Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anne Karolyne Morato – P3 Tutoria Termos desconhecidos: → Contratura muscular: acontece no momento em que o musculo faz a contração de maneira incorreta e não retorna ao seu estado normal de relaxamento. Isso ocorre em resposta a uma sobrecarga de esforço exercido sobre um musculo ou tendão. Compreender a síndrome da imobil idade: Definição: → O pouco que se sabe da SI é proveniente do conhecimento da medicina espacial, na qual se estuda o efeito da falta de gravidade sobre o corpo humano e a influência dessa ausência em várias funções orgânicas. No decúbito dorsal prolongado, a força da gravidade sobre nosso corpo é menor e daí surgem a perda óssea, muscular, etc. → Apesar de muito citada e estar presente em muitos idosos, a SI não está definida com clareza na literatura ou no meio médico em geral, o que torna difícil avaliar sua prevalência, assim como caracterizar o paciente que a apresenta. → Em face dessas dificuldades, tornam-se necessárias algumas definições para estabelecimento da síndrome especificando seus critérios para depois apontar suas causas e características: Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo, que individualizam uma entidade mórbida e podem ter mais de uma etiologia. Imobilidade: ato ou efeito resultando da supressão de todos os movimentos de uma ou mais articulações em decorrência da diminuição de funções motoras, impedindo a mudança de posição ou translocação corporal. Síndrome da imobilização: complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares, que, por conseguinte, prejudica a mudança postural, compromete a independência, leva à incapacidade, à fragilidade e à morte. Critérios para identificação: → Define-se um paciente com SI quando ele tem as características do critério maior e pelo menos duas características do critério menor, sendo elas: Critério maior: déficit cognitivo médio a grave e múltiplas contraturas. Critério menor: sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de decúbito, disfagia leve a grave, dupla incontinência e afasia. Mt3 – Síndrome da imobilidade Anne Karolyne Morato – P3 Causas da imobil idade: → Diversas são as patologias que levam o idoso a imobilidade, as quais podem evoluir para a SI. → O resultado de todos esses problemas seria, em última instância, equilíbrio precário, quedas, limitação da marcha, perda da independência, imobilidade no leito e suas complicações – a IS. → Independentemente da causa da imobilidade, mesmo por curtos períodos de tempo, a imobilização resulta em modificações para pior dos sistemas cardiovascular, osteomuscular, respiratório e do metabolismo. → O estado psíquico também pode se ressentir do imobilismo, sendo frequentes depressão, apatia, déficit cognitivo e ansiedade. Consequências e características: → Sistema tegumentar: A pele se torna inelástica e mais friável, facilitando as lesões dermatológicas do paciente acamado. • Micoses, xerose, laceração, dermatite amoniacal, úlcera de decúbito e equimoses. → Sistema esquelético: Alterações articulares. • Ocorre uma série de alterações mecânicas e físico-químicas nas articulações, levando à contratura. • Flexão de joelhos, quadril e cotovelos é característica comum a todos os pacientes com SI. Osteoporose. • A imobilidade produz intensa e rápida perda de massa óssea. → Sistema muscular: Alteração na estrutura e na função do sistema neuromuscular, na transmissão do potencial de ação, nas fibras musculares e nos elementos do tecido conjuntivo. • Resultam em atrofia muscular, perda de força, encurtamento de fibras e perda de sarcômeros. → Sistema Cardiovascular: Trombose venosa profunda: • Embolia pulmonar. Isquemia arterial aguda dos MMII. Hipotensão postural. → Sistema urinário: Incontinência urinaria. Infecção do trato urinário. → Sistema digestivo: Desnutrição. Constipação intestinal. Disfagia. Anne Karolyne Morato – P3 → Distúrbio neuropsiquiátrico: Depressão, demência e delirium. → Sistema respiratório: Na posição de decúbito dorsal prolongado, ocorre uma série de modificações na dinâmica respiratória. Fraqueza das musculaturas intercostal e abdominal, além de modificações nas articulações costocondrais. Acumulo de secreção pulmonar acentuada (função ciliar, capacidade de tossir e eliminar essa secreção podem estar ausentes). Pneumonia. Doenças estruturais (ex: DPOC). Acumulo de líquidos nos pulmões. Dor torácica. Estertores e crepitação basal. Entre outros. → Metabolismo: eliminação urinaria de nitrogênio. • Contribui para hipoalbuminemia. secreção do hormônio antidiurético. • volume urinário – contribuindo para desidratação e perda de peso. cortisol plasmático. • Facilita o catabolismo andrógenos. • facilita o catabolismo. O metabolismo, em geral, é 20% menor que o normal. Resistência à insulina está aumentada. • Intolerância a carboidrato. • Piora os níveis glicêmicos. • Ocorre pela da concentração intramuscular do transportador de glicose tipo GLUT4. Na+, Ca+, Mg+, K+, S+ são mais eliminados nas fezes e na urina. Caracterizar os tipos de úlcera por pressão: Definição: → Uma lesão localizada na pele e/ou no tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de cisalhamento (deformação) e fricção (atrito). → O sistema de classificação ajuda a descrever a extensão dos danos na pele e nos tecidos que se apresentam sob a forma de úlcera por pressão. Categoria/grau I: → Eritema não branqueável em pele intacta. → Podem estar presentes: descoloração da pele; calor, edema, tumefação ou dor. → É mais difícil de identificar em indivíduos com tons de pele mais escuros, colocando-os como indicativo de risco. Anne Karolyne Morato – P3 Categoria/grau II: → Perda ou parcial da espessura da pele. → Se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito vermelho- rosado sem crosta. → Pode também se apresentar como flictema fechado ou aberto preenchido por liquido seroso ou sero-hemático. → Se apresenta como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou equimose. Categoria/grau II I : → Perda total da espessura da pele. → Pode ser visível o tecido adiposo subcutâneo, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. → Pode estar presente algum tecido desvitalizado (esfacelo). → Pode incluir descolamento e túneis. → A profundidade varia com a localização anatômica. → A asa do nariz, as orelhas, a região occipital e os maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo), e uma ulcera dessa categoria pode ser superficial. → Em zonas com tecido adiposo abundante podem se desenvolver ulceras dessa categoria extremamente profundas. Categoria/grau IV: → Perda total da espessura dos tecidos. → Com exposição óssea dos tendões ou músculos. → Pode estar presente tecido desvitalizado (esfacelo) e/ou necrótico. → Frequentemente inclui descolamento e túneis. → A profundidade varia com a localização anatômica. → Pode atingir as estruturas de suporte (p. ex., fáscia, tendão ou cápsula articular) tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer. Anne Karolyne Morato – P3 Não graduáveis/inclassificáveis: → Profundidade indeterminada. → Perda total da espessura dos tecidos, a base da ulcera esta coberta por tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinza, esverdeado ou castanho) e/ou escara (acastanhado, castanho ou preto). → Até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira profundidade não pode ser determinada, masé, no entendo, uma ulcera de categoria III ou IV. → Nos calcâneos, uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) serve como cobertura natural (biológica) corporal e não deve ser removida Suspeita de lesão tissular nos tecidos profundos: → Área localizada de pele intacta de coloração púrpura ou castanha, ou flictema, preenchida com sangue, devido a dano no tecido mole, decorrente de pressão e/ou cisalhamento. → A área pode apresentar um tecido mais doloroso, endurecido, amolecido, esponjoso e mais quente ou frio comparativamente ao tecido adjacente. → Pode ser de difícil detecção em indivíduos com a pele de tonalidades mais escuras. → A evolução pode incluir um pequeno flictema sobre o leito escurecido da ferida. A lesão pode evoluir, ficando coberta por uma fina camada de tecido necrótico (escara). A sua evolução pode ser rápida com exposição de camadas tissulares adicionais mesmo com o tratamento adequado. Citar fatores de risco pré- operatórios e possíveis complicações no idoso: Fatores de risco pré-operatórios: → Idade; → Comorbidades; → Polifarmácia; → Capacidade funcional. → O envelhecimento coincide com um declínio funcional progressivo e limitação física, criando uma condição de vulnerabilidade às agressões externas e Anne Karolyne Morato – P3 perda da capacidade de adaptação aos agentes estressores. → As comorbidades promovem um grande impacto funcional, pois correspondem a agravos crônicos que influenciam diretamente o pré-operatório. Complicações pós-operatórias: → Hipoxemia; → Hipotensão arterial; → Dor; → Disfunção renal e distúrbios hidroeletrolíticos; → Complicações cardíacas; → Complicações pulmonares; → Disfunção cognitiva; → Delirium; → Tromboembolismo venoso; → Hemotransfusão; → Infecção. Descrever os cuidados paliativos na pessoa idosa: Conceito: → Os cuidados paliativos são conceituados pela OMS como: “Uma abordagem voltada para a qualidade de vida tanto dos pacientes quanto de seus familiares frente a problemas associados a doenças que põem em risco a vida. A atuação busca a prevenção e o alívio do sofrimento, através do reconhecimento precoce, de uma avaliação precisa e criteriosa e do tratamento da dor e de outros sintomas, e das demandas quer física, quer psicossocial ou espiritual.” Cuidados paliativos: → Promovem o alivio da dor e de outros sintomas que geram sofrimentos; → Reafirmam a vida e veem a morte como um processo natural; → Não pretendem antecipar ou postergar a morte; → Integram aspectos psicossociais e espirituais ao cuidado; → Oferecem um sistema de suporte que auxilia o paciente a viver tão ativamente quanto possível até a morte. → Oferecem um sistema de suporte que auxilia a família e entes queridos a sentirem-se amparados durante todo o processo da doença e no luto; → Utilizam os recursos de uma equipe multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares; → Melhoram a qualidade de vida e influenciam positivamente o curso da doença; → Devem ser iniciados o mais precocemente possível, junto a outras medidas de prolongamento de vida (como a quimioterapia e a radioterapia), e devem incluir todas as investigações necessárias para melhor compreensão e abordagem dos sintomas.
Compartilhar