremos que existem quatro quadrantes
possíveis que associam os atributos RISCO e RETORNO. O ideal dos
mundos, desejado por todos é estar no quadrante superior esquerdo (1) no
qual a rentabilidade é alta e o risco é baixo. E o pior cenário, é estar no
quadrante inferior direito (4) no qual a rentabilidade é baixa e o risco é alto.
 Os tipos de risco devem ser analisados com as informações constantes na
Ficha Cadastral, que servirão para mensurar o fator de risco.
 Dentre as variáveis mais utilizadas, devemos considerar a capacidade
financeira como a fundamental.
 Para cada variável utilizada uma nota deve ser dada com base em sistema
de crédito, onde se fixa uma nota e estipula para o mais baixo nível de risco
a menor nota e a maior nota para o maior nível de risco.
2
RENTABILID
ADE ALTA
RISCO ALTO
3
RENTABILID
ADE BAIXA
RISCO 
BAIXO
4
RENTABILID
ADE BAIXA
RISCO ALTO
43Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Avaliação do Risco de Crédito
 Utilizando-se toda carteira de clientes, deve-se agrupar por tipo de cliente,
pessoas físicas separadas das pessoas jurídicas, volume de crédito,
montante, e características específicas. Deve-se, também, tabular os dados,
verificando-se as características de cada grupo, principalmente identificando
as causas da inadimplência.
 Aplicam-se todos os conceitos de estatísticas para a determinação do fator
de risco desejado, principalmente o conceito de desvio padrão.
Evitar os riscos significa:
 ter uma carteira de cliente diversificada.
 analisar a ficha cadastral do cliente com critério e
objetividade.
 analisar a performance temporal do cliente nos últimos anos.
 pedir garantias reais.
 ser racional e impessoal ao analisar as informações e dados.
 na dúvida, não conceder o crédito.
 Não analisar as possibilidades da existência do risco é a mesma coisa que
“dar de presente o crédito” e ficar reclamando da infelicidade.
 Conhecer os riscos e evitá-los é a forma mais racional e objetiva na
concessão do crédito e vale em qualquer situação profissional e pessoal.
 Aplicar as ferramentas corretas para alcançar os objetivos fixados é
imprescindível.
 É da máxima importância a utilização de instrumentos e de modelos de
mensuração que possibilitem conhecer e delimitar os riscos envolvidos.
 Conhecendo o risco, o investidor pode, inclusive, determinar a formação de
preços compatíveis com o nível de exposição assumido, bem como a
identificação de momentos adequados para realização de operações.
44Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Prevenção contra Lavagem de Dinheiro
 A lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais
ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país
dos recursos, bens e serviços que se originam ouestão ligados a atos
ilícitos. Em outras palavras, lavar recursos é fazer com que produtos de
crime pareçam ter sido adquiridos legalmente.
 A dissimulação é a base do processo de lavagem de dinheiro. Para o
sucesso de seu crime, o lavador oculta suas intenções e dificulta ao
máximo o rastreamento de suas operações. Assim, o dinheiro se afasta
de sua origem ilegal e retorna aos criminosos aparentemente limpo.
 No Brasil foi aprovada a Lei 9.613/98 que tipifica o crime de lavagem de
dinheiro.
 Também institui medidas que conferem maior responsabilidade a
intermediários econômicos e financeiros e cria, no âmbito do Ministério
da Fazenda, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(COAF).
 Foi editada a lei 12.683/2012 que promove algumas alterações na Lei
9.613/98 para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de
lavagem de dinheiro.
 Os paraísos fiscais* são países comumente utilizados pelos
criminosos com a finalidade de ocultar e impedir o rastreamento do
dinheiro obtido de forma escusa, dado que, pela natureza desses
países, existe o escudo do sigilo bancário e profissional absoluto.
 É importante ressaltar que os chamados paraísos fiscais não podem
ser associados exclusivamente a ações criminosas, existindo vários
usos legítimos para sua utilização como, por exemplo, a proteção de
patrimônios.
45Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Prevenção contra Lavagem de Dinheiro
O Crime
 A Lei nº. 9.613 dispõe sobre os crimes de lavagem de dinheiro ou
ocultação de bens, direitos e valores mobiliários e cria o COAF, órgão
disciplinar responsável pela prevenção e combate da prática de
“lavagem de dinheiro”.
 A sua principal tarefa é promover um esforço conjunto entre todos os
órgãos governamentais do Brasil que cuidam da implementação de
políticas nacionais voltadas para o combate à lavagem de dinheiro,
evitando que setores da economia continuem sendo utilizados nessas
operações ilícitas.
 A mencionada lei tipifica o crime de lavagem como aquele em que se
oculta ou dissimula a natureza, origem, localização, disposição,
movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores provenientes,
direta ou indiretamente, dos crimes antecedentes:
I. de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
II. de terrorismo;
III. de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à 
sua produção;
IV. de extorsão mediante sequestro;
V. contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para
outrem,
VI. direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou
preço para a prática ou omissão de atos administrativos;
VII. contra o sistema financeiro nacional;
VIII. praticado por organização criminosa;
IX. praticado por particular contra a Administração Pública estrangeira.
46Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Prevenção contra Lavagem de Dinheiro
Legislação e Regulamentação Correlata
 Abaixo temos, de forma resumida, os demais instrumentos legais:
1) Resolução CMN 2.025/93: altera e consolida as normas sobre abertura,
manutenção e movimentação de contas de depósitos e dispõe, também,
sobre a obrigatoriedade da identificação completa do depositante.
2) Circular Bacen 2.852/98: Define os procedimentos a serem adotados pelo
SFN na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes
previstos na Lei 9.613.
3) Lei complementar 105/01: Introduz novas diretrizes sobre o sigilo das
operações de instituições financeiras.
 O crime de lavagem de dinheiro decorre da tentativa de ocultar
recursos provenientes dos crimes considerados “antecedentes”.
Penalidades
 A Lei 9.613 prevê pena de reclusão de três a dez anos além de multa,
aplicável aos criminosos e a quem ocultar ou dissimular a utilização de
bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes
antecedentes.
 Esse envolvimento pode se caracterizar por situações nas quais um
agente:
A. converte bens obtidos de forma ilícita em ativos lícitos;
B. adquire, recebe, troca, negocia, guarda, movimenta ou transfere bens
ilícitos;
C. importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos
verdadeiros.
47Cursos - Assban DF
Prevenção contra Lavagem de Dinheiro
As três Etapas
Penalidades
 Estão expostos à mesma penalidade quem:
I. utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que
sabe serem provenientes de qualquer dos crimes antecedentes;
II. participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua
atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos na
Lei.
 O Consultor Financeiro também pode ser penalizado. Crime não
afiançável (o indiciado não pode ser libertado mediante pagamento de
fiança).
 Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro
envolvem teoricamente essas três etapas independentes que, com
frequência, ocorrem simultaneamente.
Colocação
 A primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema
econômico. O criminoso procura movimentar o dinheiro em países com
regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema
financeiro liberal (como os chamados “paraísos fiscais”). A colocação
se efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis
ou compra de bens
 Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos
aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o
fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e a
utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham
com dinheiro em espécie.
48Cursos - Assban DF
Prevenção contra Lavagem de Dinheiro
As três etapas
Ocultação
A segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento
contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de
evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a
origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma
eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas –
preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou
realizando depósitos em contas "fantasmas".
Integração
Nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema
econômico. As organizações criminosas buscam investir em
empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais
sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia,
torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
Colocação Ocultação Integração
49Cursos - Assban DF
Prevenção contra Lavagem de Dinheiro
Agentes Econômicos sujeitos à Lei
 A lei 9.613, em seu Art. 9º, identifica as pessoas que estão sujeitas às
obrigações legais – as pessoas jurídicas que tenham em caráter
permanente ou eventual como atividade principal ou acessória,
cumulativamente ou não:
I. A Captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
II. A compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro
ou instrumento cambial.
III. A custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação
intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.
Identificação e Manutenção de Registros dos Clientes
 Até 1998, as normas relativas à abertura, manutenção e movimentação
de contas de depósitos das pessoas físicas e jurídicas nas instituições
autorizadas a funcionar pelo Bacen eram consolidadas na Resolução
CMN 2.025/93.
 Após a promulgação da Lei 9.613/98 o Banco Central editou normas
específicas de prevenção à lavagem de dinheiro, com a aplicação do
princípio “Conheça seu Cliente” (Circular Bacen 2.852).
 Essa circular ampliou a quantidade de informações que as pessoas
físicas e jurídicas devem prestar quando da abertura de contas de
depósito, além de determinar que as instituições financeiras, e demais
pessoas jurídicas, mantenham a documentação apresentada em seus
arquivos.
50Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Prevenção contra Lavagem de Dinheiro
 O princípio “Conheça seu Cliente” deveser aplicado quando da análise da
capacidade financeira do cliente. E neste caso, se as informações em poder
da instituição não forem suficientes para justificar a movimentação financeira
do cliente, deve ser feita a comunicação de indício de lavagem de dinheiro.
 São consideradas operações suspeitas de indício de crime:
1. Movimentações ou pagamentos em dinheiro vivo de quantias que
ultrapassem a R$ 10 mil ou o equivalente em moeda estrangeira;
2. Aumento substancial no volume de depósitos bancários, sem causa
aparente, ou movimentação de recursos incompatível com a capacidade
financeira;
3. Quantidades expressivas de pequenos depósitos que, somados, resultem
em grandes valores;
4. Numerosas contas correntes;
5. Utilização sistemática de cofres de aluguel;
6. Solicitação frequente de elevação do limite de crédito;
7. Aquisição de ações sem patrimônio compatível;
8. Compra ou venda de ativos por preços significativamente superior ao do
mercado;
9. Operação realizada por pessoa física ou jurídica domiciliada em paraíso
fiscal;
10. Pagamento de imóvel com cheque de agências bancárias fronteiriças ou
localizadas no exterior.
51
Conhecer o cliente significa conhecer suas atividades e 
negócios, o mercado onde atua, as perspectivas desse 
mercado e, se possível, quem são seus clientes e 
fornecedores.
Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Compliance
 Para cumprimento da missão da empresa as relações devem ser baseadas
no respeito e boa conduta, de forma a estimular a melhoria continua dos
processos da organização e contribuir para o crescimento profissional dos
seus funcionários. São atitudes dessa natureza que estabelecem a
possibilidade ou não do reconhecimento da empresa no mercado.
Compliance
 Termo originário do inglês que significa “aderência, estar em conformidade
com algo”. Se refere ao dever de cumprir e fazer cumprir regulamentos
internos e externos impostos à atividades da instituição.
 No contexto dos serviços financeiros a função de compliance atua em dois
níveis:
I. Cumprimento das regras externas que são impostas à Organização como
um todo;
II. Estabelecimento de sistemas internos de controle capazes de constituir
parâmetros necessários para o cumprimento do que lhe é exigido por lei.
 As instituições financeiras buscam identificar e evitar qualquer desvio e
assegurar que o cliente tenha seus negócios com a instituição geridos de
acordo com as normas e diretrizes legais estabelecidas.
 A missão do compliance seria a de assegurar, juntamente com todos na
empresa, o funcionamento do sistema de controles, procurando diminuir
riscos e assegurar o cumprimento da lei e dos regulamentos existentes.
 Em um Banco, a função do compliance é a garantia de que os negócios, produtos,
serviços e processos sejam conduzidos segundo leis, normas e regulamentos
internos e externos. E é por isso que se diz que investir em controles internos e
compliance significa, em linhas gerais, buscar eficiência e eficácia das operações e
disponibilizar informações confiáveis e tempestivas, além de garantir o
cumprimento da legislação.
52Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Controles Internos
Controles Internos
 Definido com a totalidade das políticas e procedimentos adotados pela
instituição financeira, com o objetivo de assegurar que os riscos
inerentes às suas atividades sejam reconhecidos e administrados
adequadamente.
 No começo, a estrutura denominada Controles Internos, nasceu com a
finalidade de reduzir as possibilidades de fraude, apropriação indébita e
erros. No entanto, nos dias atuais, ampliou consideravelmente a sua
abrangência, impulsionada principalmente pela automação bancária e
crescentes eventos de falências e perdas financeiras.
 Alguns acontecimentos do mercado que antigamente poderiam passar
despercebidos, hoje são de grande repercussão no cenário nacional e
internacional pelo prejuízo causado ao sistema financeiro.
 Os controles internos, independentemente do porte da instituição,
devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e
risco das operações por ela realizadas.
 São de responsabilidade da diretoria da instituição (Resolução Bacen
2554/98):
I. Implantação/implementação de uma estrutura de controles internos
efetiva mediante a definição de atividades de controle para todos os
níveis de negócios da instituição;
II. Estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes a esses
controles;
III. A verificação sistemática da adoção/cumprimento dos procedimentos.
53Cursos - Assban DF
Mercado Financeiro
Controles Internos
As disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da instituição de
forma a assegurar sejam conhecidas a respectiva função no processo e as
responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização, devem prever:
I. a definição de responsabilidades dentro da instituição;
II. a segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de
forma a que seja evitado o conflito de interesses, bem como meios de
minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de
potencial conflito da espécie;
III. meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar
adversamente a realização dos objetivos da instituição;
IV. a existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários o
acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis informações
consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades;
V. a continua avaliação dos diversos riscos;
VI. o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma a
que se possa avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados,
se os limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo
cumpridos, bem como a assegurar que quaisquer desvios possam ser
prontamente corrigidos;
VII. a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico.
Os controles internos devem ser periodicamente revisados e
atualizados, de forma a que sejam a eles incorporadas medidas
relacionadas a riscos novos ou anteriormente não abordados.
 A atividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de
controles internos.
54Cursos - Assban DF
Módulo II - B
Elementos Básicos da 
Matemática Financeira
55
Noções Básicas de Matemática Financeira
 A matemática financeira teve seu início exatamente quando o homem criou
os conceitos de Capital, Juros, Taxas e Montante. Daí para frente, os
cálculos financeiros tornaram-se mais jutos e exatos, mas é preciso
conhecê-los, se possível muito bem.
Taxa de Juros e Juro
 Taxa de Juros é o índice que determina a remuneração do capital, ou seja, o
preço do “aluguel” do dinheiro num determinado período de tempo (dias,
meses, ano).
 É a porcentagem aplicada ao capital inicial que resulta no montante de juros
(i).
 Juros é o valor expresso em dinheiro (em reais, por exemplo) referente a
determinado capital e para determinado período.
 Pode ser definido como a remuneração do capital, ou seja, o valor pago
pelos devedores aos emprestadores em troca do uso do dinheiro.
 Ao fazer uma aplicação financeira, o montante final (Cn) resgatado após n
períodos deve ser igual ao capital inicial (C0) aplicado mais os juros (J)
ganhos na operação logo, podemos escrever:
56
Montante final = Capital inicial + J
Ou: Cn = C0 + J
Portanto: J= Cn – C0
Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
Capital (C ou VP) 
 Capital: valor aplicado por meio de alguma operação financeira. Também
conhecido como principal, valor atual, valor presente ou valor aplicado. Em
geral, o capital costuma ser representado por C0.
 Número de períodos: tempo, prazo ou período em determinado=a unidade
de tempo (dias, meses, anos, etc.) em que o capital é aplicado. Em geral o
número de períodos costuma ser simbolizado por n.
 Podemos dizer, também, que o juro é a remuneração pelo uso do dinheiro.
 Agrandeza do juro é definida por um coeficiente denominado TAXA. Esta se
expressa de duas formas:
a) Unitária, que apresenta o juro da unidade de capital, num período determinado,
tomado como unidade de tempo. Assim, se o juro de $ 1.000,00 em um ano é $
50, diz-se que a taxa anual de juro é: 0,05. A taxa unitária de juro é representada
por: i
b) A percentual representa o juro de 100 unidades de capital no período tomado como
unidade de tempo. Portanto, se $ 100,00 produzem $ 5,00 de juro, em um ano, diz-
se que a taxa anual de juro é cinco por cento e escreve-se 5% a.a.
 Assim, por exemplo, dada uma taxa percentual de 45% a.a., obtemos sua
equivalente forma unitária, fazendo 45% = 45/100.
O resultado dessa divisão expressa a taxa unitária: 0,45 a.a.
57
Juro é a remuneração do Capital empregado. 
Para o investidor: é a remuneração do investimento. 
Para o Tomador: é o custo do capital obtido por empréstimo.
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Noções Básicas de Matemática Financeira
Juros Simples
No regime de juros simples, o fato gerador dos juros sempre é o valor do
principal em função do tempo de aplicação, jamais se incorporando ao capital
para efeito de cálculo dos juros relativos ao período subsequente.
É elucidativo lembrar que, no cálculo dos juros simples, temos, ainda, juros
exatos e juros ordinários.
Juros exatos – quando se emprega no cômputo do tempo, o número de dias do
calendário civil (ano = 365 ou 366 dias, mês 28, 29, 30 e 31 dias, conforme o
caso).
Juros Ordinários – em que o tempo, por convenção, é mensurado segundo o
calendário comercial (ano = 360 dias; mês = 30 dias).
Fórmulas
São as seguintes as fórmulas empregadas no cálculo dos fatores envolvidos nos
juros simples:
 Exemplo: Vamos supor agora que você pegue um empréstimo de R$ 
4.000 que será pago em cinco meses com uma taxa de juros de 4% ao 
mês. Qual será o valor pago no final?
M = C * 1 + i * t
M = 4.000 * 1 + 0,04 * 5
M = 4.000 * 1 + 0,2
M = 4.000 * 1,2
M = 4.800
J = 4.800 – 4.000
J = 800.
58Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
Uma aplicação de $ 50.000,00 à taxa de 5% a.a. (0,05% a.a.), ao final de 3 anos,
no regime de juros simples, rende:
No final do 3º ano, o capital de R$ 50.000 renderia juros de $ 7.500, que podem
ser calculados pela fórmula:
j = C.i.n ou
j = 50.000 x 0,05 x 3 = R$ 7.500
Montante
É o capital inicial acrescido dos juros por ele produzidos ao final do prazo
estabelecido:
A fórmula para calculá-lo é: M = C (1+i.n)
Exemplo:
O montante de um capital de $ 10.000 em 6 meses, à taxa de 5% a.m. (0,05
a.m.) no regime de juros simples, será:
M = C (1+in)
M = 10.000 (1 + 0,05 x 6)
M = $ 13.000
59
Tempo (n Capital (C) Taxa (i) Juros (j) Juros 
acumulados
1 50.000 0,05 2.500 2.500
2 50.000 0,05 2.500 5.000
3 50.000 0,05 2.500 7.500
Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
60
Exemplos: 
 
Calcule os juros de R$ 10.000,00 aplicados a 30% a.a., de 15 de maio a 15 de 
agosto do mesmo ano, considerando: 
 
a) Juros exatos (je) 
b) Juros comerciais (jc). 
c) Juros bancários (jb). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16,756
92*
365
30,0
*000.10
=
=
e
e
J
J
 
00,750
90*
360
30,0
*000.10
=
=
c
c
J
J
 
67,766
92*
360
30,0
*000.10
=
=
b
b
J
J
 
 
 
 
 
 
 
Pode-se recorrer também a uma calculadora financeira HP 
12C: 
 
 
TECLAS VISOR 
15.052005 ENTER 15,052005 
15.082005 g 
 
 92,000000 
92 n 92,000000 
30 i 30,00000 
10000 CHS PV f INT 766,67 (Jb) 
R X<>Y 756,16 (Je) 
90 n f INT 750,00 (Jc) 
 
 
 
 
 Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
Capitalização composta
 A capitalização composta ocorre quando se utiliza o sistema de juros
compostos na apuração da rentabilidade de um investimento ou do encargo
de um empréstimo.
 Neste sistema, os juros são adicionados ao principal no fim de cada período,
formando o montante que será tomado como o principal para o período
seguinte.
 A capitalização pode ainda ser “contínua” ou “descontínua”. Capitalização
contínua é um regime de capitalização no qual os rendimentos são
calculados continuamente no tempo. Ou seja, o capital cresce linearmente
com o tempo.
 A capitalização descontínua é o regime de capitalização que, por
convenção, considera que o juro só é formado no fim de cada período de
tempo a que se refere a taxa.
 Se a taxa de juros é de 10% a.m., por exemplo, considera-se que o juro não
é formado a cada dia ou semana, mas apenas no fim de cada período
mensal. Este é o caso do cálculo dos juros da caderneta de poupança.
 Na capitalização descontínua, temos dois regimes de capitalização: o regime
de juros simples e o de juros compostos. Como já estudamos o regime de
juros simples, vamos abordar apenas o regime de juros compostos.
61Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
62
Juros compostos
Atenção:
 A unidade de tempo utilizada para o período (n) deve ser a mesma da taxa de juros (i).
Exemplo 
 
Qual o montante produzido por um capital de R$ 300.000,00 aplicado durante 
um ano, à taxa de 7,5% a.m., de juros compostos? 
 
88,533.714
)075,1(000.300 12
=
+=
M
M
 
 
 Função financeira 
 
TECLAS VISOR 
f CLX 0,00 
300000 CHS PV -300.000,00 
7,5 i 7,5 
12 n FV 714.533,88 
 
 
Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
63
Função matemática 
 
TECLAS VISOR 
f CLX 0,00 
300000 ENTER 300.000,00 
7,5 ENTER 7,5 
100 ÷ 0,075 
1 + 1.075 
12 YX x 714.533,88 
 
 
Fator de capitalização
A expressão algébrica (1 + i / 100)n é chamada de fator de capitalização,
pois ao multiplicar seu resultado pelo capital obtém-se o montante.
Exemplo: 
Para um capital de R$ 10.000,00 aplicado à taxa de 10% a.a., com juros 
compostos, por 2 anos: 
 
n Capital Juros Juros acumulados Montante 
0 10.000,00 0 0 10.000,00 
1 10.000,00 1.000,00 1.000,00 11.000,00 
2 11.000,00 1.100,00 2.100,00 12.100,00 
 
 
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Noções Básicas de Matemática Financeira
 Compare, no exemplo a seguir, a rentabilidade de R$ 100,00 investidos hoje, mantida
a aplicação no período de 10 anos ou 120 meses, à taxa de 1,5% ao mês nas
modalidades de juros simples e juros compostos:
64
Aplicando a fórmula: 
M = 10.000,00 x ( 1 + 10 / 100) 2 = 12.100,00 
Como J = M – C => j = 12.100,00 – 10.000,00 
 j = 2.100,00 
 
Da fórmula básica, deduzimos as demais fórmulas: 
 
 
 
 
 
 
 
Tempo 
 
 n = logM - logC 
 log (1 + i) 
Taxa 
 
 n 
i = M -- 1 
 C 
Capital 
 M 
C = _____________ 
 i n 
 1+ ___ 
 100 
 
Tipo de juros Capital Juros Montante 
Simples 100,00 180,00 280,00 
Compostos 100,00 496,93 596,93 
 
 Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real
Taxa Nominal
 É a taxa que encontramos nas operações correntes, ou seja, a taxa
visível aos participantes de uma transação, por exemplo, de um CDB
cotado a 13% ao ano.
 A inflação está inserida nessa cotação e não reflete, portanto, o ganho
real do investidor no investimento.
Taxa Real
 É a taxa nominal descontada a inflação do período. Ela será positiva
quando a taxa nominal for maior do que a inflação no mesmo período e
será negativa quando a taxa nominal for menor do que a inflação no
mesmo período.
Capitalização Simples versus Capitalização Composta
65Cursos - Assban DF
Noções Básicas de Matemática Financeira
Taxa de Juros Equivalente e Taxa de Juros Proporcional
 Muitas vezes a taxa de juros é expressa ao ano, mas a transação é por um
prazo menor e temos de achar a taxa correspondente ao período da
operação.
 Duas taxas são PROPORCIONAIS quando, considerados o mesmo
prazo e o mesmo capital, produzem o mesmo montante, no regime de
capitalização SIMPLES de juros.
 Duas taxas são EQUIVALENTES

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