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MT3-Problema1

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Anne Karolyne Morato – P3 
 
Tutoria 
 
Introdução: 
Contexto do problema: 
→ Relatos do paciente: 
 Pálpebras caídas 
 Linhas de expressão facial evidentes 
 Pele ressecadas 
 Não sente mais o gosto da comida 
 Vive empachado 
 Levanta com dificuldade e dá passos 
curtos 
→ “Envelhecimento biológico do paciente 
não era compatível com o 
envelhecimento psicológico” 
→ Processo de senescência 
→ Ao exame físico e história clínica: 
 Atrofia da mucosa oral 
 Leve cifose torácica 
 Redução da complacência da parede 
torácica 
 Redução dos reflexos ortostáticos 
 Passos curtos ao deambular 
 Redução da força muscular 
 Diminuição da motilidade intestinal 
 Tempo de sono reduzido 
 Redução das cartilagens e da massa 
óssea 
 Leve déficit sensorial 
→ Hábitos de vida do paciente: 
 Sempre praticou atividade física 
 Peso estável ao longo dos anos 
 Evitava alimentos gordurosos 
 Consumia uma taça de vinho 
diariamente 
 Namorava com certa regularidade 
com a esposa 
 Sempre realizou check-up anual e 
nunca se descuidou da saúde 
 
Termos desconhecidos: 
→ Disgeusia: 
 Definida como uma alteração da 
sensação de paladar, afetando as 
percepções dos sabores. 
→ Xerostomia: 
 Sensação crônica e subjetiva de 
boca seca. 
→ Canície: 
 Embranquecimento dos cabelos, 
fenômeno natural e progressivo que 
ocorre pela diminuição ou perda da 
atividade dos melanócitos (células que 
produzem o pigmento melanina). 
 
Compreender a fisiologia do 
envelhecimento: 
Senescência X Senilidade: 
→ Senescência é o processo fisiológico do 
envelhecimento. Resulta do somatório de 
alterações orgânicas, funcionais e 
psicológicas que são próprias do 
envelhecimento normal. 
→ Senilidade abrange os processos 
patológicos. É caracterizada por 
modificações determinadas por 
mecanismos fisiopatológicos, podendo 
Mt3 – envelhecimento 
 
 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
ser decorrentes de doenças crônicas, 
interferências ambientais, medicamentos, 
entre outros. 
→ Conhecer a diferença entre esses dois 
processos é de extrema importância 
para saber quando e como intervir no 
processo de envelhecimento. 
 
Geriatria X Gerontologia: 
→ Geriatria é o ramo da medicina que se 
ocupa com o processo de 
envelhecimento; a prevenção, o 
diagnostico e o tratamento de 
problemas de saúde nos indivíduos 
idosos; as condições socioeconômicas 
que afetam a atenção a saúde dos 
idosos. 
→ Gerontologia é o termo mais amplo que 
significa o estudo do idoso e os fatores 
relacionados ao envelhecimento, tanto 
humano como dos demais seres vivos. 
Engloba, por tanto, a geriatria e faz 
interface com as diversas ciências que 
estudem a grande diversidade dos 
determinantes dessa evolução. Assim, 
podemos falar em gerontologia social, 
citogerontologia ou epidemiologia 
gerontológica. 
 
Envelhecimento físico X 
psicológico: 
→ O processo de envelhecimento é, 
portanto, absolutamente individual, 
variável, cuja conquista se dá dia após 
dia, desde a infância. A velhice bem-
sucedida é consequência de uma vida 
bem-sucedida. 
→ O envelhecimento físico/biológico é 
implacável, ativo e irreversível, causando 
mais vulnerabilidade do organismo as 
agressões externas e internas. 
 É caracterizado por diversas 
alterações orgânicas, como a 
redução do equilíbrio, da mobilidade, 
das capacidades fisiológicas 
(respiratória e circulatória) e 
modificações psicológicas. 
→ O conceito de idade psicológica, refere-
se à relação que existe entre a idade 
cronológica e as capacidades, tais como 
percepção, aprendizagem e memória. 
 Representa, do ponto de vista 
psíquico, a conquista da sabedoria e 
da compreensão plena do sentido da 
vida. 
 
Fisiologia: 
→ O envelhecimento humano está sujeito a 
influencias intrínsecas, como a 
constituição genética individual 
responsável pela longevidade máximo e 
os fatores extrínsecos condizentes as 
exposições ambientais a que o individuo 
sofreu (tipo de dieta, sedentarismo, 
poluição, entre outros), os quais 
proporcionam uma grande 
heterogeneidade no envelhecimento. 
→ Segundo Cunha e Jeckel-Neto (2002), 
pode-se caracterizar o envelhecimento 
como uma das etapas sequenciais da 
vida, apresentando-se como um 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
processo lento, progressivo e inevitável, 
caracterizado por diversas modificações 
morfológicas, funcionais, bioquímicas e 
psicológicas, que contribuem para o 
aumento da vulnerabilidade e incidência 
dos processos patológicos no organismo. 
→ No envelhecimento, há perda de 
funcionalidade progressiva com a idade, 
com o consequente aumento da 
susceptibilidade e incidência de doenças. 
 
Teorias biológicas doe 
envelhecimento: 
→ Teorias genéticas: 
 Apresentam especulações e 
evidencias sobre a identidade de 
genes responsáveis pelo 
envelhecimento, acumulações de 
erros na estruturação genética, 
senescência programada e 
telômeros. 
 Defende a ideia de que o 
envelhecimento é resultado de 
alterações bioquímicas programadas 
pelo próprio genoma, o qual poderia 
regular a expectativa de vida por 
meio de diferentes genes, dessa 
forma, cada ser vivo apresentaria 
uma duração de vida estipulada pelo 
seu padrão genético, algo que tenta 
ser comprovado pela realização de 
varias pesquisas acerca da 
longevidade, somadas as 
constatações na pratica clinica dos 
envelhecimentos precoces, doenças 
que estariam relacionadas a 
deficiências de enzimas controlados 
por genes autossômicos recessivos. 
 Outro mecanismo genético 
considerado seria o encurtamento do 
telômero, estrutura localizada no final 
dos cromossomos de células 
eucarióticas, como fator 
determinante no desencadeamento 
do envelhecimento, uma vez que é 
responsável pela proteção os 
cromossomos e replicação do DNA 
cromossomal. 
 Segundo Cunha e Jeckel-Neto 
(2002), o encurtamento dos 
telômeros também traria como 
consequência perdas de informações 
genéticas e instabilidades genômicas 
no decorrer da vida. Contudo, a 
avaliação experimental desta teoria é 
lenta pelo fato da existência de 
grande numero de variáveis e a 
limitação dos métodos experimentais. 
 Nessa teoria entendesse como se 
cada indivíduo apresentasse uma 
duração de vida estipulada devido ao 
seu padrão genético. 
 Tentam comprovar essa teoria pela 
realização de pesquisa sobre a 
longevidade nas patologias que 
apresentam como característica o 
envelhecimento precoce. 
• Exemplo: a síndrome de 
Hutchinson-Gilford (ou progeria), 
é uma desordem genética rara, 
na qual os sinais da doença 
costumam se manifestar no 18º 
mês de vida da criança e se 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
caracteriza pelo envelhecimento 
precoce até 10x mais rápido que 
o esperado. 
• Outro exemplo: síndrome de 
Werner, outra síndrome rara e 
hereditária, caracterizada pelo 
envelhecimento prematuro, mas 
se inicia na 3ª década de vida. 
→ Teorias bioquímicas: 
 Estão focadas no metabolismo 
energético, na geração de radicais 
livres e na taxa de sobrevida 
associada a saúde mitocondrial. 
→ Teoria dos radicais livres: 
 Introduzida pela primeira vez em 
1956 pelo médico norte-americano 
Denham Harman e adquirido 
somente a partir da década de 80. 
• Radicais livres são espécies 
químicas que podem ser átomos, 
moléculas ou fragmentos de 
moléculas., que possuem um ou 
mais elétrons (ímpar) que fica 
instável em sua camada mais 
externa. 
• Eles podem ser eletricamente 
neutros, terem cargas positivas 
ou negativas. Incluem as espécies 
reativas do oxigênio e de 
nitrogênio. 
 Essa teoria postula que a maior parte 
das mudanças fisiológicas relacionadas 
com a idade podem ser atribuídas a 
danos intracelulares aleatórios 
causados por radicais livre, moléculas 
instáveis e reativas, que atacariam as 
diferentes biomoléculas do organismo 
em busca de estabilidade. 
• Exemplo: uma célula esta 
saudável, acontece o ataque 
pelosradicais livres e ela entra 
em apoptose. 
 Como os átomos e as moléculas 
agem como imas, cagas opostas se 
atraem, uma carga positiva vai 
facilmente se ligar a qualquer átomo 
ou molécula com o elétron adicional 
negativo 
 Ou seja, devido a sua alta reatividade 
os RLs, buscam, rapidamente, extrair 
um elétron de qualquer partícula, 
molécula ou átomo em sua 
vizinhança, a fim de recuperar a 
estabilidade. 
 Isso significa que os radicais livres 
“roubam” elétrons das células do 
corpo. O resultado é uma reação em 
cadeia: para compensar a sua 
ausência, a molécula atingida agora 
pega um elétron de outra molécula. 
Ela, por sua vez, pega um elétron de 
outra, e assim por diante. 
 A formação de RLs pode ocorrer 
tanto no citoplasma, nas mitocôndrias 
como na membrana celular, e em 
diferentes situações metabólicas, 
como por exemplo, na cadeia 
transportadora de elétrons. 
 Em contrapartida, as fontes 
exógenas de RLs são representadas 
pelas radiações gama e ultravioleta, 
os medicamentos, bebidas alcoólicas, 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
dieta, cigarro e os poluentes 
ambientais. 
• Ou seja, os RLs são normalmente 
formados a partir do oxigênio, de 
radiação, exposição ao sol, má 
nutrição, aditivos artificiais usados 
na indústria alimentícia, exposição 
a fumaça, produtos químicos 
tóxicos, contaminação ambiental. 
 São extremamente tóxicos para as 
nossas células porque atacam os 
ácidos graxos insaturados 
componentes da parte lipídica da 
membrana, o que provoca a sua 
lesão (entra em apoptose). 
 
 
 
 Paralelamente o organismo 
desenvolveu mecanismos de 
proteção antioxidante que são 
formados por um sistema endógeno 
enzimático e um sistema exógeno 
não enzimático. Ambos os sistemas 
são responsáveis pela manutenção 
do equilíbrio entre a produção e a 
neutralização dos RLs, contudo, 
quando esse equilíbrio é alterado, 
tem-se uma situação metabólica 
denominada de estresse oxidativo. 
 Os antioxidantes vão neutralizar os 
radicais livres e transformar eles em 
moléculas estáveis/equilibradas. 
• Esses antioxidantes são capazes 
de doar um elétron pra uma 
molécula desequilibrada e deixar 
ela equilibrada. É como se ela 
“doasse” elétrons. 
• Antioxidantes: superóxido 
dismutase, catalase e glutation 
peroxidase. 
 Com esse estresse oxidativo, a 
elevada produção de RLs e sua 
grande capacidade reativa 
ocasionariam não somente reações 
com os componentes nucleares e 
citoplasmáticos das células 
(principalmente DNA e RNA) com 
diminuição de suas funções, como 
também, reações com proteínas, 
lipídios, enzimas, colágenos e 
hormônios induzindo modificações 
orgânicas que justificariam o 
envelhecimento. 
 O envelhecimento seria um 
fenômeno secundário ao estresse 
oxidativo, em que ocorrem reações 
de oxidação lipídica, proteica e 
reações com DNA o que 
provocariam modificações dos 
tecidos e código genético, e por 
consequência ocasionariam as 
deficiências fisiológicas características 
do avançar da idade e provenientes 
desses danos intracelulares 
provocados pelos RLs. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
 Basicamente o que ocorre com o 
processo do envelhecimento, é que 
há uma diminuição da quantidade de 
antioxidantes e os RL vão causando 
danos ao organismo. 
→ Teorias fisiológicas: 
 Apresentam explicações para a 
senescência associadas ao sistema 
endócrino e o papel dos hormônios 
na regulação da taxa de 
envelhecimento celular. 
 
Descrever as alterações 
morfológicas no processo do 
envelhecimento (por sistema): 
Pele: 
→ Se torna seca, por diminuição das 
glândulas sebáceas. 
→ Pele espessada, com papilas dérmicas 
menos profundas, levando a menor 
junção entre a derme e a epiderme, 
facilitando o surgimento de bolhas e 
lesões. 
→ Na derme, observa-se menor número 
de fibras elásticas e colágenas, levando a 
uma perda da resiliência e a formação 
de rugas. 
→ Diminuição da vascularização, justificando 
a palidez e a diminuição da temperatura 
da pele, aumentando a frequência de 
dermatites. 
→ A pele enruga, torna-se flácida e perde 
o turgor. 
→ A pele no dorso das mãos e nos 
antebraços torna-se adelgaçada, frágil, 
flácida e transparente. 
→ Surgem máculas ou placas arroxeadas, 
denominadas púrpura actínica, 
decorrentes do sangue extravasado de 
capilares com suporte insatisfatório. 
→ Flacidez das pálpebras superiores, leva a 
uma limitação do campo visual lateral. 
→ Diminuição da secreção lacrimal, flacidez 
nas pálpebras inferiores, lacrimejamento 
incomodativo. 
→ Diminuição do número das glândulas 
sudoríparas. 
→ Embranquecimento dos cabelos, ocorre 
pela perda progressiva de melanócitos 
nos bulbos capilares. 
→ O crescimento longitudinal das unhas 
diminui, elas se tornam mais quebradiças 
e frágeis. 
→ Perda de cabelo, geneticamente 
determinada. 
→ Perda normal de pelos em todo o corpo 
– tronco, região púbica, axilas e 
membros. 
 
 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
Sistema osteomuscular: 
→ A massa muscular diminui quase 50% 
entre os 20 e 90 anos. 
→ A força muscular também diminui. 
→ A redução ocorre tanto em numero 
quanto volume das fibras. 
→ Ocorre reabsorção de cálcio do osso. 
→ Perdas sutis de altura. 
→ Adelgaçamento dos discos 
intervertebrais e encurtamento ou 
mesmo colapso dos corpos vertebrais 
em decorrência de osteoporose, que 
resulta em cifose e aumento do 
diâmetro anteroposterior do tórax. 
 
 
 
 
Sistema cardiovascular: 
→ O envelhecimento compromete 
severamente algumas partes do sistema 
cardiovascular enquanto outras são 
mantidas sem alterações. 
→ No coração do idoso ocorre perda 
progressiva dos miócitos, devido a um 
declínio progressivo da habilidade de 
duplicação das células-tronco cardíacas. 
→ Diminuição da capacidade contrátil, causa 
um aumento do coração que esconde a 
atrofia das células contrateis. 
→ Redução progressiva do número de 
células do nódulo sinusal. 
→ Perda de fibras na bifurcação do feixe 
de His – dai a maior chance de arritmias 
cardíacas. 
→ Hipertrofia do ventrículo esquerdo, 
provocando aumento da pressão arterial 
dependente da idade, aumento médio 
de 1 g/ano em homens e 1,5 g/ano nas 
mulheres. 
→ Volume diastólico final diminui somente 
nas mulheres e, por tanto não está 
correlacionado com a idade. 
→ Aumento no numero e na espessura 
das fibras colágenas presentes no 
miocárdio. 
→ Massa ventricular esquerda pode 
diminuir, provavelmente devido ao 
extremo sedentarismo. 
→ Aumento da rigidez da parede arterial, o 
que faz com que as artérias aumentem 
de diâmetro e espessura. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ Elasticidade bem diminuída após os 60 
anos, aumentando a impedância do fluxo 
sanguíneo durante a sístole. 
→ Aumento da velocidade da onda de 
pulso aórtico e a diminuição da pressão 
diastólica, consequências da rigidez 
aórtica. 
→ Frequência cardíaca de repouso é 
modulada pelo equilíbrio entre a 
inervação simpática e parassimpática, 
sendo esta última dominante. 
→ Frequência cardíaca máxima durante o 
exercício vai diminuído com o avanço da 
idade (formula: 220 – idade). 
→ Sensibilidade do sistema nervoso 
autônomo não é uniforme no organismo 
podendo estar preservada em um local 
e comprometida em outro. 
→ Diminuição na resposta do sistema 
cardiovascular a estimulação beta-
adrenérgica com consequente 
diminuição da frequência cardíaca 
máxima. 
→ Piora do enchimento ventricular 
esquerdo com maior compensação da 
sístole atrial, o que explica, em parte, por 
que a fibrilação atrial pode precipitar a 
insuficiência cardíaca e a presença da 4ª 
bulha (achado normal no exame físico de 
idosos acima de 75 anos, em ritmo 
sinusal). 
 
 
Sistema respiratório: 
→ Concorrem para o declínio da 
capacidade respiratória os maus hábitos 
de vida, a poluição do local de moradia e 
o trabalho e as doenças concomitantes. 
→ Os pulmões se tornammais volumosos, 
os ductos e os bronquíolos se alargam e 
os alvéolos se tornam flácidos, com 
perda do tecido septal. A consequência 
é o aumento de ar nos ductos 
alveolares e diminuição do ar alveolar 
com piora da ventilação e perfusão. 
→ Há falha no controle central (medula e 
ponte) e nos quimiorreceptores 
carotídeos e aórticos com diminuição da 
sensibilidade a PCO2 (pressão parcial de 
gás carbônico – CO2 – no sangue 
arterial), PO2 (pressão parcial de O2 
dissolvida no sangue arterial) e ao pH, 
limitando a adaptação da pessoa idosa ao 
exercício físico. 
→ A maioria dos músculos sobre um certo 
grau de sarcopenia, daí a capacidade de 
função pulmonar piorar em algumas 
pessoas pela diminuição da força e da 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
resistência da musculatura respiratória, 
tornando a tosse menos vigorosa. 
→ A função mucociliar é lenta, 
prejudicando a limpeza de partículas 
inaladas e facilitando a instalação de 
infecções. 
→ O tórax se torna enrijecido devido a 
calcificação das cartilagens costais e os 
pulmões distendidos pela diminuição da 
capacidade de as fibras elásticas 
retornarem após a distensão na 
inspiração. Com isso o volume pulmonar 
e a capacidade ventilatória diminuem. 
 
 
Sistema nervoso: 
→ Há pouco impacto funcional na diferença 
do tamanho do cérebro de um adulto 
quando comparado ao de um idoso, que 
perde de 2 a 3% de seu volume por 
década após os 50 anos, e 8% de seu 
peso. 
→ A perde neuronal é mais evidente nos 
neurônios maiores no cerebelo e no 
córtex cerebral. 
→ Também pode haver perdas como: 
 No locus ceruleus – neurônios 
catecolaminérgicos. 
 Substancia negra – neurônios 
dopaminérgicos. 
 E hipocampo – neurônios 
colinérgicos. 
→ No hipotálamo, ponte e medula a perda 
é mínima. 
→ Diminuição das sinapses, alterando a 
neurotransmissão e consequentemente 
piorando a comunicação do SN. 
 Em alguns idosos o numero de 
dendritos diminui, entretanto, em 
decorrência da plasticidade cerebral 
pode ocorrer aumento da densidade 
dos dendritos, assim como seu 
prolongamento, como uma reação 
de manutenção da função cerebral. 
 Nos quadros demenciais a perda 
dendrítica é acentuada e progressiva, 
diminuindo a plasticidade e a dinâmica 
dos processos cerebrais. 
→ Essas modificações estão mais ligadas a 
apoptose do que a processos 
inflamatórios ou isquêmicos. Novos 
neurônios são formados ao longo da 
vida, entretanto, a perda é maior do que 
sua formação. 
→ Em resposta ao dano neuronal, as células 
gliais aumentam, esse acumulo dessas 
células é denominado gliose, representa 
uma resposta compensatória que 
protege a função neuronal e a 
plasticidade. 
→ O número de células da micróglia, 
pertencentes ao sistema imune, 
permanece sem mudanças. 
→ Há perdas dos axônios e redução da 
mielina que cobre esses axônios. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ Além das modificações do sistema 
nervoso central, há também mudança 
nos nervos periféricos e da musculatura. 
→ As células do corno anterior da medula 
diminuem. 
→ Ocorre redução da mielina nos nervos 
sensoriais. A consequência dessas 
mudanças inclui perda da sensação 
vibratória, do tato e da dor, assim 
disfunção autonômica afetando a 
reatividade pupilar, a regulação da 
temperatura corporal e o controle 
vascular cardíaco e periférico. 
→ Parte da cognição pode sofrer certa 
deterioração nas pessoas idosas 
saudáveis, como a velocidade do 
processamento cognitivo, menor 
destreza para executar movimentos 
finos e problemas com a memória 
recente. 
→ Pode haver diminuição de acetilcolina e 
dopamina. 
→ No cérebro há diminuição da água 
extracelular e intracelular. 
→ Diminuição da síntese lipídica. 
→ Alterações circulatórias relacionadas a 
aterosclerose. 
 Diminuição do fluxo sanguíneo 
cerebral e da utilização da glicose. 
→ Com o envelhecimento a barreira 
hematoencefálica (protege a entrada de 
substâncias toxicas do sangue no 
cérebro) se torna permeável a muitas 
substancias, podendo ser uma das 
causas de demência. 
→ As memorias episódica e laborativa e a 
função executiva são as mais afetadas 
no envelhecimento. 
→ A velocidade do processamento e 
função executiva diminuem. 
→ Capacidade de atenção e concentração 
diminuem. 
→ Capacidade de solucionar problemas e 
aprender informações diminui. 
→ Fluência verbal fica comprometida após 
os 70 anos. 
→ A instabilidade postural. 
→ Marcha alterada, hesitação no andar, 
menor balanço dos braços e passos 
menores. 
→ Postura típica, porem rígida. 
→ O ciclo sono-vigília se modifica com o 
envelhecimento. Há tendencia de dormir 
mais cedo e acordar mais cedo. Queixas 
de insônia, sonolência diurna, despertares 
durante a noite e sono pouco reparador. 
→ Com a noite mal dormida ocorre 
sonolência durante o dia, mau humor, 
diminuição da memória, cefaleia e até 
depressão. 
 
 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
 
 
Sistema digestório: 
→ Boca: 
 Caries dentarias. 
 Mucosa se torna fina, lisa e seca. 
 Perde elasticidade e parece 
edemaciada. 
 A língua é lisa devido a perda das 
papilas, podendo trazer alterações no 
paladar e sensação de queimação. 
→ Glândulas salivares: 
 Mais de 50% dos idosos se queixam 
de boca seca, comprometendo a 
mastigação e a deglutição. 
 Entretanto, essas queixas podem ser 
atribuídas mais aos efeitos colaterais 
de medicamentos do que pelo 
próprio envelhecimento. 
→ Orofaringe: 
 Adelgaçamento da camada epitelial 
da mucosa, retração gengival e 
exposição das raízes dentarias 
predispondo caries. 
 O ato de deglutir é bastante 
complexo, estando envolvidos a 
boca, faringe e esôfago 
(coordenados por 6 nervos 
cranianos). 
 Devido a alteração da musculatura 
esofágica há um aumento da 
resistência da passagem dos 
alimentos pelo esfíncter esofágico 
superior. 
 Modificações associadas a menos 
eficiência mastigatória, que 
aumentam o risco de aspiração. 
→ Esôfago: 
 Hipertrofia da musculatura esquelética 
do terço superior do esôfago. 
 Diminuição das células ganglionares 
miontéricas, que coordenam a 
peristalse. 
 Aumento da espessura da 
musculatura lisa. 
→ Estomago: 
 Diminuição das células parietais e 
aumento dos leucócitos intersticiais. 
Com isso diminui a secreção do 
ácido clorídrico e de pepsina, 
dificultando a digestão de alimentos, 
principalmente, os ricos em proteína. 
→ Intestino delgado: 
 As visolidades que cobrem toda a 
mucosa intestinal diminuem de altura. 
 A absorção de várias substancias é 
diminuída, porém a homeostase é 
mantida. 
→ Intestino grosso: 
 Atrofia da mucosa, anomalia 
estruturais das glândulas da mucosa, 
hipertrofia da camada muscular da 
mucosa e atrofia da camada 
muscular externa. 
→ Pâncreas: 
 Diminuição do tamanho. 
 Endurecimento, pelo aumento da 
fibrose. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
 Amarelamento, pelo deposito de 
lipofucsina. 
→ Fígado: 
 Diminui de volume. 
 Diminui o fluxo sanguíneo. 
 Escurece, pelo deposito da proteína 
lipofucsina. 
 
 
 
Sistema endócrino: 
→ As alterações hormonais influenciam o 
declínio funcional, as incapacidades, as 
doenças e a longevidade. 
→ Tireoide: 
 T4 e T3 níveis normais baixos. 
 TSH níveis normais altos. 
→ Hipófise: 
 Aumento de volume. 
 As alterações bioquímicas que 
ocorrem variam de indivíduo para 
indivíduo. 
 Níveis de melatonina tanto diurnos 
quanto noturnos diminuem na maioria 
dos idosos, interferindo no sono. 
→ Pâncreas: 
 Após a ingesta de alimentos a 
glicemia alcança níveis mais elevados 
e o tempo de retorno ao normal é 
mais longo quando comparado com 
adultos jovens. 
 Os mecanismos que levam ao 
surgimento da intolerância a glicose 
com o envelhecimento ainda não 
estão completamente esclarecidos. 
Parece haver uma exaustão 
progressiva do turnover das células. 
O fato é que ocorre menor resposta 
dos tecidos a glicose e a insulina. 
 
 
 
Sistemaurogenital: 
→ Perda do tecido renal. 
 Em seu lugar observam-se tecido 
gorduroso e fibrose. 
→ Função renal começa a diminuir de 
maneira progressiva. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ Há problema de concentração urinaria 
devido a diminuição de resposta do 
túbulo coletor ao ADH. 
→ O padrão do ritmo urinário se apresenta 
modificado, o idoso passa a eliminar água 
e eletrólitos mais durante a noite que 
durante o dia. Alteração conhecida como 
liúria noturna. 
→ À medida que os homens envelhecem, 
o interesse sexual é aparentemente 
conservado, embora a frequência das 
relações sexuais diminua após os 75 
anos de idade. 
→ Redução dos níveis de testosterona. 
→ Ereções tornam-se mais dependentes 
de estimulação tátil e menos responsivas 
a sugestões eróticas. 
→ O tamanho do pênis diminui e os 
testículos ocupam uma posição mais 
baixa no escroto. os pelos púbicos 
diminuem e se tornam grisalhos. 
→ Disfunção erétil (dificuldade em manter a 
ereção) ocorre em aproximadamente 
50% dos homens mais velhos 
→ Apenas metade dos homens terá 
aumento da próstata clinicamente 
significativo, e, destes, apenas metade 
relatara sinais/sintomas tais como 
hesitação urinaria, gotejamento e 
esvaziamento incompleto. 
→ Nas mulheres, a função ovariana 
geralmente começa a diminuir. A 
menstruação cessa entre 45 e 52 anos. 
→ A estimulação estrogênica diminui. 
→ Transtornos do sono e humor lábil são 
comuns. As mulheres se queixam de 
ressecamento vaginal, incontinência 
urinaria de urgência ou dispareunia (dor 
genital associada a relação sexual). 
→ Pelos púbicos se tornam parsos e 
grisalhos. 
→ Lábios do pudendo e o clitóris diminuem 
de tamanho. 
→ A vagina se estreita e se encurta, e a 
mucosa vaginal torna-se fina, pálida e 
ressecada, com perda de lubrificação. 
→ O útero e os ovários diminuem de 
tamanho. 
→ De modo geral, 10 anos após a 
menopausa, os ovários não são mais 
palpáveis. 
→ A sexualidade e o interesse sexual 
frequentemente são conservados, 
sobretudo quando a mulher não tem 
problemas com o parceiro, não perdeu 
o parceiro nem passa por estresse de 
vida ou profissional incomum. 
 
 
 
Sistema hematopoiético: 
→ O processo de envelhecimento nas 
células hematopoiéticas é mais lento, 
quando comparadas com as outras 
células. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ O potencial proliferativo da maioria das 
células-tronco hematopoiéticas é limitado 
e diminui com o envelhecimento. 
 
 
 
Entender as alterações 
psicossociais entre idosos e filhos 
(contexto de vida do problema – 
hábitos de vida): 
Atividade fisica: 
→ A atividade física, independentemente da 
idade, aumenta a força e a velocidade 
muscular, além de prevenir perda óssea, 
quedas, hospitalizações e melhorar a 
função articular. 
→ Os exercícios praticados com 
regularidade diminuem os fatores de 
risco para doenças cardíacas, diabetes e 
alguns tipos de câncer. 
→ Promovem o bem-estar, melhoram o 
ritmo do sono e alcançam benefícios 
para além do físico, como maior 
integração social, ajudando na esfera 
psicológica. 
→ A prática regular de exercícios físicos é 
uma forma de driblar essas modificações 
impostas pela natureza, trazendo ainda 
benefícios tanto neurológicos quanto 
mentais, promovendo sensação de 
bem-estar e de saúde. 
→ Mais recentemente tem-se estudado a 
relação da vitamina D e a função 
muscular. 
→ Apesar de não ser consenso, a maior 
parte dos trabalhos confirmam a 
hipótese que existe uma significativa 
associação entre os níveis séricos da 
25(OH)D3 e a força muscular nos quatro 
membros e o desempenho físico 
(Iolascon et al., 2015). 
 
Dieta saudável: 
→ Afinal, a partir dos 55 anos o 
metabolismo tende a ficar mais lento e o 
risco de perder músculos e ganhar 
gordura corporal é maior. 
→ Desta forma, a proteína se torna um 
alimento muito importante para manter 
a musculatura e o sistema imunológico. 
Busque por peixes, aves sem pele, 
carnes magras, leite desnatado e a clara 
de ovo são as melhores fontes de 
proteínas. 
→ á no caso da gordura, consuma com 
moderação as gorduras saudáveis 
presentes no azeite de oliva, nas 
castanhas, no abacate e óleos de peixes 
marinhos, canola, milho e girassol 
→ O excesso de gordura pode se 
acumular nos tecidos adiposos 
aumentando o peso e, 
consequentemente, o risco de infartos. 
 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
Qualidade de vida: 
→ Envelhecer com qualidade de vida, 
significa estar satisfeito com a vida atual 
e ter expectativas positivas em relação 
ao futuro. 
→ Alguns fatores são consideráveis nesse 
caso, como bem-estar físico e 
psicológico, nível de independência, 
relações sociais, ótimos momentos de 
lazer e espiritualidade. 
→ Não é necessário nos esforçar para 
garantir essa qualidade de vida que 
desejamos, portanto, observar a vida 
com olhos mais positivos e ter gratidão 
por todos os anos de vivência, 
almejando novas experiências que virão 
nesta nova fase é um dos maiores bens 
que podemos carregar conosco. 
 
Controle de doenças: 
→ Grande parte das doenças nos idosos 
podem ser prevenidas com um estilo de 
vida saudável e tratamentos adequados. 
Não podemos evitar completamente, 
por isso é importante privilegiar exames 
regulares e tratamentos de recuperação 
que preservem a autonomia, mesmo 
que limitada, do idoso.

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