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CORRESPONDENTES AGRONEGÓCIO Curso – Parte I C.A.M.Bergo AAI 1 Conteúdo Programático Curso Preparatório ao exame de Certificação Agronegócio Módulo I – Sistema Financeiro ◼ Estrutura e Funcionamento ◼ Funções do Banco Central ◼ Ouvidoria ◼ Correspondente Bancário no País ◼ Sistema de Informação de Crédito Módulo II – Mercado Financeiro ◼ Risco ◼ Prevenção Lavagem de Dinheiro ◼ Matemática Financeira Módulo III – Mercado Financeiro ◼ Empréstimo e Financiamento ◼ Características Gerais do Crédito Módulo IV ◼ Código de Defesa do Consumidor I ◼ Código de Defesa do Consumidor II ◼ Código de Defesa do Consumidor III ◼ Código de Defesa do Consumidor IV ◼ Código de Ética e Conduta Módulo V ◼ Visão do Agronegócio ◼ Crédito Rural ◼ SNCR – Sistema Nacional de Crédito Rural 2Cursos - Assban DF Módulo I Sistema Financeiro Nacional 3 Cursos - Assban DF Sistema Financeiro Nacional Normativo Conselho Monetário Nacional Regulação e Fiscalização Bacen CVM S is te m a d e In te rm e d ia ç ã o Entidade de Auto- Regulação Sistemas e Camaras de Liquidação e Custódia ANBIMA - ANCORD SELIC CETIP CBLC Susep Bancos Comerciais Agentes Especiais Demais Agentes SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro BNDES Corretoras de Valores Corretoras de Câmbio Bancos MúltiplosBancos de Investimento Distribuidoras de Valores Financeiras SCI Bolsas de Valores Previc 4Cursos - Assban DF http://www.bb.com.br/portalbb/home/geral/index.bb Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação Conselho Monetário Nacional – CMN O Conselho Monetário é um órgão normativo. Ele não é um órgão executor. Exemplo: ele regula o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras. Mas quem fiscaliza, na prática, é o Banco Central. É o Conselho Monetário Nacional que define a meta de inflação anual. Banco Central do Brasil (Bacen) É o principal executor das orientações do CMN e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional. Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras. Executar a política monetária, de crédito e cambial, através das seguintes medidas: Tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente, consoante disposições da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e legislação posterior. 5 Compra e Venda de Títulos Públicos federais Compulsório Redesconto e Empréstimos a Bancos Controle do Crédito e do Câmbio Emitir moeda. Cursos - Assban DF Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação Dentre as suas atividades principais, destacam-se a regulação e a supervisão do SFN e a administração do Sistema de Pagamentos brasileiros e do meio circulante. É uma autarquia do Governo Federal. Age com o objetivo de proporcionar educação e informação aos usuários dos SFN e verificar o cumprimento das normas específicas de sua competência, para que as instituições supervisionadas atuem em conformidade às leis e à regulamentação. O Bacen perante a sociedade Pauta sua atuação visando a manutenção do poder de compra da moeda nacional. Executa as políticas monetária e cambial. Atua preventivamente no sentido de disciplinar a atuação dos agentes financeiros. Realiza ações de esclarecimento sobre temas de interesse, tais como elementos de segurança e autenticidade de cédulas e moedas, utilização de moedas metálicas, conservação do dinheiro e operações de microcrédito. O Bacen dispõe de estrutura de atendimento ao público. “Linha Direta com o Bacen” (0800-979-2345), que permite a ligação gratuita de qualquer lugar do país, das 8h às 20h, nos dias úteis. Atende aos cidadãos por meio da internet e por correspondência, além de prestar atendimento presencial na sede, em Brasília, e em todas as suas representações regionais. 6Cursos - Assban DF Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação Periodicamente, o Bacen elabora e distribui à população cartilhas sobre temas diversos como juros e spread bancários, índices de preços, Copom (Comitê de Política Monetária), indicadores fiscais, preços administrados, gestão da dívida mobiliária e mercado aberto e contas externas. Como resultado de todas essas ações, os usuários do SFN e os cidadãos de maneira geral encontram no Bacen uma fonte segura de informações oferecidas por meio de atendimento personalizado, campanhas publicitárias e internet, tendo o seu site figurado entre os mais visitados. Atendimento, supervisão e ouvidoria O atendimento prestado pelo Bacen abrange três tipos de demandas, a saber: A. Fornecimento de informações sobre a legislação referente ao SFN, funcionamento de instituições financeiras, administradoras de consórcios e cooperativas de crédito, cotações de moedas, séries históricas e temas econômicos e outros assuntos relacionados à atividade do Banco Central do Brasil e do Conselho Monetário Nacional. B. Recepção e apuração das reclamações com indícios de descumprimento de normas. C. Registro de reclamações, sugestões, críticas e elogios relacionados aos serviços prestados pelo Banco Central do Brasil. Ao apresentar sua manifestação, o cidadão contribui para a melhoria do padrão dos serviços 7Cursos - Assban DF Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação Mensalmente, as reclamações recebidas dos cidadãos são compiladas no chamado Ranking de Instituições Mais Reclamadas, divulgado na página do Bacen na internet. No Ranking são relacionadas as instituições mais reclamadas e os assuntos que têm gerado maior volume de reclamações. Além disso, a área de supervisão executa, em seus processos de inspeção ordinária de bancos, rotinas de trabalho para averiguar e avaliar a estrutura de cada instituição no que diz respeito ao atendimento a seus clientes e usuários, bem como os processos relacionados à questão da qualidade do atendimento prestado e o comprometimento da instituição com o tema. 8Cursos - Assban DF Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação Comunicação do BC com a sociedade Adicionalmente à divulgação desse Ranking, o Bacen tem utilizado diversos instrumentos e ações com o objetivo de promover a melhoria na qualidade tanto das relações entre os agentes do SFN e seus usuários quanto dos serviços ofertados. I. Sistema de Audiências Públicas, O público pode apresentar, via internet, sugestões relativas à norma em audiência pública. II. Pesquisas de opinião, que envolvem temas relativos à atuação do Banco Central, tais como qualidade e manuseio de cédulas e moedas e oferta de troco. III. Participação em atividades promovidas por associações de classe de instituições financeiras e administradoras de consórcios. O Bacen também conta com um mecanismo que propicia o aproveitamento racional de argumentos e opiniões apresentados pela sociedade. Trata-se do encaminhamento, aos responsáveis pela elaboração das normas, das queixas do cidadão recebidas pela estrutura de atendimento ao público. O site www.bcb.gov.br informações a respeito da estrutura organizacional, endereços, departamentos e representações regionais, demonstrativos contábeis e controles e relatórios de gestão e administração. 9Cursos - Assban DF http://www.bcb.gov.br/ Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação Serviços ao Cidadão Fale Conosco: oferece acesso aos formulários que permitem o encaminhamento de pedidos de informação, ou o registro de reclamações contra uma instituição supervisionada por esta autarquia. Ouvidoria: com acesso a partir da página inicial do site, oferece ao cidadão formulário que permite, via comunicação eletrônica com o BC, o registro de reclamações, sugestões, críticas ou elogios. Legislação e Normas: permite consulta às principais leis e decretos do SFN. Calculadora do Cidadão: permite ao cidadão executar cálculos financeiros. Administradoras de Consórcios: oferece ao cidadão a possibilidade de se informaracerca dos consórcios. Cheques: propicia a obtenção do código de compensação e acesso a tabela contendo os prazos para compensação e os motivos de devolução. Tarifas bancárias: com fundamento em informações encaminhadas pelas instituições, o Bacen divulga os valores máximos, médios e mínimos cobrados por serviço de cada instituição. Perguntas do Cidadão: contém textos sob a forma de perguntas e respostas e apresenta conceitos básicos sobre temas de interesse da sociedade. Educação e Cultura: seção por meio da qual o cidadão tem acesso a diversos assuntos (Museu, Acervo de arte, dentre outros) Atas do COPOM: Datas agendadas para as reuniões do comitê, além de diversos relatórios e estatísticas sobre o SFN. 10Cursos - Assban DF Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação O Programa de Educação Financeira (PEF-BC) O Programa de Educação Financeira envolve campanhas e ações educativas que visam a propiciar orientação à sociedade sobre assuntos financeiros em geral, com destaque para o papel do BC como agente promotor da estabilidade da economia. O programa apoia-se em cinco pilares: I. Planejamento Financeiro: como administrar melhor o dinheiro, noções sobre orçamento (empresarial ou doméstico), compras a prazo, aplicações, consumo planejado. II. Economia: conhecimentos básicos sobre inflação, taxas de juros, variação cambial, indicadores econômicos, poupança, dívidas interna e externa e outros temas da atualidade, relacionados ao dia-a-dia das pessoas. III. Operações Financeiras: conceitos bancários, tipos de operações, o que são e como funcionam os agentes financeiros, direitos e deveres do correntista, denúncias e reclamações, relacionamento com o Banco Central, microfinanças. IV. Banco Central: Banco Central do Brasil e bancos centrais - o que são, como agem, funções, limites de atuação. V. Meio Circulante: uso e preservação de cédulas e moedas, combate à falsificação, história do dinheiro. 11Cursos - Assban DF Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação O processo de supervisão busca assegurar a solidez e a eficiência do SFN e o funcionamento regular das instituições financeiras e administradoras de consórcios. A atuação do Bacen com relação às reclamações e denúncias tem por foco verificar o cumprimento das normas, para que as instituições supervisionadas atuem em conformidade às leis e à regulamentação. O Bacen não tem por objetivo principal a solução do problema individual apresentado. Para a solução de casos individuais, o cidadão deve procurar a própria instituição que lhe prestou o serviço ou comercializou o produto financeiro. Se as tentativas de solução por meio da agência ou posto de atendimento ou ainda dos serviços telefônicos ou eletrônicos de atendimento ao consumidor não apresentarem resultado, o cidadão deve procurar a ouvidoria da instituição. As ouvidorias são componentes concebidos para atuar como canal de comunicação entre essas instituições e os clientes e usuários de seus produtos e serviços, inclusive na mediação de conflitos. 12 Em caso de insucesso, o cidadão poderá encaminhar sua demanda para os órgãos de defesa do consumidor competentes. Cursos - Assban DF Ouvidorias As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen, que tenham clientes pessoas físicas ou pessoas jurídicas classificadas como microempresas na forma da legislação própria devem instituir a ouvidoria: A estrutura do componente organizacional deve ser compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas de cada instituição. 13 Instituições Clientes e Usuários de produtos e serviços Cursos - Assban DF Ouvidoria As instituições devem: Dar ampla divulgação sobre a ouvidoria, bem como de informações completas acerca da sua finalidade e forma de utilização; Garantir o acesso gratuito dos clientes e usuários de produtos e serviços ao atendimento da ouvidoria, por meio de canais ágeis e eficazes; e Disponibilizar acesso telefônico gratuito, cujo número deve ser: A. Divulgado e mantido atualizado em local e formato visível ao público no recinto das suas dependências e nas dependências dos correspondentes no País, bem como na internet e nos demais canais de comunicação utilizados para difundir os produtos e serviços. B. Registrado nos extratos, nos comprovantes, inclusive eletrônicos, nos contratos formalizados com os clientes, nos materiais de propaganda e de publicidade e nos demais documentos que se destinem aos clientes e usuários dos produtos e serviços da instituição; e C. Registrado e mantido permanentemente atualizado em sistema de informações, na forma estabelecida pelo Bacen. Leasing: As instituições que também realizem operações de arrendamento mercantil financeiro devem instituir o componente organizacional de ouvidoria na própria instituição. Atribuições da Ouvidoria Receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às reclamações dos clientes e usuários de produtos e serviços que não forem solucionadas pelo atendimento habitual realizado por agências e quaisquer outros pontos de atendimento;. 14Cursos - Assban DF Ouvidoria Atribuições da Ouvidoria (continuação) Prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência aos reclamantes acerca do andamento de suas demandas e das providências adotadas; Informar aos reclamantes o prazo previsto para resposta final, o qual não pode ultrapassar quinze dias, contados da data da protocolização da ocorrência; Encaminhar resposta conclusiva para a demanda dos reclamantes até o prazo informado. Propor à Alta Administração da Instituição medidas corretivas ou de aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decorrência da análise das reclamações recebidas; e Elaborar, ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acerca da atuação da ouvidoria, contendo as proposições de que trata o item anterior. Os relatórios devem permanecer à disposição do Bacen pelo prazo mínimo de cinco anos na sede da instituição. O serviço prestado pela ouvidoria ser identificado por meio de número de protocolo de atendimento. No estatuto ou no contrato social deve conter, de forma expressa, entre outros, os seguintes dados: A. as atribuições da ouvidoria; B. os critérios de designação e de destituição do ouvidor e o tempo de duração de seu mandato 15Cursos - Assban DF Ouvidoria Compromisso da Instituição Criar condições adequadas para o funcionamento da ouvidoria, bem como para que sua atuação seja pautada pela transparência, independência, imparcialidade e isenção; e Assegurar o acesso da ouvidoria às informações necessárias para a elaboração de resposta adequada às reclamações recebidas, com total apoio administrativo, podendo requisitar informações e documentos para o exercício de suas atividades. A ouvidoria deve manter sistema de controle atualizado das reclamações recebidas, de forma que possam ser evidenciados o histórico de atendimentos e os dados de identificação dos clientes e usuários de produtos e serviços, com toda a documentação e as providências adotadas. 16 As instituições devem designar perante o Banco Central do Brasil os nomes do ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria. Cursos - Assban DF Órgãos de Regulação, Fiscalização e Auto-regulação Comissão de Valores Mobiliários - CVM É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país, promovendo medidas incentivadoras para a canalização de poupança de investimentos ao mercado de capitais. Para este fim, exerce as funções de: I. assegurar o funcionamento eficiente dos mercados de capitais (bolsas de valores e mercado de balcão); II. estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de capitais; III. proteger os investidores, coibir fraudes e manipulação do mercado;IV. assegurar transparência de informações do mercado de capitais; V. estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; VI. promover o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações. A CVM também regula e fiscaliza todos os Fundos de Investimento Valores Mobiliários: representa um investimento realizado em dinheiro, com o intuito de lucro, ofertado ao público e sobre o qual o investidor não possui controle direto. São valores mobiliários : Ações; Debêntures e Nota Promissória (commercial paper); Swap e Cotas de Fundos de Investimento. 17Cursos - Assban DF Principais Intermediários Financeiros Bancos Comerciais Os bancos comerciais têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. Bancos de Investimento Os bancos de investimento são instituições financeiras especializadas em: financiamento de capital fixo e capital de giro, a médio e longo prazos; administração de recursos de terceiros (administração e venda de fundos de investimento); intermediação de títulos e valores mobiliários. Bancos Múltiplos Os bancos múltiplos são instituições financeiras que realizam operações ativas (operações de crédito), passivas (operações de captação) e serviços diversos, por intermédio das seguintes carteiras: Comercial; de investimento; de desenvolvimento (exclusiva para bancos públicos); de crédito imobiliário; de crédito, financiamento e investimento (financeiras); de arrendamento mercantil (leasing). O banco múltiplo deve ser constituído por, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento. O banco múltiplo com carteira comercial pode captar depósitos à vista. 18Cursos - Assban DF Demais Agentes SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia O SELIC é um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações realizadas com títulos públicos federais, garantindo segurança, agilidade e transparência nos negócios. CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação A CETIP é um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações realizadas com títulos privados, garantindo segurança, agilidade e transparência nos negócios. CBLC– Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia A CBLC atua como Contraparte Central para todos os Agentes de Compensação. Sua principal função é se colocar entre todos os compradores e vendedores, assumindo o risco das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua liquidação. Embora a CBLC possa custodiar diversos títulos e valores mobiliários, os principais valores mobiliários custodiados na CBLC são as ações de companhias abertas negociadas na bolsa de valores. 19Cursos - Assban DF http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.aprendendoainvestir.com/wp-content/uploads/2011/06/Ead-Sebrae.jpg&imgrefurl=http://www.aprendendoainvestir.com/page/4/&usg=__1sVOiQXRzmHAfyrwMeG7ooKhYMo=&h=375&w=500&sz=113&hl=pt-BR&start=48&zoom=1&tbnid=DN4s_aO1u1k5zM:&tbnh=98&tbnw=130&ei=8JLuUeOiM4fK4APKy4D4BQ&prev=/search%3Fq%3Dcblc%26start%3D40%26um%3D1%26sa%3DN%26biw%3D1280%26bih%3D834%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1&sa=X&ved=0CDsQrQMwBzgo Demais Agentes SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro Sistema de pagamentos é o conjunto de regras, procedimentos, instrumentos e sistemas operacionais integrados que são utilizados para pagamentos e transferências de fundos entre os diversos agentes econômicos. O SPB compreende, de um lado, os bancos e os instrumentos de pagamento (dinheiro em espécie, cheque, cartões de débito e de crédito, etc.) e, do outro lado, os sistemas de compensação e de liquidação de obrigações. Falhas na cadeia de pagamentos podem causar perda de confiança nas instituições bancárias e, no limite, desestabilizar todo o sistema financeiro. Para reduzir o risco sistêmico, isto é, a possibilidade de quebra em cadeia de instituições financeiras (efeito dominó), os bancos centrais procuram atuar para assegurar robustez e segurança aos sistemas de pagamentos. Uma das mais importantes mudanças foi a implantação do Sistema de Transferência de Reservas (STR). Com esse sistema, operado pelo Banco Central, as transferências de fundos interbancárias passaram a contar com a opção de liquidação em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. Esse fato, por si só, já assegurou a redução dos riscos de liquidação nas operações interbancárias. 20 A principal função do SPB é reduzir o risco sistêmico no SFN. Cursos - Assban DF Correspondente Bancário O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição contratante, que assume inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos clientes e usuários por meio do contratado, à qual cabe garantir a integridade, a confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas por meio do contratado, bem como o cumprimento da legislação e da regulamentação relativa a essas transações. É vedada a contratação de entidade cujo controle societário, direta ou indiretamente, seja exercido por administrador de quaisquer instituições pertencentes ao conglomerado integrado pela instituição contratante. Não é admitida a celebração de contrato de correspondente que configure contrato de franquia, nos termos da Lei 8.955, de 15.12.94, ou cujos efeitos sejam semelhantes no tocante aos direitos e obrigações das partes ou às formas empregadas para o atendimento ao público. O contrato deve ter por objeto as seguintes atividades de atendimento: I recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança. II realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes III recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços 21Cursos - Assban DF Correspondente Bancário IV execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários; V recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de arrendamento mercantil. VI recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante; VII recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito. VIII realização de operações de câmbio . Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de dados. Operações de Câmbio O atendimento prestado pelo correspondente em operações de câmbio deve ser contratualmente restrito às seguintes operações: I. compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem; bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago. II. execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência unilateral do ou para o exterior; e III. recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. O contrato que inclua o atendimento nas operações de câmbio deve prever as seguintes condições: I. limitação ao valor de US$ 3.000,00, ou seu equivalente em outras moedas, por operação; II. Obrigatoriedade de entrega ao cliente de comprovante para cada operação de câmbio realizada, contendo a identificação das partes, a indicação da moeda estrangeira, da taxa de câmbio e dos valores em moeda estrangeira e em moeda nacional; e III. Observância das disposições do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Estrangeiros (RMCCI). 22Cursos - Assban DF Correspondente Bancário Condições Gerais I exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante vínculo empregatício ou vínculo contratual de outraespécie com as pessoas naturais integrantes da sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários; II vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração arquitetônica, logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela instituição contratante em suas agências e postos de atendimento; III divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador de serviços à instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado, com descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de atendimento e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por outras formas caso necessário para esclarecimento do público; IV realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o correspondente, no máximo, a cada dois dias úteis; V utilização, pelo correspondente, exclusivamente de padrões, normas operacionais e tabelas definidas pela instituição contratante, inclusive na proposição ou aplicação de tarifas, taxas de juros, taxas de câmbio, cálculo de CET e quaisquer quantias auferidas ou devidas pelo cliente, inerentes aos produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante; VI vedação ao contratado de emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações realizadas, ou cobrar por conta própria, a qualquer título, valor relacionado com os produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante; VII vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente, por conta de recursos a serem liberados pela instituição contratante; VIII vedação à prestação de garantia, inclusive coobrigação, pelo correspondente nas operações a que se refere o contrato (exceto para bens e serviços fornecidos pelo próprio correspondente no exercício de atividade integrante de seu objeto social); IX realização, pelo contratado, de atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas envolvendo esclarecimentos, obtenção de documentos, liberações, reclamações e outros referentes aos produtos e serviços fornecidos, as quais serão encaminhadas de imediato à instituição contratante, quando não forem resolvidas pelo correspondente. 23Cursos - Assban DF Correspondente Bancário Condições Gerais (continuação) X permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados ao amparo desta resolução, à documentação e informações referentes aos produtos e serviços fornecidos, bem como às dependências do contratado e respectiva documentação relativa aos atos constitutivos, registros, cadastros e licenças requeridos pela legislação; XI possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante, por sua iniciativa, ou por determinação do Banco Central do Brasil; XII observância do plano de controle de qualidade do atendimento, estabelecido pela instituição contratante e das medidas administrativas nele previstas; e XIII declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização, por sua própria conta, das operações consideradas privativas das instituições financeiras ou de outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o infrator a penalidades previstas em Lei. Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil O contrato de correspondente deve prever, com relação a essas atividades: I - obrigatoriedade de, no atendimento prestado em operações de financiamento e de arrendamento mercantil referentes a bens e serviços fornecidos pelo próprio correspondente, apresentação aos clientes, durante o atendimento, dos planos oferecidos pela instituição contratante e pelas demais instituições financeiras para as quais preste serviços de correspondente; II - uso de crachá pelos integrantes da respectiva equipe que prestem atendimento nas operações de que trata o caput, expondo ao cliente ou usuário, de forma visível, a denominação do contratado, o nome da pessoa e seu número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); III - envio, em anexo à documentação encaminhada à instituição contratante para decisão sobre aprovação da operação pleiteada, da identificação do integrante da equipe do correspondente, contendo o nome e o número do CPF, especificando: 24Cursos - Assban DF Correspondente Bancário Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil a) no caso de operações relativas a bens e serviços fornecidos pelo próprio correspondente, a identificação da pessoa certificada, responsável pelo atendimento prestado; e b) nas demais operações, a identificação da pessoa certificada que procedeu ao atendimento do cliente; e IV - liberação de recursos pela instituição contratante a favor do beneficiário, no caso de crédito pessoal, ou da empresa fornecedora, nos casos de financiamento ou arrendamento mercantil, podendo ser realizada pelo correspondente por conta e ordem da instituição contratante, desde que, diariamente, o valor total dos pagamentos realizados seja idêntico ao dos recursos recebidos da instituição contratante para tal fim. O contrato deve prever, também, que os integrantes da equipe do correspondente, que prestem atendimento em operações de crédito e arrendamento mercantil, sejam considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica. No caso de correspondentes ao mesmo tempo fornecedores de bens e serviços financiados ou arrendados, admite-se a certificação de uma pessoa por ponto de atendimento, que se responsabilizará, perante a instituição contratante, pelo atendimento ali prestado aos clientes. A certificação de que trata este artigo deve ter por base processo de capacitação que aborde, no mínimo, os aspectos técnicos das operações, a regulamentação aplicável, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), ética e ouvidoria. O correspondente deve manter cadastro dos integrantes de sua equipe permanentemente atualizado, contendo os dados sobre o respectivo processo de certificação, com acesso a consulta pela instituição contratante a qualquer tempo. 25Cursos - Assban DF Correspondente Bancário Para cada convênio celebrado visando à concessão de crédito com consignação, cujas propostas de operações sejam encaminhadas por correspondentes, a instituição financeira deve implementar sistemática de monitoramento e controle acerca da viabilidade econômica do convênio, com a produção de relatórios gerenciais (*) contemplando todas as receitas e despesas envolvidas, tais como custo de captação, taxa de juros e remuneração paga ao correspondente sob qualquer forma, bem como prazos das operações, probabilidade de liquidação antecipada e de cessão e seus efeitos na rentabilidade. (*) Os relatórios gerenciais devem ficar à disposição do Bacen até cinco anos após o término de vigência do convênio. Informações A instituição contratante deve manter na internet relação atualizada de seus contratados, contendo as seguintes informações: I. razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada contratado; II. endereços dos pontos de atendimento ao público e respectivos nomes e números de inscrição no CNPJ; e III. atividades de atendimento, especificadas por ponto de atendimento. A instituição contratante deve disponibilizar, inclusive por meio de telefone, informação sobre determinada entidade ser, ou não, correspondente e sobre os produtos e serviços para os quais está habilitada a prestar atendimento. 26Cursos - Assban DF Correspondente Bancário Informações A instituição contratante deve segregar as informações sobre demandas e reclamações recebidas pela instituição, nos respectivos serviços de atendimento e de ouvidoria, apresentadas por clientes e usuários atendidos por correspondentes. É vedada a cobrança, pela instituição contratante, de clientes atendidos pelo correspondente, de tarifa, comissão, valores referentes a ressarcimento deserviços prestados por terceiros ou qualquer outra forma de remuneração, pelo fornecimento de produtos ou serviços de responsabilidade da referida instituição. É vedada a prestação de serviços por correspondente no recinto de dependências da instituição financeira contratante. A instituição contratante deve realizar os seguintes procedimentos de informação ao Bacen, na forma definida pela referida autarquia: I. Designar diretor responsável pela contratação de correspondentes no País e pelo atendimento prestado por eles; II. Informar a celebração de contrato de correspondente, bem como posteriores atualizações e encerramento, discriminando os serviços contratados; III. Proceder à atualização das informações sobre os contratos de correspondente enviadas até a data de entrada em vigor desta resolução; e IV. Elaborar relatórios sobre o atendimento prestado por meio de correspondentes. 27Cursos - Assban DF Sistema de Informação de Crédito O Sistema de Informações de Crédito do Banco Central – SCR é o principal instrumento utilizado pela supervisão bancária para acompanhar as carteiras de crédito das instituições financeiras. Nesse sentido, desempenha papel importante na garantia da estabilidade do SFN e na prevenção de crises, proporcionando mais facilidades para os tomadores de empréstimos e maior transparência para a sociedade. É o maior cadastro brasileiro baseado em informações positivas e contém dados sobre o comportamento dos clientes no que se refere às suas obrigações contraídas no sistema financeiro. A Central de Risco de Crédito As centrais de informações de crédito públicas são comuns em países da Europa e da América Latina. No Brasil, surgiu, em 1997, com a finalidade de dotar o Bacen de ferramentas que proporcionassem meios para avaliações globais sobre o mercado de crédito, auxiliando no desempenho das atividades de autoridade responsável pela supervisão do SFN. Desde então, as informações armazenadas no sistema vêm sendo utilizadas também pelas instituições financeiras, desempenhando papel relevante na avaliação do risco de crédito dos clientes e contribuindo para a diminuição da inadimplência das operações. O sistema SCR Para ampliar a base de dados e para facilitar ainda mais as consultas, o Banco Central está lançando, em substituição à atual Central de Risco de Crédito, o Sistema de Informações de Crédito do Banco Central – SCR, um sistema mais completo, amigável, consistente e ágil e de acesso fácil pela internet. 28Cursos - Assban DF Sistema de Informação de Crédito O SCR é um banco de dados alimentado mensalmente pelas instituições financeiras, mediante coleta de informações sobre as operações concedidas. Atualmente, são armazenadas no banco de dados do SCR as operações dos clientes com responsabilidade total igual ou superior a R$ 1 mil, a vencer e vencidas, e os valores referentes às fianças e aos avais prestados pelas instituições financeiras a seus clientes. A base legal para o sistema coletar e compartilhar informações entre as instituições participantes do Sistema Financeiro Nacional e o respeito à privacidade do cliente quanto ao sigilo e à divulgação de informações obedecem às condições previstas na Lei Complementar 105/01 e na Resolução 2.724/00. Todas as Instituições Financeiras são participantes do sistema. Elas são agentes que, mediante autorização do Bacen captam recursos do público, principalmente sob a forma de depósitos. Também concedem empréstimos sob várias modalidades, além de aplicar em outros ativos, tais como títulos do tesouro nacional. No entanto, as instituições financeiras podem se tornar insolventes se acumularem créditos não honrados, isto é, se a clientela não conseguir pagar os valores que tomou emprestado. Daí a necessidade de o Bacen, como órgão de regulação e supervisão do sistema financeiro, municiar-se de instrumentos de avaliação dos riscos envolvidos nas operações de crédito. Para tanto, o SCR armazena dados sobre as operações contratadas por todas as instituições, de forma que o Bacen pode adotar medidas preventivas com o objetivo de proteger os recursos que os cidadãos confiam às instituições integrantes do sistema. O sistema fomenta a competição entre os agentes pela possibilidade de oferta de taxas de juros menores nas operações que oferecem menor risco. 29Cursos - Assban DF Sistema de Informação de Crédito 30 Principal Objetivo Reforçar os mecanismos de supervisão bancária, com aumento da eficácia de avaliação dos riscos inerentes à atividade. Os benefícios do SCR para a sociedade em geral Importante ferramenta de acompanhamento regular e sistemático do risco de crédito dos agentes que concedem empréstimos e financiamentos. Amplia a capacidade de monitoramento das instituições financeiras pelo Bacen. Além disso, permitirá não só a identificação dos clientes que pagam suas obrigações em dia, como também a oportunidade de oferecer a eles taxas de juros menores. Os benefícios do SCR para as instituições financeiras Como instrumento de gestão de crédito, beneficia as instituições financeiras pela ampliação do conhecimento acerca de seus clientes. O SCR contribui para a quantificação dos riscos por meio da compreensão do nível de endividamento e do perfil de pagamento dos clientes. Permite a análise de outros aspectos na avaliação de riscos, tais como a forma de utilização do crédito e a exposição em moeda estrangeira. Serão disponibilizadas séries estatísticas da carteira de crédito do SFN, de forma consolidada e por segmentos, suprindo demandas por informações que auxiliem na compreensão do crédito em suas diferentes peculiaridades. Cursos - Assban DF Sistema de Informação de Crédito O acesso às informações do SCR O acesso ao SCR pode ser feito pelas instituições financeiras participantes do sistema, pelos tomadores de empréstimos e financiamentos e pelas áreas especializadas do Bacen. As pessoas físicas e jurídicas podem se cadastrar no Bacen para acessarem, gratuitamente, por meio da internet, seus dados porventura cadastrados no SCR. Se conveniente, podem obter relatórios com informações detalhadas a seu respeito, diretamente nas Centrais de Atendimento ao Público, mantidas pela Autarquia em dez capitais do país, mediante apresentação dos documentos exigidos. 31 Para as instituições financeiras, é necessária a autorização expressa dos clientes. A inobservância desse requisito sujeitará os implicados às penalidades previstas na lei. Consulta do SCR - Documentação exigida Pessoa física: identidade e CPF. Pessoa jurídica: contrato social (original ou cópia autenticada), certidão da Junta Comercial, declaração atestando que os documentos apresentados são atuais e fidedignos, bem como documento de identificação do representante legal (original ou cópia autenticada). Cursos - Assban DF http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.atria-sa.com.br/novosite/images/stories/people.jpg&imgrefurl=http://www.atria-sa.com.br/index.php%3Foption%3Dcom_content%26view%3Darticle%26id%3D7%26Itemid%3D11&usg=__zpOrh-TFHq0cU4NyrwMb2BfQcX8=&h=183&w=525&sz=25&hl=pt-BR&start=12&zoom=1&tbnid=CYramH40Gie2AM:&tbnh=46&tbnw=132&ei=hszvUdypEorK9gSDjoDoAg&prev=/search%3Fq%3Dacesso%2Bao%2Bscr%2Bbacen%26um%3D1%26biw%3D1280%26bih%3D834%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1&sa=X&ved=0CEMQrQMwCw Sistema de Informação de Crédito SCR – Uma fonte de informações positivas Ao contrário das centrais de informações restritivas, o SCR armazena informações positivas sobre os tomadores de crédito. Nos cadastros restritivos, somente há registro sobre o cliente quando ocorre algum fato desabonador, enquanto no SCR são registradas todas as operações, desde que o valor seja igual ou superior a R$ 1 mil, não importando se em atraso ou em dia. O SCR apresenta a situação das operações existentes no final de cada mês. Sabe-se que, historicamente, mais de 2/3 dos devedores estãoem dia com suas obrigações. Assim, mediante consulta a esse sistema, obtém-se, na maioria das vezes, dados que caracterizam a situação positiva do cliente, tais como sua pontualidade nos pagamentos e seu tempo de relacionamento com o sistema financeiro. A privacidade do cliente é preservada O SCR preserva a privacidade do cliente, pois exige que a instituição financeira possua autorização expressa do cliente para consultar as informações que lhe dizem respeito. 32 Importante As pessoas físicas e jurídicas com registro no SCR não ficam impedidas de contrair novos empréstimos e financiamentos. Prevalecerá sempre o entendimento entre o cliente e a instituição financeira. Cursos - Assban DF Sistema de Informação de Crédito O papel do Banco Central do Brasil no SCR O SCR foi criado pelo CMN e é administrado pelo Bacen, a quem cumpre armazenar as informações encaminhadas e disciplinar o processo de correção e atualização da base de dados pelas instituições financeiras participantes. O Bacen preocupa-se com a qualidade das informações coletadas, condição essencial para garantir o atingimento dos objetivos que nortearam a implantação do SCR. Para assegurar a confiabilidade do sistema, os arquivos recebidos são submetidos a um rigoroso processo de verificação, mediante a realização de diversos testes de consistência. Qualquer erro detectado é objeto de questionamento junto à instituição que enviou os arquivos. As instituições financeiras são responsáveis pelo encaminhamento sistemático de dados sobre as operações de crédito. Cumpre a elas também corrigir ou excluir as informações imprecisas. Eventuais questionamentos judiciais devem ser encaminhados diretamente à instituição financeira que informou os dados sobre a operação. 33Cursos - Assban DF Módulo II Mercado Financeiro 34 Mercado Financeiro Risco Risco Possíveis ameaças ao capital, à liquidez e à rentabilidade esperada. Risco pode ser definido de várias formas e, uma delas, é dizer que risco é a INCERTEZA de alcançar uma certa rentabilidade esperada, em um dado período. As empresas que concedem créditos somente o fariam sem uma análise dos clientes se não houvesse risco de inadimplência, o que não ocorre em termos reais. O risco é inerente à atividade do crédito. Conhecer os riscos e suas causas diminui em muito a inadimplência. A gestão do risco é um processo de identificação, análise e prevenção das empresas que concedem créditos, portanto de todas as empresas, sejam comerciais, industriais, financeiras ou de serviços. Há toda uma técnica de cálculo de tais riscos, sempre baseada em cenários otimistas, conservadores e pessimistas, cuja técnica estatística é encontrar o desvio padrão de todo o cenário. Quanto mais variáveis estiverem envolvidas na análise, mais complexo é o cálculo do cenário. Os quatro principais riscos inerentes ao mercado financeiro e, por conseguinte, do mercado de crédito são os seguintes: A. Risco de Mercado B. Risco de Crédito. C. Risco Operacional D. Risco de Liquidez E. Risco Legal 35Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Risco Risco de Crédito O risco de crédito está presente em todas as operações denominadas de “renda fixa”. É a incerteza do cumprimento do contrato pelas contrapartes. O risco de crédito é a possibilidade do não recebimento dos recursos a que se tem direito, ou do seu recebimento fora do prazo e/ou condições pactuadas. Consiste na possibilidade de os emissores de títulos não cumprirem suas obrigações de pagar tanto o principal como os respectivos juros de suas dívidas para com os investidores. 36 O que é um contrato? Contrato é um acordo uma parte assume compromissos com outra • Tradição • Idoneidade • Histórico de colocação e emissão de papéis. Aspectos Subjetivos • Análise econômico-financeira • Adequação do retorno em relação ao risco • Análise do desempenho e das perspectivas futuras do setor de atividade. Aspectos Objetivos Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Risco Risco de Crédito Os títulos públicos federais são considerados “livres deste risco” considerando a hipótese remota de ocorrer não pagamento por parte do Tesouro Nacional. Caracteriza-se pela perda da parte ou da totalidade do principal acrescido dos juros contratuais. O risco do não recebimento ocorre pelo não pagamento por parte do devedor. Esse tipo de risco é comum nas instituições financeiras. Gerenciando Risco de Crédito O gestor da carteira, por exemplo, deve adotar critérios que apontem para capacidade de pagamento do tomador de crédito. Esta análise pode ser feita: A. Internamente, conduzida pelo comitê de crédito da instituição financeira; B. Utilizando a classificação de empresas especializadas nesse trabalho – as agências classificadoras de risco como a Standard & Poors, Moodys e Fitch, por exemplo. 37 Risco de Crédito Possibilidade de “calote” por parte do tomador de empréstimo ou financiamento Cursos - Assban DF Risco Risco Legal sobre o crédito A insegurança jurídica em relação aos contratos de crédito, ao colocar em risco o recebimento dos valores pactuados ou prolongar excessivamente sua cobrança judicial, retrai a oferta de crédito e aumenta o spread por dois canais: por um lado, pressiona os custos administrativos das instituições financeiras, em especial as áreas jurídica e de avaliação de risco de crédito; por outro lado, reduz a certeza de recebimento da instituição financeira, mesmo numa situação de contratação de garantias, pressionando o prêmio de risco, ou seja, a taxa adicional para cobertura de não pagamentos embutida no spread. Nos últimos anos, diversas iniciativas foram aprovadas pelo governo e no âmbito do Legislativo para reduzir o risco de inadimplência e os custos associados à morosidade da cobrança judicial. Dentre essas iniciativas, destacam-se: A. aprovação do crédito consignado em folha de pagamento; B. aprovação da nova Lei de Falências e de alterações no Código Tributário Nacional; C. criação da Cédula de Crédito Bancário; D. ampliação da alienação fiduciária em garantia; E. estímulo ao microcrédito e às cooperativas de crédito; F. reforma do Judiciário. 38Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Risco Risco de Mercado O risco de mercado está relacionado à oscilação dos preços dos ativos em seus respectivos mercados de negociação e pode ser dividido em quatro grandes áreas: I. Risco de taxa de Juros II. Risco de taxa de câmbio III. Risco de preço IV. Risco de preço de commodities É caracterizado pela oscilação no preço ou valor de mercado de títulos ou valores mobiliários que pode gerar perdas ou ganhos. A oscilação nos preços dos ativos podem ser causados por eventos ligados ao mercado como um todo ou ao segmento econômico no qual a empresa está inserida. A análise de investimentos considera perda a simples constatação de que houve uma queda no valor de mercado de determinado ativo, apurado pelo procedimento de marcação a mercado. Depende das ocorrências na economia, da política econômica interna e externa proposta pelo governo, que pode afetar na concessão de créditos, pois, em uma determinada situação, a política monetária pode retirar dinheiro de circulação, resultando em alta da taxa de juros. Também pode ocorrer o contrário: haver uma grande circulação de moeda, resultando na baixa da taxa de juros. A capacidade de pagamento do devedor pode ser influenciada também por eventos ligados ao mercado externo. Alterações na política cambial, oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário econômico mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país, questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país, podem trazer consequências para os preços dos títulos provocando sua valorização ou desvalorização. 39Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Risco Risco Operacional É a possibilidade do não retorno de um investimento em razão de problemas operacionaisda instituição. Risco de perda decorrente de falhas cometidas por pessoas, inadequação de processos ou tecnologia, ou por eventos externos. Na maioria das vezes os riscos legal e de imagem são consequências de riscos operacionais. Por exemplo: a inclusão indevida de um CPF no SERASA . Está relacionado com a capacidade em detectar, conhecer, mensurar, controlar e administrar os riscos existentes em suas posições contáveis. Está relacionado com a capacidade das instituições em detectar, conhecer, mensurar, controlar e administrar os riscos existentes em suas posições contáveis. Este tipo de risco pode ser dividido em três grandes áreas. I. Risco Organizacional: decorre de uma organização ineficiente. Administração sem objetivos de curto e longo prazos bem definidos, fluxo ineficiente de informações internas e externas, fraudes etc. II. Risco de Equipamentos: refere-se basicamente a problemas de falhas de equipamentos e sobrecargas de sistemas (computadores, telefones, bancos de dados etc.) motivados, principalmente, por obsolescência tecnológica da estrutura operacional ou insuficiência de máquinas. III. Risco Pessoal - O risco humano é está intimamente ligado às decisões tomadas pelas pessoas no processo do crédito. Nas empresas, os executivos caracterizam-se pela tensão, tomando decisões precipitadas e inconsequentes. Demonstrando falta de equilíbrio, terão resultados desastrosos. Essa tensão deverá ser observada principalmente pelo grau de insistência na obtenção do crédito. Nas pessoas, o grau de irritabilidade deve ficar evidente na solicitação e entrevista para obtenção do crédito. 40Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Risco Riscos de Reputação (imagem) Uma empresa pode sofrer o risco de reputação ou imagem, decorrente da veiculação de informações que afetam negativamente sua imagem, colocando em risco sua idoneidade em relação ao mercado, afetando todos os tipos de transações: comerciais, financeiras e gerais. Refere-se a perdas ou danos decorrentes de uma situação que tenha desgastado a imagem da instituição junto ao mercado ou às autoridades, em razão de veiculação de informações negativas na mídia, verdadeiras ou não. O risco de imagem está diretamente ligado à qualidade do atendimento, bem como à postura ética dos funcionários da instituição. Riscos de reputação ou imagem são particularmente danosos para bancos e instituições financeiras, já que a natureza de seus negócios requer a manutenção da confiança de depositantes, credores, concorrentes, órgãos governamentais e do mercado em geral. Originam-se entre outras causas, de falhas operacionais e de deficiências no cumprimento de leis e de regulamentos relevantes. Podemos citar como exemplos: Boatos sobre a saúde financeira de uma instituição, desencadeando uma corrida para saques dos valores depositados. Envolvimento da instituição em processos de lavagem de dinheiro. Risco Legal Este risco é muito frequente, pois as pessoas podem questionar, por meio da justiça, acerca das bases das transações efetuadas, contrariando as expectativas das instituições concedentes dos créditos. Este tipo de Risco é muito comum, pois a grande maioria das pessoas jurídicas, no Brasil, não tem uma Contabilidade baseada na legislação vigente. 41Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Risco Risco Legal (continuação) É a possibilidade de perdas decorrentes da inobservância de dispositivos legais ou regulamentares, da mudança de legislação ou alterações na jurisprudência aplicáveis às transações da organização. Por exemplo: A concessão de empréstimos a clientes sem a completa observância dos instrumentos legais que regem a operação, tais como, documentação incompleta, ausência de assinaturas ou assinaturas colhidas de pessoas que não sejam os legítimos representantes da empresa. As perdas decorrentes das sanções aplicadas por órgãos reguladores e pagamento de indenizações por danos a terceiros, por violação da legislação vigente são classificadas como risco legal. Risco de Liquidez O Risco de Liquidez é uma situação interna da pessoa jurídica ou física, em dado momento, para saldar seus compromissos, ou seja, falta de caixa. Ao analista de crédito se torna muito difícil visualizar tal situação. O risco de liquidez pode estar associado a: A. Falta de liquidez no mercado em geral, decorrente de fatores de ordem política ou econômica que reduzam o volume de dinheiro em circulação. B. Dificuldade de negociabilidade de ativos, propriamente dito. É o caso dos imóveis ou das ações de “segunda linha”, assim denominadas por serem menos negociadas. Risco Sistêmico (Risco de Mercado) O risco sistêmico é resultante de problemas que uma ou mais entidades passam a enfrentar e que pode afetar negativamente o segmento de atuação da empresa, por transmitir dificuldade às outras empresas, impedindo até mesmo sua operacionalidade no mercado em que atua. Havendo agências reguladoras, poderá ocorrer intervenção para evitar um colapso. 42Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Risco x Retorno Risco versus retorno O retorno está diretamente associado aos riscos associados. Se observarmos o quadro acima veremos que existem quatro quadrantes possíveis que associam os atributos RISCO e RETORNO. O ideal dos mundos, desejado por todos é estar no quadrante superior esquerdo (1) no qual a rentabilidade é alta e o risco é baixo. E o pior cenário, é estar no quadrante inferior direito (4) no qual a rentabilidade é baixa e o risco é alto. Os tipos de risco devem ser analisados com as informações constantes na Ficha Cadastral, que servirão para mensurar o fator de risco. Dentre as variáveis mais utilizadas, devemos considerar a capacidade financeira como a fundamental. Para cada variável utilizada uma nota deve ser dada com base em sistema de crédito, onde se fixa uma nota e estipula para o mais baixo nível de risco a menor nota e a maior nota para o maior nível de risco. 2 RENTABILID ADE ALTA RISCO ALTO 3 RENTABILID ADE BAIXA RISCO BAIXO 4 RENTABILID ADE BAIXA RISCO ALTO 43Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Avaliação do Risco de Crédito Utilizando-se toda carteira de clientes, deve-se agrupar por tipo de cliente, pessoas físicas separadas das pessoas jurídicas, volume de crédito, montante, e características específicas. Deve-se, também, tabular os dados, verificando-se as características de cada grupo, principalmente identificando as causas da inadimplência. Aplicam-se todos os conceitos de estatísticas para a determinação do fator de risco desejado, principalmente o conceito de desvio padrão. Evitar os riscos significa: ter uma carteira de cliente diversificada. analisar a ficha cadastral do cliente com critério e objetividade. analisar a performance temporal do cliente nos últimos anos. pedir garantias reais. ser racional e impessoal ao analisar as informações e dados. na dúvida, não conceder o crédito. Não analisar as possibilidades da existência do risco é a mesma coisa que “dar de presente o crédito” e ficar reclamando da infelicidade. Conhecer os riscos e evitá-los é a forma mais racional e objetiva na concessão do crédito e vale em qualquer situação profissional e pessoal. Aplicar as ferramentas corretas para alcançar os objetivos fixados é imprescindível. É da máxima importância a utilização de instrumentos e de modelos de mensuração que possibilitem conhecer e delimitar os riscos envolvidos. Conhecendo o risco, o investidor pode, inclusive, determinar a formação de preços compatíveis com o nível de exposição assumido, bem como a identificação de momentos adequados para realização de operações. 44Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Prevenção contra Lavagem de Dinheiro A lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país dos recursos, bens e serviços que se originam ouestão ligados a atos ilícitos. Em outras palavras, lavar recursos é fazer com que produtos de crime pareçam ter sido adquiridos legalmente. A dissimulação é a base do processo de lavagem de dinheiro. Para o sucesso de seu crime, o lavador oculta suas intenções e dificulta ao máximo o rastreamento de suas operações. Assim, o dinheiro se afasta de sua origem ilegal e retorna aos criminosos aparentemente limpo. No Brasil foi aprovada a Lei 9.613/98 que tipifica o crime de lavagem de dinheiro. Também institui medidas que conferem maior responsabilidade a intermediários econômicos e financeiros e cria, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Foi editada a lei 12.683/2012 que promove algumas alterações na Lei 9.613/98 para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. Os paraísos fiscais* são países comumente utilizados pelos criminosos com a finalidade de ocultar e impedir o rastreamento do dinheiro obtido de forma escusa, dado que, pela natureza desses países, existe o escudo do sigilo bancário e profissional absoluto. É importante ressaltar que os chamados paraísos fiscais não podem ser associados exclusivamente a ações criminosas, existindo vários usos legítimos para sua utilização como, por exemplo, a proteção de patrimônios. 45Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Prevenção contra Lavagem de Dinheiro O Crime A Lei nº. 9.613 dispõe sobre os crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores mobiliários e cria o COAF, órgão disciplinar responsável pela prevenção e combate da prática de “lavagem de dinheiro”. A sua principal tarefa é promover um esforço conjunto entre todos os órgãos governamentais do Brasil que cuidam da implementação de políticas nacionais voltadas para o combate à lavagem de dinheiro, evitando que setores da economia continuem sendo utilizados nessas operações ilícitas. A mencionada lei tipifica o crime de lavagem como aquele em que se oculta ou dissimula a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores provenientes, direta ou indiretamente, dos crimes antecedentes: I. de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; II. de terrorismo; III. de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção; IV. de extorsão mediante sequestro; V. contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, VI. direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos; VII. contra o sistema financeiro nacional; VIII. praticado por organização criminosa; IX. praticado por particular contra a Administração Pública estrangeira. 46Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Prevenção contra Lavagem de Dinheiro Legislação e Regulamentação Correlata Abaixo temos, de forma resumida, os demais instrumentos legais: 1) Resolução CMN 2.025/93: altera e consolida as normas sobre abertura, manutenção e movimentação de contas de depósitos e dispõe, também, sobre a obrigatoriedade da identificação completa do depositante. 2) Circular Bacen 2.852/98: Define os procedimentos a serem adotados pelo SFN na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei 9.613. 3) Lei complementar 105/01: Introduz novas diretrizes sobre o sigilo das operações de instituições financeiras. O crime de lavagem de dinheiro decorre da tentativa de ocultar recursos provenientes dos crimes considerados “antecedentes”. Penalidades A Lei 9.613 prevê pena de reclusão de três a dez anos além de multa, aplicável aos criminosos e a quem ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes. Esse envolvimento pode se caracterizar por situações nas quais um agente: A. converte bens obtidos de forma ilícita em ativos lícitos; B. adquire, recebe, troca, negocia, guarda, movimenta ou transfere bens ilícitos; C. importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. 47Cursos - Assban DF Prevenção contra Lavagem de Dinheiro As três Etapas Penalidades Estão expostos à mesma penalidade quem: I. utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos crimes antecedentes; II. participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos na Lei. O Consultor Financeiro também pode ser penalizado. Crime não afiançável (o indiciado não pode ser libertado mediante pagamento de fiança). Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas três etapas independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente. Colocação A primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico. O criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal (como os chamados “paraísos fiscais”). A colocação se efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie. 48Cursos - Assban DF Prevenção contra Lavagem de Dinheiro As três etapas Ocultação A segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas "fantasmas". Integração Nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. Colocação Ocultação Integração 49Cursos - Assban DF Prevenção contra Lavagem de Dinheiro Agentes Econômicos sujeitos à Lei A lei 9.613, em seu Art. 9º, identifica as pessoas que estão sujeitas às obrigações legais – as pessoas jurídicas que tenham em caráter permanente ou eventual como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não: I. A Captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; II. A compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial. III. A custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários. Identificação e Manutenção de Registros dos Clientes Até 1998, as normas relativas à abertura, manutenção e movimentação de contas de depósitos das pessoas físicas e jurídicas nas instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen eram consolidadas na Resolução CMN 2.025/93. Após a promulgação da Lei 9.613/98 o Banco Central editou normas específicas de prevenção à lavagem de dinheiro, com a aplicação do princípio “Conheça seu Cliente” (Circular Bacen 2.852). Essa circular ampliou a quantidade de informações que as pessoas físicas e jurídicas devem prestar quando da abertura de contas de depósito, além de determinar que as instituições financeiras, e demais pessoas jurídicas, mantenham a documentação apresentada em seus arquivos. 50Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Prevenção contra Lavagem de Dinheiro O princípio “Conheça seu Cliente” deveser aplicado quando da análise da capacidade financeira do cliente. E neste caso, se as informações em poder da instituição não forem suficientes para justificar a movimentação financeira do cliente, deve ser feita a comunicação de indício de lavagem de dinheiro. São consideradas operações suspeitas de indício de crime: 1. Movimentações ou pagamentos em dinheiro vivo de quantias que ultrapassem a R$ 10 mil ou o equivalente em moeda estrangeira; 2. Aumento substancial no volume de depósitos bancários, sem causa aparente, ou movimentação de recursos incompatível com a capacidade financeira; 3. Quantidades expressivas de pequenos depósitos que, somados, resultem em grandes valores; 4. Numerosas contas correntes; 5. Utilização sistemática de cofres de aluguel; 6. Solicitação frequente de elevação do limite de crédito; 7. Aquisição de ações sem patrimônio compatível; 8. Compra ou venda de ativos por preços significativamente superior ao do mercado; 9. Operação realizada por pessoa física ou jurídica domiciliada em paraíso fiscal; 10. Pagamento de imóvel com cheque de agências bancárias fronteiriças ou localizadas no exterior. 51 Conhecer o cliente significa conhecer suas atividades e negócios, o mercado onde atua, as perspectivas desse mercado e, se possível, quem são seus clientes e fornecedores. Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Compliance Para cumprimento da missão da empresa as relações devem ser baseadas no respeito e boa conduta, de forma a estimular a melhoria continua dos processos da organização e contribuir para o crescimento profissional dos seus funcionários. São atitudes dessa natureza que estabelecem a possibilidade ou não do reconhecimento da empresa no mercado. Compliance Termo originário do inglês que significa “aderência, estar em conformidade com algo”. Se refere ao dever de cumprir e fazer cumprir regulamentos internos e externos impostos à atividades da instituição. No contexto dos serviços financeiros a função de compliance atua em dois níveis: I. Cumprimento das regras externas que são impostas à Organização como um todo; II. Estabelecimento de sistemas internos de controle capazes de constituir parâmetros necessários para o cumprimento do que lhe é exigido por lei. As instituições financeiras buscam identificar e evitar qualquer desvio e assegurar que o cliente tenha seus negócios com a instituição geridos de acordo com as normas e diretrizes legais estabelecidas. A missão do compliance seria a de assegurar, juntamente com todos na empresa, o funcionamento do sistema de controles, procurando diminuir riscos e assegurar o cumprimento da lei e dos regulamentos existentes. Em um Banco, a função do compliance é a garantia de que os negócios, produtos, serviços e processos sejam conduzidos segundo leis, normas e regulamentos internos e externos. E é por isso que se diz que investir em controles internos e compliance significa, em linhas gerais, buscar eficiência e eficácia das operações e disponibilizar informações confiáveis e tempestivas, além de garantir o cumprimento da legislação. 52Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Controles Internos Controles Internos Definido com a totalidade das políticas e procedimentos adotados pela instituição financeira, com o objetivo de assegurar que os riscos inerentes às suas atividades sejam reconhecidos e administrados adequadamente. No começo, a estrutura denominada Controles Internos, nasceu com a finalidade de reduzir as possibilidades de fraude, apropriação indébita e erros. No entanto, nos dias atuais, ampliou consideravelmente a sua abrangência, impulsionada principalmente pela automação bancária e crescentes eventos de falências e perdas financeiras. Alguns acontecimentos do mercado que antigamente poderiam passar despercebidos, hoje são de grande repercussão no cenário nacional e internacional pelo prejuízo causado ao sistema financeiro. Os controles internos, independentemente do porte da instituição, devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das operações por ela realizadas. São de responsabilidade da diretoria da instituição (Resolução Bacen 2554/98): I. Implantação/implementação de uma estrutura de controles internos efetiva mediante a definição de atividades de controle para todos os níveis de negócios da instituição; II. Estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes a esses controles; III. A verificação sistemática da adoção/cumprimento dos procedimentos. 53Cursos - Assban DF Mercado Financeiro Controles Internos As disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da instituição de forma a assegurar sejam conhecidas a respectiva função no processo e as responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização, devem prever: I. a definição de responsabilidades dentro da instituição; II. a segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma a que seja evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de potencial conflito da espécie; III. meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar adversamente a realização dos objetivos da instituição; IV. a existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades; V. a continua avaliação dos diversos riscos; VI. o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma a que se possa avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, se os limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos, bem como a assegurar que quaisquer desvios possam ser prontamente corrigidos; VII. a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico. Os controles internos devem ser periodicamente revisados e atualizados, de forma a que sejam a eles incorporadas medidas relacionadas a riscos novos ou anteriormente não abordados. A atividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de controles internos. 54Cursos - Assban DF Módulo II - B Elementos Básicos da Matemática Financeira 55 Noções Básicas de Matemática Financeira A matemática financeira teve seu início exatamente quando o homem criou os conceitos de Capital, Juros, Taxas e Montante. Daí para frente, os cálculos financeiros tornaram-se mais jutos e exatos, mas é preciso conhecê-los, se possível muito bem. Taxa de Juros e Juro Taxa de Juros é o índice que determina a remuneração do capital, ou seja, o preço do “aluguel” do dinheiro num determinado período de tempo (dias, meses, ano). É a porcentagem aplicada ao capital inicial que resulta no montante de juros (i). Juros é o valor expresso em dinheiro (em reais, por exemplo) referente a determinado capital e para determinado período. Pode ser definido como a remuneração do capital, ou seja, o valor pago pelos devedores aos emprestadores em troca do uso do dinheiro. Ao fazer uma aplicação financeira, o montante final (Cn) resgatado após n períodos deve ser igual ao capital inicial (C0) aplicado mais os juros (J) ganhos na operação logo, podemos escrever: 56 Montante final = Capital inicial + J Ou: Cn = C0 + J Portanto: J= Cn – C0 Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira Capital (C ou VP) Capital: valor aplicado por meio de alguma operação financeira. Também conhecido como principal, valor atual, valor presente ou valor aplicado. Em geral, o capital costuma ser representado por C0. Número de períodos: tempo, prazo ou período em determinado=a unidade de tempo (dias, meses, anos, etc.) em que o capital é aplicado. Em geral o número de períodos costuma ser simbolizado por n. Podemos dizer, também, que o juro é a remuneração pelo uso do dinheiro. Agrandeza do juro é definida por um coeficiente denominado TAXA. Esta se expressa de duas formas: a) Unitária, que apresenta o juro da unidade de capital, num período determinado, tomado como unidade de tempo. Assim, se o juro de $ 1.000,00 em um ano é $ 50, diz-se que a taxa anual de juro é: 0,05. A taxa unitária de juro é representada por: i b) A percentual representa o juro de 100 unidades de capital no período tomado como unidade de tempo. Portanto, se $ 100,00 produzem $ 5,00 de juro, em um ano, diz- se que a taxa anual de juro é cinco por cento e escreve-se 5% a.a. Assim, por exemplo, dada uma taxa percentual de 45% a.a., obtemos sua equivalente forma unitária, fazendo 45% = 45/100. O resultado dessa divisão expressa a taxa unitária: 0,45 a.a. 57 Juro é a remuneração do Capital empregado. Para o investidor: é a remuneração do investimento. Para o Tomador: é o custo do capital obtido por empréstimo. Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira Juros Simples No regime de juros simples, o fato gerador dos juros sempre é o valor do principal em função do tempo de aplicação, jamais se incorporando ao capital para efeito de cálculo dos juros relativos ao período subsequente. É elucidativo lembrar que, no cálculo dos juros simples, temos, ainda, juros exatos e juros ordinários. Juros exatos – quando se emprega no cômputo do tempo, o número de dias do calendário civil (ano = 365 ou 366 dias, mês 28, 29, 30 e 31 dias, conforme o caso). Juros Ordinários – em que o tempo, por convenção, é mensurado segundo o calendário comercial (ano = 360 dias; mês = 30 dias). Fórmulas São as seguintes as fórmulas empregadas no cálculo dos fatores envolvidos nos juros simples: Exemplo: Vamos supor agora que você pegue um empréstimo de R$ 4.000 que será pago em cinco meses com uma taxa de juros de 4% ao mês. Qual será o valor pago no final? M = C * 1 + i * t M = 4.000 * 1 + 0,04 * 5 M = 4.000 * 1 + 0,2 M = 4.000 * 1,2 M = 4.800 J = 4.800 – 4.000 J = 800. 58Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira Uma aplicação de $ 50.000,00 à taxa de 5% a.a. (0,05% a.a.), ao final de 3 anos, no regime de juros simples, rende: No final do 3º ano, o capital de R$ 50.000 renderia juros de $ 7.500, que podem ser calculados pela fórmula: j = C.i.n ou j = 50.000 x 0,05 x 3 = R$ 7.500 Montante É o capital inicial acrescido dos juros por ele produzidos ao final do prazo estabelecido: A fórmula para calculá-lo é: M = C (1+i.n) Exemplo: O montante de um capital de $ 10.000 em 6 meses, à taxa de 5% a.m. (0,05 a.m.) no regime de juros simples, será: M = C (1+in) M = 10.000 (1 + 0,05 x 6) M = $ 13.000 59 Tempo (n Capital (C) Taxa (i) Juros (j) Juros acumulados 1 50.000 0,05 2.500 2.500 2 50.000 0,05 2.500 5.000 3 50.000 0,05 2.500 7.500 Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira 60 Exemplos: Calcule os juros de R$ 10.000,00 aplicados a 30% a.a., de 15 de maio a 15 de agosto do mesmo ano, considerando: a) Juros exatos (je) b) Juros comerciais (jc). c) Juros bancários (jb). 16,756 92* 365 30,0 *000.10 = = e e J J 00,750 90* 360 30,0 *000.10 = = c c J J 67,766 92* 360 30,0 *000.10 = = b b J J Pode-se recorrer também a uma calculadora financeira HP 12C: TECLAS VISOR 15.052005 ENTER 15,052005 15.082005 g 92,000000 92 n 92,000000 30 i 30,00000 10000 CHS PV f INT 766,67 (Jb) R X<>Y 756,16 (Je) 90 n f INT 750,00 (Jc) Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira Capitalização composta A capitalização composta ocorre quando se utiliza o sistema de juros compostos na apuração da rentabilidade de um investimento ou do encargo de um empréstimo. Neste sistema, os juros são adicionados ao principal no fim de cada período, formando o montante que será tomado como o principal para o período seguinte. A capitalização pode ainda ser “contínua” ou “descontínua”. Capitalização contínua é um regime de capitalização no qual os rendimentos são calculados continuamente no tempo. Ou seja, o capital cresce linearmente com o tempo. A capitalização descontínua é o regime de capitalização que, por convenção, considera que o juro só é formado no fim de cada período de tempo a que se refere a taxa. Se a taxa de juros é de 10% a.m., por exemplo, considera-se que o juro não é formado a cada dia ou semana, mas apenas no fim de cada período mensal. Este é o caso do cálculo dos juros da caderneta de poupança. Na capitalização descontínua, temos dois regimes de capitalização: o regime de juros simples e o de juros compostos. Como já estudamos o regime de juros simples, vamos abordar apenas o regime de juros compostos. 61Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira 62 Juros compostos Atenção: A unidade de tempo utilizada para o período (n) deve ser a mesma da taxa de juros (i). Exemplo Qual o montante produzido por um capital de R$ 300.000,00 aplicado durante um ano, à taxa de 7,5% a.m., de juros compostos? 88,533.714 )075,1(000.300 12 = += M M Função financeira TECLAS VISOR f CLX 0,00 300000 CHS PV -300.000,00 7,5 i 7,5 12 n FV 714.533,88 Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira 63 Função matemática TECLAS VISOR f CLX 0,00 300000 ENTER 300.000,00 7,5 ENTER 7,5 100 ÷ 0,075 1 + 1.075 12 YX x 714.533,88 Fator de capitalização A expressão algébrica (1 + i / 100)n é chamada de fator de capitalização, pois ao multiplicar seu resultado pelo capital obtém-se o montante. Exemplo: Para um capital de R$ 10.000,00 aplicado à taxa de 10% a.a., com juros compostos, por 2 anos: n Capital Juros Juros acumulados Montante 0 10.000,00 0 0 10.000,00 1 10.000,00 1.000,00 1.000,00 11.000,00 2 11.000,00 1.100,00 2.100,00 12.100,00 Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira Compare, no exemplo a seguir, a rentabilidade de R$ 100,00 investidos hoje, mantida a aplicação no período de 10 anos ou 120 meses, à taxa de 1,5% ao mês nas modalidades de juros simples e juros compostos: 64 Aplicando a fórmula: M = 10.000,00 x ( 1 + 10 / 100) 2 = 12.100,00 Como J = M – C => j = 12.100,00 – 10.000,00 j = 2.100,00 Da fórmula básica, deduzimos as demais fórmulas: Tempo n = logM - logC log (1 + i) Taxa n i = M -- 1 C Capital M C = _____________ i n 1+ ___ 100 Tipo de juros Capital Juros Montante Simples 100,00 180,00 280,00 Compostos 100,00 496,93 596,93 Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real Taxa Nominal É a taxa que encontramos nas operações correntes, ou seja, a taxa visível aos participantes de uma transação, por exemplo, de um CDB cotado a 13% ao ano. A inflação está inserida nessa cotação e não reflete, portanto, o ganho real do investidor no investimento. Taxa Real É a taxa nominal descontada a inflação do período. Ela será positiva quando a taxa nominal for maior do que a inflação no mesmo período e será negativa quando a taxa nominal for menor do que a inflação no mesmo período. Capitalização Simples versus Capitalização Composta 65Cursos - Assban DF Noções Básicas de Matemática Financeira Taxa de Juros Equivalente e Taxa de Juros Proporcional Muitas vezes a taxa de juros é expressa ao ano, mas a transação é por um prazo menor e temos de achar a taxa correspondente ao período da operação. Duas taxas são PROPORCIONAIS quando, considerados o mesmo prazo e o mesmo capital, produzem o mesmo montante, no regime de capitalização SIMPLES de juros. Duas taxas são EQUIVALENTES
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