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1 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
As Instituições Financeiras regulares que atuam no mercado financeiro foram 
autorizadas pelo Banco Central a credenciarem CORRESPONDENTES para exercerem 
atividades de captação de operações financeiras ou não financeiras em seu nome 
junto ao público em geral. 
As Resoluções p ara e s t as at iv id ad e s s ão : R e s o lu ç ão BACEN 3.110 e 3.156 e 
atualizadas pela Resolução BACEN 3.954 e Resolução BACEN 3.959, ambas de 2.011. 
A atividade que mais se destacou ao longo destes anos foi à concessão de empréstimos 
consignados para aposentados do INSS ou Funcionários de Órgãos Públicos. Temos os 
CORRESPONDENTES credenciados e temos a figura que se tornou famosa dos seus 
agentes captadores denominados “Pastinhas” por carregarem uma pasta contendo 
os Contratos de Financiamento e os documentos necessários para a efetivação das 
operações de financiamento consignado, ou seja, crédito vinculado ao desconto em 
folha de pagamento. 
O objetivo da criação, ou da disseminação, dessa modalidade foi a de dar acesso 
 
às Pessoas Físicas, trabalhadores ou aposentados, a uma linha crédito, que por 
apresentar um menor risco, traria em seu bojo uma taxa de juros mais vantajosa em 
relação às taxas de juros de empréstimos pessoais praticadas pelo mercado. 
Nos últimos anos além do consignado tivemos um desenvolvimento importante 
 
da atividade do CORRESPONDENTE que foram os financiamentos de v eículos e CDC 
( Crédito Direto ao Consumidor). 
 
 
Em linhas gerais os CORRESPONDENTES podem realizar as seguintes atividades: 
 
 
 
• Encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo 
2 
 
 
 
 
 
ou poupança; 
 
• Podem receber e pagar contas, aplicação e resgates em fundos de investimentos; 
 
• Efetuar ordens de pagamentos; 
 
• Fazer pedidos de empréstimos e financiamentos; 
 
• Fazer análise de crédito e cadastro; 
 
• Terceirizar serviços de cobranças; 
 
• Enviar pedidos de cartões de créditos; e 
 
• Atuar no processamento de dados. 
 
 
 
Os contratos para prestação de serviços de CORRESPONDENTE são celebrados 
entre a Instituição financeira e Empresa interessada, que deve se uma Empresa 
regularmente constituída (com CNPJ) e objeto social com foco nesta atividade. No 
Contrato constam no mínimo, as seguintes cláusulas: 
 
 
• Garantia total de responsabilidade da instituição autorizada pelo Banco Central 
pelos serviços prestados pelo CORRESPONDENTE; 
• Que garantam o total acesso do Banco Central do Brasil a todas as informações, 
dados e documentos relativos à empresa contratada e à suas operações; 
• Substabelecimento do contrato a terceiros, ou seja, a empresa não poderá 
repassar o contrato à outra prestadora de serviços que precise da autorização 
expressa do banco ou da instituição financeira contratada. 
 
 
 
O CORRESPONDENTE está proibido de: 
 
 
 
• Adiantar recursos a serem liberados pelo banco ou instituição financeira; 
 
• Cobrar qualquer taxa, tarifa ou comissão, por sua conta, pelos serviços de 
intermediação prestados aos clientes; 
• Garantir nas operações prestadas como executadas, ou seja, quem aprova, faz a 
3 
 
 
 
 
 
liberação é o banco ou instituição. 
 
 
 
 
Por atuar como representante legal de uma Instituição Financeira, embora a 
responsabilidade perante o mercado seja da Instituição credenciadora, o 
credenciado, CORRESPONDENTE, tem a responsabilidade moral de honrar com a 
representação que lhe é confiada, devendo agir sob os preceitos da Instituição 
Financeira, ciente de que seus atos deverão se pautar pela qualidade no 
relacionamento com o mercado como se um Departamento, Agência ou 
Dependência direta da Instituição fosse. 
 
 
 
Razão pela qual, está sendo regulamentado pelo Banco Central a necessidade 
de uma Certificação de Qualidade do conhecimento que nos propomos a 
prepará-lo para atuar como um CORRESPONDENTE que “corresponde” à 
qualidade da prestação dos serviços nas atividades que lhe foi delegada. 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
 
 
Neste Capítulo teremos a visão geral do Sistema Financeiro Nacional o qual se 
insere nossa atividade representativa. 
A Lei 4.595 de 1.964 que criou o SFN - Sistema Financeiro Nacional era 
 
administrado pela SUMOC - Superintendência Monetária de Moeda e Crédito e 
os Bancos eram chamados, à época, de Casas Bancárias. 
A Lei foi assinada em 31 de Dezembro de 1.964 pelo então Presidente da 
República, General Humberto de Alencar Castelo Branco, e os Ministros: Otávio 
Gouveia de Bulhões, Daniel Faraco e Roberto Campos. Curiosamente o escopo 
dessa Lei, e a estrutura do Sistema Financeiro Nacional, ainda continuam em 
vigor. 
O nosso SFN - Sistema Financeiro Nacional é respeitado no Mundo Financeiro 
como um dos mais bem estruturados e desenvolvidos apresentando um elevado 
grau de qualidade e segurança. Como exemplo, podemos citar uma operação que 
para nós é extremamente corriqueira que é uma operação de compensação de 
cheques. Num país com dimensões continentais, como o nosso, a compensação 
de um cheque sempre ocorreu em 24 ou 48 horas. Chegamos aos anos 90 a 
compensar cerca de 20 milhões de folhas de cheque por dia. 
5 
 
 
 
 
 
Outro avanço notável de nosso mercado financeiro foi a implantação do SPB - 
Sistema Pagamentos Brasileiro, no qual criamos a TED - Transferência Eletrônica 
Disponível, que funciona como uma operação de cartão de débito, sacando de 
imediato os recursos da conta corrente do devedor e creditado, “on-line” do 
valor na conta corrente do credor. 
Outro benefício importante é a segurança, já que a operação é irreversível, ou 
 
seja, não pode ser sustada e só se realiza com recursos efetivamente disponíveis 
na conta do remetente. Não existe a possibilidade de uma TED sem fundos. 
 
O Banco Central monitora e participa do SPB por meio do Sistema de 
Transferência de Reservas - STR. Com o novo SPB, o Brasil passou a ter um dos 
sistemas de pagamentos mais avançados do mundo. 
 
Vamos então analisar as regras do Sistema Financeiro Nacional. 
 
 
O Sistema Financeiro Nacional está constituído conforme abaixo (Constituição 
atualizada pela Resolução BACEN no. 849 de 20 de julho de 2.003 e Decreto no. 
1.307 de 09 de Novembro de 1.994). 
 
 
• I – Conselho Monetário Nacional; 
 
• II- Banco Central do Brasil; 
 
• III- Banco do Brasil S.A.; e 
 
• IV – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (hoje BNDES Banco 
 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 
 
 
 
 
 
C ON S E L H O MON E T ÁR I O N AC I ON AL 
6 
 
 
 
 
 
Órgão Regulador do Sistema Financeiro Nacional é o Conselho Monetário 
Nacional que desde sua criação tem a função de formular a política da moeda e 
do crédito, objetivando o progresso econômico e social do País. 
 
Dentre suas atividades e responsabilidades, temos: 
 
 
1º Formular a política da moeda e do crédito: O objetivo é coordenar, através 
dos recursos em papel moeda, o incentivo ou restrição para atingir as metas de 
crescimento projetados pelo Governo. 
 
2º Os objetivos da política formulada pelo Conselho Monetário Nacional são: 
 
 
• Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da 
economia nacional e seu processo de desenvolvimento; 
• Regular o valor interno da moeda, para prevenir ou corrigir os momentos 
inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa; 
• Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de 
pagamentos do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda 
estrangeira; 
• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, tendo em 
vista propiciar, condições favoráveisao desenvolvimento harmônico da 
economia nacional; 
• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de 
mobilização de recursos; 
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
 
• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da 
dívida pública, interna e externa. 
 
 
 
ME I OS D E P AG AME N T OS 
7 
 
 
 
 
 
Os meios de pagamento em circulação são: 
 
 
 
a) O denominado M0 é representado pelo papel moeda em circulação; 
 
b) O denominado no mercado como M1 é representado pelo M0, mais os 
depósitos à vista no sistema Bancário; 
c) O denominado M2 é M1 + recolhimento de compulsórios ou 
recolhimentos ao Banco Central + depósitos de poupança + títulos emitidos 
pelas instituições financeiras como: CDB’s – Certificados de Depósitos 
Bancários e outros; 
d) O denominado M3 é M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações 
compromissadas registradas no Selic – Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia; 
e) O denominado M4 que é M3 + títulos públicos de alta liquidez. 
 
 
 
O uso generalizado do Sistema Financeiro Nacional (banco e outras instituições 
creditícias) sofisticou a moeda e deu-lhe a conversibilidade necessária para que 
se possa adquirir qualquer mercadoria com a moeda corrente do país e, ao 
mesmo tempo, transformar qualquer mercadoria em moeda. 
Dependendo do tipo de moeda usada, as transações são efetuadas com maior ou 
menor liquidez (velocidade). Essa nova característica dos meios de pagamento 
gerou um novo problema: a quantidade de moeda de um país deve ser 
mensurada para ser possível evidenciar a quantidade ideal de moeda em 
circulação. Isso faz surgir outro problema: identificação das diversas moedas que 
circulam paralelamente no mercado de dinheiro. As Ciências Econômicas 
classificam as moedas pelo seu nível de liquidez. Cada país classifica os seus 
agregados monetários (moedas) por ordem de liquidez. No Brasil existem 5 
agregados monetários: M0, M1, M2, M3, M4. 
8 
 
 
 
 
 
Os meios de pagamento com liquidez imediata são então representados pelo M1 
que compreende duas categorias de moeda: 
 
 
a) Moeda manual – Composta pelo valor da moeda metálica e papel moeda em 
poder do público; 
b) Moeda escritural – A soma do total dos saldos dos depósitos bancários de 
livre movimentação, isto é, os depósitos à vista, mantidos pelo público nas 
instituições financeiras, nas contas correntes. 
 
 
 
 
LI Q UI D E Z D O ME RC A D O 
 
 
 
 
De uma maneira geral, o CMN tem o poder da Política Monetária e deve zelar 
pela liquidez do mercado. A liquidez do mercado é dada por uma série de 
medidas que iremos comentar ao longo deste Capítulo, mas em linhas gerais 
sempre que o CMN autorizar a emissão de moeda, o objetivo é aumentar a 
liquidez do mercado e colocar mais moeda em circulação (aumentar o M1). 
Quando o objetivo é de enxugar a liquidez ocorre o contrario, tendo a decisão de 
vender Títulos emitidos pelo Governo para obter a troca de moeda, ou seja, 
diminui o M1 e aumenta o M2. 
Um dos fatores que fazem aumentar a liquidez do mercado é a emissão de papel 
 
moeda. 
 
O que faz enxugar a liquidez do mercado é a emissão de Títulos Públicos que são 
vendidos aos Investidores, recebendo, em contra partida, moeda corrente ou 
pagamento via transferência bancária e, assim, “retirar moeda de circulação” 
enxugando a liquidez. 
Enxugar a liquidez ou expandir a liquidez está diretamente ligado a atividade do 
 
CORRESPONDENTE, se o Conselho Monetário Nacional, em função da Política 
9 
 
 
 
 
 
Monetária traçada pelo Governo, tomar a decisão de enxugar a liquidez, o 
volume de recursos disponíveis ao mercado será menor e menor será o valor 
disponível para crédito, ou seja, restringe as operações de crédito e, restringe a 
atividade do CORRESPONDENTE. O contrário, aumentando a liquidez, 
aumentamos a oferta de crédito e aumentamos as oportunidades de nossas 
atividades de intermediação de operações de crédito. 
 
 
 
 
OR Ç AME N T O MON E T ÁR I O 
 
 
 
 
Uma das competências do CMN é aprovar os orçamentos monetários, 
preparados pelo Banco Central do Brasil, por meio dos quais se estimarão as 
necessidades globais de moeda e crédito. Com base na Política Monetária 
traçada, o CMN aprova o orçamento apresentado pelo Banco Central, que na 
realidade norteará as decisões de dar liquidez ou enxugar a liquidez do mercado, 
durante o próximo período. 
 
 
O UT RA S A T RI B UI Ç Õ E S 
 
 
 
Outras atribuições: 
 
• Determinar as características gerais das cédulas e das moedas; 
 
• Fixar diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e 
venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saques em moeda 
estrangeira; 
o Nota: Na época ainda tínhamos como “moeda” de estabilidade no 
 
mercado internacional o chamado “padrão ouro” que aos poucos foi 
substituído pela moeda corrente de referencia de troca no mercado 
internacional que é o “dólar norte-americano”. 
10 
 
 
 
 
 
o Todas as transações com moedas internacionais, quer seja de 
entrada ou saída de recursos, a qualquer título só pode ser realizada 
através de Instituições Financeiras autorizadas a realizar tais operações 
pelo Banco Central. 
 
 
• Disciplinar o Crédito em todas as suas modalidades e as operações 
creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de 
quaisquer garantias por parte das Instituições Financeiras; 
o É o CMN que determina, por exemplo, qual o número máximo de 
parcelas na contratação de um determinado empréstimo ou 
financiamento. 
o É o CMN que determina, por exemplo, o valor máximo financiável 
para um bem etc. 
 
 
• Coordenar a política de que trata esta Lei com relação a Política de 
 
Investimentos do Governo Federal; 
 
• Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem 
atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades 
previstas; 
o O CMN estabelecendo as normas de funcionamento do Sistema 
Financeiro possibilita a fiscalização e a aplicação de eventuais 
penalidades. 
• Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e 
qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou 
financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central do Brasil, assegurando 
taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover determinadas 
atividades consideradas prioritárias pelo Governo; 
o O CMN através do BANCO CENTRAL que fixa as taxas básicas de 
11 
 
 
 
 
 
juros a serem adotadas pelo mercado. 
 
• Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas 
pelas instituições financeiras; 
• Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das 
instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a 
localização de suas sedes e agências ou filiais; 
o Adiante trataremos dos limites de alavancagem das Instituições 
 
Financeiras que ficou conhecida como “Acordo da Basiléia” que fixa o capital 
mínimo das Instituições; 
• Determinar recolhimento de % do total dos depósitos e/ou outros títulos 
contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou 
obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja 
através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central 
do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar; 
o Essa medida ocorre até hoje, refere-se ao que tratamosacima quando 
 
abordamos liquidez de mercado. O recolhimento chama-se Depósito 
Compulsório em que em determinado momento, tomando a decisão de 
enxugar a liquidez o governo aumenta o % de depósito, compulsoriamente, das 
Instituições em recolher parte dos recursos para os cofres do Banco Central. 
Essa medida como já falamos afeta o volume disponível para a oferta de 
crédito no mercado. Diminuindo os volumes de compulsório teremos um 
aumento da oferta de crédito. 
• Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de 
redesconto e de empréstimo efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas 
e privadas de natureza bancária; 
o Neste caso trata-se de Instituições que, em tese, apresenta necessidade 
de captação de recursos e encontra dificuldade em captar o volume que 
necessita normalmente no mercado. Seu risco de “quebra” é avaliado como 
12 
 
 
 
 
 
“elevado”. Nessa situação a Instituição recorre ao Banco Central para o 
redesconto, ou seja, vende parte de sua carteira ou oferece uma garantia para 
obter “empréstimo”, sob determinadas condições, diretamente do Banco 
Central e assim poder continuar a operar normalmente no mercado. Esta tarefa 
tem sido exercida atualmente pelo FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO, criado e 
mantido pelos Bancos para dar estabilidade ao sistema financeiro em casos de 
necessidade. 
o No Capítulo de Crédito iremos explorar as razões que levam uma 
 
Instituição Financeira a apresenta riscos de “quebra”, que no mercado 
financeiro é denominado “liquidação extrajudicial” e que na realidade significa 
o fechamento da Instituição. 
• Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos 
públicos; 
• Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central da República do 
Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e 
vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste 
apresentar as respectivas propostas; 
 
 
C ON S T I T U I Ç ÃO D O C MN 
 
 
 
O CMN é integrado pelos seguintes membros: 
 
I. Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de Presidente; 
 
II. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento, Orçamento e 
 
Coordenação da Presidência da República; 
 
III. Presidente do Banco Central do Brasil. 
 
 
 
 
 
A T RI B UI Ç Õ E S D O P RE SI D E N T E 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
São atribuições do Presidente do CMN: 
 
I. Convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias, abrir as 
reuniões e dirigir os trabalhos, observadas as disposições deste regimento; 
II. Definir a pauta dos assuntos a serem discutidos em cada reunião; 
 
III. Aprovar a inclusão de assuntos extra pauta, quando 
revestidos de caráter de urgência, relevante interesse ou de natureza sigilosa; 
IV. Conceder vistas de assuntos constantes da pauta ou extra 
pauta, durante as reuniões do conselho; 
V. Autorizar o adiamento da votação de assuntos incluídos na 
pauta ou extra pauta; 
VI. Determinar, quando for o caso, o reexame de assunto retirado de pauta; 
VII. Convidar para participar das reuniões do conselho sem direito a voto, 
outros Ministros de Estado, assim como representantes de entidades públicas 
ou privadas; 
 
VIII. Deliberar “ad referendum” do colegiado, nos casos de urgência 
e de relevante interesse; 
IX. Convocar reuniões extraordinárias da Comissão Técnica da Moeda e 
do Crédito e das Comissões Consultivas por Iniciativa própria ou por 
solicitação dos demais membros do CMN. 
 
 
Ocorrendo a hipótese prevista no inciso VI acima, cabe ao Presidente do Conselho 
adotar, dentre outras, as seguintes medidas: 
a. Solicitar manifestação da COMOC - Comissão Técnica da Moeda e do 
 
Crédito ou assessoramento das Comissões Consultivas; 
 
b. Encaminhar a matéria a qualquer entidade ou órgão público, para 
manifestação; 
c. Nomear relator, dentre os membros da COMOC ou das Comissões 
14 
 
 
 
 
 
Consultivas, para emitir parecer sobre a matéria ou designar comissão 
relatora para fazê-lo, com indicação de seu coordenador; 
d. Propor, ao plenário, o cancelamento do registro do assunto. 
 
 
 
 
 
SECRETARIA EXECUTIVA 
A Secretaria Executiva do CMN é exercida pelo Banco Central do Brasil. 
À Secretaria Executiva do CMN compete: 
 
I. Organizar a pauta das reuniões do colegiado; 
 
II. Comunicar aos conselheiros a data, a hora e o local das 
reuniões ordinárias ou a convocação para as reuniões extraordinárias; 
III. Enviar aos conselheiros e demais participantes das 
reuniões, imediatamente após a sua definição, a pauta de cada reunião e cópia 
dos assuntos nela incluídos, conferindo-lhe tratamento confidencial; 
IV. Prover os serviços de secretaria nas reuniões do conselho, 
elaborando inclusive as respectivas atas; 
V. Manter arquivo e ementário de assuntos de interesse do 
CMN, bem como das decisões adotadas em suas reuniões; 
VI. Colher a assinatura dos conselheiros nas atas das reuniões, após sua 
aprovação pelo colegiado; 
VII. Prover os serviços de secretaria e de apoio administrativo à COMOC e às 
 
Comissões Consultivas do conselho; 
 
VIII. Encaminhar à COMOC as propostas dos conselheiros 
para sua manifestação prévia; 
IX. Encaminhar ao Presidente do CMN os expedientes recebidos, 
devidamente instruídos; 
15 
 
 
 
 
 
X. Encaminhar aos conselheiros, cópia das atas e das resoluções 
baixadas pelo CMN; 
XI. Encaminhar às Comissões Consultivas os assuntos que lhe forem 
 
destinados. 
 
 
 
 
 
CONSELHEIROS 
 
 
 
São atribuições dos Conselheiros: 
 
I. Apresentar proposta ao CMN, na forma de voto, 
observadas as disposições deste regimento; 
II. Submeter ao colegiado o exame da conveniência de não 
divulgação de matéria tratada nas reuniões; 
III. Solicitar manifestação da COMOC ou assessoramento das Comissões 
 
Consultivas; 
 
IV. Solicitar visto de assuntos constantes da pauta ou apresentado 
extra pauta; 
V. Fazer declaração de voto; 
 
VI. Requerer preferência para votação de assunto incluído na 
pauta ou apresentado extra pauta; 
VII. Abster-se na votação de qualquer assunto; 
 
VIII. Solicitar o adiamento da votação de assuntos incluídos na 
pauta ou submetidos extra pauta. 
 
 
 
 
COMISSÃO TÉCNICA DA MOEDA E DO CRÉDITO – COMOC 
 
 
 
Compete à COMOC: 
16 
 
 
 
 
 
I - propor a regulamentação das matérias tratadas na Medida Provisória n° 681, de 27 
de outubro de 1994, de competência do Conselho Monetário Nacional; 
II - manifestar-se, previamente, na forma prevista em seu regimento, sobre as matérias 
 
de competência do CMN, especialmente aquelas constantes da Lei n° 4.595/64; 
 
III - examinar requerimentos de vantagens fiscais e correlatas cuja concessão dependa 
de aprovação do conselho; 
IV - convidar pessoas ou representantes de entidades públicas ou privadas para 
participar de suas reuniões; 
V - propor ao CMN alterações em seu regimento interno; 
 
VI - outras atribuições que lhe forem cometidas pelo CMN. 
 
 
 
 
 
REUNIÕES DO CMN 
 
 
 
O CMN reunir-se uma vez por mês e extraordinariamente por convocação do seu 
presidente. 
A data, a hora e o local de cada reunião serão determinados pelo presidente do 
conselho. 
A ordem dos trabalhos nas reuniões do CMN é a seguinte: 
I - discussão e votação dos assuntos incluídos em pauta; 
II - discussão e votação dos assuntos extra pauta; 
III - assuntos de ordem geral. 
 
 
Participam das reuniões do CMN: 
I - os Conselheiros; 
II - os membros da COMOC; 
 
III - os Diretores de Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil; 
17 
 
 
 
 
 
IV - representantes das Comissões Consultivas, quando convocados pelo Presidente do 
 
CMN. 
 
 
 
Poderão assistir àsreuniões do CMN: 
 
a) assessores credenciados individualmente pelos conselheiros; 
 
b) convidados do presidente do conselho, conforme previsto no inciso VII do art. 8° 
 
deste regimento; 
 
c) funcionários da secretaria-executiva do conselho, credenciados pelo Presidente do 
 
Banco Central do Brasil. 
 
 
 
Somente aos conselheiros é dado o direito de voto. 
 
A votação ocorrerá após o encerramento dos debates de cada assunto. 
As decisões do CMN serão tomadas por maioria simples de votos. 
As decisões de natureza normativa serão divulgadas mediante resoluções assinadas 
pelo Presidente do Banco Central do Brasil, veiculadas pelo Sistema de Informações 
Banco Central (Sisbacen) e publicadas no Diário Oficial da União. 
As decisões que não envolvam natureza normativa serão comunicadas pela Secretaria- 
Executiva do CMN, por meio de correspondência. 
As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos interessados. 
 
 
 
 
 
COMISSÕES CONSULTIVAS 
 
 
 
Funcionarão também junto ao CMN as seguintes Comissões Consultivas: 
I - de Normas e Organização do Sistema Financeiro; 
II - de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; 
III - de Crédito Rural; 
IV - de Crédito Industrial; 
18 
 
 
 
 
 
V - de Endividamento Público; 
 
VI - de Política Monetária e Cambial; e 
 
VII - de Processos Administrativos. 
 
Compete às Comissões Consultivas, dentre outras atribuições previstas em seu 
regimento interno: 
I - por solicitação do CMN ou da COMOC, apreciar matérias atinentes às suas 
finalidades; 
II - propor alteração em seu regimento interno, ao CMN; 
 
III - convidar pessoas ou representantes de entidades públicas ou privadas para 
participar de suas reuniões. 
A organização e o funcionamento das Comissões Consultivas serão regulados pelo 
 
Conselho Monetário Nacional. 
 
 
 
 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL 
 
 
 
O Banco Central do Brasil – BCB ou BACEN, criado pela Lei 4.595 e regulamentado pelo 
Decreto Lei no. 278 de 28 de Fevereiro de 1.967, com a denominação inicial de Banco 
Central da República do Brasil, é na realidade um Banco com personalidade jurídica e 
patrimônio próprio, este constituído dos bens, direitos e valores que lhes foram 
transferidos na forma desta Lei. 
 
 
 
 
FUNÇÕES DO BACEN 
 
 
 
O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal, criada pela Lei 4595, de 31.12.64, 
competindo-lhe cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela 
legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. 
19 
 
 
 
 
 
 
 
As principais funções de competência do Banco Central do Brasil são: 
 
a. Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites 
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional, e executar os serviços do meio 
circulante; 
b. Receber os recolhimentos compulsórios e os depósitos voluntários de 
instituições financeiras; 
c. Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições 
financeiras bancárias; 
d. Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; 
 
b) Efetuar o controle dos capitais estrangeiros; 
 
c) Ser depositário das reservas oficiais de ouro, de moeda estrangeira e de 
Direitos Especiais de Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer 
operações previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário 
Internacional; 
d) Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as 
penalidades previstas; 
e) Conceder autorização às instituições financeiras para que possam 
funcionar no País, instalar ou transferir sua sede ou dependências, alterar seus 
estatutos etc.; 
f) Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra 
e venda de títulos públicos federais; 
g) Receber em depósito as disponibilidades de caixa da União; 
 
h) Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições 
financeiras estrangeiras e internacionais; 
i)Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da 
estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de 
pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda 
20 
 
 
 
 
 
estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior; 
 
j)Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e de 
empresas do Estado; 
k) Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
l)Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. 
m) Em conjunto com a Casa da Moeda do Brasil – CMB (empresa pública) 
desenvolve projetos de cédulas e moedas. 
 
 
 
 
Outras Funções do BACEN 
 
 
 
• Regulamentar, autorizar e fiscalizar as atividades dos consórcios, fundos 
mútuos ou outras formas associativas; 
• Normatizar, autorizar e fiscalizar as sociedades de arrendamento mercantil, as 
sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e empréstimos; 
• Acompanhar as operações de endividamento de estados e municípios; 
 
 
 
Fonte: www.bcb.gov.br 
 
 
 
O governo através do BANCO CENTRAL acumula reservas cambiais que são 
mensuradas em moeda “norte-americana” (dólar norte-americano) de três formas: 
comprando dólares no mercado, fazendo emissões de títulos da dívida pública (Global 
Bonds que são comprados pelos investidores e cujo pagamento é depositado nas 
reservas) ou por meio das aplicações das reservas - que geram rendimentos. A maior 
parte das reservas brasileiras está aplicada em títulos do tesouro dos Estados Unidos. 
A vantagem de se ter dólares em caixa é que isso proporciona garantias contra 
eventuais crises no mercado internacional, como a que tivemos recentemente, 2.008, 
http://www.bcb.gov.br/
21 
 
 
 
 
 
no mercado norte-americano e Europa, que impactou a economia global nos últimos 
meses. Com os dólares em reserva o país tem mais autonomia. 
Economistas, no entanto, chamam a atenção para a compra de dólares. Isso por que o 
 
governo cada vez que compra a moeda, paga em real e, com isso, aumenta a dívida 
interna. 
Ouvimos recentemente notícias de que o Banco Central aumentou suas reservas para 
US$ 300 bilhões (trezentos bilhões de dólares norte-americanos) demonstrando ao 
mercado s sua riqueza e sua força para suportar eventuais crises ou prolongamentos 
das demais. 
 
 
 
 
COMPETENCIA DO BACEN 
 
 
 
Compete ao Banco Central, por delegação do CMN, fiscalizar em sua plenitude a 
aplicação das regras nas atividades do Sistema Financeiro Nacional e para tal deve 
expedir as Normas e orientações para o perfeito funcionamento e equilíbrio do 
sistema. 
As Instituições Financeiras tem a função precípua de intermediar as finanças do 
mercado captando recursos dos agentes superavitários e emprestando recursos aos 
agentes deficitários, sempre visando o cumprimento da Política Monetária adotado 
pelo Governo e a ditada pelo CMN, visando sempre o desenvolvimento econômico do 
país. 
 
Além do depósito compulsório todas as transações oficiais em moeda estrangeira tem 
que ser intermediadas pelo Banco Central. Assim, quando um Banco recebe um 
recurso do exterior a título de empréstimo, Investimento ou outros motivos, os 
recursos, em qualquer moeda são recebidos pelo Banco Central e transformados na 
moeda local, vigente, no caso nossa moeda é o real, a taxa de câmbio vigente. 
22 
 
 
 
 
 
Quando esse Banco tiver que pagar esse empréstimo, entregará ao Banco Central, 
reais equivalentes, que convertidos à taxa de câmbio montarão os recursos para o 
pagamento do credor no exterior. O Banco Central faz a conversão de tal maneira que 
mesmo transacionando, nominalmente, em moeda estrangeira, a Instituição 
Financeira, estará transacionando no mercado local à moeda local. 
O mesmoocorre com o exportador. Ele vende seus produtos em moeda 
 
estrangeira. O comprador do exterior remete o valor da transação na moeda 
correspondente, só que não diretamente ao exportador, e sim ao Banco Central que se 
encarrega de converter à moeda local e entregar ao exportador. Sentido contrário 
ocorre com o Importador que paga em reais ao banco Central e este paga em moeda 
estrangeira ao Exportador lá fora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outras Atribuições: 
 
 
 
Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: 
 
• Instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; 
 
• Ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
 
• Praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida 
pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros 
títulos de crédito ou mobiliários; 
• Ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; 
 
• Alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. 
Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de 
administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de 
quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que 
23 
 
 
 
 
 
forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
• Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e 
venda de títulos públicos federais; 
• Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos 
internos ou externos, podendo, também, encarregar-se dos respectivos serviços; 
• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. 
 
 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICAS 
 
 
 
As Instituições Financeiras Públicas são as Caixas Econômicas Federais, Basa - Banco 
da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixas Estaduais, Bancos de Desenvolvimento 
Estaduais ou Regionais e Bancos Estaduais ou assemelhados. 
Essas Instituições tem a função de auxiliar os Governos Federais, Estaduais ou 
 
Municipais (se for o caso) na execução da Política Monetária do Governo Federal. 
 
Suas atividades são reguladas pelo Conselho Monetário Nacional. 
 
O Conselho Monetário Nacional regulará especificamente quanto à capacidade e 
modalidade operacionais as instituições financeiras públicas federais, que deverão 
submeter à aprovação daquele órgão, com a prioridade por ele prescrita, seus 
programas de recursos e aplicações, de forma que se ajustem à política de crédito do 
Governo Federal. 
A escolha dos Diretores ou Administradores das instituições financeiras 
públicas federais e a nomeação dos respectivos Presidentes e designação dos 
substitutos observarão o mesmo critério aplicado ao Banco Brasil, conforme acima. 
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social é o principal instrumento de 
execução de política de investimentos do Governo Federal, promovendo políticas 
voltadas ao financiamento das atividades econômicas, setoriais e regionais prioritárias 
em função da Política Monetária determinada pelo Governo Federal. 
24 
 
 
 
 
 
As instituições financeiras públicas não federais ficam sujeitas às disposições relativas 
às instituições financeiras privadas, assegurada de constituição das já existentes. 
As Caixas Econômicas Estaduais equiparam-se, no que couber, às Caixas 
 
Econômicas Federais, para os efeitos da legislação em vigor. 
 
 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS 
 
 
 
As instituições financeiras privadas, exceto as cooperativas de crédito, constituir- se-ão 
unicamente sob a forma de sociedade anônima, devendo a totalidade de seu capital 
com direito a voto ser representada por ações nominativas. 
O Capital Inicial exigido para a constituição de uma Instituição Financeira é 
determinado pelo Banco Central, sob determinação do CMN, e deve ser integralizado 
em moeda corrente. 
As instituições financeiras de direito privado, exceto as de investimento, só poderão 
participar de capital de quaisquer sociedades com prévia autorização do Banco 
Central da República do Brasil, nas condições que forem estabelecidas, em caráter 
geral, pelo Conselho Monetário Nacional. 
As instituições financeiras levantarão balanços gerais a 30 de junho e 31 de dezembro 
de cada ano, obrigatoriamente, com observância das regras contábeis estabelecidas 
pelo Conselho Monetário Nacional. 
As instituições financeiras privadas deverão comunicar ao Banco Central da 
 
República do Brasil os atos relativos à eleição de diretores e membros de órgão 
consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias de sua ocorrência. O Banco 
Central da República do Brasil, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, decidirá aceitar 
ou recusar o nome do eleito, que não atender às condições a que se refere esta lei. 
25 
 
 
 
 
 
É vedado às instituições financeiras privadas conceder empréstimos ou 
adiantamentos: 
 
 
I - A seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e 
semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; 
II - Aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o inciso anterior; 
 
III - As pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10% (dez 
por cento), salvo autorização específica do Banco Central da República do Brasil, em 
cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes 
de transações de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem 
fixados pelo Conselho Monetário Nacional, em caráter geral; 
IV - As pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento); 
 
V - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por cento), 
quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem 
como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau. 
 
 
No mercado denomina-se tal transgressão à Lei como: CRIME DO COLARINHO 
BRANCO. 
 
 
É vedado ainda às instituições financeiras: 
 
• Emitir debêntures e partes beneficiárias (partes beneficiárias em geral são 
representadas pelos sócios ou acionistas e outros assemelhados ou ligados); 
• Adquirir bens imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os recebidos em 
liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa solução, caso em que deverão vendê- 
los dentro do prazo de um (1) ano, a contar do recebimento, prorrogável até duas 
vezes, a critério do Banco Central da República do Brasil; 
• As instituições financeiras que não recebem depósitos do público poderão 
emitir debêntures, desde que previamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, 
26 
 
 
 
 
 
em cada caso; 
 
• Aplicam-se às instituições financeiras estrangeiras em funcionamento ou que 
venham a se instalar no País, as disposições da presente lei, sem prejuízo das que se 
contém na legislação vigente. 
 
 
Penalidades: 
 
Os diretores e gerentes das instituições financeiras respondem solidariamente pelas 
obrigações assumidas pelas mesmas durante sua gestão, até que elas se cumpram. 
Havendo prejuízos, a responsabilidade solidária se circunscreverá ao respectivo 
 
montante. 
 
O responsável pela instituição financeira que autorizar a concessão de empréstimo ou 
adiantamento vedado nesta lei, se o fato não constituir crime, ficará sujeito, sem 
prejuízo das sanções administrativas ou civis cabíveis, à multa igual ao dobro do valor 
do empréstimo ou adiantamento concedido, cujo processamento obedecerá no que 
couber ao disposto nesta lei. 
As infrações aos dispositivos desta lei sujeitam as instituições financeiras, seus 
diretores, membros de conselhos administrativos, fiscais e semelhantes, e gerentes, às 
seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabelecidas na legislação vigente: 
 
 
I – Advertência; 
 
II - Multa pecuniária variável; 
 
III - Suspensãodo exercício de cargos; 
 
IV - Inabilitação temporária ou permanente para o exercício de cargos de direção na 
administração ou gerência em instituições financeiras; 
V - Cassação da autorização de funcionamento das instituições financeiras públicas, 
exceto as federais, ou privadas; 
VI – Detenção; 
27 
 
 
 
 
 
VII – Reclusão. 
 
 
 
As instituições financeiras públicas não federais e as privadas devem seguir os 
termos da legislação vigente. 
 
 
ATIVIDADES DOS CORRESPONDENTES 
 
 
 
A atividade dos CORRESPONDENTES foi instituída através da RESOLUÇÃO BACEN 
nº 3.110 de 31 de Julho de 2.003. Esta Resolução foi editada de acordo com decisão 
do Conselho Monetário Nacional, que instituiu as normas que dispõem sobre a 
contratação, por parte de bancos múltiplos, de bancos comerciais, da Caixa Econômica 
Federal, de bancos de investimento, de sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, de sociedades de crédito imobiliário e de associações de poupança e 
empréstimo, de empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o 
desempenho das funções de correspondente no País, com vistas à prestação dos 
serviços abaixo relacionados. 
Posteriormente a RESOLUÇÃO BACEN nº 3.156 de 17 de Dezembro de 2.003 
 
estende a faculdade de contratação de CORRESPONDENTE no País, às outras 
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil até então não contempladas naquela regulamentação, tais como as 
cooperativas de crédito, as companhias hipotecárias, as sociedades de crédito ao 
microempreendedor e as sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários. 
Em 24 de Fevereiro de 2.011 através da RESOLUÇÃO BACEN 3.954 o Banco 
 
Central atualizou e ampliou os conceitos da atividade do Correspondente Bancário, 
principalmente no que tange a atividade de câmbio dos Correspondentes Bancários 
vinculados à Caixa Econômica Federal com atividades de prestação de serviços 
28 
 
 
 
 
 
lotéricos, as chamadas Casas Lotéricas e Agências da ECT Empresa Brasileira de 
 
Correios e Telégrafos. 
 
Também, a Resolução 3954 veio a instituir a obrigatoriedade da Certificação por 
Entidades Credenciadas dos Correspondentes Bancários. 
O objetivo do Conselho Monetário Nacional em 2.003, com a adoção das medidas 
criando a atividade do Correspondente Bancário foi em razão de viabilizar o acesso da 
população ao Sistema Financeiro Nacional, como forma de propiciar a melhoria das 
condições de obtenção de crédito, de realização de poupança e de aquisição de 
produtos financeiros, além da maior comodidade para pagamento de contas por parte 
das pessoas de menor renda, levando-se em consideração, ainda, as salvaguardas 
inseridas naquela regulamentação, que preveem mecanismos capazes de oferecer as 
devidas segurança e confiabilidade aos serviços prestados por meio de 
correspondentes. 
O objetivo da certificação do Correspondente Bancário foi levar ao mercado a 
 
normatização pelo Banco Central quanto ao nivelamento da qualidade exigida para a 
prática da atividade, e, ao mesmo tempo proteger as Instituições credenciadoras que, 
na realidade, são as responsáveis perante o mercado pela qualidade dos serviços 
prestados pelos seus correspondentes. 
 
 
ATIVIDADES PERMITIDAS 
 
 
 
As atividades permitidas de acordo com a regulamentação são: 
 
 
 
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à 
vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante; 
II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à 
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela 
instituição contratante; 
29 
 
 
 
 
 
III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes 
da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela 
instituição contratante com terceiros; 
IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da 
 
instituição contratante por solicitação de clientes e usuários; 
 
V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de 
arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante; 
VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da 
instituição contratante; 
VII - execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade 
da instituição contratante ou de seus clientes; 
VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito 
de responsabilidade da instituição contratante; e, 
IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, 
observado o disposto adiante. 
 
 
OPERAÇÕES DE CÂMBIO 
 
 
 
O atendimento prestado pelo correspondente em operações de câmbio deve ser 
contratualmente restrito às seguintes operações: 
I - compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem; 
 
II - execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência 
unilateral do ou para o exterior; e, 
III - recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. 
 
As operações mencionadas acima somente podem ser realizadas pelos seguintes 
contratados: 
I - instituição financeira ou instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do 
 
Brasil; 
30 
 
 
 
 
 
II - pessoas jurídicas cadastradas no Ministério do Turismo como prestadores de 
serviços turísticos remunerados, na forma da regulamentação em vigor; 
III - a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT); e, 
 
IV - os permissionários de serviços lotéricos. 
 
 
 
O contrato que inclua o atendimento nas operações de câmbio relacionadas acima 
deve prever as seguintes condições: 
I - limitação ao valor de US$3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos), ou seu 
equivalente em outras moedas, por operação; 
II - obrigatoriedade de entrega ao cliente de comprovante para cada operação de 
câmbio realizada, contendo a identificação das partes, a indicação da moeda 
estrangeira, da taxa de câmbio e dos valores em moeda estrangeira e em moeda 
nacional; e, 
III - observância das disposições do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais 
 
Estrangeiros (RMCCI). 
 
 
 
CONTRATO COM A INSTITUIÇÃO 
 
 
 
O contrato de correspondente deve estabelecer: 
 
I. exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante 
vínculo empregatício ou vínculo contratual de outra espécie com as pessoas naturais 
integrantes da sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários; 
II. vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração 
 
arquitetônica, logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela 
instituição contratante em suas agências e postos de atendimento; 
III. divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador 
de serviços à instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no 
mercado, com descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de 
31 
 
 
 
 
 
atendimento e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível 
mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por 
outras formas caso necessário para esclarecimento do público; 
IV. realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o 
 
correspondente, no máximo, a cada dois dias úteis; 
 
V. que, nos contratos de empréstimos e de financiamentos, a liberação 
de recursos deve ser efetuada mediante cheque nominativo, cruzado e intransferível, 
de emissão da instituição financeira contratante a favor do beneficiário ou da 
empresa comercial vendedora, ou crédito em conta de depósitos à vista do 
beneficiário ou da empresa comercial vendedora;Os contratos referentes à prestação de serviços de correspondente devem incluir 
cláusulas prevendo: 
I - a total responsabilidade da instituição financeira contratante sobre os serviços 
prestados pela empresa contratada, inclusive na hipótese de substabelecimento do 
contrato a terceiros, total ou parcialmente; 
II - o integral e irrestrito acesso do Banco Central do Brasil, por intermédio da 
instituição financeira contratante, a todas as informações, dados e documentos 
relativos à empresa contratada, ao terceiro substabelecido e aos serviços por esses 
prestados; 
III - que, na hipótese de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou 
parcialmente, a empresa contratada deverá obter a prévia anuência da instituição 
financeira contratante; 
É vedada a contratação de entidade cujo controle societário, direta ou indiretamente, 
seja exercido por administrador de quaisquer instituições pertencentes ao 
conglomerado integrado pela instituição contratante. 
Não é admitida a celebração de contrato de correspondente que configure contrato de 
franquia. 
32 
 
 
 
 
 
Admite-se o substabelecimento do contrato de correspondente, em um único nível, 
desde que o contrato inicial preveja essa possibilidade e as condições para sua 
efetivação, entre as quais a anuência da instituição contratante. 
Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares de coleta de 
 
informações cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de 
dados. 
 
 
ATIVIDADES PROIBIDAS 
 
 
 
É vedado, ao Correspondente: 
 
a) efetuar adiantamento por conta de recursos a serem liberados pela instituição 
financeira contratante; 
b) emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações intermediadas; 
 
c) cobrar, por iniciativa própria, qualquer tarifa relacionada com a prestação dos 
serviços a que se refere o contrato; 
d) prestar qualquer tipo de garantia nas operações a que se refere o contrato; 
 
e) utilizar sem a prévia autorização do Banco Central a denominação “Banco”; 
 
f) o substabelecimento do contrato no tocante às atividades de atendimento em 
operações de câmbio. 
 
 
Importante: As empresas contratadas para a prestação de serviços de correspondente 
nos termos desta resolução estão sujeitas às penalidades previstas na Lei 4.595, de 
1964, que instituiu o Sistema Financeiro Nacional, caso venham a praticar, por sua 
própria conta e ordem, operações privativas de instituição financeira. 
 
 
INTERMEDIAÇAO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DE ARRENDAMENTO 
MERCANTIL 
33 
 
 
 
 
 
Com relação a operações de crédito e de arrendamento mercantil, a intermediação 
pela atividade do Correspondente deve prever: 
I - obrigatoriedade de, no atendimento prestado em operações de financiamento e de 
 
arrendamento mercantil referente a bens e serviços fornecidos pelo próprio 
correspondente, apresentação aos clientes, durante o atendimento, dos planos 
oferecidos pela instituição contratante e pelas demais instituições financeiras para as 
quais preste serviços de correspondente; 
II - uso de crachá pelos integrantes da respectiva equipe que prestem atendimento 
nestas operações, expondo ao cliente ou usuário, de forma visível, a denominação do 
contratado, o nome da pessoa e seu número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas 
(CPF); 
III - envio, de anexo à documentação encaminhada à instituição contratante para 
decisão sobre aprovação da operação pleiteada, da identificação do integrante da 
equipe do correspondente, contendo o nome e o número do CPF, especificando: 
a) no caso de operações relativas a bens e serviços fornecidos pelo próprio 
correspondente, a identificação da pessoa certificada de acordo com as disposições da 
Lei, responsável pelo atendimento prestado; e, 
b) nas demais operações, a identificação nas demais operações, a identificação da 
pessoa certificada que procedeu ao atendimento do cliente. 
IV - liberação de recursos pela instituição contratante a favor do beneficiário, no caso 
de crédito pessoal, ou da empresa fornecedora, nos casos de financiamento ou 
arrendamento mercantil, podendo ser realizada pelo correspondente por conta e 
ordem da instituição contratante, desde que, diariamente, o valor total dos 
pagamentos realizados seja idêntico ao dos recursos recebidos da instituição 
contratante para tal fim. 
O contrato deve prever, também, que os integrantes da equipe do correspondente, 
 
que prestem atendimento em operações de crédito e arrendamento mercantil, sejam 
34 
 
 
 
 
 
considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida 
capacidade técnica. 
No caso de correspondentes ao mesmo tempo fornecedores de bens e serviços 
 
financiados ou arrendados, admite-se a certificação de uma pessoa por ponto de 
atendimento, que se responsabilizará, perante a instituição contratante, pelo 
atendimento ali prestado aos clientes. 
A certificação acima deve ter por base processo de capacitação que aborde, no 
mínimo, os aspectos técnicos das operações, a regulamentação aplicável, o Código de 
Defesa do Consumidor (CDC), ética e ouvidoria. 
O correspondente deve manter cadastro dos integrantes da equipe permanentemente 
atualizado, contendo os dados sobre o respectivo processo de certificação, com acesso 
a consulta pela instituição contratante a qualquer tempo. 
 
 
 
 
CONTROLE DAS ATIVIDADES DO CORRESPONDENTE 
 
 
 
A instituição contratante deve colocar à disposição do correspondente e de sua equipe 
de atendimento documentação técnica adequada, bem como manter canal de 
comunicação permanente com objetivo de prestar esclarecimentos tempestivos à 
referida equipe sobre seus produtos e serviços e deve atender, às demandas 
apresentadas pelos clientes e usuários do contratado. 
A instituição contratante deve adequar o sistema de controles internos e a auditoria 
 
interna, com o objetivo de monitorar as atividades de atendimento ao público 
realizado por intermédio de correspondentes, compatibilizando-os com o número de 
pontos de atendimento e com o volume e complexidade das operações realizadas. 
A instituição contratante deve estabelecer, com relação à atuação do correspondente, 
plano de controle de qualidade, levando em conta, entre outros fatores, as demandas 
e reclamações de clientes e usuários. 
35 
 
 
 
 
 
O plano de controle de qualidade deve conter medidas administrativas a serem 
adotadas pela instituição contratante se verificadas irregularidades ou inobservância 
dos padrões estabelecidos, incluindo a possibilidade de suspensão do atendimento 
prestado ao público e o encerramento antecipado do contrato nos casos considerados 
graves pela instituição contratante. 
Fica o Banco Central do Brasil autorizado a estabelecer procedimentos a serem 
 
integrados aos controles, bem como, alternativa ou cumulativamente: 
 
I - determinar a adoção de controles e procedimentos adicionais, estabelecendo prazo 
para sua implementação, caso verifique a inadequação do controle que a contratante 
exerce sobre as atividades do correspondente; 
II - recomendar a suspensão do atendimento prestado ao público ou o encerramento 
do contrato, conforme sanções acima especificadas; e/ou, 
III - condicionar a contratação de novos correspondentes à prévia autorização do 
 
Banco Central do Brasil, que verificará o atendimento das medidas de que tratam os 
incisos I e II. 
 
 
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES 
 
 
 
A instituição contratante deve manter, em página da internet acessível a todos os 
interessados, a relação atualizada de seus contratados, contendo as seguintes 
informações: 
I - razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no Cadastro 
 
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada contratado; 
 
II - endereços dos pontos de atendimento ao público e respectivos nomes e números 
de inscrição no CNPJ;e, 
III - atividades de atendimento, incluídas no contrato, especificadas por ponto de 
atendimento. A instituição contratante deve disponibilizar, inclusive por meio de 
36 
 
 
 
 
 
telefone, informação sobre determinada entidade ser, ou não, correspondente e sobre 
os produtos e serviços para os quais está habilitada a prestar atendimento. 
A instituição contratante deve segregar as informações sobre demandas e reclamações 
 
recebidas pela instituição, nos respectivos serviços de atendimento e de ouvidoria, 
apresentadas por clientes e usuários atendidos por correspondentes. 
 
 
 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 
 
É vedada a cobrança, pela instituição contratante, de clientes atendidos pelo 
correspondente, de tarifa, comissão, valores referentes a ressarcimento de serviços 
prestados por terceiros ou qualquer outra forma de remuneração, pelo fornecimento 
de produtos ou serviços de responsabilidade da referida instituição, ressalvadas as 
tarifas constantes da tabela adotada pela instituição contratante, de acordo com a 
Resolução nº 3.518, de 6 de dezembro de 2007, e com a Resolução nº 3.919, de 25 de 
novembro de 2010. 
Estas resoluções regulamentam a cobrança de tarifas e que veremos adiante. 
 
 
 
CONTRATO ENTRE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
 
 
 
Aplicam-se aos contratos de correspondente em que as partes sejam instituições 
financeiras ou instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil as 
seguintes condições: 
I - são dispensadas as exigências de certificação dos atendentes, estabelecida, na 
hipótese dos funcionários da própria instituição contratada oferecer a seus próprios 
clientes operações da mesma natureza; 
II - não incide a vedação quanto a prestação de garantias; e, 
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III - na relação de correspondentes a ser mantida em página da internet, devem 
constar, no mínimo, os seguintes dados: 
a) razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no CNPJ da 
 
instituição contratada; e, 
 
b) atividades regulares de atendimento, anteriormente referidas, incluídas no 
contrato. 
Admite-se a contratação de instituição cujo controle societário seja exercido pela 
instituição contratante ou por controlador comum. 
A instituição contratante deve realizar os seguintes procedimentos de informação ao 
 
Banco Central do Brasil, na forma definida pela referida autarquia: 
 
I - designar diretor responsável pela contratação de correspondentes no País e pelo 
atendimento prestado por eles; 
II - informar a celebração de contrato de correspondente, bem como posteriores 
 
atualizações e encerramento, discriminando os serviços contratados; 
 
III - proceder à atualização das informações sobre os contratos de correspondente 
enviados até a data de entrada em vigor desta resolução; e, 
IV - elaborar relatórios sobre o atendimento prestado por meio de correspondentes. 
 
 
 
COBRANÇA DE TARIFAS 
 
 
 
A RESOLUÇÃO 3.518 de 06 de Dezembro de 2.007 teve como objetivo a 
regulamentação da cobrança das tarifas bancárias à Clientes Pessoas Físicas e Pessoas 
Jurídicas. 
Através de uma série de regulamentações ao longo dos anos, criou-se uma infinidade 
de títulos representativos de direito de cobrança de tarifas de serviços bancários. 
Foram mais de 300 nomenclaturas e a exigência legal era de que a criação e cobrança 
da tarifa, ou da nova tarifa, tivesse um prazo de 30 dias para o início de sua cobrança. 
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A lista completa de tarifas deveria ser afixada em local visível ao público. A atualização 
de preços deveria ser comunicada 30 dias antes. 
Com esta nova Resolução o Banco Central procurou dar maior transparência à relação 
 
das Instituições com os Clientes Físicas e também uma maior concorrência no mercado 
financeiro na medida em que padronizou e segmentou os serviços em 4 categorias: 
essenciais, prioritários, diferenciados e especiais. 
As tarifas sobre os serviços essenciais referem-se a serviços imprescindíveis a livre 
movimentação da conta de depósitos à vista e de poupança que contemplou uma série 
de vedações de cobrança de tarifas e gratuidades. 
Os serviços prioritários referem-se a serviços comumente utilizados que, pela norma, 
poderão ser cobrados de acordo com tabela, além de fazerem parte da oferta de um 
pacote de serviços. 
Serviços diferenciados referem-se a serviços específicos que podem ser cobrados de 
 
acordo com contrato. 
 
Serviços especiais referem-se a serviços prestados atendendo a leis e regulamentos 
específicos. 
Além disso, a norma: 
 
 Padronizou as terminologias utilizadas na cobrança dos serviços prioritários; 
 
 Criou abreviaturas comuns dos serviços; 
 
 Obrigou a descrição do fato gerador do serviço; e, 
 
 Instituiu a tabela de serviços e o pacote padronizado de serviços prioritários. 
 
 
 
 
 
SERVIÇOS ESSENCIAIS 
 
 
 
Em função desse escopo, os serviços abaixo considerados como prestação de serviços 
essenciais a pessoas físicas tiveram a sua cobrança vedada: 
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I - conta corrente de depósitos à vista: 
 
a) fornecimento de cartão com função débito; 
 
b) fornecimento de dez folhas de cheques por mês, desde que o correntista reúna os 
requisitos necessários à utilização de cheques, de acordo com a regulamentação em 
vigor e as condições pactuadas; 
c) fornecimento de segunda via do cartão referido na alínea "a", exceto nos casos de 
pedidos de reposição formulados pelo correntista decorrentes de perda, roubo, 
danificação e outros motivos não imputáveis à instituição emitente; 
d) realização de até quatro saques, por mês, em guichê de caixa, inclusive por meio de 
cheque ou de cheque avulso, ou em terminal de autoatendimento; 
e) fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação do mês por meio de 
terminal de autoatendimento; 
f) realização de consultas mediante utilização da internet; 
 
g) realização de duas transferências de recursos entre contas na própria instituição, 
por mês, em guichê de caixa, em terminal de autoatendimento e/ou pela internet; 
h) compensação de cheques; e, 
 
i) fornecimento do extrato de conta corrente; 
 
 
 
II - conta de depósitos de poupança: 
 
a) fornecimento de cartão com função movimentação; 
 
b) fornecimento de segunda via do cartão referido na alínea "a", exceto nos casos de 
pedidos de reposição formulados pelo correntista, decorrentes de perda, roubo, 
danificação e outros motivos não imputáveis à instituição emitente; 
c) realização de até dois saques, por mês, em guichê de caixa ou em terminal de 
autoatendimento; 
d) realização de até duas transferências para conta de depósitos de mesma 
titularidade; 
e) fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação do mês; 
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f) realização de consultas mediante utilização da internet; e, 
g) fornecimento do extrato. 
 
 
SERVIÇOS ESPECIAIS 
 
 
 
Referem-se ao atendimento de Leis específicas, assim consideradas aquelas referentes 
ao crédito rural, ao mercado de câmbio, ao repasse de recursos, ao sistema financeiro 
da habitação, ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao Fundo PIS/PASEP, 
ao penhor civil, às contas especiais às contas de registro e controle disciplinadas por 
resoluções especificas do BACEN, bem como às operações de microcrédito, entre 
outros, devendo ser observadas as disposições específicas contidas nas respectivas 
legislação e regulamentação. 
 
 
SERVIÇOS DIFERENCIADOS 
 
 
 
Admite-se a cobrança de remuneração pela prestação de serviços diferenciados a 
pessoas físicas, desde que explicitadas ao cliente ou usuário às condições de utilização 
e de pagamento, assim considerados aqueles relativos a: 
I - abono de assinatura; 
 
II - aditamento de contratos; 
 
III - administração de fundos de investimento; 
IV - aluguel de cofre; 
V - avaliação, reavaliação e substituição de bens recebidos em garantia; 
VI - cartão de crédito;VII - certificado digital; 
 
VIII - coleta e entrega em domicílio ou outro local; 
 
IX - cópia ou segunda via de comprovantes e documentos; 
X - corretagem; 
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XI - custódia; 
 
XII - extrato diferenciado mensal contendo informações adicionais àquelas relativas a 
contas-correntes de depósitos à vista e a contas de depósitos de poupança; 
XIII - fornecimento de atestados, certificados e declarações; 
XIV - leilões agrícolas; e, 
XV - aviso automático de movimentação de conta. 
 
 
 
SERVIÇOS PRIORITÁRIOS 
 
 
 
É obrigatória a oferta a pessoas físicas de pacote padronizado de serviços prioritários, 
cujos itens componentes e quantidade de eventos serão determinados pelo Banco 
Central do Brasil. O pacote é destinado às pessoas físicas cuja movimentação bancária 
supera os limites de gratuidade dos serviços essenciais. 
O valor cobrado pelo pacote padronizado de serviços mencionado no pacote não 
 
pode exceder o somatório do valor das tarifas individuais que o compõem, 
considerada a tarifa correspondente ao canal de entrega de menor valor. 
É facultado o oferecimento de pacote de serviços distintos contendo outros serviços, 
inclusive serviços essenciais, prioritários, especiais e diferenciados observados a 
padronização dos serviços prioritários. 
No caso em que o Cliente exceder aos limites de uso dos serviços essenciais prestados 
com gratuidade ou no caso da prestação de serviços prioritários, as tarifas debitadas 
em conta corrente de depósitos à vista ou em conta de depósitos de poupança devem 
ser identificadas no extrato de forma clara. 
O valor do lançamento a débito referente à cobrança de tarifa em conta corrente 
 
de depósitos à vista ou em conta de depósitos de poupança não pode ser superior ao 
saldo disponível, ou seja, o saldo da Conta Corrente ou da Conta de Poupança do 
Cliente não poderá se transformar em saldo negativo por conta do débito de tarifas a 
qualquer título. 
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É obrigatória a divulgação, em local e formato visível ao público no recinto das suas 
dependências e nas dependências dos correspondentes no País, bem como nos 
respectivos sítios eletrônicos, das seguintes informações relativas à prestação de 
serviços a pessoas físicas e pessoas jurídicas e respectivas tarifas. 
Os preços dos serviços somente podem ser majorados após decorridos 180 dias 
 
de sua última alteração, admitindo-se a sua redução a qualquer tempo. 
 
 
 
COBRANÇA DE TARIFA NA LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DE OPERAÇÕES DE 
CRÉDITO E DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
 
A Resolução 3.516 de 06 de Dezembro de 2.007, trata da cobrança de tarifas nos 
eventos de Liquidação antecipada de operações de crédito e de arrendamento 
mercantil e também estabelece regras a serem adotadas para o calculo do valor do 
contrato liquidado com antecipação. 
 
 
TARIFAS 
 
 
 
Em linhas gerais a resolução do CMN vedou a cobrança de tarifas do Cliente no caso de 
liquidação antecipada de contratos de operações de crédito ou de arrendamento 
mercantil para pessoas físicas, microempresas e empresas de pequeno porte. Tal 
medida é valida para os contratos celebrados após a vigência desta norma. 
A cobrança de tarifa poderá ser cobrada dos Clientes que não se enquadrem nas 
 
categorias acima mencionadas desde que conste em clausula especifica no contrato de 
financiamento. 
 
 
LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DE CONTRATOS 
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Regulamentou que o valor que o Cliente terá que pagar para liquidar antecipadamente 
o contrato, no caso de contratos de parcelas calculadas com juros pré-fixados, será 
com base do cálculo do valor presente. 
Nos contratos que ainda falte liquidar até 12 parcelas o cálculo do valor presente 
 
deverá ser realizado pela mesma taxa utilizada para o calculo da parcela. 
 
 
 
VP = 
 
Soma do Valor de cada Parcela 
 
1 + i n 
 
i=taxa utilizada para calcular a parcela 
 
n= número de cada parcela a ser vencida 
 
 
 
Nos contratos que ainda faltem mais de 12 parcelas para a sua liquidação para o 
cálculo do valor a ser pago para a liquidação a taxa deverá ser ajustada à taxa oficial de 
juros determinada pelo Banco Central, a chamada taxa Selic, vigente na data da 
liquidação. 
O Cliente poderá liquidar um Contrato de financiamento antecipadamente com 
recursos próprios ou tendo uma oferta de outra Instituição que julgou ser mais 
vantajosa. Neste caso a nova Instituição provê recursos ao Cliente para este liquide o 
débito anterior. Regra geral o Cliente efetua essa liquidação e ainda recebe eventuais 
sobras, caso tenha contratado um valor superior ao valor do contrato antigo. 
Na linguagem do mercado financeiro para que possamos saber qual é o saldo devedor 
 
na data em que o Cliente deseja liquidar o contrato, temos que calcular o VP = VALOR 
PRESENTE do contrato. 
O VP é o saldo devedor sem quaisquer acréscimos de taxas de juros. Assim, para 
calcular o VP temos que tirar os juros que estão calculados até o final do contrato. 
Por exemplo: 
 
Temos um contrato de financiamento de R$ 10.000,00 em 12 parcelas de R$ 1.000,00. 
44 
 
 
 
 
 
Taxa de juros do contrato = 2,9228 % ao mês. 
Formula de Cálculo: 
Na HP 12c 
 
Supondo o nosso exemplo acima, que tenham sido liquidadas quatro parcelas. Faltam 
oito. Vamos calcular o valor presente VP: 
 1.000,00 clicar ENTER em seguida clicar em PMT; 
 
 2,9228 clicar em “i” que é a taxa nominal do contrato; 
 
 8 clicar em “n” que é o numero de parcelas que faltam para a liquidação do 
contrato; 
 VALOR PRESENTE = clicar na tecla PV e encontraremos o valor a ser liquidado = 
R$ 7.042,55. 
 O Valor Futuro seria de R$ 1.000 x 8 = R$ 8.000, a diferença refere-se a juros 
que estavam embutidos. 
 Na Planilha Excel 
 
 Função Financeira = VP (Taxa;Per;Pgto;VF;tipo) 
 
 
 
Onde: 
 
Taxa= taxa 2,9228% que foi a taxa nominal do contrato 
Per = 8 = numero de parcelas que faltam para liquidar 
Pagto = 1.000 = valor da parcela 
Vf = 0 ( zero ) 
 
Tipo = 0 
 
VP= R$ 7.042,59 
 
 
 
CARTÕES DE CRÉDITO – PADRONIZAÇÃO DE TARIFAS E FORMA DE PAGAMENTO 
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A resolução CMN 3.919 DE 26 DE Novembro de 2.010, cria regras para padronizar as 
tarifas cobradas do portador de cartões de crédito, bem como a criação de limite 
mínimo de pagamento do valor do débito apresentado na fatura. 
 
 
 
 
COBRANÇA DE TARIFAS 
 
 
 
Com as novas regras, o Governo normatizou também uma preocupação que girava em 
torno do descontrole em relação ao número de tarifas cobradas dos portadores de 
cartões. Pela norma adotada somente poderá haver cobrança de 5 tipos de tarifas. 
O Banco Central informou que o objetivo da medida é facilitar a comparação das 
tarifas cobradas pelos clientes e, também, a escolha do tipo de cartão mais adequado. 
 
 
Tipos de Tarifa: 
 
1. Anuidade; 
 
2. Fornecimento da segunda via do cartão; 
 
3. Utilização dos cartões para saques em dinheiro, utilizando a função crédito; 
 
4. Pagamento de contas; 
 
5. Pedido de urgência na análise necessária para aumentar o limite de crédito do 
cliente. 
 
 
Essas tarifas deverão estar nas páginas das instituições financeiras e também em suas 
agências, de forma que possam ser comparadas pelos clientes. 
Foi estimado pelo mercado de que, a exemplo das tarifas cobradas nas contas 
correntes, existiam cerca de 100 tarifas cobradas na relação das Administradoras de 
Cartões dos portadores sob diversas nomenclaturas, não permitindo a mínima 
comparação e qualquer analise de competição no mercado. 
Cartões não solicitados, cancelamento e extratos: 
46 
 
 
 
 
 
A norma trata ainda dos seguintes procedimentos no mercado: 
 
 Proibido o envio de cartão que não seja solicitado pelo Cliente; 
 
 Os emissores serão obrigados a cancelarem o cartão de crédito de forma 
imediata a partir do momento da solicitação do portador. O portador, no entanto, terá 
que continuar pagando as parcelas em aberto; Os emissores deverão explicitar no extrato: 
 
 O limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de 
crédito passível de contratação; 
 Os gastos realizados, por evento, inclusive quando parcelados; 
 
 A identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores; 
 
 Valores relativos a encargos cobrados, informados de forma segregada de 
acordo com os tipos de operações realizadas; 
 Valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte, no caso do cliente optar 
 
pelo pagamento mínimo da fatura e o Custo Efetivo Total (CET), que inclui juros e 
outras taxas. 
Foram qualificados dois tipos de cartões de crédito: o básico e o diferenciado. 
 
O cartão básico, cuja modalidade torna-se obrigatória a oferta por parte do emissor, 
poderá ser usado como meio de pagamento, com o cliente podendo optar pelos 
parcelamentos no ato da compra. 
O cartão diferenciado possui outros serviços acoplados, como programas de 
recompensas ou benefícios - viagens, passeios e outros tipos de prêmios, que devem 
ter ampla divulgação em relação aos direitos de uso e conversão por parte dos 
portadores. 
A anualidade do cartão básico é menor do que a do cartão diferenciado. 
 
Ambos poderão ser emitidos para uso nacional e internacional. 
 
As regras para novos cartões só valem a partir de junho de 2011, e para os cartões já 
existentes, ou emitidos até lá, valem somente a partir de junho de 2012. 
47 
 
 
 
 
 
 
 
FORMA DE PAGAMENTO DA FATURA 
 
 
 
As autoridades monetárias do país estão preocupadas com o nível elevado de 
endividamento das pessoas físicas e consideram como um dos fatores a facilidade de 
obtenção de limites de crédito notadamente através de cartões de crédito. Em tese o 
portador do cartão compra à vista uma mercadoria utilizando o seu limite e pelas 
regras anteriores era obrigado a saldar apenas 10% do valor da sua fatura e 
automaticamente “parcelava” o restante do débito. 
Ciente desse risco o Governo através das normas acima resolveu que os portadores de 
cartões terão que pagar pelo menos 15% de sua fatura mensalmente, podendo 
financiar o valor restante, sobre o qual incidirá juros. 
A partir de dezembro/2011, a cobrança mínima sobe para 20% do valor total da fatura. 
 
 
 
 
 
CUSTO EFETIVO TOTAL – CET 
 
 
 
Regulamentação instituída pela Resolução CMN 3.516 de 06 de Dezembro de 2.007 
obrigou as Instituições Financeiras a apresentarem aos Clientes Pessoas Físicas no 
momento da negociação de uma operação de crédito ou de arrendamento mercantil o 
CUSTO EFETIVO TOTAL – CET da operação. 
Devem ser expostos claramente aos Clientes no momento da negociação e também 
 
devem ser expostos em cartazes que divulguem valores de parcelas para a venda de 
bens e serviços. 
Em linhas gerais a CUSTO EFETIVO TOTAL – CET deve incluir todos os fluxos financeiros 
envolvidos nas operações, como: taxa de juros, todas as tarifas cobradas, todos os 
tributos que incidem sobre a operação e serão arcados pelo Cliente tomador do 
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empréstimo, todos os custos de seguros incluídos para garantir o bem financiado, 
todas as despesas de registros cobradas, bem outras despesas que serão arcadas pelo 
Cliente. 
Por exemplo: 
 
Temos um crédito pessoal de R$ 10.000,00 e é apresentado ao Cliente o plano de 
pagamento de 12 parcelas de R$ 1.000,00. 
A taxa nominal de um plano deste é de 2,923% ao mês. 
 
No entanto, após apurado apurados todos os custos de tributos, seguros, registros, 
tarifas etc. será liberado ao Ciente o valor líquido de R$ 9.000,00. Mudou o valor 
liberado, mas o valor da parcela permaneceu o mesmo. 
CET= Temos então que recalcular os juros, pois o valor liberado diminuiu, mas as 
parcelas continuam as mesmas. Logo, a taxa de juros aumentou. Neste caso a taxa 
efetiva foi para 4,73% ao mês. 
O que deve ser apresentado como CUSTO EFETIVO TOTAL – CET ao Cliente potencial 
 
tomador do empréstimo é uma taxa de 4,73% % e não 2,923 % ao mês, como 
inicialmente foi calculado. 
No escopo da regulamentação temos que, padronizado o modelo de calculo do CET, o 
Cliente poderá comparar esse custo, nas mesmas bases, com o CET ofertado pela 
concorrência e assim decidir pela melhor oferta. 
A Instituição Financeira deve comprovar que deu ciência ao Cliente do CET - CUSTO 
EFETIVO TOTAL. 
 
 
Formula básica para o calculo do CET: 
 
Na HP 12C 
 
 Clicar em PMT em seguida clicar em ENTER (valor da parcela do plano de 
financiamento acima); 
 9.000.00 clicar em CHS em seguida clicar em PV (valor efetivamente liberado 
depois de descontados todos os itens acima descritos); 
49 
 
 
 
 
 
 12 clicar em “n” - numero de parcelas do plano; 
 
 Para saber a taxa efetiva, clicar em “i”. 
 
No nosso exemplo essa taxa deu como resultado 2% ao mês. 
Esse é CET que deve ser apresentado ao Cliente. 
Na Planilha Excel temos: 
 
Funções Financeiras = TAXA (Nper;Pgto;VP;VF;Tipo) 
Nper = número de parcelas do plano 
Pagto = valor da parcela mensal 
 
Vp = Valor liquido liberado (incluir com o sinal de menos ) 
 
Vf= Valor futuro = 0 (zero) significando que nada será pago ao final do plano 
 
Tipo = 0 (zero) significando que a primeira parcela será paga ao final de 30 dias e 
demais a cada 30 dias. 
 
 
 
 
SISTEMA DE AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA 
 
 
 
A FEBRABAN, destacando o papel que os Bancos representam perante a sociedade 
resolveu editar um conjunto de conceitos destinados a nortear a ação no mercado de 
modo padronizado no tocante, principalmente, à qualidade na prestação de serviços. 
Dessa forma em 26 de Agosto de 2.008, a FEBRABAN publicou o SISTEMA DE 
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA com o objetivo de, em conjunto com a sociedade, 
harmonizar o sistema bancário, suplementando as normas e os mecanismos de 
controle já existentes. 
Assim, a FEBRABAN desenvolveu a autorregulação como um sistema voluntário, 
 
focado na sadia concorrência do mercado, na elevação de padrões e no aumento da 
transparência em benefício dos consumidores. “Ao voluntariar-se para integrar o 
sistema de autorregulação, aderindo aos mais elevados padrões éticos e de conduta, 
50 
 
 
 
 
 
cada banco atesta o comprometimento com os seus consumidores e com a sociedade 
brasileira”. 
 
 
 
 
PRINCIPIOS GERAIS ADOTADOS 
 
 
 
Principio gerais adotados: 
 
Ética e Legalidade - adotar condutas benéficas à sociedade, ao funcionamento do 
mercado e ao meio ambiente. Respeitar a livre concorrência e a liberdade de iniciativa. 
Atuar em conformidade com a legislação vigente e com as normas da autorregulação. 
Respeito ao Consumidor - tratar o consumidor de forma justa e transparente, com 
atendimento cortês e digno. Assistir o consumidor na avaliação dos produtos e 
serviços adequados às suas necessidades e garantir a segurança e a confidencialidade 
de seus dados pessoais. Conceder crédito de forma responsável e incentivar o uso 
consciente de crédito. 
Comunicação Eficiente - fornecer informações de forma precisa, adequada, clara e 
 
oportuna, proporcionando condições para o consumidor tomar decisões conscientes e 
bem informadas. A comunicação com o consumidor, por qualquer veículo, 
pessoalmente ou mediante ofertas ou anúncios publicitários, deve ser feita de modo a 
informá-lo sobre os aspectos relevantes do relacionamento com a Signatária. 
Melhoria Contínua - aperfeiçoar padrões de conduta, elevar a qualidade dos produtos, 
níveis de segurança e a eficiência dos serviços. 
O Sistema de Autorregulação Bancária criou o Conselho de Autorregulação 
responsável pelo estabelecimento do Normativo contendo regras específicas sobre 
práticas bancárias intitulado -"Regras da Autorregulação Bancária" (as Regras"). 
As Regras serão elaboradas e periodicamente revisadas segundo os preceitos legais 
das regras de atuação no mercado financeiro ditado pelo Sistema

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